Distrito Junino reúne 100 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios
O Distrito Junino 2025 abriu sua celebração de encerramento em grande estilo nesta sexta-feira (29), reunindo cerca de 100 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. O público foi brindado com uma noite de dança, tradição e música, marcada pelas apresentações de Filhos do Sol, Santo Afonso, Formiga da Roça e Sanfona Lascada, campeãs das etapas classificatórias que venceram pela riqueza cênica, criatividade dos enredos e qualidade técnica. Espetáculos musicais reuniram público numeroso | Foto: Divulgação/Secec-DF A festa começou com o Trio Toin do Forró, que aqueceu a plateia ao som do autêntico arrasta-pé. Na sequência, o carisma de Natanzinho Lima, um dos nomes mais proeminentes da nova geração da música brasileira, colocou o público para dançar. O encerramento da noite ficou por conta de Flávio José, ícone do forró tradicional, que emocionou milhares de pessoas com clássicos que atravessam gerações e seguem eternizados na memória afetiva nordestina. “Não estamos falando apenas de festa, mas de uma política pública robusta, que deu protagonismo às quadrilhas como patrimônio imaterial do nosso povo” Affonso Gomes, presidente do Instituto Orgulho de Ser Nordestino Para o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Cláudio Abrantes, o resultado comprova a força da iniciativa como política pública: “O que vimos foi a Esplanada tomada pelo povo, celebrando suas raízes com orgulho. O Distrito Junino não é apenas entretenimento, mas um investimento estratégico que movimenta territórios criativos, gera empregos e garante que a nossa cultura popular e o DF estejam mais uma vez no topo dos grandes circuitos culturais do país”. Affonso Gomes, presidente do Instituto Orgulho de Ser Nordestino, entidade responsável pela execução do projeto, reforçou a dimensão histórica da noite: “Estamos encerrando o circuito mostrando por que ele já é reconhecido como o maior da história da nossa região. Não estamos falando apenas de festa, mas de uma política pública robusta, que deu protagonismo às quadrilhas como patrimônio imaterial do nosso povo. O que vimos hoje foi a consagração desse trabalho coletivo”. E a festa continua O encerramento segue neste sábado (30), com as quadrilhas Rasga o Fole, Si Bobiá a Gente Pimba, Sabugo de Milho, Arroxa o Nó e Pau Melado. Até agora, foram 261 apresentações de quadrilhas, realizadas ao longo de 41 dias de evento em diferentes regiões administrativas do DF e também, pela primeira vez, no Entorno. O esquenta ficará por conta do Trio Asa Branca, seguido pelos shows de Wesley Safadão, Chambinho do Acordeon — intérprete de Luiz Gonzaga no cinema — e da dupla George Henrique & Rodrigo. A festa abre os portões a partir das 18h deste sábado. Os ingressos, gratuitos, devem ser retirados na plataforma Sympla. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Biblioteca Braille em Taguatinga oferece aulas de forró para pessoas com deficiência visual
Às segundas-feiras, por volta das 15h30, o silêncio habitual da Biblioteca Braille Dorina Nowill, em Taguatinga, dá lugar ao som animado do forró e as risadas de um grupo muito especial. Há três meses, o espaço passou a receber aulas de dança voltadas para pessoas com deficiência visual, promovidas pela Associação Brasiliense de Deficientes Visuais (ABDV). Cerca de 20 participantes se reúnem semanalmente para descobrir, na dança, uma poderosa ferramenta de bem-estar, inclusão e socialização. Há três meses, o espaço passou a receber aulas de dança voltadas para pessoas com deficiência visual | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Atualmente, a biblioteca pública é mantida por meio de uma colaboração entre a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), a Secretaria de Educação (SEE-DF) e a Administração Regional de Taguatinga. “A nossa biblioteca é um lugar de convivência, de muita alegria. Aqui a gente conversa, dança, bate papo”, conta a fundadora da biblioteca e aluna animada das aulas de forró, Noemi Rocha. “Quando surgiu a ideia de trazer a aula de dança pra cá, recebemos de braços abertos”. Participante ativa das atividades, Noemi transborda bom humor e orgulho ao falar da evolução como dançarina. “Já sei fazer o ‘dois pra lá, dois pra cá’, o giro, o leque… dou até aquela rodadinha”, diz, rindo. “Antes eu não fazia