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Feira Cultural do CEL exalta diversidade e protagonismo estudantil

Em evento aberto à comunidade, o Centro Educacional do Lago (CEL) promoveu, na terça-feira passada (18), a Feira Cultural Raízes do Saber, com projetos desenvolvidos ao longo deste ano por estudantes e professores. A programação reuniu produções autorais, apresentações artísticas, práticas pedagógicas e atividades que valorizam a diversidade cultural, o protagonismo estudantil e as múltiplas linguagens presentes no cotidiano escolar. Entre as atividades desenvolvidas durante a feira, a maior parte teve como foco a conscientização sobre a importância do combate ao racismo | Fotos: Bruno Grossi/SEEDF O diretor do CEL, Vitor Rios, lembrou que a feira marca a consolidação de um trabalho contínuo composto por diferentes projetos. Para ele, a formação dos estudantes precisa dialogar com as raízes culturais do povo brasileiro. “A escola tem o papel de educar no sentido contrário às práticas de racismo que se disseminam nas redes”, disse. “Nosso trabalho valoriza a diversidade cultural e étnica, reconhecendo que a história do Brasil é indissociável das culturas indígenas, africanas e europeias.” “Nosso objetivo é que cada estudante compreenda o valor de ser uma pessoa antirracista, por isso reunimos exposições, palestras e apresentações que dialogam com a lei, com a cultura e com a vida da população negra” Deise Souza, supervisora pedagógica Famílias, parceiros e visitantes aproveitaram um grande espaço de convivência, com troca de saberes e celebração das identidades que compõem a comunidade escolar. A iniciativa foi planejada como oportunidade de socialização dos trabalhos e de integração entre escola e território, reforçando o compromisso do CEL com uma educação inclusiva e antirracista. Antirracismo como prática pedagógica A supervisora pedagógica da escola, Deise Souza, reforçou que a feira é resultado de um trabalho estruturado para fortalecer, durante todo o ano letivo, práticas educativas alinhadas ao combate ao racismo: “Nosso objetivo é que cada estudante compreenda o valor de ser uma pessoa antirracista, por isso reunimos exposições, palestras e apresentações que dialogam com a lei, com a cultura e com a vida da população negra”. A programação levou à escola convidados de religiões de matriz africana, com bate-papos sobre saúde mental da população negra e empreendedorismo. Também houve apresentações culturais, como a do grupo de percussão Congoná. “Não poderia faltar a capoeira, que é uma expressão viva da resistência e da ancestralidade presentes na formação do nosso país”, ressaltou a supervisora.  “Trabalhamos para desmistificar práticas racistas que muitos consideram normais. A educação é o nosso caminho para combater essas ideias e reafirmar a dignidade das culturas negras e indígenas” Janete Silva, professora de sociologia Para a professora de sociologia Janete Silva, a valorização da cultura afro-brasileira nas escolas públicas do DF precisa ocorrer como prática contínua, integrada ao currículo e ao cotidiano pedagógico. “A culminância que vivemos hoje celebra um trabalho que acontece desde o início do ano, honrando Zumbi dos Palmares e permitindo que os estudantes exponham suas produções, aprendam uns com os outros e construam uma consciência antirracista”, lembrou. “Trabalhamos para desmistificar práticas racistas que muitos consideram normais. A educação é o nosso caminho para combater essas ideias e reafirmar