Mesmo após a decretação do fim da pandemia, vacina contra a covid-19 ainda é essencial
Mesmo com o anúncio da Organização Mundial de Saúde (OMS), em maio de 2023, sobre o fim da pandemia de covid-19, ainda é preciso manter a vigilância. A Secretaria de Saúde (SES-DF) reforça que é essencial estar com o esquema vacinal atualizado, sobretudo no caso de quem integra os grupos de risco para a doença. Vacina, alerta a Secretaria de Saúde, é o principal instrumento para evitar casos graves e mortes pela covid-19 | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília No Distrito Federal, conforme orientação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), a vacina está disponível para crianças de 6 meses a 5 anos (no Calendário Nacional de Vacinação de rotina), gestantes e puérperas, idosos a partir de 60 anos, pessoas com comorbidades, imunossuprimidos, trabalhadores da saúde, indígenas, quilombolas e ribeirinhos e também pessoas que ainda não tenham recebido nenhuma dose do imunizante. [LEIA_TAMBEM]A Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda considera a covid-19 como uma pandemia ativa. O vírus segue em circulação, com novas variantes surgindo, e os riscos de agravamento do quadro são maiores em pessoas não vacinadas. “A vacina é a principal ferramenta para evitar casos graves e óbitos por covid-19, especialmente neste período em que aumentam as doenças respiratórias, devido ao frio, à baixa umidade e à maior permanência em ambientes fechados”, orienta a gerente da Rede de Frio da Secretaria de Saúde, Tereza Pereira. “A imunização reduz significativamente o risco de internações, protege os grupos mais vulneráveis e contribui para o funcionamento seguro dos serviços de saúde.” Como se vacinar Para receber o imunizante, é necessário apresentar documento de identidade com foto, caderneta de vacinação e, no caso dos grupos especiais, um comprovante que ateste a condição específica, como laudos médicos em situações de imunossupressão. A lista completa de locais onde a vacinação está disponível pode ser consultada no site da Secretaria de Saúde. Para mais informações, as equipes dos postos de vacinação estão à disposição para esclarecer dúvidas.
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BCG, proteção que começa na infância
Logo nas primeiras horas de vida, um gesto simples pode mudar o futuro de uma criança: a aplicação da vacina BCG, indicada para prevenir as formas mais graves da tuberculose. Segundo o Boletim Epidemiológico da Tuberculose 2025, publicado pelo Ministério da Saúde, crianças e adolescentes representam 12% dos casos da doença no mundo. Cobertura vacinal do DF já alcançou 121,6% este ano, superando a meta de 90% estabelecida pelo Ministério da Saúde | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde “A BCG é muito importante porque protege contra meningite tuberculosa e tuberculose miliar, por isso deve ser administrada o mais cedo possível”, explica a gerente da Rede de Frio Central da Secretaria de Saúde (SES-DF), Tereza Luiza Pereira. O Brasil registrou um importante aumento na vacinação de BCG nos últimos anos: de 84,3% em 2023 para 92,3% de cobertura em 2024. No DF, esse índice já alcançou 121,6% neste ano, superando a meta de 90% estabelecida pelo Ministério da Saúde. “Esses números mostram um avanço significativo, mas é fundamental manter o compromisso com a vacinação de todas as crianças”, ressalta a gerente. Quem deve tomar O imunizante é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em dose única e deve ser aplicado em recém-nascidos com mais de 2 kg, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento. Caso não seja possível a vacinação ainda na maternidade, ela pode ser feita até os 4 anos de idade, com horários específicos definidos pela unidade básica de saúde (UBS) mais próxima da residência da família. Confira no site da SES-DF. “Se a mãe usou anticorpos imunossupressores, essa condição pode ser transferida ao bebê, exigindo atenção antes da imunização”, orienta Tereza Pereira, gerente da Rede de Frio Central da SES-DF A BCG também é recomendada a pessoas que têm contato com portadores de hanseníase. A aplicação gera uma reação no local, com vermelhidão, pequena ferida e posterior cicatriz - o que é esperado e não requer medicamentos ou curativos. No entanto, por conter bactéria viva atenuada, a vacina é contraindicada a indivíduos imunodeprimidos, como pacientes