Unaids visita rede de cuidado a pessoas com HIV da Secretaria de Saúde
Integrantes da Junta de Coordenação do Programa (PCB, sigla em inglês para Programme Coordinating Board), o colegiado de governança do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), visitaram, no início desta semana, o Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), na Asa Sul, e a Policlínica 2 de Ceilândia. A expectativa é que as experiências observadas contribuam para a replicação de boas práticas nos países respectivos. Reunião da Junta de Coordenação do Unaids está sendo realizada no DF | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF O colegiado está no Distrito Federal para a 57ª reunião do PCB, que foi aberta na terça-feira (16) e segue até esta quinta (18). As visitas de campo são sempre feitas na cidade-sede do encontro. O objetivo é apresentar a resposta nacional ao vírus da imunodeficiência humana (HIV) e à Aids, destacando as especificidades do modelo de atenção à saúde adotado pelo país anfitrião, bem como os aprendizados que podem ser compartilhados no cenário internacional. “Explicamos como passamos aos pacientes com HIV todo o fluxo de atendimento e os serviços disponíveis na Secretaria de Saúde [SES-DF]”, detalhou o infectologista Lino Neves, da Policlínica II Ceilândia, que recepcionou o grupo para apresentar a resposta ao HIV/Aids na Regional Oeste de Saúde. [LEIA_TAMBEM]Assistência e cuidado no DF Durante todo o ano, a SES-DF oferece testes rápidos para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), além das profilaxias pré (PrEP) e pós (PEP) exposição ao HIV/Aids — métodos para evitar que novas pessoas se infectem pelo vírus. Esses tratamentos são encontrados em algumas unidades básicas de saúde (UBSs), no Cedin e na Unidade de Testagem, Aconselhamento e Imunização (Utai). No âmbito da pasta, foi criado, ainda, um grupo de trabalho interinstitucional para desenvolver o protocolo de fluxo da PrEP ao HIV às UBSs que atuam no sistema prisional do DF, iniciativa pioneira no Brasil. *Com informações da Secretaria de Saúde
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HTLV: conheça essa infecção sexualmente transmissível
O nome pode não ser muito popular: Human T-cell Lymphotropic Vírus. Mas o vírus HTLV, da mesma família do bem mais conhecido HIV, faz parte do trabalho diário da Secretaria de Saúde (SES-DF) para proteger a população do Distrito Federal. Hoje, 10 de novembro, Dia Mundial do HTLV, ganham destaque as ações de prevenção, diagnóstico e tratamento. No Distrito Federal, já existe até lei para proteger bebês desse vírus. Gestantes que estiverem contaminadas podem transmitir posteriormente o vírus ao bebê, durante a amamentação | Foto: Geovana Albuquerque/Arquivo Agência Saúde-DF O HTLV tem semelhanças com o HIV, vírus causador da Aids, também sendo uma das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) que afeta o sistema imunológico. No caso das gestantes, a preocupação é maior: uma mãe pode contaminar um bebê por meio da amamentação. Por este motivo, em 2024, a Lei nº 7.619 determinou a inclusão do teste de detecção do vírus na lista de exames obrigatórios no pré-natal das gestantes do Distrito Federal. Antes mesmo da lei, a SES-DF já intensificava a prevenção. Entre 2017 e 2024, foram aplicados mais de 180 mil exames de triagem para HTLV em gestantes, ainda no primeiro trimestre. As que tiveram resultados positivos passaram por novas testagens para confirmar o diagnóstico. Mediante resultado positivo, além de iniciar o acompanhamento, a mulher não pode amamentar o bebê, tal como ocorre com as portadoras do HIV. Entre 2013 e 2023, foram diagnosticadas 260 gestantes com infecção pelo HTLV no DF. São cerca de 0,7 casos para cada grupo de mil gestantes. De acordo com a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES-DF, Beatriz Maciel Luz, estima-se que existam cerca de 2 mil pessoas vivendo com HTLV no DF. “É uma infecção silenciosa e negligenciada, com baixa visibilidade social e poucas campanhas de comunicação”, enfatiza. “Além disso, ainda não existe tratamento curativo nem vacina disponível, e os casos muitas vezes permanecem subdiagnosticados. Por isso, o tema acaba sendo menos abordado em comparação a outras ISTs”. Notificações [LEIA_TAMBEM]A vigilância epidemiológica da SES-DF trabalha para identificar pacientes. Todo caso positivo é de notificação compulsória, e o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) participa do monitoramento. A SES-DF também firmou parcerias com instituições como Ministério da Saúde, Fiocruz e Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), tanto para ações de vigilância epidemiológica quanto educativas. Desde 2023, a SES-DF promove oficinas de capacitação para profissionais de saúde, abordando diagnóstico, vigilância, aconselhamento e manejo clínico das pessoas com HTLV. A pasta também trabalha para criar uma linha de cuidados específicos para os pacientes. A porta de entrada para o acompanhamento e testagem de HTLV em gestantes é a unidade básica de saúde (UBS). *Com informações da Secretaria de Saúde
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Distrito Federal se destaca em ampliação do uso de profilaxia contra o HIV
O Distrito Federal tem avançado na oferta e na adesão à profilaxia pré-exposição (PrEP) ao vírus da imunodeficiência humana (HIV). De acordo com o Ministério da Saúde, em 2023, a capital alcançou a categoria 4 no monitoramento da estratégia. Isso significa que, assim como São Paulo, há pelo menos uma pessoa em uso da PrEP para cada quatro novos casos de HIV registrados no DF. O índice mostra que, se o ritmo for mantido, a transmissão do vírus pode realmente ser reduzida nos próximos anos. Medicamentos: quando usada corretamente, a profilaxia pré-exposição (PrEP) pode reduzir em mais de 90% o risco de infecção | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde O DF também é destaque nacional na continuidade do tratamento. Enquanto a média brasileira de descontinuidade da medicação é de 30%, por aqui o registro aponta para 21% - o menor índice do país. “Os números são resultado direto do trabalho comprometido e qualificado das equipes de saúde”, afirma a diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde (SES-DF), Juliane Malta. “São profissionais que, na ponta, acolhem, orientam e acompanham cada pessoa com cuidado e respeito. Ainda temos desafios pela frente, mas estamos no caminho certo para ampliar o acesso e promover uma resposta cada vez mais eficaz ao HIV.” O HIV é transmitido principalmente por meio dos fluidos corporais específicos durante relações sexuais sem proteção, compartilhamento de seringas e também de mãe para filho durante o parto (quando não for bem-assistido). Público-alvo Qualquer pessoa interessada pode requisitar o uso da profilaxia – inclusive adolescentes, a partir de 15 anos, pesando 35 kg ou mais, sem necessidade de autorização dos pais. O medicamento será dispensado após consultas e exames para avaliar a situação da saúde do indivíduo. Os segmentos prioritários são pessoas que frequentemente deixam de usar camisinha nas relações sexuais, homens que fazem sexo com outros homens, pessoas trans, trabalhadores do sexo, pessoas que fazem uso repetido da profilaxia pós-exposição (PEP) e parcerias heterossexuais ou homossexuais em que uma das pessoas vive com HIV. Além desses públicos, Malta reforça que mulheres cisgênero heterossexuais também devem ficar atentas às informações sobre prevenção de HIV. A PrEP é uma das ferramentas mais eficazes para a prevenção do HIV. Quando usada corretamente, pode reduzir em mais de 90% o risco de infecção. A SES-DF disponibiliza a profilaxia gratuitamente em diversos pontos do DF. O acesso é simples, confidencial e seguro. HIV e Aids ⇒ O HIV é um microrganismo que ataca o sistema imunológico. Uma pessoa infectada pode não apresentar sintomas ou desenvolver Aids ⇒ A Aids é a infecção pelo HIV em estágio avançado. Não é o vírus em si, mas um conjunto de sinais que comprometem as defesas imunológicas ⇒ Embora não exista cura para a Aids, o tratamento antirretroviral pode controlar a infecção, permitindo que pessoas vivendo com HIV tenham uma vida longa e saudável ⇒ O tratamento correto pode fazer com que o paciente atinja a carga viral indetectável para o HIV, ou seja, tão baixa que não pode ser detectada por testes-padrão. Nesse caso, a pessoa também não transmite o vírus. *Com informações da Secretraria de Saúde
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Alunos da rede pública do DF participam de Oficina de Comunicação em Saúde sobre HIV e Aids
Mais de 50 adolescentes da rede pública de ensino do Distrito Federal integraram uma oficina de comunicação em saúde, focada em informações sobre o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e a Aids. A atividade reforça o dia mundial da luta contra a doença, lembrada, anualmente, em 1º de dezembro. Realizado na última quinta-feira (28), o encontro ocorreu no Espaço Renato Russo, na Asa Sul. O equipamento público recebe o nome do cantor e compositor brasileiro, morto devido a complicações causadas pelo HIV em 11 de outubro de 1996, na época com 36 anos. “Os adolescentes desconhecem as histórias de pessoas que viveram e morreram com a doença em um contexto muito diferente do de hoje. Principalmente em relação à prevenção, diagnóstico e tratamento”, afirmou a gerente do local, Beatriz Maciel Luz. Além do material para pesquisa e confecção de produtos, os estudantes contaram com o auxílio de profissionais de comunicação | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF A oficina é resultado do trabalho conjunto das Secretarias de Saúde (SES-DF) e de Educação (SEEDF) com o Ministério da Saúde e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). Comunicação em saúde Divididos em grupos, os estudantes de nível médio do Centro Educacional (CED) 203 do Recanto das Emas e do Centro de Ensino Médio (CEM) 404 de Samambaia produziram peças comunicativas acerca de um tema específico, em formato de publicação para as redes sociais ou de obra teatral. As maneiras de transmissão do HIV e as diferentes abordagens de prevenção combinada foram algumas das propostas apresentadas ao final. Os jovens elogiaram, principalmente, as informações sobre os serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o incentivo ao aprendizado em grupo. “Aprendi que existem muitas formas de encontrar assistência. Não precisa ser somente com as pessoas que a gente conhece. Nas unidades de saúde você consegue conversar, contar a sua história e obter métodos de prevenção e testes”, ensinou Jéssica Cristina, 16, aluna do 1º ano do CEM 404 de Samambaia. Além do material para pesquisa e confecção de produtos, os estudantes contaram com o auxílio de profissionais de comunicação. Para a jornalista Kamila Rodrigues, da equipe de instrutores da oficina, o convívio com os adolescentes teve grande valor para o seu trabalho. “A forma lúdica de tratar esse tipo de assunto tem grande eficácia como estratégia de comunicação. A gente precisa aprender a comunicar, com leveza, os temas sérios”, avaliou. Prevenção e diagnóstico precoce As pessoas entre 20 e 39 anos representam mais de 70% dos quase 3,8 mil casos de infecção pelo HIV em residentes do DF, segundo dados de 2019 a 2023 do Informativo Epidemiológico. Nos casos de Aids, essa faixa etária soma três quintos das 1,3 mil notificações. Os testes rápidos para HIV podem ser realizados na rede de 176 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do DF ou no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA). Atualmente, também estão disponíveis autotestes, o qual a pessoa pode realizar onde e quando quiser. Além disso, em respeito à intimidade e à privacidade, não é permitido divulgar o diagnóstico de HIV de uma pessoa, sem prévia autorização. A melhor forma de evitar o HIV/Aids é a prevenção combinada, que consiste no uso integrado de diferentes abordagens de prevenção, também disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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DF tem rede referência de assistência a pacientes com doenças infecciosas
Causadas por micro-organismos como bactérias, fungos, vírus, parasitas e protozoários, as doenças infecciosas quando atingem gravidade têm um percentual relevante de mortalidade em todo o país. Por esse motivo, a prevenção, o diagnóstico precoce e o acesso a tratamentos são essenciais para a manutenção da saúde da população. No Distrito Federal, a rede pública conta com uma cadeia de assistência a pacientes com as patologias que começa nas unidades básicas de saúde e pode passar por ambulatórios, hospitais e até o Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin). A rede pública do DF conta com uma cadeia de assistência a pacientes com doenças infecciosas que começa nas UBS’s e pode passar por ambulatórios, hospitais e até o Cedin | Fotos: Matheus H. Souza/ Agência Brasília “O mais importante em relação ao atendimento é que as doenças infecciosas perpassam todas as áreas. Tem um conjunto de doenças em que o tratamento acontece dentro dos próprios hospitais, com os pacientes internados. Temos também tratamentos nas áreas ambulatoriais especializadas, onde temos demanda sobretudo de pessoas com HIV, Aids e hepatites virais, mas a própria Atenção Primária consegue atender muitos casos, já que a imensa maioria tem um desfecho favorável desde que atendida nos primeiros estágios”, comenta o médico infectologista e Referência Técnica de Infectologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), José David Urbaez. As doenças infecciosas habitualmente têm um espectro clínico de iniciarem de forma leve, mas se não forem tomadas as devidas providências, elas evoluem e se tornam casos graves. Alguns componentes também são importantes para o desenvolvimento da doença, como a vulnerabilidade social e a imunossupressão. Segundo o médico infectologista, quadros de febre são considerados sinais de alerta para as patologias infecciosas em geral. Prevenção, diagnóstico precoce e acesso a tratamentos são essenciais para a manutenção da saúde da população, em especial no que diz respeito a doenças infecciosas “Muitas delas têm uma característica fundamental que é provocar febre, que talvez seja um elemento muito orientador de tudo. Teve o sintoma, a orientação é procurar uma unidade básica de saúde para se fazer a abordagem semiótica e toda a parte de cuidados básicos, bem como os testes rápidos. A partir de um diagnóstico precoce rapidamente é possível tomar as atitudes cabíveis e tratar a doença”, informa. Atendimento especializado Há mais de dois anos, José (nome fictício) recebeu o diagnóstico de HIV. “Estava passando muito mal, com a imunidade baixa, a pele muito vermelha e fui em busca de saber o que era. Fui à UPA [unidade de pronto atendimento], fiz o exame, fui diagnosticado e me encaminharam para cá”, diz se referindo ao Cedin, local onde faz acompanhamento desde então. “Fiz mais exames aqui e uma semana depois passei a tomar o tratamento e fui melhorando”, conta. Para o homem, ser acolhido em um espaço especializado fez toda a diferença. Seja porque conseguiu abaixar a carga viral, seja pela assistência que conta no local. “O Cedin é a melhor coisa que tem. Está salvando a minha vida de forma gratuita. Querendo ou não, é uma grande ajuda. Eu não teria como comprar os medicamentos, seria tudo muito caro. Além do medicamento e dos exames, tenho tido acompanhamento psicológico e psiquiátrico, o que é muito acolhedor”, destaca. Atualmente, o Cedin é referência nos tratamentos para HIV/Aids, hepatites virais crônicas, tuberculose e hanseníase e também atende casos de HTLV (infecção causada pelo vírus T-linfotrópico humano) e de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) complicadas, que não foram resolvidas na Atenção Primária. Por não se tratar de um serviço “porta aberta”, os pacientes são encaminhados por outras áreas de atenção da SES. “Atendemos pessoas que foram diagnosticadas com esses agravos fora daqui e que precisam de um atendimento mais específico. Servimos de retaguarda para a rede”, explica a infectologista do Cedin, Denise Arakati. A infectologista do Cedin, Denise Arakati, ressalta a importância do diagnóstico precoce: “A população precisa se atentar para os sinais e sintomas dessas doenças” A maior parte dos atendimentos no centro especializado é de pacientes com HIV. O local atende 60% dos casos em todo o Distrito Federal. “Temos em torno de 5,5 mil pacientes ativos com HIV. Também atendemos muitos casos de tuberculose resistente ou complicada, mas como eles têm alta, o número oscila bastante. A média é de 30 a 40 pacientes em acompanhamento”, acrescenta. A infectologista destaca a importância do diagnóstico precoce. “A população precisa se atentar para os sinais e sintomas dessas doenças, e procurar um serviço de saúde. Hoje, no Brasil, temos 100 mil pessoas com HIV que não sabemos quem são. Da mesma forma acontece com a tuberculose, detectamos de 80% a 90% dos casos, mas temos esse outro percentual que o sistema não consegue capturar. Então é importante se testar para essas doenças”, revela Denise.
