Entulhos reciclados são reaproveitados em obras públicas e conservação de vias não pavimentadas
O Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU) tem dado um novo destino às cinco mil toneladas de resíduos da construção civil que chegam à Unidade de Recebimento de Entulhos (URE), na Estrutural. Os itens que iriam para o descarte são reaproveitados e transformados em areia, brita e rachão para serem utilizados na reforma de estradas rurais, na contenção de erosões e no aterramento de construções. Em 2024, a unidade processou 233,4 mil toneladas de material reciclado, sendo 115 mil toneladas de brita destinadas a diferentes regiões do Distrito Federal. Além disso, o material não utilizado passa por um reaproveitamento interno para recobrimento do maciço, garantindo a manutenção do aterro e a infraestrutura da própria unidade. A reutilização do entulho é uma medida econômica e sustentável | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A diretora técnica do SLU, Andréa Almeida, destaca a importância do reaproveitamento desses materiais. “Esse trabalho gera economia para os cofres públicos porque é um material que o governo não precisa comprar. Além disso, tem a questão ambiental de reutilizar o material que iria para o descarte”, explica. No Distrito Federal, os itens que chegam à URE vêm dos grandes geradores de resíduos particulares, das obras públicas e do próprio SLU, como papa-entulhos. Lá, o material bruto é processado em uma unidade de britagem e se transforma no agregado britado. “O material agregado oriundo de reaproveitamento de RCC é utilizado para cobrir vias, pátios de acesso e muito procurado pelas administrações regionais na preservação e recuperação de vias não pavimentadas”, esclarece Andréa. “O material continua sendo um resíduo da construção civil, mas em uma nova forma, sem precisar ser aterrado” Andréa Almeida, diretora técnica do SLU O processo de reaproveitamento do SLU começa com a triagem dos resíduos. O material passa por trituração e peneiramento para separação adequada, tornando-se apto para ser reutilizado. “Ele continua sendo um resíduo da construção civil, mas em uma nova forma, sem precisar ser aterrado. Com isso, economizamos espaço no aterro e evitamos a extração de novos recursos da natureza”, acrescenta a diretora. Investimentos O Governo do Distrito Federal (GDF) prepara a abertura de duas licitações, uma para a construção de mais uma URE, que ficará localizada no Recanto das Emas, entre a BR-060 e a DF-180, e outra para modernizar e ampliar a URE da Estrutural — um investimento que promete aumentar a taxa de aproveitamento de 18% para 49%. “Com relação à nova unidade do Recanto das Emas, estamos na fase de execução de projeto para lançar a licitação de quem vai executar e operar. Vai ser tudo do zero, com uma taxa de aproveitamento de 79%, considerado um nível de primeiro mundo”, conclui Andréa.
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GDF assina plano de ação que efetiva políticas para pessoas em situação de rua
O Governo do Distrito Federal (GDF) deu mais um passo para a implementação de políticas públicas de atendimento e inclusão social dos cidadãos em vulnerabilidade, com a oficialização do Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua. A concretização do protocolo se deu na manhã desta segunda-feira (27), com a assinatura do governador Ibaneis Rocha do acordo de cooperação técnica que incentiva o desenvolvimento e monitora as ações do GDF para as pessoas em situação de rua e do decreto que regulamenta a reserva mínima, para este público, de 2% das vagas de trabalho em serviços e obras públicas. “Tudo se encaminhou no sentido de que pudéssemos criar esse plano de ação para atender as pessoas em situação de rua. Tenho convicção de que esse plano servirá de exemplo para todo o Brasil” Ibaneis Rocha, governador do DF O chefe do Executivo lembrou que o plano foi criado com auxílio de todas as secretarias do GDF. “Esse é um trabalho