Saúde alerta para baixa cobertura vacinal de tríplice viral, poliomielite, influenza e covid-19
A Secretaria de Saúde (SES-DF) alerta que o Distrito Federal enfrenta queda na cobertura de vacinas essenciais. Isso aumenta o risco de reintrodução de doenças já eliminadas no Brasil, como sarampo e poliomielite, e de agravamento de casos de síndromes respiratórias em crianças. A vacinação segue como medida fundamental para prevenir casos de sarampo, poliomielite e outras doenças | Foto: Jhonatan Cantarelle-Agência Saúde-DF De acordo com o Boletim de Imunização do primeiro quadrimestre de 2025, a cobertura da vacina tríplice viral que protege contra sarampo, caxumba e rubéola ficou abaixo da meta de 95% recomendada pelo Ministério da Saúde. De janeiro a abril deste ano, foram aplicadas 9,7 mil doses contra a poliomielite em crianças com menos de um ano, alcançando 88,9% da cobertura. O alerta é reforçado pelo aumento recente de casos de sarampo vindos de outros estados, o que eleva o risco de reintrodução da doença no DF. “Mesmo eliminado no país desde 2016, o sarampo continua circulando em várias partes do mundo, e a mobilidade internacional intensa de Brasília, com a presença de embaixadas e voos internacionais, torna o cenário local ainda mais vulnerável”, explica a gerente da Rede de Frio Central, Tereza Luiza Pereira. Vacina contra poliomielite A poliomielite é uma doença grave, capaz de causar paralisia permanente, e a vacinação é a única forma de prevenção. Todas as crianças menores de cinco anos devem receber as doses de acordo com o calendário de rotina. Desde novembro de 2024, o Brasil adotou o esquema exclusivo com a vacina inativada poliomielite (VIP), conforme orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). O esquema prevê três doses aos 2, 4 e 6 meses de idade, além de um reforço aos 15 meses. Influenza e covid-19 A cobertura das vacinas para Influenza e covid-19 em crianças menores de 4 anos também está longe do ideal. A baixa adesão preocupa especialistas, pois aumenta o risco de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nessa faixa etária — uma das principais causas de internação infantil no inverno e em períodos de alta circulação viral. O boletim aponta que a adesão das famílias ainda é um desafio, mesmo com o esforço da rede pública em ofertar os imunizantes em todas as unidades básicas de saúde (UBSs). “As vacinas estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde, e manter o cartão de vacinação em dia é uma responsabilidade coletiva”, reforça a gerente da Rede de Frio Central. [LEIA_TAMBEM]No Distrito Federal, conforme orientação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), a vacina de covid-19 está disponível para crianças de 6 meses a 5 anos (no Calendário Nacional de Vacinação de rotina), gestantes e puérperas, idosos a partir de 60 anos, pessoas com comorbidades, imunossuprimidos, trabalhadores da saúde, indígenas, quilombolas e ribeirinhos e também pessoas que ainda não tenham recebido nenhuma dose do imunizante. A Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda considera a covid-19 como um importante evento de saúde pública. O vírus segue em circulação, com novas variantes surgindo, e os riscos de agravamento do quadro são maiores em pessoas não vacinadas. Na hora de se imunizar, é importante levar a caderneta de vacinação e um documento de identidade. Caso a pessoa não possua mais seus registros de imunização, será feita consulta digital ao sistema; e, se necessário, serão aplicadas todas as doses previstas para a faixa etária. Consulte a lista dos locais de vacinação. *Com informações da Secretaria dse Saúde
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Mais de 62 mil vacinas foram aplicadas no DF na Campanha Nacional de Multivacinação de outubro
