GDF impulsiona crédito agrícola com investimento de R$ 8 milhões
Aos 22 anos, Danilo Matsumoto decidiu investir em galinhas poedeiras. Morador de Samambaia, ele nasceu e cresceu na chácara da família — um terreno de cinco hectares onde os pais sempre plantaram hortaliças. “Antes eu trabalhava com quiabo, mas queria investir em algo que me permitisse crescer mais. Por isso, decidi produzir ovos caipiras. Hoje, tem 600 galinhas poedeiras com 50 dias de vida que devem começar a produzir ovos com quatro meses. A expectativa é chegar a 500 ovos por dia”, conta o produtor rural. "Com o Prospera, o crédito se transforma em oportunidade. O programa impulsiona a produção, fortalece a independência dos produtores rurais e estimula um ciclo de crescimento que aquece a economia local e leva mais qualidade de vida ao campo" Thales Mendes, secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda Com o apoio técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), Danilo teve acesso ao programa Prospera, linha de crédito da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF) voltada a produtores familiares. “Com o Prospera, o crédito se transforma em oportunidade. O programa impulsiona a produção, fortalece a independência dos produtores rurais e estimula um ciclo de crescimento que aquece a economia local e leva mais qualidade de vida ao campo”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Thales Mendes. O jovem produtor foi beneficiado pelo programa e já sente na prática os resultados desse apoio. “Procurei o crédito rural porque não tinha a quantia [de dinheiro] suficiente. Com o dinheiro que tinha guardado, consegui apenas montar o galpão e comprar comedouros. Por ser produtor rural, consegui um financiamento com juros mais baixos. O valor do crédito cobre os gastos até as galinhas começarem a produzir. Sem isso, não conseguiria manter a qualidade que preciso”, explica o jovem. Danilo Matsumoto: "O valor do crédito cobre os gastos até as galinhas começarem a produzir. Sem isso, não conseguiria manter a qualidade que preciso" | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Histórias como a de Danilo mostram como o crédito rural impulsiona a vida de produtores familiares. De janeiro a outubro deste ano, o Governo do Distrito Federal (GDF) contratou R$ 8 milhões em crédito agrícola, com 143 projetos aprovados que fortalecem a produção em várias regiões. Desde 2019, já são R$ 63 milhões em 1.180 projetos orientados para o desenvolvimento da agricultura local. “Nós trabalhamos com diferentes linhas e bancos — BRB e outras instituições financeiras. O produtor escolhe a melhor opção com orientação técnica. Somos correspondentes bancários, então é como se o banco estivesse dentro do escritório da Emater”, detalha o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. A Emater oferece linhas de financiamento em instituições financeiras, além de manter equipes em 15 escritórios rurais para atender aos produtores | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Segundo Duval, o primeiro passo para o produtor rural acessar o crédito é procurar um dos 15 escritórios da Emater espalhados pelas áreas rurais do DF. “Lá, ele encontra uma equipe completa, com agrônomos, veterinários e zootecnistas prontos para orientar. O técnico vai até a propriedade, avalia a atividade e indica a melhor linha de financiamento conforme a necessidade — seja para irrigação, energia solar, estufas, embalagens ou novos equipamentos”, explica. Além dos financiamentos federais, há também linhas locais. “O DF possui instrumentos próprios, como o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), e o Prospera, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedes-DF). São créditos rápidos e acessíveis, que podem chegar a R$ 150 mil, com juros baixos. O Prospera, por exemplo, é ideal para pequenos investimentos, como uma irrigação, um equipamento ou uma pequena estufa”, aponta Duval. Apoio completo ao produtor Para ter acesso ao crédito, o produtor precisa cumprir alguns requisitos, entre eles a regularização ambiental e cadastral Para ter acesso ao crédito, o produtor precisa cumprir alguns requisitos, entre eles a regularização ambiental e cadastral. “Não é só questão fiscal. O banco e a Emater também olham o lado ambiental. Se for um financiamento para irrigação, precisa da outorga de uso da água. Para determinadas atividades, é exigido o licenciamento simplificado, o DCAA, que a própria Emater ajuda a providenciar junto à Seagri”, afirma o presidente. Duval lembra que, além da assessoria técnica, a Emater oferece capacitações de gestão e empreendedorismo. “Temos o curso Empreender e Inovar, que ensina o produtor a separar os gastos familiares dos custos da atividade e a pensar o negócio com eficiência. Às vezes, ele descobre que pode economizar implantando uma irrigação mais eficiente, um sistema fotovoltaico ou uma embalagem melhor. Tudo isso é inovação — e sem inovação não há avanço na produção”, diz. Ciclo completo: crédito, produção e venda O presidente explica que o crédito rural está ligado a outros instrumentos de fortalecimento da agricultura familiar, como as compras governamentais. “O GDF é um grande comprador da agricultura familiar. A Secretaria de Educação, por exemplo, adquire alimentos para a merenda escolar pelo PNAE e pelo Papa. Então o produtor pega o crédito para investir, melhora a produção e já tem a quem vender. É um ciclo que garante renda e escoamento”, ressalta. Outro ponto destacado é o apoio à comercialização. “Há produtores que vendem em feiras, outros para restaurantes. Criamos até um aplicativo que funciona como uma vitrine virtual, conectando produtores e compradores. É uma espécie de ‘páginas amarelas’ da agricultura do DF. O restaurante, por exemplo, pode procurar ‘tomate’ e encontrar quem produz mais perto dele. Hoje, cerca de 400 produtores já estão cadastrados”, conta Duval. Transformação no campo Miguel Simões Oliveira contou com o apoio da Emater para a instalação de painéis solares e túnel de cultivo protegido na propriedade dele | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Para o produtor Miguel Simões Oliveira, da região de Ponte Alta, no Gama, o crédito rural foi decisivo para a modernização da propriedade. Com o apoio da Emater, ele contratou financiamentos para a instalação de painéis solares e túnel de cultivo protegido, reduzindo custos e aumentando a produtividade. “Com a energia solar, minha conta caiu de R$ 1.700 para cerca de R$ 44. Mesmo pagando o financiamento, ainda fico no lucro”, relata. A esposa de Miguel, Natalina Monteiro da Silva, reforça o papel da assistência técnica. “A Emater ajuda muito, orienta e acompanha. Foi com o trabalho no campo que conseguimos criar os filhos e formar um deles, que hoje é médico-veterinário”, conta. Extensão rural e segurança alimentar [LEIA_TAMBEM]Cleison Duval também destaca o papel da extensão rural na segurança alimentar e no fortalecimento da agricultura familiar. “A Emater existe em todos os estados do país com essa missão honrosa: servir aos agricultores e garantir a segurança alimentar da população. É um trabalho feito com propósito, com amor e compromisso. Nossa meta é fazer da área rural do DF o melhor lugar para se viver”, afirma. Segundo ele, o trabalho da empresa hoje se baseia em quatro dimensões: social, ambiental, econômica e de inovação tecnológica. “O Distrito Federal é campeão em produtividade de grãos e hortaliças porque utiliza tecnologia de ponta. Sem inovação, não há avanço. Por isso, a Emater atua desde a porteira para dentro — na produção — até a porteira para fora, ajudando na comercialização”, resume o presidente.
