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Retrospectiva 2019-2022

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‘VAMOS FAZER O SAMBÓDROMO MAIS BONITO DO PAÍS’

As ações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec), de 2019 a 2022, honraram os compromissos feitos no início da gestão. O Museu de Arte de Brasília (MAB) foi reaberto após 14 anos sem funcionamento e outros equipamentos culturais foram completamente reformados. E tudo isso frente ao enorme obstáculo com a pandemia da covid-19. A Secec lançou editais emergenciais e adaptou-se à realidade que permitia apenas o contato virtual. A pasta fez, ainda, a gestão da Lei Aldir Blanc, por meio da qual executou praticamente 100% dos R$ 3 bilhões destinados a ajudar artistas, coletivos e empresas atuantes no setor. Em entrevista à Agência Brasília, o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, à frente da pasta desde dezembro de 2019 e reconduzido nesta gestão, fala sobre as realizações e desafios da pasta. Acompanhe, abaixo. Orquestra Sinfônica ensaia no Teatro Nacional Claudio Santoro: prédio é apontado como prioridade número 1 da Secec para 2023 | Foto: Divulgação/Secec AGÊNCIA BRASÍLIA – Um dos importantes destaques desta gestão foi o sucesso do FAC, maior fomento à cultura de todo o país em 2021. O Meu Primeiro FAC foi a grande novidade, ao disponibilizar o recurso a quem nunca antes havia acessado o fundo. Quais foram os maiores desafios desse processo? Bartolomeu Rodrigues –  O FAC [Fundo de Apoio à Cultura] estava atendendo de uma forma limitada, era um fundo para poucos. E nós adotamos [o esquema] de descentralizar o fundo para permitir que setores que nunca antes tinham acesso a recursos do Estado para cultura pudessem ter esse instrumento a seu favor. Nesse sentido, nós adotamos uma política de inclusão, fazendo com que segmentos antes marginalizados tivessem acesso ao FAC. Nós praticamente triplicamos o número de cadastros de entes e agentes culturais [Ceac] e incluímos setores como 60 +, para artistas com mais de 60 anos, que hoje estão de volta ao mercado graças a esse investimento. Então, o FAC tem sido um verdadeiro instrumento de investimento, e esse dinheiro está retornando ao DF de forma muito visível. O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, comemora a volta presencial do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro | Foto: Divulgação/Secec AB – Qual a expectativa para o carnaval 2023? BR – O carnaval, este sim, foi fortemente impactado pela pandemia, por ser um evento de contato. Enquanto durou essa interrupção necessária, tivemos um estreito contato com os realizadores aqui no DF. Por trás dessa festa há uma intensa cadeia de atividades econômicas, desde o ambulante até os grandes palcos que recebem os artistas. As escolas de samba vêm sofrendo bem antes da pandemia; estão completando agora dez anos sem desfile. A gente tem que considerar que elas vão muito além das suas apresentações durante o carnaval, prestando um verdadeiro serviço social à comunidade. É uma rede tão ampla que envolve desde a costureira até o passista. [Olho texto=”“Vamos realizar um carnaval diferenciado, em dois momentos: o carnaval na época do carnaval e, no aniversário de Brasília, com destaque para as escolas de samba”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Então, a gente deu uma atenção especial às escolas de samba, desde 2021. Nós instituímos o projeto Escola de Carnaval assim que vislumbramos a possibilidade do retorno do evento. Fizemos um investimento de quase R$ 5 milhões em editais de chamamento público, fora o FAC. Então, este ano, vamos realizar um carnaval diferenciado, em dois momentos: o carnaval na época do carnaval e, no aniversário de Brasília, com destaque para as escolas de samba, permitindo que elas possam desfilar, competir mesmo. Vamos fazer no Eixo Cultural Ibero-americano o sambódromo mais bonito do país, para que se faça um desfile de gala, para que o carnaval das escolas de samba ressurja como uma fênix. AB -Mesmo com o transtorno da pandemia, a Secec garantiu que o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro não fosse interrompido, o que só aconteceu nos anos de chumbo da ditadura. O que ficou de ensinamento dos anos de evento virtual e o que se pode esperar das próximas