Abertas as inscrições para a 1ª Conferência Brasileira de Montadores e Riggers de Circo na UnB
Já estão abertas as inscrições para a 1ª Conferência Brasileira de Montadores e Riggers de Circo, que ocorre nos dias 26, 27 e 28 de agosto, na Faculdade de Educação Física, no Campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB). Serão três dias de imersão em que artistas, pesquisadores, técnicos e especialistas discutirão temas como a segurança circense e as condições de trabalho dos profissionais do segmento. Os interessados podem se inscrever até 25 de agosto por este link. Com recursos do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretária de Estado da Economia Criativa (Secec), a conferência é uma atividade de extensão da Faculdade de Educação Física da UnB. Segundo Ludmila Condé, produtora da conferência, o apoio do GDF foi fundamental para a viabilidade do evento. “A verba do FAC garante estrutura, acessibilidade, vinda de profissionais de referência nacional e internacional, além de permitir que as atividades sejam amplamente divulgadas e gratuitas, democratizando o acesso ao conhecimento especializado”, comemora. Serão três dias de imersão em que artistas, pesquisadores, técnicos e especialistas discutirão temas como a segurança circense | Foto: Divulgação A organização é do projeto Entre Nós, voltado à cultura de segurança no circo no Distrito Federal, e da empresa Aerius Soluções em Altura — empresa de Campinas (SP) especializada em segurança no circo, rigging, acesso e resgate —, com o apoio do Avante, Grupo de Pesquisa e Formação Sociocrítica em Educação Física, Esporte e Lazer da UnB. Atividades e especialistas [LEIA_TAMBEM]O evento terá palestras, oficinas, mesas-redondas e vivências práticas. Entre os temas, estão normativas e certificações, a cultura de segurança como parte do processo criativo, o ensino do risco no circo, segurança em circos itinerantes, mulheres e equidade no mercado técnico; e aulas inclusivas para pessoas com deficiência. As oficinas incluirão temas como sistemas de vantagem mecânica, inspeção e manutenção de equipamentos de segurança (EPIs), ancoragens seguras, estruturas suspensas e vivências práticas de acesso por corda. Estão confirmadas participações especialistas como a de Marco A. Bortoleto, um dos principais pesquisadores/acadêmicos sobre circo no Brasil; Fábio Marcelo, autor de livros sobre segurança em altura; e Diego Ferreira, autor da obra Segurança no circo: questão de prioridade. A pluralidade da cena técnica circense estará representada por oradores como Tum Aguiar, fly-in rigger do Cirque du Soleil, e Mateus Bonassa, artista e rigger com experiência em produções como O Teatro Mágico e Circo Vox. Além deles, técnicos e artistas de outras regiões do Brasil compartilharão experiências que entrelaçam segurança, estética e ética no fazer circense.
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Estudantes do CEF 5 de Sobradinho recebem certificado de participação em oficina de rádio
Cerca de 150 vozes de estudantes da rede pública já podem ser sintonizadas na frequência das periferias, em produções radiofônicas criadas na Oficina de Rádio para Jovens que Planejam Voar. Nesta quinta-feira (14), os estudantes do ensino integral — de 12 a 14 anos de idade — e também da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Centro Fundamental 05, em Sobradinho, receberam certificados pela participação na terceira edição do projeto, que conta com o financiamento do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC). Sob mentoria e supervisão de profissionais da área de comunicação, eles participaram de cinco encontros entre os dias 6 e 14 de maio deste ano para aprender teorias e técnicas do radialismo. A oficina foi idealizada pelo jornalista, radialista e mestre em comunicação Dioclécio Luz. Junto ao comunicador, cerca de 15 profissionais também ensinaram, na prática, como o rádio funciona, além de colaborarem com a divulgação da oficina para o público externo. Sob mentoria e supervisão de profissionais da área de comunicação, alunos participaram de cinco encontros entre os dias 6 e 14 de maio deste ano para aprender teorias e técnicas do radialismo | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “O FAC viabiliza esse tipo de projeto. É um incentivo muito importante para as escolas públicas e para a sociedade em geral. O fundo é um dos melhores instrumentos de promoção da cultura do Distrito Federal, pelo envolvimento das pessoas que fazem e pelo envolvimento das pessoas que recebem os projetos”, avaliou Dioclécio. A partir de temas em foco na atualidade, como racismo estrutural, violência contra as mulheres, bullying nas escolas, desmatamento do Cerrado e LGBTfobia, os participantes foram apresentados à produção, roteirização, edição e apresentação de programas de rádio. O estúdio foi montado em sala de aula, com direito a microfones, fones e toda aparelhagem que muitos nunca tinham visto de perto. “A ideia do projeto é mexer com a autoestima de cada um, mostrar que todos têm opinião e, por isso, muitos dos temas são mais complexos. A gente parte