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Feira da Goiaba atrai produtores e movimenta a economia de Brazlândia

A 9ª edição da Feira da Goiaba, evento que celebra a colheita da fruta mais produzida no DF, recebeu neste sábado (6) a visita do governador Ibaneis Rocha. A feira, que começou na sexta-feira (5), vai até o próximo domingo (14), na Associação Rural e Cultural de Alexandre de Gusmão (Arcag), no Incra 6, em Brazlândia. O governador Ibaneis Rocha, que visitou a Feira da Goiaba e cumprimentou os produtores, reforçou: “Nós temos aqui um trabalho que foi muito bem-feito pela Emater, em parceria com a Secretaria da Agricultura, na questão da irrigação. Existia todo um acúmulo de água e, com os canais de irrigação, os produtores rurais da região foram favorecidos” | Foto: Renato Alves/Agência Brasília O chefe do Executivo cumprimentou os produtores, experimentou receitas, circulou entre os estandes e falou sobre o fomento do governo na área rural. “Nós temos aqui um trabalho que foi muito bem-feito pela Emater, em parceria com a Secretaria da Agricultura, na questão da irrigação. Existia todo um acúmulo de água e, com os canais de irrigação, os produtores rurais da região foram favorecidos. E Brazlândia tem se tornado uma referência na produção rural, tanto da goiaba, quanto do morango e outros frutos que têm abastecido todo o DF”, afirmou. “Estamos arrumando a cidade como um todo, esperamos continuar com os investimentos. Temos a expectativa agora, em parceria com o governo federal, da duplicação da BR-080, que é o maior pedido da região. Fizemos a duplicação de um trecho e agora esperamos ampliar essas faixas. Segundo informação do ministro, a gente deve começar a obra ainda nesse semestre, já temos contrato assinado e todas as licenças retiradas” Governador Ibaneis Rocha Em março, o GDF inaugurou o trecho final do Canal do Rodeador, em Brazlândia, projeto que garante abastecimento hídrico a 96 propriedades agrícolas e a cerca de 300 famílias. Mais de R$ 7 milhões foram investidos na construção de tubulações que vão evitar uma perda de 150 litros de água por segundo. Com a economia serão beneficiados aproximadamente 60 mil habitantes da região administrativa. Outro ponto destacado pelo governador são os investimentos que têm sido feitos na região, como a construção da Escola Técnica, a reforma da feira, ampliação do Hospital Regional de Brazlândia e duplicação da BR-080. Desde 2019, o GDF investiu mais de R$ 108 milhões em construções de novos equipamentos públicos, reformas estruturais e obras viárias. “Estamos arrumando a cidade como um todo, esperamos continuar com os investimentos. Temos a expectativa agora, em parceria com o governo federal, da duplicação da BR-080, que é o maior pedido da região. Fizemos a duplicação de um trecho e agora esperamos ampliar essas faixas. Segundo informação do ministro, a gente deve começar a obra ainda nesse semestre, já temos contrato assinado e todas as licenças retiradas”, informa o chefe do executivo. Os visitantes poderão conhecer e adquirir não só a fruta em si, mas também uma variedade de produtos derivados da goiaba, como doces, geleias, licores, bolos e outras iguarias produzidas pelos agricultores da região Produção da Goiaba A goiaba é a fruta tradicionalmente mais produzida no DF. De acordo com o Relatório de Informações Agropecuárias da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF), em 2023, a unidade da federação fechou o ano com 222 produtores de goiaba e uma produção que alcançou a marca de 6.528 toneladas da fruta. Brazlândia concentra a maior parte do cultivo, representando 88,08% do total, com uma área plantada de 412,15 hectares. “Temos aqui hoje, na Feira da Goiaba, com 37 produtores da fruta e representantes da indústria para incentivar o crescimento da cadeia produtiva, a geração de emprego e renda em Brazlândia e no DF como um todo. A Emater está sempre apoiando e oferecendo aprendizado, novidades tecnológicas, tudo para incentivar essa cadeia tão importante para o DF”, ressalta o presidente da empresa, Cleison Duval. Para a administradora regional, Luciana Lima, a produção impulsiona a economia local. “O grande objetivo da Feira da Goiaba é reconhecer, valorizar e divulgar a produção rural de nossa cidade. Brazlândia é responsável pela produção das frutas mais gostosas do DF e, com o evento, estamos mexendo com toda