Mais de 6 mil pessoas contribuem com serviços voluntários no programa GDF Mais Perto do Cidadão
Por trás de cada atendimento realizado no GDF Mais Perto do Cidadão há uma história de dedicação e empatia. Desde o início de 2023, mais de 6 mil pessoas já participaram voluntariamente das ações do programa, promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus-DF). São profissionais das mais diversas áreas — médicos, enfermeiros, psicólogos, professores, arquitetos, veterinários, profissionais da tecnologia, da cultura e da beleza — que se unem com um mesmo propósito: fazer o bem ao próximo. A iniciativa, que ocorre a cada quinze dias em uma região administrativa diferente do DF, leva serviços essenciais, cultura, lazer e cidadania para perto da população mais carente. Realizado sempre às sextas e sábados, o programa já contabiliza mais de 500 mil atendimentos desde que foi criado, em fevereiro de 2023 — um marco possível graças à força de milhares de voluntários dispostos a doar tempo e conhecimento em prol do bem comum. Tempo e conhecimento Entre esses voluntários está o pediatra Ricardo Fonseca, conhecido carinhosamente como o “super pediatra”. Vestido com a tradicional roupa do Super-Homem e com o consultório móvel decorado com super-heróis, ele encanta crianças e adultos nas edições do programa. “Ajudar é algo que me engrandece. Levar informação científica e de qualidade, cuidar da saúde das crianças e orientar as mães é transformador — não só para elas, mas também para mim”, contou Ricardo, entre um atendimento e outro. A iniciativa, que ocorre a cada quinze dias em uma região administrativa diferente do DF, leva serviços essenciais, cultura, lazer e cidadania para perto da população mais carente | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus-DF Outro exemplo de dedicação é o do professor e barbeiro Roberto Ramos, que participa das ações desde o ano passado, acompanhado de sua equipe e de alunos. “Levar treinamento e capacitação em cortes de cabelo e barba de forma gratuita à população menos favorecida é mais gratificante do que qualquer outro trabalho remunerado. A gente ensina, aprende e ainda espalha dignidade por onde passa”, afirma. Gratidão O gesto solidário desses profissionais tem sido reconhecido por quem mais precisa. Maria das Graças Pereira, mãe de três filhos e moradora de Planaltina, foi atendida em uma das edições do programa. “Meu filho precisava de um atendimento de fisioterapia e eu não tinha como pagar. A voluntária daqui foi tão atenciosa, explicou os exercícios e me orientou com tanto carinho que me emocionei. Ela faz aquilo com amor, dá para ver no olhar”, relata. Histórias como a do José Carlos Maciel, 71 anos, também mostram o alcance do projeto. “Fui cortar o cabelo com um voluntário e saí me sentindo novo. Ele fez com tanto capricho e atenção que parecia que eu estava em um salão caro. A gente percebe que eles fazem de coração”, conta, sorrindo. Reconhecimento A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou o papel essencial dos voluntários no sucesso do programa. “O GDF Mais Perto do Cidadão é uma ação de governo, mas o coração dele são os voluntários. São pessoas que colocam amor em cada atendimento e fazem da solidariedade um instrumento real de transformação social”, afirmou. O pediatra Ricardo Fonseca, conhecido carinhosamente como o “super pediatra”, se veste com a tradicional roupa do Super-Homem e com o consultório móvel decorado com super-heróis, ele encanta crianças e adultos nas edições do programa Com edições realizadas quinzenalmente e presença consolidada em todas as regiões administrativas, o programa segue levando dignidade, acolhimento e oportunidades a quem mais precisa — e reafirmando o poder de um gesto simples: doar tempo para cuidar do outro. Como participar Os voluntários do GDF Mais Perto do Cidadão integram o Programa Voluntariado em Ação, também coordenado pela Sejus-DF, que já conta com mais de 46,5 mil pessoas cadastradas. A iniciativa reúne cidadãos interessados em atuar em diferentes frentes sociais, apoiando programas e campanhas do Governo do Distrito Federal. Quem quiser participar pode se cadastrar no site voluntariadoemacao.sejus.df.gov.br, informando a disponibilidade de trabalho, o eixo de atuação e o público de interesse. Com base nessas informações, a equipe da Sejus-DF cruza o perfil e as competências do voluntário com as necessidades de cada ação. Havendo compatibilidade, o candidato recebe a confirmação por e-mail e passa a integrar a rede de solidariedade que transforma vidas em todo o Distrito Federal. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF)