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Safra de soja no DF tem expectativa de R$ 1 bilhão em renda
Nesta quarta-feira (5), o governador Ibaneis Rocha participou da abertura oficial do Plantio da Soja — Safra 2025/2026, evento que marca o início simbólico da plantação no Distrito Federal. A cerimônia reuniu dezenas de produtores rurais, lideranças do agronegócio e convidados, focando a importância da cultura da soja para o desenvolvimento econômico, social e ambiental da região. Mais de mil produtores cultivam a soja em aproximadamente 600 propriedades cadastradas no DF | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília Atualmente, 1.031 produtores cultivam o grão em cerca de 600 propriedades cadastradas no Sistema de Informações em Defesa Agropecuária do Distrito Federal (Siagro DF). A cadeia da soja movimenta cerca de R$ 775 milhões por ano no DF e atende tanto ao mercado interno quanto ao externo. “Estamos muito otimistas com o aumento da área plantada e com o desempenho desta safra” Governador Ibaneis Rocha Segundo o governador Ibaneis Rocha, o Distrito Federal tem se destacado nacionalmente na produção de soja, especialmente pela qualidade das sementes cultivadas na região. “Mais de 40% do que é colhido aqui são sementes preparadas para outros produtores”, enumerou. “Vendemos para estados como Mato Grosso e oeste da Bahia, o que garante maior rentabilidade ao nosso agricultor”. O chefe do Executivo ressaltou que o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) e da Emater-DF, tem oferecido todo apoio e infraestrutura necessários para fortalecer o setor. “A expectativa de renda com a soja neste ano é de cerca de R$ 1 bilhão, o que mostra a força e a produtividade do nosso agro”, apontou. “Estamos muito otimistas com o aumento da área plantada e com o desempenho desta safra”. Apoio a agricultores O governador destacou ainda o bom relacionamento com os produtores rurais e o compromisso do governo em apoiar tanto grandes quanto pequenos agricultores: “Temos trabalhado desde o incentivo às hortaliças e à cultura do mirtilo, que aumentou a renda das famílias, até o fortalecimento da bacia leiteira e da cadeia do vinho, que tem sido um grande sucesso. O ecoturismo também cresce muito nessa região, atraindo visitantes e diversificando a economia rural”. “Nossos produtos estão atravessando oceanos e levando o nome do Distrito Federal a novos mercados” Rafael Bueno, secretário da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural As perspectivas para a safra 2025/2026 são positivas, com crescimento de 2% na área cultivada, que deve alcançar 90,2 mil hectares, e produção estimada em 331 mil toneladas de grãos, durante o período de plantio que abrange o fim de outubro e o início de novembro. As regiões de Pipiripau, Planaltina, Rio Preto, São Sebastião, Sobradinho e PAD/DF, segundo a Emater-DF, se destacam pela alta produtividade e pela adoção de boas práticas agrícolas, o que reforça o papel estratégico do DF no agronegócio nacional. Segundo o titular da Seagri-DF, Rafael Bueno, a sojicultura do DF tem se beneficiado especialmente do programa ProRural, que concede incentivos fiscais, como redução de ICMS e taxas de licenciamento ambiental. “Esse apoio dá competitividade ao produtor do DF, que consegue comercializar a soja com vantagens em relação a regiões do entorno, atraindo compradores e fortalecendo a economia rural”, explicou. Investimentos “Realizamos competições de variedades em parceria com os agricultores, sempre em busca das melhores opções de sementes e dos lançamentos mais promissores” Cleison Duval, presidente da Emater-DF Ele atribuiu esse bom desempenho à combinação de altitude favorável, controle fitossanitário e investimento em tecnologia. “A Defesa Agropecuária do DF tem atuado com eficiência no combate à ferrugem asiática, e isso tem estimulado a produção de sementes”, especificou. “Hoje, cerca de 40% da soja produzida no DF é destinada à produção de sementes, que possuem valor agregado superior. Fornecemos sementes para estados como Mato Grosso, Bahia e Goiás, e até exportamos”. O secretário também lembrou que o Paquistão é o principal destino internacional da soja produzida no DF, o que demonstra o alcance da produção local. “Mesmo sem um volume tão grande quanto o de outros estados, o DF exporta soja de alta qualidade”, enfatizou. “Nossos produtos estão atravessando oceanos e levando o nome do Distrito Federal a novos mercados”. Na safra anterior (2024/2025), o DF registrou 88,4 mil hectares plantados, com produção total de 339,2 mil toneladas, o que representa um aumento de 13,4%. Ainda no ano anterior, o segmento representou 36,53% de participação na produção agrícola total do DF e 45,83% da participação na área agrícola. Apoio técnico Entre as políticas públicas e incentivos oferecidos para o produtor de grandes culturas pela Emater-DF estão o crédito rural e o acompanhamento feito pelo corpo técnico, além de capacitações oferecidas durante todo ano em diversas áreas. Segundo o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, os técnicos da empresa acompanham os produtores rurais ao longo de todo o ano, oferecendo suporte em diversas etapas do cultivo. “Realizamos competições de variedades em parceria com os agricultores, sempre em busca das melhores opções de sementes e dos lançamentos mais promissores”, exemplificou. “Também orientamos sobre as práticas ideais de plantio e o ajuste das colheitadeiras, que é um processo técnico e essencial para garantir bons resultados”. Ronaldo Triacca, produtor de grãos e de uvas: “O Distrito Federal tem algumas das maiores médias de produtividade de grãos do país, o que movimenta a economia e gera empregos” Esse trabalho, lembrou Duval, envolve ainda o monitoramento hídrico, com orientações sobre o uso adequado da água em períodos de estiagem e o acompanhamento da umidade do solo. “É um conjunto de ações de apoio contínuo, que inclui também o controle de doenças e o manejo adequado das lavouras”, ilustrou. “Estamos sempre próximos dos produtores, oferecendo assistência técnica em todas as fases da safra”. O produtor rural Ronaldo Triacca, que cultiva grãos e uvas para a produção de vinhos finos com os irmãos, avalia que a safra deste ano deve ser positiva. “A expectativa é muito boa, porque a chuva chegou na hora certa”, afirmou. Segundo ele, o apoio da Seagri-DF e da Emater tem sido constante desde o início do PAD-DF, o que garante segurança e condições favoráveis para o trabalho no campo. Triacca lembrou que parte da produção de grãos é destinada à Coopa-DF, enquanto os vinhos são comercializados por meio do enoturismo na propriedade e em restaurantes renomados de Brasília. “O Distrito Federal tem algumas das maiores médias de produtividade de grãos do país, o que movimenta a economia e gera empregos”, observou. Para ele, o clima local favorece a diversidade de culturas e o desenvolvimento de diferentes atividades agrícolas. Produtividade comparada [LEIA_TAMBEM]A produtividade média da soja no DF é superior à registrada em outros estados produtores. No ciclo 2020/21, a média distrital foi de 3.743,6 kg/ha, enquanto a média nacional foi de aproximadamente 3.497 kg/ha, e Mato Grosso, maior produtor do país, registrou 3.448 kg/ha na mesma safra. A produção de grãos e cereais no DF bateu um recorde histórico, atingindo a marca de 1.042.328,09 de toneladas em 2024, um salto de 9,32% em relação às 953.498 toneladas da safra do ano anterior. O crescimento é fruto do aumento da área plantada e do número de produtores que investem no plantio das grandes culturas agrícolas. Dos alimentos produzidos na capital federal, a soja lidera, seguida pelo milho comum, com cerca de 272 mil toneladas; milho para silagem, com mais de 112 mil toneladas; e sorgo, com uma produção em torno de 87 mil toneladas.