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Incorporação da PrEP nas estratégias de prevenção ao HIV completa sete anos no SUS-DF
“Dá muito medo e muita vergonha também, porque a gente é muito orientado. Na inconsequência, na loucura, na bebida, no meio da emoção a gente acaba se descuidando”, desabafou o auxiliar de serviços gerais Fabiano Freire, 30, após ser contaminado por uma infecção sexualmente transmissível (IST). Sabendo dos serviços de saúde públicos por meio de amigos, ele se dirigiu ao Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin-DF), o antigo Hospital Dia localizado na 508 Sul, para receber atendimento. A PrEP completa sete anos no Sistema Único de Saúde (SUS) e pode ser prescrita por qualquer médico ou enfermeiro do DF | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília “Infelizmente não me cuidei e acabei adquirindo algo que graças a Deus é curável. E, mesmo sendo inconsequente, a gente tem um ambiente tão bom e agradável para ser acolhido, isso é tão importante, poder ter uma estrutura como essa, acesso a um serviço gratuito de qualidade, onde os funcionários atendem muito bem. Principalmente para quem, assim como eu, não tem condições financeiras. É ruim a gente se contaminar com uma coisa e não saber para onde ir, porque eu não tenho um plano de saúde que oferece esse serviço”, completou. Esse atendimento que acolheu Fabiano faz parte de uma grande rede de assistência. Entre as estratégias de saúde ofertadas pela rede pública do Distrito Federal, está a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), uma medida que combate o vírus que ataca o sistema imunológico e é causador da Aids. A estratégia de prevenção é eficaz e segura em pessoas com risco aumentado de adquirir a infecção e consiste no uso de medicamentos antirretrovirais (ARV). Disponível gratuitamente na rede pública de saúde desde 2018 em Brasília, a PrEP completa sete anos no Sistema Único de Saúde (SUS) e atualmente pode ser prescrita por qualquer médico ou enfermeiro do DF. Arte: Agência Brasília À frente da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz explica que o funcionamento dos comprimidos de PrEP e Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP) se dá no bloqueio de caminhos que o HIV usa para infectar o organismo. A partir do início da distribuição desse fármaco, em 2018, houve redução de novas infecções no DF – passando de 735 novos casos em 2018 para 674 em 2022. “Desde o ano passado o governo vem ampliando o atendimento e o acesso ao medicamento, já liberados para algumas UBSs. Hoje qualquer profissional de saúde pode prescrever a PrEP no DF e, além das outras estratégias, também há a inibição de lactação das mulheres soropositivas, com a distribuição de fórmula para as crianças”, explica a gerente. Ela frisa que, com a ampliação do programa em 2023, novos estudos serão feitos para analisar a incidência de casos no DF. Acesso às medicações “A PrEP não é só uma distribuição de medicação, ela é todo um programa que abrange desde o aconselhamento até a identificação do risco do usuário”, diz o gerente do Cedin, Leonardo de Sousa Ramos Tanto a PrEP quanto medicamentos estratégicos para pacientes com HIV são disponibilizados gratuitamente à população pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal que, em parceria com o Ministério da Saúde, desenvolve o programa de HIV/Aids. Para ter acesso a medicação, os pacientes devem preencher os requisitos estabelecidos pelo SUS e se enquadrar no público-alvo, que engloba determinados segmentos populacionais que, devido a vulnerabilidades específicas, estão sob maior risco de se infectar pelo HIV, em diferentes contextos sociais e tipos de epidemia. Os segmentos prioritários que têm indicação de PrEP são pessoas que frequentemente deixam de usar camisinha nas relações sexuais, homens que fazem sexo com outros homens, pessoas trans, trabalhadores do sexo, pessoas que fazem uso repetido da PEP e parcerias heterossexuais ou homossexuais nas quais uma das pessoas é infectada pelo HIV e a outra não. Os documentos necessários para ter acesso aos medicamentos são o Formulário de Cadastramento de Usuário SUS – PrEP e a Ficha de Atendimento para PrEP. Acesse aqui. Locais de retirada Ainda que o atendimento e a prescrição possam ser efetuados em qualquer UBS, a retirada dos medicamentos é feita em lugares específicos da rede pública, sendo eles: Farmácia Escola, Policlínicas do Lago Sul, de Taguatinga e de Ceilândia e também o Cedin, que possui um ambulatório especializado de PrEP e funciona nas quartas-feiras das 7h30 às 11h e das 13h30 às 17h. Algumas UBSs já fazem parte da ampliação do tratamento, como a UBS 1 de Sobradinho, a UBS 9 de São Sebastião, a UBS do Gama, a UBS 1 do Cruzeiro Novo, a UBS 2 do Recanto das Emas, a UBS 1 de Candangolândia e a UBS 7 de Ceilândia. O gerente do Cedin, Leonardo de Sousa Ramos, afirma que há vagas abertas na unidade para atendimento da população mais vulnerável. O gestor lembra também que na última semana foi inaugurado o Espaço Saúde na Rodoviária do Plano Piloto, que oferece testagem rápida e kits de autoteste gratuitos para a população. “A PrEP não é só uma distribuição de medicação, ela é todo um programa que abrange desde o aconselhamento até a identificação do risco do usuário. A partir disso, a gente poder dar orientação com relação ao combinado de medicação, camisinha, testagem regular e outras estratégias. Isso é interessante para que as pessoas que se encontram em vulnerabilidade e com risco de exposição procurem a unidade para se prevenir”, destacou Ramos. Diferenças entre a PrEP e a PEP Segundo a enfermeira do ambulatório PrEP e do CTA do Centro Especializado em Doenças Infecciosas, Leidijany Paz, todo ano mais de mil pessoas são diagnosticadas com HIV no DF Com a PrEP sendo uma estratégia preventiva e planejada, a PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV) funciona como uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), que consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essas infecções. Deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio, tais como violência sexual, relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da camisinha) ou, ainda, acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico). Por ser uma urgência médica, deve ser iniciada o mais rápido possível – preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição e no máximo em até 72 horas. A duração da PEP é de 28 dias e a pessoa deve ser acompanhada pela equipe de saúde. Para ter acesso aos medicamentos é necessário que o paciente passe por uma consulta médica em um serviço de pronto atendimento para que o médico avalie se há necessidade ou não de iniciar a PEP. Se constatada a necessidade, o médico deverá preencher o Formulário de Solicitação de Medicamentos – Profilaxia e os medicamentos serão dispensados nos próprios hospitais e UPAS que fazem parte da rede SES DF. Também é recomendado avaliar todo paciente com exposição sexual de risco ao HIV para um eventual episódio de infecção aguda pelos vírus das hepatites A, B e C. No caso de acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico), o trabalhador acidentado deverá ser atendido imediatamente no seu local de trabalho, em conformidade com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Pós-Exposição (PEP) de Risco à Infecção pelo HIV, IST e Hepatites Virais (BRASIL, 2018) e em cumprimento à Norma Regulamentadora nº 7 (BRASIL,1978). A PEP está disponível no Cedin (antigo Hospital Dia); na Farmácia Escola do Hospital Universitário de Brasília (HUB); nas Policlínicas de Taguatinga, Ceilândia, Gama, Planaltina e do Lago Sul; nas emergências dos hospitais que fazem parte da rede SES-DF; nas unidades de pronto atendimento (UPAs) e nas unidades básicas de saúde (UBSs). Para ter acesso aos medicamentos da PEP é necessário apresentar o documento de identificação com foto, o Cartão Nacional de Saúde – CNS (cartão do SUS) e o Formulário de Solicitação de Medicamento – Profilaxia. Diferentes estratégias É importante reforçar que a PrEP e a PEP fazem parte das estratégias de prevenção combinada do HIV. Dentro do conjunto de ferramentas da prevenção desta e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), inserem-se também: → A testagem para o HIV oferecida nas unidades de saúde da rede pública; → O uso regular de preservativos (que são distribuídos gratuitamente); → O diagnóstico oportuno e o tratamento adequado de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs); → A redução de danos e o gerenciamento de vulnerabilidades; → A supressão da replicação viral pelo tratamento antirretroviral; → As imunizações contra hepatites virais. “É um serviço muito importante, tanto para mim quanto para os outros, porque a gente vem aqui, é bem atendido, o exame é rápido e já tem o resultado”, diz o aposentado Carlos Antônio de Lima O Cedin abriga também o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Brasília, que funciona por demanda espontânea ou agendamento. De acordo com a enfermeira do ambulatório PrEP e do CTA da unidade, Leidijany Paz, todo ano mais de mil pessoas são diagnosticadas com HIV no DF. “Esse número não precisava ser tão alto. Muitas vezes as pessoas chegam aqui preocupadas e ansiosas devido a uma exposição sexual desprotegida ou com alguma sintomatologia de IST. Aí ela passa pela coleta dos exames, pelo atendimento com um profissional que prescreve o tratamento e com certeza ela vai sair mais tranquila e orientada”, observa. A enfermeira pontua também que a unidade oferece um aconselhamento nessa área, onde a é identificada a vulnerabilidade que a pessoa tem e orienta quais estratégias de prevenção ela pode estar lançando mão no seu dia a dia para se prevenir. “É um serviço muito importante, tanto para mim quanto para os outros, porque a gente vem aqui, é bem atendido, o exame é rápido e já tem o resultado. Eu tenho diabetes, sou depressivo e, além de fazer o exame do HIV, eu acompanho com os médicos e faço meu tratamento certinho. Só temos a agradecer pelo SUS”, ressalta o aposentado Carlos Antônio de Lima, de 59 anos.
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GDF renova benefícios fiscais para importação de equipamentos para a Saúde
Pelo menos 42 medidas de redução ou isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Distrito Federal seguem com validade até abril de 2026. Os produtos atingidos foram listados no Decreto Legislativo nº 2.442, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal desta sexta-feira (3). “São isenções que já vínhamos praticando, mas que seriam interrompidas caso esses convênios não fossem renovados” Anderson Roepke, subsecretário da Receita do DF Entre os destaques, há medidas que impactam no dia a dia da saúde pública local. É o caso da isenção integral da cobrança do imposto para importação de equipamentos médico-hospitalares; para medicamentos de tratamento de câncer e da Aids; além de vacinas e inseticidas para combate à dengue. “São isenções que já vínhamos praticando, mas que seriam interrompidas caso esses convênios não fossem renovados”, explica o subsecretário da Receita do DF, Anderson Roepke. Segundo ele, a política de redução dos impostos para a saúde tem sido uma orientação da gestão atual como forma de ajudar no combate às doenças e melhor qualidade na oferta de tratamento aos pacientes. Além dos destaques para a área de saúde, o Convênio de ICMS nº 226 também prevê a isenção de ICMS para aquisição de veículos destinados a pessoas com deficiência física, mental ou pessoa autista. Também seguem com taxa zero do imposto os equipamentos e acessórios destinados às instituições que atendam pessoas com deficiências. O setor rural também segue com alguns benefícios. É o caso da isenção de ICMS para importação de reprodutores e matrizes caprinas e da redução na base de cálculo nas operações com equipamentos industriais e implementos agrícolas. *Com informações da Seec
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Países estrangeiros reconhecem ações de combate à Aids do HRC
Onze profissionais de saúde de seis países de língua portuguesa conheceram, nesta quarta-feira (13), os serviços disponíveis no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) para o combate à Aids e ao vírus causador da doença, o HIV. Os convidados – de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Portugal – puderam conversar com servidores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) sobre diversas ações, com destaque para a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), além dos cuidados para evitar a chamada transmissão vertical, da mãe para o filho. Comitiva conversou com servidores da SES-DF sobre diversas ações de combate à Aids | Fotos: Divulgação/ Agência Saúde Alira Nhamaze, que atua no combate ao HIV em Moçambique, elogiou o serviço desenvolvido no HRC. “Tudo organizado. Posso levar a experiência do contato feito pelos profissionais com as mães, antes do parto”, disse. Ela destacou o protocolo brasileiro de fazer análises da carga viral das gestantes e das crianças recém-nascidas, além dos procedimentos adotados após o parto, como orientar para que não haja amamentação no caso de mães positivas para o vírus. “É uma boa estratégia para evitar a transmissão vertical”, argumentou. Alira Nhamaze, de Moçambique, elogiou o serviço desenvolvido no HRC Já o médico português Gonçalo Figueiredo Augusto ressaltou o fácil acesso à PrEP e à PEP, métodos necessários às pessoas com risco ampliado para contaminação pelo HIV, como profissionais do sexo ou cônjuges de pacientes da doença, bem como vítimas de violência e outros casos específicos. “A administração na PrEP é feita de uma forma muito mais acessível à população. Isso pode funcionar como um exemplo para Portugal”, afirmou o médico. Acesso facilitado No Distrito Federal, a PrEP e a PEP estão disponíveis em emergências hospitalares, policlínicas, no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) e até em unidades básicas de saúde (UBSs). No caso do HRC, pacientes interessados na medicação específica têm acesso ao serviço de maneira discreta: basta comparecer à entrada da policlínica das 7h às 12h e das 13h às 17h para ser encaminhado a consultórios reservados. “A própria rapidez e a proximidade do atendimento são melhores”, elogiou o médico europeu. No Distrito Federal, a PrEP e a PEP estão disponíveis em emergências hospitalares, policlínicas, no Cedin e nas UBSs A enfermeira Maria das Dores França, uma das servidoras da SES-DF que atuam na área, destacou ainda o fato de haver um atendimento completo aos pacientes. “O ambulatório também ajuda a identificar pessoas com HIV, pois todos que procuram o serviço são testados. Se for o caso, podemos começar o tratamento imediatamente”, ressaltou. Além disso, há o esclarecimento sobre outras doenças e a necessidade do uso de preservativos para reforçar a proteção – o acesso ao item também é fácil, com cestas para distribuição localizadas na entrada de unidades de saúde. Inaugurado há um ano, o ambulatório de PrEP e PEP do HRC realizou 1.984 atendimentos somente em 2023. Reconhecimento O superintendente da Região Oeste de Saúde, André Luiz de Queiroz, enfatizou a importância da visita como uma valorização da qualidade do serviço prestado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “O Brasil é exemplo no mundo inteiro no tratamento da Aids. Essa visita é muito importante porque, além de mostrar o nosso trabalho, que eles já conhecem e sabem que é efetivo, é bom para trocar opiniões e informações”, afirmou. A visita faz parte da programação da 3ª reunião de países lusófonos, que acontece em Brasília, de 12 a 14 de março, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e Ministério da Saúde do Brasil. Também ocorreram visitas a UBSs, ao Cedin, ao Hospital de Base do Distrito Federal, ao Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) e a unidades do sistema de saúde prisional. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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No Dezembro Vermelho, rede pública do DF fortalece prevenção ao HIV
Os casos de infecção pelo HIV e de Aids no Distrito Federal apresentaram queda de 9,8 para 7,3, por 100 mil habitantes, entre 2018 e 2022, segundo o Boletim Epidemiológico publicado pela Secretaria de Saúde (SES-DF). Os dados corroboram a política do sistema público de saúde do DF, que investe na disponibilização gratuita de métodos de prevenção da transmissão do vírus nas unidades básicas de saúde (UBSs) e nos serviços especializados. Acesso aos meios de evitar infecção pelo HIV está sempre disponível na rede pública de saúde | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A rede aposta na prevenção combinada unindo estratégias que consideram o contexto social de cada pessoa. “Todas as pessoas sexualmente ativas têm acesso aos meios de evitar a infecção pelo HIV na rede pública”, atenta o médico Sergio d’Avila, referência técnica distrital em HIV e Aids da SES-DF. “Quem deseja informações e acesso aos serviços deve buscar orientação na UBS mais próxima de sua residência ou trabalho. Os métodos de prevenção estão disponíveis para evitar a transmissão”. [Olho texto=”“O Brasil caminha para a eliminação da transmissão vertical do HIV nos próximos anos, e o DF apresenta condições de não ter nenhum caso de transmissão vertical” ” assinatura=”Sergio d’Avila, referência técnica distrital em HIV e Aids” esquerda_direita_centro=”direita”]? Em todas as UBSs é possível ter acesso aos preservativos internos e externos – métodos mais conhecidos para evitar a infecção durante o ato sexual –, além de testagem rápida e profilaxia pós-exposição (PEP), utilizada de duas até 72 horas após uma relação sexual desprotegida. Profilaxia Considerada medida de urgência, a PEP também é recomendada em casos de violência sexual e de acidentes ocupacionais. Trata-se do uso de medicamentos ou imunobiológicos para reduzir o risco da infecção. Nos horários em que as unidades básicas estão fechadas, o medicamento pode ser encontrado nas UPAs e nos prontos-socorros dos hospitais públicos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Outra estratégia de prevenção é a profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP), que é a utilização diária de medicamentos antirretrovirais (ARV) para pessoas soronegativas, no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), Hospital Universitário de Brasília (HUB) e nas policlínicas de Taguatinga, Ceilândia e Lago Sul. No próximo ano, o medicamento passará a ser oferecido nas UBSs. No DF, 3.237 usuários iniciaram a PrEP desde 2018. Mulheres soropositivas grávidas também podem prevenir a transmissão do vírus para os filhos, com o tratamento antirretroviral que deixa a carga viral indetectável. “O Brasil caminha para a eliminação da transmissão vertical do HIV nos próximos anos, e o DF apresenta condições de não ter nenhum caso de transmissão vertical, porque recebeu o selo prata na última certificação do Ministério da Saúde em 1º de dezembro”, pontua Sergio d’Avila. ?