a agricultura familiar da região. Temos artesanato, flores… Então, toda a parte rural da cidade está envolvida, o que movimenta muito todo o comércio e a economia da cidade”, afirma. O produtor rural da região, Marcos Kazuto, que cultiva o fruto há 20 anos, acredita que a feira é o momento para escoar a produção e divulgar a comercialização da fruta. “A goiaba sempre foi produzida aqui na região, mas não era tão famosa. A feira ajuda no aumento das vendas e, consequentemente, da renda. É onde comercializamos o excesso dos nossos produtos”, conta. O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, resume: “Temos aqui hoje, na Feira da Goiaba, com 37 produtores da fruta e representantes da indústria para incentivar o crescimento da cadeia produtiva, a geração de emprego e renda em Brazlândia e no DF como um todo” Quem também se anima com as vendas no evento é a também produtora rural Patrícia Ghisolfi, há 12 anos plantando goiaba, hoje ela já diversificou o negócio ao fabricar sorvetes, tendo como base a goiaba. “Trouxemos dois sabores especiais que as pessoas procuram muito, goiaba com limão e gorgonzola com goiabada, além de outras produções. A feira nos ajuda na divulgação dos nossos produtos”, completa. Comércio e shows Com entrada gratuita durante os seis dias de eventos, os visitantes poderão conhecer e adquirir não só a fruta em si, mas também uma variedade de produtos derivados da goiaba, como doces, geleias, licores, bolos e outras iguarias produzidas pelos agricultores da região. Além disso, outros produtores rurais comercializam flores e plantas ornamentais. Artesãos locais apresentam pinturas, tricô, bordado, costura criativa, artigos de couro, tecelagem, decoupage, miniaturas de móveis de madeira, essências caseiras e outros trabalhos artesanais. Uma apreciadora da goiaba, a advogada Deirder Neiva, foi uma das visitantes do evento e destacou a importância do trabalho dos produtores. “É a primeira vez que venho e acho interessante aqui no DF se produzir tantas coisas. Amo goiaba e estou vendo coisas extraordinárias, como uma torta maravilhosa. Os produtores carregam o nosso país e estão de parabéns por essa dedicação à alimentação.” O evento conta ainda com uma programação de shows com artistas nacionais e do DF todos os dias, das 22h às 2h. Confira abaixo a programação: – 6/4: Sábado – Ivoney Fernandes – 7/4: Domingo – João Bosco e Vinicius – 12/4: Sexta – Di Paulo e Paulino – 13/4: Sábado – Léo Magalhães

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Cerca de 30 km de canais de irrigação recuperados ou construídos em 2023

Resultado de parceria entre a Secretaria de Agricultura do DF (Seagri), Emater-DF e a comunidade, além de órgãos parceiros, como a Caesb, Adasa e a Superintendência do Centro-Oeste (Sudeco), a revitalização e construção de novos canais de irrigação chegou a quase 30 km de extensão em todo o DF em 2023. Os canais localizados no Assentamento Márcia Cordeiro, em Planaltina; Capão Seco, no PAD-DF; Sobradinho II e Tabatinga foram concluídos utilizando recursos de emendas dos parlamentares Chico Vigilante, Reginaldo Sardinha, Leandro Grass e Claudio Abrantes, respectivamente, e totalizam 14,5 km de extensão. Aqueles situados no Núcleo Rural Lagoinha, em Planaltina, e no Rodeador, em Alexandre de Gusmão, estão em andamento, usando recursos de emenda do deputado Roosevelt Vilela, da ABHA Gestão de Águas, e da Sudeco, respectivamente. Apenas no trecho principal do Canal do Rodeador estão sendo construídos 11,5 km de canal. “Hoje até sobra água e por isso aumentei muito o meu plantio. Tenho até irrigação por gotejamento, que a Emater-DF fez o projeto”, diz o produtor rural José Oliveira dos Santos | Fotos: Divulgação/Emater Os canais recuperados beneficiam 100 propriedades rurais e os que estão em obra vão beneficiar 205 propriedades. Em quantidade de pessoas diretamente impactadas até o fim de dezembro, somando todos os trechos, o montante cresce para 915. No entanto, de acordo com o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, os benefícios à comunidade podem alcançar um número ainda maior tendo em vista que, indiretamente, envolvem toda a cadeia produtiva, principalmente da olericultura. Outro ponto importante é o ganho indireto para os consumidores, que se beneficiam com maior oferta de produtos agrícolas. [Olho texto=”“Garantir racionalização e segurança