edições? BR – Uma coisa que nós podemos dizer é que nós não deixamos o Festival de Cinema sofrer mais do que o setor do audiovisual já vinha sofrendo com a pandemia. Fizemos o festival de forma virtual, o que foi uma grande lição, porque descobrimos uma forma de fazer com que ele se tornasse nacional. Tivemos a frustração de não ter o tapete vermelho do Cine Brasília, mas, ao mesmo tempo, foi uma oportunidade para que fosse visto de ponta a ponta do país, alcançando uma audiência recorde. Chegamos a 2022 com o mercado aquecido no Distrito Federal, com quase R$ 70 milhões investidos em aportes diretos do FAC. E, para coroar, tivemos um Festival de Brasília com uma festa belíssima que matou a saudade de muita gente. Mas nós chegamos ao final desse festival concluindo que é preciso dar mais condições para que o festival seja mais competitivo, para que volte a ser o “festival dos festivais”. Então, a partir de janeiro, já vamos trabalhar no festival que será realizado entre setembro e dezembro de 2023. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] AB – Após um ano de processo licitatório, as obras da Sala Martins Pena, do Teatro Nacional Claudio Santoro, enfim, começaram. A sensação é de dever cumprido? BR – O Teatro Nacional é a prioridade número um, dois e três desta gestão. Agora, nós não estamos mais falando em projetos de reforma, como uma coisa ainda a ser alcançada, mas de uma obra que já foi iniciada e que vai ser marcante para a cultura do país. E será a grande obra da cultura, porque é uma ação que transcende Brasília: o Teatro Nacional é um símbolo da cultura nacional! Nós estamos vivendo novos tempos, de renovação no segmento cultural e de transformação nas políticas públicas da cultura, e nós queremos materializar esse tempo de esperança trazendo de volta o Teatro Nacional como grande palco da cultura brasileira. *Colaboração: Assessoria da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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FOCO, DETERMINAÇÃO, INTEGRAÇÃO E RESULTADOS MARCAM GESTÃO IBANEIS ROCHA

Foram quatro anos de muito trabalho em equipe, marcado pela integração dos órgãos e foco nos resultados. Assim, o secretário de Governo do Distrito Federal, José Humberto Pires de Araújo, define o primeiro mandato do governador Ibaneis Rocha. De uma transição para outra, muita coisa mudou. De nenhum projeto disponível para execução quando assumiu o governo na gestão passada, o segundo mandato conta com mais de 1.100 propostas, novas e outras já em andamento, para serem implementadas e fazer de Brasília uma cidade mais desenvolvida, urbanizada e acolhedora. “A gente teria que ficar o dia praticamente inteiro para falar de tudo o que aconteceu em muitas áreas do governo. Mas, por exemplo, estamos terminando o ano com mais de R$ 150 milhões em obras de complementação do BRT Oeste, que vai ter um impacto muito forte para a região central de Brasília. Temos o DrenarDF, que graças a Deus está saindo do papel”, ressaltou o secretário de Governo em sua retrospectiva sobre o primeiro mandato. Confira. Secretário de Governo, José Humberto, destaca: “Conseguimos terminar muitas obras importantes, como o sistema viário norte Joaquim Roriz, tirar do papel o tão sonhado Túnel de Taguatinga, fazer vários viadutos que estavam programados e outros ainda em construção” | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília AGÊNCIA BRASÍLIA – O senhor coordenou a transição do governo em 2018 e agora para o segundo mandato. Como estava o governo e como está agora? JOSÉ HUMBERTO PIRES DE ARAÚJO – Felizmente houve a coincidência de participar das duas transições, o que nos deu a possibilidade de traçar um paralelo entre o que nós recebemos e o que estamos passando para nós mesmos. Quando recebemos a gestão do governo passado, tivemos profundas dificuldades em levantar os dados, em ter na nossa mão a real situação financeira e econômica. Também tivemos dificuldades em levantar os projetos existentes para que pudéssemos dar encaminhamento nas licitações e nas obras que eram necessárias. Pegamos um período muito ruim, porque as obras estavam paradas em sua maioria e onde começaram, causavam grandes transtornos à população. Como exemplo, Vicente Pires, que foi feita sem a programação adequada. Mas o importante não é