Saúde participa de evento que promove aleitamento materno
Mãe de primeira viagem, Sofia de Araújo, de 19 anos, amamenta o pequeno José Miguel há dois meses. Na verdade, seu leite é alimento para muitos outros bebês. Assim que percebeu que estava produzindo mais do que o necessário, a moradora de Ceilândia entrou em contato com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) para se cadastrar e começou a doar o excedente. Além de amamentar o filho José Miguel, Sofia Araújo faz doação do leite excedente para outros bebês | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Sofia foi uma das mulheres homenageadas durante o evento AmamentAção, realizado nessa quarta-feira (20), na Casa da Mulher Brasileira de Ceilândia. “Achei uma iniciativa muito bonita porque às vezes, nós, mães, passamos pelo puerpério e nos sentimos muito esquecidas e sozinhas, então é sempre bom ser reconhecida”, declarou. Segundo a nutricionista Natália Gouvêa, do Banco de Leite Humano do Hospital Regional de Ceilândia (HRC), a medalha dourada recebida pelas doadoras representa o importante papel que exercem na sociedade e na saúde pública. “Sabemos que doar não é fácil”, pontuou. “No cenário há um bebê pequeno, noites maldormidas, bagunça e hormônios. Assim, dedicar um tempo para tirar o leite, com todo o cuidado que exige, é uma verdadeira doação de esperança e de si mesma.” “O Agosto Dourado nos lembra da importância de apoiar, orientar e proteger as mulheres nessa fase tão delicada da vida”, afirmou a secretária da Mulher, Giselle Ferreira A homenagem, que reuniu mães e gestantes, teve como referência o Agosto Dourado, mês de conscientização do aleitamento materno. Organizado pela Secretaria da Mulher (SMDF), o encontro contou, ainda, com representantes das secretarias de Saúde (SES-DF) e de Desenvolvimento Social (Sedes-DF). O objetivo foi orientar essas mulheres sobre seus direitos e desmistificar questões relacionadas à amamentação. “Amamentar é um direito da mãe e um gesto fundamental para a saúde do bebê”, lembrou a secretária da Mulher, Giselle Ferreira. "O Agosto Dourado nos lembra da importância de apoiar, orientar e proteger as mulheres nessa fase tão delicada da vida. Ao promover o AmamentAção, reafirmamos o compromisso do Governo do Distrito Federal em oferecer informação, acolhimento e políticas públicas que incentivem o aleitamento materno e valorizem as doadoras de leite humano, que são verdadeiras parceiras da saúde pública.” Cuidado e acolhimento Para que as participantes se sentissem ainda mais acolhidas e valorizadas, houve oferta de massagem, pintura gestacional, cortes de cabelo e maquiagem. Também foram oferecidos serviços de saúde, como testes de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e vacinação. “Reconhecemos que a mãe que está na correria também precisa desse olhar e acolhimento”, avaliou a subsecretária de Promoção das Mulheres da SMDF e uma das organizadoras do evento, Renata d’Aguiar. Como doar [LEIA_TAMBEM]Toda mulher saudável que esteja em período de amamentação pode se tornar uma doadora de leite materno, independentemente da idade do bebê. No DF, o recolhimento pode ser feito em casa e direcionado a uma das 14 unidades de saúde. As doações são entregues diretamente nos bancos de leite, em potes de vidro com tampas plásticas (como os de cafés solúveis), mas também é possível agendar o serviço pelo telefone 160 (opção 4) ou pelo site Amamenta Brasília. Após o cadastro, uma equipe do CBMDF recolhe o kit de coleta e o leva aos bancos de leite. O leite materno é fundamental para a sobrevivência e o desenvolvimento de recém-nascidos, especialmente prematuros e de baixo peso internados em unidades de terapia intensiva (UTIs) neonatais, protegendo-os contra doenças e reduzindo a mortalidade infantil. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Saúde mental materna é tema de palestra, nesta quinta-feira (15)
Estão abertas as inscrições para a palestra “Maio Furta-Cor: A importância do cuidado à saúde mental materna”, promovida pelo Instituto de Gestão Estratégico de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). O evento será realizado de forma híbrida, nesta quinta-feira (15), com participação presencial no auditório do Hospital de Base (HBDF) e transmissão ao vivo pelo canal do IgesDF no YouTube. A atividade é gratuita e voltada a profissionais de saúde da rede pública e privada do DF, além do público em geral, mediante inscrição por formulário eletrônico. Palestra faz parte da campanha nacional de conscientização sobre a saúde mental das gestantes | Foto: Divulgação/IgesDF A iniciativa integra a campanha Maio Furta-Cor, movimento nacional de conscientização sobre os cuidados com a saúde mental da mulher durante a gestação, o parto e o puerpério. A programação busca sensibilizar os profissionais para a importância de um olhar atento às mães nesse período, frequentemente invisibilizadas durante os atendimentos. “Maio é o mês dedicado à saúde mental materna, uma pauta que historicamente tem sido negligenciada”, avalia a psicóloga Leidiane Brandão, que coordena a ação. “Quando se fala em maternidade, o