Resultados da pesquisa

Transtorno do Espectro Autista (TEA)

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Pesquisa apoiada pela FAPDF investiga moléculas da vespa como alternativa terapêutica para o autismo

O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada, principalmente, por dificuldades de comunicação e interação social, além de comportamentos repetitivos e padrões restritos de interesse. Apesar dos avanços no diagnóstico e nas intervenções terapêuticas, ainda não existe um tratamento farmacológico específico capaz de atuar diretamente nos mecanismos neurobiológicos do transtorno. As terapias medicamentosas disponíveis hoje são utilizadas, sobretudo, para amenizar sintomas associados, como agitação, irritabilidade, impulsividade e ansiedade. Diante desse cenário, pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) vêm explorando caminhos inovadores para ampliar as possibilidades terapêuticas no TEA. Coordenado pela professora Márcia Renata Mortari, do Laboratório de Neurofarmacologia da UnB, e realizado com fomento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), por meio do edital Demanda Induzida (2021), o projeto avalia o potencial dos neuropeptídeos NeuroVAL e Protonectina-F, inspirados em moléculas presentes na peçonha de vespas sociais, tanto em suas formas livres quanto associados à nanotecnologia (mecanismo de entrega que  permite que o medicamento chegue ao cérebro de forma mais eficiente e segura). Márcia Renata Mortari: "O financiamento possibilitou não apenas a execução do projeto, mas a consolidação de uma linha de pesquisa com potencial translacional real" | Foto: Divulgação/Marck Castro Segundo a pesquisadora, o apoio da fundação foi essencial para a viabilização do estudo, permitindo a manutenção de equipamentos, a síntese dos peptídeos, o desenvolvimento dos nanossistemas e ações de divulgação científica. “O financiamento possibilitou não apenas a execução do projeto, mas a consolidação de uma linha de pesquisa com potencial translacional real”, afirma a coordenadora. Os resultados também abrem perspectivas para novas linhas de investigação, incluindo aplicações dos peptídeos em outros transtornos neurológicos, como ansiedade, depressão, epilepsia e dor crônica. O grupo já mantém articulações com a indústria farmacêutica visando ao licenciamento do peptídeo NeuroVAL e a aceleração de estudos futuros. Márcia Renata Mortari, vencedora em 1º lugar no orêmio FAPDF (categoria Pesquisador Inovador – Setor Empresarial), afirma que o laboratório atua há cerca de 20 anos com o estudo de peçonhas de insetos sociais, explorando compostos naturais que, após redesenho molecular, podem adquirir propriedades terapêuticas específicas. “Trabalhamos com moléculas bioinspiradas na natureza, mas estrategicamente modificadas para que sejam seguras, seletivas e aplicáveis do ponto de vista terapêutico”, explica Mortari. Por que investigar peptídeos derivados da peçonha no TEA A pesquisadora Letícia Germino Veras desenvolve formulações nanotecnológicas associadas ao neuropeptídeo bioinspirado NeuroVAL, em estudo para o TEA | Fotos: Divulgação/FAPDF A motivação para estudar os neuropeptídeos NeuroVAL e Protonectina-F no contexto do TEA está diretamente relacionada às lacunas existentes nas terapias farmacológicas atuais. O transtorno envolve alterações em múltiplos sistemas de neurotransmissão — como os sistemas GABAérgico, glutamatérgico, dopaminérgico, serotoninérgico, opioide e endocanabinoide — que regulam funções essenciais como humor, sociabilidade, comportamento, ansiedade e equilíbrio emocional. “O TEA não é uma condição de um único mecanismo. Ele envolve diferentes sistemas neuroquímicos e uma grande variabilidade clínica. Por isso, estratégias baseadas em um único alvo tendem a ter eficácia limitada”, destaca a coordenadora do projeto. O NeuroVAL, desenvolvido no próprio laboratório, foi inicialmente estudado em modelos de dor, onde demonstrou potente efeito analgésico sem apresentar efeitos adversos relevantes. Esses resultados indicaram um perfil de segurança promissor, estimulando sua investigação em outros contextos neurológicos. Já a Protonectina-F também apresentou atividade neuroativa (ou seja, capacidade de interagir com o sistema nervoso e modular processos neuronais associados ao comportamento e à regulação emocional), especialmente associada ao sistema opioide, o que pode influenciar comportamentos relacionados à hiperatividade e à regulação emocional. Preparação da formulação experimental do novo medicamento, que associa o peptídeo bioinspirado à nanotecnologia A hipótese central do estudo é que esses peptídeos possam modular simultaneamente diferentes sistemas neurotransmissores alterados no TEA, contribuindo para a melhora de comportamentos sociais, redução da ansiedade e diminuição de comportamentos repetitivos. Modelo experimental O estudo utiliza um modelo animal de transtorno do espectro autista induzido, no qual alterações comportamentais semelhantes às observadas em pessoas com autismo são reproduzidas de forma controlada, a partir da exposição ao ácido valproico em animais de laboratório, permitindo investigar mecanismos neurobiológicos e testar potenciais abordagens terapêuticas. A análise comportamental é feita por meio de testes consagrados na pesquisa neurocientífica. O teste de sociabilidade em três câmaras avalia a interação social, o enterramento de bolas de gude mede comportamentos repetitivos e padrões de hiperfoco e o labirinto em cruz elevado é utilizado para analisar níveis de ansiedade. A combinação desses testes permite uma avaliação multicomportamental abrangente dos efeitos dos peptídeos. A professora Márcia Renata Mortari participa de ação educativa de divulgação científica, abordando o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a importância da inclusão Os resultados preliminares indicaram maior interação social, redução de comportamentos repetitivos e menor ansiedade nos animais tratados, quando comparados aos grupos não tratados, revelando um potencial terapêutico significativo. Nanotecnologia e entrega cerebral dos peptídeos Um dos principais desafios no uso terapêutico de peptídeos é sua rápida degradação enzimática, especialmente quando administrados por via oral. Para superar essa limitação, o projeto associa os neuropeptídeos à nanotecnologia, utilizando sistemas como quitosana e partículas lipídicas sólidas.  [LEIA_TAMBEM]Esses nanossistemas favorecem a administração intranasal, uma via especialmente promissora para doenças do sistema nervoso central. Por essa via, o fármaco pode alcançar o cérebro de forma mais rápida, com menor perda de absorção e evitando barreiras como a degradação gastrointestinal e a barreira hematoencefálica. “A nanotecnologia permite que as partículas permaneçam aderidas à mucosa nasal por mais tempo, prolongando o efeito terapêutico e aumentando a eficiência da entrega cerebral”, explica Mortari. Além disso, o uso de diferentes doses possibilita identificar janelas terapêuticas seguras (quando a quantidade do medicamento produz benefício sem causar efeitos indesejados), fundamentais para o desenvolvimento futuro de medicamentos. Além dos avanços científicos, o projeto tem impacto direto na formação de recursos humanos. Bolsistas de iniciação científica, mestrado, pós-doutorado e apoio técnico participaram ativamente da execução experimental, análise de dados e redação científica. Ao todo, o trabalho resultou em diversos projetos acadêmicos, incluindo iniciações científicas, trabalhos de conclusão de curso e dissertações de mestrado em andamento. *Com informações da FAPDF  

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Inaugurado primeiro Centro de Referência Especializado em TEA do Distrito Federal

O Governo do Distrito Federal (GDF) entregou, nesta terça-feira (9), duas iniciativas inéditas que ampliam e modernizam a rede de atenção psicossocial: o primeiro Centro de Referência Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cretea) do DF e o Serviço de Assistência em Saúde Mental com Uso de Inteligência Artificial (SAMia). Os equipamentos expandem o acolhimento às crianças com transtorno do espectro autista (TEA) e reforçam o atendimento à população em questões de saúde mental. “Nós teremos três centros aqui no Distrito Federal, esse foi o primeiro. Faremos um na região Norte e outro na região Sul. Precisávamos melhorar esse atendimento, então esse espaço vem justamente para resolver isso. Hoje também anunciamos um trabalho que será coordenado pela Secretaria de Educação, com criação de locais como esse dentro da pasta. E isso já está virando uma realidade com essas inaugurações de hoje”, defendeu a vice-governadora Celina Leão, durante a entrega do Cretea. Inauguração do primeiro Cretea do Distrito Federal e do SAMia expande o acolhimento às crianças com TEA e reforça o atendimento à população em questões de saúde mental | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O centro, instalado na Estação 108 Sul do Metrô, contou com o aporte total de R$ 747.095,61 e foi projetado para oferecer diagnóstico rápido, atendimento especializado e suporte multidisciplinar a crianças de até 10 anos com TEA. A unidade reúne uma equipe multidisciplinar composta por psiquiatra, neuropediatra, pediatra, psicólogo, fisioterapeuta, assistente social e fonoaudiólogos, além de espaços destinados ao acolhimento e à intervenção, como consultórios, sala multissensorial, ginásio terapêutico, sala de grupos, cozinha terapêutica e ambiente lúdico. Com recursos do Metrô-DF e de emenda parlamentar do deputado distrital Eduardo Pedrosa, a estrutura foi totalmente reformada e equipada para atender os 34,1 mil autistas diagnosticados no Distrito Federal, segundo dados do censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na mesma agenda, Celina Leão anunciou a nova plataforma digital pioneira que usa inteligência artificial para triagem e encaminhamento em saúde mental. Chamada de SAMia, a ferramenta, acessível gratuitamente pelo celular, utiliza escalas validadas para avaliar sintomas, identificar riscos e orientar o usuário diretamente ao serviço mais adequado da rede pública. Além disso, oferece conteúdo de autocuidado, como exercícios de respiração, meditação e práticas de bem-estar, e orienta mulheres em situação de violência sobre onde buscar ajuda. O secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, ressaltou que a inovação vai fortalecer a gestão e reduzir barreiras de acesso. “A ideia é que nós tenhamos também, dentro da plataforma, a parte de gestão, em que vamos monitorar, por meio de painéis de controle, toda essa linha de cuidado do paciente e trabalhar políticas públicas mais assertivas para o contexto de saúde mental”, esclareceu o chefe da pasta. Defensor da causa, o deputado distrital Eduardo Pedrosa pontuou que o Cretea é resultado de um trabalho feito em parceria entre o Legislativo e o Executivo: “Nosso objetivo é garantir que as medidas em prol da saúde e da igualdade sejam plenamente atendidas. É fundamental que levemos este modelo de centro para mais perto das famílias, facilitando o acesso à comunidade, especialmente nas regiões administrativas. Este espaço não é apenas uma construção física, mas um local onde plantamos amor, cuidado e atenção. Nele, as famílias encontrarão terapias, diagnósticos, acompanhamento profissional, orientação familiar e capacitação profissional, entre outros serviços que, tenho certeza, contribuirão para transformar a vida da nossa população”. O DF tem 34,1 mil pessoas diagnosticadas com TEA, o que representa 1,2% da população local, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE Diagnóstico precoce e acolhimento multidisciplinar O Cretea tem o objetivo de diagnosticar a doença e intervir em tempo adequado, algo essencial para o desenvolvimento cognitivo, social e comportamental. Com oito consultórios, salas de atendimento em grupo, um ginásio terapêutico, cozinha terapêutica e uma sala multissensorial, o centro reúne todos os serviços da rede pública em um só lugar, facilitando o acesso das famílias. O atendimento será feito por uma equipe multiprofissional. A ideia é centralizar as etapas de acolhimento, avaliação e tratamento, reduzindo o tempo de espera e garantindo continuidade no cuidado. Além disso, o centro funciona como polo de formação e apoio técnico à rede, contribuindo para aprimorar o atendimento às crianças com TEA em outras unidades de saúde. “Temos um grande desafio pela frente no diagnóstico precoce, no tratamento, na execução de políticas inclusivas e na montagem de toda uma rede de apoio. Essa inauguração mostra justamente esse nosso compromisso. Aqui, nós teremos profissionais altamente capacitados para oferecer o melhor para esses pacientes, com um tratamento mais humano e o mais acolhedor possível”, avaliou o secretário de Saúde. Juracy Lacerda, secretário de Saúde: "Temos um grande desafio pela frente no diagnóstico precoce, no tratamento, na execução de políticas inclusivas e na montagem de toda uma rede de apoio" Para famílias que convivem diariamente com os desafios do transtorno, a entrega do espaço representa um marco. Pai de um filho autista e fundador do grupo Lutadores do Gueto, que acolhe pessoas em vulnerabilidade, Marcelo Ribeiro dos Reis relata que o centro representa um marco para a sociedade da capital. “Isso é o sonho de todos os pais e mães de autistas. Brasília praticamente não tinha nada. Agora, temos um centro de referência, e eu espero que ele se espalhe por toda a cidade”, afirmou.  Ele lembra as dificuldades enfrentadas por quem precisa de tratamento: “Quem é pai de uma criança autista sabe a luta diária. É luta na saúde, na educação, na inclusão. Esse centro vai facilitar 100%. É um marco para todas as famílias”. Quem também celebrou a entrega foi o presidente do Movimento Orgulho Autista Brasil (Moab), Edilson Barbosa. Para ele, o centro é o fim da espera para muitas famílias. “Nós temos muitas mães e muitos autistas sem laudo e sem acesso a terapias. Esse centro de referência será importante para tirar essas pessoas do sofrimento”, disse o presidente. O DF tem 34,1 mil pessoas diagnosticadas com TEA, o que representa 1,2% da população local, de acordo com o censo demográfico do IBGE. A capital ocupa a 15ª posição no ranking nacional. Em todo o país, 2,4% receberam o diagnóstico, o que equivale a 1,2% da população brasileira. Marcelo Ribeiro dos Reis, fundador do grupo Lutadores do Gueto: "Isso é o sonho de todos os pais e mães de autistas. Brasília praticamente não tinha nada. Agora, temos um centro de referência, e eu espero que ele se espalhe por toda a cidade" Inteligência artificial a serviço do cuidado humano Totalmente gratuita, a plataforma SAMia entra em operação como um novo canal digital de acolhimento em saúde mental, disponibilizada para qualquer pessoa pelo aparelho celular. Para utilizar a tecnologia, basta que o usuário acesse o site da Secretaria de Saúde. Ao responder questionários com base em escalas validadas, o paciente recebe uma análise automatizada do seu perfil, com indicação clara sobre a necessidade de atendimento, risco identificado e o serviço adequado da rede (Centro de Atenção Psicossocial, ambulatório especializado, hospital ou apoio psicossocial). [LEIA_TAMBEM]Na prática, o sistema utiliza inteligência artificial para interpretar sinais de ansiedade, depressão, sofrimento psíquico, ideação suicida e outras condições, permitindo triagem precoce e orientações precisas. Além disso, a plataforma oferece exercícios de respiração, meditação, visualização e conteúdos de autocuidado, funcionando também como ferramenta de prevenção e promoção da saúde. Segundo o secretário Juracy Lacerda, essa é mais uma política pública que vem para suprir as consequências da pandemia do coronavírus: “O tema saúde mental é uma preocupação, principalmente após a covid-19, e hoje nós temos que utilizar de todas as maneiras para estar abarcando esses pacientes. Então, o SAMia consegue fazer uma triagem para ver o melhor encaminhamento. Vamos ter também questões relacionadas às orientações mediante um quadro de saúde mental, por exemplo. Com essa ferramenta, a gente traz mais acessibilidade e inclusão para fazermos uma melhor gestão desses pacientes”. O SAMia ainda presta apoio específico a mulheres em situação de violência doméstica, orientando sobre direitos, canais de denúncia e locais de atendimento. Em segundo plano, a ferramenta gera indicadores estratégicos para a Secretaria de Saúde, auxiliando na gestão com foco em dados e no planejamento de serviços. A tecnologia está alinhada com a Lei Distrital nº 37.844/2016, que defende a assistência integral, humanizada e o fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial, e com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sendo seu uso seguro e sem registro de dados do usuário.

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Sala odontológica do Hospital de Santa Maria é referência em inclusão no DF

No Dia Internacional de Luta das Pessoas com Deficiência, celebrado nesta quarta-feira (3), a história de Victor Cauã, 13 anos, mostra o impacto do atendimento humanizado na área da saúde. Diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), ele realiza seus procedimentos odontológicos no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Para a mãe do adolescente, Daniele Fernandes, a diferença é perceptível e emocionante. “Quando você encontra um lugar preparado para receber seu filho do jeito certo, muda tudo. Com profissionais especializados, o atendimento é mais leve, mais ágil. Tanto os pais quanto as crianças se sentem acolhidos, calmos, tranquilos”, conta. No HRSM, unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), cada paciente encontra mais do que um atendimento. Recebe acolhimento, escuta qualificada e respeito ao jeito único de cada pessoa. Entre tantas iniciativas, uma delas simboliza de forma especial esse compromisso: a sala odontológica exclusiva para pessoas com deficiência, que já transformou rotinas, experiências e sorrisos. Daniele conheceu o serviço por meio de encaminhamento da Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, da Secretaria de Saúde (SES-DF), e reforça a agilidade do processo. “Foi tudo muito rápido. Os profissionais são muito bons, muito cuidadosos. A experiência tem sido excelente”, afirma. Daniele Fernandes leva seu filho, Victor Cauã, para realizar procedimentos odontológicos no HRSM: "Quando você encontra um lugar preparado para receber seu filho do jeito certo, muda tudo" | Fotos: Divulgação/IgesDF Tratamento especializado Em um único dia, Victor passou por extração, restauração e limpeza. Isso foi possível graças ao preparo da equipe. O responsável pelo atendimento é Diego Sindeaux, dentista especializado no cuidado de pessoas com deficiência. Ele explica que cada pessoa exige uma abordagem personalizada e, por isso, não existe um protocolo único. “Os autistas são nossa maior demanda e também um grande desafio. Sempre conversamos com a família para entender hábitos, sensibilidades e preferências. A partir disso, adaptamos tudo: luz, sons, equipamentos. Se a criança tem sensibilidade à luminosidade, evitamos o refletor. Se o barulho incomoda, substituímos a caneta elétrica para limpeza por instrumentos manuais”, detalha o profissional. [LEIA_TAMBEM]Um ambiente preparado para acolher A sala especializada foi sendo adaptada ao longo dos anos para atender pacientes com diferentes necessidades. O ambiente é mais amplo, silencioso, confortável e oferece maior privacidade — fatores essenciais para quem apresenta hipersensibilidades ou dificuldades sensoriais. Segundo Diego, além de pacientes autistas, o espaço recebe crianças com síndromes raras, pessoas com paralisia cerebral, deficiência intelectual e pacientes com condições clínicas mais complexas, como aqueles que passaram por Acidente Vascular Cerebral (AVC) recente ou estão em preparo para transplantes. A estrutura também foi planejada para receber cadeirantes, com portas mais largas e espaço adequado para a transferência segura para a cadeira odontológica. “Muitas deficiências podem ser atendidas no posto de saúde, como a auditiva ou visual. Aqui chegam os casos que realmente precisam de um local específico”, destaca. A sala também conta com régua de oxigênio para pacientes traqueostomizados ou que utilizam respirador, garantindo segurança nos casos mais delicados. Todos os meses, entre 28 e 30 pacientes são agendados pelo Sistema de Regulação da SES-DF (SISREG). Além disso, cerca de cinco atendimentos mensais são de demanda espontânea, geralmente em casos de urgência. Diego Sindeaux, dentista especializado no cuidado de pessoas com deficiência: "Muitas deficiências podem ser atendidas no posto de saúde, como a auditiva ou visual. Aqui chegam os casos que realmente precisam de um local específico" Humanização que faz diferença Para garantir um atendimento tranquilo, a equipe recebe treinamento contínuo. A comunicação é feita passo a passo, os instrumentos são apresentados antes e o ambiente é ajustado conforme as necessidades de cada pessoa. “Temos uma TV na sala, e isso ajuda muito. Alguns pacientes só conseguem relaxar assistindo a um desenho ou ouvindo música. Lembro-me de um menino que só aceitava o atendimento se tocasse forró, então começávamos o procedimento ouvindo o cantor favorito dele”, relata Diego. Para a chefe do Serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial do HRSM, Erika Maurienn, o impacto do serviço ultrapassa o cuidado técnico. “Histórias como a de Victor mostram que inclusão se faz com preparo, empatia e presença. E é isso que o Hospital de Santa Maria entrega todos os dias: um atendimento que acolhe, transforma e ilumina caminhos que antes pareciam difíceis”, conclui. A equipe do HRSM recebe treinamento contínuo. A comunicação é feita passo a passo, os instrumentos são apresentados antes e o ambiente é ajustado conforme as necessidades de cada pessoa Espaço sensorial pioneiro para crianças autistas Além do atendimento especializado em odontologia, o Hospital Regional de Santa Maria inaugurou o Espaço Humanizar TEA, no final de outubro. O local é o primeiro ambiente sensorial da rede pública do Centro-Oeste voltado exclusivamente a crianças com TEA. O projeto nasceu da sensibilidade ao observar as dificuldades enfrentadas por famílias atípicas durante longas esperas. O espaço foi planejado para acolher crianças neurodivergentes e seus cuidadores, garantindo conforto, segurança e inclusão. Mais que uma sala de espera, também pode funcionar como ambiente terapêutico. Em situações específicas, equipes multiprofissionais podem realizar atendimentos no próprio local, evitando deslocamentos para áreas com maior estímulo sensorial. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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Com mais de 2 mil atendimentos, Carreta da Inclusão leva cidadania e acessibilidade a Brazlândia