nada disso. Agora me sinto uma bailarina, com meus lindos cabelos brancos.” Sobre a superação de desafios, ela reconhece que o início pode parecer difícil para quem tem baixa visão, mas garante que com a orientação certa tudo flui. “É só se jogar. O professor tem uma didática maravilhosa, ele ensina passo a passo e a gente presta muita atenção. Quando vê, já está rodando, trocando de posição, fazendo os movimentos com leveza. Me sinto muito à vontade.” Para Denise Braga, os benefícios do projeto vão muito além da dança Para a presidente da ABDV, Helena Pereira, a instituição garante direitos e promove o empoderamento das pessoas com deficiência, e a dança contribui diretamente com isso. Ela explica que a atividade vai muito além da movimentação física. “A dança liberta. Melhora nossa coordenação motora, nossa mobilidade e, principalmente, proporciona inclusão e socialização. Muitas vezes, em festas ou eventos, pessoas com deficiência acabam isoladas. Alguém oferece uma cadeira e pronto, a gente fica de lado. Mas nós queremos mais do que isso. Somos pessoas e queremos viver plenamente.” Helena conta que realizar essa oficina de dança era um desejo antigo. “Esse projeto já estava no meu coração antes mesmo de eu ser eleita presidente da ABDV. Ver isso acontecer agora é uma realização pessoal. A dança tem agregado valor, promovido encontros, trocas e desenvolvimento tanto pessoal quanto social.” Segundo o professor, Marcos Espírito Santo, responsável por conduzir as aulas de forma voluntária, destaca que a transformação dos alunos é incrível Por serem alunos com deficiência visual, a didática é adaptada. Os professores utilizam o tato e os alunos tocam no corpo deles para entender os movimentos e a referência de postura. Atualmente, o grupo aprende o tradicional forró pé de serra, como o xote que é base da dança de salão. Mais pra frente, o projeto irá explorar outros ritmos. Segundo o professor, Marcos Espírito Santo, responsável por conduzir as aulas de forma voluntária, destaca que a transformação dos alunos é incrível. “Tem aluna que chegou tímida, com dificuldade de postura, e hoje entra na sala de cabeça erguida. A dança tem feito muito bem pra todos.” Para a auxiliar de aulas de forró, Denise Braga, os benefícios do projeto vão muito além da dança. “O retorno que a gente recebe é lindo. Tem impacto na autoestima, na mobilidade, na socialização. A dança tem movimentado tudo: corpo, mente e coração.” Para a presidente da ABDV, Helena Pereira, a instituição garante direitos e promove o empoderamento das pessoas com deficiência, e a dança contribui diretamente com isso Muitos dos alunos que hoje participam das aulas de forró perderam a visão ao longo da vida. Para eles, a dança representa mais do que uma atividade física, é um reencontro com memórias afetivas que já foram vividas. É o caso de Sidney de Castro, 63, que ficou cego há 13 anos após uma infecção ocular. “Eu dancei muito forró e lambada quando era mais jovem”, relembra, com um sorriso na voz. “Naquela época, eu enxergava, via os passos, os movimentos… Hoje, dançar de novo, mesmo sem ver, é como tocar em algo que parecia perdido. É lembrar que ainda sou capaz, que meu corpo ainda responde, que eu ainda posso sentir essa alegria.” Aulas de forró A biblioteca funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h. As aulas de dança acontecem às segundas-feiras, das 15h às 16h30. Os participantes costumam chegar meia hora antes para se preparar. Depois da aula, é feito um lanche colaborativo e o grupo troca impressões sobre os passos, o que funcionou bem e o que pode melhorar. O objetivo é conviver, socializar, se movimentar e fortalecer a autoestima. Biblioteca Braille Dorina Nowill Em funcionamento há 30 anos, o espaço figura como o único em todo o Distrito Federal a possuir um acervo inteiramente dedicado às necessidades de pessoas cegas, com baixa visão e de seus acompanhantes. Por lá, mais de 5,9 mil exemplares das mais diferentes obras estão nas prateleiras do espaço. São livros em Braille, que muitas vezes ocupam até três volumes por obra, além das publicações com letras ampliadas e livros convencionais, estes lidos por voluntários da biblioteca. A inclusão por meio da tecnologia também se faz presente por meio do telecentro, uma sala de informática equipada com computadores adaptados com leitores de tela e duas impressoras Braille.
