Festival de Brasília do Cinema Brasileiro abre inscrições para a seleção de filmes
Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília. O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do festival até 9 de junho. Coletiva de imprensa realizada no hall do Cine Brasília, nesta terça (6), marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens para a seleção oficial do evento | Foto: Divulgação/Secec-DF A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar. Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes. [LEIA_TAMBEM]Para Sara Rocha, coordenadora-geral do festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”. Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília. Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira. Neste ano, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Mostra Brasília A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do festival. Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público. A programação completa do festival será divulgada em 20 de agosto. Cine Brasília A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas. “Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília. A estrutura do Cine Brasília será ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Mostra 60 Anos do Festival Como parte das comemorações pelos 60 anos do festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca. A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo. · Todas as Mulheres do Mundo (1966), de Domingos de Oliveira · Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles · Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat · Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis · É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert · Temporada (2018), de André Novais de Oliveira Inscrições para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro Período: desta terça (6) a 9 de junho Link: https://festcinebrasilia.com.br/inscricoes/ Data do festival: 12 a 20 de setembro Local: Cine Brasília – EQS 106/107. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)
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Festival do Cinema Brasileiro abre inscrições para seleção de filmes
Até 12 de novembro estão abertas as inscrições de filmes para o 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A iniciativa é da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), em parceria com a organização da sociedade civil (OSC) Amigos do Futuro. Referência entre os festivais brasileiros, o mais longevo festival de cinema do país ocupa mais uma vez o Cine Brasília, também com exibições da Mostra Competitiva Nacional e Mostra Brasília em Samambaia e Planaltina, entre 9 e 16 de dezembro, exibindo e destacando as mais recentes obras cinematográficas produzidas no país. Ao todo, serão selecionados seis longas-metragens e 12 curtas para a Mostra Competitiva Nacional, além de quatro longas e oito curtas para a Mostra Brasília, voltada para produções do DF. As inscrições serão realizadas somente no site do festival. [Olho texto=”“O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é motivo de muito orgulho para todos nós, até por ser o festival de mais tradição do país. O cinema é uma arte de muito estudo e diversidade, representando tudo o que buscamos diariamente, visando democratizar esse acesso à cultura”” assinatura=”Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] A 56ª edição promete uma programação diversificada, com uma escolha de filmes que busca incorporar a mais ampla diversidade narrativa de expressões brasileiras, equilibrando o volume de produções representantes das cinco regiões do país. Os filmes selecionados para as mostras competitivas nacionais serão premiados nos valores de R$ 30 mil para longas-metragens e R$ 10 mil para curtas. Já na Mostra Brasília, o audiovisual candango concorre a R$ 240 mil em prêmios concedidos pelo 25º Troféu Câmara Legislativa. Sob a direção artística de Anna Karina de Carvalho, a equipe de curadoria dispõe de três comissões compostas por profissionais renomados do audiovisual brasileiro, cujos nomes serão divulgados após os resultados. As comissões dividem-se entre a de longas e a de curtas da Mostra Competitiva Nacional, formadas pela direção do festival, e a da Mostra Brasília, formada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A seleção privilegia obras inéditas, finalizadas entre 2022 e 2023, excluindo filmes que já se inscreveram em edições anteriores. No site do Festival de Brasília é possível encontrar o regulamento da seleção de filmes, o edital do Troféu Câmara Legislativa e o formulário de inscrição. A seleção completa de filmes que compõem o 56º FBCB será divulgada até o início de dezembro. Ao todo, serão selecionados seis longas-metragens e 12 curtas para