A Praça da Bíblia, em Brazlândia, foi o ponto de parada da Carreta da Inclusão entre terça (4) e quinta-feira (6). Em passagens anteriores por São Sebastião e Sobradinho, o projeto itinerante do Governo do Distrito Federal (GDF) já somou mais de 2,2 mil atendimentos e ultrapassou 800 carteirinhas emitidas, levando diversos serviços públicos à comunidade e facilitando o acesso de pessoas com deficiência (PcD) a documentos, benefícios e atendimentos sociais sem que precisassem sair da região. Comunidade pôde ter acesso a vários serviços durante a passagem da carreta pela cidade | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Com funcionamento das 9h às 16h, a estrutura móvel ofereceu emissão da Carteira de Identificação da Pessoa com Deficiência (CIPcD) e da Carteira do Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de serviços do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), assistência jurídica gratuita da Defensoria Pública, informações do BRB Mobilidade e atendimentos da Polícia Civil e do Tribunal Regional Eleitoral. Maria Aparecida Angola: “Esse serviço é muito importante, porque a gente resolve muita coisa num só lugar”  A iniciativa é resultado de uma parceria entre as secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF), da Pessoa com Deficiência (SEPD-DF) e da Associação das Empresas Fomentadoras do Bem-Estar (AEFBE). “Estamos prestando todos os serviços da secretaria, como passe livre, inclusão profissional e intermediação para o passe interestadual, além dos atendimentos de órgãos parceiros”, reforçou o titular da SEPD-DF, William Ferreira. “Esses documentos geram acesso, garantem informação e proporcionam um atendimento humanizado. É também um momento de acolhimento para as pessoas com deficiência”. Direitos garantidos [LEIA_TAMBEM]Para os moradores da região, a chegada da carreta representa mais do que praticidade, sendo uma oportunidade de garantir direitos. A dona de casa Ana Paula Souza Vinal, de 29 anos, aproveitou para emitir a carteira de identificação do filho de 7 anos, que tem paralisia cerebral. “Esse serviço móvel facilita muito para a gente”, enfatizou ela. “Sair de Brazlândia para outro canto é difícil, demora muito. A documentação vai ajudar em muita coisa, especialmente no atendimento preferencial, porque a deficiência do meu filho não é visível. É um direito, e ter esse serviço perto de casa faz toda a diferença.” A microempreendedora Maria Aparecida Batista Angola, 54, também elogiou a iniciativa: “Mesmo com problema na visão, consegui vir sozinha até aqui pela praticidade. Perdi a visão esquerda e estou com a direita prejudicada. Esse serviço é muito importante, porque a gente resolve muita coisa num só lugar. Ainda quero fazer minha carteirinha interestadual para poder visitar minha família em Goiás”. O especialista em segurança privada Guirra Veras, 52, relatou que o atendimento foi essencial para resolver pendências. “Eu estava passando no mercado, vi a carreta e resolvi parar”, contou. “Esse tipo de ação é um serviço não somente social, mas humano e muito especial para as pessoas mais carentes. Pelo que eu percebi, estão todos saindo bem-resolvidos. Muitas pessoas não conseguem se deslocar até a secretaria, e trazer o atendimento para perto é um gesto de respeito e inclusão”.  

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Primeiro espaço sensorial para crianças autistas no Centro-Oeste é inaugurado na rede pública de saúde do DF

Em um gesto que une sensibilidade e inovação, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) inaugurou, nesta terça-feira (28), no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o Espaço Humanizar TEA, o primeiro ambiente sensorial da rede pública do Centro-Oeste voltado exclusivamente a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O local foi projetado para reduzir estímulos visuais e sonoros, proporcionando tranquilidade e bem-estar a pacientes e acompanhantes durante o atendimento hospitalar. A primeira-dama do Distrito Federal e madrinha social do projeto, Mayara Noronha Rocha, foi peça fundamental na mobilização de parceiros. Com a articulação dela, a GPS Foundation doou integralmente os itens necessários à implantação do espaço, garantindo a entrega sem custos para o hospital. “É impossível pensar em prosperidade sem a junção do setor público, privado e da sociedade civil. Quando há união, tudo nasce mais rápido. Este é mais que um espaço: é um gesto de acolhimento e inclusão”, destaca Mayara Noronha Rocha. A iniciativa nasceu de um olhar atento da superintendente do HRSM, Eliane Abreu, que percebeu as dificuldades enfrentadas por famílias atípicas nas longas esperas hospitalares. Para tornar o projeto realidade, ela contou com o apoio técnico da Gerência Geral de Humanização e Experiência do Paciente (GGHEX), responsável pela execução e pela articulação institucional. A primeira-dama do Distrito Federal e madrinha social do projeto, Mayara Noronha Rocha, foi peça fundamental na mobilização de parceiros | Fotos: Divulgação/IgesDF “Tenho um sentimento de dever cumprido. Vai muito além da gestão: é olhar para quem chega à nossa porta e precisa de um ambiente acolhedor. Isso faz diferença no cuidado, no tratamento e na forma como a saúde é vivida”, afirma Eliane. A voz das famílias O espaço foi recebido com entusiasmo por mães e cuidadores que convivem com a rotina de crianças neurodivergentes. Naiara Roque, empresária, mãe atípica e autista, participou da inauguração e ressaltou o impacto da iniciativa. “Eu sou autista e tenho dois filhos autistas também. Uma sala de espera adaptada faz toda a diferença para evitar crises e desconfortos. Ver o serviço público acolhendo essa causa faz o coração das famílias transbordar de alegria”. Inspiração Para o diretor de Atenção à Saúde do Instituto, Rodolfo Borges Lira, o projeto deve inspirar novas iniciativas. “Esta é mais uma parceria frutífera entre o IgesDF, o setor privado e o Governo do Distrito Federal. Nosso objetivo é que espaços como este se tornem comuns em toda a rede, garantindo dignidade e inclusão no atendimento pediátrico.” O espaço foi recebido com entusiasmo por mães e cuidadores que convivem com a rotina de crianças neurodivergentes A presidente da fundação, Vivianne Piquet, também celebrou a parceria. “Tenho um carinho muito especial pela causa dos autistas. Quando o IgesDF nos procurou, a vontade de ajudar se encaixou perfeitamente. É emocionante ver o resultado”. Cuidado que vai até a criança Mais do que uma sala de espera, o Espaço Humanizar TEA é também um ambiente terapêutico. Em casos específicos, médicos e equipes multiprofissionais poderão realizar atendimentos no próprio local, evitando o deslocamento das crianças para áreas com mais estímulos. “Os corredores hospitalares podem ser frios até para adultos. Por isso, essas adaptações são fundamentais para o bem-estar e para o atendimento humanizado”, explica Anucha Soares, gerente geral de Humanização e Experiência do Paciente do IgesDF. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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Carreta da Inclusão leva serviços do GDF a pessoas com deficiência em Sobradinho

Com o objetivo de garantir mais inclusão, autonomia e cidadania, o Governo do Distrito Federal (GDF) leva para Sobradinho a Carreta da Inclusão. Até a próxima quinta-feira (16), a estrutura itinerante estará no estacionamento do Estádio Augustinho Lima, com serviços gratuitos voltados às pessoas com deficiência (PcD) e seus familiares, como a emissão de carteiras de identificação para PcD e pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Além disso, é possível obter orientações sobre direitos, atendimentos sociais, serviços jurídicos, acessibilidade digital e experiências com tecnologias assistivas. Os serviços começam às 9h e vão até 17h. A ação é resultado de uma parceria entre as Secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) e da Pessoa com Deficiência (SEPD), com apoio da Associação das Empresas Fomentadoras do Bem-Estar (AEFBE). A previsão é que a Carreta da Inclusão entregue mais de 630 carteirinhas de identificação a PcD em Sobradinho | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília De acordo com o secretário da Pessoa com Deficiência, Willian Ferreira da Cunha, Sobradinho recebe pela primeira vez a estrutura, que já passou por outras sete cidades do DF. “Estamos na 8ª edição da Carreta da Inclusão, oferecendo diversos serviços e atividades às pessoas com deficiência. É mais uma forma de o governo estar presente, próximo dessas famílias, garantindo direitos e promovendo dignidade”, afirmou. Desde a primeira edição, o projeto já fez mais de 11 mil atendimentos. Somente em São Sebastião, na última semana, foram 1,2 mil pessoas atendidas e mais de 400 carteirinhas entregues. “Aqui em Sobradinho, nossa previsão é entregar mais de 630 carteirinhas ao longo dos três dias”, completou Willian.   Além da emissão dos documentos, a carreta oferece atendimentos da Defensoria Pública, do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e do BRB Mobilidade, que presta informações sobre transporte acessível. Também há uma arena gamer inclusiva, com videogames adaptados para diferentes tipos de deficiência. “O projeto simboliza o compromisso do Governo do Distrito Federal com a inclusão e a transformação social. A carreta descentraliza os serviços, levando o atendimento até a quem mais precisa. É uma forma de o Estado ir até a população”, destacou o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Rafael Vitorino. “Essa parceria permite que a população tenha acesso fácil a serviços essenciais sem precisar se deslocar até órgãos públicos distantes”, completou. Claudineide Aurélio de Oliveira tirou a carteirinha do filho Wilson: "Essa ação traz mais sensibilidade e informação para todos" [LEIA_TAMBEM]Moradora do Paranoá, a manicure Claudineide Aurélio de Oliveira, de 45 anos, foi até a carreta para solicitar a carteirinha e o benefício do filho Wilson Gonçalves, de 10 anos, diagnosticado com autismo. “Tem três anos que espero por essa carteirinha. É muito importante, porque ele precisa andar identificado, para que as pessoas compreendam melhor a condição dele. Essa ação traz mais sensibilidade e informação para todos”, contou. Para a dona de casa Priscila Mendes Lourenço da Cunha, 35 anos, moradora de Sobradinho, o atendimento perto de casa foi essencial. “Vim atrás da carteirinha de inclusão dele e do Passe Livre para o meu filho. Foi maravilhoso ter tudo isso aqui pertinho, porque sair com ele é sempre uma luta. Ele fica agitado, o transporte público é difícil. Então, poder resolver tudo aqui facilita muito a nossa vida”, celebrou. Após Sobradinho, a Carreta da Inclusão segue para Brazlândia e encerra a segunda edição do projeto em Ceilândia.  

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Planetário de Brasília investe em capacitação para atender público com Transtorno do Espectro Autista

Na tarde da última segunda-feira (15), a equipe do Planetário de Brasília Luiz Cruls deu um passo importante para tornar o espaço mais humanizado. Os funcionários participaram de uma palestra sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA), ministrada por profissionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Essa foi a segunda turma de servidores a receber a capacitação — a primeira ocorreu no último dia 8 de setembro. O treinamento apresenta estratégias de acolhimento e manejo de crises, além de destacar a importância da criação de uma sala de acomodação sensorial para visitantes neuroatípicos.  Viviane Veras, gerente do Centro de Referência Especializado no Transtorno do Espectro Autista (CRE-TEA), e a fisioterapeuta do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) Suyenne Figueiredo conduziram a palestra.  “É fundamental que os estabelecimentos invistam em capacitação para o manejo e cuidado de pessoas com TEA. Dessa forma, promovem acessibilidade, acolhimento e empatia, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva, onde pessoas autistas possam participar plenamente de uma maior diversidade de atividades”, reforça Viviane Veras. Os funcionários participaram de uma palestra sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA), ministrada por profissionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) | Foto: Divulgação/Secti-DF Para o diretor do Planetário, Júnior Berbet, a iniciativa dialoga diretamente com a realidade do espaço. “Aqui nós temos algumas crianças com hiperfoco em planetas. Algumas vêm quase todos os finais de semana. Elas vêm vestidas de astronautas, gostam de assistir ao filme dentro da cúpula. Nós temos uma visitação crescente aqui no planetário e pretendemos melhorar sempre o nosso atendimento”, afirma. A trajetória de visitantes do Planetário nos últimos anos mostra como o espaço vem ganhando cada vez mais lugar no coração do público. Depois da queda brusca registrada em 2020, durante a pandemia, o espaço voltou a crescer de forma constante, ano após ano, alcançando marcas cada vez mais expressivas: em 2021, já eram quase 22 mil visitantes; no ano seguinte, o salto foi expressivo, alcançando mais de 77 mil. O crescimento seguiu firme em 2023, com mais de 91 mil pessoas, até chegar a 2024, quando o Planetário atingiu 102 mil visitantes. Agora, em 2025, o espaço já soma 106 mil pessoas até setembro, um recorde que confirma a consolidação do Planetário como um dos destinos culturais e científicos mais queridos de Brasília. O Planetário de Brasília Luiz Cruls é administrado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF (Secti-DF), funcionando de terça a domingo, das 7h30 às 19h, com entrada gratuita. *Com informações Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal (Secti-DF)

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Projeto oferece oficinas e palestras para professores, pais e trabalhadores dos COPs

A partir da próxima segunda-feira (26), a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF), em parceria com o Instituto Rede Cidadã, dá início ao projeto Campeões da Inclusão, que vai levar formação gratuita sobre inclusão de crianças e jovens com Transtorno do Espectro Autista (TEA) aos centros olímpicos e paralímpicos (COPs) do Distrito Federal. A iniciativa oferece oficinas presenciais e um curso online com certificado, voltados a educadores, profissionais de saúde e de educação física, pais, responsáveis e toda a comunidade interessada em promover práticas esportivas inclusivas. Arte: SEL-DF “A inclusão começa com preparo, escuta e sensibilidade. Com o Campeões da Inclusão, capacitamos nossa rede para que o esporte no DF seja cada vez mais acessível e transformador para todas as crianças, inclusive aquelas com autismo”, destaca o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira. As formações presenciais ocorrerão sempre às segundas-feiras, com atividades em dois turnos: das 8h às 12h e das 14h às 17h. Além dos encontros nos COPs, o projeto também oferece um curso online de 60 horas, com certificado de participação, focado em Educação Esportiva Inclusiva e TEA. [LEIA_TAMBEM]Confira o cronograma das formações presenciais: · 26/5 – COP Parque da Vaquejada · 2/6 – COP Setor O · 9/6 – COP Samambaia · 16/6 – COP Estrutural · 23/6 – COP Brazlândia · 30/6 – COP Riacho Fundo I · 7/7 – COP Recanto das Emas · 14/7 – COP Gama · 21/7 – COP Santa Maria · 28/7 – COP São Sebastião · 4/8 – COP Sobradinho · 11/8 – COP Planaltina Como participar As inscrições estão abertas e podem ser feitas gratuitamente pelo formulário oficial no site do projeto. Além dos centros olímpicos, a iniciativa será ampliada para escolas públicas do Distrito Federal, fortalecendo ainda mais a rede de sensibilização e inclusão nas comunidades escolares. *Com informações da  Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF)

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Capacitação oferece atendimento inclusivo a pacientes autistas na rede pública de saúde

Capacitar profissionais de saúde para garantir um atendimento cada vez mais humanizado, qualificado e inclusivo às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esse é o principal objetivo do curso Direitos Sociais da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, promovido pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), por meio da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep). A capacitação, aberta a todos os interessados, será nos dias 23, 26 e 28 de maio, com aulas presenciais nos espaços de ensino da DIEP no Hospital de Base (HBDF) e no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). O conteúdo é baseado na Lei Brasileira de Inclusão (nº 13.146/2015) e na Lei Berenice Piana (nº 12.764/2012), que reconhecem a pessoa com TEA como PCD e garantem direitos fundamentais como acesso à saúde, educação, assistência social e mobilidade urbana. Entre os temas abordados na capacitação estão atendimento prioritário e o uso da Carteira de Identificação da Pessoa com TEA | Foto: Divulgação/IgesDF  “Cada vez mais precisamos discutir o espectro autista. Infelizmente, o tema ainda é cercado por estereótipos. O curso reforça que o autismo é um espectro e, por isso, cada paciente pode ter necessidades e demandas muito específicas”, explicou a assistente social Beatriz Liarte, responsável pela capacitação. Durante o curso, os participantes terão a oportunidade de aprofundar conhecimentos sobre temas como o atendimento prioritário, o uso da Carteira de Identificação da Pessoa com TEA, o acesso gratuito ao transporte público, o direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e as políticas públicas voltadas à oferta de medicamentos. [LEIA_TAMBEM]O objetivo é oferecer uma visão prática, atualizada e fundamentada sobre os direitos sociais das pessoas com TEA, orientando os profissionais de saúde sobre como garantir e aplicar esses direitos de forma eficaz no cotidiano do atendimento. “A DIEP vem atuando para que os colaboradores desenvolvam um olhar crítico-reflexivo, unindo saber técnico com empatia e respeito à autonomia dos usuários, inclusive em temas tão sensíveis como a inclusão”, destacou Beatriz. As inscrições para os dias de capacitação estão abertas e podem ser feitas por meio do preenchimento do formulário online. O curso fornece certificado de realização que será enviado por e-mail em até 60 dias. *Com informações do IgesDF

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Brasília vai sediar Congresso Jornada do Autismo  

Governo do Distrito Federal · BRASÍLIA VAI SEDIAR CONGRESSO JORNADA DO AUTISMO Entre os dias 31 deste mês e 1º de junho, Brasília recebe o Congresso Jornada do Autismo. Serão dois dias imersivos, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, dedicados à realização de painéis e palestras com especialistas que vão apresentar o que há de mais atual nas áreas da ciência e educação voltado para o tratamento, inclusão e acolhimento das pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). O evento deve reunir até três mil pessoas, e conta com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF). A governadora em exercício do DF, Celina Leão, destaca a importância do congresso para difundir o conhecimento sobre o TEA e levar qualidade de vida para quem faz parte do espectro bem como para suas famílias. O evento deve reunir até três mil pessoas, e conta com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) para sua realização | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “É um evento que traz as informações mais confiáveis e atuais sobre o tema, essencial para os cuidados e o acolhimento das pessoas com TEA. No DF, nós temos atuado em diferentes frentes para proteger, promover o desenvolvimento e incluir cada vez mais quem está dentro do espectro autista”, ressalta. A organizadora do evento, Sarita Melo, é mãe atípica de Elisa, nível 3 de suporte no TEA. Ela é ativista na defesa das pessoas com deficiência e ressalta que a informação é o mecanismo de cuidado e inclusão mais eficaz para as pessoas com autismo. [LEIA_TAMBEM]“No congresso, nós reuniremos os principais nomes da saúde, da educação e das áreas sociais relacionadas ao autismo. As famílias encontrarão no evento tudo o que há de mais avançado e eficaz sobre o tema. A falta de conhecimento nesse assunto causa impacto nas pessoas com autismo. Nós sabemos que hoje, de cada 30 pessoas, uma tem autismo. Então, quanto mais informações, mais qualidade de vida para quem é do espectro”, enfatiza Sarita. Inscrições e mais informações estão disponíveis neste site. Cuidado e inclusão Como governadora em exercício, Celina Leão sancionou a alteração à Lei nº 4.568/2011, que obriga o Poder Executivo a proporcionar tratamento especializado, educação e assistência específica aos autistas. Essa modificação na legislação assegura o desenvolvimento das pessoas com autismo com foco no mercado de trabalho. A mudança inclui na lei a necessidade de participação de autistas em atividades de capacitação profissional, artística, intelectual, cultural, esportiva e recreativa por meio de políticas afirmativas. Também implementa ações que identifiquem e desenvolvam a pessoa autista em seus interesses para aplicação das habilidades no ambiente de trabalho. Além disso, a lei obriga o poder público a realizar coleta de dados e informações sobre autismo nos censos demográficos, incluindo informações sobre a área profissional.