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Histórias de dedicação na rede pública de ensino marcam Dia do Educador Social Voluntário
Uma educação de qualidade é construída em regime colaborativo. Na rede pública de ensino do Distrito Federal, os Educadores Sociais Voluntários (ESV) são parte essencial dessa construção e fazem a diferença no atendimento dos estudantes. Estabelecido pela Lei Distrital nº 6.871 de 2021, o Dia do Educador Social Voluntário, celebrado nesta segunda-feira (28), reconhece quem transforma vidas com afeto, dedicação e presença diária nas escolas. Essa é justamente a história de Kryssia Keller e Renata Santos, que atuam no apoio a alunos com necessidades especiais na Escola Classe (EC) 03 da Estrutural. Renata Santos e o estudante Davi Borges, de 6 anos. "Sem os educadores sociais, não conseguiríamos garantir o atendimento de qualidade que oferecemos" | Foto: Jotta Casttro/SEEDF Também é o caso de Thays de Oliveira, que entrou na rede pública de ensino do DF como ESV em 2024 e segue após ser aprovada no último concurso público, levando consigo a experiência e a sensibilidade que aprendeu no voluntariado. A pedagoga Kryssia Keller, de 30 anos, atua como voluntária desde o início do ano. Ela encontrou na função uma nova motivação. “Estava parada cuidando dos meus filhos e queria voltar à sala de aula, mas não sabia como. Vi uma propaganda sobre o Educador Social, me inscrevi e deu certo”, conta. Renata Santos, 43 anos, também atua na EC 03 da Estrutural. Formada em gastronomia, ela conta que antes de atuar na Educação, trabalhou na oficina mecânica do ex-marido, onde aprendeu a montar e desmontar bicicletas. “Trabalhava em uma área completamente diferente, mas tudo mudou e gosto muito do que faço. É um trabalho que exige paciência e atenção, é apaixonante. Nem todo mundo tem o preparo ou o coração para isso, mas eu me encontrei aqui”, explica. A educadora deixa um recado para os colegas que atuam como ESVs. “As crianças precisam de nós. Na escola, a nossa presença é a referência que muitos têm. Mesmo com um valor simbólico pelo dia trabalhado, a nossa função é essencial. Elas contam com a gente todos os dias.” A EC 03 da Estrutural atende 430 alunos, sendo 70 com necessidades especiais. A diretora Lucélia Abreu reconhece o papel desses profissionais no dia a dia dos estudantes. “Temos 16 atuando na escola, sem eles não conseguiríamos garantir o atendimento de qualidade que oferecemos. Além do apoio, esses profissionais conquistaram as famílias pelo cuidado e vínculo afetivo que constroem e as famílias pedem que os mesmos educadores fiquem com seus filhos, porque sabem que eles oferecem carinho, atenção e um olhar humanizado.” De educadora social voluntária a servidora pública A jornalista Thays de Oliveira atuou como ESV na EC 209, da Asa Sul, e depois foi aprovada no concurso público da SEEDF O trabalho voluntário transformou a vida de Thays de Oliveira, 29 anos, que encontrou na sala de aula o caminho para transformar sua vida profissional. Atualmente servidora da SEEDF, Thays conta que estava em busca de oportunidades e após atuar como ESV na Escola Classe (EC) 209, da Asa Sul, viu sua vida melhorar. “A ideia era complementar a renda, mas foi muito além disso”, conta Thays. “Em 2024, fui selecionada para atuar na EC 209 Sul, onde comecei oferecendo suporte geral a uma turma do 3º ano. Com o tempo, passei a acompanhar mais de perto dois alunos com necessidades especiais, um com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outro com dislexia”, lembra. [LEIA_TAMBEM] A jornalista, que tomou posse na Secretaria de Educação em janeiro deste ano, conta que a vivência com as crianças com necessidades especiais a ajudou no crescimento pessoal. "Além da bagagem profissional, a gente aprende a entender melhor as diferenças. É uma experiência que transforma.” Suporte nas escolas A rede pública conta, atualmente, com cerca de 7.300 educadores sociais voluntários (ESVs) atuando nas escolas das 14 coordenações regionais de ensino (CREs) do DF. Esses profissionais exercem suas funções sob a orientação das equipes gestoras, com dedicação e responsabilidade. O vínculo tem duração de um ano e segue critérios definidos em edital. “Já encaminhamos cerca de 7.300 educadores sociais voluntários para atuar nas nossas escolas. O limite atual é de 7.500, mas diante da crescente demanda, já solicitamos um aditivo para mais mil vagas”, destaca o chefe da Unidade de Apoio às Coordenações Regionais de Ensino (Unicre), Carlos Ney. Os ESVs colaboram no apoio às atividades da educação integral e atuam diretamente com estudantes com deficiência e/ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), auxiliando em tarefas como alimentação, locomoção e higienização. Eles também contribuem na integração de estudantes migrantes internacionais e indígenas, falantes de outras línguas, matriculados na rede pública, incluindo os Centros Interescolares de Línguas (CILs) e os Centros de Educação Profissional. *Com informações da SEEDF