com vírus da imunodeficiência humana (HIV), oncológicos e recém-nascidos de mães que usaram imunossupressores durante a gestação. [LEIA_TAMBEM]“A imunossupressão precisa ser avaliada antes de aplicar a vacina”, alerta Tereza Pereira. “Se a mãe usou anticorpos imunossupressores, essa condição pode ser transferida ao bebê, exigindo atenção antes da imunização.” Data histórica Nesta terça-feira (1º), é celebrado o Dia da Vacina BCG. Foi quando, em 1921, os cientistas Léon Calmette e Alphonse Guérin, que haviam atenuado uma bactéria denominada Bacilo de Calmette e Guérin (por isso, a sigla BCG). Com ela, foi possível combater o bacilo de Koch, causador da tuberculose. A doença pode afetar pulmões, ossos, rins e meninges. Os principais sintomas incluem tosse persistente, febre, suores noturnos, fraqueza e perda de peso. No Brasil, a BCG completa 48 anos. O imunizante foi incorporado ao calendário nacional de vacinação em 1977 pelo Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), tornando obrigatória sua administração em crianças. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Vacinação contra dengue volta a focar público de 10 a 14 anos
A campanha de vacinação contra a dengue no Distrito Federal voltou a ser exclusiva para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Mais de 12 mil doses foram recebidas na última semana e, seguindo a orientação do Ministério da Saúde (MS), o foco é ampliar a proteção nessa faixa etária. Na capital do país, menos de um terço desse público se vacinou. A vacinação contra a dengue na rede pública do Distrito Federal volta a ser exclusiva para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) iniciou a campanha de vacinação em 9 de fevereiro, inicialmente voltada para crianças e adolescentes entre 10 e 11 anos; e foi ampliada em 5 de março para o público de 12, 13 e 14 anos de idade. Até 13 de abril, pouco mais de 54 mil doses foram aplicadas, o que representa cerca de 30% do público-alvo. Entre os meninos e as meninas de 10 anos, o índice chegou a 47,4%. Já entre os jovens de 14 anos, 19,2% receberam a primeira dose. “Estamos com salas de vacina abastecidas e convidamos as famílias a levarem suas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos para se protegerem contra a dengue” Lucilene Florêncio, secretária de Saúde do DF São mais de 80 locais de atendimento de segunda a sexta-feira, além de ações realizadas aos fins de semana. “Estamos com salas de vacina abastecidas e convidamos as famílias a levarem suas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos para se protegerem contra a dengue”, chama a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio. De acordo com o MS, o foco no público de 10 a 14 anos é explicado por números. Entre 2019 e 2023, esta foi a faixa etária da maioria das pessoas que precisaram ser hospitalizadas por conta da dengue no Brasil. Com a vacina, a expectativa é alcançar uma eficácia geral de 80,2%, seguindo os dados obtidos em laboratório. Já a eficácia contra hospitalização deve chegar a 90,4%. “Nosso papel é realizar a distribuição eficaz dos imunizantes enviados pelo ministério e disponibilizá-los nas salas de vacina, conforme as orientações” Tereza Luiza Pereira, gerente da Rede de Frio Central da SES-DF Novos públicos De acordo com a gerente da Rede de Frio Central da Secretaria de Saúde (SES-DF), Tereza Luiza Pereira, a aplicação das vacinas no público de 6 a 16 anos, realizada na semana passada, foi uma orientação do próprio MS por conta do vencimento de um lote de doses, que ocorreria em 30 de abril. “O DF segue as normativas do Programa Nacional de Imunizações [PNI]. Nosso papel é realizar a distribuição eficaz dos imunizantes enviados pelo ministério e disponibilizá-los nas salas de vacina, conforme as orientações”, explica. O novo lote de 12 mil doses tem vencimento em 2025, portanto, não há mais a preocupação imediata com a perda das vacinas. Uma ampliação do público-alvo depende de nova orientação do MS, por meio do PNI. A Secretaria de Saúde recebeu um novo lote com 12 mil vacinas contra a dengue; os imunizantes para a aplicação da segunda dose ainda serão entregues | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Segunda dose O DF aguarda ainda o envio dos imunizantes para a aplicação da segunda dose, marcada para ocorrer 90 dias após a primeira. Quem se vacinou em 9 de fevereiro, por exemplo, precisará retornar a um local de atendimento a partir de 9 de maio. Apenas o público de 6 a 9 anos e de 15 e 16 anos que tiverem se vacinado contra a dengue na quinta (18) e sexta (19) deste mês terão direito a receber a segunda dose nas unidades da SES-DF, após o intervalo de 90 dias. Orientações Caso a criança ou o adolescente tenha tido diagnóstico de dengue, é necessário aguardar seis meses para iniciar o esquema vacinal. Se houver contaminação por dengue após a primeira dose, deve-se manter a data prevista para a segunda vacina, desde que seja respeitado o intervalo de 30 dias entre esta e a infecção. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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DF celebra 50 anos do Programa Nacional de Imunizações com oferta ampliada
Desafios, ganho constante de conhecimento e orgulho. É assim que servidores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) encaram os 50 anos do Programa Nacional de Imunizações (PNI), uma iniciativa nacional criada em 1973 com o objetivo inicial de reduzir a mortalidade infantil e que, atualmente, promove saúde para todas as faixas etárias. Em 2023, o DF celebra a data com a aplicação de cerca de 2,6 milhões de vacinas em oito meses e meio, sendo 38.600 em ações realizadas em 232 escolas, e 64.350 em outras atividades externas, como em feiras, parques, shoppings e por meio do Carro da Vacina. Foram 750 mil doses contra a covid-19, 895 mil contra a Influenza e 940 mil da denominada vacinação de rotina, como é chamada a imunização por faixa etária prevista pelo calendário anual, hoje com 20 tipos diferentes de imunizantes previstos. Equipe da Rede de Frio Central da SES-DF | Fotos: Divulgação/Agência Saúde-DF Pioneirismo A oferta de imunizantes nem sempre foi tão grande. Quando as ações foram iniciadas em Brasília e no restante do país, ainda no começo dos anos 1970, eram apenas quatro tipos de vacinas: BCG (tuberculose), poliomielite, sarampo e a tríplice bacteriana. Também havia campanhas específicas de grande escala, como contra a varíola e a febre amarela. À época, além da publicidade, casos de doenças assustavam a população. “A gente viveu um período importante em termos de imunização. Trabalhamos muito”, conta a técnica em enfermagem Maria de Fátima da Silva, aplicadora de vacinas no DF entre 1981 e 2013. Ela lembra do temor que havia com a poliomielite, cujo último caso foi confirmado no Brasil em 1989, dois anos após o fim da doença no DF. “Os pais viam aquilo acometer as crianças e queriam muito vacinar seus filhos”, relata. Maria de Fátima conta que, além da grande adesão, também houve um esforço enorme na busca ativa de quem estivesse com o cartão de vacina em atraso. “Se uma criança agendada não comparecesse, no dia seguinte um agente de saúde ia em busca da família”, lembra. Vacinação contra varíola em Ceilândia, em 1973 Hoje, aos 63 anos, a servidora aposentada diz ter orgulho do seu papel nas campanhas de vacinação. “O sentimento que eu tenho é que fui muito importante para a sociedade”, afirma. Com otimismo, ela vê com bons olhos uma mudança no perfil do público. “Quem procurava a vacinação era sempre a mãe ou a avó materna. Hoje, vemos avô, pai, tio. Isso é muito positivo, temos que aproveitar isso”, opina. Evolução de estratégias Essa ampliação dos públicos de interesse na vacina também é relatada pelo enfermeiro Lucas Soares, atualmente da equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) 8 de Ceilândia. “Hoje há grupos de adolescentes que vêm sozinhos, como um passeio entre amigos”, comemora. Para o servidor, apesar de ter havido disseminação de fake news após o início da campanha contra a covid-19, a procura sempre se manteve elevada – ele chegou a aplicar mais de 300 doses em um único dia. O principal legado é: quem não ia a uma unidade de saúde há anos também percebeu a necessidade de completar todo o calendário vacinal. “As pessoas viram que é necessário e se conscientizaram”, pontua. No dia a dia, ele conta ter animação especial pelas chamadas ações extramuros, quando as equipes da SES-DF são mobilizadas para atuar em espaços como feiras, praças, parques e shoppings. As escolas, porém, estão em primeiro lugar na sua preferência. “Um menino de 10 anos ficou tão feliz em ser vacinado que voltou depois e me deu uma lapiseira de presente. Foi a forma dele de agradecer”, lembra o enfermeiro. A vacinação em escolas é uma das estratégias da Secretaria de Saúde para ampliar a cobertura vacinal Com a experiência de ter atuado em hospitais, Lucas diz que um dos principais orgulhos de trabalhar em prol do PNI é poder enxergar a saúde não apenas como a cura de doenças, mas como garantia do bem-estar. “Quanto mais pessoas eu atendo, menos elas vão ficar doentes ou internadas. E eu faço parte dessa história”, celebra. 