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Grupo da UBS 1 de Taguatinga oferece escuta e orientações a cuidadores de pessoas com TEA

Um espaço de escuta e orientações. É esse apoio que o grupo interdisciplinar TEAlogando da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Taguatinga oferece para pais e cuidadores de pessoas com diagnóstico ou investigação de Transtorno do Espectro Autista (TEA) da quadras QNG, QNH, localizadas em Taguatinga, e da Colônia Agrícola 26 de Setembro, território atendido pela unidade. O grupo, iniciado em maio de 2024, está na terceira turma e é conduzido pelas equipes multiprofissionais (eMulti) e de Saúde da Família (eSF). O grupo iniciado em maio de 2024 está na terceira turma e é conduzido pelas equipes multidisciplinares e de Saúde da Família (eSF) | Fotos: Arquivo pessoal Em celebração ao Abril Azul, mês de conscientização sobre o autismo, o grupo realizou algumas atividades. “Não é um grupo fixo, há rotatividade dos participantes, pois são pais de crianças que chegam com demanda de atraso de linguagem, suspeita ou diagnóstico de TEA para a eMulti. Eles são convidados a participar da turma enquanto as crianças aguardam os devidos atendimentos e encaminhamentos nas Redes de Atenção à Saúde ( RAS)”, aponta a gerente da UBS, Iraquitania Bernardo Barbosa. A fonoaudióloga Suzy Yurimi Kusakawa Mashuda explica que são ciclos de seis encontros quinzenais onde são abordados temas específicos de interesse para orientações, criação de rede de apoio entre os pais e a intervenção precoce. Grupo discute temas como desenvolvimento de linguagem e seletividade alimentar de pessoas com TEA e autocuidado dos próprios cuidadores “Essa medida é importante, pois cria uma rede de apoio entre os pais, fortalece o vínculo com a equipe. Nesses grupos, eles recebem orientações práticas para serem aplicadas no dia a dia. Além de tudo, é um espaço de acolhimento, escuta qualificada, apoio e troca de experiências”, afirma. Conhecimento Entre os assuntos abordados com os participantes estão a definição e conceito do TEA, comunicação e desenvolvimento de linguagem, alterações sensoriais, seletividade alimentar, direito da pessoa com deficiência e o autocuidado dos próprios cuidadores. [LEIA_TAMBEM] Uma das participantes, Cedalia Maria Medeiros Silva, 44, mãe do Isaque, 8, conta que o filho foi diagnosticado com autismo nível 2 de suporte. Moradora da região, ressalta que o apoio do grupo é fundamental. “Aprendi mais sobre o comportamento dele. O apoio é muito bom para nós, mães atípicas. Outra coisa importante foram as orientações sobre o autocuidado de quem cuida, principalmente relacionado à saúde mental e autoestima. Da gente não esquecer do nosso próprio cuidado diário, cuidar do cabelo, fazer uma maquiagem. Eu me senti acolhida. Os profissionais são solícitos e fazem tudo com muito amor. Sei que vai ajudar muitas mães”, elogiou. Atendimento A porta de entrada para o serviço são as unidades básicas de saúde (UBSs), que fazem o acolhimento e os encaminhamentos necessários a partir de uma avaliação inicial, realizada por uma equipe multiprofissional.  Após a etapa, a pessoa com TEA pode ser encaminhada de acordo com a gravidade dos casos. Em formas mais leves, os pacientes são direcionados para uma equipe de saúde da família. Em casos moderados, para os serviços especializados em saúde mental, como o Centro de Atendimento ao Adolescente e Família (Adolescentro) e o Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (COMPP). Já em ocorrências mais graves do transtorno, para os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). *Com informações da SES-DF  

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Abril Azul: Cartilha informa sobre direitos das pessoas com autismo

A Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) lançou, nessa quinta-feira (24), a cartilha Autismo, Direitos e Defensoria Pública. Elaborado em alusão ao Abril Azul, mês de conscientização sobre o autismo, o material tem como objetivo promover informações sobre os principais temas que envolvem o Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de apresentar a atuação da instituição em prol dessa população. Arte: DPDF A cartilha trata de assuntos como conceito de autismo, direitos das pessoas com TEA, educação inclusiva, saúde, planos de saúde, transporte, cultura e lazer, entre outros. Também traz uma lista de contatos úteis – telefones e endereços de órgãos e instituições que atuam na área. O conteúdo foi produzido pelo Núcleo de Assistência Jurídica de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (NDH/DPDF) e elaborado pela Escola de Assistência Jurídica da Defensoria Pública do DF (Easjur/DPDF), como parte da política institucional de educação em direitos. A cartilha passa a integrar a coleção Roteiros de Conhecimento, que já reúne 32 publicações com temáticas diversas, elaboradas pela DPDF e parceiros. Além disso, servirá como material base para um curso sobre os direitos das pessoas com autismo, que será disponibilizado ainda este mês na plataforma de ensino a distância da Easjur. “O lançamento dessa cartilha é um passo concreto para o fortalecimento da cidadania e da autonomia dessas pessoas” Amanda Fernandes, chefe do NDH/DPDF Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, a iniciativa representa mais um avanço na luta por equidade e respeito aos direitos das pessoas com TEA. “Por meio dela, fornecemos informações essenciais sobre o tema, o que é fundamental para o acolhimento e a inclusão real dessas pessoas”, afirmou. A defensora pública Amanda Fernandes, chefe do NDH/DPDF, reforça o compromisso da instituição com a defesa dos direitos das pessoas com TEA em todas as esferas da vida: “O lançamento dessa cartilha é um passo concreto para o fortalecimento da cidadania e da autonomia dessas pessoas. Atuamos diariamente para que tenham vez, voz e seus direitos plenamente assegurados”. O defensor público e diretor da Easjur/DPDF, Evenin Ávila, destacou a importância de materiais especializados na prevenção de litígios: “Não há como formar uma cidadania ativa, consciente e emancipadora sem acesso à informação qualificada. O modelo de Justiça reativa lida com o sofrimento das pessoas. A Defensoria Pública precisa inaugurar um novo tempo, com foco em informação e educação para a prevenção”. Defesa dos direitos humanos A DPDF conta com um núcleo especializado na promoção e defesa dos direitos humanos: o NDH. Dentro dele, há um ofício voltado especificamente à defesa dos direitos das pessoas com deficiência, responsável por assegurar o exercício das liberdades fundamentais, visando à inclusão social e ao pleno exercício da cidadania. O NDH funciona no Nuclão da DPDF, localizado na Quadra 1 do Setor Comercial Norte, no Edifício Rossi Esplanada Business. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 12h às 18h, em dias úteis.

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Encontro debate atendimento ao paciente com TEA em hospitais

O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) foi palco do II Encontro de Conscientização no Atendimento ao paciente com Transtorno do Espectro Autista (TEA), nesta quinta-feira (3). No evento, especialistas debateram o assunto e trocaram experiências com os profissionais que atuam com pacientes autistas e com outras deficiências. “O atendimento ao paciente autista é um desafio diário. Temos que buscar condições de suavizar e melhorar as condições de atendimento para que eles consigam receber o atendimento necessário. É uma atualização constante e, por isso, precisamos nos reunir para discutir esse tema e as possibilidades de humanizar ainda mais o serviço com quem lida diariamente no cuidado destes pacientes”, afirma a chefe do serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial do HRSM, Érika Maurienn. Especialistas debateram o assunto e trocaram experiências com os profissionais que atuam com pacientes autistas e com outras deficiências | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF Representando a Diretoria de Atenção à Saúde do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), Adriana Gonçalves destacou a importância de realizar um evento com um tema tão importante e atual para a sociedade. “O autismo não é uma pauta só da saúde, mas também da educação, da assistência social, de todos, pois devemos respeitar e incluir essas pessoas. Temos que pensar no futuro delas, quem cuidará dessas crianças e adultos autistas que um dia se tornarão adultos idosos e os pais não estarão mais aqui para cuidar. É um debate de todos”, enfatiza. Debatendo o autismo Um dos pontos levantados no encontro foi respeitar as particularidades de cada paciente, como as diferentes hipersensibilidades sensoriais Apresentando uma palestra sobre os Transtornos de Integração Sensorial, a cirurgiã dentista e professora da Universidade Católica de Brasília (UCB), Laís Amaral, destacou as principais estratégias de acomodação sensorial que podem ser utilizadas no dia a dia dentro de um consultório odontológico. Além disso, falou da necessidade de sedação ou anestesia geral nos pacientes que possuem maior sensibilidade, ressaltando que cada paciente é único e tem particularidades. Por isso, no consultório ela costuma utilizar objetos que acalmam os pacientes, cobertores sensoriais, musicoterapia, entre outros recursos. “Temos que mostrar, não só para os dentistas, mas para outros profissionais, algumas técnicas, algumas ferramentas, algumas coisas que a gente pode utilizar para acomodar esse paciente sensorialmente, para ser possível a gente trazer a qualidade de vida e promover a saúde dessa população, tanto a saúde bucal e como a saúde geral”, explica. A neuropediatra do Hospital da Criança de Brasília (HCB), Ellen Siqueira, ministrou a palestra sobre os níveis de suporte ao paciente com TEA, ressaltando que cada indivíduo é único e pode apresentar características diferentes. Além disso, o nível de suporte pode variar ao longo da vida. Os cirurgiões dentistas que atendem no ambulatório de Odontologia PCD do HRSM, Diego Sindeaux e Dryelle Flores, falaram sobre o atendimento humanizado no HRSM, destacando os desafios diários e o esforço da equipe em prestar um atendimento de excelência, respeitando os limites de cada paciente e a parceria com a equipe do Centro Cirúrgico da unidade. “Os pacientes autistas têm um manejo diferenciado e não é possível fazer o tratamento de maneira tão rápida, tendo em vista que a maioria deles possui hipersensibilidade a som, luz, toque e sabor” Diego Sindeaux, cirurgião dentista “Os pacientes autistas têm um manejo diferenciado e não é possível fazer o tratamento de maneira tão rápida, tendo em vista que a maioria deles possui hipersensibilidade a som, luz, toque e sabor, que são coisas intensas durante o tratamento odontológico. Por isso, alguns casos são necessários para fazer o tratamento odontológico dentro do centro cirúrgico, sob efeito de anestesia geral”, explica Sindeaux. Vinícius Reis é musicólogo e musicalizador infantil, estudante de terapia ocupacional e esteve no HRSM para falar um pouco a respeito de atendimento humanizado “Eu acredito profundamente que capacitar os profissionais da saúde para uma vivência inclusiva é de extrema relevância. Espero que o dia de hoje tenha ajudado e continue agregando para que a gente possa crescer juntos, não apenas como área de conhecimento, mas também como sociedade”, avalia. *Com informações do IgesDF

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UBS 1 de Santa Maria aprimora atendimento a pacientes com autismo

A Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Santa Maria apresentou, nesta semana (2), um plano inovador para aprimorar o fluxo de atendimentos a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O objetivo é capacitar a equipe no acolhimento a esse grupo e seus familiares, entendendo todas as etapas que a assistência envolve. “Muitos usuários – e até servidores – desconhecem a existência do atendimento prioritário garantido por lei. A partir da qualificação, queremos tornar a receptividade mais humanizada, proporcionando aos pacientes um percurso mais claro dentro da UBS”, explica a enfermeira da unidade de Santa Maria e uma das idealizadoras do projeto, Amanda Lopes. O novo plano vem ao encontro do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, lembrado em 2 de abril, e reforça a importância de obter informações sobre o TEA. “Com um olhar mais atento, conseguimos, por exemplo, encaminhar a criança para avaliação e intervenção adequadas o quanto antes, o que faz toda a diferença no desenvolvimento dela”, ressalta a fonoaudióloga da UBS 1 de Santa Maria, Beatriz Cerqueira. O objetivo é capacitar a equipe no acolhimento a esse grupo e seus familiares, entendendo todas as etapas que a assistência envolve | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF A ação desenvolvida pela unidade também abordou outros pontos sobre o tema como as principais características do TEA e o diagnóstico precoce. Além disso, os presentes puderam conhecer os direitos dos autistas, incluindo o uso do crachá de identificação e a Carteira de Identificação da Pessoa com TEA (CIPTEA) – documento que pode ser solicitado na Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD-DF) para garantir atendimento prioritário. Participante da iniciativa, Helder José Alves, 41, pai de Daniel Abner, 6, diagnosticado com TEA nível 3, apoia o atendimento estruturado. “Quando os profissionais estão bem preparados, conseguimos o diagnóstico de forma mais rápida e um suporte melhor. Meu filho é autista não verbal, então tenho que entender tudo o que ele quer sem que diga uma palavra. Cada dia é um novo aprendizado e esse tipo de iniciativa ajuda muito as famílias”, avalia. A capacitação dos profissionais da UBS 1 de Santa Maria foi desenvolvida pela equipe J da unidade, com apoio médico, de gestão, demais servidores, residentes e internas de medicina do Centro Universitário de Brasília (Ceub). Referência em telemedicina A UBS 1 de Santa Maria é referência no uso da telemedicina, sendo uma das 13 unidades da Secretaria de Saúde (SES-DF) com esse serviço. Em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein, oferece consultas remotas com especialistas, incluindo neuropediatras, psiquiatras e pediatras. “Realizamos cerca de 30 teleconsultas por semana em 12 especialidades. Quando identificamos sinais de TEA, encaminhamos o paciente para avaliação com médicos do Einstein, que nos auxiliam na definição do diagnóstico e direcionam o tratamento”, detalha a médica de Família e Comunidade da SES-DF Natália Souza. Nos casos de suspeita de TEA, as UBSs são a porta de entrada. Após a avaliação inicial, se identificado o transtorno, o paciente é encaminhado às intervenções necessárias. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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DF terá primeiro Centro de Referência Especializado em Autismo

Nesta quarta-feira (2), data marcada pelo Dia Mundial da Conscientização do Autismo, o governador Ibaneis Rocha anunciou a criação do primeiro Centro de Referência Especializado em Autismo do Distrito Federal. O espaço será dedicado ao atendimento de crianças, adolescentes e adultos com transtorno do espectro autista (TEA), bem como de seus pais. A primeira unidade será instalada no Plano Piloto, e há a previsão de mais duas nas regiões Sudoeste e Norte de Saúde, pontos considerados estratégicos. “Mais uma vez, o Distrito Federal sai na vanguarda no atendimento e na conscientização, porque nós precisamos muito acolher essas pessoas”, afirmou o chefe do Executivo. O governador explicou que a expectativa é levar o centro de referência para outras regiões administrativas. “O projeto que está sendo tratado é no sentido de que a gente abra pelo menos um centro desses em cada uma das regiões do Distrito Federal, para que possamos acolher todos da melhor forma possível”, defendeu. O governador Ibaneis Rocha anunciou, nesta quarta (2), a criação do primeiro Centro de Referência Especializado em Autismo do Distrito Federal | Foto: Renato Alves/Agência Brasília O secretário de Saúde, Juracy Cavalcante, destacou que o centro terá um papel fundamental para diagnosticar e dar apoio aos pacientes e às famílias. “Esse suporte é primordial nos primeiros anos de vida. Quando a gente fala do transtorno do espectro autista, geralmente, a criança começa a apresentar sinais por volta dos 2 ou 3 anos de idade. Então, é importante que a gente trabalhe essa parte da capacitação e da educação para que os pais possam reconhecer os sinais, e obviamente depois a gente vem com essa nossa experiência para tentar auxiliar no diagnóstico especializado”, afirmou.   Ver essa foto no Instagram   Uma publicação compartilhada por Ibaneis (@ibaneisoficial) O Centro de Referência Especializado em Autismo será composto por equipes multidisciplinares, com assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, nutricionistas e fisioterapeutas, além de salas multissensoriais e equipamentos de estímulo e interação social. O serviço será feito de forma integrada com a Atenção Primária de Saúde. “É muito importante acolher o paciente e a família. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor é o apoio para o desenvolvimento dessas crianças, adolescentes e adultos. Já na Atenção Primária, poderemos aplicar critérios para ver se esse paciente realmente tem algum transtorno, para que seja orientado e encaminhado para os centros de referência. Esses espaços vão acolher os pacientes, que ficarão conosco durante toda a jornada”, explicou a secretária-adjunta da Secretaria de Saúde (SES-DF), Edna Maria Marques de Oliveira. O deputado distrital Eduardo Pedrosa ressaltou que a criação dos centros especializados permitirá maior acesso das pessoas com transtorno do espectro autista tanto em relação ao diagnóstico, como em relação aos tratamentos. “Esse centro terá toda uma estrutura de acolhimento e profissionais para garantir que as terapias sejam desenvolvidas e que possamos ajudá-los a ter um acompanhamento. De certa forma, buscamos desafogar a questão dos laudos, que hoje as pessoas têm muita dificuldade”, disse. “É um marco, com certeza, na história do Distrito Federal”.