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GDF reforça crédito e investe mais de R$ 16 milhões no Fundo de Desenvolvimento Rural
O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), tem intensificado os investimentos no Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), um dos principais instrumentos de fomento à agricultura no território. Desde 2019, o programa já aplicou R$ 16,6 milhões em 175 projetos, com destaque para o crescimento nos últimos dois anos — quando o número de financiamentos e o valor investido praticamente dobraram. De acordo com o secretário da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, o FDR tem se consolidado como um mecanismo de apoio direto aos pequenos e médios produtores, viabilizando o acesso a crédito com juros reduzidos e condições acessíveis. “O crédito é uma das partes mais pesadas para o produtor rural. Sem esse apoio, ele não consegue investir em tecnologia, irrigação, adubação ou em sementes de qualidade. O FDR oferece um recurso acessível, com juros baixos, para que o agricultor possa crescer e continuar produzindo no Distrito Federal”, destacou. O programa financia desde a compra de máquinas, equipamentos e sistemas de irrigação até projetos de energia renovável e agroindustrialização, com prazos que podem chegar a dez anos para pagamento | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Segundo o secretário, o fundo é uma alternativa às linhas de crédito bancário, que costumam ter taxas mais altas e exigências mais rígidas. “O produtor pode financiar até R$ 200 mil como pessoa física, e até R$ 500 mil se for associação ou cooperativa, com juros de apenas 3% ao ano e desconto de 25% para quem paga em dia. É um estímulo direto ao investimento e à produtividade”, explicou Bueno. O programa financia desde a compra de máquinas, equipamentos e sistemas de irrigação até projetos de energia renovável e agroindustrialização, com prazos que podem chegar a dez anos para pagamento. O diferencial, segundo Bueno, é permitir o financiamento conjunto de custeio e investimento. “O produtor pode comprar adubo, semente e corretivos de solo e, no mesmo financiamento, investir em equipamentos e infraestrutura. Isso é raro nas linhas bancárias tradicionais, mas o FDR foi criado exatamente para fomentar a produção e garantir a permanência do homem no campo”, pontuou. Expansão e foco em fruticultura Nos últimos dois anos, o FDR recebeu aportes adicionais de recursos do Tesouro do Distrito Federal, ampliando o alcance das ações. O investimento tem se concentrado, entre outros setores, no fortalecimento da fruticultura local, por meio do projeto Rota das Frutas, desenvolvido em parceria com a Emater-DF, a Embrapa e a iniciativa privada. De acordo com o secretário da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, o FDR tem se consolidado como um mecanismo de apoio direto aos pequenos e médios produtores | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “O governo aumentou os aportes especialmente para culturas de alta rentabilidade, como o mirtilo e o açaí. Estamos financiando desde o material básico da produção até veículos para o escoamento das frutas. O resultado é mais renda e qualidade de vida para as famílias rurais”, afirmou o secretário. Bueno destaca ainda que o programa tem efeito direto sobre a sustentabilidade ambiental e a geração de empregos no campo. “O FDR não é apenas uma linha de financiamento. Ele é uma política de fomento que ajuda o produtor a investir em sistemas mais eficientes, com uso racional da água e incremento de tecnologia. Isso mantém a família no campo, gera emprego e renda e fortalece a economia rural do DF”, ressaltou. O secretário explica que, além de investir na produção, o GDF também garante o escoamento da colheita por meio de programas públicos de compra direta de alimentos. “O governo investe na produção e também compra essa produção. Programas como o PAA [Programa de Aquisição de Alimentos], o PNAE [Programa Nacional de Alimentação Escolar] e a Cesta Verde asseguram mercado e preço justo, fortalecendo o ciclo de desenvolvimento rural no DF”, completou. Como acessar o FDR Os interessados em solicitar financiamento devem procurar a Emater-DF, que presta apoio técnico e elabora os projetos necessários à aprovação. O atendimento também é feito na sede da Seagri, no Parque Estação Biológica, Asa Norte, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. O FDR oferece duas modalidades: — FDR-Crédito: financiamento para atividades rurais, aquisição de equipamentos, irrigação e agroindústrias; — FDR-Social: apoio financeiro não reembolsável a projetos comunitários apresentados pelos Conselhos Regionais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CRDRS). As taxas são de 3% ao ano, com prazos que variam conforme o tipo de investimento: até 10 anos para construções, 8 anos para máquinas e veículos, e 5 anos para estufas e mudas. Mais informações: (61) 3051-6374 / 3051-6369 / 3051-6303 Endereço: Parque Estação Biológica s/n — Asa Norte, Edifício Sede da Seagri-DF Atendimento: Segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h às 17h
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Ibaneis Rocha valoriza a agricultura e investimentos do GDF no campo
Durante almoço com dezenas de produtores rurais na Residência Oficial de Águas Claras (Roac), nesta sexta-feira (26), o governador Ibaneis Rocha falou sobre a importância da agricultura para a vida das famílias. Segundo ele, cuidar do campo envolve dar segurança jurídica, oferecer infraestrutura adequada, apoiar financeiramente os produtores e fortalecer a agricultura familiar. Ao abrir as portas da Residência Oficial para receber lideranças e produtores rurais, Ibaneis reforçou o compromisso do GDF com este público: “Fui criado no interior e sei o valor do trabalho no campo. Foi com esse olhar que construímos políticas públicas para quem mais precisa. Regularizamos terras, levamos água, garantimos crédito acessível e valorizamos o pequeno produtor”. A vice-governadora Celina Leão destacou o impacto das políticas públicas voltadas à área rural e o reconhecimento crescente da população do campo ao trabalho realizado nos últimos anos. “O que estamos vendo é um resgate histórico da área rural, que por muito tempo ficou sem voz. Hoje há investimentos reais: estrada, creche, crédito com juro de 3% ao ano. O governador montou um time forte, que está mudando a realidade de homens e mulheres do campo com dignidade e resultado”, afirmou. O governador Ibaneis Rocha abriu as portas Residência Oficial de Águas Claras para receber lideranças e produtores rurais, nesta sexta (26) | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília Mais investimentos De acordo com o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, foram recuperados mais de 1.800 km de estradas rurais, além da entrega de 50 tanques lonados para irrigação, com capacidade superior a 20 milhões de litros de água, e 6,5 km de canais tubulados. Ele também destacou a linha de crédito subsidiada do Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), que