Último dia de inscrições para o programa de Educadores Sociais Voluntários de 2025
Nesta sexta-feira (17), encerra o prazo para inscrição no processo seletivo dos Educadores Sociais Voluntários (ESVs) para o ano letivo de 2025. Ao todo, o Governo do Distrito Federal (GDF) oferece 7,5 mil vagas em 14 regiões de ensino da rede pública. Interessados devem se cadastrar até o fim do dia no site oficial da Secretaria de Educação. Uma das principais funções dos educadores sociais voluntários é auxiliar estudantes com deficiência em atividades diárias, contribuindo com o ambiente educacional e o desenvolvimento cognitivo dos alunos | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Os educadores sociais voluntários terão como funções apoiar nas escolas regulares em tarefas como alimentação, locomoção e higienização de estudantes com deficiência e/ou com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os ESVs também participarão de atividades pedagógicas e auxiliarão nos momentos de refeição no contraturno das escolas de tempo integral. A portaria de regulamentação do certame foi publicada no dia 27 de dezembro de 2024 e determina os critérios para seleção dos profissionais nos anos de 2025 e 2026. Inscrição O resultado dos recursos será publicado no dia 24 de janeiro, e o resultado final será divulgado em 27 de janeiro. Entre os dias 3 e 7 de fevereiro, as escolas convocarão os candidatos para a assinatura do termo de adesão A inscrição exige a apresentação de documentos como identificação oficial com foto, certidões negativas criminais das justiças Federal e Distrital, certidão negativa da Justiça Eleitoral, comprovante de residência e de escolaridade, além do termo de ciência exigido pelo edital. Para participar da seleção, o candidato deve ter 18 anos completos e atender a um dos seguintes critérios: possuir experiência comprovada como Educador Social Voluntário; estar cursando licenciatura ou bacharelado em áreas relacionadas ao programa; ter concluído o ensino fundamental; e ser indígena com proficiência em português e na língua indígena. Candidatos com experiência também devem apresentar comprovação. Durante o preenchimento, é necessário optar por uma regional de ensino e até duas unidades escolares, para os turnos matutino ou vespertino, além de informar a disponibilidade para atuar em mais de um turno. Distribuição de vagas por regional de ensino: → Brazlândia: 371 vagas; → Ceilândia: 1.174 vagas; → Gama: 417 vagas; → Guará: 294 vagas; → Núcleo Bandeirante: 423 vagas; → Paranoá: 386 vagas; → Planaltina: 838 vagas; → Plano Piloto: 901 vagas; → Recanto das Emas: 370 vagas; → Samambaia: 546 vagas; → Santa Maria: 304 vagas; → São Sebastião: 300 vagas; → Sobradinho: 407 vagas; → Taguatinga: 769 vagas. A classificação será baseada na análise curricular, conforme critérios detalhados no Anexo II do edital. Os candidatos com maior pontuação serão selecionados, de acordo com o número de vagas disponíveis. Após a seleção, os aprovados deverão assinar o Termo de Adesão e Compromisso e abrir uma conta poupança vinculada ao Banco de Brasília (BRB). Os voluntários irão desempenhar suas funções com uma carga horária de quatro horas diárias ininterruptas por turno. Passado o período de inscrições, será realizada a análise curricular, de forma online, pelas comissões avaliadoras. O resultado parcial será divulgado no dia 22 de janeiro nos murais e canais de comunicação online das escolas, seguido pelo período para interposição de recursos, que ocorrerá em 23 de janeiro. O resultado dos recursos será publicado no dia 24 de janeiro, e o resultado final será divulgado em 27 de janeiro. Entre os dias 3 e 7 de fevereiro, as escolas convocarão os candidatos para a assinatura do termo de adesão. Formação De acordo com a Lei nº 3.506, de 20 de dezembro de 2004, a formação dos ESVs é obrigatória e acontecerá entre os dias 3 e 7 de fevereiro, com carga horária de 30 horas. A capacitação será oferecida pela Unidade-Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape) e incluirá conteúdos sobre educação especial, tecnologia assistiva, socialização de estudantes com deficiência e transtornos, além de visitas a instituições de apoio aos estudantes com necessidades especiais.