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HRSM se destaca nos atendimentos a pacientes com Transtorno de Espectro Autista

Nesta quarta-feira (2) é comemorado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. A data foi criada em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU) visando a promover conhecimento sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), bem como sobre as necessidades e os direitos das pessoas autistas. O autismo é uma condição de saúde relacionada ao desenvolvimento do cérebro e afeta aspectos da comunicação, linguagem, comportamento e interação social. Pensando no atendimento humanizado e no bem-estar de quem busca atendimento, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) conta com dois serviços que atendem pacientes autistas: trata-se do ambulatório de fonoaudiologia infantil e o ambulatório de odontologia PcD. Os pacientes autistas têm um manejo diferenciado e não é possível fazer o tratamento de maneira tão rápida, tendo em vista que a maioria deles possui hipersensibilidade a som, luz, toque e sabor, que são sintomas intensos durante o tratamento odontológico | Fotos: Arquivo/IgesDF De 2017 até 2024, o HRSM liderou o ranking dos hospitais públicos do DF com maior número de tratamentos odontológicos realizados em centro cirúrgico para pacientes com necessidades especiais, totalizando 241 na somatória de todos os anos, superando até os atendimentos do Hospital da Criança de Brasília (HCB), que registrou, ao longo dos oito anos, 197 tratamentos. Só em 2024, foram 62 atendimentos no centro cirúrgico. “Algumas vezes, tentamos o manejo no ambulatório e não dá certo, levamos então para o centro cirúrgico, fazemos os exames de sangue, de risco cirúrgico quando possível e fazemos todos os procedimentos sob anestesia geral. Então, aproveitamos que o paciente está sedado e fazemos tudo que for preciso – extração, canal, restauração, limpeza, tudo em um dia só no centro cirúrgico”, explica o cirurgião-dentista do ambulatório PcD, Diego Sindeaux. Segundo o profissional, os pacientes autistas têm um manejo diferenciado, e não é possível fazer o tratamento de maneira tão rápida, tendo em vista que a maioria deles possui hipersensibilidade a som, luz, toque e sabor, sintomas intensos durante o tratamento odontológico. Pensando no atendimento humanizado e no bem-estar de quem busca atendimento, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) conta com dois serviços que atendem pacientes autistas: trata-se do ambulatório de fonoaudiologia infantil e o ambulatório de odontologia PcD “Geralmente, na primeira consulta, conversamos com os pais para conhecer e adaptar o tratamento às especificidades de cada paciente, e isso demanda tempo. Fazemos a adaptação de acordo com cada um, pois vamos tirá-los da rotina. Além disso, sempre focamos a humanização, trazendo coisas lúdicas na hora do atendimento, utilizando meios visuais, falamos o que vamos fazer, demonstramos em modelos, para evitar que eles estranhem tanto, o que sai muito da rotina”, informa o dentista. Sindeaux destaca que a boca tem uma sensibilidade maior; até para os pacientes neurotípicos o tratamento odontológico costuma incomodar, então é esperado que os pacientes com algum tipo de deficiência tenham maior sensibilidade e resistência ao tratamento. A seletividade alimentar é um fator determinante em alguns autistas. Como muitos pacientes possuem essa condição para alimentos doces, são mais propensos a desenvolver cáries. Outros pacientes já não comem doces e têm até um fator de proteção contra a cárie. “Alguns pacientes autistas possuem resistência em fazer a higiene bucal, outros não. Então, cada caso é um caso e é essencial disponibilizar cuidados específicos e de forma individualizada e humanizada para atender às necessidades odontológicas de pacientes com condições especiais”, enfatiza. O ambulatório de odontologia PcD do HRSM funciona às segundas, quartas e quintas-feiras. O local atende pacientes de todo o DF por encaminhamento via regulação ou casos de emergência que cheguem até o pronto-socorro odontológico do hospital. A cirurgiã-dentista Dryelle Flores também atua diretamente com os pacientes do ambulatório de odontologia PcD, além de uma equipe de técnicos em saúde bucal e os residentes de UTI odontológica. Para tratar do tema, a equipe de odontologia vai promover, na próxima quinta-feira (3), às 8h30, no auditório do HRSM, o II Encontro de Conscientização no Atendimento ao paciente com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Fonoaudiologia Os atendimentos da fonoaudiologia infantil são voltados para pacientes com alterações de linguagem, como atraso no desenvolvimento da linguagem oral, alterações na linguagem oral (dificuldade na compreensão e/ou expressão de ideias e pensamentos), alterações na fala (substituições, trocas ou omissões de sons), gagueira (hesitações, bloqueios, repetições) e não entendimento ou não acompanhamento das atividades na escola (dificuldade no processo de compreensão da leitura, na produção da escrita, na elaboração de textos e trocas ou omissões de letras). Quando se trata de pacientes com o transtorno do espectro autista (TEA), durante a primeira consulta, os pais ou responsáveis são entrevistados pela fonoaudióloga para compreender a situação clínica da criança. Após a triagem, inicialmente o paciente passa por 12 sessões de fonoterapia, com duração de 1h cada. Se após essas sessões o paciente ainda necessitar de atendimento, são fornecidos a ele todos os encaminhamentos necessários para uma nova regulação. O ambulatório de fonoaudiologia infantil funciona nas quartas à tarde, quintas e sextas-feiras o dia inteiro e atende pacientes de todo o Distrito Federal. Em todo o ano de 2024, o ambulatório do HRSM realizou um total de 3.123 atendimentos. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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Servidores da rede pública de saúde são capacitados em atendimento a pessoas com TEA

Qualificar profissionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) para aprimorar o atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Este é o principal objetivo da Capacitação em Transtornos Globais do Desenvolvimento com ênfase no TEA. Com as primeiras aulas realizadas nesta semana, a formação conta com 350 inscritos, entre médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.  A Capacitação em Transtornos Globais do Desenvolvimento com ênfase no TEA visa aprimorar o atendimento de pessoas com TEA na rede pública de saúde do DF | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF O curso segue até o final deste ano, com quatro módulos gerais e específicos para diferentes categorias profissionais. “Essa iniciativa é um marco no Distrito Federal. A presença de servidores de todas as regiões de saúde mostra o compromisso de oferecer um serviço mais qualificado em todos os níveis de atenção”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. O secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Pereira, concorda: “Adquirir conhecimento técnico é essencial, mas também precisamos aplicá-lo com empatia e responsabilidade. Saber fazer e saber ser são princípios que garantem um atendimento mais humanizado”, avalia.  A capacitação é fruto de uma parceria entre a SES-DF, o Ministério da Saúde (MS) e o Instituto do Carinho, uma entidade sem fins lucrativos, por meio do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD). Criado pelo MS, o Pronas tem um papel fundamental na qualificação de profissionais e na ampliação da assistência às pessoas com deficiência. Rede de assistência mais forte O curso aborda temas como diagnóstico precoce; intervenção multiprofissional; fluxos de encaminhamento no Sistema Único de Saúde (SUS); abordagem integrada entre diferentes especialidades; e compartilhamento de experiências. “Iniciativas assim são essenciais para qualificar o atendimento e garantir mais acesso para as pessoas com TEA e suas famílias. Precisamos estar preparados para ofertar atendimento especializado em todos os serviços”, detalha a subsecretária de Saúde Mental da SES-DF, Fernanda Falcomer. “Tanto profissionais da Atenção Primária à Saúde quanto os da especializada serão capacitados. Ao fazermos isso, permitimos que o paciente tenha qualidade de atendimento desde a sua entrada na Unidade Básica de Saúde [UBS] até a reabilitação”, assegura a coordenadora da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPCD) da SES-DF, Camila Medeiros. O curso aborda temas como diagnóstico precoce, intervenção multiprofissional, fluxos de encaminhamento no SUS e abordagem integrada entre diferentes especialidades Durante a formação, os participantes também serão preparados para lidar com as barreiras e os desafios que, muitas vezes, surgem no processo de inclusão social, educacional e no ambiente de saúde.  “Recebemos cada vez mais pacientes com autismo e esse curso nos permitirá atender melhor essas famílias, oferecendo um suporte eficaz e empático”, diz o pediatra da Policlínica do Gama, Marlon Lopes, ao se referir à crescente demanda desse grupo de pessoas nos serviços de saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Campanha inclusiva leva Natal confortável a crianças com transtorno do espectro autista (TEA)

O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), em parceria com o JK Shopping, realizará no domingo (15), das 10h às 12h, pelo segundo final de semana consecutivo, uma ação inclusiva de Natal dedicada às crianças com transtorno do espectro autista (TEA). O evento será em um ambiente adaptado, especialmente planejado para oferecer uma experiência acolhedora e confortável. A visita ao Papai Noel será realizada em um espaço preparado com cuidado, contando com a presença de profissionais capacitados para atender às necessidades específicas das crianças. O evento será em um ambiente especialmente adaptado para crianças com TEA | Foto: Divulgação/Detran-DF Durante a ação, serão emitidas credenciais de estacionamento para autista e para idoso. Além disso, será realizada a entrega de kits educativos para as famílias de autistas, contendo adesivos para carro, botons e o livro O Autista no Trânsito, produzido pelo Detran-DF. Programação • Visita ao Papai Noel: ambiente tranquilo e adaptado para garantir o bem-estar das crianças • Atividades lúdicas e sensoriais: interação com mímicos, personagens e oficinas criativas • Contação de histórias: momentos mágicos de aprendizado, com distribuição de kits educativos. *Com informações do Detran-DF

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Inclusão de autistas no mercado de trabalho abre espaço para novos talentos

Com uma população de 13 mil pessoas que, segundo a Associação Brasileira de Autismo,  apresentam diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA) no DF, a Secretaria de Saúde (SES-DF) dispõe de uma rede de unidades focadas em atendimento, diagnóstico e tratamento. O serviço também apoia os pacientes a conseguirem o primeiro emprego, um processo facilitado neste ano com a lei nº 14.992/2024, que define regras para estimular a contratação, como empregado, aprendiz ou estagiário, de pessoas com TEA. Desde que foi diagnosticada com TEA, a professora Wanessa Tirelli afirma ter encontrado todo o apoio no trabalho: “O diagnóstico me trouxe mais organização e consciência sobre minha condição, ajudando-me a lidar melhor com o dia a dia profissional” | Foto: Arquivo pessoal “A diversidade no ambiente de trabalho só tem a enriquecer a todos” Ana Miriam Garcia Barbosa, assistente social De acordo com especialistas da SES-DF, a promoção da inclusão de autistas no mercado de trabalho não apenas combate preconceitos, mas também abre espaço para que mostrem suas habilidades. A assistente social Ana Miriam Garcia Barbosa lembra que, para que essas pessoas sejam reconhecidas e tenham a oportunidade de uma vida mais autônoma e realizada, a sociedade precisa entender que cada indivíduo no espectro autista é único, com suas próprias capacidades e desafios. “O espectro autista é vasto, e muitos desses jovens têm necessidades leves e são extremamente competentes em suas funções”, aponta. “A diversidade no ambiente de trabalho só tem a enriquecer a todos”. Habilidades acentuadas Alguns exemplos de aptidões comuns entre indivíduos com TEA são habilidades relacionadas a questões lógicas e matemáticas, disposição para atividades repetitivas e metódicas que consistem na manutenção de uma rotina, atividades com regras e padrões bem definidos e ótima memória visual e de longo prazo. A professora de Geografia Wanessa Tirelli, diagnosticada aos 31 anos com TEA, relata ter recebido apoio no seu ambiente de trabalho, com acolhimento da chefia – situação que não é a realidade de muitas pessoas com autismo. “O diagnóstico me trouxe mais organização e consciência sobre minha condição, ajudando-me a lidar melhor com o dia a dia profissional”, diz. “Sou uma profissional tão capaz como qualquer outra”. Desafios e apoio da família Segundo  Ana Miriam, há um estereótipo de que as pessoas com autismo possuem dificuldades severas em suas interações sociais ou apresentam comportamentos como a autoagressão. “Essa visão limitada impede que muitos autistas, que são altamente capazes e produtivos, tenham a chance de mostrar seu potencial”, pontua. A especialista explica que o preconceito enraizado afeta a autoestima dos adolescentes autistas, que crescem acreditando não serem capazes de se inserir no mercado de trabalho. “Muitas famílias acreditam que seus filhos não são capazes de desempenhar qualquer outra atividade, o que reforça a exclusão”, diz. “Precisamos estimular programas de estágio e jovem aprendiz. Essa inclusão é fundamental para desmistificar o diagnóstico e revelar todo o potencial produtivo desses jovens”. Centros especializados Para obter o diagnóstico do transtorno, o primeiro passo é ir à unidade básica de saúde (UBS) de referência. Após isso, há o encaminhamento a um dos quatro centros especializados em reabilitação (CERs) da SES-DF, conforme o perfil do paciente. Centro Especializado em Reabilitação do Hospital de Apoio atende adultos que precisam de reabilitação para o mercado de trabalho Os adultos que precisam de reabilitação para se adequar ao mercado de trabalho são atendidos no CER do Hospital de Apoio, que funciona de segunda a sexta-feira, exceto às quartas. Jovens também podem se preparar no Adolescentro, unidade especializada e reconhecida como referência na atenção a pacientes de 10 a 18 anos com transtornos mentais, de aprendizagem e vítimas de violência sexual. Os cuidados aos autistas também são oferecidos no CER II, em Taguatinga, e no Centro de Orientação Médico-psicopedagógica, que tem como foco o público infantil e fica no Setor Hospitalar Norte, ao lado do Hemocentro.   *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Ação na UBS 1 de Vicente Pires promove saúde para crianças neurodivergentes

A Unidade Básica de Saúde (UBS) 01 de Vicente Pires promoveu uma atividade especial em comemoração ao Dia das Crianças. Realizado nesta segunda-feira (14), o evento teve como foco o brincar funcional, com atividades educativas e recreativas voltadas especialmente para crianças com alterações no neurodesenvolvimento. A iniciativa faz parte da Estratégia Saúde da Família (ESF), com o objetivo de garantir a integralidade do cuidado e dos serviços oferecidos pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) na Atenção Primária à Saúde (APS). “Isso aqui é algo que eles vão levar pra vida, aprendendo as coisas nas brincadeiras”, afirmou Ranielma Barbosa, mãe de Ana Júlia, que tem TEA | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Mãe de Ana Júlia, 5 anos, que possui Transtorno do Espectro Autista (TEA), Ranielma Barbosa, 28 anos, elogiou a iniciativa. “Isso aqui é algo que eles vão levar pra vida, aprendendo as coisas nas brincadeiras. É muito comum vermos eles em frente às telas, o que atrapalha muito no desenvolvimento deles”, afirmou. O evento ofereceu ambiente lúdico com músicas animadas e atividades que estimularam a memória, atenção, concentração, psicomotricidade e integração sensorial das crianças. A iniciativa faz parte da Oficina da Infância, desenvolvida pela equipe multiprofissional (e-Multi) ampliada da UBS 01 de Vicente Pires. O projeto oferece atendimentos de reabilitação e prevenção de agravos a crianças neurodivergentes, a exemplo de condições como o autismo, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e a dislexia. Em comemoração ao Dia das Crianças, o evento teve como foco o brincar funcional, com atividades educativas e recreativas voltadas especialmente para crianças com alterações no neurodesenvolvimento atendidas pela e-Multi ampliada da UBS 1 de Vicente Pires Segundo a psicóloga da e-Multi, Sofia Lisboa, é importante que a criança entenda que o cuidado com a saúde vai além da doença. “Em momentos como esse, reforçamos que, para a criança querer ser feliz, ela precisa brincar, estar incluída nas atividades e conhecer os espaços. É fundamental que ela entenda que, quando vem a um espaço de saúde, não é só porque está doente, mas também para aprender que cuidar de si é importante”, afirmou. Equipe multiprofissional O projeto Oficina da Infância tem equipe formada por terapeutas ocupacionais, nutricionistas, assistentes sociais, fisioterapeutas, farmacêuticos e psicólogos. O acolhimento inicial é realizado na UBS por um profissional da eSF, que encaminha os casos para a e-Multi. A partir daí, é planejado um atendimento terapêutico individualizado, de acordo com as necessidades de cada paciente. A terapeuta ocupacional da e-Multi, Marília Mendes, ressalta que o evento foi promovido para estimular a interação entre a comunidade e os profissionais de saúde. “Essa ação surgiu para ampliar ainda mais esse acesso, para favorecer o brincar e estimular o vínculo entre as famílias, os usuários e os profissionais, integrando toda a comunidade”, explicou. A ação foi realizada pela e-Multi Ampliada de Vicente Pires, em parceria com a equipe de Saúde da Família (eSF) da UBS 01 e com a Associação dos Especialistas em Saúde Pública da SES-DF. *Com informações da SES-DF  

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GDF moderniza credencial de estacionamento para autistas e garante inclusão social