oferece juros de apenas 3% ao ano, bem abaixo das taxas de mercado. Outro anúncio importante foi a compra de 30 tratores novos, que serão distribuídos para produtores que utilizam maquinário defasado. [LEIA_TAMBEM]“Estamos falando de investimentos reais, que chegam na ponta. É estrada recuperada, água garantida, crédito barato e dignidade para quem trabalha no campo. Esse é o compromisso do governo com a agricultura do Distrito Federal”, afirmou Rafael Bueno. Regularização fundiária e segurança jurídica Um dos pilares do processo de fortalecimento do campo é a regularização fundiária. Desde 2023, a Empresa de Regularização de Terras Rurais (ETR), responsável por esse segmento, formalizou 780 imóveis rurais, sendo 200 somente neste ano, beneficiando mais de 500 famílias. O processo, que antes podia ter até 28 etapas e se tornava moroso, foi simplificado para agilizar o acesso ao crédito rural pelas famílias e produtores. “Nos últimos dois anos, conseguimos entregar mais de mil contratos de concessão de uso, regularizando terras esperadas por famílias há mais de 60 anos. Isso representa justiça no campo e dignidade para quem produz”, disse Candido Teles, presidente da ETR. A ETR também lançou neste ano um edital de intenção de compra de imóveis rurais, abrangendo 209 propriedades distribuídas em oito fazendas, somando mais de 11 mil hectares. Os produtores podem adquirir a terra à vista, com desconto, ou parcelar em até 30 anos, garantindo segurança jurídica e planejamento de longo prazo para a produção agrícola. Durante o encontro, Ibaneis Rocha destacou as políticas públicas desenvolvidas por este GDF para fortalecer a agricultura Infraestrutura no campo Ter a terra regularizada não basta; é preciso garantir infraestrutura que permita produzir e escoar os alimentos com segurança. Desde 2019, o GDF instalou ou recuperou mais de 100 km de canais de irrigação, beneficiando 874 famílias e garantindo que a agricultura familiar continue abastecendo a população mesmo em períodos de estiagem. Pelo Programa Caminho das Escolas, conduzido pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), quase 30 km de vias receberam pavimentação, com investimento de R$ 35,95 milhões. As obras beneficiaram áreas do Paranoá, Taquari, Altiplano Leste, Recanto das Emas, Gama, Riacho Fundo II, Planaltina, Sobradinho, Ceilândia e Brazlândia. Além disso, há 13,7 km de trechos em andamento ou com ordens de serviço a serem assinadas, com aporte previsto de R$ 19,7 milhões. Essa infraestrutura garante transporte seguro para estudantes e facilita o escoamento da produção, melhorando a vida no campo. Candido Teles, presidente da ETR: "Nos últimos dois anos, conseguimos entregar mais de mil contratos de concessão de uso, regularizando terras esperadas por famílias há mais de 60 anos" Do campo para a mesa das famílias Todo esse ecossistema depende das famílias e dos produtores que atuam na ponta. Anualmente, eles geram mais de 1,2 milhão de toneladas de alimentos, com destaque para hortaliças, frutas e grãos. Essa produção conta com suporte técnico do governo. Em 2024, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) atendeu quase 10 mil produtores familiares. “Estamos levando infraestrutura, fortalecendo cadeias produtivas e apoiando o produtor rural como nunca antes. O campo representa R$ 6 bilhões do PIB do DF e temos condições de dobrar esse valor em dez anos”, afirmou Cleison Duval, presidente da Emater. O suporte técnico se complementa com programas de incentivo à agricultura familiar, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura do Distrito Federal (Papa-DF). Em 2024, essas iniciativas beneficiaram 1.884 produtores e 17 organizações, atingindo mais de 1 milhão de pessoas e movimentando mais de R$ 44 milhões, fortalecendo toda a cadeia de produção e abastecimento do DF. Cleison Duval, presidente da Emater: "O campo representa R$ 6 bilhões do PIB do DF e temos condições de dobrar esse valor em dez anos" Ceasa mais forte A Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF) concentra e distribui grande parte da produção agrícola da capital desde 1971. Para manter a relevância e modernizar esse tradicional espaço, o GDF vai investir R$ 20 milhões em melhorias que incluem troca de asfalto, revitalização de calçadas, nova iluminação, revisão de telhados e recuperação do piso de pedra. As obras já estão em andamento, com substituição de 36 mil m² de telhados, recuperação de forros, reforma da rede elétrica e construção de novos banheiros, incluindo o Espaço Mulher. Nesta sexta-feira (26), o GDF publicou no Diário Oficial (DODF) licitação de R$ 14,7 milhões para renovar o asfalto e a drenagem da parte interna da Ceasa, garantindo mais segurança para trabalhadores, permissionários e consumidores.
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Expoabra 2025: Uma das maiores feiras agropecuárias do DF inicia preparativos para receber 70 mil visitantes
Considerada uma das maiores feiras agropecuárias do Distrito Federal, a 33ª edição da Expoabra já começou a ganhar forma. Faltam apenas dez dias para dar início às atividades, que vão do dia 29 de agosto a 7 de setembro, no Parque de Exposições da Granja do Torto (PGT). Com entrada gratuita, a expectativa é receber cerca de 70 mil visitantes ao longo do evento, que une atividades técnicas, culturais e de lazer para toda a família. A 33ª edição da Expoabra começa no dia 29 de agosto e segue até 7 de setembro, com atividades técnicas, culturais e de lazer | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A montagem da estrutura e a chegada dos primeiros animais já estão em andamento. Segundo o diretor-executivo do PGT, Luciano Mendes, essa preparação antecipada é importante para garantir o bem-estar dos animais e a qualidade das apresentações. “Já estamos recebendo bois e cavalos, além das vacas leiteiras que participarão do concurso de produção de leite. Ao todo, serão 60 vacas competindo. Elas ficarão aqui até o dia da competição justamente para se acostumarem com o ambiente. Esses animais vêm de diversas regiões do país, como Goiás, Minas e São Paulo, o que mostra a amplitude da nossa feira”, explica Luciano. A Expoabra é reconhecida como um espaço de fortalecimento da agricultura e da pecuária não só do Distrito Federal, mas de toda a região Centro-Oeste. Estão previstas provas equestres, julgamentos, torneios leiteiros e leilões com animais de elite, que permitem aos produtores renovar e diversificar seus rebanhos. A previsão é que mais de 600 animais participem das atividades propostas pela feira. “Estamos inserindo a feira no processo de fortalecimento da cadeia de agricultura e pecuária do DF, Ride [Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno] e do Centro-Oeste. Aquilo que teremos exposto aqui é o melhor que temos na nossa região”, ressalta o diretor-executivo. Bois, cavalos e vacas leiteiras já começaram a desembarcar na Granja do Torto, para garantir o bem-estar dos animais e a qualidade das apresentações Em 2024, a Expoabra movimentou cerca de R$ 9 milhões em negócios. Para