Última turma do Pontes para o Mundo retorna ao Brasil após três meses no Reino Unido
A estudante Maria Fernanda Caldeira, de 17 anos, estava entre os 19 jovens que retornaram à capital na manhã deste domingo (7), após três meses de intercâmbio pelo programa Pontes para o Mundo. Emocionada, ela e os colegas viajantes falaram sobre suas experiências no exterior, os estudos e a saudade do Brasil. O reencontro com familiares e amigos foi acompanhado pela secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá. Apaixonada por dança e estudante do renomado NPTC Group of Colleges, no Reino Unido, Maria Fernanda contou que o período longe de casa trouxe amadurecimento, novas amizades e uma convivência calorosa com a família anfitriã. “Enquanto eu estava vivendo lá, parecia que o tempo passava devagar, por causa da saudade; mas agora, olhando para trás, sinto como se os três meses tivessem voado. Fiz amizades incríveis, especialmente na aula de dança, e minha host family me acolheu de um jeito leve e divertido. A gente passava horas conversando, criando uma rotina que fez toda a diferença. Foi uma experiência que eu vou levar para a vida”, disse. A jovem destacou que a vivência ampliou seus horizontes pessoais e acadêmicos, enquanto sua mãe, Luciana Caldeira, acompanhava tudo a distância, com o coração apertado, mas tranquila por saber que a filha estava feliz e bem acolhida. “A Maria Fernanda já viaja muito por causa das competições de dança, então conseguimos lidar bem com a distância, apesar da saudade. Falávamos praticamente todos os dias por vídeo, e ver a felicidade dela lá fora deixava meu coração em paz. Se depender de mim, ela volta para estudar no exterior amanhã; eu apoio de olhos fechados”, afirmou. Maria Fernanda foi recebida pela mãe, Luciana Caldeira, no Aeroporto Internacional de Brasília após três meses de intercâmbio no Reino Unido | Fotos: Ícaro Henrique/SEEDF Reencontro O retorno dos estudantes trouxe clima de festa ao Aeroporto Internacional de Brasília, com famílias e amigos à espera, cartazes, flores e muitos abraços. Entre eles estava Jairo Santos, pai de Ana Clara, 16 anos, que acompanhou a distância os três meses da filha na Inglaterra. Protetor, ele admitiu que a preocupação deu lugar ao orgulho ao ver o amadurecimento da jovem, que enfrentou desafios, cuidou de si e voltou para casa mais independente. “No começo, bate aquela preocupação de pai protetor, né? A gente fica longe, sem saber o que pode acontecer. Mas, ao mesmo tempo, era o sonho dela, e com sonho a gente não brinca. Ela se dedicou, estudou e conquistou essa oportunidade pelo próprio mérito. Ver que conseguiu se virar, até quando ficou doente, me enche de orgulho.” Entre os estudantes que viveram intensamente os três meses de intercâmbio está Igor Pereira dos Santos, 17, que realizou o programa no País de Gales. Ele contou que a experiência e a convivência com a família anfitriã foram marcantes e transformadoras. “Ficar no País de Gales foi uma das melhores experiências da minha vida. Minha host family me acolheu como se eu fosse da família e me ensinou a olhar o mundo de um jeito mais amplo. Os estudos também fizeram muita diferença, porque pude conhecer outras formas de aprender e me desafiar. Quero muito voltar para continuar meus estudos lá. Esse intercâmbio abriu portas que eu nem imaginava”, declarou. Igor Pereira dos Santos, intercambista: "Ficar no País de Gales foi uma das melhores experiências da minha vida. Quero muito voltar para continuar meus estudos lá. Esse intercâmbio abriu portas que eu nem imaginava" Para Hélvia Paranaguá, a volta da última turma simbolizou o fechamento de um ciclo vitorioso. “A chegada dessa última turma simboliza o encerramento de um ciclo muito vitorioso. Acompanhar o desembarque e ouvir cada estudante sobre sua experiência no exterior é gratificante e mostra que o programa funciona e vale a pena. Estou muito feliz”, afirmou. [LEIA_TAMBEM]A secretária falou ainda sobre os próximos passos do Pontes para o Mundo: “O programa é um verdadeiro sucesso. Estamos trabalhando para que, em 2026, mais alunos possam vivenciar essa experiência. Nossa meta é ampliar o número de participantes, passando dos atuais 101 para 400 alunos, e não apenas no Reino Unido, mas também em outros países, como Espanha, Canadá e Japão. Ano que vem traremos mais detalhes. Vai ser incrível”. O Pontes para o Mundo é um programa de intercâmbio educacional executado pela Secretaria de Educação (SEEDF), que oferece a estudantes da rede pública do DF a oportunidade de vivência internacional. A primeira edição ocorreu entre setembro e dezembro de 2025, no Reino Unido, onde os alunos selecionados foram direcionados para diferentes colleges na Inglaterra, País de Gales e Escócia. Para transformar a iniciativa em um programa permanente, a pasta encaminhará um projeto de lei à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Primeira edição do Pontes para o Mundo encerra ciclo com formatura na Escócia