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DF reforça prevenção e tratamento contra HIV e Aids no Dezembro Vermelho
Desde 2017 após a promulgação da Lei nº 13.504, a chegada do mês de dezembro marca uma grande mobilização nacional de luta contra o vírus HIV e a Aids. O objetivo é chamar atenção para a prevenção e o tratamento. No Distrito Federal, a data é sinônimo de reforço da atuação dos profissionais a fim de divulgar a assistência pública. Uma mobilização que vem dando resultado. Segundo o Boletim Epidemiológico do DF, entre 2018 e 2022 foram notificados 3.684 casos de infecção pelo HIV e 1.333 casos de adoecimento por Aids. O coeficiente de mortalidade por Aids no Distrito Federal diminuiu 21,6% em cinco anos – caiu de 3,3 para 2,7 no período. O boletim mostra também redução nos casos de infecção pelo HIV e de Aids: uma queda de 9,8 para 7,3 por 100 mil habitantes. O diagnóstico para o HIV é feito a partir do teste rápido, disponível em todas as 175 UBSs e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), na 508/509 Sul | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “Os dados indicam que casos de HIV estão sendo detectados antes de evoluir para a Aids. Isso é fundamental. Se toda pessoa com HIV estiver realizando o tratamento adequado, ou seja, com a carga viral indetectável, além dos cuidados com a sua própria saúde, também estará contribuindo para a saúde coletiva, pois não há chance de transmissão”, analisa a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde (SES-DF), Beatriz Maciel Luz. [Olho texto=”“Os dados indicam que casos de HIV estão sendo detectados antes de evoluir para a Aids. Isso é fundamental. Se toda pessoa com HIV estiver realizando o tratamento adequado, ou seja, com a carga viral indetectável, além dos cuidados com a sua própria saúde, também estará contribuindo para a saúde coletiva, pois não há chance de transmissão”” assinatura=”Beatriz Maciel Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] O diagnóstico para o HIV é feito a partir do teste rápido,que está disponível em todas as 175 unidades básicas de saúde (UBSs) do DF e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), antigamente chamado de Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado na W3 Sul, nas entrequadras 508/509. “O teste rápido está disponível para toda a população e deve ser feito com regularidade. É muito importante que o paciente saiba se tem HIV, para buscar tratamento no tempo certo, possibilitando a continuidade da vida com saúde e sem desenvolver Aids”, explica a gerente. O exame é feito a partir da coleta de sangue venoso ou digital – pela ponta do dedo. O diagnóstico só é confirmado após o resultado reagente em dois testes rápidos – um de triagem, outro confirmatório. Após a infecção, o vírus pode levar até 30 dias para aparecer no exame, devido à janela imunológica. A infecção pelo HIV não apresenta sintomas. No início, quando o organismo começa a produzir os anticorpos para enfrentar o HIV, o paciente pode apresentar febre, mal-estar ou inchaço nos gânglios (ínguas). Por serem sintomas muito comuns a outras doenças, como a gripe, a infecção passa despercebida. Após essa fase, é iniciado o período marcado pela interação do vírus com as células de defesa – os linfócitos. Este processo pode durar anos, dependendo das condições de saúde de cada pessoa, e é chamada de fase assintomática. Tratamento e prevenção Ainda sem cura para o HIV, o tratamento inclui acompanhamento periódico com profissionais de saúde, realização de exames e uso de medicamentos antirretrovirais, que são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Os medicamentos mantêm o HIV sob controle. A medicação diminui a multiplicação do vírus no corpo, recupera as defesas do organismo e, consequentemente, aumenta a qualidade de vida. O uso também faz com que as pessoas alcancem a chamada ‘carga viral indetectável’. Isto é, ter uma quantidade de vírus no organismo tão baixa que nem os exames são capazes de detectar”, revela Beatriz. Há uma série de métodos de prevenção que são disponibilizados na rede pública. São eles: os preservativos internos e externos; a profilaxia pré-exposição (PrEP), que consiste no uso diário de medicamentos antirretrovirais para pessoas soronegativas antes de uma exposição de risco ao HIV; a profilaxia pós-exposição (PEP), medida de urgência que deve ser iniciada em até 72 horas após situação de risco à infecção; e terapia antirretroviral (TARV), para pessoas infectadas. Importância do autocuidado Há mais de 30 anos, o jardineiro Claudinei Alves faz o tratamento contra o vírus HIV na rede pública de saúde do DF. Na época em que ele contraiu o vírus devido ao uso compartilhado de seringas, a prevenção e o tratamento não eram tão difundidos como hoje. Claudinei Alves: “Meu tratamento é acompanhado na rede pública. Tenho uma excelente infectologista e consigo todo o tratamento com antirretrovirais disponibilizados pela Secretaria de Saúde. Já cheguei a tomar 32 comprimidos diários” Ele descobriu que estava infectado em 1990, quando o companheiro foi diagnosticado. Três meses depois, ele também recebeu o diagnóstico de soropositivo. “De lá para cá tive inúmeras demandas. Me tornei ativista, tanto sensibilizando as pessoas sobre a doença quanto fazendo o autocuidado. Hoje me sinto muito bem. Tem 32 anos que estou vivendo com HIV e quem me vê não acredita. Mas foi muita adesão aos medicamentos e complicações para a aceitação. Estou há 14 anos indetectável [quando a pessoa não transmite mais o vírus]”, conta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O tratamento de Claudinei se iniciou no Plano Piloto. Hoje ele é acompanhado em uma UBS em Planaltina. “Meu tratamento é acompanhado na rede pública. Tenho uma excelente infectologista e consigo todo o tratamento com antirretrovirais disponibilizados pela Secretaria de Saúde. Já cheguei a tomar 32 comprimidos diários”, lembra. Militante do movimento Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV, Alves faz um alerta: “Todo cidadão tem por obrigação fazer o teste. É a melhor forma de prevenir a doença, que é a Aids, e garantir uma vida saudável vivendo com o HIV. Porque hoje o protocolo é assim: foi diagnosticado, já tem medicamento para o paciente tomar”.
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Mais de 700 autotestes de HIV são distribuídos no Parque da Cidade
Para promover o mês de luta contra a Aids, o governo do DF, por meio da Secretaria de Saúde (SES-DF), ofereceu gratuitamente mais de 700 autotestes de detecção do vírus da imunodeficiência humana (HIV, sigla em inglês). O kit distribuído neste sábado (2), em ação realizada no Parque da Cidade, contém instruções detalhadas sobre como fazer o exame de forma privada e como entender os resultados. Durante a iniciativa, equipes de saúde fizeram 300 testes rápidos de identificação do vírus. Na tenda montada em frente à administração do Parque, servidores do Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) passaram o dia informando sobre métodos de prevenção e como fazer o autoteste, cujo resultado sai em 20 minutos. “Se as pessoas com HIV forem diagnosticadas e tratadas precocemente, a expectativa de vida delas é semelhante à da população em geral. Então, é importante que elas se testem”, alertou a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES-DF, Beatriz Maciel Luz. Ela reforça que apesar de não ter cura, o HIV e a Aids são preveníveis e têm tratamento. O casal Ronaldo Adriano Soares e Severina Maria Batista ressaltou que “mesmo em um relacionamento fixo, é importante testar” | Fotos: Jhonatan_Cantarelle/ Agência Saúde-DF William Gonçalves dos Santos, 53, visitou a tenda e optou por fazer o exame de HIV no local. “Mas também acho muito bom que a população possa levar o teste para casa”, diz. Morador de Taguatinga e usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), ele aproveitou para elogiar a Unidade Básica de Saúde (UBS) perto de sua casa em Taguatinga, onde também sempre tem testagem. Seguindo o exemplo, o casal Ronaldo Adriano Soares, 47, e Severina Maria Batista, 58, também resolveram realizar o teste. “Mesmo em um relacionamento fixo, é importante testar. Esse tipo de ação ajuda quem não tem tempo de ir a um posto durante a semana por conta do trabalho”, destacou Ronaldo. “Além do teste, estou com todas as vacinas em dia também. A gente precisa estar atenta ao próprio corpo”, complementou Severina após receber o resultado e sair da tenda cheia de informações, panfletos e preservativos femininos. William Gonçalves dos Santos elogiou que a população tenha tido a oportunidade de levar o autoteste para casa Em situação de rua, o cadeirante Marco Aurélio Souza, 29, aproveitou a oportunidade para pegar preservativos e fazer o exame. “Gosto muito de ver vocês [equipes de saúde] com ações aqui no Parque da Cidade, procuro me testar sempre para ter certeza que está tudo bem”, afirmou o jovem. As UBSs, as policlínicas e os ambulatórios especializados compõem a rede de vigilância, prevenção e assistência ao HIV e à Aids. Nesses locais, estão disponíveis diversas estratégias de prevenção combinada: fornecimento de preservativos e gel lubrificante; de medicamentos de profilaxia pós-exposição ao HIV (PEP – quando a pessoa teve uma situação de risco nas últimas 72 horas) e de profilaxia pré-exposição (PrEP – indivíduos com risco frequente, que, diariamente, usarão medicamento para evitar contrair o vírus); testes rápidos; e tratamento àqueles que já convivem com o HIV/Aids. Além disso, as UBSs dispõem ainda de exames para sífilis e hepatite B e C. Cedin [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] No DF, o Centro Especializado de Doenças Infecciosas (Cedin) é referência no tratamento de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). O local conta com uma equipe formada por infectologista, dermatologista, pneumologista, pediatra, tisiologista, radiologista, ginecologista, psiquiatra, endocrinologista e urologista. De acordo com a enfermeira do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), Leidijany Paz, o público com HIV/Aids atendido no centro enfrenta preconceito e, às vezes, não conta nem com o apoio familiar. Dessa forma, o Cedin, segundo ela, significa acolhimento a quem enfrenta a condição. “É um momento em que o paciente é bem recebido pelos profissionais e encontra outras pessoas na mesma situação”, detalhou. [Olho texto=”“Se as pessoas com HIV forem diagnosticadas e tratadas precocemente, a expectativa de vida delas é semelhante à da população em geral”” assinatura=”Beatriz Maciel Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis” esquerda_direita_centro=”direita”] Na carta de serviços do centro, destacam-se a PreP, a Pep e o Ambulatório de Diversidade de Gênero, mais conhecido como Ambulatório Trans – espaço que disponibiliza tratamento e orientação a quem quer fazer a redesignação sexual. No espaço também são disponibilizados autotestes gratuitos e os testes rápidos realizados por enfermeiros. Diariamente, mais de 200 exames de HIV/Aids e de outras ITSs são realizados no Cedin. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Projeto HIVida debate epidemia de Aids em locais emblemáticos da cidade
O governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Saúde (SES-DF), participou, na sexta-feira (1º), do lançamento do Projeto HIVida – Celebrar a Vida para Eliminar a Epidemia de Aids, iniciativa que busca levar o tema de volta ao centro do debate político e é liderada pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o vírus da imunodeficiência humana/ Aids (UnAids). De acordo com dados do HIVida, cerca de 730 mil pessoas estão em tratamento no Brasil, sendo que 654 mil têm o vírus indetectável no corpo. Em 2023, ocorreram 50 mil novas infecções pelo e quase 11 mil mortes relacionadas à Aids. Beatriz Maciel ressalta que o projeto pretende quebrar estigmas e preconceitos, encorajando a procura pela ajuda médica | Fotos: Jhonatan Cantarelle/ Agência Saúde O projeto pretende quebrar estigmas e preconceitos, encorajando a procura pela ajuda médica. “Os serviços da rede pública têm papel fundamental no combate à discriminação. O cuidado é possível e primordial para minimizar desigualdades sociais. A saúde deve ser igualitária”, avaliou a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES, Beatriz Maciel Luz. Para ela, o HIVida é também uma forma de resgatar o olhar ao combate do vírus e apresentar uma nova perspectiva sobre a condição. “O tema do evento propõe celebrar o HIV. Isso mesmo, celebrar, para que ele não seja sempre remetido à doença ou à morte, mas à vida. As pessoas precisam saber que têm acesso ao diagnóstico e ao cuidado integral e que a saúde pública do DF disponibiliza os insumos necessários”, detalha. [Olho texto=”O tema do evento propõe celebrar o HIV. Isso mesmo, celebrar, para que ele não seja sempre remetido à doença ou à morte, mas à vida”” assinatura=”Beatriz Maciel Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis” esquerda_direita_centro=”direita”] O principal intuito do programa é, segundo a representante do Unaids no Brasil, Claudia Velasquez, comemorar os avanços médicos voltados à doença e chamar a atenção para medidas já existentes, especialmente em meio ao público mais desamparado. “O HIVida foca no impacto das desigualdades e das barreiras no cuidado. Precisamos que as populações vulneráveis saibam que têm acesso aos recursos disponíveis no SUS [Sistema Único de Saúde]. Essa é uma tarefa da sociedade como um todo”, explicou. [Olho texto=”O índice de óbitos no DF por 100 mil habitantes na região caiu de 3,3 para 2,7 no período” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Até o dia 10 deste mês, o cronograma do projeto trará expressões artísticas, debates e exposições relacionados ao tema. As apresentações serão realizadas no Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, e em outros locais emblemáticos da capital, como o Museu Nacional da República e órgãos públicos. A programação na íntegra pode ser conferida no site do HIVida. Redução de mortes no DF De acordo com o Informativo de Situação Epidemiológica do HIV e da Aids no DF, entre 2018 e 2022, o coeficiente de mortalidade pela doença diminuiu 21,6% na capital. O documento aponta que o índice de óbitos por 100 mil habitantes na região caiu de 3,3 para 2,7 no período. Houve, ainda, redução nos casos de Aids e de infecção pelo HIV de 9,8 para 7,3 por 100 mil habitantes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As Unidades Básicas de Saúde (UBSs), as policlínicas e os ambulatórios especializados compõem a rede de vigilância, prevenção e assistência ao HIV e à Aids. Nesses locais, estão disponíveis diversas estratégias de prevenção combinada: fornecimento de preservativos e gel lubrificante; de medicamentos de profilaxia pós-exposição ao HIV (PEP – quando a pessoa teve uma situação de risco nas últimas 72 horas) e de profilaxia pré-exposição (PrEP – indivíduos com risco frequente, que, diariamente, usarão medicamento para evitar contrair o vírus); testes rápidos; e tratamento àqueles que já convivem com o HIV/Aids. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Testes rápidos e doação de preservativos marcam Mês de Luta Contra a Aids
