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Políticas públicas protegem mães e bebês de interferências na prática da amamentação

Já percebeu que não existem propagandas em nenhum meio de comunicação de produtos destinados a recém-nascidos? Isso não é por acaso. Há várias normas, mundialmente, que buscam proteger mães e bebês de interferências na prática de aleitamento materno. A rede pública de saúde do Distrito Federal, enquanto referência mundial em eficácia das políticas públicas de apoio à amamentação, integra-se a esses esforços. Bancos de leite humano do DF seguem a orientação da política distrital de aleitamento materno | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde O uso inapropriado de fórmulas infantis, assim como quaisquer bicos artificiais, mamadeiras e chupetas, provoca interferência na amamentação. A política distrital estabelece que orientações sobre os efeitos negativos do uso de mamadeiras para a continuidade do aleitamento materno são parte de suas ações programáticas. “O uso de chupetas compromete o desenvolvimento muscular e, futuramente, vai causar prejuízos à introdução da alimentação complementar, à fala, à arcada dentária, entre outros”  Mariane Curado, coordenadora de Políticas de Aleitamento Materno da Secretaria de Saúde  Além disso, é proibido o uso de qualquer utensílio para administração de alimentação a lactentes que induza à perda do reflexo de sucção nos hospitais do DF, bem como a divulgação, a propaganda e o comércio desses produtos nas unidades de saúde da rede pública. A justificativa para a restrição é bastante simples, como explica a coordenadora de Políticas de Aleitamento Materno do DF, Mariane Curado: o uso de bicos artificiais suscita uma série de prejuízos ao crescimento e desenvolvimento infantil. Contato com o seio “Quando o bebê utiliza bicos artificiais, ele pode fazer 'confusão de bicos' e isso pode levar ao desmame precoce”, aponta a gestora. “Sugar o seio requer mais força da musculatura da face da criança. O uso de chupetas compromete o desenvolvimento muscular e, futuramente, vai causar prejuízos à introdução da alimentação complementar, à fala, à arcada dentária, entre outros.” Nas unidades neonatais, nos casos de bebês internados que não podem ser amamentados diretamente ao seio, o leite humano - preferencialmente o da própria mãe ou, quando necessário, proveniente de bancos de leite humano (BLHs) - é oferecido por vias seguras e adequadas. Quando o bebê não consegue sugar o seio da mãe, hospitais administram o leite materno por outras vias  As formas mais comuns de administração são por sonda, com o auxílio de bomba de infusão ou, quando possível, por meio de copinho, estimulando o desenvolvimento da sucção e facilitando a futura transição para a amamentação. Ainda assim, quando há necessidade de outros artifícios para a alimentação, essas condutas são discutidas e definidas por uma equipe interdisciplinar, visando sempre à segurança e bem-estar do bebê. Alimento vivo A Rede de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR) descreve o leite materno como um “alimento vivo”. Sua composição é dinâmica, rica em compostos nutricionais que se adaptam às necessidades do bebê, além de conter anticorpos que, transmitidos pela mãe, não podem ser reproduzidos industrialmente. Trata-se de uma prática natural, renovável e ambientalmente segura; afinal, não gera resíduos e contribui para mitigar o impacto climático causado pela produção de fórmulas infantis.  [LEIA_TAMBEM]O leite materno é o melhor alimento que um bebê pode ter, conforme define o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), organização dedicada a defender e proteger os direitos de crianças e adolescentes. O Ministério da Saúde estima que o aleitamento materno poderia evitar 13% das mortes infantis - nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto que a amamentação tem na redução das mortes de crianças menores de 5 anos. Em aleitamento materno exclusivo não é preciso oferecer água, suco ou chá. O leite materno já contém toda a água e nutrientes que o bebê necessita até os seis meses de vida. Bebês que são amamentados ficam menos doentes e são mais bem-nutridos do que aqueles que ingerem qualquer outro tipo de alimento.  Por isso, políticas públicas que promovam, protegem e incentivam o aleitamento materno são fundamentais. “Se a gente tem crianças, mulheres e famílias mais saudáveis, isso gera um impacto muito grande em toda a sociedade, além de trazer também mais economia aos serviços de saúde”, pontua Mariane Curado. Apoio ao aleitamento No trabalho, em casa e até quando estão privadas de liberdade, mães têm direito a alimentar o bebê no peito. O aleitamento materno é também um direito da criança.Ao todo, o DF conta com 21 unidades entre bancos de leite humano e postos de coleta de leite humano. Além de coletar, processar e distribuir leite materno, o serviço também oferece suporte e orientação para mães e bebês. Caso necessite de orientações sobre amamentação ou esteja com problemas no período do aleitamento, basta entrar em contato com a unidade mais próxima de casa. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Doação de leite materno ganha visibilidade no DF com ações educativas

