Igrejinha da 308 Sul celebra 67 anos neste sábado (28)
A Igreja Nossa Senhora de Fátima, conhecida como Igrejinha da 307/308 Sul, completa 67 anos neste sábado (28), consolidada como um dos marcos históricos, arquitetônicos e culturais mais importantes de Brasília. A programação do dia inclui missas às 7h, 11h, 15h (com o terço da misericórdia) e 18h30. Na frente da igreja, barracas terão comidas típicas de festas juninas e um espaço para música. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2007, a Igrejinha foi o primeiro templo católico em alvenaria da capital federal, construída em apenas 100 dias para cumprir uma promessa da primeira-dama Sarah Kubitschek pela cura de sua filha Márcia, que sofria de um problema na coluna. Primeiro templo católico em alvenaria da capital federal, a Igrejinha da 307/308 Sul foi inaugurada em 28 de junho de 1958 | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Projetada por Oscar Niemeyer, com estrutura de Joaquim Cardozo, a Igrejinha destaca-se pela arquitetura modernista singular, com três pilares que sustentam uma laje triangular inclinada, remetendo ao chapéu das freiras vicentinas. A obra conta com azulejos figurativos de Athos Bulcão, única nesse estilo, e pinturas que marcaram sua história, como os afrescos originais de Alfredo Volpi e a obra contemporânea de Francisco Galeno. O primeiro pároco foi Frei Demétrio de Encantado, conhecido como “o candango de Fátima”, que atendia a comunidade local em um barraco de madeira antes da inauguração do templo. A Igrejinha foi a primeira sede da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, que atualmente tem seu santuário na 906 Sul. [LEIA_TAMBEM]"A Igrejinha Nossa Senhora de Fátima merece essa festa, é um patrimônio vivo da história de Brasília, que une fé, cultura e arquitetura. Ela foi construída antes mesmo da cidade, em sinal de pura gratidão, e um símbolo de beleza e equilíbrio. Por isso, ela atrai não só os fiéis, mas também grupos de arquitetos e estudantes que vêm conhecer de perto a genialidade de Niemeyer e o modernismo brasileiro", afirma o secretário de Turismo do Distrito Federal, Cristiano Araújo. Recentemente, a Secretaria de Turismo do DF apoiou a recepção de 65 arquitetos do American Institute of Architects (AIA), que vieram a Brasília em novembro passado para o lançamento do Brasília Design Week (BDW), com o objetivo de apresentar a arquitetura americana, suas tecnologias e estreitar os laços entre arquitetura, design e identidade nacional. A mostra deste ano utilizou diversos espaços arquitetônicos simultaneamente, tanto para contemplação quanto para aulas e debates. A Igrejinha foi um local de destaque para os participantes do movimento. "Esse tipo de iniciativa reforça o compromisso com o turismo cultural, religioso e a valorização dos patrimônios da capital. A Igrejinha desperta grande admiração e curiosidade nesses visitantes e profissionais, que reconhecem a sua importância para a arquitetura moderna brasileira", complementa Cristiano Araújo. *Com informações da Setur-DF
Ler mais...
City tour gratuito mostra história e beleza de Brasília a moradores e turistas
Brasília acaba de completar 65 anos e, de presente, moradores e turistas ganharam um city tour cívico gratuito, que resgata a beleza e a história da capital federal. O serviço foi inaugurado no último dia 19 e seria gratuito apenas na primeira semana — em comemoração ao aniversário da cidade. Mas, por determinação do governador Ibaneis Rocha, que esteve na viagem inaugural, o passeio será permanentemente sem custos. Os passeios de ônibus duram cerca de duas horas, passando por marcos históricos, culturais e arquitetônicos da cidade, e são acompanhados por guias profissionais de turismo | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Os ônibus saem do estacionamento norte da Torre de TV, de terça-feira a domingo, em quatro horários: 10h, 12h, 14h e 16h30. Cada tour tem um limite de 36 pessoas. É preciso fazer um agendamento prévio na página da empresa Brasília Receptivo, mas também há possibilidade de encaixe, mediante disponibilidade de vagas. O percurso tem duração média de duas horas. O tour sobe o Eixo Monumental, vai para o Setor Militar Urbano, desce pela Esplanada dos Ministérios e retorna à Torre. No caminho, os passageiros podem contemplar alguns dos principais pontos históricos, culturais e arquitetônicos da capital, como a Catedral, o Congresso Nacional, a Praça do Buriti e a Praça dos Cristais. Todos os ônibus são cadastrados no sistema Cadastur e contam com acessibilidade. As visitas são acompanhadas por guias profissionais de turismo. “Foi