Chegada das chuvas no DF exige mais cuidado no trânsito; veja recomendações
Com a chegada do período chuvoso no Distrito Federal, dirigir exige atenção redobrada. A baixa visibilidade, as pistas molhadas e o acúmulo de água e óleo em determinados trechos tornam o trânsito mais perigoso, exigindo cuidados especiais por parte dos condutores. Para o diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), Bruno Baruque, o início do período chuvoso eleva o risco de sinistros, especialmente quando associado a comportamentos imprudentes, como excesso de velocidade, uso do celular ao volante e a falta de atenção. Excesso de velocidade e chuva é uma combinação perigosa que pode aumentar o número de acidentes | Foto: Divulgação/Detran-DF Para ajudar a reduzir os riscos, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) recomenda algumas medidas de segurança. Confira mais orientações para evitar sinistros durante o período de chuvas: [LEIA_TAMBEM] Mantenha uma distância maior do veículo da frente, pois reduz o risco de colisão e evita acidentes caso necessite frear de forma brusca; Reduza a velocidade gradualmente para evitar colisão provocada por freadas bruscas e pista escorregadia; Pise no freio de forma gradual até chegar a uma velocidade adequada. Além disso, nunca dirija em alta velocidade; Não use os freios em caso de aquaplanagem. Mantenha a calma e o volante firme, tire o pé do acelerador, não pise no freio e não movimente o volante bruscamente até que os pneus voltem a ter contato com o solo e o controle do carro esteja novamente em suas mãos; Mantenha os faróis baixos ligados, pois aumenta a visibilidade do veículo e facilita a identificação de poças d’água e trechos alagados. Evite usar o farol alto, pois o reflexo da luz ofusca a visão dos demais motoristas; Acione o limpador de para-brisas e mantenha as borrachas das palhetas do limpador de para-brisa e os vidros limpos; Evite o embaçamento do vidro. Mantenha o ar-condicionado ligado e acione o desembaçador elétrico traseiro ou use o ventilador. Não passe a mão no vidro para desembaçar, pois isso piora a visibilidade; Trafegue com pneus em bom estado. Confira a qualidade dos pneus observando o índice de desgaste. Pneus lisos perdem a aderência com o solo, principalmente se a pista estiver molhada, dificultando a frenagem em segurança; Motociclistas devem evitar chuva forte. Se possível, espere em algum local seguro até que a chuva passe. É fundamental que o motociclista esteja bem equipado, utilizando capacete com viseira adequada ou óculos de proteção, capa de chuva, jaqueta com proteções, além de luvas e botas. Pedestres, façam travessias seguras. Devido à baixa visibilidade, há um risco maior de os condutores não perceberem a presença de pedestres. Por isso, é fundamental que, ao atravessar a rua, você dê sinais claros de sua intenção e só realize a travessia em locais seguros, preferencialmente nas faixas de pedestres. Onde não houver faixa, escolha pontos visíveis e aguarde até que seja seguro atravessar. *Com informações do Detran-DF
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Unidade de Queimados do Hran realiza mais de 3 mil atendimentos em 2024
Um fim de tarde mudaria a vida de Ricardo Amorim da Silva, 37. Em 2022, o produtor rural realizava mais um passeio de paramotor, até sofrer um acidente. Devido a uma peça com defeito de fábrica, trocada na revisão, o escapamento encostou no tanque de gasolina e entrou em chamas. O produtor rural Ricardo Amorim da Silva sofreu acidente enquanto passeava de paramotor em 2022. Ele teve 50% do corpo queimado | Foto: Arquivo Pessoal O corpo do morador de Formosa (GO) ficou 50% queimado. Foram 19 cirurgias e diversos “banhos” – procedimento feito com a pessoa sedada quando se limpam as feridas. O primeiro atendimento e a recuperação, que incluiu muitas sessões de fisioterapia, foram realizados no Hospital Regional de Asa Norte (Hran). “Quando aconteceu, fui logo medicado e, na mesma noite, fiz a primeira cirurgia. Tenho certeza de que a assistência rápida e de referência foi crucial para a minha sobrevivência”, declara. De acordo com dados da Unidade de Queimados do Hran, em 2024, já foram realizados 1.041 atendimentos no pronto-socorro; 2.026 no ambulatório e 202 cirurgias. No ano passado, foram quase 3 mil na emergência e 8,7 mil no ambulatório – os maiores