O frio e a chuva típicos desta época do ano na Escócia deram lugar a uma calorosa celebração que marcou o encerramento do programa de intercâmbio Pontes para o Mundo, da Secretaria de Educação (SEEDF). Depois de passarem pelo País de Gales e pela Inglaterra, os integrantes da delegação brasiliense acompanharam a formatura dos intercambistas em dois colleges localizados nas maiores cidades escocesas: Glasgow e Edimburgo. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, na formatura da turma: “Parabéns a todos vocês. Que este seja apenas o começo de uma vida repleta de possibilidades, coragem e propósito” | Foto: Felipe de Noronha/SEEDF Na quarta-feira (26/10), 24 alunos do City of Glasgow College e do International Edinburgh College receberam o diploma do programa das mãos da secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá. Emocionada, a gestora disse estar com o coração apertado ao ver o fim do ciclo dos intercambistas da primeira edição do programa, mas feliz por testemunhar tamanha evolução dos estudantes da rede pública. “Que esta jornada continue a inspirá-los a buscar novos desafios e a acreditar que o mundo é muito maior e mais acolhedor do que vocês jamais imaginaram”, declarou. “Parabéns a todos vocês. Que este seja apenas o começo de uma vida repleta de possibilidades, coragem e propósito.” “Vocês mostraram energia, imaginação e senso de humor, e o nosso college ficou mais vivo” Scott Torrance, Negócios Internacionais do Edinburgh College International Os alunos da rede pública do DF foram os primeiros do Brasil a estudar no City of Glasgow College e deixaram uma boa impressão. “Vocês vieram, aprenderam sobre diferentes coisas, em uma língua diferente, com o nosso inglês com sotaque escocês”, brincou Roy Gardner, vice-diretor da instituição. “Parabéns, porque é ainda mais difícil de entender”. Segundo o gerente de Negócios Internacionais do Edinburgh College International, Scott Torrance, os brasileiros trouxeram alegria ao campus. “Quando o grupo chegou, em setembro, vocês pareciam tão quietos…mas em uma semana, felizmente, percebemos que estávamos errados”, disse. “Vocês mostraram energia, imaginação e senso de humor, e o nosso college ficou mais vivo”. Tour e host families O estudante Gustavo Rocha levou Margareth Craig, que o hospedou, à cerimônia: “Ela faz caminhadas, me levou a passeios e adora cozinhar. Eu aprendi muita coisa e vou sentir muita falta dela” | Foto: Mary Leal/SEEDF A cerimônia de formatura começou com um tour pelo City of Glasgow College guiado pelos próprios alunos que estudaram três meses na instituição. A delegação brasiliense encantou-se com as dependências a que os intercambistas tiveram acesso — salas de aula diferenciadas nas quais puderam ter lições como de comissário de bordo em um simulador de avião. A festa também teve direito a apresentação de gaita de fole e um jantar com pratos tradicionais da Escócia. Alguns estudantes puderam até mesmo ter a presença de familiares que os receberam. Gustavo Reis da Rocha, 16 anos, aluno do Centro de Ensino Médio (CEM) 1 do Guará, estava acompanhado de Margareth Craig, 70 anos, que o hospedou em Glasgow. “Foi muito legal conviver com a Margareth”, relatou o jovem. “No Brasil moro com meus pais; e, por ela ser mais velha, achei que não seria tão ativa, mas ela faz caminhadas, me levou a passeios e adora cozinhar. Eu aprendi muita coisa e vou sentir muita falta dela.” Programa Pontes para o Mundo [LEIA_TAMBEM]O Pontes para o Mundo é um programa de intercâmbio educacional executado pela SEEDF que oferece a estudantes da rede pública a oportunidade de vivência internacional. A primeira edição ocorreu entre setembro e dezembro deste ano, no Reino Unido, onde os alunos selecionados foram direcionados a oito colleges diferentes na Inglaterra, no País de Gales e na Escócia. A partir do próximo ano, o número de vagas será ampliado. A previsão é que o Pontes para o Mundo também seja expandido para outros países. Além disso, para transformar a iniciativa em um programa permanente, a SEEDF encaminhará um projeto de lei à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). *Com informações da Secretaria de Educação
