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Brasília 65 anos: Primeira sede da Novacap, no Rio de Janeiro, testemunhou início do projeto da capital

“O Departamento de Urbanismo e Arquitetura da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil, constituído de profissionais de reconhecida competência, está sob a chefia do engenheiro Oscar Niemeyer, um dos pioneiros da mais avançada arte arquitetural de nosso tempo.” Assim começa a reportagem Arquitetura e urbanismo da nova capital, sem autoria especificada e publicada na página 8 da primeira edição da Revista Brasília, em janeiro de 1957. Primeira sede da Novacap ficava no centro do Rio de Janeiro, que, à época, ainda era a capital do Brasil | Fotos: Ádamo Dan/Novacap O exemplar foi editado ainda no Rio de Janeiro, na primeira sede da Novacap, no centro da capital carioca. O local, uma sala de 54 m x 48 m, foi exatamente onde o gênio da arquitetura brasileira traçou as primeiras linhas que se transformaram em tudo que vemos atualmente em Brasília. “Pelas minhas pesquisas, havia também uma cobertura de onde Niemeyer ficava admirando as belas paisagens do Rio de Janeiro, como o Pão de Açúcar, para buscar inspiração para seu trabalho”, conta o presidente da comissão do Museu da Novacap, Claudimar de Souza. Vista do terraço da antiga sede da companhia; cobertura foi inspiração de Oscar Niemeyer Há duas semanas, uma equipe da companhia  voltou ao endereço e constatou que tanto o escritório quanto o terraço superior ainda existem. O prédio já foi usado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e, atualmente, abriga a Procuradoria Regional da República da 2ª Região, do Ministério Público Federal. “Tive a surpresa de saber que essa sala foi o palco onde o imortal Niemeyer projetou Brasília, e isso, para mim, foi uma honra”, comenta o procurador-chefe da 2ª Região, Leonardo Cardoso de Freitas. “Essa parte da história liga diretamente duas das nossas capitais, uma que foi e a que é. É uma honra poder trabalhar nesse lugar tão privilegiado e historicamente tão importante.”  Criada no Rio de Janeiro em 1956 pelo presidente Juscelino Kubitschek, Novacap foi o primeiro escritório de gerenciamento da construção da nova capital do Brasil; atualmente, é sede da Procuradoria Regional da República da 2ª Região/RJ Federal A unidade está no local desde 2011, quando teve início uma profunda reforma de todo o espaço. A partir de 2019, toda a equipe da Procuradoria passou a ocupar, de fato, as salas. A cobertura, inspiração de Niemeyer, transformou-se em um requintado e agradável rooftop, uma espécie de área de convivência e lazer, para proporcionar aos servidores mais tranquilidade, aconchego e conforto. Apesar de estar em constante trânsito entre Rio de Janeiro e Brasília, o primeiro presidente da Novacap, Israel Pinheiro, também costumava despachar desse gabinete enquanto o colega arquiteto projetava a capital federal com o apoio do urbanista Lucio Costa, também pioneiro. “É uma forma de revisitar nossas raízes”, avalia o presidente atual da Novacap, Fernando Leite. “É o começo de tudo. No nosso cotidiano, caminhamos por estruturas que foram projetadas nessa sala. Historicamente, estamos voltando ao ponto de partida não somente da Novacap, mas da capital de todos os brasileiros.” Em Brasília A Novacap foi criada em 19 de setembro de 1956 pelo presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. A finalidade única era gerenciar e coordenar a construção da nova capital do Brasil. Por se tratar de uma empresa do Governo do Distrito Federal, a Novacap é o principal braço executor das obras de interesse do DF, e sua vinculação é direta com a Secretaria de Obras e Infraestrutura (SODF). Ainda em setembro daquele ano, foi nomeada a primeira composição: Israel Pinheiro, presidente; Ernesto Silva, Bernardo Sayão e Íris Meimberg, diretores. O primeiro escritório situava-se à Avenida Almirante Barroso, 54, no centro do Rio de Janeiro. Em Brasília, a sede foi erguida onde hoje é a Administração da Candangolândia, ali permanecendo de 1956 a 1959.  Confira todos os exemplares da Revista Brasília.  *Com informações da Novacap  

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Pioneiros da construção de Brasília se reencontram no Museu Vivo da Memória Candanga

