GDF lança banco de alimentos e amplia combate à fome na capital
Para muitas famílias em situação de vulnerabilidade no Distrito Federal, o acesso regular e direto a alimentos frescos e nutritivos está mais perto de se tornar realidade graças ao programa Todos Contra a Fome, lançado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) nesta segunda-feira (17), na Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF). Com o novo banco de alimentos, a instituição prevê investir, inicialmente, R$ 50 mil na compra de produtos de aproximadamente 600 agricultores familiares cadastrados. “Quando a deputada Jaqueline Silva nos levou esse projeto, eu, na mesma hora, abracei a causa porque isso é importantíssimo. Além do que a gente fornece de assistência social, com os cartões e benefícios e o apoio aos pequenos agricultores, esse complemento que vem do banco de alimentos é muito importante porque ele fornece o que a gente chama de cesta verde, que alimenta e complementa nutricionalmente as nossas famílias”, defendeu Ibaneis Rocha. O GDF lançou nesta segunda (17) o programa Todos Contra a Fome, que pretende ampliar o acesso de famílias em situação de vulnerabilidade a alimentos frescos e nutritivos | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília A iniciativa inaugura uma nova fase da política de segurança alimentar na capital federal. Com o novo modelo, será possível ampliar a distribuição de alimentos, fortalecer a agricultura familiar e melhorar a logística de arrecadação e entrega às entidades socioassistenciais. Hoje, o banco de alimentos tem mais de 400 instituições cadastradas, mas, por limitações estruturais, atende somente 150. A meta agora é alcançar todas. Presente na solenidade, a vice-governadora Celina Leão destacou que essa ação faz parte da política pública adotada para atender famílias em situação de vulnerabilidade: “Criamos um governo que trabalha com um ecossistema social que parte do campo para as pessoas que mais precisam da agricultura familiar. Essa é uma gestão eficiente e sensível para quem realmente precisa do nosso apoio. Nessa cidade, ninguém pode passar fome. E estamos trabalhando para isso. A criação do novo banco de alimentos, dentro do Todos Contra a Fome, é um marco para a nossa política de segurança alimentar. É o governo garantindo a compra da agricultura familiar e expandindo, de forma estratégica, nossa capacidade de levar dignidade e alimento a um número muito maior de famílias e entidades no Distrito Federal, cuidando de quem mais precisa”. O novo banco de alimentos será operado por uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip), responsável por gerenciar cadastros, editar chamadas de compra e organizar a logística dos alimentos. Agora, pequenos produtores poderão vender parte da produção ao governo e continuar doando outra parcela. “Só mediante doação não estava sendo o suficiente. Esse programa é inédito no Brasil. Somos a primeira Ceasa a ter uma Oscip com esse objetivo”, disse o diretor-presidente da Ceasa-DF, Bruno Sena Rodrigues. A estimativa inicial é de que cerca de 25 produtores participem das primeiras entregas, com compras feitas a cada dois meses. “A Ceasa vai começar investindo R$ 50 mil por mês na compra da produção da agricultura familiar. Temos nutricionistas que vão apontar a sazonalidade dos produtos e vão lançar a dieta de dois em dois meses. A ideia é colocar a Ceasa como um grande potencial de combate à insegurança alimentar no Distrito Federal”, acrescentou Bruno Sena. Bruno Sena Rodrigues, diretor-presidente da Ceasa-DF: "A ideia é colocar a Ceasa como um grande potencial de combate à insegurança alimentar no Distrito Federal" No campo, pequenos produtores vislumbram uma fonte de renda contínua e a segurança de ver sua produção chegar a quem mais precisa, como é o caso da agricultora familiar Cleunice Bezerra de Magalhães, de 70 anos. Com uma propriedade em Sobradinho, onde cultiva maracujá, baunilha e pepino, ela conta que o novo modelo de compra direta dá estabilidade e reconhecimento ao trabalho que exerce. “Esse programa vem nos ajudar a escoar nossos produtos e aumentar a nossa renda. Além disso, nos fortalece como produtoras mulheres”, disse. Cleunice afirma estar vivendo um período especial: “A gente tá sendo muito reconhecido nesses últimos tempos. Isso está nos dando força, principalmente para nós mulheres com mais idade.” Para ela, o programa não é apenas uma política