Testes rápidos e distribuição de preservativos marcam o Mês de Combate à Aids em Brasília, que contará com diversas atividades voltadas para prevenção e conscientização da população sobre a doença e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Ao longo de dezembro, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) promoverá ações para esclarecimento sobre a doença e combate ao estigma associado ao tema. Neste sábado (2), será realizada testagem e aconselhamento para o HIV no Parque da Cidade. Até 4 de dezembro, a Unidade Básica de Saúde (UBS) 4 do Gama realizará atividades de conscientização, com palestras, testes e distribuição de preservativos. No dia 6, está agendada roda de conversa na UBS 2 de Sobradinho, seguida por palestra na UBS 5 do Gama no dia 12, que terá distribuição de kits. Dezembro é o Mês do Combate à Aids e a SES-DF promoverá ações para esclarecimento sobre a doença e combate ao estigma associado ao tema | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF Beatriz Maciel Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES-DF, ressalta que os esforços do Sistema Único de Saúde (SUS) na realização de testes imediatos e tratamento rápido em casos positivos têm contribuído significativamente para a redução das contaminações e óbitos. “A Aids persiste há 42 anos. Queremos unir forças para eliminar essa síndrome como um problema de saúde pública, reconhecendo e promovendo a atuação das comunidades e trabalhando coletivamente pelo respeito aos direitos humanos e pelo fim das desigualdades”, afirma. A gerente explica que os casos positivos detectados durante as ações serão encaminhados para tratamento específico em um Serviço de Atendimento Especializado (SAE) em HIV/Aids. No local, serão realizados exames complementares para avaliar a situação de saúde e o estágio da infecção, estabelecendo um tratamento adequado com antirretrovirais e outros medicamentos, quando necessário. Viver com HIV Ter HIV não é a mesma coisa que ter Aids. A especialista explica que muitas pessoas podem carregar o vírus e viver anos sem apresentar sintomas nem desenvolver a doença. “Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomadas as devidas medidas de prevenção”, alerta. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. Arte: SES-DF Deniz Catarina Lopes, soropositiva há 20 anos e representante do movimento nacional de cidadãs positivas, destaca a importância de desmistificar a ideia de que a doença é terminal. Ela compartilha sua experiência de viver com HIV, tendo dois filhos saudáveis. Deniz enfatiza a necessidade de um suporte multidisciplinar desde o diagnóstico inicial e a importância do aconselhamento para que as pessoas saibam que existe tratamento e que é possível viver bem, destacando também sua experiência como usuária do SUS. Guia prático para Atenção Primária Para fortalecer a prevenção e o tratamento do HIV, a SES lançou nesta sexta-feira (1º) um Guia Prático para Profissionais de Saúde da Atenção Primária (APS), visando ampliar e fortalecer os atendimentos. A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) e a terapia antirretroviral (Tarv) passarão a ser oferecidas, começando por Unidades Básicas de Saúde “piloto”, com expansão gradual programada para toda a rede de Atenção Primária do DF. Maria Clara Gianna, coordenadora do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, destaca a importância do início precoce da Tarv para todas as Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA), independentemente do estágio clínico ou epidemiológico, visando diminuir a transmissão do vírus e a morbimortalidade, melhorando o prognóstico. No mês de dezembro, a divulgação do guia incluirá a capacitação dos profissionais das equipes e farmacêuticos das Unidades Básicas de Saúde “piloto”, com ampliação das qualificações a partir de janeiro. [Olho texto=”Testes rápidos e distribuição de preservativos marcam o Mês de Combate à Aids em Brasília, que contará com diversas atividades voltadas para prevenção e conscientização da população sobre a doença e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Fernando Henrique Aires, da Coordenação de Atenção Primária à Saúde, afirma que o guia contribuirá significativamente para a melhoria do atendimento às pessoas que vivem com HIV. “A Atenção Primária representa a porta de entrada no sistema de saúde. É crucial não se limitar à detecção precoce, testagem e encaminhamento de casos para outros níveis de atenção. É preciso consolidar essa linha de cuidado na carteira de serviços, proporcionando um atendimento mais ágil e eficiente aos pacientes”, destaca. A Referência Técnica Distrital de Família e Comunidade, Camila Monteiro, explica que, além do Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) e da Policlínica de Taguatinga, já estabelecidos como unidades de referência no tratamento do HIV/Aids, o atendimento passa a estar disponível também nas UBSs e na Policlínica de Ceilândia II – ao lado do Hospital Regional da Ceilândia (HRC). “O lançamento do guia vai ampliar a oferta da profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP HIV), um dos métodos de prevenção à infecção pelo HIV nas UBSs”, comenta. A PrEP é um medicamento antirretroviral que deve ser ingerido antes da relação sexual, permitindo ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o vírus. O método faz parte de uma das estratégias de prevenção combinada do HIV, que reúne ferramentas biomédicas, comportamentais e estruturais, como o uso de preservativos e lubrificantes, testagem regular e adesão à terapia antirretroviral (Tarv) para controlar a infecção, por exemplo. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Com testagem e tratamento imediato, DF reduz mortes por HIV em 21,6%
O coeficiente de mortalidade por aids no Distrito Federal diminuiu 21,6% em cinco anos. Divulgado nesta segunda-feira (27), o Informativo de Situação Epidemiológica do HIV e da Aids no DF – de 2018 a 2022 – aponta que o índice de óbitos por 100 mil habitantes caiu de 3,3 para 2,7 nesse período. O boletim mostra também redução nos casos de infecção pelo HIV e de aids: uma queda de 9,8 para 7,3 por 100 mil habitantes. Orientação da Secretaria de Saúde é fazer o teste e sempre se manter fora da exposição ao risco | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde A gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Na Secretaria de Saúde do DF (SES), Beatriz Maciel Luz, atribui a redução aos esforços do Sistema Único de Saúde (SUS), destacando a importância da testagem e do início imediato do tratamento em casos de diagnósticos positivos, medida fundamental para a queda no número de casos e de óbitos. [Olho texto=”Ter HIV não é a mesma coisa que ter aids; segundo especialistas, muitas pessoas podem carregar o vírus e viver anos sem desenvolver a doença, mas há o risco de transmitirem a outras pessoas” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “Além disso, há o esforço em manter a contínua dispensação do medicamento e, consequentemente, o tratamento adequado e contínuo a todas as pessoas vivendo com HIV, para que possam manter uma carga viral indetectável e não desenvolver a aids”, avalia a médica. Ter HIV, lembra ela, não é a mesma coisa que ter aids. A especialista explica que muitas pessoas podem carregar o vírus e viver anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. “Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomadas as devidas medidas de prevenção”, alerta. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. Jovens em risco O boletim epidemiológico é um alerta para o comportamento de jovens. No DF, a faixa etária de 20 a 29 anos representa uma média de 32,9% dos casos de aids, seguida por uma média de 28,9% entre pessoas de 30 a 39 anos. A faixa etária de 40 a 49 anos apresenta uma proporção média de 21,7%. As unidades básicas de saúde (UBSs), as policlínicas e os ambulatórios especializados compõem a rede de vigilância, prevenção e assistência ao HIV e à aids. Nesses locais da rede pública do DF estão disponíveis diversas estratégias de prevenção combinada. [Numeralha titulo_grande=”15 mil ” texto=”Número aproximado de pessoas que, atualmente, recebem medicamentos da rede pública para tratamento ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] É possível contar, nessas unidades, com fornecimento de preservativos e gel lubrificante, medicamentos para profilaxia pós-exposição (PEP) ao HIV (quando uma pessoa teve uma situação de risco nas últimas 72 horas), medicamentos para profilaxia pré-exposição (PrEP, destinada a pessoas com risco frequente, que usarão diariamente um medicamento para evitar contrair o vírus) e os medicamentos para tratamento das pessoas vivendo com HIV/Aids. O técnico de vigilância em HIV e aids Sérgio D’Ávila afirma que, atualmente, cerca de 15 mil pessoas recebem medicamentos para tratamento na rede da SES-DF. “A implementação da PrEP tem crescido significativamente, com 3.239 pessoas cadastradas recebendo medicamentos para prevenir o HIV”, aponta. Acesse no site da Secretaria os locais onde ocorre o fornecimento de PrEP. Prevenção [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em dezembro, haverá ações da SES em todo o DF em alusão ao mês de luta e prevenção contra o HIV e a aids. A campanha Dezembro Vermelho começará na sexta-feira (1º/12), Dia Mundial da Luta contra a Aids, para orientar a população sobre a importância da prevenção à infecção pelo vírus HIV, causador da doença, e do diagnóstico precoce para melhor qualidade de vida. Já no sábado (2/12), a ação será no Parque da Cidade, com oferta de testagem e aconselhamento. E, em 6 de dezembro, o Centro Cultural Renato Russo receberá uma oficina de prevenção com a participação do médico e comunicador Jairo Bouer e outros convidados. Na ocasião, ocorrerá um diálogo aberto com os jovens da rede pública de educação do DF. Onde buscar tratamento Confira abaixo locais que oferecem atendimento. ? Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin – antigo Hospital Dia da Asa Sul) ? Policlínicas de Taguatinga, Ceilândia, Planaltina, Paranoá, Gama e Lago Sul ? Ambulatórios de infectologia dos hospitais de Base, Regional de Santa Maria (HRSM), Regional de Sobradinho (HRS) e Universitário de Brasília (HUB). Além desses locais, as unidades básicas de saúde (UBSs) fazem testes rápidos e oferecem preservativos e gel lubrificante durante todo o ano. Acesse o informativo epidemiológico, na íntegra. *Com informações da Agência Saúde
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Prevenção ao HIV deve ser feita durante todo o ano
O último mês do ano, na Saúde, é marcado pela campanha Dezembro Vermelho, que foca a prevenção e o diagnóstico precoce de HIV, assim como o tratamento da Aids. Essas medidas podem e devem ser mantidas sempre, para evitar a contaminação pelo vírus e o desenvolvimento da doença. Exames preventivos, bem como tratamento, estão disponíveis nas unidades básicas de saúde | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde Dados da Secretaria de Saúde (SES) apontam um decréscimo no número de novos casos de HIV e de Aids em 2020. De infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, o DF registrou 690 episódios no ano passado, 90 casos a menos do que em 2019. Já da doença adquirida pelo HIV, foram 249 novos casos em 2020, ante 293 no ano anterior. [Olho texto=”“A prevenção combinada é definida pela própria pessoa, de acordo com seu momento de vida e o contexto de vivência da sua sexualidade” ” assinatura=”Leidijany Paz, enfermeira do Centro Especializado em Doenças Infecciosas ” esquerda_direita_centro=”direita”] Referência técnica distrital (RTD) de infectologia, a médica Lívia Pansera explica que o HIV é transmitido principalmente por relações sexuais (vaginal, anal ou oral) desprotegidas com pessoas portadoras do vírus e sem tratamento adequado. Também pode ocorrer a transmissão vertical, que é quando a mãe que vive com HIV sem tratamento passa o vírus para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação. “Pode, ainda, ser transmitido pelo compartilhamento de objetos perfurocortantes contaminados, como agulhas e alicates”, acrescenta a médica. Para evitar a contaminação, a melhor estratégia é a prevenção combinada. “Essa combinação é definida pela própria pessoa, de acordo com seu momento de vida e o contexto de vivência da sua sexualidade”, explica a enfermeira Leidijany Paz, do Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), referência no tratamento de pessoas com HIV no Distrito Federal. Demonstrativo dos casos de HIV no Distrito Federal nos últimos quatro anos | Arte: Divulgação/Agência Saúde Abordagens múltiplas Segundo a profissional, a técnica consiste no uso simultâneo de diferentes abordagens de prevenção, como uso de preservativos – tanto o masculino quanto o feminino –, uso de gel lubrificante, terapias antirretrovirais, como a PEP (profilaxia pré-exposição), e a testagem regular. Para definir a melhor combinação, é preciso identificar a autopercepção do risco de exposição ao HIV. “É importante que a autopercepção de risco de exposição ao HIV venha acompanhada de uma consequente redução desse risco, com a incorporação de uma ou mais estratégias de prevenção”, explica a enfermeira, que aponta alguns questionamentos importantes a serem feitos: Quando você está mais exposto? Quando está sob efeito de bebida alcoólica ou outra substância que altera a consciência? Quando está solteiro? Quando está na balada? Quando está num relacionamento estável e não conversa sobre prevenção de IST? Qual a melhor prevenção combinada para o momento que você está vivendo atualmente? Suspeita de contaminação Caso surja a suspeita de adquirir o HIV devido à exposição sexual (consentida ou vítima de violência) ou acidente biológico com perfurocortantes ocorridos nas últimas 72 horas, a médica Lívia Pansera orienta: “A pessoa exposta pode ser avaliada na unidade de saúde quanto à possibilidade de receber a PEP”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Caso a pessoa suspeite da infecção há mais tempo, a rede pública de saúde disponibiliza gratuitamente testes para HIV, sífilis e hepatites B e C, nas unidades básicas de saúde (UBSs) ou no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), na Rodoviária do Plano Piloto. E, se o resultado do teste for positivo, também é oferecido o tratamento clínico-ambulatorial em unidades de saúde especializadas. Nesses serviços, o usuário tem acesso às consultas médicas, exames específicos de monitoramento e ao tratamento com medicamentos antirretrovirais (ARVs). “A pessoa que tiver o diagnóstico de infecção pelo HIV, após avaliação médica adequada deve iniciar a terapia antirretroviral o quanto antes”, alerta a médica. Os antirretrovirais impedem a replicação do vírus HIV no organismo, evitando o enfraquecimento do sistema imunológico e o desenvolvimento da Aids. “Por isso, o uso regular dos ARVs é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas”, defende Leidijany. *Com informações da Secretaria de Saúde
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HIV/Aids ainda representa grave problema de saúde
Denominada Dezembro Vermelho, a campanha nacional de prevenção ao HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) visa chamar a atenção para assistência e proteção dos direitos das pessoas infectadas. A Aids é a manifestação clínica da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Ao longo do tempo, as células do sistema imunológico são destruídas, o que torna a pessoa vulnerável a diversas infecções chamadas de oportunistas. Especialistas de saúde lembram que prevenção e testagem são importantes, bem como tratamento em tempo hábil | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde O vírus é transmitido de uma pessoa para outra, principalmente por meio de relações sexuais desprotegidas, de mãe para filho (durante a gestação, parto e a amamentação) ou ainda pelo uso de seringa por mais de uma pessoa, transfusão de sangue contaminado e acidentes com instrumentos perfurocortantes contaminados. [Olho texto=”“Uma pessoa com HIV, se for diagnosticada e tratada precocemente, reduz o risco de desenvolver Aids ou até mesmo de transmitir para outras pessoas”” assinatura=”Beatriz Maciel Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis” esquerda_direita_centro=”direita”] “Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da Aids, o sistema imunológico começa a ser atacado, e é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV – tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença”, explica a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz. Ela lembra que é importante começar o tratamento em tempo hábil, caso contrário as células de defesa começam a perder eficiência até serem destruídas. “O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções oportunistas”, afirma a gestora. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Tratamento O tratamento é feito por meio de medicamentos antirretrovirais (coquetel), que ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico e impedem que o vírus se replique dentro das células de defesa. “Uma pessoa com HIV, se for diagnosticada e tratada precocemente, reduz o risco de desenvolver Aids ou até mesmo de transmitir para outras pessoas”, ressalta Beatriz. “O uso regular dos antirretrovirais é fundamental ainda para melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas.” A gerente lembra ainda que rede de urgência e emergência atende pessoas que necessitam de profilaxia pós-exposição ao HIV e outras ISTs ocasionadas por exposição sexual consentida, violência sexual e acidentes com materiais biológicos. Rede pública de saúde A Secretaria de Saúde (SES) mantém 11 serviços de referência no tratamento de HIV/Aids, por meio dos quais cerca de 12 mil pacientes recebem tratamento e medicamentos antirretrovirais. Confira, abaixo, a lista desses locais: Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) – antigo Hospital Dia da Asa Sul; Policlínicas de Taguatinga, Ceilândia, Planaltina, Paranoá, Gama e Lago Sul; Ambulatórios de infectologia dos hospitais de Base (HB), Regional de Santa Maria, Regional de Sobradinho e o Universitário de Brasília (HUB); Unidades básicas de saúde (UBS) oferecem testes rápidos e fornecem insumos de prevenção (preservativos e gel lubrificante) durante todo o ano. E, na Rodoviária do Plano Piloto, o público pode fazer teste rápido para HIV, sífilis e hepatites virais. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Divulgado o panorama das ISTs entre os jovens no DF
