Novembro Azul reforça importância da prevenção ao câncer de próstata
Pedro Valentim, 62 anos, descobriu um câncer de próstata durante um exame de rotina. O diagnóstico precoce salvou sua vida e reforça a mensagem do Novembro Azul: cuidar da saúde também é um ato de coragem. Pedro acordou naquela manhã de março achando que seria apenas mais um dia comum. Ele não sentia nenhum desconforto nem suspeitava que algo estivesse errado. Desde os 50 anos, seguindo recomendações médicas, realizava exames anuais de acompanhamento da saúde. Neste ano, aos 62, acreditava que não seria diferente. Contudo, a surpresa indesejada veio: o médico detectou uma alteração na próstata que precisava ser investigada. Pedro foi encaminhado ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) e, após exames complementares, recebeu o diagnóstico de câncer de próstata. “Procurei entender melhor o que estava acontecendo e, depois de receber o diagnóstico, iniciei o tratamento rapidamente. Eu tinha duas opções, quimioterapia ou cirurgia, e decidi pela cirurgia”, conta. Ele realizou uma prostatectomia no fim de setembro e hoje diz que se sente muito bem. Bruno Pinheiro: "Os sintomas só aparecem em estágios avançados, quando a cura é mais difícil. Por isso, campanhas como o Novembro Azul são fundamentais para que o diagnóstico seja feito o quanto antes” | Foto: Alberto Ruy/IgesDF O resultado positivo do caso de Pedro está diretamente ligado ao diagnóstico precoce, fruto da realização regular de exames. Quando detectado nas fases iniciais, o câncer de próstata tem índice de cura de até 90%. O médico-chefe da Urologia do Hospital de Base, Bruno Pinheiro, destaca que a doença é assintomática nas fases iniciais, tornando os exames essenciais. “Os sintomas só aparecem em estágios avançados, quando a cura é mais difícil. Por isso, campanhas como o Novembro Azul são fundamentais para que o diagnóstico seja feito o quanto antes”, explica. Pedro reforça a mensagem de prevenção. “Incentivo todos a buscarem sempre fazer esses tipos de exame para preservar a vida e a saúde”, conclui. Arte: IgesDF Cenário nacional No Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa para o triênio 2023–2025 é de 71.730 novos casos. Em 2021, 16.301 pessoas faleceram devido à doença. O Ministério da Saúde recomenda exames anuais a partir dos 50 anos, e a partir dos 45 para homens com histórico familiar ou pessoas negras.[LEIA_TAMBEM] Exames iniciais mais comuns: PSA (Antígeno Prostático Específico), feito a partir de sangue; Toque retal, capaz de detectar alterações que podem indicar um caso mais grave. O diagnóstico definitivo é confirmado por biópsia. Sintomas mais frequentes: Demora para começar e terminar de urinar; Sangue na urina; Diminuição do jato urinário; Necessidade de urinar com mais frequência, especialmente à noite. Novembro Azul no IgesDF Durante novembro, o IgesDF realiza ações voltadas à saúde masculina, reforçando a importância da prevenção. Para auxiliar colaboradores e pacientes, o Instituto elaborou um checklist com práticas simples para manter o bem-estar. *Com informações do IgesDF
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Fim de semana no DF teve mobilização contra o sarampo e caravana de proteção animal
O fim de semana foi marcado por importantes campanhas da saúde no Distrito Federal. No sábado (30), os profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) estiveram na Feira do Guará, ao longo de todo o dia, para oferecer vacinas a feirantes e consumidores. A atividade integra um plano para a Região de Saúde Centro-Sul. No final de semana anterior, a presença dos profissionais de saúde na Feira dos Importados serviu à aplicação de mais de 1,3 mil doses de vacina. Campanhas de saúde movimentaram o fim de semana no Distrito Federal | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF Além da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), a oferta de imunizantes contra o HPV (Papilomavírus Humano) e a gripe foi a primeira boa surpresa que teve o professor de Educação Física, Marcelo Ottoline, 55, quando chegou ao local para almoçar com a família. Ao aproveitar a oportunidade para vacinar contra a gripe, o professor da rede pública de educação teve o segundo presente: quem lhe aplicou o imunizante foi sua ex-aluna, a enfermeira Flávia Amorim. "Professor atua para formar cidadãos. Encontrar ela aqui, formada, atuando, vacinando as pessoas. Tem alegria maior?", disse. A iniciativa contou com o apoio dos comerciantes locais. O presidente da Feira do Guará, Valdinei de Lima, deu o exemplo e aderiu à tríplice viral. "É uma ação muito importante para a população do DF. A SES-DF será sempre bem-vinda aqui. As portas estão abertas!", declarou. Mobilização Grandes mobilizações têm sido dedicadas ao bloqueio da transmissão de sarampo desde a confirmação dos primeiros casos importados no Brasil. A medida mais eficaz para a prevenção da doença e o controle de surtos e epidemias é a vacinação. Por elas serem doenças altamente contagiosas e potencialmente graves, a SES-DF reforça a importância de manter o cartão de vacinação atualizado com a tríplice viral. As recomendações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) são: duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos; uma dose para adultos entre 30 e 59 anos; duas doses para profissionais de saúde, independentemente