este ano, as expectativas são ainda maiores. “Esse é um evento onde os produtores rurais podem mostrar todo o trabalho de melhoramento genético, todo o potencial que a pecuária do Distrito Federal tem alcançado. Neste ano, a gente aguarda um número recorde de animais, e isso é muito bom, porque gera economia, fomenta a economia rural do DF e aproxima as pessoas do agro. É importante também porque gera emprego e desenvolvimento para a nossa cidade”, acrescenta o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno. Para estimular que a procura pela feira seja alta também de segunda a sexta-feira, a organização está preparando uma programação especial para esses dias: “Nesta edição, teremos um atrativo diferente. Para estimular a movimentação também durante a semana, vamos colocar happy hour, todos os dias, no final da tarde, com artistas sertanejos da nossa cidade. Assim, conseguimos aumentar o fluxo de visitantes e valorizar a nossa cultura local. Ao todo, serão 27 atrações musicais”, detalha Luciano. [LEIA_TAMBEM]Programação para todas as idades As atividades da 33ª Expoabra também contam com cursos, seminários e atividades voltadas à agricultura familiar e à agroindústria local, com o apoio de instituições de ensino parceiras. Além disso, é possível que estudantes das redes pública e privada visitem a feira mediante agendamento. Para o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), Cleison Duval, a Expoabra é uma oportunidade de mostrar, na prática, caminhos para a transformação da produção rural. “A Emater vai promover cursos e palestras voltadas às principais demandas do setor agropecuário. Um dos grandes destaques será a maquete em tamanho real de uma agroindústria, mostrando como o produtor pode se formalizar, agregar valor e conquistar novos mercados. O foco tem sido incentivar a agroindustrialização como estratégia para fortalecer a produção e ampliar oportunidades no campo”, enfatiza. A Expoabra contará com cursos, seminários e atividades voltadas à agricultura familiar e à agroindústria local Além da programação técnica, a Expoabra terá espaço para cultura e lazer. Nos dias 4, 5 e 6 de setembro, o palco principal receberá grandes shows nacionais de artistas sertanejos. Outro destaque será o mega rodeio, com capacidade para cinco mil pessoas, que abrirá o primeiro fim de semana da feira, nos dias 29, 30 e 31 de agosto. No campo cultural e gastronômico, o público poderá acompanhar exposições de orquídeas raras, feira de cachaças e cervejas artesanais – incluindo o lançamento de uma edição limitada da Cerveja Expoabra – além de vinhos, queijos e produtos da agroindústria local. “Quem visitar o espaço terá a oportunidade de conhecer e adquirir produtos cultivados e fabricados aqui no DF e na região”, destaca Luciano Mendes. A Expoabra 2025 conta com o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Agricultura, da Secretaria de Governo, da Secretaria de Educação e da Emater.
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Produção de cogumelos cresce quase 50% no DF em um ano
A produção de cogumelos no Distrito Federal segue em forte expansão. Em 2024, o número de produtores locais aumentou de 17 para 19, e o Valor Bruto da Produção (VBP) saltou de R$ 3,49 milhões para R$ 5,2 milhões — um crescimento de 49% em relação ao ano anterior. A variedade e a qualidade dos alimentos, somadas ao apoio técnico e ao perfil exigente do consumidor brasiliense, impulsionam o setor. "Todo o apoio que tive da Emater foi fundamental para diminuir meus custos de energia em condições excepcionais, é uma grande parceria", afirma Jansen Barreira, que produz cogumelos no Lago Oeste | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília O Quadradinho também fornece vantagens climáticas para quem decide produzir a espécie, por não apresentar tantas variações de temperatura e ser relativamente fácil fazer o controle de umidade, o que possibilita que o DF tenha um grande potencial para a produção de cogumelos. Entre os produtos estão champignon embalado, cogumelo-do-sol, shimeji, shiitake e cogumelos em conserva. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), esses alimentos são altamente nutritivos — com teor proteico semelhante ao da carne e maior que o de muitos vegetais e frutas. São, ainda, ricos em vitaminas, carboidratos e possuem baixo teor de gordura. Estudos científicos investigam, desde os anos 1970, as propriedades medicinais dos cogumelos, que já demonstraram potencial como aliados em tratamentos complementares para doenças como câncer, lúpus, HPV e até Aids, por estimularem o sistema imunológico. Apoio na base A técnica Clarissa Campos, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), explica que o trabalho da empresa pública acompanha toda a cadeia produtiva, desde o cultivo até a comercialização e acesso às políticas públicas. Ela ressalta que o número de produtores também aumentou no último ano, impactando no aumento da produção local. “A Emater orienta desde o acesso a crédito rural até a emissão de documentação, apoio técnico e ajuda na inserção nos mercados”, detalha. "Com a produção local, os cogumelos chegam ao consumidor no mesmo dia da colheita, com mais sabor e qualidade nutricional", comenta Clarissa Campos, técnica da Emater-DF O produtor Jansen Barreira, da chácara Cerrado Funghi, no Lago Oeste, é um exemplo do avanço do setor. Ele cultiva entre 500 e 600 quilos de cogumelos por semana. Ex-publicitário, Jansen deixou o mercado da comunicação para investir no sonho antigo de viver do campo. “Desde 2005 pensava nisso. Em 2018 fechei minha agência e mergulhei de cabeça. Hoje, tenho uma vida menos estressante e moro onde trabalho. E todo o apoio que tive da Emater foi fundamental para diminuir meus custos de energia em condições excepcionais, é uma grande parceria”, conta. [LEIA_TAMBEM]Para produzir os cogumelos, a propriedade abrange todas as etapas: compostagem, pasteurização, incubação e colheita. Com o apoio da Emater-DF, o produtor conquistou crédito rural, instalou painéis de energia fotovoltaica e aumentou em um terço a capacidade produtiva em 2024. E ainda há espaço para crescer: “Mesmo com o aumento, nossa produção ainda não consegue atender toda a demanda local”. Qualidade para o mercado O Distrito Federal é o segundo maior mercado consumidor de cogumelos do Brasil, atrás apenas de São Paulo. Além da demanda aquecida, o clima estável e o investimento em pesquisa e transferência de tecnologia tornam a região ideal para o cultivo. O resultado é um setor promissor, que gera renda, empregos e coloca o DF em destaque na produção de alimentos saudáveis e sustentáveis. Segundo a técnica da Emater-DF, o crescimento do setor é impulsionado também pelo perfil do consumidor do DF. “O mercado consumidor do Distrito Federal é muito antenado e sempre procura alimentos frescos e nutritivos. E o cogumelo é essa opção, há muitos restaurantes e eventos que utilizam esse produto. Com a produção local, os cogumelos chegam ao consumidor no mesmo dia da colheita, com mais sabor e qualidade nutricional”, destaca.
