Inscrições para o RenovaDF terminam nesta segunda-feira (21)
Termina nesta segunda-feira (21) o prazo para inscrição no terceiro ciclo do RenovaDF, o maior programa de qualificação profissional deste Governo do Distrito Federal (GDF). Estão abertas 2 mil vagas para o curso de auxiliar de manutenção na área da construção civil. Os alunos têm acesso à capacitação gratuita e colocam os conhecimentos em prática com a reforma de equipamentos e espaços públicos. A atuação em reformas de equipamentos públicos amplia aos inscritos nos cursos do RenovaDF a chance de ingressar no mercado de trabalho | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília A iniciativa oferece noções de diferentes profissões - carpinteiro, jardineiro, eletricista, encanador, serralheiro e pedreiro - e duração mínima de 240 horas, divididas em três etapas de 80 horas, com até 20 horas semanais. As aulas são presenciais e ministradas por professores do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do DF (Senai-DF). Os encontros ocorrem de segunda a sexta-feira, nos turnos matutino, vespertino ou noturno. [LEIA_TAMBEM]“Com o RenovaDF, a população ganha praças, escolas e equipamentos públicos totalmente revitalizados e os alunos recebem capacitação de qualidade. Eles ampliam as chances de inserção no mercado de trabalho e também se tornam protagonistas na melhoria das suas próprias comunidades”, enfatiza o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Thales Mendes. Para participar, é necessário ter 18 anos ou mais, comprovar que está desempregado, residir no DF e almejar uma nova qualificação ou, no caso de quem já tem experiência, uma atualização na área de construção civil. Todos recebem kit uniforme, com camiseta, bota, capa de chuva, garrafa d’água, boné, equipamento de proteção individual e lanche, além de bolsa-benefício no valor de um salário mínimo, auxílio-transporte e seguro contra acidentes pessoais. Faça sua inscrição aqui.
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Alunos do RenovaDF trabalham na manutenção do Parque Ana Lídia e de mais 72 equipamentos públicos
Aluno do atual ciclo do RenovaDF, André Pereira, 40 anos, está com a esposa grávida de quatro meses. Enquanto aguarda a chegada do novo filho, ele tem trabalhado na manutenção do Parque Ana Lídia, no Parque da Cidade. “Outro dia, estava olhando ali o foguetinho e o pai correndo com o menininho — ‘o meu é menino, viu?’ — e me deu uma felicidade tão grande!”, relata, emocionado. Depois que o pequeno nascer, André garante que também vai levá-lo ao local: “Vou trazer o bebê aqui, onde eu reformei. Eu trabalhei aqui e quero compartilhar”. Participantes do segundo ciclo do programa fazem manutenção no parquinho; oportunidades são muitas | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Assim como André, outros alunos do segundo ciclo de 2025 do RenovaDF têm atuado no Ana Lídia. E não só lá. Iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF), o programa oferece um curso na área da construção civil a pessoas em situação de vulnerabilidade. Os estudantes, então, aplicam os conhecimentos na reforma e manutenção de equipamentos públicos. Eles também recebem uma bolsa para auxílio financeiro durante a formação. Para a atual turma, foram abertas 2,5 mil vagas, e está prevista a manutenção de 73 espaços - a maior parte deles, 69, em Ceilândia. Mas também há endereços no Guará, no Plano Piloto e em Planaltina. Qualificação Ester Natacha, camaronesa que vive no Brasil há dois anos, procurou o RenovaDF: “O curso será mais conhecimento na minha vida, de áreas que antigamente eu não sabia” “Nesta etapa, estamos com frentes de trabalho em quatro regiões administrativas, onde nossos alunos estão recuperando mais de 70 equipamentos públicos, como praças, quadras e parquinhos”, ressalta o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Thales Mendes. “Cada local reformado é um exemplo claro do impacto social que o programa gera. Os alunos ganham qualificação, incentivo financeiro e perspectiva de emprego, enquanto a população é beneficiada com espaços revitalizados para lazer, esporte e convivência. É uma via de mão dupla onde todos ganham.” De fato, é uma via de mão dupla. Mais do que uma nova cara aos equipamentos públicos, o programa dá uma nova vida aos seus participantes. É o caso da camaronesa Esther Natacha, 35, que vive no Brasil há dois anos e viu no RenovaDF uma oportunidade de ampliar seus conhecimentos. “Cheguei aqui para descobrir outro país, para procurar diversidade”, conta. “[O curso] será mais conhecimento na minha vida, de áreas que antigamente eu não sabia”. Novas chances Miriam Lacerda se recupera de um período tumultuado: “Quero sair daqui profissional, pegar meu diploma e conquistar uma oportunidade, nem que seja como menor aprendiz” A experiência também é um novo horizonte para Miriam Lacerda, 43, que busca recomeçar a vida após ter vencido o vício em drogas. “É uma oportunidade mesmo, estou agarrando com força de vontade”, diz. “Cada coisa que eu leio, que o professor fala, eu fico observando para pegar e dar o melhor de mim. Eu quero seguir em frente. Eu projeto entrar em uma empresa, ter uma profissão, que eu nunca tive. Quero sair daqui profissional, pegar meu diploma e conquistar uma oportunidade, nem que seja como menor aprendiz”, completa, brincando. Antônio José da Silva, 65, é outro que viu no programa uma luz. “No momento, eu não estava trabalhando, estava parado; e, além de fazer o curso, a gente ainda recebe a bolsa, que ajuda bastante”, enfatiza. “Eu já trabalhei em diversas coisas, na construção civil, na área de fundação de edificação e de empreiteiro também. Só que, aqui, a gente está se qualificando em outras áreas. É muito importante. Eu não entendia nada de pintura e já estou aprendendo, é excelente”. André Pereira, que vai ser pai daqui a quatro meses, atua no programa: “Você pode aprender vários tipos de profissão em um curso só. A gente sai daqui com outra visão para poder trabalhar” André, que abre esta reportagem, também é um exemplo. Além de levar o filho para brincar no parque que ajudou a reformar, ele quer ampliar as possibilidades no mercado de trabalho: “Você pode aprender vários tipos de profissão em um curso só: pintor, pedreiro, revitalizar um campo de futebol... Eu já tinha mexido com construção civil, trabalhando de ajudante, mas eu queria pegar um pouco mais da prática. A gente sai daqui com outra visão para poder trabalhar”. Sobre como espera que seja sua vida após o programa, ele resume: “Renovada”.
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‘Conversa com Eles’ debate violência doméstica com trabalhadores da construção civil de Samambaia
O pedreiro Francisco Pereira, 35 anos, morador de Samambaia, vivenciou várias situações de violência doméstica, inclusive, durante sua adolescência, dentro da sua própria casa. “Eu cresci vendo minha mãe sendo agredida pelo meu pai. Vivemos agora uma outra época, mas parece que a cabeça dos homens não mudou. É muito importante conscientizar nós, homens, em relação ao respeito e à prevenção da violência contra a mulher”, disse. “De maneira lúdica, os trabalhadores da construção civil são sensibilizados quanto à importância de todos lutarem contra a violência. Esse diálogo ajuda a romper com a violência a que muitos podem ter sido submetidos, em algum momento da vida, e a evitar que seja reproduzido por eles contra as mulheres”, explica a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani | Fotos: Jhonatan Vieira/Ascom Sejus Francisco foi um dos 45 participantes da sétima edição do projeto Conversa com Eles, realizado nesta quinta-feira (7) no canteiro de obras da empresa Profix Engenharia, em Samambaia. Fruto de parceria da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscon-DF) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-DF), a iniciativa tem como objetivo dialogar com os trabalhadores civis para conscientizar sobre a necessidade de eliminação da violência doméstica, com ações de prevenção e combate à violência e orientação sobre a adequada solução de conflitos. O pedreiro Francisco Pereira, 35 anos, morador de Samambaia, vivenciou várias situações de violência doméstica, inclusive, durante sua adolescência, dentro da sua própria casa Desde abril deste ano, quando se iniciou a atividade, 761 homens já participaram destes bate-papos de conscientização. “Essa é a nossa proposta: trabalhar em conjunto com os homens, para que possam somar com a gente, e o ciclo de violência contra as mulheres seja quebrado”, explica a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. “De maneira lúdica, os trabalhadores da construção civil são sensibilizados quanto à importância de todos lutarem contra a violência. Esse diálogo ajuda a romper com a violência a que muitos podem ter sido submetidos, em algum momento da vida, e a evitar que seja reproduzido por eles contra as mulheres”. O mestre de obras Balbino Neves, 60 anos, que atua há dois anos na obra da Profix, elogiou a iniciativa e disse que vai replicar os temas abordados no Conversa com Eles em outros ambientes. “As informações que eu recebi aqui nesta palestra vou levar para minha família e, principalmente, para outros amigos. Chega de violência contra as mulheres”, disse. Papo-reto Durante a apresentação, o palestrante Bruno Abreu, da Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência (Subav), da Sejus, citou versos de uma canção sertaneja para que a plateia compreendesse como uma letra pretensamente romântica pode deturpar a visão que se tem da mulher. Por meio de outros recursos lúdicos, como vídeos educativos, o pedagogo fez os trabalhadores civis refletirem sobre o fato de que a violência se manifesta de diversas formas e não apenas impacta as mulheres, mas a sociedade, uma vez que é estruturante da desigualdade de gênero. “Esse tipo de iniciativa traz entendimento para questões que esses operários, muitas vezes, não têm noção de que é algo tão próximo e de impacto tão grande. É uma união de forças: a Sejus tem toda essa base de informações e de conteúdo e o Sinduscon chega com esses canteiros onde tem pessoas que precisam escutar o que vocês têm a dizer sobre essa nossa realidade”, ressalta a gerente técnica do Sinduscon-DF, Karine Chagas. Direito Delas O Conversa com Eles é uma iniciativa dentro do Direito Delas, programa criado pela Sejus para atender mulheres em situação de violência e seus familiares, crianças e adolescentes de 7 anos a 14 anos vítimas de estupro e vítimas de crimes contra a pessoa idosa. O programa oferece atendimento social, psicológico e jurídico em dez núcleos: Plano Piloto, Ceilândia, Guará, Itapoã, Paranoá, São Sebastião, Planaltina, Recanto das Emas, Samambaia e Estrutural. Desde novembro de 2023, quando foi criado, o programa já amparou 1.258 vítimas diretas e indiretas de violência doméstica e familiar em 4.780 atendimentos. *Com informações da Sejus-DF
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Projetos oferecem qualificação profissional e educação a custodiados
Desde a sua criação, o Projeto de Capacitação Profissional e Implantação de Oficinas Permanentes (Procap) já qualificou quase 1.000 reeducandos no sistema penitenciário do Distrito Federal. O projeto da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF) começou em março de 2023, vinculado à Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), órgão do Ministério da Justiça (MJ). Desde o início do contrato que a Seape fez com o Senai-DF e o Senac-DF, mais de 2.600 vagas de capacitação profissional foram disponibilizadas no sistema prisional | Foto: Divulgação/Seape-DF A Seape-DF realizou contrato de parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-DF) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-DF) para disponibilizar, desde o início do contrato, mais de 2.600 vagas de capacitação profissional no sistema prisional. O objetivo é aumentar a empregabilidade dos reeducandos para que eles possam retornar à sociedade capacitados para trabalhar de forma autônoma e formalizada por meio do empreendedorismo. A previsão é beneficiar todos os regimes prisionais, desde o provisório ao semiaberto. Além da oportunidade e do aprendizado, os custodiados recebem o benefício da remição. A cada 12 horas de estudo, um dia é subtraído da pena. Outros projetos de ressocialização A Seape-DF incentiva a educação no sistema penitenciário do DF por meio dos Núcleos de Ensino, que em parceria com a Secretaria de Educação, promovem aulas presenciais e aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem/PPL) e do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja/PPL). Projetos de incentivo à cultura também têm apresentado um importante papel na reinserção social dos custodiados. Entendendo isso, a Seape-DF realiza parcerias para promover a arte dentro das unidades prisionais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Exemplo disso é o Projeto Redescobrir, uma parceria da Seape com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que proporcionou um espetáculo artístico e musical aos reeducandos da Penitenciária do DF II (PDF II) neste mês de fevereiro. A apresentação ocorreu para cerca de 1.200 internos da unidade: 230 tiveram a oportunidade de assistir presencialmente e os demais por meio do circuito interno de televisão em suas respectivas celas. Também está previsto para este ano a criação do Procap Mulher, na Penitenciária Feminina, com o objetivo de qualificar reeducandas para a produção de absorventes, fraldas descartáveis e calcinhas trans. Além destes projetos, o Centro de Detenção Provisória II (CDP II), que é a porta de entrada do sistema penal do DF, promove rodas de conversa entre detidos por violência doméstica contra a mulher e profissionais de saúde mental da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF). Fazem parte do projeto psicólogos e psiquiatras da unidade com intuito de redefinir o papel da mulher na sociedade na visão destes homens. *Com informações da Seape-DF
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