da idade. A população deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência ao apresentar febre acompanhada de manchas vermelhas ou rosadas na pele, além de sintomas como tosse, coriza ou conjuntivite. Os imunizantes estão disponíveis para pessoas de 6 meses a 59 anos em todas as UBSs, assim como em ações extramuros. Caravana de proteção animal A Praça do Trabalhador em Ceilândia foi palco da 4ª edição da Caravana de Proteção Animal, realizada também no sábado. A iniciativa, promovida pela Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), ofereceu serviços gratuitos, como atendimentos veterinários e emissão de documentos. As equipes da Atenção Primária à Saúde (APS) e da Vigilância Ambiental em Saúde da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) estiveram presentes e ofertaram vacinas para toda a família. Magda Brandão, agente do Detran-DF, atualizou seu cartão vacinal A advogada Rayane Pereira, 33, é participante assídua da atividade. "Quando tem a Caravana eu sempre venho. Está crescendo cada vez mais!", destacou a moradora de Recanto das Emas. Na última ocasião, levou consigo quatro animais. Esta foi a vez de Pirulito, o shih tzu de um ano de vida, receber a vacina contra a raiva animal. "Nem sempre a gente consegue estar presente nas campanhas de vacinação. Aproveitei para trazê-lo e já realizar tudo o que precisava ser feito", explicou, na companhia da mãe e da irmã. [LEIA_TAMBEM]A ocasião serviu também para que agentes públicos pudessem prevenir-se de doenças e contribuir para a redução da disseminação de agentes infecciosos na comunidade. A gerente de ação educativa de trânsito do Detran-DF, Magda Brandão, que oferecia instruções sobre os cuidados com os animais para prevenir acidentes e infrações, precisou dar apenas alguns passos para encontrar o estande da SES-DF e atualizar o seu cartão vacinal. A profissional de segurança pública recebeu quatro vacinas: difteria e tétano, hepatite B, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e gripe. "Para a gente que está sempre na rua, esta é uma oportunidade muito boa para colocar as vacinas em dia", celebra. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Câncer colorretal é o terceiro tipo de tumor mais comum no mundo
Durante todo o ano, entidades governamentais e sociedade civil organizam ações voltadas à conscientização sobre diversas doenças. No calendário da saúde, o mês de março recebeu a cor azul-marinho para alertar a população sobre o câncer colorretal, o terceiro tipo de neoplasia mais frequente e a segunda maior causa de mortes por câncer no mundo. Como o nome sugere, a região afetada compreende o cólon e o reto, situados na parte final do intestino grosso. A campanha Março Azul-Marinho alerta a população sobre o câncer colorretal | Foto: Divulgação/ Iges-DF “O câncer colorretal é prevenível. Sabemos, a partir de dados globais, que a prevenção reduz em até 40% o risco de óbito nos pacientes diagnosticados precocemente”, afirma o chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan) da Secretaria de Saúde (SES-DF), Gustavo Ribas. Praticar atividades físicas e manter uma dieta balanceada são, segundo o especialista, fundamentais para evitar a ocorrência de tumores em geral. “Exercícios físicos estimulam células imunomediadas [autoimunes], como os linfócitos T, que auxiliam o organismo no combate às células cancerígenas”, explica Ribas. “A prevenção reduz em até 40% o risco de óbito nos pacientes diagnosticados precocemente” Gustavo Ribas, chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer da SES-DF Neoplasia é uma proliferação desordenada de células no organismo que formam uma massa anormal de tecido. Os tumores podem ser classificados como benigno ou maligno. O primeiro tipo tem, geralmente, um crescimento lento e ordenado, apresentando limites definidos. Já o segundo, também conhecido como câncer, tem um crescimento mais rápido, com células que não apresentam diferenciação e invadem tecidos vizinhos. Cura possível A aposentada Marilda Santana de Assis, 69 anos, vinha notando uma fraqueza incomum. Por vezes, sentia a perna ficar gelada e vinha emagrecendo sem causa aparente. “Pensei que pudesse ter alguma coisa a ver com anemia, essas coisas”, recorda. Curada de um câncer colorretal, a aposentada Marilda Santana investiu em hábitos saudáveis | Foto: Ualisson Noronha/ Agência Saúde Ela continuou a ignorar os sintomas até que, numa certa manhã, sentiu uma glândula próxima ao ouvido inchar. “Eu não sentia nada, mas notei que precisava de ajuda”, conta. Primeiro, buscou a Unidade Básica de Saúde (UBS) 5 do Gama. De lá, foi encaminhada ao Hospital Regional do Gama (HRG) para consultar uma proctologista. Em 2013, realizou o exame de colonoscopia e recebeu o diagnóstico. “Quando o médico fala que é câncer, parece que escutamos que estamos morrendo”, diz a aposentada. O pavor inicial, porém, logo foi dissipado. Em poucos dias, Marilda passou por uma cirurgia sem intercorrências no HRG. Em seguida, a quimioterapia foi iniciada com acompanhamento de profissionais do Hospital de Base (HBDF), centro de referência no tratamento de câncer. Sem precisar sair de casa, a cada 15 dias ela tomava dois comprimidos, totalizando oito ciclos que duraram seis meses. Hoje, prestes a completar 70 anos, Marilda atribui à experiência sua mudança de hábitos – ela pratica exercícios