Escola do Recanto das Emas é finalista de prêmio internacional nos Emirados Árabes
O Centro de Ensino Médio (CEM) 111 do Recanto das Emas foi selecionado como um dos finalistas da 18ª edição do Prêmio Zayed de Sustentabilidade, que será realizado em 13 de janeiro de 2026, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. A escola brasiliense concorre na categoria Global High Schools, dedicada a projetos de sustentabilidade desenvolvidos e liderados por estudantes de diferentes regiões do mundo. A iniciativa da escola propõe a implantação de um sistema agroflorestal, com coleta de água da chuva, trilhas ecológicas e ações de engajamento comunitário. O projeto é conduzido pelo Clube de Ciências, grupo reconhecido por promover a iniciação científica e a popularização da ciência entre jovens e moradores da comunidade escolar. O professor, coordenador e responsável pelo projeto, Geldo Ferreira de Araújo, destacou a alegria por ter se tornado finalista do prêmio: “Trabalhamos com iniciação científica e popularização da ciência, o que permite aos nossos alunos desenvolver projetos com base em pesquisa e criatividade. Dessa forma, criamos o projeto que hoje é finalista, resultado dessa investigação e inovação”. O Clube de Ciências do CEM 111 é reconhecido por promover a iniciação científica e a popularização da ciência entre jovens | Fotos: André Amendoeira/SEEDF O educador também contou que a iniciativa, batizada de Ciclo Vivo, surgiu da evolução de experiências do clube, como o sistema de captação de água da chuva e irrigação automatizada: “Neste ano de 2025, surgiu a ideia de unir água e floresta, criando um projeto voltado ao reflorestamento do Parque do Recanto das Emas, em parceria com ex-alunos da escola”. Segundo ele, a premiação vai acelerar o desenvolvimento dessa agrofloresta. Trajetórias inspiradas pela ciência A vice-diretora do CEM 111, Diulia Araújo, destacou o papel do professor e o impacto dessa conquista para toda a comunidade. “O professor Geldo sempre foi um grande incentivador da ciência no CEM 111, engajando alunos com a crença de que qualquer um pode fazer ciência. Ser finalista no prêmio é a merecida coroação de um trabalho de anos, desenvolvido no Clube de Ciências. Essa indicação enche a escola de alegria e orgulho”, afirmou. A ex-aluna Micaelly Mesquita, 22 anos e atual clubista, é um exemplo de como o Clube de Ciências influencia gerações e desperta vocações. Hoje estudante de engenharia civil na UnB, ela segue participando das atividades do grupo como expositora e mentora de novos integrantes. “A minha experiência no clube ajudou a definir toda a minha trajetória”, contou. Quando ainda estava no ensino médio, o professor Geldo a convidou para participar do clube. “A partir dali, comecei a enxergar horizontes e possibilidades que antes eu não via. Hoje tenho um sentimento de propósito alcançado, e continuo no clube com o objetivo de motivar outros estudantes. Acredito que, na periferia, há muitas potências que só precisam de incentivo”, afirmou Micaelly. A ex-aluna e atual clubista Pollyana Feitosa, a vice-diretora do CEM 111, Diulia Araújo, a ex-aluna e atual clubista Micaelly Mesquita e o professor Geldo Outra integrante do grupo, a ex-aluna e atual clubista Pollyana Feitosa, 19, destacou o orgulho de ver o trabalho coletivo do Clube de Ciências ser reconhecido internacionalmente: “Estamos muito felizes com essa conquista. É muito importante ver o nosso trabalho sendo valorizado como jovens cientistas e protagonistas da ciência. Acredito que essa visibilidade ajuda outros estudantes a perceberem que eles também podem transformar suas ideias em algo grandioso”. Reconhecimento internacional Como parte da premiação, o professor recebeu convite oficial para representar a escola na Semana de Sustentabilidade de Abu Dhabi 2026, evento global promovido sob o patrocínio do sheikh Mohamed bin Zayed Al Nahyan, presidente dos Emirados Árabes Unidos. A cerimônia de abertura e a entrega do Prêmio Zayed de Sustentabilidade ocorrerão em 13 de janeiro de 2026, e a programação se estenderá até 16 de janeiro, com painéis e encontros que reúnem chefes de Estado, formuladores de políticas públicas, líderes da indústria, investidores e jovens de todo o mundo. Em mais de 17 anos, o prêmio já impactou positivamente a vida de mais de 400 milhões de pessoas em diversas regiões do planeta, valorizando projetos de escolas e organizações. Criada em 2008, a Semana de Sustentabilidade é uma plataforma internacional voltada à promoção de soluções e parcerias em energia limpa, meio ambiente e desenvolvimento sustentável. A edição de 2026, com o tema “O Elo do Amanhã: Todos os Sistemas em Ação”, destacará experiências de diferentes países que inspiram a construção de um futuro mais inclusivo, resiliente e sustentável. *Com informações da SEEDF
Ler mais...