superesclarecedor, a gente adorou. O ônibus também foi uma opção bem confortável para passear com a bebê”, diz a historiadora Sarah Lima A iniciativa é fruto de parceria entre a empresa Brasília Receptivo e a Secretaria de Turismo do DF, que investiu R$ 5 milhões para capitanear o acesso livre por meio de um chamamento público. "Já era um desejo meu e do governador Ibaneis Rocha retomar o tour cívico, para que moradores e visitantes pudessem conhecer a história da capital por meio de um passeio em ônibus, com um guia de turismo capacitado, explicando os principais pontos e atrativos da cidade. Brasília é uma cidade com vocação turística, e o nosso trabalho é dar visibilidade a toda a sua história e aos atrativos que tem a oferecer", apontou o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. Eliete de Carvalho, com os filhos Gabriel e Luísa, aprovou o passeio: “É uma ideia muito legal. Foi sensacional” Até a última sexta-feira (25), 283 pessoas haviam feito o passeio. “Tem sido um sucesso total, como esperado. A gente vislumbrava esse sucesso já, porque era um produto que faltava em Brasília, uma cidade tão cívica, tão monumental, um museu a céu aberto”, destacou a diretora-executiva da Brasília Receptivo, Karine Câmara. “Brasília precisava e tem que ter realmente essa função. Nós vamos em todas as capitais do mundo e temos isso. E a gente precisa ter e, de fato, mostrar e mostrar isso principalmente para as nossas crianças. As pessoas precisam crescer com essa cultura e com essa paixão por Brasília e, assim, a gente melhorar a nossa civilidade”, acrescentou. [LEIA_TAMBEM]O passeio vem sendo aprovado, de fato, tanto por quem mora quanto por quem visita o DF. Tales Pedrosa, de 31 anos, por exemplo, vive em Brasília há um ano e decidiu fazer o passeio com a mulher, Sarah Lima, 29, e a filha, que vieram de Recife (PE) para visitá-lo. “Nós somos historiadores, então a gente acha importante, nos lugares que a gente visita, conhecer um pouco da história, entender. Acho que, para a gente entender uma cidade que a gente está morando ou visitando, a gente precisa passear por ela”, ressaltou ele. “Foi superesclarecedor, a gente adorou. O ônibus também foi uma opção bem confortável para passear com a bebê”, emendou ela. Já a assistente administrativo Eliete de Carvalho, 45, mora na capital há mais tempo, mas aproveitou a oportunidade de mostrar a cidade para os filhos, Gabriel e Luísa. “Durante os eventos do aniversário de Brasília, a gente viu a divulgação do city tour, aí eu logo entrei no site e marquei, porque a gente mora aqui há muito tempo, mas meus filhos não conheciam”, contou. “É uma ideia muito legal. Foi sensacional”, arrematou.
Ler mais...
Brasília em Realidade Virtual: uma viagem imersiva pela arquitetura da capital
Reconhecida mundialmente por sua arquitetura modernista e planejamento urbano inovador, Brasília é tema de uma experiência multissensorial desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB). A iniciativa utiliza a tecnologia de realidade virtual para apresentar, de forma interativa e imersiva, os principais patrimônios arquitetônicos da capital, como o Congresso Nacional, o Palácio da Alvorada e a Catedral Metropolitana. A proposta surge em um momento simbólico, em que Brasília celebra seus 65 anos de criação, reforçando a importância de valorizar e preservar o legado cultural e arquitetônico da cidade idealizada por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Educação em realidade aumentada: Projeto financiado pela FAPDF é testado com estudantes da UnB, unindo inovação e valorização cultural | Crédito: Divulgação/FAPDF Voltado a estudantes, turistas, moradores e entusiastas da arquitetura, o projeto oferece uma nova maneira de vivenciar a Esplanada dos Ministérios e seus edifícios emblemáticos. O uso de óculos de realidade virtual permite que o usuário explore detalhes e circule pelos arredores das construções, mesmo sem estar fisicamente em Brasília. Tecnologia, percepção e acessibilidade A proposta integra visão, audição e tato para criar uma ambientação envolvente. A experiência é composta por duas etapas: uma simulação aérea com voo de paraglider sobre a cidade e uma visita em formato de galeria virtual, com informações sobre cada edifício. Sons direcionais, ventiladores e suportes físicos ajudam a reforçar a sensação de imersão. A proposta integra visão, audição e tato para criar uma ambientação envolvente “O objetivo é proporcionar uma percepção mais próxima da realidade, despertando o interesse do público para a história e o valor cultural dos patrimônios de Brasília”, explica o professor e