Hmib comemora 59 anos como referência pediátrica no DF
O Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) completa 59 anos nesta terça-feira (25). A unidade chega a quase seis décadas como referência a gestantes e recém-nascidos do Distrito Federal e do Entorno. Para comemorar, a unidade da Secretaria de Saúde (SES-DF) preparou programação que incluiu apresentações da Orquestra Sinfônica da Força Aérea Brasileira, homenagens e mostras artísticas e culturais. A secretária-executiva de Assistência à Saúde da SES-DF, Edna Marques, parabenizou os servidores e destacou a relevância da unidade para os pacientes. “Nossa função, como profissionais da saúde, é cuidar. Hoje, celebramos a vida e as pessoas que constituem este hospital, tanto as que cuidam quanto as que são cuidadas." Para comemorar, a unidade da Secretaria de Saúde (SES-DF) preparou programação que incluiu apresentações da Orquestra Sinfônica da Força Aérea Brasileira, homenagens e mostras artísticas e culturais | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF Referência O Hmib possui a maior unidade de terapia intensiva neonatal (Utin) da rede pública, com 56 leitos reconhecidos pelo Ministério da Saúde. A unidade é referência no atendimento de prematuridade extrema, malformação e cardiopatia neonatais, além de recém-nascidos com necessidade de intervenção cirúrgica imediata. “Este hospital é parte fundamental do DF. Trabalhamos para que aquele bebê frágil chegue à fase adulta da melhor forma. Temos um papel fundamental no início da vida humana”, declarou a diretora do Hmib, Marina Silveira. Em 2024, segundo dados do InfoSaúde DF, ocorreram mais de 2,4 mil nascimentos na unidade. Desses, 79% foram de gestantes do DF e 21% de outras localidades. Neste ano, até o momento, foram mais de mil partos, sendo 79,4% de grávidas do DF e 20,6% de mulheres provenientes de estados como Minas Gerais e Goiás. Também estiveram na celebração os deputados distritais Jorge Vianna e Deyse Amarillo; a representante da senadora Damares Alves, Katia Mota; e o diretor-presidente do Hemocentro, Osnei Okumoto. *Com informações da SES-DF
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Concurso de desenho revela sentimentos e sonhos de pacientes do Hospital Materno Infantil de Brasília
Em comemoração à Semana da Criança, o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) promoveu o 1º concurso de desenho. Com o tema Meu mundo colorido, a iniciativa convidou as crianças internadas a expressar, por meio da arte, sentimentos, sonhos e percepções sobre o mundo. Segundo a enfermeira da pediatria e integrante do Grupo de Humanização do Hmib, Elizangela do Carmo Martins, a ação proporciona momentos de leveza, criatividade e esperança no ambiente hospitalar, além de fortalecer o vínculo entre pacientes, familiares e profissionais de saúde. Os desenhos vencedores ficarão expostos no corredor do Hmib até o final da próxima semana | Foto: Divulgação/SES-DF Samuel de Araújo Carvalho, 9 anos, foi o vencedor na categoria de 8 a 10 anos, destacando-se com uma ilustração cheia de cores e emoção. Na faixa etária de 4 a 5 anos, a ganhadora foi Mariana Chaves Faria. Já na categoria de 11 a 13 anos, a ganhadora foi Marina Santana de Carvalho, 13. Ao todo, 20 crianças participaram do concurso e receberam certificados e kits com livros de colorir e canetinhas. Os desenhos estão expostos no corredor central do hospital, em uma mostra especial que celebra a infância, a arte e o cuidado humanizado. A exposição ficará aberta ao público até o final da próxima semana. Arte: Agência Saúde *Com informações da Secretaria de Saúde
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Hospital Materno Infantil de Brasília realiza 8ª cirurgia de correção de espinha bífida
Gabriel Henrique ainda nem nasceu e já enfrentou o seu primeiro grande desafio. Diagnosticado com meningomielocele, o bebê passou por uma cirurgia de alta complexidade ainda dentro do útero da mãe para corrigir uma malformação conhecida como espinha bífida. O procedimento durou cerca de quatro horas e ocorreu com êxito, nessa quarta-feira (8), no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Essa foi a oitava cirurgia fetal na unidade. O pai, Ricardo Henrique Sousa, 37 anos, conta que o diagnóstico foi descoberto após a segunda ecografia, quando a médica identificou uma suspeita de hidrocefalia no feto. “Depois disso, foi aquela correria atrás de neurologista e soubemos de um procedimento feito por um médico aqui no Hmib, com condições parecidas com a do nosso filho”, relembra. A gestante Liane Cristina Oliveira, 38, também recorda do susto quando recebeu o diagnóstico. “Ficamos sem saber o motivo, o que aconteceu, porque os primeiros exames morfológicos mostravam que tudo estava bem", conta. Oitava cirurgia Esta foi a oitava cirurgia realizada pela equipe especializada do Hospital Materno Infantil de Brasília desde outubro de 2023 | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF Desde 2023, o Hmib faz esse tipo de procedimento. Em outubro daquele ano, a pequena Ágatha foi a primeira a passar pela intervenção — uma operação que envolveu equipe multidisciplinar, com especialistas em cirurgia fetal, neurocirurgia e anestesiologistas. Especialista em medicina fetal e um dos responsáveis pela cirurgia de Gabriel, o médico Marcelo Filippo destaca que, apesar de cada cirurgia ser única, a bagagem de outras operações traz a experiência. “Com a quantidade de procedimentos aumentando, ficamos mais seguros com a técnica”, explica. “O mais impressionante é quando vemos o resultado no bom desenvolvimento dessas crianças. Presenciar a felicidade da família olhando seus bebês saudáveis é muito gratificante”, acrescenta. Recuperação A meningomielocele causa limitações motoras e neurológicas desde o útero, com impactos por toda a vida. O nome — espinha bífida — refere-se à parte da coluna do bebê que fica exposta. Nesse cenário, as chances de recuperação são maiores nos casos em que o procedimento é feito ainda durante a gestação. Os benefícios incluem redução de infecções, danos neurológicos e problemas de mobilidade.