números em seis anos. Ainda em 2023, 557 cirurgias ocorreram no hospital relacionadas a queimaduras graves. Na avaliação do chefe da unidade, Ricardo de Lauro, os números devem ser superados este ano. O local se destaca pela busca de tratamento completo, com equipe multidisciplinar, equipamentos de anestesia, sala de cirurgia própria, sala de curativos, espaço de fisioterapia e Farmácia Clínica. “Queimadura é um problema de saúde pública grave e expressivo. E é extremamente comum em uma população mais vulnerável, como idosos, crianças e pessoas em uma situação socioeconômica desfavorável” Ricardo de Lauro, Unidade de Queimados do Hran “O Hran oferece atendimento tanto ao queimado agudo como à pessoa que sofre pelas sequelas. É um tratamento integral, observando as muitas necessidades do paciente, desde a parte clínica, de fisioterapia e de nutrição, até o suporte psicológico e de assistência social”, explica o gestor. Acidentes mais comuns Segundo o especialista, historicamente, as causas mais habituais de queimaduras ocorrem pelo contato com líquidos quentes e chamas diretas. O local mais perigoso costuma ser a cozinha. De acordo com o Ministério da Saúde, são mais de um milhão de casos por ano, muitos resultando em óbitos. “Queimadura é um problema de saúde pública grave e expressivo. E é extremamente comum em uma população mais vulnerável, como idosos, crianças e pessoas em uma situação socioeconômica desfavorável”, avalia de Lauro. As causas mais comuns de queimaduras costumam ser contato com líquidos quentes e com chamas diretas. Festividades merecem atenção | Foto: Breno Esaki/Arquivo/Agência Saúde-DF No Hran, observa-se um aumento da quantidade de pacientes no auge da seca, entre agosto e setembro. No entanto, as festividades – como festas juninas – em geral também são motivo de atenção. “Em datas comemorativas, há uma combinação altamente inflamável: pessoas em locais limitados, com possível grau de embriaguez, presença de alimentos e bebidas quentes e situações ambientais que favorecem o surgimento de acidentes”, acrescenta o profissional. Como evitar? Nesta quinta-feira (6), é celebrado o Dia Nacional de Luta contra Queimaduras. Instituída pela Lei nº 12.026/2009, a data busca promover a ideia de que o melhor caminho é a prevenção. Entre os cuidados na cozinha, por exemplo, estão: assistência e vigilância constantes das crianças; lembrar de desligar fogão e forno, especialmente aqueles sem chamas; não trabalhar na cozinha com roupas inadequadas ou despido; prender os cabelos compridos ao cozinhar; não tentar apagar o fogo em panelas de fritura com água fria; não fritar alimentos molhados em gordura quente etc. O que fazer? Em casos de acidente, o primeiro passo é interromper o processo de queimadura com água limpa em abundância ou abafando o local. Em seguida, resfriar a região com água em temperatura ambiente ou fria por pelo menos 20 minutos – sem necessidade de ser gelada. Por fim, procurar imediatamente o serviço de saúde, podendo ser uma das 176 unidades básicas de saúde (UBS) ou o pronto-socorro dos hospitais regionais. A equipe irá avaliar as feridas, medicar a dor, fazer os curativos necessários e checar a vacinação antitetânica. *Com informações da SES-DF
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População deve ficar atenta ao surgimento de escorpiões no período chuvoso
Embora mais frequentes durante o período chuvoso, os escorpiões têm sido encontrados em diferentes épocas no Distrito Federal. O aumento da população de aracnídeos tem exposto mais pessoas aos animais, o que resultou no crescimento do registro de acidentes. Segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF), de janeiro a outubro de 2023, foram 2.360 casos identificados. No mesmo período, foram registrados 2.262 chamados da população para captura dos peçonhentos. “Nos últimos anos, nós temos visto um aumento importante na quantidade de acidentes causados por escorpiões no Distrito Federal. Vários fatores podem explicar essa situação, entre eles o crescimento desordenado das cidades e a ocupação irregular do solo”, afirma o biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) da SES-DF, Israel Martins. “Isso acaba formando mais esconderijos e oferecendo mais alimentos para os escorpiões”, acrescenta. De janeiro a outubro de 2023, foram 2.360 registros de acidentes