Fiscalização flagra 289 condutores dirigindo alcoolizados
Entre quinta-feira (16) e domingo (19), o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran), em parceria com a Polícia Militar (PMDF), promoveu ações de fiscalização com o objetivo de garantir a segurança no trânsito. Na manhã de domingo, durante patrulhamento na Via Leste, em Ceilândia Norte, as equipes flagraram um Fiat Palio andando em zigue-zague. Durante a abordagem, os agentes constataram que o condutor não possui habilitação – além de estar apresentando sinais de embriaguez. Após o teste do etilômetro registrar 0,81 miligrama de álcool por litro de ar alveolar, o motorista foi conduzido para a 15ª Delegacia de Polícia. Com registro do último licenciamento em 2018 e débitos de R$ 26 mil acumulados, o veículo, por sua vez, foi recolhido ao depósito do Detran. Deflagrada em diferentes horários, ação registrou oito tipos de infrações | Foto: Divulgação/Detran Confira abaixo as principais infrações registradas durante a fiscalização no feriado: ?Flagrantes de alcoolemia (art. 165 e 165-A): 289 ?Condutores com a CNH irregular (art. 162): 114 ?Uso de telefone ao volante (art. 252): 221 ?Não uso do cinto (art. 167): 339 ?Transporte de crianças fora das normas de segurança (art. 168): 11 ?Desrespeito a faixa de pedestre (art. 214): 76 ?Escapamento irregular (art. 230): 11 ?Estacionamento irregular (art. 181) 1.130 [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Transporte de coração Na manhã da última quinta-feira (16), a equipe Sentinela, da Unidade de Operações Aéreas do Detran, foi acionada para transportar um coração vindo de Florianópolis (SC), para o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF). O órgão foi trazido para o Distrito Federal pela Força Aérea Brasileira (FAB). Neste ano, o helicóptero do Detran já auxiliou no transporte de oito órgãos destinados para transplante. O quantitativo registrado até agora já ultrapassa o que foi transportado em todo o ano passado. *Com informações do Detran
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Doar órgãos é valorizar a vida e permitir novo recomeço
[Olho texto=”“O esclarecimento sobre como se tornar um doador é fundamental para que possamos renovar as esperanças dessas pessoas que aguardam por essa doação”” assinatura=”Camila Hirata, diretora da Central Estadual de Transplantes” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Um gesto que se define com apenas uma palavra: amor. E foi por amor que Aparecida de Freitas doou um rim ao irmão José Gilson de Freitas e mudou a vida dele. Já recuperado do transplante feito em 27 de agosto no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), José Gilson comemora: ficou no passado a luta pela sobrevivência em cansativas sessões de hemodiálise. Hoje, os irmãos recordam-se dos dias difíceis e incentivam a doação de órgãos e tecidos tanto entre pessoas vivas quanto no caso de famílias que autorizam o procedimento a partir de algum órgão de um parente morto. José Gilson com a irmã, Aparecida, de quem recebeu um rim: “Que isso sirva de incentivo a todos que tenham esse mesmo gesto de amor, que é o gesto de doação” | Fotos: Breno Esaki/Agência Saúde Com a mensagem “Diga sim à vida”, a campanha Setembro Verde, no Distrito Federal, representa um novo ciclo, uma nova vida para quem passa por dias difíceis e tem a oportunidade de recomeçar. “Hoje, no Brasil, mais de 45 mil pessoas aguardam por um transplante”, reforça a diretora da Central Estadual de Transplantes da Secretaria de Saúde, Camila Hirata. “O esclarecimento sobre como se tornar um doador, essa conversa em família sobre doação de órgãos é fundamental para que possamos renovar as esperanças dessas pessoas que aguardam por essa doação”. Luta pela vida A batalha de José Gilson começou entre fevereiro e março de 2012, quando, em uma viagem, ele descobriu ter nefropatia por IgA, uma doença renal. “O pé começou a inchar, aferimos a pressão, procuramos um hospital e, nos exames, descobri um problema renal; eu ainda não sabia qual era a doença”, lembra. Levado ao hospital e já com o diagnóstico da enfermidade, ele iniciou um tratamento conservador por indicação médica. A doença foi evoluindo com o passar dos anos e um dos rins funcionava com apenas 20% de capacidade. Em 2018, ele contraiu uma gripe que evoluiu para pneumonia. O quadro clínico agravou-se: o rim paralisou, e foi necessário começar a fazer hemodiálise. “Desde que descobri a doença eu já sabia de todos os tratamentos que existem”, conta. “O transplante é um deles. Eu entrei na fila de doador falecido em junho de 2019”. Foi nesse período que sua irmã, Aparecida, se ofereceu para doar um rim – e no início, conta, Gilson não queria que ela se submetesse ao procedimento. [Olho texto=”“O transplante renal é a melhor alternativa de tratamento para os pacientes com disfunção renal crônica e necessidade de suporte dialítico” ” assinatura=”Helen Souto Siqueira Cardoso, nefrologista