A Campanha Nacional de Multivacinação no Distrito Federal aplicou 62.481 doses de vacinas ao longo de outubro. Voltada principalmente para crianças e adolescentes de até 15 anos, a campanha também contemplou a imunização contra HPV para jovens até 19 anos e sarampo para pessoas de até 59 anos. As vacinas contra a dengue e a de influenza foram as que tiveram o maior número de doses aplicadas no DF. O objetivo da campanha foi atualizar a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes e de outros públicos prioritários. O Dia D de mobilização nacional, realizado em 18 de outubro, foi responsável por quase 20% do quantitativo total alcançado | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF O Dia D de mobilização nacional, realizado em 18 de outubro, foi responsável por quase 20% do quantitativo total alcançado. Com mais de 100 pontos de vacinação e a participação de cerca de 2 mil profissionais de saúde, 11.227 pessoas foram imunizadas, sendo, quase todos, jovens de até 15 anos. [LEIA_TAMBEM]“Isso demonstra a importância dessa estratégia de intensificação da cobertura vacinal. Constatamos muitas pessoas que estavam com o cartão de vacinas atrasado para dengue e influenza, que são extremamente importantes”, destaca a gerente da Rede de Frio Central da Secretaria de Saúde, Tereza Luiza Pereira. Vacinação de rotina Mesmo com o fim da mobilização, a vacinação de rotina continua normalmente. Pais e responsáveis que ainda não levaram crianças e adolescentes para vacinar podem aproveitar para atualizar a caderneta. Basta procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima. *Com informações da SES-DF
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Pólio, sarampo e HPV estão na mira da campanha de multivacinação
Mais de cem salas de vacinação abastecidas, equipes na rua para intensificar ações em espaços públicos e um grande Dia D marcado. É esse o cenário da Campanha de Multivacinação de 2025, que segue de 6 a 31 de outubro. O foco é atualizar as cadernetas de crianças e adolescentes de até 15 anos incompletos (até 14 anos, 11 meses e 29 dias) contra, principalmente, a pólio, o sarampo e o Papilomavírus Humano (HPV). “Essas doenças foram eliminadas no Brasil, mas são endêmicas em outras regiões. Por isso, manter essas coberturas vacinais elevadas é fundamental para evitar a reintrodução das enfermidades, sobretudo no contexto de grandes migrações e turismo”, explica o secretário de Saúde, Juracy Lacerda. Mais de cem salas de vacinação funcionam de segunda a sexta-feira, nos dias úteis | Sandro Araújo/Agência Saúde DF Na hora de se imunizar, é importante levar a caderneta de vacinação e um documento de identidade. Caso a pessoa não possua mais seus registros de imunização, será feita consulta digital ao sistema e, se necessário, serão aplicadas todas as doses previstas para a faixa etária. A lista dos locais de vacinação está disponível no site da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Embora o objetivo principal seja o público infantojuvenil, a campanha também irá atender pessoas de outras faixas etárias. Pólio, sarampo e HPV Campanha será voltada para crianças e adolescentes de até 15 anos incompletos De acordo com dados da Secretaria de Saúde (SES-DF), de janeiro a abril de 2025, foram aplicadas 9,7 mil doses contra a poliomielite em crianças com menos de 1 ano, alcançando 88,9% da cobertura, percentual abaixo do indicado pelo Ministério da Saúde, que é de 95%. Entre as crianças de até 1 ano, a meta de vacinação contra o sarampo também não foi atingida. O objetivo é alcançar 95% desse público com duas doses da vacina tríplice viral. No momento, a cobertura no DF para esse grupo está em 86,6%. A campanha também vai em busca de adolescentes e adultos que precisam se proteger do sarampo. O Programa Nacional de Imunização (PNI) prevê duas doses para todas as pessoas de 12 a 29 anos, uma para 30 a 59 anos e duas para trabalhadores de saúde, independente da idade. O terceiro foco da ação é o HPV. Além dos meninos e das meninas de 9 a 14 anos, também serão vacinados adolescentes de 15 a 19 anos que não tenham se imunizado anteriormente. A dose protege contra verrugas genitais e alguns tipos de câncer, como os de útero, pênis, boca, ânus e laringe. Outras vacinas [LEIA_TAMBEM]Além dessas doenças, a campanha de multivacinação vai abranger outros imunizantes. Isso porque o DF ainda está aquém das metas para febre amarela, varicela (segunda dose), DTP, hepatite A, primeiro reforço da meningocócica, meningo C, hepatite B, pentavalente e pneumo-10V, conforme os dados dos quatro primeiros meses de 2025 - todas as doses ficarão disponíveis ao longo da ação. “Entre as iniciativas que o DF irá desenvolver para alcançar os objetivos da campanha estão ações extramuros em escolas, feiras, shoppings e locais de grande circulação, além da ampliação dos horários de funcionamento das salas de vacina, da busca ativa de pessoas não vacinadas e de intervenções em áreas de difícil acesso”, detalha a chefe da Rede de Frio Central da SES-DF, Tereza Luiza Pereira. Em 18 de outubro, Dia D de vacinação, serão dezenas de locais em funcionamento de Norte a Sul da capital federal. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Vacina contra o sarampo: mitos e verdades