a dignidade das culturas negras e indígenas.” Protagonismo e identidade  A aluna Sara Reis representou o projeto Meninas.com, da UnB: “Hoje estamos aqui para dar voz a mulheres que fizeram muito pelo país” Aluna da 2ª série, Sara Reis, 17 anos, participou da feira representando o projeto Meninas.com, grupo da Universidade de Brasília (UnB) que incentiva a presença de mulheres nas áreas de tecnologia e ciência da computação. O objetivo da apresentação foi destacar a contribuição de mulheres negras e brasileiras que tiveram papel fundamental nessas áreas, mas que ainda recebem pouca visibilidade.  “Mesmo com avanços, a tecnologia e a ciência ainda são majoritariamente ocupadas por homens brancos, então hoje estamos aqui para dar voz a mulheres que fizeram muito pelo país, como a pesquisadora Jaqueline Góes, responsável com sua equipe pela identificação de um novo genoma da covid”, declarou. Para ela, o contato com outras mulheres da área ampliou perspectivas profissionais e acadêmicas, fortalecendo seu desejo de seguir carreira na engenharia mecatrônica. “Esse espaço foi essencial para conhecer o mercado, ouvir experiências de quem já está na universidade e sentir que nós também podemos ocupar esses lugares; isso me inspira e incentiva muitas outras meninas da escola”, observou. Ash Lima apresentou um trabalho de preservação ambiental desenvolvido pelas comunidades quilombolas  Também aluno da 2ª série, Ash Lima, 16, apresentou as maquetes produzidas na sala de recursos, que retratam diferentes quilombos e sua relação histórica e territorial com o Cerrado. O trabalho mostra como as áreas de preservação ambiental são mantidas por comunidades quilombolas. “Os quilombos surgiram como espaços de sobrevivência para negros fugidos da escravidão, e mesmo depois da Lei Áurea eles não receberam apoio do Estado, por isso muitos permaneceram nesses territórios, como a comunidade Calunga no Cerrado, preservando o ambiente e a própria história”, ilustrou. Atividades constantes A coordenadora pedagógica Tessia Goulart lembrou que a feira consolida estudos, leituras e atividades que o CEL promove de forma frequente, e não apenas no mês da Consciência Negra. Ela citou iniciativas como o clube de leitura antirracista e ações de diferentes áreas do conhecimento. “A feira é um momento de conquista”, apontou. “Nada aqui foi feito por obrigação: todos estão participando porque esse trabalho faz sentido, seja nas exposições, nas falas, no plantio das sementes crioulas ou nas trocas de saberes”. Outro projeto apresentado foi o Máscaras Africanas, fruto de parceria com o Museu Baobá, acervo digital de culturas africanas, por meio de modelagens em 3D. As peças expostas foram produzidas a partir de visitas da equipe da UnB a embaixadas de países africanos, onde digitalizaram máscaras tradicionais. A iniciativa envolve estudantes de diversas áreas, como psicologia e engenharia, e é coordenada pelo projeto Homo Ludens, que desenvolve ações educacionais de impressão 3D. Tessia também chamou atenção para a participação de grupos externos, como psicólogas convidadas e estudantes da UnB que discutiram o antirracismo no campo da psicologia. Também participaram representantes do templo Rosa de Oxalá, que compartilharam experiências sobre o enfrentamento ao preconceito religioso. “Hoje é um dia de celebrar a vida da escola, de ocupar nossos espaços e reafirmar que educação e antirracismo caminham juntos”, concluiu a coordenadora. *Com informações da Secretaria de Educação