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Vem aí a Semana do Produtor Rural em Sobradinho
Entre a próxima quarta-feira (11) e domingo (15), a Emater-DF promove a Semana do Produtor Rural de Sobradinho, que reunirá agricultores, técnicos, empreendedores rurais e a comunidade em uma programação diversificada e prática, com o objetivo de fortalecer a produção sustentável, promover a troca de experiências e impulsionar o desenvolvimento agropecuário da região. Feiras com produtos da agricultura familiar fazem parte da programação | Foto: Divulgação/Emater-DF “Queremos fomentar a diversificação da produção, alertar para desafios sanitários e abrir novos mercados, especialmente por meio da valorização das agroindústrias locais”, afirma a gerente da unidade local da Emater-DF em Sobradinho, Clarissa Campos. “É uma iniciativa importante para a promoção da segurança alimentar, para a geração de renda no campo e também para o fortalecimento dos produtores.” As atividades são desenvolvidas com foco nas demandas atuais do setor, dividindo-se em oficinas, reuniões técnicas, palestras e até uma excursão. Entre os temas abordados estão desde a fruticultura de alto valor (como pitaya, açaí e mirtilo) até biossegurança aviária. O encerramento será marcado pela Feira do Padre, com edição especial, destacando o potencial das agroindústrias locais. Produtores e público interessado em participar podem fazer a inscrição pelo escritório da Emater-DF em Sobradinho, por meio dos telefones (61) 3311-9423 ou (61) 99146-5204. [LEIA_TAMBEM]Confira abaixo a programação. Quarta-feira (11) 9h - Reunião técnica: Produção de açaí Local: Núcleo Rural Boa Vista – Chácara Bonança 14h: Reunião técnica: Boas práticas na avicultura caipira e o risco da influenza aviária Local: Plenária do Assentamento Antônio Júlio Quinta-feira (12) 9h - Reunião técnica: Mirtilo - do cultivo à comercialização Local: Cerrado Blue - Rota do Cavalo 16h - Palestra: Programa Trabalho Sustentável Local: Recanto dos Amigos - Rota do Cavalo Sexta-feira (13) 9h Oficina: Poda e produção de pitaya Local: Núcleo Rural Sobradinho I - Chácara 53/2 Excursão: Túnel Alto e automatização na produção de hortaliças Local: Agrobrasília Sábado (14) 9h - Oficina: Influenza aviária e biosseguridade na criação de galinhas poedeiras Local: Asproeste Domingo (15) 8h - Feira do Padre – Edição especial com produtos das agroindústrias de Sobradinho Local: Estacionamento da Administração Regional de Sobradinho. *Com informações a Emater-DF
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Diplomatas visitam AgroBrasília e se surpreendem com setor no DF
Com destaque cada vez maior no cenário do agronegócio, o Distrito Federal vem despertando a atenção de inúmeros países, não apenas quanto à produção do campo, mas também pela tecnologia e pesquisa desenvolvidas no Planalto Central. Focados no potencial da região, representantes de 20 embaixadas participaram, nesta quinta-feira (22), do Dia Internacional AgroBrasília, visita guiada por uma das maiores feiras com foco em novas tecnologias e negócios para empreendedores rurais do país. Pelo terceiro ano consecutivo sob o comando da Secretaria de Relações Internacionais (Serinter) do Governo do DF (GDF), o evento tem o intuito de mostrar o potencial do agronegócio do DF e alavancar a região no mercado internacional. Representantes de países como Argentina, Camboja, Israel, Myanmar, Nepal, Nigéria, República Democrática do Congo, Nova Zelândia, República Dominicana, República Tcheca, Rússia, Alemanha, El Salvador, Belarus, Uruguai, Haiti, Turquia, Venezuela, Trinidad e Sri Lanka, participaram do evento. Embaixadores e representantes diplomáticos de vários países conheceram a AgroBrasília e buscaram aprender com o agronegócio brasiliense | Foto: Divulgação/Serinter-DF Acompanhados pelo secretário de Relações Internacionais, Paco Britto, o corpo diplomático conheceu parte dos mais de 570 expositores da 16ª edição da AgroBrasília, promovida pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF). “Está sendo muito importante e valioso podermos testemunhar o desenvolvimento do setor aqui no DF”, afirmou o adido agrícola da Embaixada da França, Pierre-Adrien Romon. “Também é a chance de encontrarmos com as autoridades, com a Emater, a Embrapa, e conhecer mais da agricultura do DF e do Brasil”, concluiu. No encontro, os diplomatas foram apresentados a dados e informações sobre as técnicas sustentáveis e as tecnologias do agronegócio. “Não há dúvidas de que o Distrito Federal assumiu papel de protagonismo no agronegócio nacional, tanto que Brasília foi reconhecida como a melhor cidade para negócios no agronegócio em 2024”, destacou o secretário Paco Britto. Paco Britto: "Brasília foi reconhecida como a melhor cidade para negócios no agronegócio em 2024" Para o presidente da Coopa-DF, José Guilherme Brenner, existe uma correlação entre regiões produtoras e regiões com um PIB maior. “É a cultura, a indústria, o transporte”, apontou. “O que mostra que, graças aos investimentos em infraestrutura rural realizados pelo nosso governo, aliado ao esforço dos produtores, ao desenvolvimento de pesquisas e aos financiamentos disponibilizados pelo BRB ao povo do campo, o DF tem crescido bastante no setor”, completou Paco Britto. Após as apresentações, os diplomatas caminharam pelo parque, indo até os estandes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF). De acordo com o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, a visita dos embaixadores é muito importante para apresentar a agricultura do DF. “Reforça a relevância da nossa vitrine tecnológica, onde apresentamos algumas das principais inovações que impulsionam a agricultura e promovem a produção sustentável no Distrito Federal”, afirmou. Embaixadora da República Tcheca, Pavla Haverlíková: "Nos interessa muito a colaboração, principalmente nas áreas de sustentabilidade, biodiversidade, saúde da terra e recursos hídricos" [LEIA_TAMBEM]Conhecer os espaços surpreendeu, realmente, muitos dos diplomatas do grupo. “É a primeira vez que estamos aqui e tem sido uma surpresa muito positiva conhecer o tamanho do setor agrícola do DF. Nos interessa muito a colaboração, principalmente nas áreas de sustentabilidade, biodiversidade, saúde da terra e recursos hídricos”, adiantou a embaixadora da República Tcheca, Pavla Haverlíková. Interesses, também, compartilhados pelos embaixadores de El Salvador, Luís Aparício, e do Nepal, Nirmal Raj Kafle. “O Nepal tem buscado tecnologias no Brasil, que lidera na elaboração dessas tecnologias para a agricultura”, afirmou Nirmal. “El Salvador está buscando parceiros estratégicos e o DF nos mostra uma impressionante transformação agrícola”, completou Aprício. *Com informações da Serinter-DF
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Com o uso de tecnologias, novas variedades de mandioca podem chegar a produzir 64 t por hectare