Uma folia com roupas feitas à mão e marchas carnavalescas antigas marcou o cenário do Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC) nesta quinta-feira (27). No espaço histórico vinculado à Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), a iniciativa “Grito de Carnaval com os Pioneiros Candangos” reuniu os moradores e construtores mais antigos da nova capital que se formava em 1960, em um dia de festa para recordar as memórias preciosas que fazem parte das estruturas que ergueram o Distrito Federal. A aposentada Áurea da Silva foi uma das mais animadas com o encontro: “Todo mundo aqui é muito gente boa, são pessoas que se dedicam à história da cidade com uma comemoração muito respeitosa” | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “Eles chegam, conversam e contam o que fez parte da vida deles. A maioria tem entre 70 e 90 anos, então é importante lembrar do passado, e eles ficam muito felizes. É por isso que nós falamos que é um museu vivo” Eliane Falcão, gerente do Museu Vivo da Memória Candanga Esbanjando energia no evento, a aposentada Áurea Maria da Silva, 66, compartilhou da alegria que o espaço do museu proporciona. “Eu me sinto em casa, é maravilhoso”, afirmou. “Todo mundo aqui é muito gente boa, são pessoas que se dedicam à história da cidade com uma comemoração muito respeitosa. É gratificante e muito gostoso”. Em 1958, Áurea chegava de Minas Gerais com a família para se instalar na Cidade Livre, como eram chamadas pelos candangos na época as regiões administrativas do Núcleo Bandeirante e parte do Park Way, Candangolândia e Riacho Fundo. A gerente do museu, Eliane Falcão, explicou que a ideia do evento surgiu a partir das oficinas que já ocorrem no espaço com a presença de diversas pessoas idosas interessadas nas confecções artesanais e a integração que as atividades promovem. “O objetivo maior é reunir a história”, apontou. “Eles chegam, conversam e contam o que fez parte da vida deles. A maioria tem entre 70 e 90 anos, então é importante lembrar do passado, e eles ficam muito felizes. É por isso que nós falamos que é um museu vivo”. O primeiro hospital Quando o grupo se reuniu, o que não faltou foi disposição para comemorar e reviver lembranças de outros carnavais Para quem não conhece a fundo a história de Brasília, vale saber que o primeiro hospital da cidade surgiu antes mesmo da inauguração da capital federal para atender os operários. Em apenas 60 dias, o já extinto Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO) foi erguido nas proximidades da Cidade Livre, em 6 de julho de 1957. Atualmente o local é ocupado pelo Museu Vivo da Memória Candanga. Florêncio de Souza, piauiense que chegou a Brasília em 1957, antes da inauguração oficial da cidade, comemorou: “Eu vim passear em Brasília e estou aqui até hoje. É um quadradinho dos melhores. E o museu é uma ótima recordação do tempo que passou” São instalações que o aposentado Florêncio Vilarinho de Sousa, 91, conhece muito bem: o filho do pioneiro foi uma das primeiras crianças a nascer no antigo hospital. Seu Florêncio lembra até a hora exata em que chegou do Piauí à nova capital: 17h de 13 de junho de 1957. Desde então, ele fez parte da história do DF não apenas com suas habilidades de carpinteiro e marceneiro, mas também como uma fonte de memória viva dos primeiros passos da cidade. “Eu vim passear em Brasília e estou aqui até hoje”, contou, “É um quadradinho dos melhores. E o museu é uma ótima recordação do tempo que passou. Hoje encontrei um amigo que não via há 50 anos.” Leonardo de Lima tem dois filhos que nasceram no antigo HJKO, onde hoje fica o museu: “Quem vem aqui está vendo onde começou Brasília” Com dois filhos também nascidos no antigo HJKO, o aposentado Leonardo de Lima, 84, falou sobre a importância do atual museu para resgatar a história da cidade: “Quem vem aqui está vendo onde começou Brasília”. Um dos fundadores da primeiras escolas de samba do DF no Cruzeiro, a Aruc, ele descreveu o reencontro promovido no Museu Vivo como simbólico. “É uma alegria para o povo”, sintetizou. De geração em geração Rosalina da Cruz foi criada no espaço onde funciona o MVMC: “De tudo que tem aqui eu participo, não perco nada, porque sempre revejo meus amigos e antigos vizinhos. É reviver o meu passado” O Museu Vivo da Memória Candanga é aberto ao público de segunda a sábado, das 9h às 17h, recebendo diversas visitas de escolas de todas as regiões do DF com frequência. Além das oficinas de artesanato e exposições, o local também já foi moradia de muitas pessoas da comunidade. É o caso da funcionária pública Rosalina da Cruz, 67, criada desde os 4 anos no espaço do museu. O pai era funcionário público no antigo HJKO, e toda a família dela tem uma forte história de vivência no local. “Cada vez que eu venho aqui, são sempre lembranças boas que a gente não esquece”, afirmou. “De tudo que tem aqui eu participo, não perco nada, porque sempre revejo meus amigos e antigos vizinhos. É reviver o meu passado”.