Mais qualidade de vida, cidadania e acesso facilitado a políticas públicas. É assim que pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus responsáveis classificam a modernização do sistema do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), que, desde 12 de setembro, tornou digital o processo de emissão da credencial de estacionamento para pessoas com autismo. Vinicius Henrique Europeu Barbosa entre os pais, Juliana e Edilson, que destacou: “Agilizar esse processo é o trabalho que este GDF vem fazendo e é o que a população sempre busca: qualidade de vida, cidadania e acesso facilitado a essas políticas públicas. É uma vitória” | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Antes, o processo para adquirir a documentação chegava a demorar um mês e era feito de modo presencial, com a necessidade de preencher formulários, passar por uma perícia médica e ir até uma agência do Detran-DF. Agora, basta ter a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) para ter acesso à credencial em até dois dias úteis. E o melhor: tudo sem sair de casa. A redução da burocracia ocorreu graças a uma parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD-DF), e o Detran-DF. Para realizar o processo de forma digital é necessário que o requerente possua a Ciptea. O processo digital da credencial de estacionamento pode ser feito por meio do aplicativo Detran-DF Digital ou pelo Portal de Serviços. O pedido será analisado em até dois dias úteis. Ao ser liberada a credencial, basta o requerente fazer a impressão do documento em papel A4 “É um direcionamento inovador do Detran-DF que faz com que as pessoas com Transtorno do Espectro Autista tenham mais um espaço dentro desse processo de inclusão, cidadania e respeito aos seus direitos como pessoas com deficiência”, diz o secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Pereira dos Santos. “É uma iniciativa que, com certeza, vai ser referência para o Brasil.” A atualização do sistema beneficiou o estudante Vinicius Henrique Europeu Barbosa, de 20 anos. Morador de Ceilândia, o jovem dirige há dois anos e conta que já tinha o modelo antigo da credencial de estacionamento. Para conseguir o documento, porém, precisou esperar semanas e enfrentar algumas burocracias – realidade que mudou recentemente, com o novo modelo de emissão da credencial. Ele conta que, com a digitalização do processo, fez tudo pelo computador de casa. “A principal diferença foi a agilidade. Não teve essa burocracia toda do Estado. Com essa credencial eu consigo achar uma vaga bem mais rápido. O Estado tem que facilitar a vida das pessoas. É o justo a ser feito”, ressalta. “Pessoas com espectro autista sempre precisam de um tipo suporte, mas, graças a Deus hoje, ele está com um nível de independência bem maior, se superando a cada dia. E esse processo de modernização tem grande influência nisso” Juliana Europeu Barbosa, mãe de Vinicius, que é autista A conquista não foi só de Vinicius, mas de toda a família. Os pais, os advogados Juliana Europeu Barbosa, 45, e Edilson Barbosa, 51, acompanharam todo o processo de perto, desde o dia em que ele decidiu que iria tirar a habilitação de motorista até a emissão da credencial de estacionamento. “Ele tinha muita dificuldade de coordenação motora. Quando ele conseguiu tirar a habilitação, a sensação foi de vitória, de dever cumprido. Ele é muito responsável, nunca levou nenhuma multa, dirige com muita atenção, com muito cuidado, respeita as leis de trânsito. É uma independência que ele conquistou. Pessoas com espectro autista sempre precisam de um tipo suporte, mas, graças a Deus, hoje ele está com um nível de independência bem maior, se superando a cada dia. E esse processo de modernização tem grande influência nisso”, diz a mãe. “Antes nós tínhamos que ir até as agências. Agora, não. De casa, do celular, você já faz isso. Trouxe qualidade de vida para os autistas e principalmente para as mães, que são as principais cuidadoras. Agilizar esse processo é o trabalho que este GDF vem fazendo e é o que a população sempre busca: qualidade de vida, cidadania e acesso facilitado a essas políticas públicas. É uma vitória”, complementa o pai de Vinicius. Modernização do sistema “As pessoas com TEA têm suas particularidades e necessidades especiais. Medidas como essa ajudam muito no dia a dia. É significativo tanto para eles quanto para nós, mães”, diz Camila Bastos, ao lado do filho Caio Cesar | Foto: Arquivo pessoal A ideia de modernizar o processo de emissão das credenciais para o público autista surgiu na Gerência de Saúde do Detran-DF. No modelo antigo, o cidadão que quisesse emitir sua carteira precisava entregar uma série de documentos, passar por uma perícia médica e ter o caso analisado de forma minuciosa. Depois de 30 dias, recebia uma resposta sobre o pedido. “A Secretaria da Pessoa com Deficiência já emite a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Para alguém ter esse documento, já é necessário passar por uma perícia médica. A partir daí, pensamos: ‘por que não eliminar a parte de avaliação documental?’. Já foi provado para o Estado que a pessoa é autista, ela não precisa provar mais uma vez” Ricardo Sutarelli, gerente de Saúde do Detran-DF O setor do Departamento de Trânsito do DF, porém, identificou que muitas pessoas não tinham condições para se deslocar até as agências do órgão ou  para arcar com laudos médicos que comprovassem o transtorno. “Foi quando pensamos em agilizar o processo. A Secretaria da Pessoa com Deficiência já emite a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Para alguém ter esse documento, já é necessário passar por uma perícia médica. A partir daí, pensamos: ‘por que não eliminar a parte de avaliação documental?’. Já foi provado para o Estado que a pessoa é autista, ela não precisa provar mais uma vez”, explica Ricardo Sutarelli, gerente de Saúde do Detran-DF. “A gente entende a importância dessa atualização de protocolos como uma forma de facilitar o acesso para quem precisa deste serviço. Foi uma iniciativa que democratizou o direito que as pessoas com Transtorno de Espectro Autistas já tinham, mas que foi facilitado por meio da digitalização do processo”, completa. A coordenadora de marketing Camila Bastos, mãe de Caio Cesar Bastos, de 7 anos, conta que, com a rotina corrida, não tinha tempo para lidar com a burocracia exigida à época. Agora, após a modernização do sistema, ela relata que se sente mais amparada por este GDF. Enquanto a credencial de estacionamento para pessoas com deficiência conta com o símbolo internacional de uma cadeira de rodas, a carta para pessoas autistas possui um laço, ícone universal do autismo | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Assim que ocorreu o lançamento, Camila buscou informações e viu vídeos do Detran-DF ensinando o passo a passo para emitir o documento. A solicitação da credencial foi feita em 13 de setembro, uma sexta-feira. Na semana seguinte, o pedido já havia sido deferido. “Recebi um e-mail com tudo pronto, faltando apenas imprimir a credencial. A documentação foi bem simplificada. Só precisei da Ciptea. Foi uma experiência excelente, muito prática e de rápida resposta. Isso representa um respeito às pessoas autistas. As pessoas com TEA têm suas particularidades e necessidades especiais. Medidas como essas ajudam muito no dia a dia. É significativo tanto para eles quanto para nós, mães. Traz mais amparo”, detalha. Como solicitar a credencial Para realizar o processo de forma digital, é necessário que o requerente possua a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), que é emitida pela Secretaria da Pessoa com Deficiência do Distrito Federal. O processo digital da credencial de estacionamento pode ser feito por meio do aplicativo Detran-DF Digital ou pelo Portal de Serviços. O pedido será analisado em até dois dias úteis. Ao ser liberada a credencial, basta o requerente fazer a impressão do documento em papel A4. O documento é diferente da credencial para pessoas com deficiência. Enquanto este último conta com o símbolo internacional de uma cadeira de rodas, a carta para pessoas autistas possui um laço, ícone universal do autismo. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), estacionar nas vagas reservadas às pessoas com deficiência, sem credencial que comprove tal condição, é considerado infração gravíssima, cuja penalidade é multa de R$ 293,47, sete pontos na CNH e remoção do veículo É importante ressaltar que, caso alguém não tenha a Ciptea, o modelo antigo ainda está válido para emitir a credencial de estacionamento. Basta acessar o site ou o aplicativo do Detran-DF para ter mais informações. Vagas reservadas às pessoas com deficiência A emissão de credenciais que permitem aos autistas o uso das vagas de estacionamento reservadas às pessoas com deficiência e dificuldade de locomoção teve início em 2019. Desde lá, foram emitidas 3.037 credenciais, segundo a Secretaria da Pessoa com Deficiência. Apenas neste ano, foram emitidos 1.428 documentos, sendo 635 já no novo modelo digital. A credencial tem validade em todo o território do DF e precisa estar visível no painel do veículo para o uso da vaga destinada às pessoas com deficiência. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), estacionar nas vagas reservadas às pessoas com deficiência, sem credencial que comprove tal condição, é considerado infração gravíssima, cuja penalidade é multa de R$ 293,47, sete pontos na CNH e remoção do veículo.

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Detran-DF lança processo digital de emissão da credencial de estacionamento para autista

O Departamento de Trânsito do Distrito Federal lança, na manhã desta quinta-feira (12), o processo digital de emissão da credencial de estacionamento para pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A cerimônia de lançamento será aberta à imprensa, sem necessidade de credenciamento prévio, às 9h30, no auditório do Detran-sede. Imagem: Detran-DF A credencial de estacionamento para autista começou a ser emitida pelo Detran-DF em 2019, mas contava com etapas que exigiam a presença do autista à autarquia. A partir de agora, a pessoa com transtorno do espectro autista poderá fazer a emissão da credencial de estacionamento sem precisar sair de casa. “Essa é mais uma facilidade que o Detran-DF está implementando a fim de garantir aos autistas o exercício de um direito com mais conforto e praticidade”, destaca a diretora de Controle de Veículos e Condutores, Bruna Pacheco. A solenidade contará com a presença de autoridades, representantes de entidades ligadas aos autistas e 300 crianças do Centro de Ensino Fundamental 4 de Ceilândia, sendo 30 delas especiais. Durante o evento, também haverá emissão da credencial para quem tem a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea). Serviço Lançamento da emissão digital da credencial de estacionamento para autista ⇒ Quinta-feira (12), às 9h30 ⇒ No Auditório do Detran-sede *Com informações do Detran-DF

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Publicado edital para professores interessados em atuar na educação inclusiva

A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) lançou edital de processo seletivo simplificado para atuação de professores de educação básica na Associação Pestalozzi de Brasília. Coordenada pela Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin) e autorizada pela Subsecretaria de Gestão de Pessoas (Sugep), a seleção visa à prestação de atendimento pedagógico especializado. Educação inclusiva é o foco da seleção recentemente publicada | Foto: Divulgação/SEEDF O processo é fruto da parceria entre a SEEDF e a associação, por meio do Acordo de Cooperação nº 4/2024, que oferta atendimento especializado a estudantes com deficiência e transtorno do espectro autista (TEA). O processo seletivo simplificado busca preencher um total de 20 vagas, distribuídas entre 14  vagas para professores, três para professores de educação física e três vagas para professores de artes. Para todos os casos, a carga horária será de 40 horas semanais. O profissional interessado deve ser professor de educação básica do magistério público do DF, com aptidão para atuar no segmento de educação especial, e ter, no mínimo, três anos de efetiva atuação em atividades de docência no âmbito da SEEDF. Fases O processo seletivo será realizado em duas etapas. A primeira compreende a inscrição e o envio da documentação exigida. Já na segunda etapa, será feita a análise documental por uma banca examinadora especificada em edital.  O processo visa garantir a oferta de educação especial gratuita e de qualidade na rede pública a todos os estudantes, independentemente de suas necessidades, para que tenham acesso a um aprendizado inclusivo e equitativo. Confira o edital. *Com informações da Secretaria de Educação  

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HRSM é referência em serviços de odontologia a pacientes com autismo

Nesta quarta-feira (7), o Serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) recebeu a visita do deputado distrital Fábio Félix. O intuito foi conhecer um pouco mais do serviço, tendo em vista que é referência no atendimento de pacientes com autismo e outras deficiências. O parlamentar conversou com as equipes de odontologia para entender a dinâmica e como funciona, na prática, o fluxo desde a regulação até o atendimento final na unidade hospitalar. “Há muito tempo, a gente já tinha convidado o deputado Fábio Félix para conhecer o nosso trabalho. O que motivou ele a conhecer o serviço foi principalmente o trabalho que temos na odontologia com os pacientes especiais, ou seja, com aqueles com síndromes ou transtorno do espectro autista”, explica a chefe do Serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial, Érika Maurienn. O deputado distrital Fábio Félix (à direita) visitou o hospital nesta quarta (7) e disse que soube do serviço de Odontologia do HRSM por meio de recomendação de pacientes com autismo, que têm grande confiança na qualidade do atendimento | Foto: Divulgação/IgesDF Ela também apresentou o trabalho realizado pela equipe de cirurgia bucomaxilofacial, que realiza as operações ortognáticas e o trabalho de ortodontia. “O que nos deixou muito felizes foi saber que outras pessoas falaram do nosso serviço, inclusive pacientes que passaram por nós. Foi uma honra poder apresentar o serviço para um deputado que tem a frente parlamentar voltada para tantas lutas importantes para a sociedade”, destaca Érika. Atualmente, toda a equipe de odontologia e cirurgia bucomaxilofacial possui 45 integrantes, entre dentistas, residentes, técnicos em saúde bucal e administrativos. Além disso, oferece residência em quatro áreas: cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial; multiprofissional em UTI; anomalias dentofaciais; e radiologia odontológica. Fábio Félix diz que soube do serviço de Odontologia do HRSM por meio de recomendação de pacientes com autismo, que têm grande confiança na qualidade do atendimento. “É essencial que esse serviço seja fortalecido, com mais investimentos em modernização e ampliação. Estou à disposição para colaborar com esse processo. Um dos grandes desafios atualmente é garantir atendimento adequado nessa área para toda a população.” O dentista Diego Sindeaux Figueira, do ambulatório PcD do HRSM, destacou a importância de um atendimento de qualidade e sobre a construção do trabalho feito dentro do hospital em parceria com as demais áreas, equipe multidisciplinar, além de setores como recepção, centro cirúrgico e anestesistas. “Todo o trabalho que temos hoje com os autistas no atendimento odontológico em Santa Maria foi construído na tentativa e erro, na observação dos paciente, na conversa com a família e principalmente com calma, um passo de cada vez. Aqui aprendemos a respeitar a individualidade de cada um deles e saber até onde podemos e conseguimos ir.” Serviços no HRSM Atualmente, o serviço de odontologia e cirurgia bucomaxilofacial conta com sete especialidades no CEO (Centro de Especialidades Odontologia): → Endodontia (tratamento de canal) → Periodontia (trata as doenças gengivais) → Ortodontia (tratamento ortodôntico para correção cirúrgica de deformidade de face) → Cirurgia bucomaxilofacial (tratamento dos casos mais complexos de tumores benignos, remoção de dentes inclusos) → Estomatologia (atua no diagnóstico de lesões da cavidade bucal e prevenção do câncer de boca) → Disfunção temporomandibular (trata os problemas das articulações da mandíbula) → Atendimento PcD (atendimento à pessoa com deficiência que não consegue ser tratada no ambulatório, sendo o HRSM a maior referência no Distrito Federal para esse perfil). O serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial do HRSM tem também os serviços de radiologia (exames e laudos), odontologia hospitalar e intensiva (atendimento a pacientes em cuidados de UTI) e cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial. *Com informações do IgesDF

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Cine Brasília amplia número de sessões acessíveis; próxima será no dia 13

Desde que o Cine Brasília reabriu as portas ao público, o icônico cinema de rua brasiliense tem trabalhado para ampliar a oferta de sessões acessíveis. As mostras, que são gratuitas, contam com recursos de acessibilidade projetados na tela, sala à meia luz e som mais baixo para pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). A partir deste ano, o espaço amplia o número de sessões acessíveis para duas exibições mensais. O aumento na oferta surgiu após a renovação da parceria, por mais três anos, entre o Cine Brasília, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) e a organização da sociedade civil (OSC) Box Cultural. A partir deste ano, o espaço amplia o número de sessões acessíveis para duas exibições mensais | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A próxima mostra acessível será no dia 13, com a exibição do clássico A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral, em sua versão remasterizada. Atualmente, uma média de 50 pessoas comparecem às sessões acessíveis do espaço cultural, no segundo e no último sábado de cada mês, sempre às 14h. Segundo a diretora do Cine Brasília, Sara Rocha, a ideia é que, nos próximos três anos, o local ofereça 73 mostras com recursos de acessibilidade. “As sessões acessíveis acontecem às 14h por ser um horário que mapeamos como sendo preferencial; a exibição acaba no meio da tarde e é possível ter um deslocamento mais confortável. Essa sessão toda é aberta ao público e gratuita, acontece à meia luz para acomodar pessoas autistas, e com a banda de audiodescrição sincronizada no som principal da sala, legendas descritivas e janelas de Libras coladas na tela”, explica. Além da sessão com recursos de acessibilidade, até a próxima quarta-feira (10), o espaço ainda exibirá três títulos com Libras, legendas e audiodescrição: Kung Fu Panda 4, La Chimera e A Flor do Buriti. Confira a programação completa, com datas e horário das sessões, no site do Cine Brasília. A estudante Millena Costa, de 24 anos, é autista e celebra iniciativas como a do Cine Brasília. Ela explica que frequentar cinemas sempre foi uma dificuldade em razão da poluição sonora e visual. “Quando a gente pensa em cultura e cinema, a gente pensa naquele brilho intenso, som estourando. Para muitas pessoas isso não é acessível culturalmente, porque, às vezes, não dá para tolerar ambientes assim”, detalha.

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Mais de 4 mil carteiras de identificação da Pessoa com Deficiência são emitidas pelo GDF

O acesso a mais dignidade e conforto nos atendimentos para pessoas com deficiência (PcDs) e pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) foi reforçado com a carteira Carteira de Identificação da Pessoa com Deficiência e do Autista. Desde o lançamento em novembro passado, mais de 4 mil cidadãos foram beneficiados. Uma dessas pessoas é o aposentado Leriomar Eustáquio da Silva, 48 anos, que foi diagnosticado desde o nascimento com transtorno mental e limitações de fala. Ele explica que a carteirinha veio em boa hora e frisa que sua qualidade de vida melhorou depois que a recebeu. “A carteirinha fez muita diferença e trouxe dignidade para eu ser melhor atendido em tudo – filas, cinema, banco, hospitais e órgãos públicos. Inclusive apresentei a Secretaria da Pessoa com Deficiência [SEPD] para casos de autismo que tem na família, para que eles possam usar esse benefício também”, acentua. Além de garantir mais comodidade a quem precisa, o documento emitido pelo Governo do Distrito Federal é especialmente relevante para quem tem alguma deficiência não visível | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Mais de 24 mil pessoas, assim como Leriomar, devem ser beneficiadas. De acordo com o secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Pereira dos Santos, o banco de dados da secretaria já registra em torno de 40 mil cadastros de PcDs. Desses, quase de 25 mil estão efetivados e aprovados. O gestor incentiva a população que possui esses direitos a realizar o cadastro na secretaria, visto que há quase 200 mil pessoas com deficiência no Distrito Federal. “A função desse cadastro é unificar todas as pessoas com deficiência, para também atuarmos com políticas públicas mais efetivas de acessibilidade, inclusão e serviços onde a pessoa possa ser vista dentro do DF. A carteirinha ajuda a se identificar com mais facilidade e sem burocracia para utilizar os benefícios sociais a que elas já têm direito”, afirma o secretário. Leriomar Eustáquio da Silva, 48 anos, foi diagnosticado desde o nascimento com transtorno mental e limitações de fala. Ele explica que a carteirinha veio em boa hora e frisa que sua qualidade de vida melhorou depois que a recebeu Ele reforça, ainda, que mais de 10 mil pessoas entre os cadastros efetivados são de pessoas autistas. “As pessoas que têm uma deficiência não visível garantem a prioridade de atendimento sem o constrangimento de precisar se justificar ou provar o direito que já têm de utilizar aquele serviço”, pontua. É possível adquirir o documento pelo site da Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD), onde o acesso pode ser feito de forma direta em formato digital Mais praticidade e conforto Além de garantir mais comodidade a quem precisa, o documento emitido pelo Governo do Distrito Federal é especialmente relevante para quem tem alguma deficiência não visível. Ele serve para comprovar o direito de usufruir de filas preferenciais, atendimentos prioritários em programas sociais e habitacionais do governo, além de meia-entrada na compra de ingressos para cinema e diversos eventos. A intérprete de libras Louise Mariane, 28, recebeu o laudo confirmando o transtorno do espectro autista moderado em 2023. Por trabalhar em meio a PcDs, ela soube da possibilidade de ter o benefício e destaca a praticidade que a carteirinha trouxe em contraste ao laudo de 20 páginas que precisava carregar apenas para comprovar um direito. Louise possui dificuldade com sons elevados e ambientes barulhentos, então a fila prioritária diminui o desconforto na espera por atendimento. “Essa carteirinha me beneficiou porque a minha deficiência é oculta, então, em lugares onde eu preciso de atendimento prioritário, [a carteirinha] prova que eu tenho esse direito; se me questionarem, eu posso mostrá-la e conseguir um atendimento mais rápido para evitar a exposição. Recebi um diagnóstico tardio e está sendo uma descoberta ainda, mas é uma segurança saber que eu tenho esse direito resguardado”, declara. É possível adquirir o documento pelo site da Secretaria da Pessoa com Deficiência, onde o acesso pode ser feito de forma direta em formato digital. Para quem opta por atendimento presencial, é possível procurar o Centro de Atendimento da Pessoa com Deficiência, localizado na Estação de Metrô da 112 Sul.