Metrô-DF divulga primeiro inventário de emissões de gases de efeito estufa
A emissão de gases poluentes pela Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) foi seis vezes menor do que a registrada por ônibus urbano a diesel, e até 50 vezes inferior à liberada pelos automóveis. Uma matemática favorável ao meio ambiente e para os brasilienses, que só reforça a importância do sistema metroviário para a construção de uma mobilidade urbana de baixo carbono. Esses são apenas alguns dados que constam no primeiro Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), referente ao ano-base de 2024, elaborado pelo Metrô-DF e publicado esta semana. O documento quantifica e qualifica as emissões diretas e indiretas associadas às atividades da companhia, reunindo dados de manutenção, transporte, consumo de energia, gestão de resíduos, deslocamento de pessoal e serviços administrativos. “O inventário é um marco para o Metrô-DF. Pela primeira vez, temos um retrato detalhado de nossas emissões, o que nos permite planejar ações concretas para reduzir impactos e reforçar nosso compromisso com a agenda climática do Distrito Federal. O transporte metroviário já se mostra uma alternativa sustentável e de baixo carbono, e queremos avançar cada vez mais nesse caminho”, afirmou Handerson Cabral, presidente do Metrô-DF. O levantamento é um passo fundamental para fortalecer a gestão ambiental e para subsidiar as decisões estratégicas futuras do Metrô-DF. “A partir deste diagnóstico, será possível aprimorar processos internos, repensar contratos e adotar medidas que visem à redução de emissões, sobretudo, no uso de energia elétrica, que representa nosso principal insumo”, destaca o diretor técnico do Metrô-DF, Fernando Jorge Rodrigues. O levantamento é um passo fundamental para fortalecer a gestão ambiental e para subsidiar as decisões estratégicas futuras do Metrô-DF | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Conduzido pela equipe técnica da companhia, o estudo evidencia a eficiência ambiental do transporte metroviário. Isso se deve ao fato de o Brasil ter uma matriz energética majoritariamente limpa, baseada em fontes renováveis como hidrelétricas, eólicas e solares. Assim, mesmo demandando grande quantidade de energia elétrica, o metrô apresenta baixo índice de emissões, o que contribui para a sustentabilidade e reforça o compromisso com a agenda climática e com a qualidade de vida da população. Ao todo, foi registrado um total de 3.835,2 toneladas de CO₂ em 2024 emitidas pelo Metrô-DF. A maior parcela (85,9%) está associada ao consumo de energia elétrica para a operação do sistema metroviário, abrangendo trens, estações e sede administrativa. Já as emissões indiretas, provenientes de fontes não controladas diretamente pela Companhia, representaram 10,5% do total, enquanto as emissões diretas corresponderam a 3,5%. Elaborado segundo a metodologia do Programa Brasileiro GHG Protocol, coordenado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGVces), o relatório do Metrô-DF foi publicado no Registro Público de Emissões (RPE) e recebeu o Selo Prata, concedido a organizações que reportam de forma completa escopos específicos. "Pela primeira vez, temos um retrato detalhado de nossas emissões, o que nos permite planejar ações concretas para reduzir impactos e reforçar nosso compromisso com a agenda climática do Distrito Federal" Handerson Cabral, presidente do Metrô-DF Para o diretor de Planejamento do Metrô-DF, João Maciel Claro, o Selo Prata concedido ao inventário reforça o compromisso e alinhamento do Metrô-DF com uma gestão mais eficiente e transparente. “Além disso, o inventário evidencia para a população de Brasília o quanto o transporte metroviário possui baixo impacto ambiental frente aos outros transportes, mostrando que é uma ferramenta estratégica no desenvolvimento e no planejamento mais limpo e eficaz, contribuindo para uma cidade mais verde e sustentável”, acrescenta. Cuidado com a eficiência energética Além da permanente vigilância em adotar ações que reforcem o metrô como um meio de transporte mais sustentável, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) desenvolve uma série de projetos que visam ampliar a eficiência energética da