ficar olhando no retrovisor e sim olhar o que foi feito. O governador formou uma boa equipe, conseguiu destravar as obras e os financiamentos que estavam parados, implantar uma gestão unida e muito integrada, com foco nos resultados e nos objetivos, fazendo um alargamento do governo de uma maneira mais horizontalizada para que pudesse atuar nas pontas e não centralizado apenas no Palácio e nas estruturas maiores. AB – Qual foi o maior desafio da primeira gestão do governador Ibaneis? JHPA – Foi tirar do papel as ideias dos programas e colocar nos projetos para que nós pudéssemos ter os resultados que tivemos. Foi transformar as ideias em realizações. Túnel de Taguatinga: um dos muitos projetos que saíram do papel nestes quatro anos | Foto: Paulo H Carvalho/Agência Brasília AB – O senhor acompanhou de perto a execução das grandes obras que foram entregues e outras em andamento. Como está o DF hoje em termos de obras públicas? JHPA – Conseguimos terminar muitas obras importantes, como o sistema viário norte Joaquim Roriz, tirar do papel o tão sonhado Túnel de Taguatinga, fazer vários viadutos que estavam programados e outros ainda em construção. Fizemos a duplicação da DF-250 e da DF-140. Toda a área de infraestrutura, seja do ponto de vista de urbanização ou de mobilidade urbana, realmente foi muito forte. Uma que ficou na história é Vicente Pires, que conseguimos transformar numa cidade totalmente urbanizada e longe dos transtornos que tinha no passado. AB – E nas demais áreas, quais foram as maiores conquistas para a população do DF? JHPA – O Distrito Federal vem alcançando índices maravilhosos na segurança pública. Melhorou em todos os sentidos e a integração das forças, todas sob a coordenação da Secretaria de Segurança, foi fundamental. Na saúde, houve ampliação com as inaugurações das UPAs [unidades de pronto atendimento] e reformas dos hospitais. Foi feito reforço das equipes com a contratação de mais de oito mil profissionais. Ainda há um desafio grande, o fato é que nós atravessamos uma pandemia com um desempenho bom. Na educação, andamos muito bem com as escolas todas reformadas. Mesmo com a pandemia, o governo não parou e estas reformas trouxeram mais conforto para os alunos e professores no retorno à sala de aula. Ótimo avanço também na área social. Havia a entrega de uma cesta básica com valor pequeno e o governador instituiu o Cartão Prato Cheio, que já está atendendo mais de 80 mil pessoas. Em se tratando de segurança alimentar, o DF é hoje exemplo, porque ampliou bastante a linha de proteção da população mais carente. [Olho texto=”“O governador formou uma boa equipe, conseguiu destravar as obras e os financiamentos que estavam parados, implantar uma gestão unida e muito integrada”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Foi a primeira unidade da federação a adotar o Vale Gás, medida depois seguida pelo governo federal. Nos restaurantes comunitários tivemos a redução do preço da refeição, com o café da manhã por 50 centavos. Ainda na área humana, a Secretaria da Mulher com a Casa da Mulher Brasileira e a Secretaria de Justiça com as ações mais próximas dos cidadãos e as reformas dos postos do Na Hora. No desenvolvimento econômico, o marcante foi o DesenvolveDF ao criar condições para que os proprietários ou ocupantes dos lotes do PróDF 1, 2, 3 e 4 pudessem receber a escritura com tranquilidade. Quanto ao emprego e renda, o DF alcançou números muito bons no combate ao desemprego por conta do ambiente criado para a melhoria da economia. Tivemos um avanço com o RenovaDF, programa vencedor que deu para a cidade condições das suas pequenas e médias obras serem feitas. Quando assumiu, o governador defendeu como pilares a segurança jurídica, a simplificação e a criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento. Um dos grandes pontos é a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação que fez redução substancial do prazo de aprovação dos empreendimentos. Houve uma melhoria significativa tanto na Junta Comercial como na própria Seduh para liberação do Habite-se, aprovação de projetos e dos novos setores habitacionais. Realmente houve uma revolução em função dessa simplificação e trabalho com foco na segurança jurídica e incentivo ao setor privado.  