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Mais de 6 mil voluntários contribuem com educação inclusiva na rede pública do DF
Auxiliar estudantes com deficiência em atividades diárias, contribuindo com o ambiente educacional e o desenvolvimento cognitivo dos alunos. Essa é uma das principais funções dos educadores sociais voluntários, programa do Governo do Distrito Federal (GDF) promovido pela Secretaria de Educação (SEE). A rede pública de ensino conta com mais de 6 mil profissionais atuando em 684 estabelecimentos de ensino. O Centro de Educação Infantil (CEI) 4 de Taguatinga é uma das 684 escolas que contam com o apoio dos ESVs. Há 16 educadores lotados na unidade, sendo que 14 auxiliam alunos específicos e dois prestam apoio no dia a dia escolar | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Conforme a Portaria nº 28/2024, o educador social voluntário pode trabalhar junto a estudantes com deficiência ou com quadros como transtorno do espectro autista (TEA), estrangeiros e indígenas não falantes de Língua Portuguesa, assim como no contraturno das escolas de tempo integral. O leque de funções visa, sobretudo, o benefício do aluno. O educador deve auxiliá-lo no horário das refeições, com os hábitos de higiene pessoal, em atividades sociais – com o incentivo ao contato e interação com colegas de sala, durante as atividades pedagógicas, e mais. “Cada educador é responsável por duas crianças com deficiência, como síndrome de Down ou paralisia, ou com autismo” Sabrina Marques, diretora do CEI 4 de Taguatinga O Centro de Educação Infantil (CEI) 4 de Taguatinga é uma das 684 escolas que contam com o apoio dos ESVs. Há 16 educadores lotados na unidade, sendo que 14 auxiliam alunos específicos e dois prestam apoio no dia a dia escolar. “Cada educador é responsável por duas crianças com deficiência, como síndrome de Down ou paralisia, ou com autismo”, explica a diretora do CEI 4 de Taguatinga, Sabrina Marques, que trabalha na unidade desde 2009. Segundo a gestora, a presença dos ESVs em sala de aula contribui com a inclusão dos alunos com deficiência na turma e impacta diretamente no crescimento deles. “Os avanços no desenvolvimento das crianças é nítido já a partir da segunda semana de aula. Às vezes, a criança não tinha convívio social por diversas dificuldades e, aos poucos, vai se ligando ao ambiente escolar com a ajuda dos educadores”, explica Marques. A educadora social voluntária Esheley Bruna Sousa, 19 anos, acompanha o pequeno João Lucas Costa, 5, no dia a dia no CEI 4 de Taguatinga. Estudante de pedagogia, ela iniciou como ESV no ano passado, tendo atuado em outra escola de Taguatinga, em março assumiu os cuidados com o João, diagnosticado com autismo nível 3, em que há atraso ou ausência da comunicação verbal. “Assim que ele chega na escola, nós fazemos uma brincadeira até ele ficar tranquilo e topar entrar na sala de aula. Aí eu cuido dele e do Francisco – que é o melhor amigo do João e tem síndrome de Down. Nós fazemos as atividades, temos o lanche, a hora do banheiro, o recreio… O dia inteiro fico com eles, cuidando e ajudando”, relata Esheley. O apoio tem surtido efeito: João falou as primeiras palavras neste ano – “pai”, “mãe” e “quero”. “Ele também começou a fazer as atividades e a brincar com os meninos, que era uma coisa que ele não