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Estudantes do DF celebram formatura do Pontes para o Mundo no País de Gales
Ao som de uma playlist que mesclou repertório de Beatles com Tribalistas, estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal, participantes da primeira edição do programa de intercâmbio Pontes para o Mundo, celebraram a formatura da iniciativa no Reino Unido. Em seu discurso, o estudante Igor Pereira comentou: “Nós aprendemos sobre os nossos próprios sentimentos e sobre a cultura de diminuir o ritmo” | Fotos: Felipe de Noronha/SEEDF “A iniciativa foi criada com a missão de construir caminhos onde a distância já existiu, criar oportunidades onde havia dúvidas, abrir portas para que nossos jovens do Distrito Federal possam ver, experimentar e transformar o mundo com a força de suas próprias histórias” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação Os 28 alunos que viveram a experiência educacional internacional no País de Gales, no Pembrokeshire College e no NPTC Group of Colleges, foram os primeiros a receberem os diplomas da graduação. Emocionados, eles relembraram momentos da vivência de três meses, que classificaram como transformadora e única. Ao conhecer uma nova cultura, diferentes disciplinas e um novo modo de ensino, os intercambistas ganharam confiança e autonomia. Durante a cerimônia de formatura realizada no País de Gales, a secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, destacou o papel do programa na vida dos jovens estudantes: “A iniciativa foi criada com a missão de construir caminhos onde a distância já existiu, criar oportunidades onde havia dúvidas, abrir portas para que nossos jovens do Distrito Federal possam ver, experimentar e transformar o mundo com a força de suas próprias histórias”. Aos formandos, a secretária declarou que toda a comunidade escolar do Distrito Federal está muito orgulhosa dos intercambistas. “Aqui no País de Gales vocês enfrentaram o frio, a linguagem diferente, abraçaram novas rotinas, provaram novos sabores, aprenderam novas formas de pensar e, acima de tudo, descobriram habilidades que talvez não soubessem que tinham”, relatou. Novos aprendizados Com um discurso feito na língua inglesa, aprimorada pelo intercâmbio realizado, Igor Pereira, 17 anos, aluno do Centro de Ensino Médio Escola Industrial de Taguatinga (Cemeit) e do Pembrokeshire College, enfatizou os aprendizados que obteve com a experiência internacional. “Nós honramos o nome do programa construindo pontes para o mundo, e agora, mais do que nunca, queremos explorar ainda mais o que a vida tem a nos mostrar” Maria Fernanda Caldeira, intercambista “Nós aprendemos sobre os nossos próprios sentimentos e sobre a cultura de diminuir o ritmo”, declarou. “Aprendemos a como nos manter calmos diante de situações difíceis e como isso pode nos ajudar a solucionar situações. A gente teve a chance de escolher as matérias, e acho que isso nos ajudou a criar um senso de pensamento crítico sobre o nosso próprio futuro ao responder uma simples pergunta: o que eu quero estudar?” Já Maria Fernanda Caldeira, 17, aluna do Centro Educacional (CED) Stella dos Cherubins Guimarães Trois, que participou do programa no NPTC Group of Colleges, falou sobre a coragem dos estudantes de estarem ali. “Nós honramos o nome do programa construindo pontes para o mundo, e agora, mais do que nunca, queremos explorar ainda mais o que a vida tem a nos mostrar”, afirmou. Momentos marcantes O início da despedida dos professores foi marcado por muita emoção e pelas lembranças que os estudantes brasileiros levarão na mala. A diretora de jornada estudantil do Pembrokeshire College, Eva Rees, relembrou o primeiro contato do grupo com a neve. [LEIA_TAMBEM]“Nunca neva em novembro, mas para vocês nós fizemos acontecer”, brincou. “Eu sei que desde o primeiro dia vocês estavam ansiosos para saber se veriam neve, e vocês não só viram, como aproveitaram ao máximo. Fizeram anjos, bonecos e guerra de bolas de neve. Tenho certeza que vocês sempre se lembrarão da primeira vez que viram a neve.” O Pontes para o Mundo é um programa de intercâmbio educacional executado pela Secretaria de Educação (SEEDF), que oferece a estudantes da rede pública de ensino do DF a oportunidade de vivência internacional. A primeira edição teve como destino o Reino Unido, onde os alunos selecionados foram direcionados para diferentes colleges na Inglaterra, País de Gales e Escócia. A partir do próximo ano, o número de vagas do programa será ampliado. A previsão é que o Pontes para o Mundo também seja expandido para outros países como Japão, Alemanha e Espanha. Além disso, para transformar a iniciativa em um programa permanente, a Secretaria de Educação (SEEDF) encaminhará um projeto de lei à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). *Com informações da Secretaria de Educação