com escorpião no DF | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília De acordo com o boletim, as regiões administrativas com mais ocorrências de acidentes com escorpiões no DF são Planaltina, Ceilândia, Samambaia e São Sebastião. Nesses locais os cuidados devem ser redobrados. Onde buscar ajuda [Olho texto=”“Nos últimos anos nós temos visto um aumento importante na quantidade de acidentes causados por escorpiões no Distrito Federal. Vários fatores podem explicar essa situação, entre eles o crescimento desordenado das cidades e a ocupação irregular do solo”” assinatura=”Israel Martins, biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) da SES-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Na capital federal são encontrados três tipos de aracnídeos: amarelo, de patas rajadas e preto. O primeiro é o mais comum na área urbana e costuma ser o maior causador dos acidentes, enquanto os demais estão mais presentes em localidades rurais. Ao encontrar um escorpião, a pessoa deve ligar para a ouvidoria da Secretaria de Saúde pelo número 160. Uma equipe será enviada para capturar o animal. No caso de picada, a rápida resposta ao acidente é o principal aliado contra possíveis sequelas e até óbitos. O local deve ser lavado com água e sabão e o paciente deve procurar atendimento médico o quanto antes, se possível com o animal causador do acidente. Em caso de emergência, a pessoa pode chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (192) ou o Corpo de Bombeiros (193). O DF conta com 11 unidades de saúde com o soro antiveneno disponível. São elas: Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), na Asa Sul, Hospital Regional de Guará (HRGu), Hospital Regional de Brazlândia, Hospital da Região Leste, no Paranoá, Hospital Regional de Ceilândia (HRC), Hospital Regional do Gama (HRG), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Hospital Regional de Planaltina (HRP), Hospital Regional de Sobradinho (HRS), Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Prevenção As regiões administrativas com mais ocorrências de acidentes com escorpiões são Planaltina, Ceilândia, Samambaia e São Sebastião | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Sem inseticidas eficazes para controlar os animais no perímetro urbano, a melhor forma é adotar cuidados para prevenir as ocorrências, eliminando condições favoráveis de acesso, abrigo e alimentação dos animais peçonhentos. “Há, ainda, a necessidade de adotarmos medidas que impeçam a entrada do animal no interior da casa”, revela Martins. Evitar o acúmulo de lixo, entulho e materiais de construção junto às habitações é um dos métodos de precaução. É recomendado que móveis, cortinas, quadros, cantos de parede, terrenos baldios próximo das residências, jardins, quintais e celeiros sejam regularmente limpos. Também é sugerido que plantas trepadeiras sejam evitadas. Tudo isso pode servir de refúgio para os aracnídeos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés nas residências devem ser vedados. Calçados, roupas, toalhas, panos e tapetes devem ser inspecionados antes de utilizados para que possa ser verificada a presença ou não dos bichos. Outra preocupação é com a presença de roedores e insetos, principalmente baratas. Os animais servem de alimento para os escorpiões. As ações devem ser feitas pela população, mas a Secretaria de Saúde também é responsável por inspeções domiciliares a partir da identificação de áreas infestadas e das demandas da população. Locais em vulnerabilidade também são verificados pela Dival.
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Simulação de acidente no Túnel Rei Pelé mobilizará dez órgãos do GDF
Obra viária de grande complexidade, o Túnel Rei Pelé, em Taguatinga, passará pelo primeiro exercício simulado de acidente de trânsito neste domingo (9). O objetivo é preparar as forças de segurança pública e viária e os serviços de atendimento médico para eventuais ocorrências graves. Serão mobilizados dez órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), com a participação estimada de cerca de 40 pessoas e mais de dez viaturas. [Olho texto=”“Essa será uma simulação de um acidente grave, e, em casos assim, teremos que fazer o isolamento dos dois túneis. Um túnel serve de apoio, como escape para as pessoas que poderiam ficar presas no trânsito e para uma necessidade