a Mostra Competitiva Nacional, além de quatro longas e oito curtas para a Mostra Brasília | Foto: Thais Mallon “O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é motivo de muito orgulho para todos nós, até por ser o festival de mais tradição do país. O cinema é uma arte de muito estudo e diversidade, representando tudo o que buscamos diariamente, visando democratizar esse acesso à cultura”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. Abrantes reforça: “Seguiremos dialogando com todos os profissionais de cinema e do audiovisual diuturnamente para que, cada vez mais, possamos aprimorar e consolidar a realização desse festival que movimenta as artes, a cultura e, sobretudo, a economia da nossa cidade”. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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O drama de um cabeleireiro do primeiro escalão
Mergulho na Piscina Vazia é um documentário que traz à tona uma história de superação | Foto: Divulgação Em toda véspera de solenidade em que a então primeira-dama Ruth Cardoso seria destaque, o presidente Fernando Henrique se alarmava. Era só esbarrar com o cabeleireiro Derly Silva pelos corredores do Palácio do Planalto para avisar: “Derly, por favor, a Ruth hoje tem um evento, não quero ela com cara de ‘comunidade solidária’”. Derly é protagonista do documentário O Mergulho na Piscina Vazia, de Edson Fogaça, um dos filmes selecionados para a Mostra Brasília, na 53º edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB), disponível on-line, a partir desta quinta (17), na plataforma dos canais Globo. Amplificado por Derly – que à época também era cabeleireiro de boa parte da alta sociedade brasiliense –, o bordão “cara de comunidade solidária” foi adotado, com muito bom humor e carinho, por todos que circulavam pelo Palácio, incluindo o casal presidencial. “Ficou gostoso, ela [Dona Ruth Cardoso] aceitou numa boa; até o final do nosso trabalho, tudo foi muito aceito”, conta ele. O título do filme é uma metáfora cara a Derly, uma estrela do ofício nos anos 1990 que foi da glória ao fundo do poço, depois de se envolver, de forma trágica, com um mal que faz parte da realidade de milhares de pessoas no Brasil e no mundo: as drogas. História de superação “O que me deixou impressionado, quando ouvi a história de Derly, foi seu desejo sincero em querer superar o vício”, conta o diretor, que bancou o projeto do próprio bolso. “Percebi o potencial que sua história continha, um apelo, quase um grito de socorro, para uma luta que não se vence sozinho e sim, com muita ajuda e compreensão.” Pungente, visceral, às vezes incômodo, o filme não deixa de ser um relevante trabalho de serviço social sobre o tema das drogas, do vício, da solidão, do abandono, da decadência, do desespero de quem quer dar a volta por cima e sobreviver. Tudo isso, amparado por montagem sóbria e bela direção de arte. Edson Fogaça participa da Mostra Brasília pela terceira vez e destaca o quão estimulante é o festival no ambiente presencial, que permite colher as impressões do público e interagir com ele. “Essa edição atípica traz a vantagem de permitir uma grande capilaridade, ao ser via on-line”, observa. “Mesmo com a falta do ambiente pulsante do festival, acredito que será uma excelente oportunidade para levar o filme a um público bem maior”. * Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec)
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Selecionados 30 filmes para o Festival de Cinema
Este ano, o festival será transmitido pelo Canal Brasil | Foto: Agência Brasília/Arquivo A edição 53ª do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) tem rosto e personalidade traçados. É fortemente documental, tem produções das cinco regiões brasileiras e marca presença equilibrada feminina e de criadores negros. O desenho dessa face nasceu do trabalho intenso dos 13 jurados da comissão de seleção, sob a orientação do curador e diretor artístico do festival, o cineasta Silvio Tendler. “Foram quase 700 filmes que se apresentaram às comissões de seleção do Festival de Brasília”, conta o cineasta. “Isso demostra uma produtividade intensa num momento de crise. O Brasil, por meio do cinema, quer mostrar sua verdadeira cara, e o Festival de Brasília será sua vitrine.” Após duas semanas de avaliações, as três comissões de seleção escolheram os 30 filmes dos 698 que foram inscritos no festival, a ser transmitido de 15 a 20 de dezembro pelo Canal Brasil e streaming Play Brasil. Divulgado nesta terça-feira (24) pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o resultado foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). É considerado provisório, pois cabe recurso em até cinco dias, a partir da data de publicação. [Numeralha titulo_grande=”698″ texto=”” esquerda_direita_centro=””] A força do real Dos seis filmes selecionados para a mostra oficial de longa-metragem, cinco são documentários, dando vazão a homenagens viscerais ao cinema nacional e ao diálogo com figuras emblemáticas da cultura nacional. Veja, abaixo, os longas selecionados para a mostra oficial. Espero que Esta te Encontre e que Esteja Bem – Natara Ney, documentário, PE/RJ/MS, 83 min. Um lote de 110 cartas de amor trocadas por dois amantes nos anos 1950, descobertos em Mato Grosso do Sul, é o ponto de partida para este filme. Por Onde Anda Makunaíma? – Rodrigo Séllos, documentário, RO, 84 min. Resgate histórico e cultural do célebre personagem imortalizado por Mário de Andrade na literatura modernista. A Luz de Mario Carneiro – Betse de Paula, documentário, RJ, 73 min. Um dos nomes mais respeitados do cinema nacional, sempre lembrado por seus trabalhos como diretor de fotografia em clássicos do Cinema Novo, Mario Carneiro é homenageado neste filme. Longe do Paraíso – Orlando Senna, ficção, BA, 106 min. História do pistoleiro Kim (Ícaro Bittencourt), que, jurado de morte após cometer grave erro na organização em que trabalha, tem a chance de se redimir diante de missão quase impossível. Entre Nós Talvez Estejam Multidões – Aiano Bemfica e Pedro Maia de Brito, documentário, MG/PE, 92 min. Autores propõem uma jornada experimental na Comunidade Eliana Silva – assentamento urbano de Belo Horizonte (MG) – a partir da perspectiva dos moradores ao longo da campanha presidencial de 2018. Ivan, o TerríVel – Mario Abbade, documentário, RJ, 103min. A trajetória e obra de Ivan Cardoso, o inventor do subgênero brasileiro “terrir”, famoso pela mistura irreverente de comédia com traços de chanchada, terror e suspense. Retrato consistente Para a Mostra Oficial de Curta, foram escolhidas 12 produções de 463 inscritos. São filmes que formam o expressivo e guerreiro mosaico do atual audiovisual no Brasil. “Foi um trabalho árduo em função do volume de filmes inscritos e do curto período de tempo”, conta o curta-metragista e presidente da Comissão de Seleção de Curtas do FBCB, Clementino Junior. Diferentemente da Mostra Oficial de Longas, na seleção dos filmes de curtas, o gênero ficção se sobressaiu entre os filmes escolhidos pelos jurados. Foram seis produções, seguidas de quatro documentários, uma animação e um projeto experimental. Conheça os curtas selecionados. À Beira do Planeta Mainha Soprou a Gente – Bruna Barros e Bruna Castro, documentário, BA, 13min18s. Distopia – Lilih Curi, ficção, BA, 10min38s. A Morte Branca do Feiticeiro Negro – Rodrigo Ribeiro, documentário, SC, 11min. Mãtãnãg, a Encantadora – Shawara Maxakali e Charles Bicalho, animação, MG, 14min. Ouro para o Bem do Brasil – Gregory Baltz, RJ, documentário, 17min24s. República – Grace Passô, ficção, SP, 15min30s. Vitória – Ricardo Alves Jr. ficção, MG, 14min. A Tradicional Família Brasileira KATU – Rodrigo Sena, documentário, RN, 25min. Pausa para o Café – Tamiris Tertuliano, ficção, PR, 5min. Quanto Pesa – Breno Nina, ficção, MA, 23min. Guardião dos Caminhos – Milena Manfredini, experimental, RJ, 3 min. Inabitável – Matheus Faria e Enock Carvalho, ficção, PE, 19min57s. “Buscamos apresentar, entre o que nos encheu os olhos ao longo dessa maratona, um retrato brasileiro consciente, diverso na estética, no olhar e na voz, no chão e lugar de fala”, avalia Clementino Junior. Mostra Brasília A Mostra Brasília, que ocorre desde 1996, teve 12 filmes selecionados. Ao todo, a Comissão de Seleção da Mostra Brasília avaliou 79 curtas-metragens e 23 longas. “Trabalhamos sempre em equipe”, explica a professora, atriz e cineasta Glória Teixeira, presidente dessa comissão. “Nenhuma decisão foi tomada sem amplo debate ou de forma individual. Não foi uma decisão fácil, vimos muitos filmes excelentes. Para além do lazer, estou convicta de que as obras selecionadas vão representar muito bem o DF.” Conheça os longas da Mostra Brasília. O Mergulho na Piscina Vazia – Edson Fogaça, documentário, 83min. Cadê Edson? – Dácia Ibiapina, documentário, 72 min. Candango: Memórias do Festival – Lino Meirelles, documentário, 119 min. Utopia e Distopia – Jorge Bodanzky, documentário, 74 min. Conheça os curtas da Mostra Brasília. Algoritmo – Thiago Foresti, ficção, 20min. Questão de Bom Senso – Péterson Paim, documentário, 29min53s. Do Outro Lado – David Murad, ficção, 15min36s. Rosas do Asfalto – Daiane Cortes, documentário, 19min57s. Eric – Letícia Castanheira, documentário, 13min50s. Brasília 60 + 60: Do Sonho ao Futuro – Raquel Piantino, animação, 13min. Delfini Brasília, Olhar Operário – Maria do Socorro Madeira, documentário, 22min58s. Curumins – Pablo Ravi, documentário, 17min14s. * Com informações da Secec
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