A Secretaria de Saúde (SES-DF) promove, até sábado (24), programação especial no Venâncio Shopping para orientar e incentivar a doação de leite materno. O objetivo é conscientizar sobre a importância da doação e valorizar as mães que fazem esse gesto de amor e solidariedade, ajudando a salvar vidas de bebês prematuros e de baixo peso. As ações marcam o Dia Mundial de Doação de Leite Humano, em 19 de maio, e o Dia Mundial de Proteção ao Aleitamento Materno, em 21 de maio.   As atividades foram abertas na segunda-feira (19) com uma conversa com especialistas em um estande na praça de alimentação do shopping. Ao longo da semana, das 10h às 16h, profissionais da SES-DF vão oferecer informações e tirar dúvidas da população. O encerramento será marcado pelo tradicional Mamaço, no sábado (24), que vai reunir mães e bebês em um momento simbólico de valorização do aleitamento materno. Profissionais da SES vão oferecer informações e tirar dúvidas da população sobre amamentação | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Leite humano padrão ouro Durante a conversa no shopping, a enfermeira Graça da Cruz, referência distrital de banco de leite humano, a pediatra Nathalie Zambrano, a fonoaudióloga Alessandra Aline Lopes e a nutricionista Mariana de Oliveira reforçaram que o leite materno é o alimento mais completo para o bebê, com propriedades imunológicas que protegem contra doenças como infecções e diabetes. Mariana destacou a importância do colostro – leite produzido nos primeiros dias após o parto –, que é especialmente rico em anticorpos, sendo essencial para bebês prematuros. “O leite materno é um alimento maravilhoso, rico em nutrientes e proteção. Como mãe, sei o quanto é transformador poder ajudar outros bebês que precisam”, afirmou a nutricionista, que atualmente é lactante. As atividades foram abertas nesta segunda-feira (19) com conversa com especialistas no Venâncio Shopping O Distrito Federal conta com uma ampla rede de bancos de leite humano, composta por 14 bancos de leite (BLHs) e sete postos de coleta (PCLHs). O mais tradicional é o banco de leite humano do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde profissionais como a enfermeira Graça Rodrigues atuam há décadas no acolhimento de mães e na captação de doadoras. Além de orientar gestantes e lactantes sobre técnicas de amamentação e extração do leite, o banco de leite do HRT realiza coleta domiciliar e oferece suporte mesmo após a alta hospitalar. Graça relata que, com o apoio profissional, cerca de 50% das mães atendidas se tornam doadoras. Ela reforça que o ideal é que a educação sobre aleitamento comece ainda no pré-natal. “Trabalhar no banco de leite é trabalhar com a vida. Ver a mãe sair sorrindo e o bebê tranquilo é gratificante”, destacou. As especialistas também alertam para os desafios enfrentados frente ao marketing de fórmulas infantis, que muitas vezes desencorajam a amamentação. “Ainda existe muita desinformação sobre os benefícios do leite materno. Precisamos estar onde o povo está, levar informação qualificada e mostrar que doar leite é um ato de amor que salva vidas”, afirmou Graça. Qualquer mulher saudável que esteja amamentando e produza leite em excesso pode se tornar doadora  [LEIA_TAMBEM] Como doar Qualquer mulher saudável que esteja amamentando e produza leite em excesso pode se tornar doadora. Para isso, basta entrar em contato com um banco de leite mais próximo. No Distrito Federal, há unidades com coleta domiciliar, facilitando o processo para as mães. Semana da Doação de Leite Materno no Venâncio Shopping: • Estande educativo: 19 a 24/5, das 10h às 16h • Mamaço: 24/5, às 10h30 *Com informações da Secretaria de Saúde