emergencial de ter que evadir pessoas a pé”” assinatura=”Tenente-coronel André Gustavo, gerente de Planejamento da Subsecretaria de Operações Integradas (Sopi) da SSP” esquerda_direita_centro=”direita”] Estarão presentes representantes da Secretaria de Segurança Pública (SSP), da Polícia Militar (PMDF), do Corpo de Bombeiros (CBMDF), da Polícia Civil (PCDF), do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), do Departamento de Trânsito (Detran), do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), da Secretaria de Obras e Infraestrutura (Sinesp), da Administração Regional de Taguatinga e da Neoenergia. Durante aproximadamente duas horas, os órgãos atuarão na ocorrência simulada no Túnel Norte – que liga a EPTG à Elmo Serejo no sentido Plano Piloto/Ceilândia -, onde será montado um acidente envolvendo dois automóveis e uma motocicleta, com cinco vítimas, sendo duas graves: uma presa a um dos veículos e outra na moto. Para a execução do simulado, as duas passagens do túnel ficarão interditadas no dia, a partir das 15h. Para a execução do exercício simulado, será montado um acidente envolvendo dois automóveis e uma motocicleta, com cinco vítimas, sendo duas graves | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília “Essa será uma simulação de um acidente grave, e, em casos assim, teremos que fazer o isolamento dos dois túneis. Um túnel serve de apoio, como escape para as pessoas que poderiam ficar presas no trânsito e para uma necessidade emergencial de ter que evadir pessoas a pé”, explica o gerente de planejamento da Subsecretaria de Operações Integradas (Sopi) da SSP, tenente-coronel André Gustavo. [Olho texto=”“Vamos avaliar o tempo que se leva para fechar o túnel e isolar. O tempo que o Corpo de Bombeiros e o Samu demoram para chegar, qual é a rota preferencial, tudo isso vai ser ensaiado nesta simulação e depois analisado pelas equipes envolvidas”” assinatura=”Estevão Gonçalo, chefe do Núcleo de Operações de Trânsito do DER” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Aproximação da realidade A ação será acionada e coordenada pelo Centro de Controle de Operações (CCO). Assim que o acidente for visualizado pelos operadores das câmeras, as viaturas do Detran, DER e Polícia Militar serão imediatamente acionadas para fechar o acesso ao túnel e isolar o local do acidente. A próxima etapa consiste no acionamento e na chegada do Corpo de Bombeiros e do Samu para as ações imediatas de resgate. Após o salvamento e a retirada das vítimas e dos veículos do local, o túnel será reaberto. O chefe do Núcleo de Operações de Trânsito do DER, Estevão Gonçalo, explica que serão feitos vários testes de atendimento e tempo de resposta desde o momento do acionamento até o final do atendimento das vítimas no local. “Vamos avaliar o tempo que se leva para fechar o túnel e isolar, o tempo que o Corpo de Bombeiros e o Samu demoram para chegar, qual é a rota preferencial. Tudo isso vai ser ensaiado nesta simulação e depois analisado pelas equipes envolvidas”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Apesar de ser realizada no domingo, a simulação deve causar algum pequeno transtorno nas proximidades da região, o que acaba sendo necessário para o exercício poder se aproximar de uma ocorrência real. “É importante que exista um trânsito inviabilizando o acesso ao túnel para que as forças avaliem como chegarão ao local do acidente. Houve a preocupação de gerar o menor transtorno possível, mas é necessário termos um trânsito marginal para imaginarmos como seria o deslocamento de entrada e saída”, revela o tenente-coronel. Esta será apenas a primeira simulação neste formato no Túnel Rei Pelé. Outras experiências serão feitas para que sejam encenadas situações diferentes, como um incêndio. “É importantíssimo que o exercício simulado seja feito para que, numa situação real, os órgãos já estejam alinhados”, conta o tenente-coronel André Gustavo. O trabalho servirá ainda para demonstrar como as particularidades do projeto de engenharia da obra são importantes em casos emergenciais. “O túnel tem diversos dispositivos de emergência que facilitam o atendimento das forças, como a questão dos túneis serem distintos e conectados apenas por portas de emergência, além de toda a tecnologia empregada na sala de comando, que obviamente facilitará muito a nossa atuação”, define.