do ICDF” esquerda_direita_centro=”direita”] “Ficou resistente, mas conversamos com o médico e eu estava ciente dos riscos, sabia o que poderia enfrentar, e isso não mudou a minha decisão de ajudar o meu irmão”, recorda Aparecida. A partir dessa decisão, os dois participaram de palestras, fizeram exames de compatibilidade e todos os procedimentos necessários para viabilizar o transplante. Pandemia “Eu sou da área da saúde, sou nutricionista e sei que é possível ter uma vida normal com apenas um rim, então eu decidi doar”, relata Aparecida. “As pessoas são resistentes quanto à doação intervivos; ele, inclusive, era. Quando conversou com um colega de trabalho que doou um rim para a esposa e viu que ele estava bem, mantendo uma rotina, foi que se convenceu de que eu poderia ser a doadora.” Em março de 2020, por causa da pandemia, vários procedimentos deixaram de ser feitos. Os transplantes continuaram, porém com maior rigor, como a impossibilidade de transplantar um órgão de um doador morto por covid-19. Além disso, essa restrição também vale para o transplante entre pessoas vivas. A nefrologista Helen Souto Siqueira Cardoso, coordenadora de transplante renal do ICDF, enfatiza: “O transplante renal é a melhor alternativa de tratamento para os pacientes com disfunção renal crônica e necessidade de suporte dialítico. O José Gilson, essa pessoa jovem, teve seus planos interrompidos após uma nefropatia por IgA e a necessidade de hemodiálise. Ele ganhou o rim de sua irmã, com seu grande ato de amor e um ano na fila de espera.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Expectativas Concluído o procedimento, José Gilson pondera: “Minha maior expectativa é parar de fazer hemodiálise, pois é muito sofrido. Sei que terei várias restrições para fazer uso de medicamentos [para evitar a rejeição do órgão]. O tratamento [hemodiálise] é muito agressivo”. A internação no ICDF ocorreu em 26 de agosto, véspera do transplante. Nesse dia, Gilson fez sua última sessão de hemodiálise e estava confiante e otimista. Durante a sessão, recebeu orientações do enfermeiro nefrologista Thiago Martins, de quem ouviu uma avaliação animadora: “A gente está na torcida para que seja realmente a última sessão de hemodiálise e que você possa seguir com a sua nova vida longe dessa máquina”. Emocionado, Gilson agradece também o gesto da irmã: “É um ato de amor a pessoa doar-se para passar o que ela vai passar, sendo uma pessoa saudável, tendo todas as atividades de trabalho. Ela tirou um momento da vida dela para me dar a vida também. Tenho que ficar agradecido pelo resto da minha vida e vou carregar dentro de mim um pedacinho dela”. O grande dia Na tarde de 27 de agosto, um novo capítulo foi escrito na vida de José Gilson. Após um ano na lista de espera, o grande dia chegou. Ele e a irmã foram conduzidos ao centro cirúrgico – um na sala de doador e outro na sala de receptor. Sedados, eles não viram todo o trabalho que a equipe multiprofissional fez ao retirar o rim de um e transplantar no outro. As cirurgias foram bem-sucedidas, e, a partir daquele momento, os irmãos estavam mais unidos do que nunca. O rim de Aparecida trabalhava no corpo de José Gilson e devolvia a ele a tão sonhada qualidade de vida. “O José Gilson é nosso transplante número 300”, informa Helen Cardoso. “Neste ano o ICDF realizou 27 transplantes renais, sendo 11 transplantes entre pessoas vivas e 16 transplantes com doadores falecidos”. A médica faz um apelo para que as pessoas que desejam ser doadoras comuniquem seus familiares e para que os familiares autorizem a doação. [Olho texto=”“É muito bom saber que eu trouxe qualidade de vida para o meu irmão, não só para ele, mas para a esposa, filhos e todos que viam o sofrimento dele e sofriam juntos” ” assinatura=”Aparecida de Freitas, doadora do rim” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “A doação intervivos não conseguirá suprir a demanda tão crescente nos últimos anos por transplantes renais”, alerta. “Por isso é muito importante que você comunique à sua família o desejo de doar órgãos. Doe órgãos, diga sim à vida.” A volta para casa Já em condições de retornar para casa e livre das sessões de hemodiálise, José Gilson recebeu alta em 31 de agosto e já está recuperado da cirurgia, bem como sua irmã Aparecida. A saída do hospital foi carregada de emoção, alívio e um sentimento de vitória. “O pós-cirúrgico está indo bem, as dores que a gente sente são normais”, diz. “A diferença é que não estou fazendo hemodiálise. Espero que esse rim que ganhei de presente dure por muitos anos.” Aparecida observa a qualidade de vida que o irmão ganhou quase um mês após receber o rim: “Só quem faz hemodiálise sabe o sofrimento que é. A pessoa fica muito debilitada. Ter que ir com frequência para esse tratamento – que é necessário, mas deixa a pessoa muito debilitada – é muito difícil. Nada se compara com o que era antes. É muito bom saber que eu trouxe qualidade de vida para o meu irmão, não só para ele, mas para a esposa, filhos e todos que viam o sofrimento dele e sofriam juntos”. Em casa, já com a família, José Gilson reforça a gratidão: “Que sirva de lição e aprendizado: a pessoa pode doar um rim. Às vezes, a falta de informação faz com que as pessoas tenham medo de fazer a doação e até [faz com que] com quem vai receber, como era meu caso, tenha medo também de comprometer a vida da outra pessoa. Informe seus familiares, procure informação. Hoje estou muito bem, agradecido a Deus, a ela [a irmã] por esse gesto, e que isso sirva de incentivo a todos que tenham esse mesmo gesto de amor, que é o gesto de doação”. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Para cirurgias, ICDF recebe um repasse de R$ 30 milhões
Com o objetivo de retomar os procedimentos cardíacos realizados pelo Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), a Secretaria de Saúde repassou, nesta quinta-feira (14), R$ 30 milhões para a instituição. Esses recursos foram obtidos junto ao Ministério da Saúde e serão relevantes para que o ICDF normalize as cirurgias cardíacas, de transplantes, cateterismo e retome as cirurgias eletivas que estavam suspensas. “Fizemos uma atuação ampla junto ao Ministério da Saúde para que esse recurso fosse obtido porque sabemos das dificuldades financeiras enfrentadas pelo ICDF, mas também é inquestionável o valor do instituto na prestação de serviços à população”, destacou o Secretário de Saúde, Osnei Okumoto. Ele lembrou também que esse esforço é de todo o Governo do Distrito Federal e foi uma determinação do governador Ibaneis Rocha para que o problema fosse solucionado. A secretária-adjunta Beatris Gautério reforça a importância desse recurso para que “o ICDF volte a atuar em sua plena capacidade e retome os serviços prestados à população, entre eles, cirurgias cardíacas pediátricas e transplantes”. Ela esclareceu que o repasse foi feito com base na Portaria GM/MS 3845, de 29 de dezembro e oficializado com a publicação em 30 de dezembro de 2020 no Diário Oficial da União (DOU). “A Secretaria de Saúde sabe da relevância do ICDF, que atua com maestria na área de Cardiologia e transplantes o quanto seus atendimentos são essenciais à população, por isso a Secretaria atuou para auxiliar na recuperação da instituição”, explica Beatris Gautério. Desde 2014 o ICDF vem enfrentando problemas financeiros, deixando inclusive de realizar alguns procedimentos eletivos. Com o repasse, espera-se que o Instituto volte a atuar em sua capacidade máxima na pediatria, realizando cateterismos cardíacos pediátricos terapêuticos e as cirurgias eletivas que estavam paradas, além dos transplantes. Em 2020, a Secretaria de Saúde pagou ao ICDF o montante de R$ 44.978.617,27, referente ao contrato vigente. Por determinação do MS os repasses mensais foram realizados na sua íntegra mesmo quando o ICDF não realizava todos os serviços contratados. A secretaria não possui débitos com o ICDF. Com esta ação, o GDF espera que a instituição retorne suas atividades na sua plenitude visando atender os pacientes que aguardam nas filas de espera por cirurgias. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Duas crianças serão operadas nesta sexta-feira (20)
Duas crianças que foram acolhidas nessa quinta-feira (19) no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) serão operadas nesta sexta-feira (20), e outras duas tem previsão de cirurgia para o início da próxima semana. Os quatro bebês são os primeiros a passar pelos procedimentos depois do acordo firmado entre Secretaria de Saúde (SES) e o instituto na noite da última quinta. Todos os pacientes têm menos de um ano e aguardavam por cirurgia cardíaca em hospitais da rede pública de saúde, onde recebiam assistência médica adequada. Para garantir a realização dos procedimentos, a SES fez um repasse de quase R$ 4 milhões ao ICDF, de forma antecipada. Também para ajudar no equilíbrio financeiro, a secretaria vai agilizar o pagamento dos serviços executados no mês de outubro e oferecerá insumos básicos, conforme lista a ser elaborada pelo corpo clínico do instituto, e que são necessários para o procedimento cirúrgico dessas crianças. Metas O valor referente a esse material será abatido em pagamentos futuros a serem repassados ao instituto. Em contrapartida, ficou acertado que o ICDF vai atuar para cumprir as metas pactuadas para o mês de novembro e de dezembro. A prioridade da Secretaria de Saúde é atender as crianças cardiopatas, por ordem de urgência, e as solicitações judiciais. São cerca de 100 pacientes pediátricos que aguardam por uma cirurgia cardíaca. O instituto também deve contribuir no aumento de oferta de cirurgias cardíacas para adultos, somando esforços junto ao Hospital de Base e Hospital Universitário de Brasília, que também realizam esses procedimentos pela rede pública de saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde
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