A desinformação em saúde é um dos maiores desafios enfrentados pelas instituições da área. Notícias falsas circulam rapidamente, especialmente nas redes sociais, colocando em risco a proteção de toda a população. Entre os mitos mais persistentes estão os supostos tratamentos caseiros, a ideia de que vacinas poderiam causar autismo e que a imunidade natural seria melhor que a da vacina. Disponível em todas as unidades básicas de saúde, a vacina tríplice viral é importante para prevenir a doença | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Segundo Tereza Luiza Pereira, gerente da Rede de Frio Central da Secretaria de Saúde (SES-DF), essas crenças colocam vidas em risco: “Algumas pessoas acreditam que tomar algum chá ou banho caseiro pode ajudar na cura do sarampo. Isso é mito. Enquanto a pessoa perde tempo com soluções que não funcionam, continua circulando em ambientes como escolas, trabalhos e transportes públicos, transmitindo a doença para mais pessoas. O correto é procurar imediatamente uma unidade de saúde”. “O sarampo não é uma doença inofensiva, um mito que muitas pessoas pensam. Ele pode levar à morte, especialmente em crianças menores de um ano, pessoas imunodeprimidas e gestantes” Tereza Pereira, gerente da Rede de Frio Central da Secretaria de Saúde Em 2024, foram aplicadas 84,9 mil doses da vacina tríplice viral no Distrito Federal. Neste ano, até o início deste mês, já foram registradas 66,3 mil aplicações. No que se refere à cobertura vacinal em crianças de 1 ano de idade, em 2024 os valores alcançaram 97,2% para a primeira dose e 88,3% para a segunda. Em 2025, até o momento, a cobertura é de 92,7% para a primeira dose e 82,6% para a segunda aplicação do imunizante. Sarampo pode matar Arte: Agência Saúde-DF Os principais sintomas da doença são febre alta, manchas vermelhas na pele (exantema), coriza e conjuntivite. “O sarampo não é uma doença inofensiva, um mito que muitas pessoas pensam”, explica Tereza Pereira. “Ele pode levar à morte, especialmente em crianças menores de um ano, pessoas imunodeprimidas e gestantes. Além disso, pode deixar sequelas graves, como a surdez infantil”. No Brasil, o sarampo havia sido eliminado em 2016. Porém, a queda da cobertura vacinal nos últimos anos propiciou o retorno da doença, que é altamente contagiosa e pode causar complicações como pneumonia e encefalite. “Se a pessoa apresentar esses sintomas, deve colocar máscara e procurar imediatamente o serviço de saúde”, orienta a gerente. “Não existe chá, banho ou remédio caseiro que substitua a atenção médica.” Vacinar é um ato de cuidado coletivo [LEIA_TAMBEM]A vacina tríplice viral está disponível gratuitamente em todas as unidades básicas de saúde (UBSs). "Manter a caderneta em dia é a forma mais segura de proteger a si mesmo e toda a comunidade”, enfatiza Tereza Pereira. “Não caia em fake news. Vacinar é um ato de cuidado, responsabilidade e amor à vida”. Estudo falso Uma narrativa enganosa sobre vacinas e autismo surgiu em 1998, a partir de um estudo fraudulento conduzido pelo médico britânico Andrew Wakefield, publicado na revista The Lancet. O trabalho usou dados manipulados e foi posteriormente desmentido. O artigo foi retirado da revista, e o autor perdeu a licença médica. Apesar disso, a desinformação persiste até hoje, sendo adaptada, inclusive, durante a pandemia da covid-19. “É importante reforçar: vacinas não causam autismo”, afirma Tereza Pereira. “Diversos estudos científicos em larga escala comprovam de forma consistente a segurança dos imunizantes”. *Com informações da Secretaria de Saúde
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