da realidade deles [estudantes] e o meu trabalho é fazer com que eles falem. E quando eles começam a se soltar, a alegria é muito grande. Existe uma alegria em saber que têm opinião”, celebrou o idealizador. A oficina foi idealizada pelo jornalista, radialista e mestre em comunicação Dioclécio Luz O projeto também promove a inclusão como meta de enriquecimento do processo criativo, curiosidade, leveza e excelência nas abordagens dos temas escolhidos. A ideia é agregar perspectivas únicas às gravações a partir da realidade desses estudantes. [LEIA_TAMBEM]“Nós temos grupos formados por todos os gêneros e isso, inclusive, foi algo que procuramos trabalhar exatamente para romper com certas barreiras de preconceito referente a alguns temas”, destacou a professora de língua portuguesa da escola Cristina Iris Figueiredo, que acrescentou a importância dessas iniciativas para o protagonismo dos estudantes: “Eu acho que é um projeto que poderia abranger todas as escolas porque coloca todos como protagonistas e pesquisadores em temas que, muitas vezes, não são debatidos no ambiente escolar, como LGBTfobia ou violência contra as mulheres, e mostra, no caso dos meninos, que eles também têm papel fundamental”. Evelyn Vitória, aluna do 8º ano, garantiu que, apesar do nervosismo em gravar um programa de rádio pela primeira vez, foi muito divertido fazer parte do grupo com os colegas. “Nós interagimos e nos ajudamos muito. Eu nunca tive contato com esse tipo de equipamento antes, mas gostei bastante e, se der certo, quero conhecer e estudar mais. Outras pessoas poderiam participar para conhecer também o trabalho.” Cronograma O primeiro encontro apresentou a linguagem adequada ao rádio; falou sobre diversidade musical; abordou técnicas de locução e destacou questões sobre a indústria cultural. Já na segunda aula, os estudantes conheceram mais sobre o jornalismo comunitário e a abordagem de temas relevantes. Evelyn Vitória, aluna do 8º ano, garantiu que, apesar do nervosismo em gravar um programa de rádio pela primeira vez, foi muito divertido fazer parte do grupo com os colegas Na metade do caminho aprenderam sobre a estruturação de equipes e a produção de programas, como etapas de roteiro, pesquisa, operação, técnica e locução. No penúltimo dia, trabalharam as grades de programação, edição de conteúdos e receberam orientações. Para fechar, no último encontro, eles gravaram os programas que foram desenvolvidos. Como material de apoio, foi distribuída uma cartilha pedagógica para auxiliar os participantes em toda oficina. Gravados no estilo podcast, os episódios produzidos pelos estudantes serão veiculados na Rádio Eixo, parceira do projeto.
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Com apoio do FAC-DF, companhia brasiliense de teatro leva projeto Bonecos na Rural para três estados
Os Bonecos na Rural, de Brasília, vão viajar do Cerrado para o sertão para levar teatro, formação e consciência ambiental a comunidades quilombolas, escolas do campo e vilas ribeirinhas de Minas Gerais, Goiás e Bahia. O projeto, idealizado pela companhia brasiliense Cidade dos Bonecos, conta com patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). O grupo apresenta o espetáculo A Flor do Sertão, que trabalha elementos do regionalismo, especialmente da cultura nordestina. Uma história que mescla questões de poder, cangaço e coronelismo com elementos da convivência do povo com o meio ambiente e as condições climáticas marcantes da região. Com um cenário montado por xilogravuras e elementos pensados no movimento armorial — fundado pelo escritor Ariano Suassuna —, que dão um ar de pesquisa e erudição à cultura nordestina, a história de amor e posse, conflito e heroísmo apresenta ícones da literatura e dos contos brasileiros, como o Homem da Meia-Noite (do Recife), o Boi-Bumbá (da região Norte e Nordeste), bonecos de mamulengo, considerados patrimônio imaterial da cultura brasileira, e até uma repentista que canta rap, para tornar a peça ainda mais próxima das crianças e jovens dessas comunidades. Primeira etapa da turnê começou em Montes Claros (MG), no dia 6; segunda fase será em Goiás, e a terceira, na Bahia | Foto: Divulgação “A cultura popular é a representação maior do povo, o que identifica as pessoas. Esses elementos ajudam a compor a diversidade e a pluralidade”, avalia o fundador e diretor da companhia, Dom Rodrigo, que é filho de pai cearense e mãe paraibana, e usou as próprias raízes como fonte de inspiração para a construção do espetáculo. Ele conta que a história foi escrita em 2005, com a primeira montagem em 2006 e que, apesar das questões abrasileiradas, a base do espetáculo está na literatura grega, no conto de Perséfone. Já a técnica, conhecida como bonecos de balcão, é baseada em uma técnica japonesa milenar, e usa até três manipuladores de bonecos para a contação das histórias. [LEIA_TAMBEM]O projeto passa pelo interior do Brasil, em pequenas vilas, com apresentações ao ar livre, em praças e em locais com espaços próprios. Mas, segundo Dom, escolas e igrejas são verdadeiros polos de encontro. Nos colégios, os professores