multidisciplinar. Tudo se encaminhou no sentido de que pudéssemos criar esse plano de ação para atender as pessoas em situação de rua. Tenho convicção de que esse plano servirá de exemplo para todo o Brasil”, destacou Ibaneis Rocha. Até 2020, o DF contava com quase 3 mil pessoas em situação de rua, segundo o levantamento do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF). O governador ressaltou ainda que o GDF já tem feito uma série de ações em prol das comunidades mais vulneráveis. “Temos adotado medidas importantes e os resultados vêm aparecendo e vão aparecer cada vez mais. Aumentamos o número de vagas de acolhimento no DF. Quando começamos tínhamos em torno de 300 e agora estamos com 2,9 mil. Temos um projeto importante da Secretaria de Saúde de assistência às famílias e uma parceria efetiva com a Câmara Legislativa do Distrito Federal e com a Defensoria Pública. Esse é um plano de acolhimento”, acrescentou. O governador Ibaneis Rocha assinou, nesta segunda (27), acordo de cooperação técnica que incentiva o desenvolvimento e monitora as ações do GDF para as pessoas em situação de rua e decreto que regulamenta a reserva mínima de 2% das vagas de trabalho em serviços e obras públicas | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Confira aqui o Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua lançado nesta segunda-feira pelo GDF. “O plano foi pensado de uma forma diferente do que sempre foi feito no Distrito Federal e no Brasil: o tratamento da população em situação de rua” Gustavo Rocha, secretário-chefe da Casa Civil O secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, complementou que o plano tem o objetivo de acolher e melhorar a situação de vida as pessoas em situação de rua levando em consideração a análise do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDF) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que também participaram da construção. “O plano foi pensado de uma forma diferente do que sempre foi feito no Distrito Federal e no Brasil: o tratamento da população em situação de rua. O plano é voltado para o acolhimento dessas pessoas, para que elas tenham condições, por meio de uma moradia digna, capacitação e profissionalização, de sair dessa situação. Criamos um grupo de trabalho e um comitê específico. São inúmeras ações que estamos desenvolvendo. Tenho certeza que vamos colher os frutos desse projeto”, afirmou. A secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, reforçou que todas as ações passam pela pasta. “É uma das principais em relação a esse plano que assinamos hoje. Sempre tem quer uma atuação da Secretaria de Desenvolvimento Social antes de qualquer tipo de ação ou operação que possa ser feito pelo Estado. Nós temos 28 equipes de abordagem social que atuam nesse exato momento nas ruas do DF tentando estabelecer vínculo com a pessoa que se encontra em situação de rua e demonstrar que existe um outro caminho”, afirmou. Implementação “Nós temos 28 equipes de abordagem social que atuam nesse exato momento nas ruas do DF tentando estabelecer vínculo com a pessoa que se encontra em situação de rua e demonstrar que existe um outro caminho”, disse a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra O acordo de cooperação técnica envolve o GDF, representado pela Casa Civil, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDF), por meio das Comissões de Defesa dos Direitos Fundamentais (CDDF) e de Planejamento Estratégico (CPE), e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A resolução estabelece o plano de ações para executar políticas em assistência social, educação, saúde, cidadania, cultura, habitação, trabalho e renda voltadas para a população mais vulnerável do DF. O pacto tem o intuito de promover a defesa dos direitos das pessoas em situação de rua, bem como facilitar a troca de informações e o acompanhamento das políticas públicas pelo Ministério Público. O conselheiro nacional do MP Engels Augusto Muniz elogiou o pioneirismo do DF na