dos recursos hídricos é solucionar dificuldades de cultivo aos produtores rurais durante o ano todo, principalmente, no período da seca”” assinatura=”Cleison Duval, presidente da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] “Recuperar ou construir novos canais é prioritário para o nosso governo é fruto de um esforço conjunto, que envolve diversos órgãos e o legislativo local. Todos reconhecemos a importância desse programa para a agricultura local, pois vai eliminar os problemas, como distribuição, infiltração, erosão e tantos outros que causam desperdício da água. Garantir racionalização e segurança dos recursos hídricos é solucionar dificuldades de cultivo aos produtores rurais durante o ano todo, principalmente, no período da seca”, afirmou Cleison. “A Secretaria de Agricultura, junto com a Emater, tem um importante papel quando falamos de preservação, disponibilização e manutenção dos recursos hídricos e também do meio ambiente. Um trabalho de tubulação desses canais tem sido feito em parceria também com a comunidade rural. Você consegue reduzir as perdas e em muitos casos, como no canal do Capão Comprido, fazer com que a água seja novamente ofertada a todas as propriedades”, declarou o secretário-executivo da Seagri, Rafael Bueno. [Olho texto=”“Temos feito diversas parcerias com os parlamentares para recursos, novas obras se iniciarão e outras tantas neste momento estão em andamento. Uma parceria de sucesso, e quem lucra são o meio ambiente e a sociedade rural”” assinatura=”Rafael Bueno, secretário-executivo da Seagri” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Esse ano foram diversas comunidades atendidas, não só com a tubulação de canais já existentes, mas também com a abertura de novos canais, como no Assentamento Márcia Cordeiro Leite. Temos feito diversas parcerias com os parlamentares para recursos, novas obras se iniciarão e outras tantas neste momento estão em andamento. Uma parceria de sucesso, e quem lucra são o meio ambiente e a sociedade rural”, acrescentou. José Oliveira dos Santos é produtor rural no Assentamento Márcia Cordeiro, em Planaltina, há um ano. No início, a sua produção era limitada a vagem e pepino, pois a pouca água disponível de um poço artesiano não dava para aumentar a produção. No entanto, com o acesso à água do canal de irrigação inaugurado há seis meses, sua produção triplicou. “Hoje até sobra água e por isso aumentei muito o meu plantio. Tenho vagem, pepino, inhame, abóbora-itália e vou plantar tomate, pimenta-de-cheiro e jiló. Tenho até irrigação por gotejamento, que a Emater-DF fez o projeto”, declarou José dos Santos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Distrito Federal tem 66 canais de irrigação com extensão de 240 km e, desse total, cerca de 125 km foram recuperados ou tiveram obras de manutenção entre 2019 e 2023, garantindo racionalização e segurança dos recursos hídricos para 600 propriedades, aproximadamente. O projeto de recuperação dos canais de todo o Distrito Federal foi implantado pela Secretaria de Agricultura, em parceria com a Emater-DF e os produtores locais. A parte do projeto, o acompanhamento no local e a assistência técnicos são realizados pela Emater-DF. A mão de obra para instalação foi toda da comunidade, incluindo a construção das caixas de passagem e de captação. Segundo o assessor da Emater-DF, Edvan Sousa Ribeiro, os projetos feitos pela empresa visam atender as demandas de cada comunidade rural. “Em alguns canais escavados em terra, o produtor não via água há 10 anos no final do percurso. Quando recuperamos, reduzimos a perda de água por evaporação ou infiltração a praticamente zero, além de facilitar a distribuição porque a padronizamos entre os produtores. Nos canais recuperados, são feitas caixas de concreto que padronizam a saída de água. Além de atender todo mundo, há uma padronização. Cada canal tem uma realidade de quantidade de água, assim o uso da água depende do tamanho da propriedade, da disponibilidade de água do manancial, então os projetos formatados pela Emater-DF são todos individualizados”, explicou. *Com informações da Emater-DF  

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Ampliação da rede de canais de irrigação do DF já recebeu R$ 16 milhões