empresa. Desde 2021, o Metrô-DF vem desenvolvendo iniciativas para ampliar a eficiência energética da Companhia, participando de Chamadas Públicas do Programa de Eficiência Energética, instituído pela Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000 e regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Assim, é possível obter recursos para a execução de projetos com a finalidade de reduzir o consumo de energia elétrica, otimizar o uso dos recursos e mitigar os impactos ambientais decorrentes da geração e distribuição de eletricidade. Por meio desses chamamentos, foram substituídas mais de 3 mil lâmpadas e luminárias convencionais por tecnologia LED nas estações Águas Claras e Concessionárias, além de toda extensão do túnel da Asa Sul, em 2022. Nos dois últimos anos, o projeto foi expandido e foram trocadas as lâmpadas do Complexo Administrativo e Operacional – CAO do Metrô, além daquelas instaladas em salas administrativas, áreas comuns, vias de acesso e o Pátio Águas Claras, destinado às manobras, testes e limpeza dos trens. A redução do consumo de energia elétrica; a maior eficiência energética e luminosa; mais segurança para trabalhos noturnos e a ampliação da vida útil dos equipamentos em até 3 vezes foram alguns dos resultados alcançados com essas ações. *Com informações do Metrô-DF
Ler mais...
Parques ecológicos do DF contarão com poços artesianos
Os parques ecológicos Riacho Fundo, Ezechias Heringer e Águas Claras contarão, em breve, com poços artesianos, de onde será possível retirar água para todas as atividades que não exijam água tratada. A iniciativa do Instituto Brasília Ambiental está em plena execução, e é realizada com recursos de compensação florestal. O valor estimado para custeio da perfuração dos poços é de R$ 295.500,00. A vice-governadora Celina Leão enfatizou a sustentabilidade e a economia que será gerada. “A captação de água do subsolo elimina ou reduz drasticamente a dependência do fornecimento da concessionária, gerando uma significativa economia nos custos mensais, além de avançarmos em direção a uma gestão mais sustentável dos recursos naturais.”, disse. O presidente da autarquia, Rôney Nemer, também destacou a questão da sustentabilidade. “A água subterrânea é um recurso natural que, quando bem gerenciado, pode contribuir para a preservação ambiental. O uso de poços artesianos diminui a pressão sobre as fontes de água superficiais, como rios e represas”, lembrou. O superintendente de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água do Instituto, Marcos Cunha, explica que a proposta, aprovada por unanimidade na Câmara de Compensação Ambiental e Florestal (CCAF), abrange a elaboração do projeto construtivo, perfuração dos poços artesianos, laudo geológico, teste de bombeamento e instalação de bomba submersa nos três parques. Cunha esclarece que, a princípio, todos os parques, sob a gestão do Brasília Ambiental, têm condições hídricas de contar com poços artesianos. “E o objetivo é que esta ação, que está só iniciando no momento, chegue a todas as Unidades de Conservação”, garantiu. A ação do Instituto Brasília Ambiental está em plena execução, e é realizada com recursos de compensação florestal | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental O superintendente lembrou que o Sistema Distrital de Unidades de Conservação do Distrito Federal (SDUC) prevê, entre os objetivos dos parques ecológicos, recuperação de áreas degradadas e estímulo às atividades de lazer e recreação. “E essas atividades, principalmente às ligadas ao lazer e à recreação geram gastos elevados com água. Essas necessidades, como também a produção de mudas para recuperação de áreas degradadas, poderão agora ser supridas através da utilização de água bruta, sem tratamento para potabilidade, que será gerada pelos poços artesianos”, explicou. A execução das etapas da instalação dos poços artesianos varia de 10% a 40%. Com o menor percentual está a execução da etapa de entrega dos relatórios técnicos, e com maior, a etapa de colocação dos três poços e instalação das placas. A previsão é que até o mês de fevereiro de 2026 os três parques já estejam usando água dos poços. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental
Ler mais...