foco costuma estar exclusivamente no bebê. Esquecemos que a mãe também está passando por um momento de vulnerabilidade e precisa ser cuidada.” A palestrante convidada será a psiquiatra Mariela Andraus, coordenadora do Ambulatório de Saúde Mental Materno-Infantil do Hospital Universitário de Brasília (HUB), referência na abordagem integral a gestantes e puérperas. A profissional abordará os principais aspectos clínicos e emocionais ligados à saúde mental perinatal, além de estratégias de acolhimento e cuidado. “Até agora já contamos com cerca de 300 inscrições, e esperamos mais pessoas participando online, já que o auditório possui capacidade limitada; nossa intenção é expandir o conhecimento para além dos muros do hospital”, lembra Leidiane. Atendimento especializado Além de ampliar o debate sobre saúde mental, o instituto investe na formação continuada como ferramenta para transformar realidades dentro dos serviços. Segundo Leidiane, profissionais capacitados conseguem identificar sinais de sofrimento psíquico e encaminhar essas mulheres para um atendimento adequado em psicologia e psiquiatria. “Isso pode fazer toda a diferença no vínculo entre mãe e bebê”, completa. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), esse cuidado já é uma realidade. A psicóloga Paola Bello, gestora da equipe de psicologia da unidade, acompanha de perto gestantes em situação de vulnerabilidade psíquica e social, muitas vezes internadas por longos períodos. “Temos um projeto voltado principalmente para gestantes de alto risco, internadas por complicações na gestação”, enfatiza. “Algumas permanecem dois, três meses longe da família, dos filhos e do trabalho, o que afeta profundamente a saúde mental. Nesses casos, oferecemos escuta, acolhimento e psicoterapia.” [LEIA_TAMBEM] O trabalho da equipe vai além do acompanhamento durante a gestação e está presente também nos momentos mais delicados, como a perda gestacional. “Quando ocorre uma perda, perguntamos se a mãe gostaria de guardar uma lembrança”, relata. “Fazemos carimbos do pezinho e da mãozinha do bebê, e acompanhamos o processo de despedida com muito respeito e sensibilidade”. A palestra “Maio Furta-Cor” busca ampliar esse olhar dentro das instituições. Para a coordenadora da ação, esse tipo de evento gera mudanças práticas no cuidado oferecido à puérpera. “Os profissionais envolvidos no atendimento à gestante devem reconhecê-la como sujeito de necessidades e direitos — e não apenas como meio para a chegada do bebê”, conclui. Serviço Palestra Maio Furta-Cor: A importância do cuidado à saúde mental materna → Data: quinta-feira (15), às 11h, no auditório do HBDF, com transmissão online no canal do IgesDF no YouTube. → Público-alvo: Profissionais e estudantes da saúde, além da comunidade em geral → Inscrição gratuita: neste link. *Com informações do IgesDF
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Bolsa Maternidade ultrapassa 19 mil benefícios entregues desde 2020
O Governo do Distrito Federal (GDF) registrou, nos últimos quatro anos, um crescimento de 474% no número de kits entregues por meio do programa Bolsa Maternidade, da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). O auxílio é concedido às mães em situação de vulnerabilidade social e contém itens essenciais para os cuidados do bebê recém-nascido. O Programa Bolsa Maternidade se caracteriza como um “auxílio natalidade” dentro dos benefícios socioassistenciais ofertados pelo GDF. Desde 2020, ano em que o programa foi criado, o governo já concedeu mais de 19,4 mil kits, sendo 2024 o ano com mais entregas, com 7.093 mulheres beneficiadas. A secretária de Desenvolvimento Social do DF, Ana Paula Marra, atribui o aumento significativo das entregas às mudanças logísticas promovidas pela pasta. “Antes, a mochila era retirada na maternidade onde o bebê nasceu após a solicitação do benefício. A partir dos avanços deste GDF, a entrega dos itens passou a ser realizada no momento em que a família é atendida na unidade socioassistencial, otimizando o fluxo de entrega”, explica. Desde 2020, ano em que o programa foi criado, o governo já concedeu mais de 19,4 mil kits, sendo 2024 o ano com mais entregas, com 7.093 mulheres beneficiadas | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Desde março de 2024, a retirada da bolsa pode ser feita diretamente nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras). Além de fornecer uma parcela única de R$200 para cada criança nascida, ou em caso de natimorto, o programa entrega um kit completo de itens essenciais para o recém-nascido, como body, fraldas, casaco, toalha, e outros itens que garantem o cuidado inicial do bebê. Uma das beneficiadas pelo programa foi Sunamita Turpo, 29 anos, mãe de Estela, de apenas quatro meses de idade. A dona de casa descobriu que tinha acesso ao auxílio quando procurou atendimento no Cras do Varjão. “Certo dia, eu vim em busca do auxílio-natalidade e fiquei sabendo do programa. No mesmo dia, recebi a bolsa, que me ajudou muito nos primeiros meses dela”, conta. Sunamita Turpo foi surpreendida pela gravidez de Estela e contou com o Bolsa Maternidade