Na saúde, houve ampliação com inaugurações de UPAs e reformas de hospitais | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília AB – O GDF Presente se consolidou como um programa de apoio às ações das administrações regionais na zeladoria das cidades. Qual a importância da iniciativa? JHPA – É o programa do meu coração. Os polos fizeram com que as demandas da população, que chegam por meio da Administração 24 Horas, sejam atendidas com muito mais rapidez. O GDF Presente tem uma parceria maravilhosa com todos os órgãos do DF para que possamos melhor atender a população e cuidar com mais eficácia da zeladoria das cidades. AB – Qual a marca desta primeira gestão? JHPA – Foco, determinação, integração e resultados. *Colaboração: Assessoria de Comunicação da Segov

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EXCELÊNCIA NO TRATO À SAÚDE DOS SERVIDORES

O ano de 2022 foi um período de mudanças e muitas realizações para o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal (Inas). “Expandimos nossa equipe, mudamos de casa, aprimoramos nossas operações e nos consolidamos como o plano de saúde dos servidores do Distrito Federal. 2023 está aí, vamos seguir focados na entrega de melhores produtos e serviços”, afirma o presidente do instituto, Bruno Alvim Moura. Confira a entrevista: O diretor-presidente do Inas, Bruno Alvim Moura, assumiu o comando em outubro de 2022. Atuou como diretor administrativo e de finanças desde o lançamento do plano GDF Saúde | Fotos: Divulgação/Inas AGÊNCIA BRASÍLIA – Você pode citar os principais avanços alcançados pelo Inas/GDF Saúde nos últimos quatro anos? BRUNO ALVIM MOURA – Nos últimos quatro anos, o GDF Saúde saiu do papel e tornou-se uma realidade. O governador Ibaneis Rocha constituiu a equipe responsável pelos estudos para a criação do plano de saúde dos servidores do Distrito Federal. Naquela época, a estrutura do Inas ainda era bem tímida, com uma equipe de apenas 14 pessoas, que ocupava uma sala no Palácio do Buriti. O nosso atual secretário de Planejamento, Orçamento e Administração, Ney Ferraz Júnior, foi chamado para conduzir os passos seguintes para a implementação do plano de saúde e, hoje, aqui estamos, completando dois anos de lançamento. Atualmente, são em torno de 80 mil vidas beneficiadas com o melhor atendimento disponível, com 41 dos principais hospitais de Brasília e região, além de mais de 2.400 clínicas, laboratórios, cooperativas e associações médicas. Sem dúvida, um grande avanço na saúde de Brasília. Atualmente, são em torno de 80 mil beneficiários, com 41 dos principais hospitais de Brasília e região, além de mais de 2.400 clinicas, laboratórios, cooperativas e associações médicas AB – Como o senhor avalia o desempenho do GDF Saúde desde seu lançamento e do Inas nesta nova composição? BAM – O GDF Saúde é responsável por mais de seis mil cirurgias realizadas e quase dez mil internações hospitalares, com 360 mil consultas feitas, entre 2020 e 2022. O plano de saúde realizou 2,3 milhões de exames laboratoriais e 23 mil exames RT-PCR (covid-19) até novembro de 2022. O desempenho do Inas em quatro anos é digno de registro e grande satisfação. Em junho de 2022, com apoio do GDF, a Câmara Legislativa aprovou a Lei nº 7.152, alterando o dispositivo que criou o instituto, permitindo assim uma nova reestruturação. Desta forma, aumentou a equipe para mais de 120 profissionais e ampliou as instalações, com um novo espaço de mais de 400 m². AB – Quais foram os principais desafios enfrentados pelo Inas neste período? BAM – O primeiro grande desafio foi trazer credibilidade ao projeto do plano de saúde dos servidores. O plano permaneceu no papel durante vários governos, por 13 anos, desde a criação do instituto (2006). Esta etapa foi vencida com o empenho da equipe inicial em demonstrar, por meio de ações concretas, que se tratava de uma realidade e não de uma promessa. Depois, o Inas promoveu uma pesquisa, em 2020, que seria importante para a versão final do plano apresentada ao público. Em julho do mesmo ano, foi assinado um acordo de cooperação técnica entre o Inas, a Secretaria de Economia e o Banco de Brasília (BRB) para o fornecimento ao instituto do sistema operacional de informática e a central de atendimento, permitindo, assim, o início das operações. A rede credenciada, entre outras informações essenciais, pode