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Hortos comunitários promovem bem-estar físico e mental nas unidades básicas de saúde do DF
Os pequenos terrenos que cercam algumas das unidades básicas de saúde (UBSs) do Distrito Federal são, para muitos, uma fonte viva de bem-estar físico e mental. Nas pequenas hortas, conhecidas também como hortos agroflorestais, a comunidade tem acesso a um espaço de cultivo tocado por voluntários que descrevem o local como um refúgio de cura e conexão. Os hortos agroflorestais que cercam algumas das UBSs do Distrito Federal ajudam a promover o bem-estar físico e mental da comunidade que trabalha voluntariamente neles | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília É o que aponta o aposentado Francisco Apolinário da Silva, um dos moradores de Ceilândia que, com 74 anos, cuida do cantinho da UBS 9 da cidade com dedicação e disposição, visíveis nas mãos que preparam a terra para o próximo plantio. “Eu chego, respiro um ar mais puro e tomo um banho de energia positiva. Essa é a parte que eu mais gosto no horto – quando eu entro ali, tenho um tempo comigo mesmo e parece que estou numa floresta. Antes eu tinha depressão. Hoje penso em coisas boas, tenho outra vida e uma vontade de viver cada dia mais. Me sinto mais entusiasmado e não pretendo parar por aqui”, relata. A Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (RHAMB) foi criada há sete anos, como parte das práticas integrativas em saúde da Secretaria de Saúde (SES-DF) e da Fiocruz Brasília, com foco no fortalecimento da atenção primária à saúde. O local funciona com base na agricultura biodinâmica, uma prática que aproxima o ser humano da natureza e estimula o cuidado com a saúde de maneira holística, unindo as áreas física, mental e emocional. Os hortos são voltados ao cultivo comunitário de plantas medicinais e alimentos, além de serem espaços terapêuticos para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). “Antes eu tinha depressão. Hoje penso em coisas boas, tenho outra vida e uma vontade de viver cada dia mais. Me sinto mais entusiasmado e não pretendo parar por aqui”, conta o aposentado Francisco Apolinário da Silva, sobre o trabalho no horto O horto da UBS 9 de Ceilândia existe desde 2024 e já transformou a vida de outros moradores como seu Francisco, usuários que visitam semanalmente o espaço e afirmam ter superado a depressão por meio do contato com a terra e da convivência com a equipe e vizinhos. Esse é o caso da aposentada Marizete Lobo Batista, 68, que foi encaminhada à UBS para fazer atividades físicas após ter sido diagnosticada com depressão e pressão alta. Chegando a pesar mais de 100 kg antes de começar a trabalhar na horta, atualmente ela conta com a pressão estabilizada e o peso controlado, descrevendo o trabalho diário e voluntário no espaço verde como uma salvação para melhorar as condições de saúde. “Eu estava no fundo de um sofá, só sabia comer, dormir e assistir televisão. Procurei um posto de saúde porque minha pressão estava em 19 por 12, estava para ter um infarto. Hoje me sinto uma pessoa realizada, 99% da minha saúde foi recuperada aqui no horto. É um paraíso para mim. Gosto de mexer na terra, plantar, colher e pôr na mesa para quem está com fome, além de me tratar nesse processo. Reconheço muito tudo que fizeram por mim e vou passar o legado para minhas filhas, netas e bisnetas”, destaca. Para a aposentada Marizete Lobo Batista, o trabalho com a terra foi essencial para combater a depressão e a pressão alta: “Hoje me sinto uma pessoa realizada, 99% da minha saúde foi recuperada aqui no horto” Reconhecimento nacional Atualmente a SES-DF conta com 30 hortos em unidades de saúde, totalizando mais de 8 mil metros quadrados de área cultivada com o envolvimento direto de gestores, profissionais e usuários do SUS. Em 2024, a Rede de