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Doação de leite humano no DF: como ajudar os estoques neste fim de ano

Os estoques de leite materno no Distrito Federal estão em baixa, situação que, com a proximidade do fim do ano, se agrava, pois o número de doações tende a diminuir nesta época. Entre janeiro e novembro deste ano, os bancos de leite da capital federal beneficiaram cerca de 14 mil bebês internados, com a arrecadação de 18 mil litros de leite. A média mensal de doações é de 1,7 mil litros. Corpo de Bombeiros Militar do DF é parceiro assíduo na campanha de doação de leite materno, atuando nas coletas | Foto: Divulgação/CBMDF De acordo com a enfermeira Graça Cruz, coordenadora do Centro de Referência em Banco de Leite Humano do DF, novembro foi o pior mês do ano em termos de doações. “Infelizmente, houve uma queda na arrecadação, e gostaríamos de atender a demanda externa, mas dependemos da colaboração das mães do DF”, afirma. O objetivo é reduzir a mortalidade infantil e melhorar a qualidade de vida da população. O leite materno é essencial para garantir a nutrição de milhares de bebês que dependem desse alimento primordial para um desenvolvimento saudável.  Como ajudar Bebês prematuros, frequentemente, têm dificuldade para sugar o leite da mãe Toda mulher saudável que esteja em período de amamentação pode se tornar uma doadora de leite materno, independentemente da idade do bebê. No DF, o recolhimento pode ser feito em casa e direcionado a uma das 14 unidades de saúde. As doações podem ser entregues diretamente nos bancos de leite, em potes de vidro com tampas plásticas (como os de cafés solúveis), mas também é possível agendar o serviço pelo telefone 160 (opção 4) ou pelo site Amamenta Brasília. Após o cadastro, uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar do DF entrega o kit de coleta e realiza o transporte até os bancos de leite. O leite coletado no DF é normalmente destinado a bebês internados nas unidades de saúde do Distrito Federal. Graça Cruz explica que bebês prematuros, com menos de 37 semanas de gestação, frequentemente têm dificuldades para sugar o leite da mãe, o que prejudica o aleitamento devido à falta de estímulo para o organismo produzir prolactina, o hormônio responsável pelo aumento da produção de leite. Bebês alimentados De janeiro a novembro de 2024, os bancos de leite do DF beneficiaram mais de 14 mil bebês, com uma média mensal de aproximadamente mil receptores de leite humano. Os bancos de leite do DF são reconhecidos como referência nacional pelo Ministério da Saúde, e Brasília é a única cidade autossuficiente em leite humano do mundo. Além de coletar, processar e distribuir o leite, essas unidades realizam campanhas para captar mais doadoras e prestam assistência à amamentação, o que também ajuda a identificar novas doadoras. “Esses bancos de leite são responsáveis pela seleção, classificação, processamento e controle de qualidade do leite humano pasteurizado, com o objetivo de reduzir a mortalidade infantil e melhorar a qualidade de vida da população”, ressalta Graça Cruz. Doações Bruna Cavalcante passou a doar leite desde que sua filha Maria Cecília nasceu, prematura: “Prometi que, enquanto eu tiver leite para doar, vou fazer isso” Este ano, mais de 6 mil mulheres se tornaram doadoras de leite, com uma média de 500 doadoras mensais. O DF conta com vários bancos e postos de coleta, em hospitais e centros de saúde. A lista completa pode ser acessada no site da Secretaria de Saúde (SES-DF). Entre os locais que recebem doações, estão os hospitais regionais da Asa Norte, Sobradinho, Samambaia, Brazlândia, Ceilândia, Taguatinga, Planaltina, Paranoá e Santa Maria, além do Hospital Materno Infantil de Brasília, a policlínica do Riacho Fundo e o posto de coleta de São Sebastião. A pedagoga Bruna Cavalcante, 27, passou a doar leite para outros bebês do DF este ano, após o nascimento Maria Cecília Santos, atualmente com 3 meses. “Eu vim para o banco de leite porque a Maria Cecília nasceu muito frágil, como se fosse prematura”, conta. “Então, nos primeiros dias, ela não mamava muito bem no meu peito e passou a receber a doação do banco para complementar a alimentação”. Os 10 ml adicionais na nutrição salvaram a vida da filha de Bruna. “Prometi que, enquanto eu tiver leite para doar, vou fazer isso”, revela a mãe. Bruna doa toda a semana, pelo menos, 350 ml para o banco de leite do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), quantidade que pode alimentar até dez prematuros por dia.  “Eu não sei o que seria da minha amamentação e da minha maternidade sem o banco de leite”, afirma ela. “A minha relação com a amamentação é de amor. É muito bom saber que você consegue nutrir o seu neném. Ele cresce e se fortalece porque você está ali se dedicando.”