[Olho texto=”DF ocupa a 27ª posição, entre as capitais brasileiras, em casos de Aids” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A pedido da Secretaria de Juventude (Sejuv), a Companhia de Desenvolvimento do Distrito Federal (Codeplan) elaborou um estudo sobre infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) no DF. Dados do Ministério da Saúde apontam que, entre 1980 e 2020, foram registrados no Brasil 1.011.617 casos de Aids. Entre as capitais, o Distrito Federal ocupa a 27ª posição nesse ranking. Já com relação à sífilis, com base nos dados levantados pelo ministério em 2019, a Codeplan apurou que Brasília está situada entre as dez unidades federativas com maiores taxas dessa doença em forma congênita (8,4 de cada grupo de mil nascidos vivos) e na gestação (15,4 por mil nascidos vivos). Já as taxas de incidência de hepatite no DF apresentam tendências análogas à do Brasil. Na comparação com as demais taxas nas capitais do país, Brasília ocupa a 19ª posição para hepatite A, 18ª para hepatite B e 17ª posição para hepatite C. As ISTs são causadas por vírus, bactérias ou outros micro-organismos. A transmissão se dá, principalmente, por contato sexual sem preservativo, feminino ou masculino, com uma pessoa que esteja infectada. Essas infecções também podem ser transmitidas da mãe para o bebê durante a gestação, parto ou amamentação; e de maneira menos comum, por meio de contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas. Por regiões As regiões administrativas (RAs) com mais notificações no período de análise da Codeplan foram Ceilândia (134.633 mil jovens entre 12 e 29 anos) e Samambaia (71.721 mil jovens entre 12 e 29 anos), ambas com maior população na faixa etária estudada. Em RAs com menos habitantes, como Fercal (3.254 mil jovens entre 12 e 29 anos) e SIA (797 jovens entre 12 e 29 anos), foram detectados menos casos. Os maiores números de diagnósticos foram de Aids, sífilis adquirida e HIV, respectivamente. A infecção por HIV foi mais prevalente em jovens entre 19 e 24 anos, enquanto a por Aids foi mais frequente a partir da faixa dos 25 anos. A análise por gênero mostrou que a maior parte das notificações dessas infecções foi entre pacientes do sexo masculino, com exceção das hepatites virais e sífilis gestacional, que acometem apenas grávidas. Os casos de ISTs em evolução na capital podem ser um fator preocupante para as autoridades de saúde, uma vez que, além dos riscos à saúde e o aumento no número de contaminação, há um custo associado a longos tratamentos. Notificações “Conhecer os jovens e a sua realidade é fator determinante para a construção de políticas públicas efetivas que possam beneficiá-los, e a parceria firmada entre Sejuv e Codeplan é um presente para a juventude do DF, já que é mais um instrumento que nos permite buscar iniciativas bem-sucedidas”, avalia a secretária de Juventude, Luana Machado. “Desta vez, temos o lançamento do panorama das notificações de infecções sexualmente transmissíveis IST entre jovens do DF, que traz dados significativos e importantes para futuras ações da nossa pasta.” [Olho texto=”“Precisamos aprimorar as estratégias de comunicação e de educação em saúde para falar sobre prevenção, diagnóstico e tratamento das infecções sexualmente transmissíveis” ” assinatura=”Beatriz Maciel Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] A gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde (SES), Beatriz Maciel Luz, explica que o caminho para a prevenção é o conhecimento e a conscientização. “O estudo sobre o panorama das ISTs entre os jovens no DF é de muita relevância, já que essa população é considerada prioritária por estar mais vulnerável às infecções”, explica. A gestora lembra que muitos jovens se expõem a situações que representam risco de adquirir uma IST. “Portanto, precisamos aprimorar as estratégias intra e intersetoriais – saúde, educação e assistência social –, de comunicação e de educação em saúde, para falar sobre prevenção, diagnóstico e tratamento das infecções sexualmente transmissíveis”, afirma. Entre as iniciativas em curso no DF para conscientização e prevenção, destaca-se a Semana Distrital de Ações e Prevenção ao HIV/Aids, com palestras e seminários sobre o tema, oficinas de capacitação para educadores e reapresentações da sociedade civil em estabelecimentos públicos de ensino e de saúde, repartições públicas e penitenciárias. A SES também oferece preservativos, gel e profilaxia pré e pós-exposição ao HIV e outras ISTs em suas unidades de atendimento, além de tratamento gratuito para HIV, hepatites B e C, sífilis e outras ISTs. “Dados de infecções sexualmente transmissíveis do Sistema de Informação de Agravos de Notificação entre 2007 e 2017 para jovens entre 12 e 17 anos no DF mostram maior aumento nas notificações de HIV e sífilis”, esclarece o gerente de pesquisas da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais da Codeplan, Gustavo Frio. Segundo ele, nesse período também foi verificada uma redução nas notificações de hepatites virais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Metodologia A análise feita pela Codeplan considera jovens entre 12 e 29 anos, de acordo com os critérios estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Política Nacional de Juventude (PNJ), que definem adolescência o período entre 12 e 18 anos e jovens aqueles na faixa etária de 15 a 29 anos, respectivamente. As idades foram divididas nos grupos de 12 a 18 anos, 19 a 24 anos e de 25 a 29 anos. *Com informações da Codeplan
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Dezembro Vermelho lembra importância da prevenção ao HIV
A Aids é uma doença grave, que ainda não tem cura e se expande entre a população. Sem um tratamento adequado, a enfermidade, que precisa ser combatida, pode causar a morte. No Distrito Federal, a tendência nos últimos anos foi de redução do diagnóstico de novos casos de HIV e adoecimentos e óbitos por Aids. [Olho texto=”“Aqui no DF temos diagnosticado precocemente as pessoas vivendo com HIV e essas pessoas estão se tratando e não estão desenvolvendo a forma mais grave da doença, que é a Aids”” assinatura=”Beatriz Maciel Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis” esquerda_direita_centro=”direita”] A queda revela a procura pelo diagnóstico precoce e adesão ao tratamento. Os dados foram apresentados durante coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (25), dando início à campanha Dezembro Vermelho, voltada para reforçar o cuidado contra o HIV e a Aids. “Aqui no DF temos diagnosticado precocemente as pessoas vivendo com HIV e essas pessoas estão se tratando e não estão desenvolvendo a forma mais grave da doença, que é a Aids”, revela a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz. Apesar de não assustar como nos anos 1980 e 1990, quando não havia tratamentos com a eficácia dos atuais, os números não podem ser desprezados: em 2020, foram 690 novos casos registrados no DF, além de 96 óbitos. Em 2021, até o momento, foram 581 contaminações confirmadas e 76 óbitos – número que ainda pode sofrer alteração. De 2016 a 2020, foram diagnosticados, em média, 701 casos por ano e, no mesmo período, 306 novos casos de Aids. Já os óbitos por Aids tiveram uma média anual de 105 ocorrências nesses cinco anos. As estratégias de prevenção combinada do HIV incluem o uso regular de preservativos, diagnóstico oportuno, gerenciamento de vulnerabilidades e imunizações, entre outras | Foto: Bruno Esaki/Agência Saúde-DF Em todo o Brasil, estima-se que existam 920 mil pessoas vivendo com o vírus da Aids. O problema é que cerca de 11%, ou mais de 100 mil pessoas, podem estar contaminadas com o vírus e não sabem. Em todo o país foram 41.909 novas infecções confirmadas em 2019, ano que registrou também 10.565 óbitos. Prevenção A Secretaria de Saúde do DF atua desde o fornecimento gratuito e livre de preservativos nas unidades de saúde até o tratamento dos pacientes. Entre as principais ações estão a possibilidade de realizar nos postos de saúde a testagem do vírus HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como sífilis e hepatite. [Numeralha titulo_grande=”581″ texto=”contaminações já foram confirmadas no DF este ano, que teve até agora 76 óbitos” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os prontos-socorros da rede hospitalar e as unidades de pronto atendimento (UPAs) também fornecem os medicamentos da profilaxia pós-exposição (PEP), para pessoas que tiveram exposição sexual consentida, por violência sexual ou exposição a materiais perfurocortantes contaminados. Já a profilaxia pré-exposição (PrEP) é voltada para pessoas com risco aumentado de adquirir a infecção, como parceiros de pessoas contaminadas com HIV, trabalhadores (as) do sexo, indivíduos com episódios frequentes de infecções sexualmente transmissíveis, pessoas trans, gays, homens que fazem sexo com homens e quem costumeiramente tem relações sexuais sem proteção. Desde o dia 1º de setembro, a PrEP passou a ser dispensada para pacientes com prescrição médica da rede privada. Na época, o Ministério da Saúde elegeu o DF como uma das unidades federativas piloto do Projeto PrEP na Saúde Suplementar. A profilaxia pré-exposição ao HIV consiste no uso de antirretrovirais (ARV) para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV. Essa estratégia mostrou-se eficaz e segura em pessoas com risco aumentado de adquirir a infecção. [Olho texto=”Para quem foi diagnosticado com a doença, a rede pública possui uma rede de serviços ambulatoriais especializados” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A PrEP faz parte das estratégias de prevenção combinada do HIV. Dentro do conjunto de ferramentas da prevenção combinada, inserem-se também testagem para o HIV, profilaxia pós-exposição ao HIV (PEP), uso regular de preservativos, diagnóstico oportuno e tratamento adequado de infecções sexualmente transmissíveis (IST), redução de danos, gerenciamento de vulnerabilidades, supressão da replicação viral pelo tratamento antirretroviral e imunizações. Tratamento Para quem foi diagnosticado com a doença, a rede pública possui uma rede de serviços ambulatoriais especializados: Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin – antigo Hospital Dia, na 508 Sul); policlínicas de Taguatinga, Planaltina, Paranoá, Gama, Lago Sul e Ceilândia; ambulatórios do hospitais regionais de Ceilândia e de Sobradinho, no Universitário de Brasília e no de Base. “Nós fornecemos fórmula infantil a todas as crianças filhos de mulheres com HIV. A criança nasce e já sai do hospital com a fórmula, porque a mãe não pode alimentá-la, por ser uma via de transmissão”, explica Beatriz Maciel. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O tratamento adequado, e no momento oportuno, tem possibilitado que 92% dos pacientes com HIV/Aids em tratamento no DF estejam atualmente com carga viral indetectável, reduzindo a chance de desenvolverem infecções oportunistas ou até mesmo de transmitirem para outra pessoa. Por isso, hoje em dia o tratamento também é sinônimo de prevenção. Mais informações podem ser acessadas aqui. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Ampliado o acesso a medicamento preventivo ao HIV
A partir desta quarta-feira (1º), a rede pública de saúde do Distrito Federal começa a dispensar o medicamento utilizado para a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao HIV para pacientes com receita prescrita por médicos da rede privada. Até então, o acesso ao fármaco só era possível com receita emitida por profissionais da rede pública de saúde. O Ministério da Saúde (MS) elegeu o DF como uma das unidades federativas piloto do projeto PrEP na Saúde Suplementar. [Olho texto=”“ A dispensação dos medicamentos da PrEP prescritos por médicos da rede privada é um avanço importante para as estratégias de prevenção ao HIV”” assinatura=”Beatriz Maciel Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com o pedido médico em mãos, os pacientes podem retirar o medicamento nas Unidades Dispensadoras de Medicamentos de antirretrovirais (UDM). A medida segue o Protocolo Clínico e as Diretrizes Terapêuticas do MS. De acordo com a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz, a disponibilidade para o setor privado aumentará a oferta da PrEP, beneficiando mais pessoas. “É um avanço importante para as estratégias de prevenção ao HIV. No DF, o atendimento e a dispensação para PrEP no SUS estão disponíveis no Hospital Dia, no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e, a partir desta quarta-feira, na Policlínica de Taguatinga”, ela informa. “A dispensação dos medicamentos da PrEP prescritos por médicos da rede privada estará disponível nas UDM das Policlínicas de Taguatinga, do Lago Sul, de Ceilândia e na Farmácia Escola do HUB, também a partir desta quarta”, acrescenta Beatriz Maciel. Arte: Agência Saúde DF O que é a PrEp? A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV consiste no uso de antirretrovirais (ARV) para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV. Essa estratégia mostrou-se eficaz e segura em pessoas com risco aumentado de adquirir a infecção. A PrEP faz parte das estratégias de prevenção combinada do HIV. Dentro do conjunto de ferramentas da prevenção combinada, inserem-se também testagem para o HIV, Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP), uso regular de preservativos, diagnóstico oportuno e tratamento adequado de infecções sexualmente transmissíveis (IST), redução de danos, gerenciamento de vulnerabilidades, supressão da replicação viral pelo tratamento antirretroviral e imunizações. “No Brasil, a epidemia de HIV/Aids é concentrada em alguns segmentos populacionais que respondem pela maioria de casos novos da infecção, como gays e outros homens que fazem sexo com homens, pessoas trans e profissionais do sexo. Além disso, destaca-se o crescimento da infecção pelo HIV em adolescentes e jovens”, explica Beatriz. Segundo a gerente, além de apresentarem maior risco de adquirir o HIV, essas pessoas frequentemente estão sujeitas a situações de discriminação, sendo alvo de estigma e preconceito, o que aumenta, assim, sua vulnerabilidade ao HIV/Aids. Com o pedido médico em mãos, pacientes podem retirar o medicamento nas Unidades Dispensadoras de Medicamentos de antirretrovirais (UDM) | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF “Para esses casos, a PrEP insere-se como uma estratégia adicional de prevenção disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de reduzir a transmissão do HIV e contribuir para o alcance das metas relacionadas ao fim da epidemia”, afirma. Fluxo para atendimento Para a prescrição da PrEP, o profissional será cadastrado no Sistema de Controle Logístico de Medicamentos Antirretrovirais (Siclom) pelo farmacêutico da Unidade Dispensadora de Medicamentos (UDM). Portanto, o nome e o CRM deverão estar legíveis. Cabe ao profissional prescritor acompanhar com o usuário o aprazamento das consultas de seguimento, de forma a garantir a continuidade do cuidado, da oferta dos medicamentos e do cumprimento da regularidade da testagem para HIV. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O usuário deverá comparecer a uma das UDM e entregar os documentos. Além disso, cumprir o prazo de até sete dias após a realização do teste rápido para HIV ou anti-HIV laboratorial (com resultado não reagente) para retirar a PrEP na UDM (preferencialmente o mais breve possível). Caso o usuário perca o prazo acima, ele deverá realizar novo teste e apresentá-lo ao médico prescritor para preenchimento de novo formulário. O usuário também deve atentar-se para não perder os prazos das consultas de seguimento de forma a garantir a continuidade da PrEP sem interrupção por falta de medicamentos. Depois, basta retirar os medicamentos, preferencialmente, na UDM onde foi inicialmente cadastrado. A PrEP não é para todas as pessoas. Ela é indicada para aquelas que têm maior risco de entrar em contato com o HIV. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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UBS 8 de Santa Maria no combate ao HIV
A Unidade Básica de Saúde 8 de Santa Maria reforçou as ações para a campanha Dezembro Vermelho. A ação que ocorrerá até a próxima segunda-feira (22) tem como tema “Testar é saber, saber é cuidar”. Trata-se de um reforço na conscientização quanto a importância em se fazer o teste de HIV, receber o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento adequado em caso de resultado positivo. A expectativa é atender cem pessoas durante a ação. “Nosso objetivo é o estreitamento do vínculo com a comunidade ofertando, mesmo durante a pandemia, serviços de saúde. Prova disso são as ações que a equipe promove mensalmente, buscando ofertar um serviço de qualidade, fruto do empenho de todos que trabalham na unidade”, destaca o gerente da UBS 8, Victor Campos. Em caso de diagnóstico do vírus HIV, os pacientes são orientados e encaminhados para tratamento em uma unidade que oferece atendimento especializado. São oito no total: Além de testes rápidos de HIV, serão oferecidos exames para detecção de sífilis, hepatite B e C. A unidade também faz a distribuição de preservativos masculino e feminino, além de gel lubrificante. Abrangência A UBS 8 de Santa Maria atende à população que reside nas Quadras 417 a 419 e na EQ 417/517 e possui 2 equipes de Estratégia de Saúde da Família. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Região Leste se engaja no Dezembro Vermelho
Um dos destaques das ações preparadas pela Região de Saúde Leste para a campanha Dezembro Vermelho ocorre neste sábado (12). Em São Sebastião e Jardins Mangueiral, os moradores terão acesso a testagem rápida para HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Também haverá orientações quanto à prevenção e ao tratamento em caso de diagnóstico positivo. Além das ações em campo, as unidades básicas de saúde (UBSs) da Região Leste que abrem aos sábados oferecerão os exames gratuitamente. Para ter acesso, os cidadãos devem residir na área de cobertura de cada UBS. Ação reforçada A Secretaria de Saúde (SES) lembra que todas as UBSs do DF oferecem teste rápido, consulta e orientação. O tratamento é ofertado em oito unidades especializadas, como o Hospital Dia, na 508 Sul. A campanha Dezembro Vermelho surge como reforço a serviços disponibilizados durante o ano todo. “A importância das ações do Dezembro Vermelho é reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com portadores de HIV/Aids”, explica a superintendente da Região de Saúde Leste, Raquel Bevilaqua. Durante todo o mês, as UBSs da região vão oferecer preservativos, testagem e aconselhamento. Algumas delas terão painéis informativos sobre o tema e consultas de rotina para avaliação. Confira, na arte, os locais em que as ações deste sábado serão empreendidas. Arte: Divulgação/SES * Com informações da SES
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Dezembro Vermelho terá várias ações