Antes da construção do canal de irrigação do Núcleo Rural Córrego das Corujas, no Sol Nascente, não havia cultivo que sobrevivesse à seca. “Só plantávamos em época de chuva, senão a produção morria”, lembra a produtora rural Adriana Souza Nolasco, 48. Dois anos após a entrega da tubulação, a realidade mudou consideravelmente: “Não dava para plantar muita variedade, só o que não precisava de irrigação constante e diária; com o canal, isso mudou. Hoje em dia, planto banana, graviola, tamarindo, mexerica, limão, abacate, acerola”. Adriana Nolasco comemora a chegada do sistema de irrigação ao Núcleo Rural Córrego das Corujas: “O canal mudou muito não só a minha vida, mas também a dos meus vizinhos” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Adriana é agricultora familiar e mantém contrato com o governo federal por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). “Antes do canal, eu só tinha plantações de banana para consumo próprio”, conta. “Hoje tenho 600 covas, cada uma com três pés, com perspectiva de aumentar a plantação, e entrego de 200 kg a 400 kg para o programa mensalmente. Tenho a certeza de que, se eu precisar pegar um empréstimo em um banco para investir na minha propriedade, vou poder pagar, porque tenho produção para esse fim. É a realização de um sonho: posso plantar e colher da minha terra”. Com extensão de 5,25 km, o canal de irrigação do Núcleo Rural Córrego das Corujas atende cerca de 50 produtores rurais, incluindo Adriana, e foi construído a partir de emenda parlamentar do deputado Chico Vigilante no valor de R$ 260 mil. Adriana comemora: “O canal mudou muito não só a minha vida, mas também a dos meus vizinhos. Foi a conquista de um sonho antigo. Agora temos a garantia de plantar e saber que a plantação não vai morrer, porque podemos irrigar”. Ritmo acelerado Desde 2019, o Governo do Distrito Federal (GDF) já investiu R$ 15.892.611,32 na construção de 29 canais de irrigação. O valor é referente à compra dos tubos feitos com polietileno de alta densidade (PAD) e policloreto de vinila (PVC). O benefício chegou a 758 produtores rurais que, com a tubulação, têm mais segurança para trabalhar e empreender. Ao todo, os canais construídos somam 84,34 km de extensão. Houve também a manutenção e reforma de 45 km de canais. [Olho texto=”Assentamento Márcia Cordeiro Leite recebeu, em outubro, um canal de cerca de 11,5 km que atende mais de 30 famílias” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Atualmente, estão em construção os canais da Lagoinha, no Capão Seco, que tem 800 metros de extensão e beneficia 15 produtores; um trecho de Tabatinga, em Planaltina, que soma 100 metros e atende a 36 produtores, e o canal principal do Rodeador, em Brazlândia, com extensão de 8,6 km e potencial para beneficiar mais 93 produtores. Em 16 de outubro, foi entregue o canal de cerca de 11,5 km que atende 31 famílias do Assentamento Márcia Cordeiro Leite, em Planaltina. A obra custou R$ 350 mil, recursos originários de emendas parlamentares. Seagri fornece o maquinário, Emater faz acompanhamento técnico e moradores constroem as caixas de distribuição da água: produção garantida para todos Construídos anteriormente com manilhas de concreto ou no próprio leito da terra a céu aberto, os canais sofriam com perda de cerca de 50% do volume de água. Havia infiltração do recurso hídrico no solo e interferência da natureza, como a queda de galhos e folhas. O cenário para os produtores era de insegurança: não sabiam se a água chegaria à propriedade nem se o que chegasse seria suficiente para manter a irrigação das plantações. ?A construção dos canais conta com a união de esforços entre o governo e a população. A Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri) fornece o maquinário usado na obra. Já a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) é responsável pelo projeto e acompanhamento técnico. Aos moradores da comunidade, cabe construir as caixas de distribuição de água em suas propriedades. Prioridade O secretário-executivo da Seagri, Rafael Bueno, ressalta que a demanda dos canais é considerada prioridade desde 2019. Ele adianta que há tratativas com órgãos e entidades federais para ampliar ainda mais o número de canais revitalizados ou reconstruídos. “Esse empenho é muito importante, uma vez que a água, que estava se perdendo por infiltração e evaporação, hoje está sobrando nos riachos e para o produtor”, aponta. “Muitas propriedades que estavam secas, assim como no Assentamento Márcia Cordeiro e no Núcleo Rural Capão Seco, passaram a contar com essa água.