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Semana Mundial de Aleitamento Materno incentiva amamentação e doação

Agosto começou com a campanha da Semana Mundial da Amamentação, lançada nesta quinta-feira (1º), pelo Ministério da Saúde (MS), com foco no incentivo ao ato que, isoladamente, pode reduzir em até 13% a mortalidade infantil por causas evitáveis. Com o tema “Amamentação, apoie em todas as situações”, a iniciativa está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU voltados à garantia da sobrevivência e ao bem-estar de crianças. Bancos de leite espalhados pelo DF são fundamentais para a coleta, processamento e doação | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde “Este ano, o tema busca realçar a necessidade de melhorar o apoio à amamentação, reduzindo as desigualdades que existem em nossa sociedade”, afirma a coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), Mariane Curado Borges. As mães contam com o apoio e orientação de unidades da SES tanto para superarem os desafios de amamentar quanto para serem doadoras de leite. O tema é abordado ainda durante o pré-natal, exame realizado nas 176 unidades básicas de saúde (UBSs), e reforçado enquanto as mães estão nas maternidades após o parto, como em hospitais regionais e na Casa de Parto de São Sebastião. Bancos de leite Essas mulheres também recebem acolhimento e orientações gerais na rede de 14 bancos de leite em funcionamento no DF, além de tratamento para casos de dores, fissuras ou outras complicações. O atendimento é feito por equipes multiprofissionais e servidores capacitados na área de aleitamento materno. Os bancos de leite, localizados nos hospitais regionais de Sobradinho (HRS), Planaltina (HRPl), Asa Norte (Hran), Brazlândia (HRBz), Ceilândia (HRC), Taguatinga (HRT), Gama (HRG), Região Leste (HRL), localizado no Paranoá e no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), também são polos para doação e armazenagem do leite doado. Para doar, basta entrar em contato com número 160, opção 4, ou fazer o cadastro no site Amamenta Brasília. O Distrito Federal se destaca por ser a única unidade federativa onde 100% dos bebês internados em unidades de terapia intensiva (UTIs) neonatais da rede pública recebem leite humano. Este ano, o DF foi pioneiro em doação para o Rio Grande do Sul, quando enviou 66 litros para repor estoques dos bancos de leite no estado, após as enchentes. Graças às doadoras, não há risco de desabastecimento no DF, pois, somente em junho, foram coletados mais de 1,7 mil litros. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF  

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