2,5 mil servidores envolvidos A SES-DF conta com cerca de 2,5 mil servidores que atuam direta ou indiretamente nas ações de vacinação. São habilitados para a aplicação das doses técnicos em enfermagem, enfermeiros, médicos, odontólogos e farmacêuticos com formação específica. Porém, o dia a dia também inclui equipes envolvidas na definição de estratégias, diálogo com instituições parceiras, transporte, preparação das vacinas, acolhimento do público, emissão e registro de cartões de vacinação, manutenção de equipamentos, comunicação e controle de estoques, dentre outras atividades. “O aniversário do PNI é um marco. É meio século de existência do melhor e maior programa de imunização do mundo. E isso só é possível graças ao trabalho dos servidores, dos vacinadores que estão na ponta e todos os envolvidos”, afirma a gerente da Rede de Frio Central da SES-DF, Tereza Luiza Pereira. Avanço na logística Localizada no Parque de Apoio da secretaria, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), a Rede de Frio Central conta com uma câmara de 63 m³ que permanece 24 horas a temperaturas entre 2º C e 8º C, índices indicados para a maioria dos imunobiológicos. Também há oito câmaras científicas de 2 mil litros e sete de 400 litros, com temperaturas ajustáveis. Completa o parque tecnológico três freezers capazes de manter o interior a -80º C e dois para -20º C. Há ainda sistemas duplicados para garantir o funcionamento e, ao menor sinal de falha, ligações automáticas são feitas para celulares de técnicos responsáveis. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A Rede de Frio Central é capaz de armazenar, se necessário, até 600 mil doses de vacinas e ampolas, tudo transferido pelo Ministério da Saúde (MS), por meio do PNI. Ao GDF, cabe a aquisição de todos os demais insumos necessários à imunização, como seringas, caixas térmicas, termômetros e os chamados “gelox”, para garantir a manutenção da temperatura. De segunda a quinta-feira, veículos fazem a distribuição dos estoques entre UBSs e hospitais. Dependendo do porte, uma única UBS pode ser abastecida com até 20 mil doses. “A partir de 2019, houve uma renovação do parque tecnológico de toda a SES-DF. Compramos quase 400 câmaras de vacinas, tirando as geladeiras domésticas. Isso permitiu que melhorássemos a qualidade e ampliássemos a capacidade de atendimento”, acrescenta Tereza. Com 29 servidores, a Rede de Frio também é responsável por emitir as orientações gerais para a vacinação no DF e faz o treinamento das equipes. O foco é assegurar o mesmo padrão em todas as salas de vacina e promover a troca de conhecimento entre servidores de diversas regiões, sobretudo para garantir a segurança de ações realizadas fora das unidades de saúde. “O maior desafio é tentar dar acesso sem perder vacinas. Há aquelas que vencem muito rápido depois que abre o frasco, e, se a população não aparecer, perdemos os imunizantes”, explica a gerente da Rede de Frio. No caso da BCG, por exemplo, um frasco contém 20 doses e, após aberto, é possível utilizá-lo por apenas seis horas. Por isso, a estratégia é ter um número limitado de locais, com horário definido. Em UBSs de regiões rurais também há atendimento em dias estabelecidos. Entre normas técnicas, cálculos e diálogos constantes sobre a melhor forma de levar a vacina para a população, Tereza diz se sentir realizada como servidora por poder atuar na área. “Não é mais um trabalho. Costumo falar que faço o que eu amo, e faço com amor. Desde que entrei na minha vida pública, eu entrego aqui o que eu gostaria que meus colegas entregassem aos meus familiares”, afirma. Além das vacinas Hoje, além das 20 vacinas previstas no calendário de vacinação básico, o PNI também inclui soros e imunoglobulinas de origem animal e humana utilizados para tratamentos específicos, como é o caso de picadas de animais peçonhentos. Ao todo, são 49 imunobiológicos distribuídos pelo MS e incluídos nas ações diárias de estados, municípios e DF. *Com informações da SES-DF
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