criação do plano para população em situação de rua. “O DF sai na frente e parabenizo o governo nesse sentido”, afirmou. “Esse acordo vem com o intuito de proteção da pessoa em situação de rua e para compartilhar essas informações [do plano com o Ministério Público] para implementação e fiscalização dessas políticas”, completou. Desde 2020, todos os restaurantes comunitários ofertam alimentação gratuita a pessoas em situação de rua. Neste ano, o benefício foi ampliado permitindo que a comunidade tenha acesso a todas as três refeições: café da manhã, almoço e jantar, nas unidades onde elas já são oferecidas Já o decreto vem para regulamentar a Lei nº 6.128, de 1º de março de 2018, e promover a inclusão socioeconômica das pessoas em situação de rua, que terão uma reserva de 2% nas vagas das empresas contratadas para realizar serviços e obras na administração pública do Distrito Federal. Além disso, o governo anunciou um novo ciclo do RenovaDF, programa de capacitação profissional na área de construção civil, com o intuito de preparar as pessoas em situação de rua para a futura contratação. Nos próximos dias, o GDF também fará a assinatura de um acordo de cooperação técnica com a Defensoria Pública do DF. O objetivo é semelhante ao documento assinado nesta segunda-feira, acompanhamento e fiscalização das ações do governo. Ações específicas Com foco em levar dignidade à população de rua, o governo vem adotando uma série de medidas ao longo dos últimos anos. Em 2020, a comunidade foi estudada em levantamento do IPEDF, que, neste ano fará um censo específico, que já avaliará os benefícios do lançamento dos planos de ação. Desde 2020, também, todos os restaurantes comunitários ofertam alimentação gratuita a pessoas em situação de rua. Neste ano, o benefício foi ampliado permitindo que a comunidade tenha acesso a todas as três refeições: café da manhã, almoço e jantar, nas unidades onde elas já são oferecidas. A previsão é de disponibilizar cerca de 90 mil refeições por mês. Também este ano, foi criado o grupo executivo para elaborar a Política para População em Situação de Rua. O comitê atende o plano de ações e de políticas públicas específicas e é responsável pela articulação de ações intersetoriais. Como parte da execução do plano, o governo realizou duas abordagens sociais de análise em Taguatinga e na Asa Sul. As ações de acolhimento tiveram oferta de abrigo, acesso a programas e benefícios sociais e recolhimento de objetos e estruturas. O objetivo foi assegurar os direitos fundamentais e auxiliar que os cidadãos pudessem sair da situação de rua. Visando aumentar a oferta de abrigos, o GDF lançou um edital com duas mil novas vagas de acolhimento para a população em situação de rua. O chamamento público refere-se a um Termo de Colaboração com Organizações da Sociedade Civil (OSC) para ampliar as vagas do Serviço de Acolhimento para Adultos e Famílias em abrigo institucional ou pernoite. A ação vai atender adultos entre 18 e 59 anos, com pessoas e famílias em variadas composições, incluindo crianças, adolescentes e pessoas idosas, além de grupos específicos, como indígenas, refugiados, migrantes internacionais e outros grupos específicos. O DF também conta com dois Centros de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (Centros Pops), na 903 Sul e na QNF 24 (Taguatinga Norte). As unidades funcionam diariamente a partir das 7h. No local, são ofertadas três alimentações (café da manhã, almoço e lanche), higiene pessoal e espaço para guardar pertences. O centro também fornece documentos e viabilização de serviços, como acesso a benefícios e programas sociais. Em média, mais de 400 pessoas são atendidas por dia em cada uma das unidades. Além disso, o governo faz a aquisição de passagens interestaduais para que pessoas que sejam de outros estados possam retornar para suas cidades de origem e oferece o benefício excepcional de R$ 600 para aqueles que desejam voltar para casa, mas não têm condições de pagar o aluguel.