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Medalha de mérito é criada para homenagear líderes comunitários do DF

Valorização dos porta-vozes da população. Esse é o objetivo da medalha Mérito Líder Comunitário do Distrito Federal, condecoração lançada nesta semana pela Secretaria de Atendimento à Comunidade (Seac). O gesto de reconhecimento será entregue a mais de 150 representantes sociais pioneiros nas regiões administrativas em que atuam. As medalhas serão entregues ainda este mês no auditório da Academia de Bombeiros Militar, no Setor Policial Sul. Conforme estipula o Decreto 44.502/2022, publicado no Diário Oficial do DF de quarta (10), os homenageados foram indicados pelas administrações regionais com base no tempo de dedicação à cidade, além de comprometimento e responsabilidade com as demandas dos moradores. Os mesmos critérios foram observados pelo Conselho da Medalha, grupo de representantes do governo estipulado por decreto. O Conselho da Medalha é formado pela secretária de Atendimento à Comunidade, Clara Roriz, no papel de presidente; pelo secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, atuando como vice-presidente; pelo secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha; pelo secretário executivo de Atendimento à Comunidade, Evaldo Rabelo; e pelo secretário adjunto de Governo, Valmir Lemos de Oliveira. Na ausência destes, atuam suplentes. Clara Roriz é presidente do Conselho da Medalha: “A homenagem aos pioneiros também é uma forma de incentivar a continuação desse trabalho e o surgimento de novas lideranças | Foto: Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília “Os líderes comunitários exercem um papel fundamental para a sociedade. São eles que estão 24 horas recolhendo demandas que, por vezes, não são percebidas pelo governo. Eles nos ajudam a pensar em melhorias para os moradores”, afirma Clara Roriz. “A homenagem aos pioneiros também é uma forma de incentivar a continuação desse trabalho e o surgimento de novas lideranças”, completa. Em Samambaia desde 1989, o aposentado Antônio Galba, 71 anos, receberá uma das medalhas de mérito. “Quando me ligaram contando sobre a medalha, fiquei muito feliz. É gratificante ser reconhecido por ajudar as pessoas porque é um trabalho que fazemos naturalmente e com prazer”, conta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Antônio foi presidente da associação de moradores da região entre 1992 e 1994 e, nos anos seguintes, ocupou outras funções na entidade. Depois que se aposentou, em 2013, se afastou dos compromissos gerais, mas nunca deixou de buscar soluções coletivas. “Quando vejo uma demanda ou percebo algum problema na cidade, procuro a administração regional, a associação. É o meu papel de cidadão”, conclui. Apenas o SIA, Água Quente e Arapoanga não participam da iniciativa, pois o SIA não tem lideranças comunitárias e Água Quente e Arapoanga ainda não têm administração regional. Junto com as medalhas, os homenageados receberão um pin e um diploma, reconhecendo, mais uma vez, a importância dos representantes para a sociedade.

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Túnel de Taguatinga beneficiará mais de 135 mil motoristas