Durante todo o mês, haverá trabalhos de prevenção, detecção e diagnóstico nas UBSs | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde O último mês do ano chegou e, junto a ele, a campanha Dezembro Vermelho. Em todo o Distrito Federal haverá ações da Secretaria de Saúde (SES) em alusão ao mês de luta e prevenção contra o HIV e a Aids. De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (1º), em 2019 foram detectados 752 casos de HIV – aumento de 7,2% em relação a 2018, quando se registraram 701 – e diagnosticados 294 casos de Aids – mais 2,8% que em 2018, quando esse quantitativo foi de 286. Na avaliação da SES, as ações de prevenção adotadas pela rede pública podem ter refletido para que esse aumento dos casos de Aids no DF em 2019 não fosse maior. “Essas estratégias fazem com que as pessoas que vivem com HIV sejam diagnosticadas precocemente, iniciando o tratamento de forma oportuna e mantendo um tratamento adequado”, explica a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz. População atenta Graças às medidas de prevenção e diagnóstico oferecidas pela SES e ao interesse da população em manter a vigilância da doença, avalia a gestora, “essas pessoas estão vivendo com a carga viral indetectável e não chegam à forma mais avançada, que é a Aids”. Em 2019, de acordo com o boletim, 92% das pessoas em tratamento com medicamentos antirretrovirais apresentaram carga viral indetectável. Essa situação apresenta um indicativo de que, apesar do aumento da infecção pelo vírus HIV, a adesão ao tratamento também pode ter aumentado, o que reflete também na redução do número de doentes com Aids. Ações durante todo o mês Durante todo este mês, as equipes de Saúde da Família que atuam nas unidades básicas de saúde (UBSs) farão trabalhos de prevenção, detecção e diagnóstico de HIV, Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis. Essas ações ocorrerão nas próprias UBSs, que oferecerão programação diferenciada, além de procedimentos pontuais fora das unidades. Confira, na arte, o cronograma. * Com informações da SES
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Casos de HIV e Aids cresceram na população idosa do DF
O mais recente boletim epidemiológico com levantamento dos casos de HIV e Aids divulgado pela Secretaria de Saúde revela grande aumento nos casos de infecção pelo vírus HIV e diagnóstico da Aids na população acima dos 60 anos, entre os anos de 2014 e 2019. O informativo também traz aumento dos casos em jovens entre 20 e 29 anos. Dos casos detectados no sexo masculino, houve redução de 24,4% apenas os indivíduos que estão na faixa etária entre 15 e 19 anos. Nas mulheres, a redução ocorreu em todas as faixas etárias, com exceção daquelas que têm entre 15 e 19 anos e 50 e 59 anos, onde o aumento foi de 5,9%. Em seis anos, os casos de HIV em maiores de 60 anos, em ambos os sexos, variou 275%. De acordo com o informativo epidemiológico, em 2014 era 1,3 casos de HIV em homens para cada caso em mulheres. Em 2019, passou a ser 5 casos em homens para cada caso em mulheres. “Essa população é sexualmente ativa, mas ainda encontra barreiras e tabus quando o assunto é sexualidade. É preciso falar abertamente sobre o tema e alertar esse grupo sobre a importância de se prevenir.”, observa a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O maior crescimento detectado foi entre os homens na faixa de 60 anos e mais, com 157,1% (passou de 2,8 casos de HIV por 100 mil habitantes para 7,2 casos de HIV por 100 mil habitantes). Em 2019, a faixa etária que apresentou a menor razão de sexos foi a de 50 a 59 anos, com 1,9 caso de HIV em homens para cada caso em mulheres. Em 2014 esse índice era de 3 casos em homens para cada caso em mulheres. Na população entre 15 e 19 anos, houve redução de casos de infecção por HIV em 21,6% em seis anos. Por outro lado, a faixa que apresentou a maior razão de sexos foi a de 20 a 29 anos, com razão de 15,3 casos de HIV em homens para cada caso em mulheres. Casos de Aids Dos casos de Aids, todas as faixas etárias apresentaram redução, exceto nos jovens de 20 a 29 anos, que teve aumento de 44,3% – em 2014, eram de 11,4 casos de aids em homens para cada caso em mulheres e passou para 16,4 casos em homens a cada caso em mulheres com Aids. Comparando os anos de 2018 e 2019, aumentou em 157,9% a proporção dos casos de Aids em pessoas que têm entre 40 e 49 anos. No primeiro período, a detecção de casos de Aids era de 1,7 casos em homens para cada caso em mulheres e passou no ano seguinte para 4,4 casos em homens para cada caso em mulheres. Na população acima de 60 anos, comparando o mesmo período, o aumento foi de 33,3%, passando de 1,8 caso para 2,3 casos em homens para cada caso de aids em mulheres. O boletim revela, ainda, que nos anos de 2017 a 2019, não foram registrados casos de Aids em mulheres na faixa etária de 15 a 19 anos. Números do HIV e da Aids no DF Quando na análise dos dados avalia-se raça ou cor da pele, o predomínio da infecção do HIV ocorre em indivíduos de cor parda, com valor médio de 36,3%, sendo essa categoria a que apresentou maior crescimento (4,5%), passando de 39,8% em 2014 para 41,6% em 2019. A maior redução foi entre amarelos (48,3%). Entre brancos e pretos, no mesmo período, houve redução de 14,6% e 3,2%, respectivamente. Os casos de Aids aumentaram em 14,1% entre pessoas pardas e 100% em amarelos e indígenas. Entre brancos e pretos, a redução foi de 14,4% e 11,8%, respectivamente. De 2018 para 2019, também houve redução da proporção de casos de Aids entre brancos e pretos, ficando em 15,3% e 25%, respectivamente. Ao ser analisada a escolaridade, a infecção por HIV foi maior em indivíduos com ensino superior completo e médio completo. Os percentuais ficaram em 20,4% e 19,6%, respectivamente, no período de 2014 a 2019. Nos cidadãos analfabetos, o aumento foi de 8,3%. Dos diagnósticos de Aids, os casos nesse mesmo público aumentaram em 29,6% e 19%, respectivamente. Em analfabetos, o aumento foi de 12,2%. Em relação à categoria de exposição entre homens maiores de 13 anos com Aids, em seis anos, o público homossexual apresentou a maior média de proporção de casos (50,8%), com aumento de 17,1% de 2014 a 2019, mas com redução de 2,9% de 2018 para 2019. Entre os homens heterossexuais, a proporção de casos de Aids, nesses seis anos, foi em média de 20,3%, com aumento de 7,2% de 2018 para 2019. Nos bissexuais, a média foi de 11,6%, no período, mas houve aumento 27,8% de 2018 para 2019. Transmissão de mãe para filho A transmissão vertical, de mãe para filho pode ocorrer na gestação, durante o parto e através da amamentação. No DF, o número de casos vem se mantendo igual a 1 caso notificado por ano. “Isso ocorre devido às estratégias de prevenção que o DF adota, como o teste de HIV preconizado durante o pré-natal, a profilaxia durante o parto e a oferta de fórmula láctea a todas as crianças expostas ao HIV, do nascimento até um ano de idade”, explica, Beatriz Maciel Luz. A gerente pontua que “toda gestante deve fazer o teste de HIV no pré-natal e no momento do parto. Ressalta-se que o tratamento para HIV específico para gestante também está disponível no SUS. Além disso, as mulheres vivendo com HIV não devem amamentar”. Entre 2014 e 2019, houve registro maior que um caso por ano, apenas em 2014 (1 caso em menor de 1 ano e outro aos 4 anos) e em 2016 (3 casos em crianças de um ano). No ano passado, 72,7% das gestantes com HIV usaram profilaxia durante a gestação e parto – um aumento de 12,6% em relação ao ano anterior. Este valor, porém, apresenta uma redução de 8,7% em relação ao início do período analisado (de 79,7%, em 2014, para 72,7%, em 2019), enquanto as gestantes que não fizeram profilaxia, apresentaram aumento de 258,9% do período, passando de 1,7%, em 2014, para 6,1%, em 2019 Formas de prevenir a infecção e a doença Há várias formas de prevenir a infecção pelo vírus HIV e de adquirir Aids. A rede pública disponibiliza gratuitamente, durante todo o ano, preservativos masculino e feminino e gel lubrificante, em todas as unidades básicas de saúde (UBS). Outra forma de se prevenir do vírus é por meio da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) disponibilizada no Hospital Dia e no Hospital Universitário de Brasília. A PrEP é indicada para populações em situação de maior vulnerabilidade e que tenham práticas de maior risco para infecção pelo HIV. Também está disponível em toda a rede a Profilaxia Pós-Exposição (PEP). É uma forma de prevenção da infecção pelo HIV com o uso de medicamentos que fazem parte do coquetel utilizado no tratamento da Aids para pessoas que possam ter entrado em contato com o vírus recentemente, por meio da exposição ocupacional, no caso de profissionais de saúde, por exemplo, ou pela exposição sexual ocorrida em casos de sexo sem camisinha ou de violência sexual. Na prevenção da transmissão vertical, existe a profilaxia durante o parto, quando necessário e, de acordo com a carga viral da gestante, realiza-se a profilaxia no bebê. Toda puérpera, após o nascimento do filho, recebe o leite especial para os bebês durante o primeiro ano de vida. É importante destacar que essas mães não podem amamentar. Diagnóstico e tratamento As UBSs e o Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), da Rodoviária do Plano Piloto, oferecem os testes, sendo na maioria rápidos, para detectar o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. Qualquer cidadão que tenha feito relação sexual desprotegida pode procurar uma unidade para fazer o teste e receber orientações quanto à prevenção e tratamento. Os casos positivos receberão direcionamento para tratamento específico em um Serviço de Atendimento Especializado (SAE) em HIV/Aids. Nos SAEs são feitos outros exames complementares para averiguar a situação de saúde e o estágio da infecção para estabelecer o tratamento adequado com os antirretrovirais e outros medicamentos indicados, quando necessário. Ao todo, são oito unidades públicas de saúde especializadas: Hospital Dia (508 Sul), ambulatórios dos hospitais regionais de Sobradinho, Ceilândia e Universitário de Brasília e nas policlínicas de Taguatinga, Lago Sul, Planaltina e Gama. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Dia Mundial da Luta Contra a Aids tem ações de prevenção
O Governo do Distrito Federal realizou, hoje (1º/12), Dia Mundial da Luta Contra a Aids uma ação na Rodoviária do Plano Piloto, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de se prevenir contra o vírus HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. No hall da Estação Central do Metrô, servidores do Centro de Testagem e Aconselhamento levaram autotestes de HIV e distribuíram preservativos. Outras ações também ocorrem em todo o DF. Ação lembra da importância da prevenção e do diagnóstico precoce | Fotos: Geovana Albuquerque /Agência Saúde Uma parceria entre a Secretaria de Saúde, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) e o Ministério da Saúde levou até a Rodoviária do Plano Piloto, a Exposição Indetectável – o efeito de estar indetectável em cada uma dessas vidas é detectável: basta olhar nos olhos delas para ver. A exposição traz relatos e histórias de vida, com fotos, de treze pessoas que estão com vírus HIV indetectável no organismo. Os relatos ficarão expostos até o dia 4 de dezembro. A mobilização faz parte da campanha Dezembro Vermelho e foi pensada para ocorrer sem causar aglomerações diante do cenário atual de pandemia de Covid-19. O autoteste, em que as pessoas podem fazer o exame em casa, foi uma das alternativas. “O objetivo hoje é a divulgação do Centro de Testagem e Acolhimento, pois lá são realizadas testagens rápidas para HIV, sífilis e hepatites B e C e muita gente desconhece este serviço. Também queremos chamar a atenção para a importância do diagnóstico precoce como ferramenta de saúde para as pessoas portadoras do HIV e como ferramenta de enfrentamento da epidemia”, explica a chefe do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), Leidijany Paz. Segundo ela, é de extrema importância falar do diagnóstico precoce do HIV, pois é uma doença passível de tratamento, em que a carga viral pode zerar e se tornar indetectável, sem chance de transmissão do HIV se estiver seguindo o tratamento correto. Casos no DF Os casos de infecção pelo vírus HIV aumentaram em 2019 no Distrito Federal. Foram 752 notificações enquanto em 2018 foram 701. Também houve aumento, embora mais tímido, quando comparado os dois anos, dos casos diagnosticados com Aids – doença causada pelo vírus HIV. Foram 294 casos confirmações no ano passado, oito a mais que no ano anterior. De 2014 a 2019, foram notificados 4.102 casos de infecção pelo HIV e 2.150 casos de aids. “Nos últimos cinco anos houve um pequeno aumento de detecção de casos de HIV e redução dos casos de Aids, o que é reflexo devido às estratégias de prevenção adotadas no DF e isso faz com que as pessoas sejam diagnosticadas precocemente, iniciando o tratamento rapidamente, o que evita a Aids”, informa a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz. O Dezembro Vermelho teve ações em várias unidades básicas de saúde da rede. Na Região de Saúde Centro-Sul, houve uma ação de testagem de HIV e distribuição de preservativos na Feira Permanente do Riacho Fundo I. As equipes que participaram da ação são da UBS 1. Durante todo o mês, as UBSs do DF terão programações voltadas para a campanha de luta contra a Aids. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Casos de infecções por HIV crescem no Distrito Federal
Os casos de infecções pelo vírus HIV aumentaram em 2019 no Distrito Federal. Foram 752 notificações enquanto em 2018 foram 701. Também houve aumento, embora mais tímido, quando comparado os dois anos, dos casos diagnosticados com Aids – doença causada pelo vírus HIV. Foram 294 casos confirmados no ano passado, oito a mais que no ano anterior. A Secretaria de Saúde alerta para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce para controle da infecção e o não desenvolvimento da doença. A Secretaria de Saúde inicia, nesta terça-feira (1), a campanha Dezembro Vermelho com várias ações pelo Distrito Federal. De acordo com a Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS), de 2014 a 2019, foram notificados 4.102 casos de infecção pelo HIV e 2.150 casos de aids. Os dados estão no boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde nesta terça-feira (1º). A divulgação ocorre no dia em que se inicia a campanha Dezembro Vermelho – mês de luta contra a Aids. Em 2019, de acordo com o boletim, 92% das pessoas em tratamento com medicamentos antirretrovirais apresentaram carga viral indetectável. Ou seja, a situação pode indicar que, apesar do aumento da infecção pelo vírus HIV, a adesão ao tratamento também pode ter aumentado, o que reflete também na redução no número de casos de doentes com Aids. Os casos de Aids tiveram redução entre os anos de 2014 e 2018. Em 2019, porém, o aumento foi de 2,8%. Já os casos de HIV cresceram durante todos os anos do período citado anteriormente. A gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz, destaca que as estratégias de prevenção adotadas pela rede pública de saúde podem ter refletido para que o aumento não fosse maior. “Essas estratégias, como a oferta de testagem, por exemplo, fazem com que as pessoas que vivem com HIV sejam diagnosticadas precocemente iniciando o tratamento de forma oportuna”, afirma a gerente. Beatriz reforça que graças às medidas de prevenção e diagnóstico que a Secretaria de Saúde oferece, além do interesse da população em manter a vigilância da doença “essas pessoas estão aderindo ao tratamento e estão vivendo com a carga viral indetectável. Assim não desenvolvem a forma mais avançada da doença, que é a Aids”. Situação epidemiológica por região Entre os anos de 2014 e 2019, o Riacho Fundo I foi a Região Administrativa do DF que apresentou maior aumento nos casos de Aids e HIV. Eram 17,3 casos de Aids por 100 mil habitantes e, no passado, saltou para 30,1 caso por 100 mil habitantes, ou seja, um aumento de 74%. Em relação ao HIV, a infecção pelo vírus atingia, em 2014, 7,4 casos para cada 100 mil habitantes. Esse número cresceu 524%, passando em 2019 para 46,2 infecções para cada 100 mil habitantes. O Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), que não tinha casos registrados de infecções por HIV nos anos anteriores, notificou, em 2019, dois casos. O coeficiente de detecção do vírus foi de 74,6 casos por 100 mil habitantes. De acordo com o mapa abaixo, quando se compara 2014 com 2019, o aumento de detecção de HIV também foi maior em Sobradinho, que apresentava, em 2014, o coeficiente de infecção entre 10 e 20 casos por 100 mil habitantes, ficando entre 30 e 40 em 2019. No Gama também houve aumento, passando de 20 a 30 casos para cada 100 mil habitantes em 2014 para 30 a 40 casos por 100 mil habitantes em 2019. Veja o mapa O mapa traz redução no coeficiente de infecção no Cruzeiro, que era entre 40 e 50 casos por 100 mil habitantes em 2014 regredindo para entre 10 e 20 casos para cada 100 mil habitantes. De acordo com o mapa, também houve redução em Sobradinho II, Vicente Pires, Taguatinga, Candangolândia e Lago Sul. Dos casos de Aids, o Paranoá se manteve com o coeficiente de detecção entre 17 e 23 casos por 100 mil habitantes entre 2014 e 2019. Também ficaram estáveis as regiões de Sobradinho II, Santa Maria, Ceilândia, Riacho Fundo II, Varjão e Planaltina, com coeficiente de 6 a 12 casos por 100 mil habitantes. As demais regiões administrativas apresentaram redução, sendo a mais significativa no Lago Norte, que tinha em 2014 o coeficiente de detecção de 23 a 30 casos por 100 mil habitantes regredindo para 0 a 6 casos em 2019. Veja o mapa Outras regiões que apresentaram grande redução nos coeficientes foram Lago Sul, Guará e Taguatinga, passando de 23 a 30 casos por 100 mil habitantes para 12 a 17. Mortalidade por Aids O coeficiente de mortalidade por aids (por 100 mil habitantes), no Distrito Federal, de 2014 a 2019, apresentou redução de 30% passando de 4,6 para 3,2 óbitos por 100 mil habitantes. Nesse período, a Região de Saúde Norte (Planaltina, Sobradinho, Sobradinho II e Fercal) foi a única que apresentou aumento (81%), passando de 1,7 para 3,1 óbitos por Aids a cada 100 mil habitantes. As maiores reduções foram observadas nas Regiões de