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] ?O assessor técnico da Emater Edvan Ribeiro afirma que, além do efeito econômico, o esforço apresentou impactos sociais e ambientais. “Com o canal, a água que antes era desperdiçada passa a ser utilizada nas plantações e o que sobra volta para os mananciais”, detalha. “Do ponto de vista ambiental, garantimos as condições de trabalho adequadas para a população rural. Tem produtor que passou dez anos sem receber água, principalmente aqueles que estão no final do canal. Alguns tinham perdido a esperança, e hoje contam com água diretamente na propriedade.” ?Segundo Ribeiro, que é responsável pelo mapeamento dos canais, oito estruturas têm a previsão de ser tubuladas no próximo ano. No total, o DF conta com 65 canais de irrigação, somando mais de 235 km. “Começamos pelos principais canais, que atendem a um número maior de produtores, mas a meta é chegar a todos”, assegura. ?Impacto geracional Geraldo Lopes, do Núcleo Rural  Ponta Alta Norte, é um dos produtores beneficiados com a reforma do sistema de irrigação: “O canal era a céu aberto; então, na época da seca, a água evaporava muito” Construído em 2022, o canal de irrigação do Núcleo Rural Ponte Alta Norte, no Gama, significa recomeço para os 24 produtores atendidos. A tubulação foi instalada com aporte de R$ 150 mil. O aposentado Geraldo Conceição Lopes, 61, conta que, sem a garantia da água, grande parte dos moradores abandonaram as plantações. “O canal era a céu aberto; então, na época da seca, a água evaporava muito”, recorda. “A gente ficava receoso de começar uma produção, a água acabar e a gente perder tudo”. [Olho texto=”“Agora, a gente tem confiança de poder investir em mudas ou em um projeto mais pesado que exija fazer a irrigação de forma mais criteriosa” ” assinatura=”Marileuza Andrade, produtora rural” esquerda_direita_centro=”esquerda”] ?Tão logo foi sanado o desperdício do recurso hídrico, a água passou a chegar diariamente à propriedade dele e à da vizinha, a aposentada Marileuza Andrade, 62. O canal permitiu que a produtora rural plantasse café, das espécies catuaí-amarelo e vermelho. O cultivo começou no ano passado, quando foram colhidas oito sacas. Para o próximo ano, a meta é dobrar o resultado. “Agora, a gente tem confiança de poder investir em mudas ou em um projeto mais pesado que exija fazer a irrigação de forma mais criteriosa”, comenta a produtora. “Antes era uma instabilidade muito grande, e depender do poço artesiano era muito dispendioso, pois precisávamos de mais energia elétrica. Estamos pensando em novos projetos com a Emater, que sempre está presente com assistência técnica. O projeto do café tem sido bem interessante e traz novos desafios, desde como colocar o produto no mercado até a melhor forma de descascar as sementes.” Já Geraldo aposta no cultivo de limão e almeja que a produção seja autossustentável, para não precisar trabalhar de outras formas e poder bancar um intercâmbio de estudos para a filha. “Este será o primeiro ano em que vamos produzir de verdade”, diz. “Nesse ano que passou, consegui colher oito sacos de limão de 15 kg cada, e foram vendidos rapidamente. Minha intenção é progredir, cultivar a terra, aumentar os frutos e ganhar mais dinheiro.” Arte: Agência Brasília

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Canal do Rodeador, em Brazlândia, recebe aporte de R$ 3 milhões

Os proprietários e produtores rurais de Brazlândia estão animados com as obras do canal de irrigação do Rodeador, o principal da Bacia do Rio Descoberto, na região do Núcleo Rural Alexandre Gusmão. Nesta semana, o projeto recebeu um aporte de R$ 3 milhões que vai subsidiar o trecho final da construção. O valor é referente a uma das parcelas do convênio firmado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) com a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) no valor de R$ 5,99 milhões. Novo sistema de tubulação subterrânea vai garantir água para 93 propriedades rurais, beneficiando diretamente 750 moradores da zona rural | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília A obra do Canal do Rodeador garante abastecimento de água para a agricultura e já melhorou a qualidade de vida das comunidades locais. Na região, está sendo construído um novo sistema de tubulação subterrânea, em grande parte, ao