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Palestra online vai orientar sobre abordagem humanizada a pacientes com autismo

No dia 30 de abril, o Núcleo de Educação do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) realizará uma webpalestra em prol do mês de conscientização do autismo. O objetivo é capacitar profissionais da saúde para oferecer um atendimento humanizado, inclusivo e eficaz aos pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Com o tema “Abril Azul: Mês de conscientização do autismo”, a palestra será ministrada pela médica neurologista da infância e adolescência, Ellen de Souza Siqueira. A palestra será dada das 14h às 15h e as inscrições podem ser feitas neste link. *Com informações do IgesDF

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Equipe do HCB recebe homenagens pelo atendimento a casos de autismo

Em homenagem ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo, médicos do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) compareceram a uma sessão solene, realizada no Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A cerimônia ocorreu na manhã desta quinta-feira (4), por iniciativa do deputado distrital Jorge Vianna, a fim de oferecer uma plataforma que garantisse a visibilidade necessária ao tema. A solenidade foi marcada por cuidados com os autistas presentes – os aplausos foram substituídos por palmas em Libras, com os braços levantados e balançando as mãos  | Fotos: Divulgação/ HCB O grupo que representou o HCB na cerimônia, composto por médicos, psicólogos, musicoterapeutas, fonoaudiólogos e assistentes sociais, recebeu homenagens e contribuiu para mudar o perfil do tratamento do autismo. “Acredito que ainda seja muito importante conscientizarmos sobre o autismo. No dia a dia, ainda há muitas dificuldades com questões relacionadas ao preconceito”, comentou Hernane Machado, médico psiquiatra no Hospital da Criança. 2 milhões Estimativa de pessoas com TEA no Brasil, de acordo com a OMS A descrença e o descaso diante do diagnóstico não vêm, necessariamente, de pessoas distantes ou desconhecidas; segundo Machado, a própria família do paciente pode vir a perpetuar comportamentos capacitistas que são muito danosos para a criança. “Às vezes, os próprios familiares dos pacientes não acreditam na existência do TEA ou associam a origem do transtorno à problemas de educação/criação ”, complementa. Além do psiquiatra, compareceram, também, profissionais de neurologia pediátrica, musicoterapia, fonoaudiologia, enfermagem, terapia ocupacional e psicologia. O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado no dia 2 de abril, é uma data estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para difundir conhecimento sobre a condição, quebrar preconceitos e combater o capacitismo sofrido por quem lida com o distúrbio. O transtorno do espectro autista (TEA) acomete, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), em torno de 2 milhões de pessoas no Brasil, mas ainda é um tema muito desconhecido pela maior parte da população. Médicos, psicólogos, musicoterapeutas, fonoaudiólogos e assistentes sociais do HCB receberam homenagens pelo trabalho dedicado ao autismo A solenidade foi marcada por muito cuidado, pensando em como estabelecer um ambiente acolhedor para aqueles que receberam o diagnóstico do transtorno – os tradicionais aplausos barulhentos e estridentes, que poderiam desencadear crises para os pacientes TEA que estavam presentes, por exemplo, foram substituídas por palmas em Libras, feitas com os braços levantados e balançando as mãos. “Muitos adultos são autistas e não sabem, porque não tiveram o diagnóstico correto” Amadeu Alcântara, otorrinolaringologista do HCB O deputado Jorge Vianna comentou sobre como a desinformação dificulta o diagnóstico e a qualidade de vida do paciente, além de fomentar variadas formas de preconceito. “Para além da conscientização, cabe ao poder público o dever de garantir os direitos de pessoas autistas”, observou Vianna. Próximo ao final do evento, Amadeu Alcântara, otorrinolaringologista que descobriu seu diagnóstico de TEA durante a graduação, subiu ao palco para falar sobre sua experiência ao receber a confirmação do quadro de autismo. “Muitos adultos são autistas e não sabem porque não tiveram diagnóstico correto, avaliação neuropsicológica ou um profissional que se debruçasse sobre eles. E essa é nossa realidade até hoje”, alerta Alcântara. Segundo o médico, o diagnóstico precoce e o tratamento durante as fases iniciais oferecem uma maior qualidade de vida. “Boa parte das famílias de pacientes com TEA só consegue acesso a tratamentos com o laudo, e é urgente que essas pessoas não fiquem esperando por conta da neuroplasticidade, isso é, a capacidade do cérebro de moldar-se”, reitera o profissional. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília (HCB)

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Escolas do DF atendem mais de 30 mil alunos com necessidades específicas

O Governo do Distrito Federal (GDF) oferece uma série de iniciativas para garantir a inclusão de todos os estudantes na rede pública de ensino. São 30.370 alunos com necessidades específicas distribuídos nas 835 escolas, todas aptas para atender crianças e adolescentes com algum tipo de deficiência. Somente com atendimento bilíngue na Língua Brasileira de Sinais (Libras), são 60 instituições, com previsão de inauguração de mais uma, no Plano Piloto. Uma delas é a Escola Bilíngue de Taguatinga (QNH 01/03 Área Especial 1 e 2), que atende estudantes com deficiência auditiva e ouvintes filhos de pais com deficiência auditiva. As aulas são todas em Libras e em português escrito, em regime integral. A Escola Bilíngue de Taguatinga atende estudantes com deficiência auditiva e ouvintes que são filhos de pais com deficiência auditiva | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília A escola recebe estudantes de todos os segmentos – da educação infantil ao ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Também há estimulação precoce para crianças entre seis meses e 3 anos, com atendimentos semanais. É uma maneira de preparar os pequenos para ingressarem na escola. A autônoma Monielle Dantas, mãe do pequeno Enzo, que tem 9 anos e está no 4º ano do ensino fundamental, conta como a vida do filho e da família mudou completamente após ele ingressar na escola. Monielle também fez o curso de Libras oferecido pela instituição. A escola bilíngue recebe estudantes da educação infantil ao ensino médio e EJA | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília “Quando veio para a escola, ele se encontrou. O comportamento mudou completamente. Ele se desenvolveu tanto que pôde deixar a medicação. Hoje, ele interage, conversa perfeitamente, soletra. Aqui ele também viu que outras pessoas são surdas, que não é só ele. Agora, ele fala que tem amigos e diz que é feliz”, comemora. O acolhimento é sentido por todos os estudantes. A estudante Sophia Pontes, 14, do 9º ano do ensino fundamental, também se sente assim. “Quando eu era pequena, eu não era compreendida, era tudo muito difícil. Quando cheguei aqui, ficava com vergonha da língua [Libras]. Agora, é muito melhor. Minha mãe aprendeu a língua aqui na escola, e eu ensino à minha avó”, conta Sophia. A estudante Sophia Pontes conta que frequentar uma escola bilíngue mudou sua vida: “Minha mãe aprendeu a língua [Libras] aqui na escola e eu ensino à minha avó” |  Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília Filhos ouvintes Os filhos ouvintes de pais com deficiência auditiva também têm lugar garantido na escola. Os codas – termo que vem da sigla em inglês para a expressão children of deaf adults, que significa “filhos de adultos surdos” – desempenham um papel muito importante. Muitas vezes, eles atuam como intérpretes entre suas famílias e as comunidades onde vivem. É o caso de Erick Luan Barbosa, de 12 anos, que está no 6º ano. Ele conta que tudo ficou mais fácil depois que ele passou a estudar na Escola Bilíngue. Erick Luan Barbosa é filho de pais surdos: “Depois que vim para cá, a gente conseguiu se comunicar” | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília “Eu adoro ensino em Libras. Depois que vim para cá, a gente conseguiu se comunicar, e melhorou muito a nossa vida. Eu e minha irmã vamos ao banco para os nossos pais, levamos eles ao médico, ao mercado”, disse, referindo-se à irmã Liza, de 14 anos, que também é ouvinte e frequentou a escola até o ano passado. Mesmo conteúdo “Todos os surdos são recebidos em nossa escola. Mas a educação é individualizada para atender às necessidades de cada um deles”, ressalta a diretora da instituição, Clissineide Caixeta. Quando a diretora diz que todos os deficientes auditivos são recebidos, ela fala de modo literal. A instituição conta com estudantes que, além da surdez, têm síndrome de Down, autismo ou são surdo-cegos. Todos são atendidos conforme as suas especificidades. A Escola Bilíngue de Taguatinga, inclusive, ainda tem vagas. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (61) 3318-2756 para saber como fazer a matrícula. Referência inclusiva O Centro de Ensino Médio Integrado (Cemi) do Gama, que está sempre no topo de aprovação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do vestibular da Universidade de Brasília (UnB), também é referência quando se trata de inclusão. A Sala de Recursos do Cemi é dedicada a estudantes com necessidades especiais, que desempenham atividades lúdicas baseados em raciocínio lógico e de forma individualizada | Foto: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília Estudantes com necessidades específicas participam das aulas regulares, mas têm um espaço para chamar de seu na Sala de Recursos. Por lá, eles fazem atividades lúdicas com foco em raciocínio lógico e de forma individualizada. “Eles vêm no intervalo e no horário do almoço para fazer outras atividades. Algumas são desenvolvidas em pequenos grupos, mas a maioria é individualizada para atender a cada um”, explica a professora Gracinha Veras. O estudante Heitor Cauã Coelho Silva garante: “O Cemi é uma das escolas mais inclusivas” | Foto: Lucio Bernardo Jr./ Agência Brasília O local está mais que aprovado por Heitor Cauã Coelho Silva, de 17 anos, que tem hiperfoco em filosofia e história. “O Cemi é uma das escolas mais inclusivas. As outras não tinham sala de recurso. Aqui eu socializo, debato. Eu, como autista, interajo com outros autistas. Sei que eles vão me entender”, observa. Garantia de atendimento Entre as principais ações da Secretaria de Educação para melhorar a educação inclusiva no DF está o Núcleo de Acolhimento às Demandas de Educação Especial. Lá, um profissional da Diretoria de Educação Inclusiva recebe denúncias e sugestões via Ouvidoria. Esse profissional é responsável por entrar em contato com a unidade escolar para providenciar assistência necessária ao atendimento das demandas.  

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Centro Educacional da Audição e Linguagem completa 50 anos

Usuários, gestores e autoridades se reuniram, na quarta-feira (3), para comemorar os 50 anos do Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (Ceal-LP). Localizado na Asa Norte, o centro é conveniado à Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) para prestação de serviços de reabilitação auditiva e intelectual. O Ceal-LP atende, atualmente, 420 crianças com fonoterapia, psicologia, terapia ocupacional e fisioterapia, entre outros serviços | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Durante o evento, foi inaugurado o novo espaço para terapias de psicomotricidade, que também conta com um ambiente para apresentações musicais e de teatro. “A reforma vai trazer para as crianças um novo momento, um estímulo a mais e é isso que a gente busca aqui no Ceal”, destaca a coordenadora de saúde do centro, Cristiane Farhat. “A assistência é de alta complexidade, oferece diagnóstico, seleção e adaptação do aparelho auditivo, reabilitação auditiva e terapia para reabilitação intelectual” Ocânia da Costa, referência técnica distrital (RTD) de fonoaudiologia A instituição é filantrópica, sem fins lucrativos, e acolhe atualmente 420 crianças. Nela, são oferecidas fonoterapia, psicologia, terapia ocupacional, fisioterapia, reforço pedagógico, neuropediatria, psiquiatria infantil, otorrinolaringologia e assistência social. “O centro tem grande importância no atendimento assistencial às pessoas com deficiência auditiva e com transtorno do espectro autista (TEA). A assistência é de alta complexidade, oferece diagnóstico, seleção e adaptação do aparelho auditivo, reabilitação auditiva e terapia para reabilitação intelectual. A assistência é completa”, explica a referência técnica distrital (RTD) de fonoaudiologia da SES-DF, Ocânia da Costa. O acesso aos serviços é feito por meio do sistema de regulação, após encaminhamento dado pelas equipes das unidades básicas de saúde (UBSs). Assim que uma nova criança chega, ela passa por uma triagem, na qual é avaliado o nível de suporte que ela precisa. “Cada caso é um caso e cada criança tem uma necessidade, uma demanda. A partir disso, tendo vaga, começamos o processo de reabilitação aqui dentro”, comenta a coordenadora. “Faz toda diferença em relação ao desenvolvimento da minha filha, principalmente na parte cognitiva e da fala” Tatiane Martins, mãe de Isabela, 7 anos O acolhimento pode ser feito a qualquer tempo, apesar de que o aconselhado é que seja feito o mais cedo possível. “A prioridade sempre vai ser o mais precoce, por conta da janela de oportunidades neuronais. É você conseguir fazer o diagnóstico mais precoce e iniciar a intervenção o mais rápido possível”, completa Cristiane Farhat. Desenvolvimento infantil Foi o caso de Tatiane Martins e sua filha Isabela, de 7 anos. A menina foi diagnosticada com surdez severa ainda bebê e, há seis anos, frequenta o Ceal. “Faz toda diferença em relação ao desenvolvimento da minha filha, principalmente na parte cognitiva e da fala. Hoje ela já sabe escrever e ler. É um grau de importância nas nossas vidas que a gente não tem nem palavras para agradecer”, relata Tatiane. Isabela, de 7 anos, foi diagnosticada com surdez severa ainda bebê e frequenta o Ceal há seis anos; a mãe, Tatiane Martins, elogia a instituição: “A gente não tem nem palavras para agradecer” | Foto: Berllany Mourão/Agência Saúde-DF Outras famílias também estiveram presentes e compartilharam depoimentos sobre o impacto do centro no desenvolvimento dos filhos. “O mais importante é que a gente não faz um trabalho individual com essas crianças, as famílias estão presentes o tempo todo. Você não consegue evoluir, se você não tiver a família envolvida”, explica a coordenadora do Ceal. A alta das crianças acontece quando os objetivos terapêuticos são alcançados, tais como independência nas atividades diárias, expressão e interação social pela comunicação ou pela fala. Outro marco importante é quando os pais alcançam domínio no conhecimento e no manejo dos desafios do TEA. “Nesse momento, as crianças são encaminhadas para os demais serviços habilitados e para a atenção primária à saúde, nas UBS, para monitoramento das funções e competências adquiridas”, afirma a especialista da SES-DF. Sobre o Ceal O Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni é um estabelecimento de saúde filantrópico, habilitado pelo Ministério da Saúde (MS) como Centro Especializado em Reabilitação II – Modalidade Auditiva e Intelectual. O vínculo de convênio estabelecido com o Governo do Distrito Federal (GDF), por intermédio da SES-DF, tem por objetivo garantir assistência à saúde aos usuários com deficiência auditiva, intelectual e com transtorno do espectro autista. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Palácio do Buriti e Torre de TV recebem iluminação especial do Abril Azul

Para conscientizar a população do Distrito Federal sobre o autismo e dar visibilidade ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria da Pessoa com Deficiência, aderiu à Campanha Abril Azul. Durante todo o mês, o Palácio do Buriti e a Torre de TV receberão iluminação especial. Segundo o BRB, a torre será iluminada das 18h45 às 2h da manhã. O Palácio do Buriti e a Torre de TV receberam iluminação especial para simbolizar a Campanha Abril Azul, a campanha de conscientização e visibilidade do TEA | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Santos, afirma que é um momento dedicado para que a sociedade conheça o autismo. “O conhecimento leva à quebra de barreiras, do preconceito, da exclusão e abre portas para a cidadania, a aceitação e a igualdade. Será o momento da sociedade refletir sobre é que feito em prol das pessoas com autismo, as políticas públicas voltadas para o segmento e também sobre o que precisa ser feito”, afirma.

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Projetos de professora com transtorno do espectro autista inspiram alunos e colegas

Transformar dificuldades em superação e inspiração. Essa foi a escolha de Sara Borges, 37 anos, professora da Escola Classe (EC) 316 Sul, ao escolher a pedagogia como profissão. Diagnosticada com transtorno do espectro autista (TEA) nível 2, ela só desenvolveu a fala depois de dez anos, mas, hoje, utiliza a voz em sala de aula para mudar a realidade de outras crianças e conscientizar os estudantes sobre o bullying e a exclusão, um dia sofridos na própria pele. A professora Sara Borges dá aulas para uma turma do ensino fundamental com crianças de 9 e 10 anos | Fotos: André Amendoeira/ SEEDF Sara se recorda de uma infância e juventude marcadas pela marginalização por causa de suas limitações. Para ela, a sociedade ainda tem um olhar de exclusão para as pessoas com deficiência. A professora quer mudar essa situação na realidade que ela pode alcançar, dentro da sala de aula. “A diretora dessa escola foi a primeira pessoa que me disse sim na vida. Em outros empregos, me mandavam para casa quando viam minha condição” Sara Borges, professora da Escola Classe 316 Sul “Eu sofri muito bullying e agressões durante toda a minha infância e juventude e isso me impactou muito. Não tive um professor que me acolhesse, mas eu cresci e quis fazer diferente. Quero que meus alunos acreditem que eles podem ser o que quiserem. Eu quero inspirá-los“, comenta Sara. O trabalho como professora da rede pública de ensino do Distrito Federal, na EC 316 Sul, é o primeiro emprego de Sara. Aos 37 anos, ela realiza um sonho ao dar aula para uma turma do ensino fundamental com crianças de 9 e 10 anos. “A diretora dessa escola foi a primeira pessoa que me disse sim na vida. Em outros empregos, me mandavam para casa quando viam minha condição. Ela acreditou em mim e eu coloco todo meu amor aqui para meus alunos”, conta. Inspiração dos colegas A diretora da EC 316 Sul, Cláudia Madoz, relembra como foi receber a profissional para integrar o corpo docente da unidade escolar. “Foi emocionante. O desejo de todos os professores de alunos com TEA é levar o estudante onde ele quer chegar. Levá-lo a ser o profissional que ele deseja ser. E ela está sendo um exemplo para os estudantes e seus familiares, desmistificando rótulos criados pela nossa sociedade muitas vezes preconceituosa”, ressalta Cláudia. Sara começou a dar aula na Escola Classe 316 Sul no início do ano letivo de 2024, mas já soma muitos projetos realizados em parceria com os colegas neste tempo A gestora elogia as aulas criativas e reflexivas dadas por Sara. “Eu trabalho com educação especial há muitos anos e a cada dia ela nos surpreende com seu trabalho, onde os alunos são levados a ter uma visão crítica sobre o contexto da sociedade atual na qual estão inseridos“, comenta. Projetos inclusivos Sara começou a dar aula na Escola Classe 316 Sul no início do ano letivo de 2024, mas já soma muitos projetos realizados em parceria com os colegas neste tempo. Na Semana Distrital da Conscientização e Promoção da Educação Inclusiva aos Alunos com Necessidades Especiais, no início de março, realizada em toda a rede pública de ensino do DF, Sara promoveu várias ações para os alunos. Em uma delas, os alunos colocaram um adesivo na boca e eram incentivados a se comunicarem sem a fala, para entenderem um pouco como os mudos se comunicam. Em outra atividade, imobilizaram o braço que escreviam e refletiram sobre a rotina de uma pessoa com deficiência em tarefas diárias como ir ao banheiro, encher a garrafinha de água e escrever somente com uma mão. As atividades foram aprovadas pelos estudantes. “Eu gostei de me colocar no lugar de uma pessoa com deficiência. Nenhuma pessoa deve ser excluída, todas as crianças merecem fazer amizades”, comenta Ricardo Pedroza, 9 anos, aluno da turma de Sara. “Não importa se a pessoa tem ou não deficiência, ela quer ser respeitada, como qualquer outra”, completou a estudante Marina de Oliveira, 9 anos. As atividades criativas da professora Sara são aprovadas pela turma da Escola Classe 316 Sul Protagonismo dos estudantes Sara acredita que as crianças aprendem de forma dinâmica e, com esse objetivo, desenvolve projetos em que as crianças são protagonistas no processo de aprendizagem. Um deles foi uma atividade em que a professora levou uma caixa de papelão e pediu que os alunos se agrupassem e decidissem o que fazer com ela. O intuito era incentivar a escuta. Assim, eles tiveram que desenvolver habilidades de organização, persuasão e divisão de tarefas. O resultado foi a construção de um castelo. “Eu fiquei calada durante a aula, eles que decidiram tudo, se organizaram, definiram as tarefas e me apresentaram o resultado que ficou lindo”, comemora Sara. As ideias para estimular o desenvolvimento dos alunos vêm de dentro de casa. Sara é paraibana e, desde que recebeu o diagnóstico de TEA nível 2, sofreu perdas, inclusive a convivência com a mãe, que escolheu não lidar com as limitações da filha. Hoje, Sara é casada e mãe de três filhos, de 15, 13 e 8 anos, dois dos quais também já foram diagnosticados com TEA. “Eu sou uma mãe inclusiva, então desde que meu primeiro filho nasceu, há 15 anos, eu apresento o mundo de forma que brilhe os olhos dele. Eu quero que ele viva de forma prazerosa, então é natural, para mim, desenvolver projetos inclusivos. A gente não precisa de pena ou de dó, a gente precisa de espaço para se desenvolver”, pontua. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal

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Cras Samambaia tem atendimento especializado a famílias de pessoas com TEA

Visando garantir o acolhimento de públicos prioritários, o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Samambaia Sul promove atendimento especializado a famílias com crianças diagnosticadas com transtorno do espectro autista (TEA). A ação mais recente ocorreu das 8h às 15h do último sábado (20), promovendo serviços socioassistenciais a 41 famílias inscritas na instituição Você Nunca Andará Sozinho, também localizada na região. A escolha de focar nas famílias de pessoas com TEA foi motivada pelas dificuldades desse grupo em acessar serviços cotidianos | Foto: Divulgação/Sedes-DF Durante o atendimento no fim de semana, foram realizadas ações como atualização de Cadastro Único, inclusão no Programa Prato Cheio, atendimento especializado para a requisição de benefícios, além de fornecer informações sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC), Programa Bolsa Família (PBF) e tarifa social de energia elétrica. A equipe de servidores preparou um espaço específico para o acolhimento de crianças com TEA, com tatames, almofadas e brinquedos sensoriais, enquanto outra parte da equipe realizava os atendimentos. “É fundamental assegurar que todos os cidadãos, incluindo aqueles com necessidades específicas, tenham acesso pleno aos programas socioassistenciais. Acreditamos que, ao criar espaços acolhedores e adaptados, como o oferecido no Cras, estamos não apenas atendendo às demandas imediatas, mas também promovendo uma sociedade mais inclusiva e justa”, afirma a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. [Olho texto=”A demanda mais expressiva durante os atendimentos é a solicitação para entrada no programa Prato Cheio” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “Diferentemente de um mutirão tradicional, a iniciativa pode ser caracterizada como uma ação de inclusão para um público prioritário. O objetivo principal não é apenas a quantidade de atendimentos, mas a qualidade e eficácia do suporte oferecido às famílias”, informa a gerente e especialista em assistência social do Cras Samambaia Sul, Roberta Leite. A gestora explica que a escolha de focar nas famílias de pessoas com TEA foi motivada pelas dificuldades desse grupo em acessar serviços cotidianos. “Conversando com algumas mães, percebemos que as famílias têm desafios financeiros para custear transporte público e as características sensoriais das crianças, como sensibilidade a barulhos e multidões, podem tornar a visita à unidade uma experiência desafiadora. Além disso, a falta de familiaridade com rotinas fora do comum pode ser outro fator limitante”, explica Roberta. A demanda mais expressiva durante os atendimentos, conforme a servidora, é a solicitação para entrada no programa Prato Cheio. Em segundo lugar, a atualização do Cadastro Único. Sobre a previsão de novos atendimentos com esse público, a especialista afirma: “Com certeza teremos. A resposta das famílias foi muito positiva”. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF)

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Divulgado resultado das inscrições para novos estudantes na rede pública

A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) divulgou nesta quinta-feira (28) os resultados das inscrições para novos estudantes que buscam uma vaga na rede pública de ensino em 2024. Os resultados contemplam alunos dos diversos segmentos educacionais, incluindo ensino regular (educação infantil, ensino fundamental e médio), ensino especial (estudantes com deficiência, Transtorno do Espectro Autista – TEA, transtornos funcionais específicos e altas habilidades/superdotação), além da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Após a divulgação dos resultados, os estudantes selecionados deverão realizar as matrículas presencialmente na escola designada, no período de 3 a 10 de janeiro de 2024. Remanejamento Escolar Aqueles que solicitaram remanejamento, visando a mudança de uma escola pública para outra, devem verificar os resultados diretamente na escola em que o pedido foi efetuado. Após confirmar o remanejamento na unidade de ensino de 2023, o estudante ou seu responsável deve comparecer presencialmente na nova escola para efetuar a matrícula, no mesmo período de 3 a 10 de janeiro. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Vagas Remanescentes É importante destacar que a não confirmação da matrícula resultará na perda da vaga na escola indicada. Nesse caso, o estudante terá uma nova oportunidade somente quando forem disponibilizadas as vagas remanescentes, que ocorrem após o período regular de matrículas. A Secretaria de Educação reforça que os estudantes e/ou responsáveis devem estar atentos aos prazos estabelecidos, de forma a garantir o acesso à educação na rede pública do Distrito Federal. Veja aqui a relação de documentos necessários para efetivar a matrícula Apresentar a original e cópia de: • Documento de identificação (RG) – Certidão de Nascimento ou outro documento oficial com foto • CPF do estudante • Registro Geral (Carteira de Identidade ou CNH) do responsável legal pela matrícula do estudante • CPF do responsável legal pela matrícula do estudante • Declaração Provisória de Matrícula (Deprov) ou Histórico Escolar • Comprovante de residência e/ou do local de trabalho, conforme o local indicado no ato da inscrição • 2 (duas) fotografias 3 x 4 • Comprovante de tipagem sanguínea e fator RH, nos termos da Lei Distrital nº 4.379/2009 • Carteira de Vacinação, conforme Lei nº 6.345/2019 • Número do NIS – Número de Inscrição Social Número do NIS – Número de Inscrição Social (NIS) do responsável legal pela matrícula do estudante Documentos EJA Apresentar a original e cópia: • Documento de identidade (RG) • CPF do estudante • 2 (duas) fotografias 3 x 4 • Registro Geral (Carteira de Identidade ou CNH) do responsável legal pela matrícula do estudante quando for menor de 18 anos • Declaração Provisória de Matrícula (DEPROV) ou Histórico Escolar • Comprovante de residência ou do local de trabalho *Com informações da SES-DF

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Fonoaudiólogos têm papel fundamental na inserção social do indivíduo

Em acompanhamento com uma fonoaudióloga desde 2022, Gabriel José Gonçalves, 10 anos, recebeu uma boa notícia em novembro deste ano: a alta do tratamento. O jovem foi encaminhado ao Ambulatório de Linguagem Oral, Fala, Escrita e Fluência, da Policlínica de Ceilândia, para avaliar um possível diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), nível 1. Após diversos relatórios, a condição foi descartada. O trabalho no ambulatório de Linguagem da Policlínica de Ceilândia foi estruturado por meio de programas, com quatro fonoaudiólogas que realizam atendimentos individuais e coletivos | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Para a mãe de Gabriel, Dorcelina José Salgado, 42, o acompanhamento com a fonoaudióloga da Secretaria de Saúde (SES-DF) Renata Monteiro Teixeira foi fundamental para trazer melhorias ao filho. Ele apresentava problemas de audição desde bebê. “O trabalho da Renata foi feito com muita seriedade e zelo, com avaliações detalhadas durante todo o tempo. Por meio de relatórios feitos por ela, uma neurologista analisou e não percebeu nada que considerasse meu filho autista”, conta. Gabriel é agora paciente do Hospital da Criança [HCB] e busca pelo diagnóstico correto. Estrutura O trabalho realizado no ambulatório de Ceilândia conta com programas, nos quais quatro fonoaudiólogas ofertam atendimentos individuais e coletivos. Cada assistência possui um foco diferente: fala, leitura e escrita; atraso de fala; e orientações aos pais com crianças autistas. A atuação ofertada no local foi, inclusive, reconhecida em Portugal. [Olho texto=”“O papel do fonoaudiólogo permite essa inclusão no meio social de maneira plena, uma vez que a comunicação é a expressão da pessoa em si. É como ela pensa, age, como manifesta seus valores”” assinatura=”Ocânia da Costa Vale, referência técnica distrital em Fonoaudiologia ” esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com Teixeira, os atendimentos mais comuns são os de transtornos de fala, casos de autismo e dificuldades de leitura e de escrita. “No caso de transtornos de fala, a escola geralmente encaminha à Unidade Básica de Saúde [UBS]. E, por meio do médico da família e comunidade, a pessoa é direcionada a nós”, explica a fonoaudióloga. Foi por causa de um alerta da escola que Francisca das Chagas, 37, buscou um diagnóstico para Elias Nascimento, 15. Em acompanhamento há seis meses, o filho foi diagnosticado com distúrbio do processamento auditivo central (Dpac). Depois de algumas avaliações, Elias também recebeu o diagnóstico de TEA, grau 1, e foi encaminhado ao ambulatório para realizar o atendimento com a fonoaudióloga. “Ele é autista, tem Dpac, ansiedade e também está com suspeita de outras condições. Mas tenho percebido muitos avanços com o tratamento, acredito ser um ótimo trabalho”, elogia a mãe. A média de pacientes mantidos em atendimento no Ambulatório de Linguagem de Ceilândia é de 150 a 175 pessoas por semana. O quantitativo total do espaço chega a ser maior, já que os atendimentos são realizados por quatro fonoaudiólogos. Em 2022 houve, de forma geral, um aumento de 35% no número de procedimentos ambulatoriais de fonoaudiologia na rede pública do DF, se comparado ao ano anterior. Segundo dados do portal InfoSaúde, há 220 profissionais da especialidade distribuídos nos três níveis de atenção – Primário, Secundário e Terciário. Destes, 95 estão lotados em Núcleos de Saúde Funcional (Unidades Regionais de Saúde) e 18 em Gerências de Assistência Multidisciplinar (Unidades Distritais de Saúde). De acordo com dados do portal InfoSaúde, há 220 fonoaudiólogos nos três níveis de atenção – Primário, Secundário e Terciário | Foto: Ingrid Soares/Agência Saúde-DF Papel social De acordo com a referência técnica distrital (RTD) em Fonoaudiologia, Ocânia da Costa Vale, os serviços de fonoaudiologia ofertados na SES-DF compreendem as áreas de Abordagem da Voz, da Linguagem Oral, Fala, Leitura, Escrita e Fluência, da Disfagia Adulta e Pediátrica e da Audiologia. A atuação desses profissionais de saúde é, segundo a RTD, essencial para a inserção social do indivíduo. “O papel do fonoaudiólogo permite essa inclusão no meio social de maneira plena, uma vez que a comunicação é a expressão da pessoa em si. É como ela pensa, age, como manifesta seus valores”, detalha. Os fonoaudiólogos são ainda parte fundamental na progressão da via oral de alimentação em todos os ciclos da vida; no desenvolvimento da audição e da linguagem – promovendo a aprendizagem e as competências da fala, comunicação e escrita -; e na reabilitação da voz e da audição, garantindo a expressão e a inserção laboral e sociocultural. Data especial [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Dia do Fonoaudiólogo nasceu junto ao Decreto de Lei nº 6.965, de 9 de dezembro de 1981, que regulamenta a profissão no Brasil. A data é uma homenagem a esses profissionais, responsáveis pelo cuidado, estudo e prevenção de todas as doenças e distúrbios da linguagem humana, por meio da audição, fala e escrita. No DF, a rede pública oferta os seguintes serviços de fonoaudiologia: exames audiológicos; triagem neonatal auditiva (disponibilizada em todos os hospitais com maternidade da rede); avaliação, diagnose e assistência fonoaudiológica nas alterações da linguagem oral, fala, leitura, escrita e fluência; da deglutição; fissuras labiopalatais e da voz. As UBSs são a porta de entrada a essa assistência. Nelas, os fonoaudiólogos realizam monitoramento, triagem, avaliação, contrarreferência e referência. Os atendimentos específicos da área, contudo, são disponibilizados nas policlínicas (Ambulatórios de Saúde Funcional), ou ainda nas enfermarias pediátricas e adultas; em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatal, pediátrica e adulta; nas equipes multiprofissionais dos Bancos de Leite Humano; e no Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (Compp), no Adolescentro e nos Centros Especializados em Reabilitação. *Com informações da SES-DF

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Carteira de Identificação da Pessoa com Deficiência é lançada no DF

As dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência (PcD) são diversas e muitas vezes imperceptíveis ou ocultas. Vão de acessibilidade a vagas de emprego. Atento a essas necessidades, o Governo do Distrito Federal (GDF) lançou nesta terça-feira (28) a Carteira de Identificação da Pessoa com Deficiência e do Autista, beneficiando milhares de PcDs e pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). “A gente conseguiu fazer uma política pública transversal que cuida das pessoas com deficiência em todos os ambientes”, destacou o governador Ibaneis Rocha nesta terça (28), em evento no Palácio do Buriti | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Durante entrega simbólica, os deficientes e autistas receberam das mãos do chefe do Executivo o novo documento que os certifica como portadores de alguma deficiência e garante o acesso a benefícios do governo. O projeto de criar um RG específico para esse público foi pensado durante a transição para o segundo mandato de Ibaneis Rocha e concretizado durante cerimônia no Palácio do Buriti. No evento, houve também o lançamento da cartilha do autista — documento que reúne as principais informações e leis sobre o transtorno. “A gente conseguiu fazer uma política pública transversal que cuida das pessoas com deficiência em todos os ambientes. Nós buscamos fazer ações também na mobilidade para transformar o DF na cidade mais acessível do Brasil”, afirmou o governador Ibaneis Rocha. “Um dos nossos objetivos é levar informação, e daí a importância da cartilha do autista, responsável por trazer ainda mais inclusão no DF.” “A cada local que eu ia, tinha que mostrar um documento, laudo médico, para comprovar que sou deficiente. Essa carteira já facilita tudo”, diz Marcos Antônio do Espírito Santo | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O GDF, por meio da Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD), prevê a emissão de 40 mil carteiras de identificação da pessoa com deficiência em 2024, número suficiente para atender todas as pessoas cadastradas. Para tanto, vai investir de R$ 173,2 mil na confecção dos documentos. A identificação será confeccionada em PVC, um plástico flexível e resistente, e virá acompanhado de porta-crachá e cordão para que o portador possa pendurá-la ao pescoço. “Hoje, iniciamos uma entrega simbólica das primeiras carteiras, e emitiremos os documentos de forma itinerante, indo às cidades e nos aproximando da população deficiente”, afirmou o secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Santos. “Antes, a carteira era entregue em formato digital, mas entendemos que algumas pessoas têm dificuldade para acessar meio online e, por isso, lançamos a versão impressa.” Além de garantir mais comodidade às PcDs, a carteira é especialmente relevante para quem tem alguma deficiência não visível. O documento serve para comprovar o direito de usufruir de filas preferenciais, atendimentos prioritários em programas sociais e habitacionais do governo e meia-entrada na compra de ingressos para eventos. “Existem deficiências que são mais subjetivas; e, antes, a pessoa precisava ter em mãos o laudo médico para comprovar”, explicou Flávio Santos. “Portando a carteira de identificação, todos vão saber que essa PcD já passou por um processo rigoroso de análise clínica no qual foi atestado ser uma pessoa com deficiência. O documento comprova que aquele portador tem todos os direitos previstos em lei.” Para evitar gastos desnecessários, o governo tem entrado em contato com cadastrados no banco de dados (CadPcD) da Secretaria da Pessoa com Deficiência para verificar se há interesse na emissão física da carteira. A emissão das identidades será feita por ordem de cadastro – os primeiros que preencheram as informações no CadPcD serão os primeiros a receber o documento impresso. “Com a carteira de identificação, a gente consegue garantir que ele tenha os direitos dele concretizados”, disse Tayna Araújo, mãe de Enzo, diagnosticado com TEA | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O professor de educação física Marcos Antônio do Espírito Santo, 41, foi um dos 250 deficientes físicos que receberam a carteira de identificação no Palácio do Buriti. De acordo com ele, o documento traz mais segurança para garantir que seus direitos não sejam violados. “A cada local que eu ia, tinha que mostrar um documento, laudo médico, para comprovar que sou deficiente. Essa carteira já facilita tudo. Eu me sinto, agora, representado e mais seguro para sair. Não vou mais nem tirar do pescoço”, compartilhou o deficiente visual. Já a analista de compras Tayna Araújo, 36, é mãe do Enzo Vinicius Araújo, de 16 anos, diagnosticado com TEA. Para ela, o documento vai minimizar o preconceito das pessoas com o transtorno. “Nós já passamos por diversas situações de constrangimento em ônibus, mercados, shoppings. As pessoas veem o autismo como ‘birra’, mas não é. Com a carteira de identificação, a gente consegue garantir que ele tenha os direitos dele concretizados”, defendeu. Enzo, por sua vez, está empolgado para poder usar a carteira de identificação: “Vou colocar no pescoço todos os dias. Podem ter preconceito comigo, mas isso não importa. A carteirinha vai me ajudar nisso. Já sofri muito com atitudes ruins no colégio, ficava com medo de falar que sou autista. Mas agora vou usar a carteira para mostrar a minha força”. [Olho texto=”“Portando a carteira de identificação, todos vão saber que essa PcD já passou por um processo rigoroso de análise clínica no qual foi atestado ser uma pessoa com deficiência. O documento comprova que aquele portador tem todos os direitos previstos em lei”” assinatura=”Flávio Santos, secretário da Pessoa com Deficiência” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Governo acessível Nos últimos quatro anos, o GDF tem trabalhado para tornar o Distrito Federal cada vez mais acessível. Um dos grandes feitos foi a criação da Secretaria da Pessoa com Deficiência, em 2019. O DF é a segunda unidade da federação a contar com uma pasta exclusiva que busca ampliar e garantir o cumprimento dos direitos das pessoas com deficiência. Foi também durante esta gestão que houve a publicação da norma que garante invalidade em laudos médicos que atestem deficiência permanente. A lei foi aprovada em junho deste ano na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e evita a necessidade de renovação periódica dos laudos, além de facilitar a vida de pessoas com deficiência irreversível, que terão acesso a políticas públicas sem ter que enfrentar a exigência de documentos recentes. Além disso, as pessoas com deficiência têm prioridade nas políticas habitacionais desenvolvidas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab-DF). “Nós temos desenvolvido programas importantes para este público. A gente conseguiu superar todas as dificuldades, e agora estamos vivendo momentos mais avançados. Uma das conquistas são os programas habitacionais específicos para as pessoas com deficiência. Já avançamos bastante, mas ainda há muito o que fazer”, disse o chefe do Executivo. Depoimento Essa reportagem foi escrita pela repórter Thaís Miranda, da Agência Brasília, que tem o cadastro como PcD no Governo do Distrito Federal. No relato a seguir, ela fala sobre a carteira de identificação como uma importante ferramenta de visibilidade e de acesso aos direitos garantidos às pessoas com deficiência no Distrito Federal: “Identificar as dificuldades enfrentadas no dia a dia pelas pessoas com deficiência pode ser desafiador para quem não convive com nenhum tipo de limitação. Eu desconhecia as necessidades das PcDs até me tornar uma delas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Na prática, sou deficiente desde agosto de 2019, quando sofri um acidente de carro. Mas foi somente a partir de 2021 que entrei no processo de aceitação e me identifiquei como uma PcD. Tenho oito pinos na coluna, minha mobilidade foi afetada e, hoje, me reconheço como uma pessoa com limitações físicas. “O Cadastro da Pessoa com Deficiência foi o primeiro passo que dei. Me registrei no site da pasta, fornecendo informações pessoais e o laudo médico com detalhes das minhas limitações. Para aqueles que não têm acesso fácil à internet, o cadastramento pode ser feito presencialmente na Estação do Metrô da 112 Sul. Por lá, as equipes são capacitadas para auxiliarem na emissão da carteira de identificação e em qualquer outra demanda. “Graças ao CadPcD, instituído neste ano, os deficientes têm mais facilidade para serem contemplados com os programas desenvolvidos pelo GDF, como o DF Acessível. A pessoa cadastrada pode solicitar previamente um veículo para se deslocar até suas consultas médicas. O programa está disponível para o trajeto de ida e volta da residência até a clínica”.  