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Aumentam ações de combate ao uso do celular ao volante
Dados da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) apontam que o número de multas por dirigir usando o celular já está acima dos 24 mil só neste ano. Além disso, em janeiro e fevereiro de 2023 foram 16.254 registros, superando o total do mesmo período do ano anterior (16.024). Isso significa um aumento de 3% em relação ao ano passado. Nem mesmo parado no semáforo o motorista pode usar o celular. A atitude de muitos está vinculada à “interrupção de marcha”, com multa vinculada | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Mais dados mostram um número bastante alto para um curto período: somente entre 17 e 23 de abril, 1.168 motoristas foram flagrados pela PMDF fazendo uso do celular ao volante. O delito rende sete pontos na carteira e uma multa de R$ 293,47. Isso quando a distração do motorista na tela não rende um acidente e outros riscos no trânsito. [Olho texto=”“É igualmente uma irresponsabilidade, porque a pessoa que mexe no celular toma essa decisão. Quando entrar no veículo, se separe do celular. Mais urgente que uma mensagem ou ligação é a sua integridade física”” assinatura=”Edvã de Oliveira Souza, coronel da PMDF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com o coronel Edvã de Oliveira Sousa, do Comando de Policiamento de Trânsito da PMDF, é comum ter acidentes sem marcas de frenagem na via. “São pessoas que nem sequer perceberam o que estava acontecendo. Não veem mudança de direção dos veículos, ciclistas, motos… Isso coloca em risco tanto a vida deles quanto a de quem está ao redor”, destaca. Segundo o coronel, não é permitido utilizar o celular nem mesmo parado no semáforo, pois a situação é caracterizada como interrupção de marcha. O ato já está vinculado a multa pois, de acordo com o policial, a abordagem de orientar já é feita nos programas educativos. Educação no trânsito A parte educativa é feita pelo Departamento de Trânsito do DF (Detran), com campanhas educativas, abordagem de condutores nas vias, publicidade e trabalhos em escolas. De acordo com o coordenador de Policiamento de Trânsito, Wesley Cavalcante, a fiscalização é frequente, com viaturas em pontos estratégicos. O agente ressalta o perigo da prática irregular, visto que há registros de acidentes com vítima fatal pelo uso do celular ao volante no DF. “O tempo de reação aumenta, o tempo de frenagem também. Os números, que já eram altos, aumentaram muito, quase 90 mil infrações no ano passado”, destaca. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Na PMDF, o grupo Guardião do Trânsito também trabalha a conscientização de estudantes junto aos pais. Em 2022, o programa atendeu 72 mil alunos de escolas públicas. “O objetivo é formar cidadãos melhores. Estamos vindo fortes com a fiscalização, para que a pessoa sinta no bolso e não na retirada da vida de alguém ou dela mesma por causa de uma ligação ou mensagem que pode esperar”, ressalta Edvã. Ele afirma que, por semana, são entre 1.400 e 1.600 notificações após avistarem condutores mexendo no celular. O coronel da PM e o agente do Detran afirmam que é uma prática comparável a dirigir alcoolizado. “É igualmente uma irresponsabilidade, porque a pessoa que mexe no celular toma essa decisão. Quando entrar no veículo, se separe do celular. Mais urgente que uma mensagem ou ligação é a sua integridade física”, completa o policial militar.
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Maio Amarelo termina com resultado positivo nas rodovias distritais
Foto: Renato Araújo/Agência Brasília O Movimento Maio Amarelo, realizado durante todo o mês com o objetivo de conscientizar a população sobre os alarmantes números de acidentes com mortes no trânsito, teve um saldo positivo neste ano. Em comparação ao mesmo período de 2018, as estatísticas apresentaram uma redução de 14 para 10 mortes em acidentes fatais nas rodovias distritais. Durante todo o mês, por iniciativa do DER/DF, diversos monumentos de Brasília foram iluminados pela cor amarela, em apoio ao Movimento Maio Amarelo. As principais causas de morte no trânsito são o consumo de álcool, excesso de velocidade e o uso de celular ao volante. Uma pesquisa recente realizada pelo Observatório Nacional de Segurança Viária demonstrou que, no Brasil, ao contrário de outros países, como China, Alemanha e Austrália, é maior o risco de ser vítima de trânsito do que de homicídio ou câncer. Com o objetivo de reduzir as estatísticas, durante todo o ano, o DER/DF trabalha com campanhas educativas de trânsito. No mês de maio, por razão do movimento mundial, a Diretoria de Educação de Trânsito do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER/DF) intensifica as ações e só neste ano realizou 53 atividades. Dessas, 13 foram ações para o público em geral em diversas regiões administrativas, 24 blitzes em rodovias e vias do DF e 16 palestras em escolas de ensino médio, faculdades, institutos federais, órgãos e empresas. Também foram promovidos passeios ciclístico e motociclístico e uma caminhada pela paz. Em média, 42 mil pessoas foram abordadas diretamente e orientadas sobre educação no trânsito. “Atingimos o objetivo, apesar de ainda estar muito longe do ideal; mas, educando a nossa população sobre como todos participam do trânsito, ainda que [nem todos] não sejam motoristas, conseguiremos a cada ano reduzir as estatísticas”, destacou o diretor-geral do DER/DF, Fauzi Nacfur Junior. Em torno de 300 mil pessoas foram contempladas indiretamente, por meio de 16 mídias espontâneas em rádio, TV e jornais impressos e on-line. A diretora de Educação de Trânsito do DER/DF, Jucianne Nogueira, comemorou o destaque que o movimento recebeu pelas diferentes mídias. “O apoio da imprensa nesta campanha é essencial para que possamos atingir um número maior de pessoas, às quais muitas vezes não conseguimos ter acesso na abordagem pessoal”.
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