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Estudante de escola pública do DF representa o Brasil no Parlamento Juvenil do Mercosul

Protagonismo juvenil e educação integrada. A estudante Cecília Lopes, 17 anos, do Centro de Ensino Médio Ave Branca (CEMAB) de Taguatinga, representou o Distrito Federal na etapa internacional do Programa Parlamento Juvenil do Mercosul (PJM). Promovido em agosto, entre os dias 11 e 15, em Foz do Iguaçu (PR), o encontro reuniu jovens de escolas públicas dos países-membros do bloco — Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai — para debater o tema “Mercosul digital: Juventudes e a Inteligência Artificial”. O evento tem o objetivo de criar um espaço de diálogo que fortaleça o protagonismo juvenil e incentive a elaboração de propostas para desafios comuns à região. Durante a etapa nacional do programa, Cecília apresentou uma iniciativa que estimula o protagonismo juvenil no plantio de árvores, como ação direta para enfrentar os efeitos da falta de arborização e da industrialização nas cidades. Ela foi escolhida para levar a proposta e expectativa da juventude brasiliense para a etapa internacional. Cecília Lopes (à direita), 17 anos, foi escolhida para representar o DF na etapa internacional do PJM |  Foto: Silvio Vera Durante os quatro dias de programação, os participantes conheceram o funcionamento das instituições do Mercosul, discutiram problemas coletivos e aprenderam a construir consensos democráticos. Além disso, desenvolveram habilidades de liderança, pensamento crítico e expressão de ideias, por meio de debates e trabalhos colaborativos. Os estudantes não atuaram em uma simples simulação. Como parlamentares eleitos, discutiram soluções, apresentaram projetos e redigiram, de forma coletiva, a Declaração Regional, que será entregue ao Parlamento do Mercosul (Parlasul) em outubro. Atividades culturais A programação incluiu atividades culturais, ambientais e pedagógicas, como uma visita ao Marco das Três Fronteiras, símbolo da união entre Brasil, Argentina e Paraguai, e à Ponte Internacional da Fraternidade, iluminada com as cores do Mercosul — azul, verde e branco. A abertura contou com uma apresentação do grupo Corpo de Dança Folclore, Tradição e Cultura, celebrando a identidade latino-americana com música e dança. Programação PJM incluiu atividades culturais, ambientais e pedagógicas | Foto: Moisés do Nascimento Bonfim/UNILA Os estudantes também realizaram uma trilha no Parque Nacional do Iguaçu e conheceram as famosas Cataratas do Iguaçu, além de participarem de debates e formações na Universidade da Integração Latino-Americana (Unila). Um dos momentos marcantes foi a elaboração de mensagens, que serão enterradas em uma cápsula do tempo no futuro campus Arandu da universidade.   *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)

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Seminário no DF discute gestão da aprendizagem

Na última semana, quinta (11) e sexta-feira (12), o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) promoveu o primeiro encontro da série Diálogos Formativos — Gestão para a Aprendizagem, em parceria com o Centro de Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais (CDM), a Fundação Getulio Vargas (FGV DGPE), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI). O seminário inaugural abriu o ciclo de quatro encontros, no Centro de Convenções e Eventos Brasil 21. Durante os dois dias de evento, aproximadamente 120 profissionais da educação se reuniram para compartilhar experiências e construir soluções conjuntas. Participaram do evento representantes das Secretarias de Educação das 27 unidades da Federação, técnicos especializados em currículo e avaliação e membros do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O encontro aprofundou discussões sobre os elementos que determinam a eficácia dos processos educacionais | Fotos: Mary Leal/SEEDF Andreas Schleicher, diretor de Educação da OCDE, apresentou dados e evidências globais sobre gestão educacional, enquanto especialistas de Portugal e da França compartilharam experiências e boas práticas desenvolvidas em seus respectivos países. “A troca de experiências internacionais, especialmente sobre os desafios da aprendizagem no período pós-pandemia, oferece ideias valiosas que nos permitem adaptar soluções globais à nossa realidade local”, avaliou a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, destacou a necessidade de implementar políticas educacionais que estimulem o protagonismo estudantil A secretária também destacou a necessidade urgente de implementar políticas educacionais que estimulem o protagonismo estudantil, citando como exemplos práticos o uso de portfólios pedagógicos e o desenvolvimento de projetos interdisciplinares que integrem diferentes áreas do conhecimento. “O compromisso com o pacto pelo Brasil alfabetizado e o desenvolvimento de estratégias que conectem verdadeiramente a aprendizagem aos contextos reais dos estudantes representa um caminho essencial para despertar o interesse e a participação ativa dos jovens”, complementou.   [LEIA_TAMBEM]Perspectivas futuras O próximo encontro da série Diálogos Formativos está agendado para dezembro de 2025, tendo o estado de Alagoas como sede, enquanto o terceiro seminário ocorrerá em 2026, em local ainda a ser definido pelos organizadores. O evento tem quatro eixos principais como guia: engajamento de estudantes na aprendizagem; aprendizagem e desenvolvimento profissional de professores; uso de tecnologias digitais por professores e estudantes; e educação profissional e tecnológica em escolas de ensino médio. *Com informações da Secretaria de Educação  

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Estudantes da rede pública se preparam para o desfile de 7 de Setembro