fazia antes da minha chegada.” A mãe de João, a autônoma Joyce Rodrigues Costa, 35, agradece o trabalho prestado pelos ESVs. “Aqui ele aprendeu a pintar, já aceita as texturas. Acho que sem os educadores eu não teria nem condição de trazer meu filho para a escola. Com eles aqui, me sinto segura e sei que ele tá aqui se desenvolvendo”, conta ela, que reconhece os avanços da jornada do filho. “Assim que saiu o diagnóstico do João, muitos falavam que ele não ia andar, que não ia falar nada, que não teríamos nenhum avanço. E hoje vemos que conseguimos muitas coisas”, celebra. A autônoma Joyce Rodrigues Costa, mãe de João, reconhece os avanços da jornada do filho e agradece o trabalho prestado pelos ESVs Outras unidades de ensino da região administrativa também dispõem do apoio dos educadores sociais voluntários. O coordenador regional de ensino de Taguatinga, Murilo Marconi, afirma que há mais de 700 pessoas exercendo a função em estabelecimentos educacionais da cidade. “Esta gestão do GDF está preocupada com a inclusão dos alunos e, por isso, vem aumentando cada vez mais o número de educadores sociais voluntários. Tivemos um acréscimo de quase 50% no último ano, sendo que eram 500 educadores e passamos para 700”, explica Marconi. Perfil dos educadores Entre os educadores sociais voluntários do DF, 83,5% são mulheres, 53% têm de 30 a 49 anos e 55% se identificam como pardos. Os dados foram divulgados em junho pela pesquisa “Educação inclusiva no Distrito Federal: o papel dos educadores sociais voluntários”, elaborada pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IpeDF). O coordenador regional de ensino de Taguatinga, Murilo Marconi, afirma que há mais de 700 pessoas exercendo a função em estabelecimentos educacionais da cidade A diretora de Estudos e Políticas Sociais do IpeDF, Marcela Machado, destaca que a pesquisa “buscou suprir a lacuna de evidências científicas sobre essa política pública. Eles, ao lado de professores, monitores e responsáveis, desempenham um papel fundamental para a efetivação da educação inclusiva no Distrito Federal.” Foram utilizados métodos quantitativos e qualitativos, incluindo entrevistas com gestores da SEE e diretores de escolas públicas. “A pesquisa traz questões da rotina de como acontecem a interação dos educadores e outros atores que estão no ambiente escolar, como professores, gestores e alunos, ajudando a entender e refletir quais são os desafios que existem e as formas que a política pública pode ser aperfeiçoada”, agrega a coordenadora da pesquisa, Jaqueline Borges. Conforme o estudo, as atividades dos ESVs abrangem diversos aspectos do dia a dia escolar, principalmente o auxílio em sala de aula (89%), atividades recreativas (77%), locomoção (73%), refeições (69%) e higienização (67%). A maioria dos educadores possui formação nas áreas de ciências humanas, linguística, letras e artes (67%) e mais da metade dos respondentes não possuem outra ocupação além de educador social voluntário. As atividades do ESV devem ser realizadas de segunda a sexta-feira, em dias letivos presenciais, com carga horária diária de 4 horas. O educador pode atuar em até duas escolas ou em dois turnos na mesma unidade de ensino, sendo que cada turno voluntariado recebe R$ 40 como ajuda de custo para cobrir as despesas com alimentação e transporte.