para o enxoval da bebê | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Segundo ela, os itens da bolsa foram essenciais para os primeiros dias de vida da pequena. “Eu não sabia da gestação dessa neném; descobri faltando dois meses e foi uma correria para conseguir as coisas. Então, o auxílio me ajudou demais porque não tinha me preparado. As roupas que vieram ela conseguiu usar até os três meses e o pacote de fraldas também durou bem”, completa. Depoimentos como o de Sunamita encontram eco entre outras mães beneficiadas pela iniciativa. Entre elas, Lorena Pereira, 37 anos, mãe de Walison, de apenas um mês de idade. Ela recebeu uma mochila grande com 21 itens de enxoval, entre roupinhas, meias, fraldas, mantas, pomada e lenços umedecidos. “Para mim, a bolsa é uma grande ajuda, especialmente pelas roupas”, conta. “Fiquei sabendo que tinha direito ao benefício ainda no posto de saúde, durante as consultas pré-parto”, acrescenta. Como conseguir As mães que se encaixam nos requisitos do Programa Bolsa Maternidade têm até 30 dias após o parto para solicitar o auxílio. Já o auxílio-natalidade é pago em até 90 dias após o nascimento, em parcela única de R$ 200 por criança nascida ou em caso de natimorto. Para solicitar o auxílio-natalidade, a família deve procurar atendimento no Cras mais próximo da residência. Os critérios básicos de solicitação são residir no Distrito Federal há pelo menos seis meses e ter renda familiar per capita de até meio salário mínimo. No momento do atendimento, a mãe ou alguém que a represente (no caso da impossibilidade da mãe) deverá apresentar os documentos pessoais e a Certidão de Nascimento ou de natimorto. As mães em situação de rua assistidas pela política de assistência social nos centros de referência especializados para população em situação de rua (Centros Pop) ou de assistência social (Creas) também têm direito a receber a bolsa-maternidade. Para solicitar o auxílio, é preciso apresentar a seguinte documentação: – Declaração de nascido vivo ou Certidão de Nascimento; – Documentação civil de identificação com foto; – Cadastro de Pessoa Física (CPF); – Documentos que comprovem renda; – Comprovante de residência no DF há pelo menos seis meses.
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Projeto do GDF incentiva e apoia as mães atípicas e seus dependentes
A Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF), em parceria com o Instituto Cultural e Social do Distrito Federal (INCS-DF), escolhido por meio de chamamento público, irá realizar o projeto Mães Mais que Especiais. Integrante da política pública de atendimento às mães atípicas, o projeto será itinerante e oferecerá serviços transversais e gratuitos nas áreas de saúde integral, autonomia econômica, desenvolvimento social, educação, empreendedorismo, qualidade de vida e bem-estar, cultura e lazer, voltados para parte da população feminina do Distrito Federal que são mães e/ou cuidadoras de pessoas com deficiência e seus familiares. “Promover a valorização e o empoderamento de mães atípicas, por meio do acesso gratuito a serviços, produtos e atendimentos que permeiam o desenvolvimento social, econômico e fundamentais para melhorar o bem-estar das mães atípicas e seus dependentes, é mais uma política pública exercida na prática para as mulheres do DF” Giselle Ferreira, secretária da Mulher O projeto Mães Mais que Especiais será realizado em seis cidades do DF para mulheres que vivem a maternidade atípica e seus dependentes, com o objetivo de democratizar o acesso aos serviços públicos, empreendedorismo feminino e a inserção social. Conforme a Organização Mundial de Saúde, maternidade atípica é um termo que se refere àquelas mulheres responsáveis pelo cuidado de filhos com necessidades especiais ou neuroatípicos, ou seja, com alguma deficiência física ou intelectual. Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, é fundamental dar protagonismo e democratizar o acesso a programas que incentivam o cuidado à saúde e ao empreendedorismo. “Promover a valorização e o empoderamento de mães atípicas, por meio do acesso gratuito a serviços, produtos e atendimentos que permeiam o desenvolvimento social, econômico e fundamentais para melhorar o bem-estar das mães atípicas e seus dependentes, é mais uma política pública exercida na prática para as mulheres do DF”, destaca. Programado para iniciar em novembro, o projeto estará seis dias em cada região administrativa e vai oferecer, às mães ou cuidadoras e filhos, atendimentos odontológicos, psicológico, terapia ocupacional individual e de grupo, formações em beleza e bem-estar, como cabeleireira, maquiadora, manicure, entre outros. Além de informática básica, redes sociais, design gráfico, fotografia, auxiliar administrativo. E ações de cultura e lazer. Os filhos terão atividades lúdicas e pedagógicas em um ambiente com monitores treinados, intérprete de libras, acessibilidade e conforto para acolhimento e realização de atividades terapêuticas, contação de história, musicoterapia e dança. *Com informações da Secretaria da Mulher
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