A manhã desta terça-feira (2) foi marcada pelo ensaio geral do tradicional desfile cívico-militar, que será realizado neste domingo (7), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O encontro ocorreu no Setor Militar Urbano, onde 795 estudantes de dez escolas públicas e de uma instituição privada se reuniram para acertar os últimos detalhes da apresentação, que neste ano presta uma homenagem especial à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30). A subsecretária de Educação Básica, Iedês Braga, destacou a importância da participação da rede pública de ensino no evento. Para ela, a data vai além da celebração da independência e reforça valores de cidadania. “É um momento para exercitar nos estudantes e na sociedade, de forma geral, esse sentimento de pertencimento a uma nação livre, que se reinventa a cada ano”, afirmou. O desfile deste ano presta uma homenagem especial à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) | Foto: Mary Leal/SEEDF Neste ano, diferentes homenagens orientam a formação dos pelotões. “Tradicionalmente, temos um grupamento único, mas, em 2025, a Secretaria de Educação (SEEDF) participa com 520 alunos representando a COP 30. Além disso, o governo federal está organizando um grupamento temático, que terá 250 estudantes, 197 simbolizando as delegações internacionais, e outros 53 levando plantas típicas brasileiras”, explicou a subsecretária. Segundo Iedês, os estudantes também darão visibilidade a programas federais voltados à educação. “Outro pelotão, com 25 alunos do Centro de Ensino Médio (CEM) Urso Branco, do Núcleo Bandeirante, representará o Programa Pé-de-Meia, de incentivo financeiro e educacional à conclusão do ensino médio”, acrescentou a gestora.  Organização dos pelotões Responsável pela coreografia do desfile escolar há 15 anos, o professor de educação física da Escola Técnica de Brasília, Paulo di Paula, coordenou o ensaio com os alunos. “A iniciativa reforça o protagonismo estudantil e a valorização da escola pública em momentos de celebração nacional”, destacou. Ele também ressaltou a diversidade das instituições envolvidas, lembrando a participação de uma escola rural do DF. “A Escola Classe Sítio das Araucárias, de Sobradinho, atende sítios e assentamentos da região. É uma escola muito querida, e os alunos vão apresentar um trabalho bonito, homenageando a Amazônia e os trabalhadores das matas do Brasil”, contou.  José Souza, aluno do 5º ano, não esconde a ansiedade para o grande dia. “Eu nunca participei de nada parecido"  Para a gestora da unidade, Tainne Torres, a experiência é transformadora para as crianças da zona rural. “Eles estão muito animados, pois nunca viveram algo parecido. Desde o ano passado, trabalhamos os símbolos nacionais e hinos. O desfile é a culminância desse trabalho pedagógico de valorização da cidadania”, afirmou. José Souza, aluno do 5º ano da mesma escola, não esconde a ansiedade para o grande dia. “Eu nunca participei de nada parecido, é tudo muito diferente para a gente. Ensaiar o hino toda semana já era legal, mas agora poder desfilar, representando a nossa escola e o nosso país é uma alegria enorme”, contou. Angelina Santos (à direita): “Vamos celebrar a importância da democracia e a independência do nosso Brasil”  [LEIA_TAMBEM]A estreia no desfile também será marcante para muitos adolescentes. Motivo de orgulho para Angelina Santos, do 9º ano do Centro Educacional (CED) 02 do Riacho Fundo. “Eu me sinto muito feliz e realizada de estar participando, porque vamos celebrar a importância da democracia e a independência do nosso Brasil”, disse. O desfile oficial de 7 de Setembro deste domingo começa às 9h, na Esplanada dos Ministérios, com arquibancadas abertas gratuitamente ao público a partir das 6h30.  Confira a lista de escolas públicas e privadas que participam neste ano: Rede pública CED 619 de Samambaia CED 02 do Riacho Fundo CEM 01 de Planaltina CEF 11 do Gama CEF 20 de Ceilândia CEM 01 do Paranoá CEMEIT de Taguatinga CEF 213 de Santa Maria EC Sítio das Araucárias de Sobradinho CEM Urso Branco do Núcleo Bandeirante  Rede privada Colégio Master de São Sebastião  *Com informações da Secretaria de Educação  

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