Saúde apresenta nova política voltada à sustentabilidade
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) promoveu, nessa semana, o evento Caminhos para a Sustentabilidade: SES em ação pela agenda ASG. Gestores e servidores da pasta debateram e passaram a conhecer a nova Política de Sustentabilidade, instituída em abril deste ano para promover práticas na SES-DF que considerem os eixos Ambiental, Social e de Governança (ASG). “Um grande marco para a saúde do DF foi a criação do Subcomitê de Sustentabilidade que está nos primeiros passos, mas com entregas importantes como a política. A partir desse texto, vamos poder dimensionar o futuro. A sustentabilidade alcança todos os setores e não se pode imaginar um mundo sem a preocupação ambiental”, destacou o secretário-adjunto de Governança em Saúde, José Ricardo Baitello. "A sustentabilidade alcança todos os setores e não se pode imaginar um mundo sem a preocupação com o meio ambiente”, destaca o secretário-adjunto de Governança em Saúde, José Ricardo Baitello | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF A política orienta a condução de processos, atividades e decisões que tenham um impacto positivo na sociedade e no meio ambiente. Na prática, a norma incentiva, entre outros pontos, o uso responsável de recursos naturais, o consumo sustentável e o reaproveitamento de materiais. Em uma dimensão mais social, a intenção do documento é fomentar uma cultura organizacional inclusiva e diversa, além de incentivar um ambiente laboral colaborativo. Já em termos de governança, o objetivo é atuar na conduta ética, programa de integridade, transparência e responsabilização por meio da prestação de contas. O gerente de Práticas Integrativas em Saúde da SES-DF, Marcos Trajano, acredita que o evento incentiva os servidores a se apropriarem da política, adotarem práticas ecológicas e assumirem um papel ativo no processo do desenvolvimento da sustentabilidade na pasta. “A partir dessa atividade que traz gestores e trabalhadores e que busca atingir as nossas ações junto à comunidade, a SES-DF chega, sem dúvidas, no campo da discussão sobre o tema de uma forma robusta e cada vez mais qualificada", avaliou. Ações transversais Para o secretário do Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes, a transversalidade nas políticas públicas ambientais é fundamental para implementar boas práticas institucionais. "A responsabilidade é individual e coletiva. Por isso, além de estratégias que abordem aspectos da ASG, vale considerar o reforço na educação ambiental para a construção de uma cultura sustentável." Gestores e servidores puderam conhecer e debater a nova Política de Sustentabilidade para a saúde pública do DF Na SES-DF, ações já são colocadas em prática, considerando diversos setores. Um exemplo é a política de impressão da pasta baseada nos princípios de economia, eficiência e melhor gestão de recursos públicos. Desde a implementação da assinatura eletrônica, foi gerada uma economia de mais de 350 mil impressões entre julho de 2024 e julho deste ano, representando quase R$ 30 mil a menos de gastos. A coordenadora do Subcomitê de Sustentabilidade e assessora especial da Secretaria-Adjunta de Governança (Sagov), Graciela Pauli Gil Cardoso, lembrou ainda do projeto de hortos agroflorestais da SES-DF, iniciativa que possui reconhecimento nacional e internacional. "A rede de hortos é um exemplo de transversalidade com impacto direto na dimensão ambiental e social", disse. Para a servidora, a Vigilância à Saúde também tem um papel importante na sustentabilidade ao monitorar o ar, o solo e a água. *Com informações da Secretaria de Saúde
Ler mais...