lado do canal já existente, que é a céu aberto. A estrutura garantirá água para 93 propriedades rurais e cerca de 180 famílias, beneficiando diretamente 750 moradores da zona rural e, indiretamente, milhares de famílias que consomem os produtos dessa grande região agrícola do DF. Para o diretor de Engenharia da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), Emanuel Lacerda, que é o executor do contrato, o canal vai levar diversos benefícios aos produtores. “A implantação da tubulação, além de acabar com as perdas de produção que hoje ocorrem pelo fato de o canal ser em terreno natural, vai encerrar os serviços de manutenção que exigem a interrupção do fornecimento de água aos produtores. Também vai evitar a contaminação da água por animais mortos e defensivos agrícolas”, explica Lacerda. Benefício para o DF “Sempre procuramos mostrar a necessidade para os produtores de correr atrás de um canal de irrigação melhor, e agora conseguimos”, diz o presidente da Associação do Canal do Rodeador, Ricardo Kyioshi Sassa A Emater-DF, que, além de elaborar os projetos e acompanhar as obras, tem atuado também na assistência técnica junto aos produtores, afirma que a obra vai garantir uma maior regularidade e aumento da oferta de água aos agricultores. “Eles poderão ter maior tranquilidade para investir na produção de hortaliças, frutos e pescados”, destaca o assessor técnico Edvan Ribeiro. [Olho texto=”“A tubulação do canal vai permitir que menores volumes de água sejam captados no Ribeirão Rodeador; dessa forma, sobrará mais água para o abastecimento público das cidades, uma vez que a água que deixa de ser captada para o canal vai parar na Barragem do Descoberto”” assinatura=”Edvan Ribeiro, assessor técnico da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Ele acredita que os benefícios com o canal serão para todo o Distrito Federal e não somente para os agricultores locais. “Vai trazer ganhos ambientais, econômicos e sociais, pois além de favorecer o aumento da produção, a tubulação do canal vai permitir que menores volumes de água sejam captados no Ribeirão Rodeador; dessa forma sobrará mais água para o abastecimento público das cidades, uma vez que a água que deixa de ser captada para o canal vai parar na Barragem do Descoberto”, ressalta Ribeiro. O Ribeirão Rodeador é o principal afluente do Lago Descoberto, responsável pelo abastecimento de aproximadamente 65% da população do DF. O canal hoje existente na região foi construído entre 1966 e 1973. Produtores animados O produtor rural e presidente da Associação do Canal do Rodeador, Ricardo Kiyoshi Sassa, mora em uma das propriedades beneficiadas pelas obras no canal. Na região desde a década de 1970, lembra que muitos moradores desistiram dos terrenos e da agricultura pelas dificuldades na aquisição de água. “O canal existente hoje foi feito há muitos anos para trazer água para quem não tinha, e mesmo assim muitos desistiram das propriedades por falta de água, mas sempre procuramos mostrar a necessidade para os produtores de correr atrás de um canal de irrigação melhor e agora conseguimos”, conta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Atualmente, a associação, em parceria com os moradores, controla a vazão do sistema de irrigação a céu aberto para permitir que todos os produtores recebam água. “Fazemos um rodízio, e cada propriedade fica dois dias sem receber água para que outros ramais sejam atendidos. Como todos têm reservatórios, eles guardam para esses dias sem abastecimento”, explica Sassa. Nos canais construídos, estão sendo feitas caixas de concreto na frente de cada propriedade que padronizam a saída de água. O uso do líquido depende do tamanho da propriedade, da disponibilidade de água do manancial, em projetos individualizados. “Água é o insumo principal do produtor, e quando o sistema estiver pronto acredito que teremos menos perda de água, tanto por infiltração quanto por, evaporação, menos folhas e resíduos e até contaminação, pois às vezes aparecem animais mortos dentro dos reservatórios abertos. Agora, esse vai servir para captar a água da chuva, e o novo vai ter a manutenção mais fácil; diminuirá o nosso serviço hoje pela metade, facilitará e diminuirá as perdas da produção agrícola. Será muito bom”, comemora Sassa, que produz goiaba na propriedade de 15 hectares.

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