Hortos da pasta foi reconhecida como uma das três experiências nacionais mais bem-sucedidas na área de segurança alimentar e nutricional, reforçando o impacto dessa política pública na qualidade de vida das comunidades. À frente da UBS 9 de Ceilândia, a especialista em saúde pública Luana Caroline Souza afirma que os profissionais do projeto participam de um curso cuja proposta é montar uma agrofloresta, com plantas comestíveis e medicinais para serem utilizadas como matéria-prima para medicamentos. “É uma área de integração social, onde qualquer um pode participar. O pessoal 60+ tem mais participação do que de jovens e ocupa o tempo aqui. Tudo que produz fica para a comunidade, que usufrui das plantas para fazer chás de erva-cidreira, capim-santo, espinheira-santa e outras hortaliças”, observa. A farmacêutica reforça, ainda, que o sentimento de pertencimento e propósito aliado ao trabalho coletivo e ao contato com a natureza promove confiança, vínculos afetivos e saúde emocional. Para a dona de casa Helena Maria da Costa, 72, uma das partes mais importantes do projeto é a interação social, além da oportunidade de atuar em uma área verde ampla e rica. “Em casa, eu ia do sofá para a cama e da cama para o sofá. Cansei dessa vida e vim para cá, onde trabalho com gosto, satisfação e alegria. Aqui a gente mexe na terra e conversa tanto, que é uma interação boa demais. No dia que eu não venho, sinto falta. Somos uma dupla de três: eu, Marizete e Francisco”, brinca.
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Cerca de 150 voluntários reforçam atendimento na rede pública de saúde do Gama e de Santa Maria
As regiões do Gama e de Santa Maria contam agora com o reforço de aproximadamente 150 novos profissionais voluntários. Eles vão complementar os atendimentos nas unidades básicas de saúde (UBSs) e no Hospital Regional do Gama (HRG). O acolhimento dos recém-chegados ocorreu na terça-feira (8), e o período de atuação é de um ano, prorrogável por igual período. Com os novos integrantes, a Região de Saúde Sul passa a contar com 371 profissionais voluntários ativos. Entre eles, há enfermeiros, técnicos de enfermagem e de radiologia, fisioterapeutas, psicólogos, dentistas, farmacêuticos, biomédicos, médicos e assistentes sociais. A Região de Saúde Sul passa a contar com 371 profissionais voluntários ativos | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF “A chegada desses voluntários representa uma melhora concreta na qualidade do atendimento. Eles ajudam a humanizar os serviços, especialmente em áreas como psicologia, assistência social e cuidados paliativos. São um braço que se estende para acolher, cuidar e transformar a realidade da nossa rede – tanto para o serviço quanto para os usuários”, afirma a coordenadora do voluntariado do HRG, Eliza Rodrigues. Motivações e expectativas Formado em farmácia, Ítalo Jerônimo vai trabalhar no HRG e vê no voluntariado uma oportunidade de crescimento e contribuição. “Já participei de ações sociais na faculdade, mas essa experiência é mais profunda. Ajudar a população é gratificante, e quero dar o melhor de mim para atender bem. À medida que eu entender o ritmo do hospital, pretendo ajudar a otimizar processos e somar com a equipe”, declara. A Secretaria de Saúde (SES-DF) possui atualmente mais de 2,3 mil voluntários Já para a técnica de enfermagem Janaina Ferreira, essa será a primeira experiência como voluntária na rede pública. “O acolhimento dos profissionais do HRG foi o que me motivou a querer participar do programa. Somado a isso, sei que é uma ótima oportunidade de aprimorar meus conhecimentos. Acredito que será um período enriquecedor”, avalia. Capacitação Nessa quarta-feira (9), os novos voluntários passaram por capacitações sobre infecção hospitalar, qualidade e segurança do paciente, reforçando o preparo para oferecer um atendimento ético, seguro e humano. A Secretaria de Saúde (SES-DF) possui atualmente mais de 2,3 mil voluntários, distribuídos entre os modelos de voluntariado social – com atividades lúdicas, culturais e pedagógicas – e profissional, voltado a pessoas com formação e registro na área de atuação. As inscrições para atuar na Região Sul ocorrem anualmente, no mês de março. Interessados em se tornar voluntários devem procurar o Núcleo de Ensino e Pesquisa (Nep), localizado na biblioteca do HRG, ou enviar um e-mail para: hrgvolprofissional@gmail.com. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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