Saúde Sul (Gama e Santa Maria) e Centro-Sul (Guará, Estrutural, Sia, SCIA, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Park Way, Riacho Fundo I e Riacho Fundo II), com 53,5% e 52,7%, respectivamente. Em 2019, as Regiões Oeste (Ceilândia, Brazlândia e Sol Nascente/Pôr do Sol), Sul e Leste (Paranoá, Itapoã, São Sebastião e Jardim Botânico) apresentaram coeficientes de mortalidade por Aids superiores aos do Distrito Federal como um todo. Nesse mesmo ano, o coeficiente na Região Centro-Sul voltou a crescer, com 22,2% de aumento. A Região Norte também apresentou aumento (21,5% em relação a 2018). No Distrito Federal, a queda foi de 15,2%, comparados os dois últimos anos analisados. Em números absolutos, foram 671 mortes por Aids entre 2014 e 2019, sendo 73,2% (491) em homens e 26,8% em mulheres (180). Prevenção, diagnóstico e tratamento Teste rápido para detecção do HIV está disponível nas UBSs e no NTA da Rodoviária do Plano Piloto – Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde DF Em todas as 172 unidades básicas de saúde e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), localizado na Rodoviária do Plano Piloto, são oferecidos testes, sendo na maioria rápidos, para detecção do HIV. Essas unidades disponibilizam, durante todo o ano, preservativos masculinos e femininos e gel lubrificante. A rede pública de saúde oferece a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) disponibilizada no Hospital Dia e no Hospital Universitário de Brasília, como estratégia de prevenção, além do uso de preservativos. A PrEP é disponibilizada para populações de maior vulnerabilidade e que tenham práticas de maior risco para infecção pelo HIV. A gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz explica que “na PrEP, após avaliação por profissionais especializados, o usuário passa a usar um medicamento específico para evitar o HIV, reduzindo o risco de contrair o vírus”. Além disso, segundo ela, o paciente recebe todas as orientações, como acompanhamento reforçando a importância do uso da camisinha e demais cuidados para não contrair outras ISTs. Medicamento utilizado na profilaxia pós-exposição (PEP) – Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde DF Também está disponível em toda a rede a Profilaxia Pós-Exposição (PEP). É uma forma de prevenção da infecção pelo HIV com o uso de medicamentos que fazem parte do coquetel utilizado no tratamento da Aids para pessoas que possam ter entrado em contato com o vírus recentemente, por meio da exposição ocupacional, no caso de profissionais de saúde, por exemplo, ou pela exposição sexual ocorrida em casos de sexo sem camisinha ou de violência sexual. De acordo com Beatriz, esses medicamentos precisam ser tomados por 28 dias, sem parar, com o objetivo de impedir a infecção pelo vírus, sempre com orientação médica. A Profilaxia Pós-Exposição está disponível em todos os serviços de urgência e emergência, Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e no Hospital Dia. Os casos positivos receberão direcionamento para tratamento específico em um Serviço de Atendimento Especializado (SAE) em HIV/Aids. Nos SAEs são feitos exames complementares para averiguar a situação de saúde e o estágio da infecção para estabelecer o tratamento adequado com os antirretrovirais e outros medicamentos indicados, quando necessário. Ao todo, são oito unidades públicas de saúde especializadas: Hospital Dia (508 Sul), ambulatórios dos hospitais regionais de Sobradinho, Ceilândia e Universitário de Brasília e nas policlínicas de Taguatinga, Lago Sul, Planaltina e Gama. * Com informações da Secretaria de Saúde
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Saiba como se prevenir contra HIV e outras ISTs
Preservativos, tanto para a mulher quanto para o homem, estão entre as formas de prevenção | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde Prevenir sempre é o melhor remédio. O alerta é da Secretaria de Saúde (SES), que mantém ações voltadas para a prevenção do HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Em todas as 172 unidades básicas de saúde (UBSs) e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), localizado na Rodoviária do Plano Piloto, são oferecidos preservativos masculinos e femininos e gel lubrificante, exames para o HIV – na maioria dos casos, com testagem rápida – e testes rápidos para sífilis e hepatites virais B e C. Além do uso de preservativos, o Hospital Dia e o Hospital Brasília oferecem ainda a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) como estratégia de prevenção. A PrEP é indicada para pessoas parceiras das Pessoas Vivendo com HIV (PVHIV). “Na PrEP, após avaliação por profissionais especializados, o usuário passa a usar um medicamento específico para evitar o HIV, reduzindo o risco de contrair o vírus”, explica a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES, Beatriz Maciel Luz. O paciente recebe todas as orientações, como acompanhamento sobre o uso de camisinha e demais cuidados, para não contrair outras ISTs. Profilaxia Também está disponível em toda a rede pública a Profilaxia Pós-Exposição (PEP). É uma forma de prevenção da infecção pelo HIV com o uso de medicamentos que fazem parte do coquetel utilizado no tratamento da Aids para pessoas que possam ter entrado em contato com o vírus recentemente, por meio da exposição ocupacional – caso de profissionais de saúde – ou pela exposição sexual ocorrida em episódios de sexo sem camisinha ou de violência sexual. De acordo com Beatriz, esses medicamentos precisam ser tomados durante 28 dias, ininterruptamente, com o objetivo de impedir a infecção pelo vírus, sempre com orientação médica. A PEP está disponível em todos os serviços de urgência e emergência, unidades de pronto-atendimento (UPAs) e no Hospital Dia. A principal forma de prevenir a infecção pelo vírus da hepatite B é a vacina, disponível nas salas especializadas e nas UBSs. As doses são aplicadas em todas as pessoas ainda não vacinadas, independentemente da idade. Para as crianças, a recomendação é receber quatro doses da vacina: ao nascer e aos dois, quatro e seis meses de idade (vacina pentavalente). Já para a população adulta, o esquema completo prevê a aplicação de três doses. ISTs no DF De 2014 a 2019, dados do último boletim com informações sobre a doença no DF registraram 4.102 casos de infecção pelo HIV e 2.150 casos de Aids. Houve uma redução do coeficiente de detecção dos casos de Aids por 100 mil habitantes. Em relação ao HIV, foi constatada tendência de crescimento, o que pode indicar o aumento da detecção precoce de infecção pelo HIV antes de sua evolução para Aids. O tratamento adequado no momento oportuno tem possibilitado que 92% dos pacientes com HIV/Aids estejam atualmente com carga viral indetectável, o que reduz a quase zero por cento a chance de desenvolverem infecções oportunistas ou até mesmo de transmitirem a doença para outra pessoa. Pesquisas mostram um perfil epidemiológico predominantemente masculino (com uma proporção de cerca de 7,3 casos masculinos de HIV para 1 feminino). Entre esse público, predomina a transmissão sexual, principalmente de homens que fazem sexo com outros homens. Observa-se que a faixa etária que detém o maior número de casos de Aids é a de 20 a 39 anos (32%). Já os casos de HIV diagnosticados concentram-se na faixa etária mais jovem, de 20 a 29 anos (46%). Outro dado que chama a atenção é o crescimento de casos de HIV/Aids em faixas acima dos 60 anos. Em 2014, entre as mulheres, esses casos representavam 5,1% do total, e entre os homens, 3,3%. Já em 2019, essa faixa passou a representar 11,3% dos casos femininos e 5,8% dos casos masculinos. * Com informações da SES
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HIV: diagnóstico precoce possibilita maior qualidade de vida
A Secretaria de Saúde inicia, a partir desta segunda-feira (23), atividades da Semana Distrital de Prevenção as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) que antecedem o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro – mês da campanha Dezembro Vermelho. O objetivo é conscientizar a população sobre as medidas preventivas e o tratamento da doença. Entre os dias 23 de novembro e 1º de dezembro, as unidades básicas de saúde (UBSs) farão atividades preventivas como testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites B e C; distribuição de preservativos e ações educativas aos pacientes. A síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) é a manifestação clínica da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) que, ao longo de diversos anos, destrói as células do sistema imunológico e torna a pessoa vulnerável a diversas doenças que podem inclusive levar a óbito. O vírus é transmitido através de relações sexuais com uma pessoa infectada ou com o contato com o sangue infectado. A gestante com HIV também pode transmitir a doença para o filho durante a gravidez, no parto ou na amamentação com o leite materno infectado (transmissão vertical). Importância da prevenção Segundo a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz, com as medidas de tratamento e de prevenção é possível não só deter o avanço da epidemia, como também garantir um tratamento adequado à pessoa com HIV/Aids. “O diagnóstico precoce, combinando o tratamento oportuno com as medidas de prevenção e profilaxia, contribuem não só para reduzir a transmissão sexual e a transmissão vertical da doença, como também dão qualidade de vida ao portador do HIV/Aids”, informa Beatriz. No DF, 92% dos pacientes com HIV/Aids em tratamento adequado conseguiram alcançar a carga viral indetectável, o que reduz a quase zero a chance de desenvolverem infecções oportunistas ou até mesmo de transmitir para outra pessoa. “Hoje em dia tratamento também é sinônimo de prevenção. Apesar de ainda não ter sido encontrada a cura, é possível manter a doença crônica controlada”, destaca a gerente. Atendimento no SUS O teste rápido para HIV está disponível em todas as UBSs e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), localizado na Rodoviária do Plano Piloto. O paciente que realiza o teste e tem um exame positivo e diagnóstico confirmado é encaminhado a um Serviço de Atendimento Especializado (SAE) em HIV/AIDS. Nos SAEs são feitos outros exames complementares para averiguar a situação de saúde e o estágio da infecção para estabelecer o tratamento adequado com os antirretrovirais e outros medicamentos indicados, quando necessário. Ao todo, são oito unidades públicas de saúde especializadas: Hospital Dia (508 Sul), ambulatórios dos hospitais regionais de Sobradinho, Ceilândia e Universitário de Brasília e nas policlínicas de Taguatinga, Lago Sul, Planaltina e Gama. “Uma vez diagnosticado e em atendimento no Serviço Especializado, o paciente receberá a orientação quanto à documentação necessária para retirar o medicamento. A prescrição do esquema terapêutico é individualizada, de acordo com cada caso, seguindo os protocolos clínicos do Ministério da Saúde”, explica a gerente. * Com informações da Secretaria de Saúde
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Núcleo de Testagem e Aconselhamento mantém atendimento
Apesar da pandemia do novo coronavírus, o Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), antigo Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), da Rodoviária do Plano Piloto, continua atendendo normalmente, mas com algumas medidas de segurança para evitar a proliferação da Covid-19. Como o comércio da rodoviária não está funcionando, os servidores do NTA estão utilizando a parte externa para fazer uma espécie de pré-atendimento, em que é aferida a temperatura, a pressão arterial e oxigenação do sangue. “O paciente quando chega passa por essa triagem e se não apresentar nenhum sintoma é encaminhado para fazer a ficha de cadastro e a testagem dentro do NTA. Todos os profissionais estão utilizando os equipamentos de proteção individual e só deixamos entrar dois pacientes por vez na sala de espera, respeitando as medidas de distanciamento”, explica o chefe do Núcleo de Testagem e Aconselhamento, Gilmar Decaria. Antes da pandemia do coronavírus, ficavam até 12 pessoas dentro da sala de espera. Mas como o local é pequeno e não tem ar-condicionado, somente algumas janelas, só dois pacientes adentram o local atualmente. De acordo com o chefe do NTA, as medidas de proteção adotadas são preconizadas pelo Ministério da Saúde. “Todos os servidores estão tomando o máximo de cuidado, usando os EPIs, mantendo distanciamento. É uma medida de proteção tanto para nós quanto para os pacientes. Além disso, de agora em diante, só entra no NTA com máscara, se o paciente não possuir a gente cede uma máscara”, destaca. Procura Desde o início da pandemia, o movimento no Núcleo de Testagem e Aconselhamento diminuiu bastante. Segundo Gilmar, no início do isolamento, em que estava frio e chovendo muito, a procura por atendimento era bem pequena. O atendimento normalmente era de 70 pessoas. Agora, está entre 20 a 25 atendimentos por dia. Funcionamento O NTA fica na Rodoviária do Plano Piloto e funciona de segunda à sexta-feira, das 7h às 22h. A unidade realiza testes laboratoriais de hepatites B e C, de HIV, sífilis e teste rápido de HIV. Atualmente a equipe do NTA é formada por 15 profissionais. Sendo dois médicos, um atendendo pacientes que necessitam fazer a PEP (profilaxia pós-exposição), e uma que trabalha com a Saúde do Homem, tratando pacientes com HPV e demais IST’S. O restante da equipe é formado por enfermeiras, técnicas de enfermagem e o chefe do Núcleo. * Com informações da Secretaria de Saúde
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Campanha de prevenção ao HIV/Aids mobiliza DF
O Ministério da Saúde estima que 900 mil brasileiros vivem com HIV. Deste total, cerca de 135 mil não sabem que têm a doença. Por isso, a Secretaria de Saúde desenvolveu várias atividades para marcar a Semana Distrital de Prevenção da Aids e demais Doenças Sexualmente Transmissíveis. Na sexta-feira (29), uma grande colcha de retalhos com fotos alusivas ao enfrentamento ao HIV/Aids foi estendida no gramado do Palácio do Buriti. A ação é um alerta para os jovens e encerra a Semana Distrital de Prevenção da Aids e demais Doenças Sexualmente Transmissíveis. Paralelamente, a Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde realizou, na Rodoviária do Plano Piloto, uma tarde de aconselhamentos e de distribuição de preservativos. Foto: Breno Esaki – Saúde/DF “A iniciativa é para alertar os jovens do Distrito Federal sobre os cuidados de prevenção da Aids. Temos um aumento no número de casos em jovens”, destaca a gerente de Vigilância de Infeções Sexualmente Transmissíveis, Carina Leão de Matos. No Distrito Federal, são 11.600 pessoas fazendo tratamento na rede pública de saúde. Dos casos registrados no Distrito Federal, 50% são jovens entre 15 e 29 anos. “Essa é uma ótima ação, pois tem pessoas que não sabem ou não entendem a importância de se prevenir. É importante se informar e saber as formas de prevenção para que não tenhamos tantas pessoas doentes”, ressalta a autônoma Ana Lídia, de 39 anos. A Secretaria de Saúde oferece testes rápidos em todas as unidades de saúde e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA) da Rodoviária do Plano Piloto. O atendimento é realizado de segunda a sexta, no mezanino do segundo andar da Rodoviária. Há uma distribuição de senha e o usuário é chamado por número e não por nome, preservando o sigilo do paciente. O cadastro, o aconselhamento e a entrega do resultado do exame são feitos apenas por um funcionário, para promover maior privacidade. O horário de funcionamento é das 7h30 às 21h30, de segunda à quinta, e das 7h30 às 17h, nas sextas. “Além da realização dos testes rápidos nas unidades, a secretaria realizará, em dezembro, a ampliação da assistência. Vamos participar de um projeto-piloto do Ministério da Saúde com distribuição de autotestes para o HIV nos locais de Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PREp). Além disso, estamos realizando capacitações para servidores, com foco no acolhimento das populações-chaves”, pontua Carina Leão. O Ministério da Saúde lançou a Campanha de Prevenção ao HIV/Aids, que foca na testagem rápida e reforça a importância do tratamento. A campanha tem um olhar especial para os jovens, que é a faixa etária com maior incidência. Em todo o país, pessoas entre 20 e 34 anos representam 57,5% dos casos em todo o país. * Com informações da Secretaria de Saúde/DF
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Pela prevenção às infecções sexualmente transmissíveis