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Governador destaca a força da construção civil durante posse da nova diretoria da Asbraco
O governador Ibaneis Rocha participou da solenidade de posse do presidente reconduzido da Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco), Afonso Assad, e da nova diretoria para o Triênio 2024/2027. A cerimônia foi realizada na sede da entidade, no Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA), nesta quarta-feira (24). O chefe do Executivo salientou a parceria com o setor e a promoção de obras em todas as regiões administrativas. Ele destacou a execução do maior projeto de escoamento e drenagem da capital federal, o Drenar DF, as diversas obras empenhadas pela Companhia de Água e Saneamento Básico (Caesb), que estima investimento acima de R$ 250 milhões para este ano, entre outras ações. Ibaneis Rocha destacou a execução do maior projeto de escoamento e drenagem da capital federal, o Drenar DF | Foto: Renato Alves/ Agência Brasília “Nós criamos um ambiente muito importante com os empresários da nossa cidade. É um ambiente onde as portas do Palácio do Buriti estão abertas para todos. O nosso grande objetivo é transformar a cidade e fazer com que fique cada vez melhor em todas as áreas, seja na saúde, seja na educação”, disse o governador. “Fizemos muito no primeiro mandato e agora, no segundo, seguimos na mesma toada, na mesma força, com vários investimentos nas mais diversas empresas do Distrito Federal”, continuou. Ibaneis Rocha enfatizou ainda o esforço governamental em manter as contas em ordem: “Todas as empresas que trabalham para o governo do Distrito Federal recebem em dia hoje, e isso para nós é uma alegria muito grande. Isso é uma orientação nossa para todos os secretários, todos os presidentes de empresa pública. As empresas têm que receber em dia para poder manter os seus funcionários trabalhando em dia e para que a gente possa manter a cidade em dia também.” “Nós criamos um ambiente muito importante com os empresários da nossa cidade. É um ambiente onde as portas do Palácio do Buriti estão abertas para todos. O nosso grande objetivo é transformar a cidade e fazer com que fique cada vez melhor em todas as áreas, seja na saúde, na educação” Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal Criada em 1982, a Asbraco é uma entidade civil de classe consultiva e representativa sem fins lucrativos. Com mais de 40 anos de experiência na construção civil, o presidente da Asbraco, Afonso Assad, afirmou que as empresas que atuam nas obras do DF atualmente empregam mais de 40 mil pessoas. “Nós trabalhamos para os pequenos empresários e para as empresas que atuam no governo do Distrito Federal, para dar esse apoio e manter um diálogo franco com o governo. Então, é muito gratificante para mim continuar na direção Asbraco com o apoio de 100% dos associados. O objetivo nosso é realmente dar voz para o pequeno empresário”, observou. “É um governo que tem diálogo com o setor produtivo, portas abertas com o setor produtivo. Pagando em dia, recebendo empresários, tentando resolver todos os problemas, então é fantástico.” O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, afirmou que a instituição também está comprometida com o desenvolvimento da capital e com a parceria junto ao setor construtivo. “O BRB cumpre a missão de estimular todos os setores de atividade econômica. Todos sabem o carinho que a gente tem pela construção civil e toda a sua definição desde o mercado imobiliário, a construção civil na parte de infraestrutura. Seguimos a orientação, a determinação do governador de apoiar o empresariado, gerar emprego, renda, criar condições de financiamento”, disse.