Antigas imagens de Taguatinga que, em breve, contará com a modernidade resultante da construção do túnel | Foto: Arquivo Público DF Moradores de Taguatinga e de outras cidades, como Ceilândia, Samambaia e Sol Nascente, serão beneficiados pelo túnel atualmente em construção no centro de Taguatinga. A passagem subterrânea deve desafogar o trânsito para os mais de 135 mil veículos que circulam diariamente pela região. Além disso, transformará a Avenida Central em um boulevard arborizado, com foco nas pessoas e no comércio da região. Calçadas serão reformadas e estacionamentos ampliados. Moradores de Taguatinga e Ceilândia dizem aguardar com ansiedade o fim da obra. Pioneiros de Taguatinga, que residem na cidade há várias décadas, acreditam que a conclusão do túnel trará grandes melhorias para a mobilidade urbana local. O arquiteto José do Egito, morador de Taguatinga desde 1971, prevê que a obra dará mais fluidez ao trânsito. Ele também elogia a ideia de fazer um boulevard na parte superior do túnel. José do Egito, arquiteto, prevê que a obra dará mais fluidez ao trânsito e elogia a ideia de fazer um boulevard na parte superior do túnel | Foto: ABCD Egito Empreendimentos Egito, arquiteto que fez o projeto do Taguaparque, em 1993, acompanhou o desenvolvimento de Taguatinga. Segundo ele, o crescimento acelerado das últimas décadas tirou um pouco da beleza da cidade. “Taguatinga já foi mais bonita, mais interessante”, diz. O arquiteto chegou a pensar em se mudar de Taguatinga, mas preferiu ficar e fazer mais projetos dedicados à região administrativa. Outro pioneiro que acredita que a obra será muito eficaz para a mobilidade da cidade é o corretor de imóveis Getúlio Campos. Já Isaias da Nóbrega, de 87 anos, que mora em Taguatinga há 62 anos, acompanha tudo de perto e está curioso para saber como vai ficar depois de concluída a obra. A população de Taguatinga está distribuída em um território com 121,34 km² de extensão. Considerando sua área e a população atualizada da região administrativa, a densidade demográfica da cidade é de 1.828,82 hab/km². Getúlio Campos considera o túnel necessário há muito tempo e acredita que, no futuro, Taguatinga será a ‘capital do DF’ | Foto: Felipe Seabra O aposentado Lauro Cecílio chegou a Taguatinga em 1960, com apenas dois anos. Ele disse que a cidade cresceu e o túnel é necessário, por isso diz que não vê a hora de poder usar a nova passagem. “A população aumentou muito. Precisamos dessa obra há muito tempo”, destacou. Cecílio mora hoje em Ceilândia e desloca-se diariamente para o Plano Piloto. “Indo por Taguatinga, obrigatoriamente preciso passar pelo centro da cidade. Para evitar engarrafamento, opto pela Estrutural e, com isso, aumento o percurso e o tempo gasto. “Com o túnel, vou encurtar a viagem em dez quilômetros e gastar 30 minutos a menos no trânsito”, comemora Cecílio. Outra que espera ansiosa pela conclusão da obra viária é Vanusa Pereira de Souza, que mora em Taguatinga desde que nasceu, há 48 anos. “Vivo em Taguatinga Sul. Passo pelo centro todos os dias rumo ao Plano Piloto. Espero pelo túnel há muito tempo. Pego engarrafamento todos os dias”, frisou a moradora. [Olho texto=”“Com o túnel, vou encurtar a viagem em dez quilômetros e gastar 30 minutos a menos no trânsito”” assinatura=”Lauro Cecílio, aposentado” esquerda_direita_centro=”direita”] Getúlio Campos acredita que Taguatinga será, no futuro, a “capital do DF”. “Esta já foi a cidade que mais crescia no Distrito Federal. Localidades como Águas Claras, Ceilândia e Samambaia são, todas, continuação de Taguatinga”, disse. “O túnel é uma obra necessária. A ideia do boulevard é muito boa e pode trazer mais leveza ao cenário da cidade”, avaliou Campos. Isaias, que viu Taguatinga nascer, não se assusta com o crescimento da cidade. “Gosto da modernização, acho tudo bonito. Quero ver a obra concluída, saber como ficará tudo isso aqui. Acho que vai melhorar”, opina o aposentado. História Taguatinga foi a primeira cidade-satélite criada pela Novacap para proporcionar a aquisição de um terreno, para a construção da casa própria, aos candangos que ajudaram a construir a capital. Surgiu impulsionada pelo crescimento populacional da Cidade Livre, que não conseguia mais suportar a massa de imigrantes que chegava à capital sem ter onde morar. A cidade já havia sido planejada por Lúcio Costa, mas deveria nascer apenas dez anos depois da inauguração de Brasília. Em junho de 1958, seu traçado estava apenas em estudos, mas a demanda fez com que a Novacap acelerasse o assentamento das famílias. O primeiro nome de Taguatinga foi Vila Sarah Kubitschek, depois passou a ser Santa Cruz de Taguatinga e, por último, Taguatinga.

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