pública. “Acabar com a fome é um desafio. A gente tem que trabalhar mesmo, temos de fazer alguma coisa. Eu me sinto gratificada de saber que estamos colaborando com a sociedade”, completou. Cleunice Bezerra de Magalhães comemora o lançamento do Todos Contra a Fome: "Esse programa vem nos ajudar a escoar nossos produtos e aumentar a nossa renda. Além disso, nos fortalece como produtoras mulheres" Mais investimentos e reconhecimento para a Ceasa-DF Essa é mais uma das iniciativas traçadas por este GDF para beneficiar os produtores e clientes que frequentam a Centrais de Abastecimento. Somente neste ano, foram destinados aproximadamente R$ 18 milhões em investimentos para a modernização, incluindo reformas estruturais e ações de segurança e intervenções para garantir mais conforto e eficiência às operações realizadas diariamente no local. Os destaques vão para a reabertura do Mercado do Peixe, a construção de três novos pavilhões e melhorias de infraestrutura, como estacionamento gratuito, pista de acesso, rotatória e posto da brigada de incêndio. Segundo o governador Ibaneis Rocha, há mais investimentos previstos para 2026. [LEIA_TAMBEM]“Para o orçamento do ano que vem, vamos destinar mais R$ 20 milhões aqui para a Ceasa. Quando a gente chegar ao final de 2026, todas as estruturas estarão reformadas, dando melhor condição para os produtores e para os comerciantes que aqui estão”, anunciou o chefe do Executivo. Fundada em 1971, a Ceasa-DF é o principal centro de abastecimento de frutas, verduras, legumes e flores do Distrito Federal. O espaço reúne 150 empresas atacadistas e desempenha papel estratégico para a economia local e para a segurança alimentar da população.
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Ações de segurança alimentar no DF ganham novo painel para ampliar transparência
A Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional do Distrito Federal (Caisan-DF) lançou, nesta quarta-feira (15), o Painel de Monitoramento de Indicadores de Segurança Alimentar e Nutricional do DF. Por meio dessa ferramenta, o cidadão terá acesso com transparência a diversos dados e gráficos sobre o andamento de ações ligadas à Política de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) no DF. Com base nos indicadores definidos no IV Plano Distrital de SAN (2024-2027), o painel reúne e organiza informações estratégicas de monitoramento. O material está disponível no site da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), pasta que coordena a Caisan-DF. “Este novo painel, além de aumentar a transparência, vai facilitar o acompanhamento dos programas e ações intersetoriais da política de segurança alimentar, contribuir para a qualificação da gestão, o fortalecimento da governança e o exercício do controle social no âmbito do DF”, ressalta a presidente da Caisan-DF e secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. Por meio dessa ferramenta, o cidadão terá acesso com transparência a diversos dados e gráficos sobre o andamento de ações ligadas à Política de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) no DF | Foto: Divulgação/Sedes-DF A Caisan-DF é formada por representantes das 12 secretarias e entidades da administração pública do setor, que vão alimentar periodicamente o painel. Em evento de lançamento do Painel de Monitoramento de Indicadores de SAN, promovido nesta quarta em comemoração do Dia Mundial da Alimentação, no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), a nutricionista da Secretaria de Saúde do DF, Carolina Gama, detalhou como vai funcionar a ferramenta. “O painel inicia com dados sobre a população do DF, sobre índice de vulnerabilidade social, Índice de Gini [mede o grau da desigualdade de renda], sobre o consumo alimentar e o estado nutricional das famílias no DF, segurança hídrica e saneamento básico, por exemplo, sobre produção, onde ficam as feiras livres e orgânicas e finaliza com dados sobre o orçamento de todos os programas e políticas de segurança e nutricional do DF”, explicou a servidora integrante do Grupo de Trabalho de Monitoramento da Caisan-DF. Caisan-DF A Caisan-DF é composta pelas secretarias responsáveis pelas áreas de Segurança Alimentar e Nutricional; Agricultura, Abastecimento e Assistência Técnica e Extensão Rural; Saúde; Educação; Meio Ambiente e Recursos Hídricos; Direitos Humanos; Igualdade Racial; Planejamento e Orçamento; Relações Governamentais e com Movimentos Sociais; Assistência Social; Desenvolvimento Econômico e Sustentável; Assuntos Fundiários. Presidida pelo titular do órgão do Governo do Distrito Federal (GDF) responsável pela Política de Segurança Alimentar e Nutricional, a Caisan-DF é responsável pela elaboração e aprovação do Plano Distrital de SAN (Pdsan), principal instrumento de planejamento, gestão e execução das ações de segurança alimentar e nutricional no Distrito Federal, que estabelece metas para garantir acesso regular e permanente a alimentos em quantidade e qualidade adequadas, de forma sustentável, respeitando a diversidade cultural e promovendo práticas alimentares que melhoram a saúde. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF)
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DF recebe primeiro lugar no Selo Betinho por avanços na garantia da segurança alimentar e combate à fome
O Distrito Federal conquistou o primeiro lugar no Selo Betinho pelos avanços e esforços permanentes no combate à fome. Concedido anualmente pela Organização da Sociedade Civil (OSC) Ação da Cidadania, o selo avalia as localidades que estão cumprindo as metas estabelecidas para garantir que seus cidadãos tenham acesso a uma alimentação adequada e duradoura. Como o Distrito Federal tem característica híbrida de estado e município, foi incluído nessa seleção e ficou entre as três capitais premiadas, à frente de Belo Horizonte e Curitiba. Ao conquistar o Selo Betinho, este Governo do Distrito Federal (GDF) demonstra o compromisso com a erradicação da fome e com a implementação de políticas públicas eficazes. Além disso, torna-se uma referência para outras capitais e municípios. Segundo a subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), Vanderlea Cremonini, a colocação do DF no ranking foi divulgada recentemente. Como o Distrito Federal tem característica híbrida de estado e município, foi incluído nessa seleção e ficou entre as três capitais premiadas, à frente de Belo Horizonte e Curitiba | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “O Selo Betinho analisa as boas práticas em segurança alimentar e nutricional, quais são os projetos que a localidade desenvolve para garantir o acesso à alimentação. Vai desde os programas que o governo tem, quais são, quantas pessoas são atendidas, quanto de orçamento essa localidade investe em segurança alimentar e nutricional. Tudo isso vai sendo pontuado, quanto melhor o índice de segurança alimentar e nutricional, quanto maior a transparência dessas ações, se há um acompanhamento da sociedade civil”, explicou em entrevista ao programa Papo Social, veiculado na canal da Sedes no YouTube. Fortalecimento Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; estabelecimento de políticas públicas e ações concretas para garantir acesso à alimentação saudável; e transparência, compromisso com dados abertos e participação social. Para receber o Selo Betinho, é necessário cumprir pelo menos 70% das propostas sugeridas pela Ação da Cidadania. A secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, ressaltou a importância desse reconhecimento. “Nós já tínhamos recebido o Selo Betinho, junto com outras duas cidades, por avançar no combate à fome. Ficar agora em primeiro lugar no Brasil, além de gratificante, mostra que nossa política de segurança alimentar e nutricional é referência e está à frente por ser intersetorial, aliando programas da Sedes-DF e de outros órgãos, por exemplo, a merenda escolar, que é da Secretaria de Educação, além das ações da Secretaria de Agricultura, com agrocecologia, incentivo à produção agrícola, entre outros. É um conjunto de ações deste GDF que garantiram essa premiação”, comemorou a gestora. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF)
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Restaurantes comunitários servem 12,6 milhões de refeições em nove meses no DF