ser consultada pelo aplicativo móvel GDF Saúde e pelo atendimento virtual Em 2022, foi divulgado o resultado de mais uma pesquisa iniciada no ano anterior, que mostrava altos índices de satisfação. Os desafios foram e continuam sendo diários para a equipe do Inas. Lançamos o aplicativo móvel GDF Saúde e o atendimento virtual em nosso site, que trouxeram mais praticidade e facilitaram ainda mais a vida dos beneficiários, com acesso fácil ao extrato, rede credenciada e demais informações essenciais. E houve, ainda, a mudança da estrutura de atendimento presencial para as novas instalações no Edifício Parque Cidade Corporate, no centro de Brasília. AB – E quais serão os próximos passos a partir de 2023?  BAM – A rede credenciada, bem como produtos e serviços, estão sempre entre nossas prioridades de melhoria. Estamos sempre buscando a excelência nessas frentes. Trabalharemos para a criação do plano de carreira, cargos e remuneração do quadro de pessoal. Com isso será possível também a realização de um concurso público para o instituto, aperfeiçoando ainda mais a equipe. *Colaboração: Assessoria de Comunicação do Inas

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BRASÍLIA: REFERÊNCIA NACIONAL EM APROVAÇÃO DE PROJETOS

Muito se avançou em planejamento urbano e habitação no Distrito Federal depois do ganho de eficiência nas aprovações de projetos de arquitetura, regularização fundiária e loteamentos. Em quatro anos, foram 64 áreas regularizadas e 27 parcelamentos de solo aprovados por meio de decretos. Além disso, mais de 7,8 mil alvarás de construção foram liberados. Números históricos. Sem mencionar os projetos de lei importantes que aguardavam há anos e finalmente saíram do papel, como a regularização dos puxadinhos, a revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) e a Regularização Fundiária Urbana (Reurb). Para o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira, esses quatro anos tornaram Brasília referência nacional em celeridade e segurança jurídica nas aprovações de projetos. Agora, as prioridades na próxima gestão serão tratar de dois assuntos essenciais para o desenvolvimento do Distrito Federal: o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB) e o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT), a lei urbanística maior do DF. “Ambos os processos serão retomados em 2023”, garante Mateus Oliveira nesta entrevista. Confira. “A ideia é ter na sede da Seduh representantes de vários órgãos envolvidos com as aprovações. Isso tornará a vida do cidadão mais simples”, afirma o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira | Foto: Divulgação/Seduh AGÊNCIA BRASÍLIA – Quais foram as principais ações adotadas pela Seduh nesses quatro anos? MATEUS OLIVEIRA – Avançamos muito em planejamento urbano, habitação e na modernização da legislação urbanística do Distrito Federal. Nesses quatro anos, foram 64 áreas regularizadas e 27 parcelamentos de solo aprovados por decretos. Mais de 7,8 mil alvarás de construção concedidos, muito disso resultado da liberação em até sete dias do alvará de construção para residências, feita neste governo. Isso reduziu uma espera de dois anos pelo documento, sendo um exemplo para o Brasil e alcançando números históricos. Além de reduzir também a aprovação de empreendimentos de grande porte para menos de 180 dias. Sem mencionar os projetos urbanísticos para revitalizar vários espaços públicos há anos abandonados, como no Setor Comercial Sul (SCS), com a reforma e entrega da nova Praça do Povo, e no Setor Hospitalar Local Sul (SHLS), que ganhou praça de alimentação, acessibilidade e estacionamentos mais organizados. Além disso, houve um ganho enorme de eficiência nas aprovações de projetos de arquitetura, regularização fundiária e loteamentos. Brasília deixou de ser a capital da burocracia e passou a ser uma referência nacional em celeridade e segurança jurídica nas aprovações de projetos. [Olho texto=”“Nesses quatro anos, foram 64 áreas regularizadas e 27 parcelamentos de solo aprovados por decretos. Mais de 7,8 mil alvarás de construção concedidos”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] AB – E com relação a aprovação de leis? MO – Foram mais de 20 projetos de lei elaborados pela equipe técnica da Seduh, sendo 17 já aprovados nesta gestão, como