[LEIA_TAMBEM] Segundo Filippo, o uso do ácido fólico durante a gestação — ou antes, se há planos de engravidar — pode ser crucial para diminuir o risco do diagnóstico. Serviço A cirurgia fetal é um serviço regulado e está disponível para toda a rede pública da Secretaria de Saúde (SES-DF). Por se tratar de um caso de urgência, o tempo de espera é reduzido, pois o sucesso depende da agilidade no diagnóstico e na realização do procedimento. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Saúde pública do DF adota protocolos especiais para combater sepse em pacientes
Nesta semana, é lembrado o Dia Mundial da Sepse (13 de setembro), data que busca sensibilizar a população, profissionais de saúde e autoridades sobre a necessidade urgente de ampliar o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz dessa condição. A sepse, chamada popularmente infecção generalizada, é uma resposta inflamatória grave do organismo a uma infecção. Quando não tratada de forma rápida, pode evoluir para a falência de múltiplos órgãos e levar à morte. Quadro elaborado pela Secretaria de Saúde resume o que é a doença | Arte: Agência Saúde-DF De acordo com dados internacionais publicados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a sepse é responsável por 48,9 milhões de casos e 11 milhões de mortes por ano, o que representa cerca de 20% de todas as mortes no mundo. Quase metade desses casos ocorre em crianças menores de cinco anos. No Brasil, o cenário é ainda mais desafiador. Estima-se que a taxa de mortalidade por sepse chegue a 60%, número muito acima da média de países desenvolvidos, que gira em torno de 20%. O reconhecimento rápido dos sinais da sepse pode salvar vidas. Os primeiros cuidados devem ser iniciados ainda na primeira hora após a suspeita de infecção, período conhecido como “hora de ouro”, aponta a infectologista Clarisse Lisboa, da SES-DF. “No começo, achei que era só um machucado, mas em pouco tempo meu quadro piorou muito”, relata Michel Strogoph Horovits, internado no Hospital Regional de Samambaia (HRSam) em tratamento contra sepse. “Se não fosse a agilidade da equipe daqui, eu não estaria melhorando. Hoje entendo a importância de reconhecer os sinais cedo.” “Crianças precisam ter um cuidado especial, pois o sistema de defesa das crianças ainda não está totalmente maduro, o que as tornam mais vulneráveis às infecções” Clarisse Lisboa, infectologista Clarisse Lisboa alerta: “O diagnóstico e o tratamento ágil fazem toda a diferença para reduzir a mortalidade, por isso precisamos olhar para esse problema com mais atenção, e adotamos o uso de protocolos clínicos que comprovadamente salvam vidas, que seguem os pilares: prevenção, reconhecimento e diagnóstico precoces, tratamento correto e reabilitação”. Tratamento O tratamento geralmente exige internação em unidades de terapia intensiva (UTIs). A primeira medida é a administração de antibióticos de largo espectro, por via endovenosa, antes mesmo da identificação do agente infeccioso. Quando o paciente apresenta queda acentuada de pressão arterial, podem ser utilizados vasopressores para estabilizar a circulação. Em situações graves, pode ser necessário o uso de suporte avançado, como ventilação mecânica e hemodiálise. “Crianças precisam ter um cuidado especial, pois o sistema de defesa das crianças ainda não está totalmente maduro, o que as tornam mais vulneráveis às infecções”, pontua Clarisse Lisboa. “Além disso, os sinais e sintomas de infecção na criança podem ser mais difíceis de identificar pela dificuldade em comunicar o que ela sente.” Ela lembra que é fundamental manter o cartão de vacinas atualizado e não deixar de buscar auxílio médico quando houver suspeita de infecção, para que o tratamento adequado seja iniciado o mais rapidamente possível. Capacitação pediátrica [LEIA_TAMBEM]Para enfrentar esse desafio, o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), em parceria com a Sociedade de Pediatria do Distrito Federal (SPDF), vai ofertar uma capacitação voltada ao reconhecimento precoce da sepse pediátrica. O treinamento será realizado na quinta-feira(11), de forma presencial, no grande auditório do Hmib, e também virtualmente, pelo aplicativo Zoom. As vagas presenciais são limitadas a 150 pessoas. Com o lema “Reconhecer para Agir”, a capacitação reforça a importância da identificação rápida dos sinais clínicos de sepse para que a intervenção médica ocorra ainda na chamada “hora de ouro”, capaz de salvar vidas e evitar sequelas graves. Os participantes receberão certificado emitido pelo Núcleo de Educação Permanente em Saúde (Neps) do Hmib, além de certificado específico para o curso online fornecido pela SPDF. *Com informações da Secretaria de Saúde
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