todas as manhãs; e, desde 2013, não há qualquer recidiva da doença. Praticar atividades físicas e manter uma dieta balanceada podem evitar a ocorrência de tumores | Foto: Breno Esaki/ Agência Saúde Sintomas Ribas explica que as manifestações relacionadas à doença dependem de magnitude, intensidade e frequência. “De modo geral, a presença de alguns sinais específicos nos orienta a fazer uma investigação sobre a suspeita do câncer colorretal”, explica. Os sintomas são a presença de sangue nas fezes, cólica em diferentes locais do abdômen ou em todo o abdômen, dores ao evacuar, diarreia ou prisão de ventre, mudanças de apetite e perda de peso sem uma causa aparente. Grupos suscetíveis Entre os principais fatores de risco para o câncer colorretal estão a idade acima de 50 anos, sedentarismo, excesso de gordura corporal (sobrepeso e obesidade), abuso de álcool, tabagismo e maus hábitos alimentares. O baixo consumo de fibras, presentes em verduras, leguminosas e frutas, e uma alta ingestão de carnes processadas, mais conhecidas como embutidos (salsicha, bacon, presunto e peito de peru, entre outros), também aumentam a chance de desenvolver a doença. Comer carne vermelha em excesso – mais de 500 gramas por semana – é outro fator de risco. A probabilidade também é maior em pacientes com histórico familiar de câncer colorretal ou que já tiveram câncer de intestino, ovário, útero ou mama. São mais suscetíveis, ainda, pessoas com síndromes inflamatórias do intestino (como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn) há mais de dez anos, ou que tenham certas doenças hereditárias, como a polipose adenomatosa familiar (FAP) e o câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC). Outro fator de risco consiste na exposição ocupacional à radiação ionizante (como raios X e gama). Profissionais da radiologia médica, forense e industrial, por exemplo, devem ter cuidados redobrados ao exercer suas atividades. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Campanha alerta contra dengue, zika e chikungunya
O Ministério da Saúde lançou, nesta terça-feira (30), a campanha “Combata o mosquito todo dia” para incentivar os brasileiros a colocarem na rotina as ações preventivas contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya. O objetivo é intensificar as ações no período que antecede o verão e evitar surtos e epidemias causados pelos vírus transmitidos pelo mosquito. [Olho texto=”Ações simples podem ajudar no combate ao mosquito. O segredo está nos cuidados com os diferentes ambientes, principalmente no quintal de casa” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O mosquito é muito mais rápido para se reproduzir do que a gente imagina”, alertou o coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka. Já Maria Almiron, representante da Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil (Opas), destacou as estratégias desenvolvidas no Brasil para combater as doenças, como a atuação dos agentes de vigilância sanitária. “É através deles que a estratégia é levada em nível de comunidade”, explicou. Presente no lançamento da campanha, o secretário de Saúde do Distrito Federal, general Manoel Pafiadache, ressaltou que em novembro começaram a trabalhar mais 500 agentes de vigilância ambiental. O objetivo é manter a queda no número de registros da dengue: até 13 de novembro de 2021 foram 15.772 casos prováveis da doença, um número 70,9% menor que o registrado no mesmo período do ano passado. “Isto é fruto de um intenso trabalho de rotina das equipes da secretaria”, afirmou o gestor. Redução dos casos de dengue no DF é resultado de um intenso trabalho de rotina das equipes da secretaria, segundo o secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF As ações de rotina de casa em casa ocorrem diariamente. Já as ações maiores onde as equipes vistoriam locais do DF como ferros-velhos, ou onde há acúmulo de lixo, são realizadas a cada 15 dias. Se necessário, é feita a aplicação de produtos químicos de maneira estratégica: ao invés do UBV pesado (fumacê), que é dispersado pelo vento, os agentes de vigilância ambiental aplicam um produto líquido capaz de impregnar-se nas superfícies e proteger a população por até 30 dias. Em todo o país, porém, a principal estratégia precisa ser a sensibilização das comunidades. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Precisamos estar atentos. Se combatermos o mosquito, combateremos a doença”, ressaltou o secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Arnaldo de Medeiros. Como combater o mosquito transmissor da dengue? Ações simples podem ajudar no combate ao mosquito Aedes aegypti. O segredo está nos cuidados com os diferentes ambientes, principalmente no quintal de casa. Entre as medidas que podem ser adotadas estão: evitar água parada em pequenos objetos, pneus, garrafas e vasos de plantas; realizar limpezas periódicas em caixas d’água e mantê-las sempre fechadas; vedar poços e cisternas; e descartar o lixo de forma adequada. Os gestores também devem se engajar com o reforço da limpeza urbana, promoção de ações educativas e estímulo ao engajamento de diversos setores da sociedade, como saúde, educação, saneamento, meio ambiente e segurança pública, entre outros. Arte: Divulgação/Secretaria de Saúde *Com informações da Secretaria de Saúde
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