Fotos: Acácio Pinheiro / Agência Brasília Celebrada em novembro e convertida a lei em 2008, a Semana Distrital de Ações de Prevenção ao HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) é uma iniciativa que busca conscientizar e informar a população sobre o tema. Para esclarecer questões a respeito das doenças sexualmente transmissíveis e alertar o público jovem, responsável por um grande número de ocorrências, a Agência Brasília conversou com a gerente de Vigilância de IST da Secretaria de Saúde, Carina Matos. Em 1º de dezembro, é instituído o Dia Mundial de Combate à Aids. Dos 3.731 casos de HIV notificados nos últimos cinco anos no Distrito Federal, 51% ocorreram na faixa etária entre 15 e 29 anos, segundo dados da Secretaria de Saúde (SES). Somente no ano passado, do total de 680 episódios de HIV detectados em todas as idades, 80% estão entre pessoas de 15 a 39 anos. Tais números ligam o sinal de alerta e reforçam a necessidade de um maior diálogo e informações. É sobre esse assunto que Carina Matos fala, na entrevista abaixo. Como está o cenário das infecções sexualmente transmissíveis no Distrito Federal? Hoje a gente consegue falar muito bem sobre duas doenças porque elas são de notificação compulsória no Brasil, então nós temos os dados bem-postos da sífilis e do HIV/Aids. As outras patologias temos alguns dados que não dá para dizer que são os reais do número de casos. Tivemos, até junho, 15 mil casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) diversas, 1.841 casos de sífilis até outubro e 959 de HIV/Aids, de dados provisórios. Quando falamos sobre os dados de agora, são referentes aos dados de 2018. Todo ano corrente a gente analisa o ano anterior epidemiológico. Nós temos tido um aumento dos casos de IST, mas esse é um cenário na verdade do Brasil, e, quando a gente fala em sífilis, é um cenário mundial. A Secretaria de Saúde está abastecida de insumos e profissionais para atender à sociedade? Como é o atendimento na rede pública do DF? A Secretaria de Saúde distribui preservativos (interno e externo) e gel lubrificante. A distribuição tem sido regular. Teste regular para as patologias, temos para a sífilis, HIV, hepatite B e hepatite C também nas unidades básicas. Agora, em dezembro, fomos convidados pelo Ministério da Saúde para entrar no projeto do autoteste, uma distribuição que ainda não é para toda a população, mas é um teste para ser realizado em casa por alguém que não frequenta o ambiente da saúde, uma Unidade Básica de Saúde [UBS]. A incidência de IST entre jovens de 15 e 29 anos é uma grande preocupação. Como alcançar esse público por meio de campanhas e ações? Quando a gente fala em IST, existe uma barreira em razão do tabu. Falar sobre sexo e infecções sexualmente transmissíveis ainda é tabu, em especial em relação aos jovens. Enquanto Secretaria de Saúde, a gente tem os locais de atendimento, a distribuição de preservativos, atendimento exclusivo para os jovens como o Adolescentro e a capacitação para os servidores. A gente procura abordar a questão da saúde sexual como parte da saúde integral do paciente, falar disso naturalmente, como falamos, por exemplo, da saúde do sistema digestivo. Ninguém tem vergonha em entrar numa unidade de saúde e dizer que está com disenteria, mas ainda hoje é tabu dizer que está com uma ferida no pênis ou na vagina. A ideia é lidar com os tabus respeitando os pacientes e a privacidade. [Olho texto=”“Ninguém tem vergonha em entrar numa unidade de saúde e dizer que está com disenteria, mas ainda hoje é tabu dizer que está com uma ferida no pênis ou na vagina. A ideia é lidar com os tabus respeitando os pacientes e a privacidade”” assinatura=”Carina Matos, gerante de gerente de Vigilância Infecções Sexualmente Transmissíveis da ” esquerda_direita_centro=”direita”] Como impactar esse público? Nessa nossa Semana Distrital de Ações de Prevenção ao HIV/Aids e outras IST, tivemos iniciativas exclusivas para os jovens. Reunimos cerca de 40 pessoas na Câmara Legislativa em parceria com a Secretaria de Justiça e a UnAids para conversar com esse público. Também fazemos capacitação dos servidores para lidar com os jovens. Como deve ficar a divisão de responsabilidades e troca de informações entre familiares e amigos, escola e rede de saúde? Como cada um pode ajudar? A gente caminha para um bom diálogo entre saúde e educação. Existe o programa Saúde nas Escolas, em que um dos eixos é sobre a sexualidade. Esse diálogo nós temos, entre saúde e educação, mas também se trata de algo ofertado. É uma carta de serviços que precisa ser solicitada. Assim, voltamos à questão do tabu. É difícil conseguir entrar num local onde as pessoas não querem conversar sobre isso. Os pais precisam estar conscientes e dispostos. A maior mensagem é que não tem problema, não é demérito você não conseguir conversar sobre determinados assuntos com seus filhos, mas é importantíssimo entender nossos limites, não limitar nossos filhos dentro dos nossos limites, ou seja, se não consigo falar sobre um tema, eu os levo a quem possa falar. Os médicos podem abordar a questão da sexualidade, a escola também. Os jovens fazem aquilo que não conhecem por curiosidade. Uma vez que os jovens têm educação sexual, eles optam por iniciar sua vida sexual não precocemente, escolhem um momento mais maduro para isso. A curva de crescimento da sífilis adquirida assusta. Como contê-la? O que explica esse fenômeno? Quando você pega os dados do Ministério da Saúde, ele liberou os números em 2010, quando foram 21 casos. Ainda não era [tema] tratado como notificação compulsória para o Ministério, então ter um número pequeno à época não era porque não existiam casos, mas porque não comunicavam a incidência deles. Tivemos um aumento da sífilis. Em 2018, foram 1.841 casos [dados provisórios até outubro], e por isso temos feito a capacitação de servidores, distribuído os insumos, ofertado eventos educativos e também o diagnóstico, tratamento e monitoramento. A sífilis tem aumentado em todo o mundo, e as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam para seis milhões de casos por ano. A Aids, o HIV e a sífilis estão na Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças do Ministério da Saúde. O que significa essa lista? É a lista de patologias que o profissional de saúde diagnostica e é obrigado a comunicar para a saúde pública o resultado desse exame, é uma comunicação em saúde. Essas doenças (HIV/Aids e sífilis) são de notificação compulsória porque elas têm uma importância para a saúde pública. Como são doenças transmissíveis, existe essa comunicação exatamente para que se possa fazer a busca ativa desse paciente, interferir na questão de educar preventivamente, informar os meios de prevenção e que existe tratamento. Como é o tratamento para cada uma dessas doenças? No caso da sífilis, o tratamento vai depender do estágio clínico da doença. Ele é feito com penicilina – antigamente, o nome comercial era Benzetacil – e a quantidade depende do momento em que acontece o diagnóstico. O tratamento pode levar de uma a três semanas. O de HIV é feito com medicação diária. Há tratamentos até com um comprimido, mas vai depender do estágio clínico do paciente. É importante salientar que o tratamento é extremamente efetivo. O Ministério da Saúde comunicou que a maior parte desses pacientes, em três meses, tem a carga viral indetectável. Isso quer dizer que eu colho os exames e não consigo enxergar uma quantidade grande de vírus circulando depois de três meses de tratamento. Quando não tenho essa carga detectável, ele não transmite sexualmente o HIV. Então, quando se fala em prevenção, o tratamento também é uma forma de prevenção. Não exclui o uso do preservativo, mas é uma segurança maior que esse paciente não vai transmitir o vírus. A rede pública de saúde do DF dispõe de atendimento? A rede oferece tanto para HIV quanto para sífilis. A sífilis, qualquer Unidade Básica de Saúde faz o diagnóstico, monitoramento e tratamento. O diagnóstico, quando coletado, traz a resposta em 30 minutos. A pessoa sai da unidade sabendo [do resultado] e já é instituído o tratamento e acompanhamento também. O de HIV é ofertado em locais de Serviço de Atendimento Especializado [SAE] em HIV/Aids. O diagnóstico pode ser feito em uma Unidade Básica de Saúde, que dispõe do teste rápido, e também temos o Centro de Testagem e Aconselhamento [CTA], que fica no mezanino da Rodoviária do Plano Piloto. O tratamento e o monitoramento, porém, são feitos no SAE. A última semana de novembro é, por lei, a Semana Distrital de Ações de Prevenção ao HIV/Aids e outras IST. Lançar luz ao tema é importante, mas como torná-lo um assunto perene nas escolas e rede pública de saúde? A gente vai lidar com a naturalização de conversar sobre sexualidade e educação sexual, que é uma coisa natural, e as infecções sexualmente transmissíveis existem. [É preciso] que a gente possa conseguir diariamente enxergar a saúde sexual como uma parte outra qualquer da nossa saúde.
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Como prevenir casos de HIV/Aids entre jovens?
A Semana Distrital de Ações de Prevenção ao HIV/Aids e outras IST foi aberta nesta segunda-feira (25), realizada no Hospital Dia. E no debate logo foi constatada a necessidade de usar mais novas ferramentas, como as redes sociais, para auxiliar na estratégia de prevenção dos casos de HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST) na população jovem. Durante o evento, os dados epidemiológicos sobre essas doenças foram apresentados ao secretário de Saúde, Osnei Okumoto. O alerta principal foi com relação ao número de ocorrências na população jovem. Dos 3.733 novos casos de HIV registrados nos últimos cinco anos, no Distrito Federal, 51% ocorreram na faixa etária entre 15 e 29 anos. Somente no ano passado, do total de 680 casos de HIV detectados em todas as idades, 80% estão entre pessoas de 15 a 39 anos. Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde-DF “Há a necessidade de se conversar diretamente com os adolescentes. É importante realizar capacitações, colher melhores informações nas regionais e trabalhar com mais intensidade as mídias e redes sociais para informar a eles e sensibilizar esse público, que é mais difícil de atingir”, afirmou Okumoto. Para a gerente substituta de Vigilância de IST da Subsecretaria de Vigilância à Saúde, Carina Matos, é necessário um foco maior de ações voltadas ao público a partir dos 15 anos, por representar a maior parcela dos casos de HIV no DF. “Precisamos falar de prevenção. Temos várias ferramentas, como a PEP (profilaxia pós-exposição), a PrEP (profilaxia pré-exposição), preservativos, gel, distribuídos pela Secretaria de Saúde. Os jovens precisam ficar atentos e cientes de onde buscá-los”, informou Matos. Nas escolas Fazer a articulação das ações de prevenção com escolas também é medida importante para se aproximar mais desse público, na avaliação da subsecretária substituta de Atenção Integral à Saúde, Eliene Vieira. “No programa Saúde na Escola, por exemplo, tem como um dos temas a prevenção ao HIV. A saúde do adolescente é um assunto desafiador porque, teoricamente, é um indivíduo saudável que não vai a uma unidade básica de saúde. Por isso, ir até eles faz parte do nosso papel”, comentou a gestora. Ações A última semana de novembro é, segundo a Lei nº 4,235, de 30 de outubro de 2008, a Semana Distrital de Ações de Prevenção ao HIV/Aids e outras IST. No decorrer dela, estão previstas ações nos estabelecimentos públicos de ensino e de saúde, repartições públicas, penitenciárias, dentre outros locais. A Gerência de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis organizou para, esses dias, atividades como a mobilização para distribuição de preservativos. Todas as ações têm foco na prevenção e em estratégias para o enfrentamento do HIV. Programação Além da abertura da Semana Distrital, que divulgou dados epidemiológicos, haverá outras iniciativas ao longo dos próximos dias. Nesta terça-feira (26), uma palestra será realizada na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para jovens do ensino médio. Na quarta (27), haverá um seminário para profissionais de saúde sobre HIV/Aids e outras IST na Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs). Na quinta (28), está prevista uma oficina de capacitação para educadores de pares que pertencem à sociedade civil, realizada na sede da Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS). Por fim, na sexta-feira (29), uma ação com distribuição de preservativos na Rodoviária do Plano Piloto encerrará a semana. * Com informações da Secretaria de Saúde/DF
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Aids no Brasil: documentário no Cine Brasília mostra preconceito no tratamento
O Cine Brasília exibe na quinta (26) e no domingo (29) o documentário brasileiro Carta para Além dos Muros, que conta a trajetória de preconceito, discriminação e crueldade contra os portadores de Aids, doença que vitimou milhões de pessoas em todo o mundo nos anos 1980 e 1990. Segundo o diretor André Canto, contar a história da epidemia significa tocar nos medos e nas memórias de dezenas de milhões de pessoas que chegaram à vida adulta no Brasil dominadas pelo pavor de serem infectadas pelo vírus HIV. “Os gays viveram um medo duplo, tanto pela doença, que no início os afetava quase que exclusivamente, quanto pela discriminação que já sofriam. Essa combinação só contribuiu para aumentar o clima de incompreensão sobre o assunto”, afirma. Outro longa brasileiro, Bacurau, segue na programação comercial do Cine. O público também poderá ver na sexta (27) e no sábado (28), com entrada franca, a Iª Mostra de Cinema Chileno do Cine Brasília, realizada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Embaixada do Chile e pela Divisão de Cultura do Ministério das Relações Exteriores do Chile. Comédia, dramas e documentário estão entre os longas selecionados. Veja a seguir as fichas técnicas, sinopses, links para os trailers e programação. Filmes com cobrança de ingressos Carta para Além dos Muros De André Canto (2019, documentário, Brasil, 85 minutos, 12 anos) Sinopse: A trajetória histórica do vírus HIV e da AIDS no imaginário brasileiro, desde a epidemia que tomou o mundo e deixou milhares de vítimas nas décadas de 1980 e 1990 até os dias atuais. Através de entrevistas com médicos, pessoas que vivem com o vírus, ministros, personalidades e representantes de movimentos conscientizadores sobre a epidemia, o diretor propõe uma reflexão sobre a evolução dos tratamentos e os desafios e estigmas ainda enfrentados por portadores de HIV. Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=FhsfHXgDeQg Bacurau De Juliano Dornelles, Kleber Mendonça (2019, drama/ficção, Brasil/França, 132 minutos, 16 anos) Sinopse – Num futuro recente, Bacurau, um povoado do sertão de Pernambuco, some misteriosamente do mapa. Quando uma série de assassinatos inexplicáveis começam a acontecer, os moradores da cidade tentam reagir. Mas como se defender de um inimigo desconhecido e implacável? Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=1DPdE1MBcQc Mostra Chilena (entrada franca) Cuecas Viradas (Calzones Rotos) Cena de Calzones Rotos, de Arnaldo Valsecchi | Foto: Divulgação De Arnaldo Valsecchi (2018, comédia, Chile/Argentina, 101 minutos, 16 anos) Elenco: Catalina Guerra, Patrício Contreras, Consuelo Halzapfel Sinopse: Em 1950, a iminente morte da matriarca obriga sua família a se reunir depois de muitos anos. Confissões aparecem e detalhes inesperados vêm à tona confundindo seus membros. Baseado na novela do escritor chileno Jaime Hagel Echenique, este filme ambientado nos anos 50 é uma comedia negra que retrata as tradições e a vida de uma família aristocrática do campo chileno, mas também a luta das mulheres contra os maltratos e o machismo. Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=3ULGe4S9Ki8 RIU, O que Contam os Cantos (RIU, Lo que Cuentam los Cantos) De Pablo Berthelon Aldunate (2017, documentário, Chile, 71 minutos, livre) Sinopse – O documentário “RIU”, que na língua Rapanui significa “canção”, é uma viagem espiritual e física com última herdeira da cultura ancestral da tradição oral que resta na Ilha de Páscoa (no Pacífico, a 3.700 Km da costa do Chile e parte do território daquele país). María Elena Hotus, uma idosa de 70 anos, é compositora, intérprete e mestra de diferentes técnicas vocais. Ela decide deixar seu legado antes de partir e, para isso, indica como sucessora a filha, Aru Pate Hotus, uma habitante transexual que deverá lutar contra os preconceitos locais. Juntas, visitam cada lugarejo da ilha que possua alguma lenda importante, transformando aquele ponto em local sagrado, onde cantos primitivos são entoados, com letras que falam sobre suas origens e tradições e que sustentam a historia de Rapanui. Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=HE8Q92Oa20w Rei (Rey) De Niles Atallah (2017, drama, Chile/França/Holanda, 91 minutos, 12 anos) Sinopse – O filme conta num clima de fábula e história real e extraordinária de Antoine de Tounens, um francês que no século XIX acreditou-se predestinado a fundar um reino na região chilena de Araucania, onde foi proclamado rei pelos índios Mapuche, originários do centro-sul do país. O intento é reprimido pelo governo do Chile. O filme faz experimentações com imagem, aproximando a narrativa do onírico e do realismo mágico. Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=cEVYQls1JH4 A Salamandra (La Salamandra) De Sebastian Araya (2018, drama/suspense, Chile/Equador, 119 minutos, 16 anos) Sinopse: “A Salamandra” narra a estória de um homem comum de meia idade que tem um trabalho alienado e demonstra sofrer psicologicamente numa sociedade em que um emprego vale por si, independentemente das frustrações que acompanham seu exercício. Uma distopia que invoca no espectador referências a “Tempos Modernos” (Charles Chaplin, 1936), “Metrópolis” (Fritz Lang, 1927) ou o livro “1984” (George Orwell, 1949). A direção de fotografia se encarrega de dar ao longa um ar de opressão. O título toma do réptil a capacidade de sobreviver em qualquer meio, uma assustadora metáfora sobre o ser humano no mundo pós-moderno. Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=tjy13G0g8u8 Quinta, 26 16h – Carta para Além dos Muros 18h – Carta para Além dos Muros 20h – Bacurau Sexta, 27 16h – Bacurau 18h – Abertura da Mostra de Cinema Chileno (Coquetel) 20h – Cuecas Viradas (Mostra de Cinema Chileno) Sábado, 28 16h – RIU, O que Contam os Cantos (Mostra de Cinema Chileno) 18h – Rei (Mostra de Cinema Chileno) 20h – A Salamandra (Mostra de Cinema Chileno) Domingo, 29 16h – Carta para Além dos Muros 18h – Carta para Além dos Muros 20h – Bacurau Serviço Ingressos a R$ 12 (inteira); a bilheteria não aceita cartões, apenas dinheiro. Endereço: Asa Sul, entrequadra 106/107. Telefone: (61) 3244-1660 * Com informações da Secretaria de Cultura/DF
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