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Festas da virada marcam a agenda cultural do último fim de semana do ano
O último fim de semana de 2023 será dedicado às festividades em celebração a chegada do novo ano. Música sertaneja, samba, forró e pop rock darão o tom da festa promovida pelo Governo do Distrito Federal (GDF). O Réveillon Cidade Luz ocorre no sábado (30), apenas na Prainha do Lago Paranoá, e no domingo (31), nas demais localidades, com entrada gratuita e livre para todos os públicos. Um Sonho de Natal, projeto do governo durante as festividades de fim de ano, entra nos últimos dias e a decoração natalina montada na Esplanada dos Ministérios e nas praças do Buriti e do Cruzeiro podem ser visitadas no fim de semana e feriado | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A programação começa pela Praça dos Orixás, na Prainha do Lago Paranoá, com shows a partir das 17h no sábado. No primeiro dia tem apresentação dos artistas locais 7 na Roda, Kiki Oliveira, Dhi Ribeiro e Renata Jambeiro. No domingo, a festa continua com o samba da Aruc, o batuque do bloco Ase Dudu, além do show do grupo Bom Partido acompanhado da cantora Clara Nogueira. O Réveillon na Esplanada dos Ministérios será comandado por Heverton & Heverson, Naiara Azevedo, Roupa Nova e Israel & Rodolffo. Além das apresentações musicais, o evento contará com 17 minutos de queimas de fogos para recepcionar 2024 | Foto: Arquivo/Secec Tradicional, o Réveillon na Esplanada dos Ministérios será comandado por Heverton e Heverson, Naiara Azevedo, Roupa Nova e Israel e Rodolffo. Além das apresentações musicais, o evento conta com 17 minutos de queimas de fogos para recepcionar 2024. Dessa vez, a festa se estende para outras regiões administrativas. Na Praça da Bíblia, em Ceilândia, a sertaneja Luiza Martins será a responsável pelo show da virada. Em Planaltina, no Setor Recreativo, a chegada do novo ano será feita pela cantora Naiara Azevedo. O projeto Radar Oscar 2024 segue em cartaz no Cine Brasília, Entrequadra 106/107 Sul e, nesta sexta-feira (29), exibe o longa-metragem ‘O Maestro’. Dirigido e protagonizado por Bradley Cooper, o filme retrata a história do primeiro maestro nato dos Estados Unidos, Leonard Bernstein | Foto: Netflix/Divulgação “O Réveillon Cidade Luz 2024 veio também para democratizar o acesso à cultura. Ampliar o alcance desses eventos para Planaltina, Ceilândia e outras áreas demonstra nosso compromisso em promover a inclusão e valorizar a diversidade cultural em todo o DF”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. Com apoio da Secretaria de Turismo (Setur-DF) será realizado o Réveillon de Brazlândia. Serão dois palcos e três dias de festas em estruturas montadas na Praça do Lago e na Praça Central do Incra 8. Na sexta-feira (29), a grande atração é a banda Di Propósito. No sábado (30) tem a dupla Pedro Paulo e Matheus. Na virada, destaque para o forrozeiro Neto LX. A entrada é franca. Ainda na magia do Natal Outro projeto do governo, o evento Um Sonho de Natal entra nos últimos dias. Esse é o fim de semana final para visitar a decoração natalina montada na Esplanada dos Ministérios e nas praças do Buriti e do Cruzeiro. A entrada é gratuita. O Cine Brasília vai exibir ‘Mussum – O filmis’ nesta sexta e sábado. A programação ainda inclui ‘Uma Carta para Papai Noel’ e ‘Egum’ + ‘Propriedade’ | Foto: Desiree do Vale/Divulgação No sábado (30), além das estruturas decorativas há programação musical e teatral. Na Esplanada dos Ministérios tem discotecagem da DJ Mariana Camelo às 17h; apresentação do espetáculo Iara – O Encanto das Águas, da Cia Lumiato, às 18h; o show Natal Encantado com o grupo vocal Soncietá e o grupo Posers, às 19h; e encenação da peça O Cano, do Circo Teatro UdiGrudi, às 20h. Já na Roda Mágica, na Praça do Cruzeiro, das 17h às 21h tem música comandada pela DJ Maya Muchacha. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Diversão no cinema O projeto Radar Oscar 2024 segue em cartaz no Cine Brasília, Entrequadra 106/107 Sul. Na sexta-feira (29) será exibido o longa-metragem O Maestro. Dirigido e protagonizado por Bradley Cooper, o filme retrata a história do primeiro maestro nato dos Estados Unidos, Leonard Bernstein. No sábado (30) tem sessão do filme Mal Viver, de João Canijo. A produção acompanha um grupo de mulheres de diferentes gerações da mesma família que gere um hotel na costa norte portuguesa. Nesta sexta e no sábado, o Cine Brasília ainda tem sessões dos filmes ‘Uma Carta para Papai Noel’ (10h), ‘Mussum – O filmis’ (14h) e ‘Egum’ + ‘Propriedade’ (17h). No domingo, o espaço ficará fechado para o recesso de fim de ano.