pesquisador responsável pelo projeto, Renan Balzani. Educação e inclusão Um dos principais focos do projeto é ampliar o acesso ao conhecimento sobre a arquitetura e urbanismo brasileiros. A experiência foi pensada para atender diferentes perfis de público, incluindo estudantes do Ensino Fundamental ao Superior, além de pessoas com necessidades específicas, cujas reações à tecnologia serão observadas durante a exposição. O caráter educativo é central à iniciativa, que busca integrar a vivência estética e sensorial ao ensino formal e informal, fortalecendo a valorização do patrimônio nacional. Impacto e continuidade Ainda em fase de exposição na Universidade de Brasília, a iniciativa poderá futuramente ser expandida para outros espaços de ensino e pesquisa. A proposta é alcançar públicos em diferentes regiões do Brasil e do mundo, especialmente aqueles que não podem visitar a capital federal presencialmente. Para avaliar o impacto da experiência, os visitantes serão convidados a responder um questionário online com impressões sobre usabilidade, sensações e aprendizagem. Os dados servirão de base para aprimorar futuras ações voltadas à preservação e divulgação do patrimônio arquitetônico e cultural do país. [LEIA_TAMBEM]"A valorização do patrimônio cultural e arquitetônico de Brasília, especialmente por meio de tecnologias inovadoras como a realidade virtual, é fundamental para fortalecer o sentimento de pertencimento e democratizar o acesso à nossa história", afirma Marco Antônio Costa Júnior, presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). "Por isso, temos orgulho de apoiar essa iniciativa por meio do Edital Learning de 2023, que seleciona projetos com alto potencial de impacto educacional e científico. Essa é uma das maneiras pelas quais a FAPDF reafirma seu compromisso com a promoção da ciência, da cultura e da inclusão.” A iniciativa recebeu fomento no valor de R$ 1.499.000. *Com informações da FAPDF
Ler mais...
Brechas no projeto arquitetônico do Teatro Nacional permitiram a criação de novos espaços
Um dos maiores complexos culturais do país, o Teatro Nacional Claudio Santoro conta com uma área de 500 mil metros quadrados. Por se tratar de uma estrutura tão grande, a edificação foi construída com alguns “vazios” que foram descobertos durante o processo de concepção dos projetos para a obra de restauro do equipamento público. Essas brechas no projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer foram usadas para a inclusão de novos e importantes ambientes na primeira etapa da reforma. “O Teatro Nacional foi executado meio que ao mesmo tempo da execução do projeto. Então algumas informações nas plantas não condizem com que foi feito. Quem nos abriu as brechas foi o projetista Bruno Contarini [engenheiro da obra original]. Ele nos deu a possibilidade de vasculhar”, comenta a diretora executiva da Solé Associados, empresa responsável pelo projeto, Antonela Solé. O novo sistema de ventilação do teatro ocupa uma área embaixo da plateia da Sala Martins Pena | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília É o caso do novo sistema de ventilação do teatro, que ocupa uma área embaixo da plateia da Sala Martins Pena, onde antes só havia terra. Agora, o espaço conta com uma estrutura para receber o ar da sala por meio de dutos de ventilação instalados debaixo das novas poltronas. O objetivo é garantir a troca de ar no ambiente. Outro espaço que foi aproveitado entre os vazios do teatro está no foyer da Sala Martins Pena. Uma área na sequência da bomboniere e da bilheteria deu lugar a novos banheiros, incluindo um acessível para pessoas com deficiência (PcDs) e um fraldário. Obra de restauração O Teatro Nacional Claudio Santoro foi fechado em 2014 após descumprir normas do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CMBDF) e do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT). Na época, foram enumeradas mais de 100 irregularidades. A obra de restauração teve início pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em dezembro de 2022 pela Sala Martins Pena e seu respectivo foyer. A viabilidade da reforma só ocorreu depois que este GDF decidiu fracionar o projeto em quatro etapas. Com investimento de R$ 70 milhões por meio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), a primeira etapa consiste na adequação da infraestrutura para as diretrizes atuais, bem como a recuperação de uma das salas. O GDF já anunciou que serão investidos R$ 320 milhões na próxima fase da obra. Os projetos das demais etapas incluem a Sala Villa-Lobos, o Espaço Dercy Gonçalves, a Sala Alberto Nepomuceno e o anexo.
Ler mais...