A popularidade da mandioca se deve não apenas à versatilidade culinária da planta, mas também ao uso integral, que contribui para a sustentabilidade e agrega valor à cadeia produtiva. Desde a raiz até as folhas, a mandioca tem mostrado potencial, tanto no consumo humano quanto na indústria de alimentação animal. No Distrito Federal, o número de produtores que cultivam a planta passou de 921, em 2019, para 1920, em 2023 – um aumento de 108,4%. Responsável pelo programa de olericultura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), Antonio Dantas explica: “A mandioca tem deixado de ser uma cultura marginalizada, em que os produtores cultivavam sem correção de solo, adubação e tecnologias. Hoje, vemos muitos produtores investindo na mandioca, com uso de novas cultivares, adoção de tecnologias na produção que contribuem para o aumento de produtividade”. Mais de 50 propriedades rurais são parceiras na validação de tecnologias e servem de unidades demonstrativas | Fotos: Divulgação/Emater-DF A adoção de tecnologias pelos produtores se deve, principalmente, ao trabalho articulado entre a Emater-DF, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Cerrados) e a Universidade de Brasília (UnB). “O trabalho de articulação entre o serviço público de extensão rural e a pesquisa é um dos principais fatores que contribuem para o aumento da produção e da produtividade no cultivo da mandioca, levando as demandas dos produtores aos pesquisadores e vice-versa”, explica o extensionista rural da Emater-DF Hélcio Henrique Santos. Hoje, 54 propriedades rurais são parceiras na validação de tecnologias e servem de unidades demonstrativas. “A Emater-DF é responsável por fazer a seleção dos produtores que participam do trabalho de validação tecnológica, além de fazer o acompanhamento técnico e orientações de manejo”, pontua Hélcio. Antônio José Ribeiro cultiva 7 hectares de mandioca e vende a produção in natura em feiras e para descascadores O produtor Antônio José Ribeiro cultiva 7 hectares de mandioca no núcleo rural Taquara. Atualmente ele planta as cultivares japonesinha, a BRS 429 e o clone 54/10 (ainda em fase de validação), as duas últimas da Embrapa Cerrados. “A BRS 429 e a 54/10 são mandiocas que me atraíram pela rentabilidade, pois dão o dobro de produtividade da japonesinha”, conta Antônio José. “Além da produtividade, a gente observa a resistência a doenças, se o consumidor gosta, se cozinha bem, se a textura é boa, o tempo para a colheita e o tamanho da raiz. A gente repassa tudo para os técnicos da Emater e para a Embrapa”, observa Antônio. Ele vende a raiz in natura em feiras e para descascadores por cerca de R$ 50 a caixa de 26 kg. O pesquisador Josefino Fialho defende a sustentabilidade econômica, social e ambiental na produção de mandioca no DF Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados Josefino Fialho, independentemente de o produtor plantar mandioca para indústria ou mandioca de mesa, é importante que tenha um processo produtivo sustentável. “Não tem como querer atingir uma alta produtividade de raiz se o seu comércio não atende aos requisitos para cobrir os custos dessa alta produtividade. É preciso ter sustentabilidade econômica, social e ambiental”, diz Josefino. Tecnologias de produção Entre algumas tecnologias utilizadas pelos produtores atualmente está o cultivo no mulching (cobertura plástica no solo), com uso de irrigação localizada. “Após a colheita de hortaliças como tomate, pimentão, pepino, os produtores aproveitam a mesma estrutura plástica e de irrigação, os resíduos de adubação da cultura anterior, para plantar a mandioca. Isso reduz os custos e melhora a produtividade”, conta o extensionista Hélcio Santos. O uso de cobertura plástica aumenta a produtividade das raízes, mantém a umidade do solo, controla a erosão e diminui a mão de obra para roçar o mato. Na unidade demonstrativa implantada na AgroBrasília, a produtividade do cultivo da mandioca no mulching chegou a 64 toneladas por hectare. Esse resultado deve-se a anos de trabalho participativo entre pesquisa, extensão rural e produtor. O pesquisador Josefino Fialho detalha: “É com essa pesquisa participativa que se determina quais os melhores materiais genéticos, as melhores formas de adubar, de espaçamento entre plantas, observando as diferentes fases do sistema, desde o plantio até a colheita. A troca de experiência é fantástica”. Usos da mandioca O uso integral da mandioca no Distrito Federal surge como uma estratégia para agregar valor à produção agrícola local. Em 2023, foram 883,25 hectares destinados ao cultivo de mandioca, por 1.920 produtores, que produziram 19.754 toneladas. “A mandioca é uma raiz de reserva, mas ela tem um período de sobrevida pós-colheita muito curto. Então, ela perde a qualidade não só da forma microbiológica, mas também fisiológica, principalmente a mandioca para mesa. A Embrapa Cerrados e outras unidades desenvolveram vários trabalhos voltados a minimamente processados, para que a mandioca pudesse conservar mais tempo e obtivesse assim melhor qualidade do produto para o consumidor”, afirma. A economista doméstica da Emater-DF Cátia Freitas destaca que a mandioca é rica em fibras, potássio e vitamina C, podendo ser consumida cozida, assada, em sopas e em diversas outras receitas. “Por não possuir glúten, ainda é uma ótima opção para pessoas com doença celíaca. Apenas não deve ser consumida crua, por conta da toxidade”, pondera. A farinha de mandioca e a tapioca são as principais fontes de renda do agricultor Luís Carlos de Jesus Santos A farinha de mandioca e a tapioca são as principais fontes de renda do agricultor Luís Carlos de Jesus Santos. Ele tem uma agroindústria há 20 anos, na região do Café sem Troco, no PAD-DF, onde emprega seis pessoas na produção dos alimentos. “Eu vendo a mandioca descascada, além de produzir a farinha de mandioca e de tapioca e a massa puba. Algumas pessoas vêm comprar direto na propriedade e outras compram na banca que minha filha administra na feira no Guará. Processar a mandioca ajuda a ter mais renda do que a vendendo in natura”, conta Luís. Além da raiz, o caule e as folhas podem ser utilizados na alimentação animal, orienta o zootecnista é responsável pelo Programa de Ruminantes e Equídeos da Emater-DF, Maximiliano Cardoso. “Na alimentação animal, a raiz é um alimento energético, bem-aceito pelos animais, de forma fresca ou desidratada. Já a parte aérea da mandioca, que é composta pelo terço médio das hastes principais, galhos e folhas, pode ser usada como volumoso e é rica em vitaminas A e C. Essa parte pode ser aproveitada in natura ou também passada por processo de fenação, facilitando a estocagem, por exemplo”. Por não conter glúten, a mandioca é uma boa opção na dieta de celíacos Ao aproveitar todas as partes da planta, desde a raiz até as folhas, os produtores do DF não só contribuem para a sustentabilidade ambiental, mas também abrem novos caminhos para o desenvolvimento de produtos inovadores que atendem a um mercado cada vez mais exigente. *Com informações da Emater-DF
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Agricultoras do DF aprendem novas tecnologias em visita à Fazenda Água Limpa