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Prevenção ao câncer de mama é aliada à aula de forró
O incentivo aos cuidados com a saúde pode (e deve) ser divertido. É o que mostra a iniciativa do Centro de Referência em Práticas Integrativas em Saúde (Cerpis) de Planaltina, que, no Outubro Rosa, uniu o forró ao alerta de prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. A última aula deste mês – que ocorre sempre às quartas-feiras – foi temática. O Forró das Rosas reuniu idosos e encheu o salão com passos habilidosos. A dança fortalece o sistema muscular, melhora a flexibilidade, diminui dores e aumenta a autoestima, segundo o enfermeiro Edmundo Bezerra da Secretaria de Saúde | Fotos: Rafaella Felix/Agência Saúde-DF “Forró é terapia, trabalha corpo e mente. E, neste mês, é uma oportunidade de trazer a conscientização para combate ao câncer de mama”, ressalta o enfermeiro e facilitador de práticas integrativas Edmundo Bezerra. Quem participou aprovou a iniciativa. “Isso é um remédio. Não falto, pois dançar é comigo mesmo”, conta Zilda da Costa, 73 anos. A moradora do Vale do Amanhecer participa das aulas de forró como terapia desde 2018, após amigas indicarem a atividade. “As dores que sentia nas pernas e na coluna melhoraram 100%. Gosto muito de forró. Eu amo isso aqui”. Em alusão ao Outubro Rosa, o Cerpis organizou também outras atividades com foco na prevenção ao câncer de mama, como prática de medicina chinesa, indicação do uso de plantas, auriculoterapia e roda de conversa sobre autoestima. Além de muito forró, o evento teve apresentações artísticas da comunidade com cantos, contos e premiação aos participantes melhor caracterizados. Maria Áurea da Conceição, 70 anos, fez questão de usar vestido, unha e maquiagem no tom rosa para combinar com a atividade. “Aqui é animado, a gente sai um pouquinho melhor. Faz bem para a saúde”, avalia. O companheiro dela, Fidêncio Espíndola, 73 anos, participa há um ano das aulas: “Gosto de vir, aqui a gente faz amizade. Cansa, mas é bom”. Interessados podem participar da terapia com forró toda quarta-feira, às 16h, na tenda do Cerpis, localizada ao lado do Hospital Regional de Planaltina (HRPl). As aulas são gratuitas e não necessitam de agendamento. O casal Maria Áurea, de 70 anos, e Fidêncio Espíndola, 73 anos, participam da terapia há mais de um ano e destacam a animação e amizades que fizeram nas aulas Quem dança, os males espanta Com problemas na coluna e após o falecimento do filho, Raulde Rosa da Cruz, 60 anos, recebeu a indicação de um médico para participar da terapia. “Vim, me identifiquei e não parei mais. Gosto do forró e da assistência. Entro aqui e saio mais feliz.” Ela conta que, depois de iniciar a atividade, hoje não precisa mais de remédio para dormir. Segundo o enfermeiro Bezerra, a dança fortalece o sistema muscular, melhora a postura e a flexibilidade, diminui dores e ajuda a manter o bom ritmo cardíaco e a pressão arterial, além de aumentar a autoestima. No local, as aulas de forró como forma de terapia ocorrem desde 2017 e, atualmente, cerca de 40 pessoas participam toda semana. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “[As aulas de forró] Ajudam muito na saúde emocional, na interação. São formados vínculos afetivos entre os participantes e fortalece a proximidade com os servidores da Secretaria de Saúde [SES-DF]. Além disso, insere o paciente no cuidado com ele próprio”, destaca a técnica de enfermagem e facilitadora das práticas integrativas Rosane Natividade. Sobre o Cerpis Vinculado à SES-DF, o Cerpis de Planaltina funciona de segunda a sexta-feira e oferta ainda outras práticas integrativas. Por exemplo: yoga, técnica de redução de estresse, automassagem, artesanato, constelação familiar e práticas de medicina chinesa. Considerando todas as terapias, cerca de 800 pessoas são atendidas mensalmente no local. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 2017-1085. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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