Evento debate a inclusão e TEA na educação superior
Com o objetivo de ampliar o debate sobre inclusão, a Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF) promoverá, no dia 30 deste mês, a 1ª Roda de Conversa: Vozes e Vivências – Inclusão e Transtorno do Espectro Autista (TEA). O encontro faz parte do Programa Inclusão em Cena e ocorrerá às 9h, na sala 109 do Campus Norte da UnDF, localizado no CA 2 do Lago Norte. O debate com Erenice Carvalho e Larissa Argenta faz parte do Programa Inclusão em Cena | Foto: Divulgação/UnDF [LEIA_TAMBEM]"Promover a inclusão na educação superior é um passo fundamental para que a universidade se torne, de fato, um espaço de pertencimento. A escuta das vozes e vivências é essencial para fortalecer políticas inclusivas e consolidar uma cultura acadêmica baseada no respeito, na diversidade e na humanização”, ressalta Raquel de Alcântara, gerente de Assistência e Humanização Estudantil da UnDF. Para alcançar este objetivo, a programação contará com as presenças de Erenice Carvalho, doutora em psicologia, integrante do Instituto de Ensino e Pesquisa e editora científica da Revista Apae Ciência; e de Larissa Argenta, presidente da Comissão dos Direitos dos Autistas da OAB/Taguatinga, com o objetivo de promover reflexões, compartilhar experiências de sucesso e fortalecer a luta por uma universidade mais acessível e acolhedora. *Com informações da UnDF
Ler mais...
IgesDF oferece curso sobre direitos sociais da pessoa com transtorno do espectro autista
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), por meio da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep), promoveu uma capacitação sobre direitos sociais da pessoa com transtorno do espectro autista (TEA). O evento foi realizado nesta segunda-feira (14), no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). A capacitação teve como foco os direitos sociais assegurados pela Lei Brasileira de Inclusão (Lei n.º 13.146/2015) e pela Lei Berenice Piana (Lei n.º 12.764/2012). O curso abordou a legislação vigente, acesso a serviços de saúde, educação e assistência social, além de estratégias para a adaptação do atendimento às necessidades desse público. O curso abordou a legislação vigente, acesso a serviços de saúde, educação e assistência social, além de estratégias para a adaptação do atendimento às necessidades dos autistas | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF “Este é um curso para além da questão da saúde. A gente está falando no âmbito da educação, da questão da assistência social, de pensar no acesso e na própria mobilidade. É entender que, conforme a política nacional, o autista é uma pessoa com deficiência. Então, ele tem acesso e direito a tudo a que a pessoa com deficiência também pode ter acesso”, explica a assistente social Beatriz Liarte, ministrante do curso. Segundo ela, hoje há inúmeros pacientes com autismo nas unidades, e muitas vezes, os profissionais da assistência lidam com famílias que não têm o laudo específico, então, não conseguem orientar direito. “Muitas vezes, elas não sabem exatamente para qual rede encaminhar, se aquele paciente tem acesso a benefícios, por exemplo, que podem auxiliar no tratamento, no pagamento de terapias. Então, é necessário que a gente possa estar se capacitando constantemente porque o número de pacientes com TEA tem sido cada vez maior”, destaca. O curso é voltado para todos os profissionais de saúde que tenham interesse no tema, estudantes e público externo. Ainda ocorrerão duas capacitações, no Hospital de Base, nos dias 29 e 30 de abril. As inscrições estão abertas no site do IgesDF. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Servidora do Detran-DF lança, no Recife, cartilha de inclusão do autista
A servidora do Detran-DF, Aline Campos, lançou, na sexta-feira (4), no Recife, a cartilha Inclusão Dentro e Fora do Avião, elaborada em parceria com o Ministério de Portos e Aeroportos. O lançamento ocorreu durante a inauguração da sala multissensorial do aeroporto de Recife. A cartilha ajuda o adulto a identificar vários sinais e sintomas da pessoa autista e a saber como agir com esse público em aeroportos e viagens de avião. A obra ainda mostra a importância da sala multissensorial para a pessoa autista que, devido aos altos estímulos sensoriais e a desregulação, precisa de um espaço onde consiga se regular para seguir viagem tranquilamente, sem maiores transtornos. A cartilha ‘Inclusão Dentro e Fora do Avião’ é destinada a crianças e adultos, típicos e atípicos e promove o respeito mútuo entre toda a sociedade | Foto: Divulgação/Detran-DF O conteúdo da cartilha é dirigido não só às crianças atípicas, mas também às típicas, e para toda a rede aeroportuária. Elas podem aprender sobre o autismo e suas características para ter um olhar mais respeitoso, empático, sem julgamento. Ao mesmo tempo, a cartilha ensina a crianças atípicas as regras que elas precisam seguir para fazer uma viagem segura, como utilizar os equipamentos, esperar a vez para entrar e sair da aeronave e a importância de usar o cordão de identificação para ficar mais visível. “Participar desse projeto foi de uma alegria imensurável porque eu pude mais uma vez contribuir ali com o meu talento, trazendo a representatividade do autista e também por saber que os órgãos estão preocupados com essa inclusão, em ter esse olhar tão sensível para as pessoas atípicas”, enfatiza a escritora Aline Campos. Protagonismo Aline Campos: “Esse projeto vai ampliar consideravelmente a conscientização sobre o autismo, trazendo olhares mais empáticos, generosos e transformando esse cenário que a gente vive hoje” Aline Campos explicou que o programa inclui a capacitação de todos os funcionários da rede aeroportuária, o que vai ampliar a conscientização em relação aos autistas. Para ela, “esse projeto vai ampliar consideravelmente a conscientização sobre o autismo, trazendo olhares mais empáticos, generosos e transformando esse cenário que a gente vive hoje”. O diretor-geral do Detran-DF, Marcu Bellini, diz que, para a autarquia, “é motivo de muito orgulho ter em seu quadro de servidores uma pessoa como Aline Campos, tão proativa, talentosa e preocupada com a inclusão dos atípicos”. A participação de Aline Campos – que também é autista – nesse projeto é a oportunidade de trazer a representatividade e o protagonismo do autista adulto. “É realmente visualizar que agora nós, autistas, somos cada vez mais vistos, temos vozes. E poder dar voz a tantos autistas adultos, que receberam o diagnóstico tardiamente e agora conseguem, por meio da informação, buscar nesse conhecimento o autoconhecimento e saber quem são. Poder representá-los é motivo de grande alegria e foi muito emocionante, muito emocionante mesmo”, destaca ela. A cartilha está disponível para download gratuito na página do Ministério de Portos e Aeroportos. *Com informações do Detran-DF
Ler mais...