as regularizações dos puxadinhos da Asa Sul e de vários equipamentos públicos, como escolas e hospitais, a ampliação de usos para o Setor de Indústrias Gráficas (SIG), a revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) e a Regularização Fundiária Urbana (Reurb). Essa última reconheceu oito novas Áreas de Regularização de Interesse Social (Aris) no DF, beneficiando cerca de 50 mil habitantes. Foram verdadeiras vitórias para a população do Distrito Federal. Reunião para discussão do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília: projeto é aguardado há mais de dez anos | Foto: Divulgação/Seduh AB – Quais projetos de lei serão prioridade na próxima gestão? MO – Alguns exemplos são a revisão do PDOT [Plano Diretor de Ordenamento Territorial], que é a lei urbanística maior do DF, e o PPCUB [Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília]. Esse último, aguardado há mais de dez anos, possui três pilares principais: a proteção do patrimônio urbanístico e arquitetônico de Brasília; o uso e ocupação do solo; e os planos, programas e projetos para o futuro da capital. AB – Como está o andamento do PPCUB e do PDOT? MO – Ambos os processos serão retomados em 2023. O PPCUB já está em fase final, com uma nova audiência pública sendo feita no primeiro semestre. Esperamos que até abril, mês do aniversário de Brasília, o projeto seja aprovado no Conplan [Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal], para ser possível enviar à Câmara Legislativa até maio. Em relação ao PDOT, por se tratar de uma lei cuja premissa fundamental é a construção coletiva com a sociedade em todos os seus segmentos, ele vai ser discutido com a população durante todo o ano de 2023, em reuniões e audiências públicas nas regiões administrativas, para que possa ser encaminhado à Câmara Legislativa em 2024. Setor Comercial Sul (SCS) terá uso ampliado, com previsão de mais de 280 novas atividades | Foto: Renato Alves/Agência Brasília AB – Como será o plano de trabalho da Seduh para os próximos quatro anos? MO – Vamos dividir em quatro frentes de trabalho. A primeira será dar andamento aos projetos de lei, como PPCUB, PDOT, entre outros. Um deles já foi enviado à Câmara Legislativa neste mês e trata da ampliação de usos para o Setor Comercial Sul, que prevê mais de 280 novas atividades comerciais, institucionais e de prestação de serviços no setor, como faculdades, creches e empresas de TI. Esperamos que esse seja votado na Casa ainda no primeiro semestre de 2023. A segunda frente será trazer novos avanços na área de aprovação de projetos, com a criação de um atendimento único e integrado à população, para serviços como liberação de cartas de Habite-se, parcelamento do solo e regularização fundiária. A ideia é ter na sede da Seduh representantes de vários órgãos envolvidos com as aprovações. Isso tornará a vida do cidadão mais simples, porque ao invés de ter que ir em cada órgão fazer um pedido e abrir um protocolo, vai ser tudo um processo único. Esse será um projeto de governo, que a Seduh pretende coordenar. A terceira frente é avançar em mais projetos de requalificação urbana para melhoria de espaços públicos, trazendo também mais acessibilidade aos pedestres. Um exemplo será a W3 Norte, projeto que já está em elaboração. Por fim, a quarta frente de trabalho terá como foco a habitação. A revisão do Plandhis [Plano Distrital de Habitação de Interesse Social], esperada há anos e que nesse governo avançou, vai permitir que o DF esteja em condições de receber recursos federais para projetos de habitação de interesse social. Ainda no primeiro semestre de 2023 a matéria será enviada à Casa Civil. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] AB – É previsto na próxima gestão uma nova tecnologia para aprimorar os processos? MO – Sim, a aprovação de empreendimentos de grande porte com a tecnologia BIM [Building Information Modeling]. Ela é de última geração no mundo, com Dinamarca e Singapura sendo pioneiros nesse tipo de aprovação de projetos em animação virtual 3D, garantindo mais segurança e celeridade, usando inteligência artificial. Isso torna a verificação, que hoje é feita manualmente, muito mais rápida. *Colaboração: Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh)

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