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Estudante de Ceilândia cruza fronteiras para estudar no exterior pelo Programa Pontes para o Mundo
Um sonho que saiu do papel. Aos 17 anos, Letícia Joana Alves, aluna do Centro de Ensino Médio (CEM) 02 de Ceilândia, realizou a primeira viagem internacional antes mesmo de concluir o ensino médio. Ela foi uma das selecionadas do Pontes para o Mundo, programa da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) que oferece intercâmbio gratuito a estudantes da rede pública. Selecionada pelo programa Pontes para o Mundo, Letícia Joana vive o sonho de aperfeiçoar o inglês no País de Gales | Foto: Divulgação/SEEDF Na véspera do embarque, em 2 de setembro, Letícia mal conseguia dormir. Observava o movimento da rua em frente à casa onde mora, tentando assimilar o que estava prestes a viver. No dia seguinte, deixaria o país para vivenciar uma experiência de três meses no Reino Unido, destino que parecia distante para quem tinha o sonho, mas não os recursos financeiros. “Tudo aconteceu muito rápido. Eu estava sentada na calçada de casa, pensando no meu futuro, e no dia seguinte, embarcando para fora do país”, lembra a estudante. “Aqui no Reino Unido, os alunos têm muita autonomia. Eles tomam decisões, resolvem tudo sozinhos. No Brasil, a gente ainda não tem isso tão forte, mas o potencial é o mesmo”. [LEIA_TAMBEM]A comparação entre os dois mundos fez Letícia perceber o talento presente nas escolas públicas brasileiras e como a desigualdade limita sonhos. “Eu tive amigos com muito potencial, mas que precisaram deixar a escola para trabalhar. Se a gente tivesse a estrutura que tem aqui, de lá sairiam gênios, eu não tenho dúvida. O que me deixa mais feliz é saber que estão investindo na educação pública, e estar aqui, vivendo essa experiência, é a prova viva disso”, declarou. Inspiração de família O olhar maduro de Letícia vem de quem carrega uma história marcada por esforço e inspiração familiar. “Minha irmã faz Nutrição na UnB. Ela entrou pelo PAS, e foi com ela que aprendi o valor do estudo. Meus pais sempre disseram que é a única forma de mudar nossa realidade”, conta. A mãe, a promotora de vendas Marcilene de Lima, enfrentou dores e dificuldades sem deixar de ser exemplo. “Teve uma vez que ela machucou o braço e, mesmo com o atestado, a empresa não a deixou faltar. Ela trabalhou sentindo dor. E me disse: ‘Pra ter uma vida diferente, você tem que estudar’. Isso ficou na minha cabeça”, observa Letícia. Marcilene fala com emoção sobre a trajetória da filha e o orgulho que sente por suas conquistas: “A Letícia sempre foi uma criança muito falante, esperta e curiosa. Desde pequena, sempre se destacou nos estudos, sempre foi muito aplicada. Nossa família é composta por cinco pessoas: eu, meu esposo Jaílson Alves, que é pintor de automóvel, e três filhas. E nós cinco somos muito unidos. Em tudo o que acontece na nossa família, a gente está junto, um dando força para o outro”. A família da estudante: o pai, Jaílson Alves; as irmãs Lívia Michelle e Laura Miriam; a mãe, Marcilene de Lima; e Letícia | Foto: Arquivo pessoal Com a filha vivendo um novo capítulo longe de casa, Marcilene conta que o sentimento é de saudade, mas também de alegria e orgulho. “A gente conversa todos os dias. Está sendo difícil, porque nunca tínhamos nos separado, mas é uma coisa muito boa para ela, um futuro brilhante. É o que ela sempre quis, e a gente sempre deu força. Claro que tem dia que a saudade bate, mas estamos felizes por ela ter conseguido chegar onde chegou.” A estudante falou também sobre as lembranças de Ceilândia e as descobertas no Reino Unido. “Tudo que estou vivendo aqui está me mostrando que a vida pode ser melhor, mas também me dá mais vontade de ajudar a mudar a minha realidade, a realidade da minha família e até da minha cidade”, conta Letícia. “Eu amo a minha cultura. O jeito do brasileiro é único, a empatia, o calor humano, a força”. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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