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Abordagem de pacientes do Transtorno do Espectro Autista é tema de palestra

Com o aumento gradativo do número de casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA), o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Saúde (SES), promoveu, na semana passada, um curso de capacitação focado na melhoria da abordagem a esse grupo de pacientes. Encerrada na sexta (10), a qualificação abordou maneiras de uniformizar as orientações da linha de cuidado do TEA e os principais equipamentos disponíveis na rede pública. [Olho texto=”“Nós fazemos a saúde no DF e vamos ser multiplicadores de informação. Os servidores vão sair daqui com um novo olhar sobre a linha de cuidado do TEA”” assinatura=”Juliana Queiroz, diretora de Serviços de Saúde da Atenção Secundária da SES” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os temas abordaram, principalmente, as características e as especificidades do paciente com o transtorno, o impacto da intervenção precoce e o papel da família, da escola e dos terapeutas. “Nós fazemos a saúde no DF e vamos ser multiplicadores de informação. Os servidores vão sair daqui com um novo olhar sobre a linha de cuidado do TEA”, declarou a diretora de Serviços de Saúde da Atenção Secundária, Juliana Queiroz. Em setembro de 2023, a linha de cuidado da saúde da pessoa com TEA foi aprovada pelo Conselho de Gestão da SES e publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). A iniciativa teve o intuito de definir pontos de atenção, competências e organizar os fluxos assistenciais que favorecem o acesso e a atenção integral à saúde desse público. De acordo com a referência técnica distrital de terapia ocupacional Lídia Isabel, um dos ganhos proporcionados pelo curso é a melhor orientação aos profissionais em relação aos serviços disponibilizados pela rede. “Nossas 400 vagas acabaram em 24 horas, e percebemos que essa era uma demanda de todos os níveis da saúde, da atenção primária à terciária”, afirmou. Cuidado [Numeralha titulo_grande=”13 mil” texto=”número estimado de pessoas com TEA no DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Estima-se que mais de 13 mil pessoas tenham o diagnóstico de TEA no DF. Para oferecer o suporte necessário a quem precisa, a rede de saúde dispõe de quatro centros especializados em reabilitação (CERs), cujo foco é o atendimento, o diagnóstico e o tratamento desse transtorno. Um deles, localizado no Hospital de Apoio (HAB), destaca-se no atendimento às famílias e crianças. Criado em 2016 para acolher pacientes com a síndrome congênita associada à infecção pelo vírus zika, o centro no HAB é referência na assistência e no tratamento de jovens de até 14 anos com TEA. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “O importante é que a criança seja diagnosticada o mais cedo possível, de preferência antes dos 4 anos, pois nessa faixa etária o tratamento multidisciplinar é crucial ao seu bom desenvolvimento”, lembrou a neuropediatra Denize Bonfim, que atua na unidade. O CER do HAB funciona às segundas, terças, quintas e sextas-feiras. Somente em 2022, foram registrados mais de 1,8 mil atendimentos no local. A cada semana, o centro recebe, em média, oito novas crianças para iniciar o tratamento. Acolhimento Danuzia Nunes Rosa inscreveu a neta para tratamento de fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional no Adolescentro | Foto: Michelle Horovits/ Agência Saúde Danuzia Nunes Rosa é avó da jovem Ana Clara Nunes, 17, atendida pelo Adolescentro. “O atendimento aqui é maravilhoso. A Clarinha tem TEA nível 2 e faz atendimento de tudo no centro: fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional. Sinceramente, não sei o que faríamos sem esse lugar. Ela teve um desenvolvimento muito bom com o acompanhamento correto”, contou. Presente à capacitação da SES, Danuzia apresentou o caso da neta aos servidores participantes. O ambulatório de saúde mental infantojuvenil Adolescentro funciona há 24 anos. A unidade atende o público de todo o DF e conta com equipe composta por pediatra, hebiatra (pediatra especialista em adolescência), psiquiatra, homeopata, ginecologista, neuropediatra, enfermeiro, técnico de enfermagem, psicólogo, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, assistente social, odontólogo e técnico de higiene dental. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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Menino cego e autista transforma os sons do metrô em notas musicais

Por volta de 8h30, Daniel chega à estação Asa Sul do Metrô-DF em companhia da mãe, Hedrienny Cardoso. Já ansioso pelo dia especial, sentado em um banco da plataforma, ele começa a ouvir os sons dos trens passando pelos trilhos, o abrir e fechar de portas e os apitos e avisos sonoros. Reconhece cada som como uma nota musical específica. Aos 11 anos, ele cria a própria sinfonia com um universo sonoro que, para muitos, não passa de barulho. Daniel nasceu cego, deficiência que foi revelada aos pais quando ele tinha 2 meses. Aos 3 anos, foi diagnosticado com autismo. Desde essa época, os pais perceberam uma incrível sensibilidade sonora no menino. As primeiras palavras eram sons entoados como canto. Dan, como é carinhosamente chamado, ganhou um teclado e passou a tocar “de ouvido”. Na época, ele morava em frente a uma das estações de Águas Claras. Ouvia o barulho do trem e ficava agitado. Passou a reproduzir as notas nos instrumentos. Passear de metrô é como se fosse um prêmio para Daniel | Fotos: Divulgação/Metrô-DF Hoje, ele toca piano, flauta transversal e escaleta. Tem ouvido absoluto, um fenômeno auditivo que se caracteriza pela habilidade de uma pessoa identificar ou recriar notas musicais, mesmo sem referências. A nota Fá é a preferida e ele a identifica quando os trens da série 1000 do Metrô fecham as portas. Já a nota Sol, ele relaciona aos trens da série 2000. No início, considerava esta um pouco incômoda. Hoje, já está mais habituado. Daniel cresceu aficionado pelo Metrô-DF. Seu desejo, ele mesmo conta, é ser piloto do metrô. A mãe entrou em contato com a companhia para realizar o sonho do filho de fazer uma viagem na cabine. “Esse é um momento muito especial para ele”, disse Hedrienny. A paixão é tanta que quando encontra a equipe da companhia escalada para acompanhá-lo nessa viagem, ele pergunta a cada um: “Em que estação você mora?”. Para ele, o universo das estações é familiar e ele gosta de saber de onde cada um vem. O piloto João Carlos Esteves se impressionou com o fato de Dan saber a ordem das estações e os avisos sonoros de cor Atualmente morando no Jardim Botânico, Daniel já não usa o metrô tão frequentemente, mas os pais encaram como um passeio e costumam levá-lo quando ele pede, como se fosse um prêmio. Nesta terça, ele pede para embarcar com destino a Samambaia. Quanto maior o percurso, melhor. Ao entrar na cabine do piloto de um trem da série 1000 (aquele que faz o som que ele mais gosta), Daniel se acomoda na cadeira, sorridente e animado. Ouve as instruções dos pilotos que seguem com ele nesta viagem. O trem estava fora de serviço e não levava passageiros, foi reservado para proporcionar a melhor e a mais tranquila experiência para Dan. João Carlos Esteves, piloto da primeira turma, com 20 anos na companhia e também instrutor, fica emocionado. “É muito gratificante quando as crianças vêm conhecer nosso trabalho, em especial alguém como Dan, que tem tanto fascínio pelo sistema”, diz. Hedrienny Cardoso se emocionou com a realização do filho: “Acho que hoje foi o dia mais feliz da vida dele” Ao longo do percurso, Daniel usa a buzina várias vezes e ele próprio entoa os avisos sonoros. Sabe de cor a ordem de todas as estações e as falas dos pilotos. Sabe de qual lado abrirão as portas quando o trem chegar em plataforma. “É impressionante. Nem nós, pilotos, decoramos tão rápido a ordem de todo o percurso”, conta Esteves. Cursando a 5ª série em uma escola particular, Daniel estuda com o auxílio de tecnologias assistivas, como leitores de tela e sistema Braille para comunicação escrita e gráfica. Tem dois irmãos mais novos, uma menina de 9 anos, também deficiente visual e com altas habilidades para comunicação, e um menino de 7 anos. Hedrienny faz questão de registrar a vida em família e as habilidades dos filhos em uma página no Instagram chamada @notasdadiversidade. Ali, há outras amostras da facilidade de Daniel em identificar qualquer tipo de som. Com mais de 90 mil seguidores, ele recebe sons de buzinas dos seguidores e identifica os tipos de carro. Também reproduz sons de passarinhos. Ao fim da viagem, visivelmente emocionada, Hedrienny disse: “Acho que hoje foi o dia mais feliz da vida dele”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Daniele Gomes Prandi, chefe do Núcleo de Desenvolvimento de Recursos Humanos, explica que o Metrô-DF provoca de fato uma curiosidade grande nas crianças. Por meio do projeto Educação dos Trilhos, a Companhia organiza visitas de escolas, com o intuito de explicar as regras de segurança no sistema. “Mas chegam alguns pedidos especiais pela nossa Ouvidoria, principalmente de crianças com autismo. Neste caso, preparamos em conjunto com a mãe para entendermos a condição da criança e organizarmos tudo para que eles se sintam confortáveis e seguros”, acrescenta Daniele. *Com informações do Metrô-DF

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Aberta consulta pública para projeto que atende autistas

O Programa Autonomia, inciativa da Secretaria da Família e Juventude do DF (SEFJ-DF) busca promover mais qualidade de vida e bem-estar a crianças, adolescentes e jovens que convivem com o diagnóstico de deficiência global no neurodesenvolvimento, ou sob investigação, no Transtorno do Espectro Autista (TEA). O documento conta com a participação da população na contribuição de ideias que aprimorem o seu formato, disponível no site da SEFJ. [Olho texto=”“Uma das principais razões pelas quais o Programa Autonomia é tão importante é porque ele se concentra no desenvolvimento das habilidades essenciais de vida e nas competências sociais das crianças autistas. Muitas vezes, essas crianças têm dificuldades em áreas como comunicação, interação social, habilidades motoras e adaptação a mudanças. O programa oferece um ambiente seguro e estruturado onde elas podem aprender e praticar essas habilidades de maneira progressiva e adaptada às necessidades individuais”” assinatura=”Rodrigo Delmasso, secretário da Família e Juventude” esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com a proposta da pasta, o Programa Autonomia é baseado no tripé terapia, paciente e família, oferecendo um acompanhamento especializado transdisciplinar integrado com terapias individuais e oficinas de grupo especializadas, de acordo com a necessidade de cada paciente determinada pelo plano terapêutico. O programa abrange as famílias dessas pessoas para maior autonomia na comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização dos recursos da comunidade, saúde, segurança, habilidades acadêmicas, lazer e geração de renda. Para o secretário Rodrigo Delmasso, a criação de um programa como o proposto é fundamental para o desenvolvimento das crianças autistas com o suporte conveniente aos desafios que enfrentam. “Uma das principais razões pelas quais o Programa Autonomia é tão importante é porque ele se concentra no desenvolvimento das habilidades essenciais de vida e nas competências sociais das crianças autistas. Muitas vezes, essas crianças têm dificuldades em áreas como comunicação, interação social, habilidades motoras e adaptação a mudanças. O programa oferece um ambiente seguro e estruturado onde elas podem aprender e praticar essas habilidades de maneira progressiva e adaptada às necessidades individuais”, destacou. Outro aspecto importante do Autonomia é a promoção da inclusão e da participação das crianças autistas na sociedade. O programa visa capacitá-las a se tornarem membros ativos de suas comunidades, com oportunidades iguais de educação, trabalho e envolvimento cívico. Ao fornecer suporte individualizado e estratégias adaptadas, o programa ajuda as crianças autistas a superarem barreiras e a aproveitarem ao máximo suas habilidades e talentos. Participe também da consulta pública sobre programa de Bolsas de Estudos, o DF Superior, para jovens de até 29 anos que estudaram na rede pública de ensino. Diagnóstico [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O diagnóstico de autismo deve ser feito por um médico por meio da avaliação do quadro clínico. Os primeiros indícios de autismo são apresentados por volta dos 18 meses. No entanto, o diagnóstico conclusivo ocorre a partir dos 30 meses de vida da criança. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais rápido poderá ser introduzida a ajuda especializada. Estudos com base na análise de históricos indicam que há estimativa de que, a cada 59 crianças, uma é afetada por alguma forma de autismo. Além disso, a síndrome manifesta-se de três a quatro vezes mais em meninos. No Brasil, dois manuais são utilizados para o diagnóstico. O CID-10 é adotado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele abrange todas as doenças, incluindo os transtornos mentais, e foi elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O DSM-5 abrange apenas os transtornos mentais e tem sido mais utilizado em pesquisas, segundo dados da Associação Brasileira de Autismo Comportamento e Intervenção (Abraci-DF). *Com informações da Secretaria da Família e Juventude do DF

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Pessoas com Transtorno do Espectro Autista ganham linha de cuidado

Um passo importante para ofertar assistência mais humanizada foi dado na Secretaria de Saúde (SES-DF). A Linha de Cuidado da Saúde da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi aprovada pelo conselho de gestão da pasta, com a deliberação publicada no Diário Oficial do DF desta quinta-feira (21). A iniciativa tem o intuito de definir pontos de atenção e competências e de organizar os fluxos assistenciais que favorecem o acesso e a atenção integral à saúde desse público. [Olho texto=”“O maior benefício é o entendimento para toda a rede de Saúde de que o cuidado é centrado no paciente. É esta a ideia central. As famílias, os cuidadores e as pessoas com TEA poderão compreender os fluxos assistenciais, as unidades e as competências de cada ponto de assistência”” assinatura=”Aline Couto, presidente do grupo de trabalho da Linha de Cuidado” esquerda_direita_centro=”direita”] Um dos ganhos proporcionados pela validação da linha é esclarecer a população em relação aos serviços disponibilizados. “O maior benefício é o entendimento para toda a rede de Saúde de que o cuidado é centrado no paciente. É esta a ideia central. As famílias, os cuidadores e as pessoas com TEA poderão compreender os fluxos assistenciais, as unidades e as competências de cada ponto de assistência”, pontua a presidente do grupo de trabalho da Linha de Cuidado, Aline Couto. A ação é uma das estratégias de organização da SES-DF para superar a fragmentação do cuidado. Além de estabelecer os planejamentos terapêuticos seguros nos níveis de atenção, a linha de cuidado agiliza a prestação de serviço, como afirma a terapeuta ocupacional do Adolescentro, Lídia Isabel. “Para nós que estamos na assistência, é fundamental conhecer a rede e saber para onde encaminhar. Com a aprovação da linha, é possível identificar rapidamente os dispositivos em todos os níveis de atenção e até diferenciar as particularidades de serviço que atendem a mesma faixa etária e no mesmo nível de atenção. Realmente ficou mais claro”, comenta. Aprovada pelo Conselho de Gestão da Secretaria de Saúde, a Linha de Cuidado da Saúde da Pessoa com TEA passou pelo aval de diferentes setores da rede, representantes da sociedade civil e por consulta pública | Foto: Matheus Oliveira/ Arquivo Agência Saúde-DF A servidora, que atende pessoas com sofrimento mental em decorrência do espectro autista, ainda complementa: “Para os usuários também é uma grande vitória, pois, assim, as próprias famílias também podem se informar e saber em quais pontos da rede procurar atendimento, de acordo com a idade e as necessidades de seu familiar com TEA.” Antes da aprovação pelo Colegiado de Gestão da SES-DF, um grupo de representantes de diferentes áreas da rede de saúde elaborou a linha de cuidados, após reuniões com representantes da sociedade civil. O texto ainda foi submetido à consulta pública, tendo recebido cerca de 85 contribuições, no período de um mês. O documento está em fase final de formatação e será publicado oficialmente assim que finalizado. A implementação será coordenada pelo grupo condutor da Rede da Pessoa com Deficiência e da Rede de Atenção Psicossocial da SES-DF. Orientação a quem precisa [Olho texto=”“As próprias famílias podem se informar e saber em quais pontos da rede procurar atendimento, de acordo com a idade e as necessidades de seu familiar com TEA”” assinatura=”Lídia Isabel, terapeuta ocupacional do Adolescentro” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Acompanhamento com terapeuta ocupacional, nutricionista, psicólogo e grupo de interação com outros adolescentes são os serviços que João David Lima, 16 anos, utiliza no Adolescentro. João David foi diagnosticado com o espectro autista em 2018. A mãe dele, Maria Rosa Lima, se recorda das dificuldades que teve e vê com bons olhos a aprovação do novo texto. “Quando peguei o diagnóstico dele, fiquei perdida, não sabia onde ir, onde tinha atendimento, quais os direitos que meu filho tinha. Então, acho que essa linha de cuidado, com mais informações, vai ajudar as pessoas, sim.” Os progressos do filho são perceptíveis. “Ele está mais tranquilo e calmo, hoje convive com os primos”, conta Maria Rosa. A moradora do Gama ainda elogia o atendimento do Adolescentro. “A equipe é muito boa, tem paciência e também orienta a família, auxilia em como podemos ajudar ele fora de casa.” Onde procurar assistência? [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Nos casos de suspeita do diagnóstico de TEA ou da necessidade de acompanhamento, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são o primeiro lugar a ser buscado. Ali, haverá atendimento e os encaminhamentos necessários para a atenção secundária e terciária. A avaliação, o tratamento e a intervenção terapêutica são proporcionadas de acordo com a demanda de cada paciente. Pessoas com TEA sem sofrimento mental ? Centros Especializados em Reabilitação (CERs): realizam diagnóstico, tratamento, concessão, adaptação e manutenção de tecnologia assistiva. São três: CER de Taguatinga, CER Hospital de Apoio e CER II Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (CEAL) ? Centro de Especialidades Médicas: ofertam atendimento de pediatria, genética, neuropediatria, neurologia quando necessário, sendo encaminhado pela UBS ? Ambulatórios de Saúde Funcional: contam com fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos; realizam atendimento em alterações de linguagem, comunicação, sociais, sensoriais, memória, acadêmicas e comportamentais ? Centro de Especialidades Odontológicas (CEOs): ofertam procedimentos em maior nível de complexidade e, quando preciso, os encaminhamentos são feitos pelas equipes das UBSs Pessoas com TEA com sofrimento mental moderado ? Atenção Especializada em Saúde Mental: equipe multiprofissional de Atenção Especializada em Saúde Mental/Unidades Ambulatoriais Especializadas, incluindo o Centro de Orientação Médico Psicopedagógica (COMPP) e Adolescentro, que realizam atendimento para crianças e adolescentes com transtornos mentais moderados, respectivamente Pessoas com TEA com sofrimento mental grave ? Atenção Especializada em Saúde Mental: Centros de Atenção Psicossocial (Caps) Pessoas com TEA em situação de violência ? Centro de Especialidades para a Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav): promove atendimento ambulatorial da Atenção Secundária à Saúde, composto por equipe multiprofissional, em que é oferecida assistência multiprofissional às crianças, adolescentes, adultos e idosos em situação de violência sexual, familiar e doméstica. É um serviço porta aberta, ou seja, o paciente pode procurar diretamente sem necessidade de encaminhamento. *Com informações da Secretaria de Saúde

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