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Túnel Rei Pelé, a construção de um gigante
A superação de imbróglios judiciais foi apenas o primeiro desafio enfrentado para transformar o Túnel Rei Pelé em realidade. Construir uma passagem subterrânea com quase 1 km de comprimento bem no centro de Taguatinga se apresentou ainda mais complexo do que tirar do papel um projeto de mais de uma década. Isso porque as limitações impostas por um cenário urbano já consolidado foram muitas. Para a utilização do enorme maquinário empregado na construção do Túnel Rei Pelé, foi necessário o deslocamento da rede elétrica que passava por cima da obra | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília ?Como fazer escavações de até 20 metros de profundidade sem afetar as edificações vizinhas? Como lidar com sistemas de drenagem e redes elétricas passando exatamente pelo local da obra? O que fazer para evitar desmoronamentos ao abrir uma passagem subterrânea em um terreno tão argiloso? A equipe de engenheiros responsável pela obra encontrou na tecnologia a resposta para essas perguntas. [Olho texto=”“Lançamos mão de uma tecnologia diferenciada, que nunca foi vista em nenhuma outra obra do Distrito Federal”” assinatura=”Luciano Carvalho, secretário de Obras” esquerda_direita_centro=”direita”] ?O Túnel Rei Pelé foi construído usando a inovadora técnica de escavação invertida. Ou seja, a passagem subterrânea só foi aberta depois que as paredes e o teto já estavam prontos. Foram 18 meses de trabalho e 65.000 m² de concreto para erguer essas estruturas que, segundo o subsecretário de Fiscalização e Acompanhamento de Obras, Ricardo Terenzi, contaram com a dedicação exclusiva de 350 trabalhadores. ?“Eram armadores, equipe de concretagem, técnicos de escavação… Muitos profissionais se envolveram nesta que foi uma das fases mais importantes da construção”, detalha Terenzi. “As paredes vêm antes de tudo. Depois de prontas, lançamos a laje em cima para travar essas estruturas, e só então começamos a abrir o túnel.” Construção das paredes da obra viária teve o uso do clamshell, equipamento que, além de escavar, lança um polímero no solo que estabiliza o terreno | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília ?A construção dessas paredes, algumas com 20 m de profundidade, não usou uma perfuratriz convencional. “Lançamos mão de uma tecnologia diferenciada, que nunca foi vista em nenhuma outra obra do Distrito Federal”, destaca o secretário de Obras, Luciano Carvalho. O titular da pasta se refere ao clamshell. Além de escavar, o equipamento lança um polímero no solo que estabiliza o terreno e evita risco de desmoronamento. Vistorias Mesmo com toda a tecnologia garantindo uma escavação segura, a construção do Túnel Rei Pelé exigiu atenção especial com as edificações vizinhas. Vistorias cautelares foram realizadas para fazer um nivelamento topográfico de precisão nas paredes e pisos dos prédios. Assim, foi possível acompanhar se as estruturas se mantinham intactas ou se sofriam algum tipo de alteração física em consequência da obra. Nivelamento topográfico de precisão nas paredes e pisos dos prédios: averiguação não detectou nenhuma anomalia ao longo da obra | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília ?“Fizemos, diariamente, uma minuciosa inspeção dos imóveis vistoriados”, comenta o engenheiro Terenzi. “Além de fornecer a exata descrição e localização de cada um deles em relação à obra, as visitas traziam uma completa averiguação das condições estruturais dessas edificações”, completa. Ao longo da construção do Túnel Rei Pelé, nenhuma anomalia foi detectada. ?Interferências A atenção dos engenheiros responsáveis pela construção do Túnel Rei Pelé não estava concentrada apenas na superfície, nos prédios vizinhos à obra. Por debaixo do solo, sistemas de drenagem, redes elétricas e cabos de internet também preocupavam a equipe técnica. ?Uma das primeiras interferências encontradas, em maio de 2021, foi a presença de cabos de fibra ótica na área onde seriam construídas as paredes do túnel. Sob pena de deixar a região sem acesso à internet, o cabeamento precisou ser deslocado 40 metros. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] ?“Depois, em junho do mesmo ano, precisamos remanejar uma rede de drenagem de águas pluviais que passava no local onde seria aberta a passagem subterrânea”, conta o engenheiro civil José Alfredo Aguiar. “As manilhas de escoamento foram transferidas e ficaram 800 metros distante do local de origem.” ?Uma das últimas intervenções que a construção do túnel fez na paisagem de Taguatinga foi o deslocamento da rede elétrica que passava por cima da obra. O maquinário usado para construir as paredes da passagem subterrânea era muito alto e ficaria perigosamente próximo dos cabos de energia. ?”Qualquer objeto metálico colocado a pelo menos três metros de distância de uma rede de média tensão sofre indução, fenômeno no qual a eletricidade passa para o metal”, alerta José Alfredo. “Para evitar acidentes, em fevereiro de 2022, fizemos com que o cabo de energia desse a volta por fora do canteiro, um deslocamento de 500 metros.”
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