Comida de qualidade, preço acessível e dignidade à mesa. Os restaurantes comunitários do Distrito Federal se consolidam como um dos maiores programas de segurança alimentar mantidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF). De janeiro a setembro deste ano, foram servidas 12,6 milhões de refeições nas 18 unidades espalhadas por regiões de maior vulnerabilidade social. Balanceadas e supervisionadas por nutricionistas, as refeições dos restaurantes comunitários têm preços bastante acessíveis à população | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Os restaurantes comunitários representam dignidade e inclusão” Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social Além do volume expressivo de atendimentos, o serviço é bem-avaliado pela população. Uma pesquisa de satisfação elaborada pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) aponta que 75% dos usuários classificam as refeições e o atendimento como “ótimos” ou “bons”. Apenas 0,005% das refeições resultaram em reclamações formais à pasta, o que representa 78 registros em um universo superior a 12 milhões de serviços prestados. Segundo a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, o programa cumpre um papel essencial na proteção social e atende um grande número de pessoas em situação de vulnerabilidade social que muitas vezes não têm acesso ao alimento diretamente. “Os restaurantes comunitários representam dignidade e inclusão. Conseguimos garantir alimentação de qualidade a um custo acessível, fortalecendo a rede de segurança alimentar e nutricional para quem mais precisa”, avalia. Reabertura no Paranoá Entre as 18 unidades em funcionamento, o Restaurante Comunitário do Paranoá reabriu as portas na sexta-feira (3) após passar pela primeira grande reforma deste ano desde sua inauguração, em 2002. Foram instaladas três novas câmaras frigoríficas e um açougue, além de terem sido feitos serviços como a renovação na rede elétrica e hidráulica, troca do piso da área de preparo, reforma dos banheiros e obras de acessibilidade e cobertura para filas. Reaberto, o Restaurante Comunitário do Paranoá ampliou a capacidade e passa a oferecer café da manhã, almoço e jantar A unidade, que no ano passado serviu mais de 711 mil refeições, ampliou a capacidade de atendimento e agora oferecerá café da manhã, almoço e jantar, todos os dias, incluindo domingos e feriados. O novo contrato prevê mais de 1,2 milhão de refeições por ano, com média diária superior a 3,5 mil atendimentos. “Se a pessoa tomar café da manhã, almoçar e jantar na unidade, vamos ter a certeza de que ela estará bem-alimentada com um preço bem acessível” Vanderléa Cremonini, subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional A subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional, Vanderléa Cremonini, lembra que a obra foi executada para atender os requisitos sanitários, com o objetivo de promover a qualidade do alimento. “A garantia da segurança alimentar não é apenas você ter acesso ao alimento, mas ao alimento com qualidade”, especifica. A gestora também reforça que qualquer pessoa que se alimenta no Restaurante Comunitário garante as calorias necessárias para um dia, devido ao cardápio planejado pela equipe de nutricionistas. “Se a pessoa tomar café da manhã, almoçar e jantar na unidade, vamos ter a certeza de que ela estará bem-alimentada com um preço bem acessível”, afirma Vanderléa. “Com isso, a pessoa deixa de gastar em alimentos e pode investir em outros direitos, como lazer, esporte, cultura ou outra frente que pode desenvolver mais ainda a sociedade.” População satisfeita Sabrina Sousa, dona de casa: “Eu trago o meu pequeno para almoçar aqui, e o custo-benefício é excelente” [LEIA_TAMBEM]Atualmente, 15 unidades funcionam de domingo a domingo, inclusive em feriados, com a oferta das três refeições diárias: café da manhã e jantar a R$ 0,50 cada, e almoço a R$ 1. A dona de casa Sabrina Sousa, 31 anos, sempre frequentou o espaço com o filho e avalia que a reabertura do serviço é um alívio para o orçamento, além de facilitar o trabalho que ela teria fazendo compras e cozinhando em casa. “Eu trago o meu pequeno para almoçar aqui, e o custo-benefício é excelente, a comida é boa, balanceada e deixa a gente forte”, ressalta. “Para mim faz toda a diferença, porque quem trabalha é meu esposo; eu sou dona de casa, então já ajuda bastante nas despesas. Todo mundo lá de casa come aqui e gosta.” Marcelo Reis: “É uma comida boa e acessível; estava fazendo muita falta para nós da comunidade do Paranoá. A gente economiza bastante em casa” Para o servente Marcelo da Silva Reis, 41, o restaurante é uma ajuda fundamental: “É uma comida boa e acessível; estava fazendo muita falta para nós da comunidade do Paranoá. Muita gente depende disso aqui, e dá para ver a melhora nesses anos. Eu sempre vinha almoçar aqui, que é uma opção mais viável do que outros lugares mais caros. A gente economiza bastante em casa”.
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