Encontro debate atendimento ao paciente com TEA em hospitais
O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) foi palco do II Encontro de Conscientização no Atendimento ao paciente com Transtorno do Espectro Autista (TEA), nesta quinta-feira (3). No evento, especialistas debateram o assunto e trocaram experiências com os profissionais que atuam com pacientes autistas e com outras deficiências. “O atendimento ao paciente autista é um desafio diário. Temos que buscar condições de suavizar e melhorar as condições de atendimento para que eles consigam receber o atendimento necessário. É uma atualização constante e, por isso, precisamos nos reunir para discutir esse tema e as possibilidades de humanizar ainda mais o serviço com quem lida diariamente no cuidado destes pacientes”, afirma a chefe do serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial do HRSM, Érika Maurienn. Especialistas debateram o assunto e trocaram experiências com os profissionais que atuam com pacientes autistas e com outras deficiências | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF Representando a Diretoria de Atenção à Saúde do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), Adriana Gonçalves destacou a importância de realizar um evento com um tema tão importante e atual para a sociedade. “O autismo não é uma pauta só da saúde, mas também da educação, da assistência social, de todos, pois devemos respeitar e incluir essas pessoas. Temos que pensar no futuro delas, quem cuidará dessas crianças e adultos autistas que um dia se tornarão adultos idosos e os pais não estarão mais aqui para cuidar. É um debate de todos”, enfatiza. Debatendo o autismo Um dos pontos levantados no encontro foi respeitar as particularidades de cada paciente, como as diferentes hipersensibilidades sensoriais Apresentando uma palestra sobre os Transtornos de Integração Sensorial, a cirurgiã dentista e professora da Universidade Católica de Brasília (UCB), Laís Amaral, destacou as principais estratégias de acomodação sensorial que podem ser utilizadas no dia a dia dentro de um consultório odontológico. Além disso, falou da necessidade de sedação ou anestesia geral nos pacientes que possuem maior sensibilidade, ressaltando que cada paciente é único e tem particularidades. Por isso, no consultório ela costuma utilizar objetos que acalmam os pacientes, cobertores sensoriais, musicoterapia, entre outros recursos. “Temos que mostrar, não só para os dentistas, mas para outros profissionais, algumas técnicas, algumas ferramentas, algumas coisas que a gente pode utilizar para acomodar esse paciente sensorialmente, para ser possível a gente trazer a qualidade de vida e promover a saúde dessa população, tanto a saúde bucal e como a saúde geral”, explica. A neuropediatra do Hospital da Criança de Brasília (HCB), Ellen Siqueira, ministrou a palestra sobre os níveis de suporte ao paciente com TEA, ressaltando que cada indivíduo é único e pode apresentar características diferentes. Além disso, o nível de suporte pode variar ao longo da vida. Os cirurgiões dentistas que atendem no ambulatório de Odontologia PCD do HRSM, Diego Sindeaux e Dryelle Flores, falaram sobre o atendimento humanizado no HRSM, destacando os desafios diários e o esforço da equipe em prestar um atendimento de excelência, respeitando os limites de cada paciente e a parceria com a equipe do Centro Cirúrgico da unidade. “Os pacientes autistas têm um manejo diferenciado e não é possível fazer o tratamento de maneira tão rápida, tendo em vista que a maioria deles possui hipersensibilidade a som, luz, toque e sabor” Diego Sindeaux, cirurgião dentista “Os pacientes autistas têm um manejo diferenciado e não é possível fazer o tratamento de maneira tão rápida, tendo em vista que a maioria deles possui hipersensibilidade a som, luz, toque e sabor, que são coisas intensas durante o tratamento odontológico. Por isso, alguns casos são necessários para fazer o tratamento odontológico dentro do centro cirúrgico, sob efeito de anestesia geral”, explica Sindeaux. Vinícius Reis é musicólogo e musicalizador infantil, estudante de terapia ocupacional e esteve no HRSM para falar um pouco a respeito de atendimento humanizado “Eu acredito profundamente que capacitar os profissionais da saúde para uma vivência inclusiva é de extrema relevância. Espero que o dia de hoje tenha ajudado e continue agregando para que a gente possa crescer juntos, não apenas como área de conhecimento, mas também como sociedade”, avalia. *Com informações do IgesDF
Ler mais...