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Pesquisa revela perfil de educadores sociais voluntários do Distrito Federal
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), por meio da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais, apresentou na manhã desta quarta-feira (26) os resultados da pesquisa Educação inclusiva no Distrito Federal: o papel dos educadores sociais voluntários. O estudo buscou compreender o perfil desses profissionais, seus incentivos para o ingresso e permanência no programa, além dos desafios para o desempenho da função. Pesquisa traz informações inéditas sobre os educadores sociais voluntários, que cumprem um papel crucial no ensino inclusivo do DF | Foto: Divulgação/ IPEDF O evento contou com a participação de representantes do IPEDF e das secretarias de Educação (SEE) e Extraordinária da Pessoa com Deficiência (SEPD). A diretora de Estudos e Políticas Sociais do instituto, Marcela Machado, comentou sobre o levantamento: “A pesquisa traz informações inéditas sobre esse ator que cumpre um papel crucial na educação inclusiva no DF, que é o educador social voluntário. É nosso papel enquanto instituto de pesquisa trazer informações sobre fenômenos sociais que demandam explicações e investigações, para permitir que o poder público possa agir de maneira focalizada”. Os dados revelam que 83,5% dos educadores sociais voluntários (ESVs) são mulheres, enquanto 14,8% são homens. A faixa etária predominante é de 30 a 49 anos, representando 53% dos respondentes, enquanto apenas 2% têm 60 anos ou mais. Em termos de etnia, 55% se identificaram como pardos, 24,8% como brancos e 17,3% como pretos, com uma pequena porcentagem de indígenas (0,5%). As atividades dos ESVs abrangem diversos aspectos do dia a dia escolar, como auxílio em sala de aula (89%), atividades recreativas (77%), locomoção (73%), refeições (69%) e higienização (67%) A maioria dos ESVs possui formação nas áreas de ciências humanas, linguística, letras e artes (67%), seguidos por ciências exatas e biológicas (6% cada), engenharia/tecnologia (6%) e ciências agrárias (1%). Além disso, 57% dos respondentes não possuem outra ocupação além de educador social voluntário. As motivações para atuar como ESVs variam, com 29% mencionando a experiência pessoal com crianças e/ou adolescentes com deficiências e transtornos, 24% buscando uma oportunidade profissional e 16% querendo aplicar os conhecimentos obtidos na universidade. A necessidade financeira e a busca por experiência profissional também são citadas como motivações significativas. Os educadores voluntários indicaram níveis variados de escolaridade, com a maioria tendo ensino superior completo (41,5%) ou pós-graduação (22,1%). Quanto aos alunos assistidos, os tipos de deficiências mais comuns incluem transtornos do espectro autista (82%), deficiências mentais (50%), físicas (45%), visuais (13%) e auditivas (13%). As atividades dos ESVs abrangem diversos aspectos do dia a dia escolar, como auxílio em sala de aula (89%), atividades recreativas (77%), locomoção (73%), refeições (69%) e higienização (67%), entre outras. No entanto, eles enfrentam desafios, como falta de materiais adequados (40%), equipe técnica e apoio insuficientes (40%), alto número de alunos por classe (54%), e projetos pedagógicos que não contemplam a inclusão (22%). Ao serem questionados sobre como melhorar as condições de trabalho, os ESVs apontaram a necessidade de aumento do valor do ressarcimento por turno (80%), oferta de cursos de capacitação (81%) e maior número de educadores sociais voluntários em cada sala/escola (59%). Metodologia A pesquisa utilizou métodos quantitativos e qualitativos, incluindo surveys, grupos focais e entrevistas com gestores da SEE e diretores de escolas públicas. Esses resultados fornecem uma visão detalhada sobre o perfil e os desafios enfrentados pelos educadores sociais voluntários, destacando áreas que merecem maior atenção para o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes em educação inclusiva. *Com informações do IPEDF
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Participe da pesquisa sobre educadores sociais voluntários no DF
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) está conduzindo uma pesquisa para conhecer o perfil dos educadores sociais voluntários (ESVs) em atividade no Distrito Federal. Além disso, busca compreender como ocorre a atuação desses educadores e quais são os incentivos, necessidades e barreiras para sua participação na educação inclusiva. Questionário ajuda a avaliar e contribuir para a educação inclusiva no DF | Foto: Divulgação/IPEDF [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O objetivo da pesquisa é coletar evidências para compreender a política de educação inclusiva no âmbito distrital e contribuir para a elaboração de políticas públicas mais eficazes. A inclusão de estudantes com necessidades educacionais especiais e/ou deficiência e Transtorno do Espectro Autista (TEA) é reconhecida pelo Estado brasileiro como um direito social fundamental, que deve ser garantido pelas unidades escolares. O IPEDF convida pessoas que atuam como ESVs a responderem ao questionário anônimo disponível até 15 de fevereiro. O procedimento é rápido. Em apenas oito minutos, você pode contribuir para a melhoria das políticas públicas promovidas pelo Governo do Distrito Federal (GDF). Participe por meio deste link. *Com informações do IPEDF
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