também participam de oficinas de construção de bonecos com materiais recicláveis para aprenderem técnicas simples, que podem ser replicadas em sala de aula. Ao final, recebem um kit pedagógico completo e criativo, com materiais e ideias para adaptarem à realidade local e dos estudantes. Para complementar a formação, os educadores terão acesso exclusivo à websérie Teatro de Formas Animadas, que apresenta, entre outras coisas, conteúdos sobre manipulação de bonecos, teatro de sombras e confecção de personagens. Palco para todos A companhia tem compromisso com a inclusão. Por isso, todos os espetáculos têm a montagem acompanhada por mediação cultural, tradução em Libras e audiodescrição. A sustentabilidade também faz parte da trajetória do grupo. Com a Usina Solar sobre Rodas, o projeto gera energia limpa em todas as atividades e confirma o próprio objetivo da peça, de conscientizar a população. “A arte é onde consigo dar o meu melhor e retribuir o meu melhor para a sociedade. Essas comunidades na invisibilidade social são onde o nosso trabalho faz mais sentido. A arte dentro do social e do educacional é onde nos encontramos. E as pessoas que trabalham comigo na companhia estão mergulhadas nesse objetivo e nessa caminhada, de que a arte deve ser compartilhada como uma questão de sobrevivência e de fazer sentido, chegando a quem realmente precisa dela”, reflete o idealizador. A primeira etapa da turnê começou em Montes Claros (MG), no dia 6 deste mês, e chegou a Paracatu (MG) nos dias 8 e 9. A segunda etapa vai passar por Goiás, em Alto Paraíso, Povoado do Mesquita e Cidade Ocidental. Já a terceira será na Bahia, nas regiões ribeirinhas e vilas de pescadores de Canavieiras. A Cia. Cidade dos Bonecos foi fundada em 2001, no Gama, com o olhar voltado à educação e à cultura no Distrito Federal. Criada pelo artista Domingos Rodrigo, o grupo busca a interação lúdica e inclusiva entre os diversos públicos para fomentar experiências inovadoras e sempre fortalecer a missão da companhia de tornar a arte um caminho acessível.
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Primeira edição do projeto Luz, Som e Ação marca trajetória profissional de diversas mulheres
A primeira edição do projeto Luz, Som e Ação chegou ao fim com impacto direto e expressivo na vida profissional de dezenas de mulheres. Viabilizado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, a iniciativa ofereceu, de forma gratuita, cursos técnicos nas áreas de roadie e técnicas de iluminação e som — funções tradicionalmente dominadas por homens no setor cultural. Com turmas de 30 alunas, o projeto formou 60 mulheres no Instituto Federal de Brasília (IFB), no Recanto das Emas, e no espaço Jovem de Expressão, em Ceilândia. Projeto Luz, Som e Ação formou 60 mulheres no Recanto das Emas e em Ceilândia, com cursos de roadie e técnicas de iluminação e som | Fotos: Jully Kathleen Com 119 inscrições de participantes vindas de 20 regiões administrativas do Distrito Federal, a ação mostrou sua capilaridade e relevância. Para a idealizadora do projeto, Ellen Oliveira, o projeto é um exemplo do papel das políticas públicas na promoção da inclusão produtiva e na redução das desigualdades de gênero: “Há uma grande dificuldade de encontrar mulheres nas áreas técnicas, o backstage ainda é um ambiente muito masculinizado. Nosso intuito é mostrar que é possível elas atuarem nesses espaços e que existe mercado para isso, faltam cursos para a capacitação. Tem mulheres, faltam oportunidades”, afirmou. Projeto foi realizado com apoio do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC-DF) [LEIA_TAMBEM]As alunas tiveram a chance de aplicar os conhecimentos adquiridos no festival Divas do Samba, evento que também tem como princípio a valorização da equidade de gênero. Ellen explicou, ainda, que o objetivo principal foi abrir caminhos reais para a inserção profissional das participantes, além do caráter exclusivo da formação ter contribuído para um ambiente mais acolhedor e estimulante. “Por ser um curso só para mulheres, elas se sentiram mais à vontade para perguntar, tirar dúvidas e compartilhar experiências. Muitas disseram que foi uma porta de entrada para o mercado”. A faixa etária das participantes variou entre 25 e 40 anos. A publicitária Sâmela Borges participou do curso e ressaltou a importância do aprendizado, não apenas para o currículo, mas para o desenvolvimento pessoal. “Gostei bastante da troca de experiências, de ver outras mulheres que estão passando pela mesma busca. Saindo daqui eu vi que tem uma ampla gama de possibilidades, vou sair daqui mais completa como profissional e como uma pessoa criativa também”, declarou. Todos os cursos contaram com intérprete de Libras e recursos de audiodescrição, garantindo acessibilidade para todas as alunas. A idealizadora também destacou a importância do apoio financeiro do FAC: “É fundamental que existam esses aportes para que possamos ampliar oportunidades. A ideia é dar continuidade ao projeto, com novos módulos, e seguir formando mais mulheres ao longo do tempo”.
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