O programa Agropecuária Sustentável: Mulheres Transformando o Campo reunirá, nesta sexta-feira (7), aproximadamente 30 agricultoras do Distrito Federal e da Região Integrada de Desenvolvimento (Ride) na segunda visita técnica do ano à Fazenda Água Limpa, da Universidade de Brasília (UnB), no Núcleo Rural Vargem Bonita. A iniciativa é da Secretaria da Mulher (SMDF), em parceria com o Instituto Movimento Brasil, e visa a levar capacitação às mulheres do campo com a disseminação de novas tecnologias e práticas agrícolas. O evento é para toda a comunidade de produtoras da agricultura familiar, estudantes e entusiastas da agropecuária. Esta será a segunda edição de um total de quatro visitas técnicas programadas pelo projeto. A primeira, realizada no dia 14 de janeiro, atendeu cerca de 40 pessoas. As inscrições para a visita técnica são gratuitas e podem ser realizadas online no site do projeto. As participantes do Agropecuária Sustentável participam de uma rica troca de experiências | Fotos: Vinícius de Melo/SMDF Para a vice-governadora Celina Leão, ações como esta são fundamentais para a capacitação das mulheres do DF. “Essa interação com pesquisadores proporciona uma troca de conhecimentos e enriquece a experiência das nossas agricultoras. Estamos fortalecendo o protagonismo feminino no setor agropecuário e contribuindo para o crescimento da nossa cidade”, disse. A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, falou sobre a importância de investir no trabalho das mulheres do campo. “Além de promover a adoção de práticas agrícolas sustentáveis, o projeto traz inclusão e geração de renda para as produtoras rurais. Elas vão aprender novas tecnologias e se qualificar ainda mais para o mercado de trabalho”, relatou. O roteiro inclui visitas aos pomares de frutas, às áreas de produção de hortaliças, aos setores de piscicultura e aquicultura, produção animal e máquinas agrícolas. Elas serão orientadas sobre manejo, controle de regras e práticas sustentáveis. As visitantes serão guiadas por um engenheiro agrônomo que contará com o apoio e a orientação de professores da instituição responsáveis por cada setor. *Com informações da SMDF
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Frango de corte lidera setor de pecuária no DF com faturamento bilionário em 2023
A produção de carne de frango de corte liderou o setor pecuário do Distrito Federal em 2023, com faturamento bruto superior a R$ 1 bilhão. O valor é referente à produção de 132.845.561 kg de alimento, dos quais cerca de 90% são exportados para países como Arábia Saudita, Japão, Rússia e México, por meio do sistema de integração vertical. Criados especificamente para o consumo da carne, os frangos de corte são desenvolvidos por 618 avicultores, em parceria com grandes empresas do ramo, como Seara/JBS e Pluma – os brasilienses são responsáveis pela engorda dos pintinhos, e as demais fases são geridas pelas companhias. A produção de carne de frango de corte liderou o setor pecuário do Distrito Federal no ano passado, com faturamento bruto superior a R$ 1 bilhão | Foto: Arquivo/Agência Brasília O resultado monetário da avicultura em 2023 impulsionou em 78% os números da pecuária, junto à produção de ovos férteis para frango de corte e ovo comercial, que alcançaram, em valores brutos, R$ 703 milhões e R$ 56 milhões, respectivamente. Além disso, o montante bilionário da indústria de aves de corte no ano passado superou o registrado em 2022 – quando o faturamento bruto foi na ordem de R$ 780 milhões, com participação de 573 agricultores e produção de 136.198.804 kg do alimento – e o de 2021, em que foram produzidos 112.814.935 kg de frango por 547 produtores, resultando em 788 milhões. As equipes de defesa agropecuária da Seagri fazem a busca ativa dos criadores de aves industriais para observar se as normas são seguidas e se há algum sinal das doenças de notificação obrigatória Os dados estão presentes nos relatórios do Valor Bruto da Produção Agropecuária da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). O valor bruto é um indicador conjuntural que demonstra o desempenho das safras. A metodologia multiplica a produção rural pelo preço médio dos produtos agropecuários. “Quase 90% da carne de frango do DF vai para a exportação justamente pelo fato de que é possível agregar maior valor ao produto, uma vez que a comercialização é em dólar. O que fica para o mercado interno são as aves que não atingem o padrão exigido pelos compradores internacionais”, salienta o secretário da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno. A pasta do Governo do Distrito Federal (GDF) é responsável pela fiscalização sanitária das granjas. As equipes de defesa agropecuária da Seagri fazem a busca ativa dos criadores de aves industriais para observar se as normas são seguidas e se há algum sinal das doenças de notificação obrigatória, como é o caso da gripe aviária, que podem comprometer o desempenho e a performance dos animais e prejudicar o comércio. “O GDF garante a qualidade sanitária das aves e, consequentemente, que nenhuma doença se propague no nosso território, preservando a geração de emprego e renda da cadeia produtiva”, observa o secretário. Cerca de 5 mil empregos são gerados para que a carne de frango chegue às prateleiras dos mercados nacional e internacional Entre os fatores que favorecem os resultados da avicultura brasiliense, destaque para o uso de grãos desenvolvidos aqui para alimentação das aves. “Todo milho que é consumido pelas aves é produzido aqui mesmo, barateando o custo logístico e trazendo mais competitividade, já que o milho é a base da ração”, pontua o secretário. Em maio, o milho, o trigo e o feijão foram incluídos no programa Pró-Rural, que concede crédito e incentivos ambientais, administrativos, fiscais, econômicos, de infraestrutura e profissionalizantes a produtores rurais, reduzindo em até 80% os impostos sobre a comercialização de mercadorias. A vice-governadora Celina Leão pontua o impacto que a avicultura surte na geração de emprego e renda. “Graças aos incentivos e suporte técnico oferecidos por este GDF, a avicultura tem se consolidado como um forte componente econômico. No ano passado, o agronegócio, com a pecuária e a agricultura, movimentou R$ 6 bilhões na capital, dos quais mais de R$ 1 bilhão são referentes à produção industrial de aves”, exemplifica. “É uma cadeia com muitas vantagens: não precisa de grandes áreas para ocorrer, demanda menos água que a bovinocultura, por exemplo, e ainda cria centenas de postos de trabalho”. Criados especificamente para o consumo da carne, os frangos de corte são desenvolvidos por 618 avicultores do DF, em parceria com grandes empresas do ramo | Foto: Divulgação Sistematização Cerca de 5 mil empregos são gerados para que a carne de frango chegue às prateleiras dos mercados nacional e internacional, segundo o presidente do Sindicato dos Avicultores do Distrito Federal (Sindiaves), Rodrigo Dolabella. “A avicultura é uma cadeia longa e com muitos segmentos, além de ser o maior consumidor de grãos do DF e da Ride [Região Integrada de Desenvolvimento] e responsável pelo principal item de exportação agropecuária daqui. Temos trabalhadores nas granjas, os caminhoneiros que levam ração às fazendas, o pessoal que trabalha na indústria de abate, nas fábricas de ração, nos incubatórios e nos frigoríficos”, elenca. No sistema de integração pecuária vertical, os produtores recebem os pintinhos com um dia de vida e todo o suporte necessário para a engorda dos animais, incluindo ração, medicação e assistência veterinária. As aves são recolhidas cerca de 40 dias depois, conforme a conveniência da empresa integradora, e encaminhadas para abate e processamento. “Os avicultores são remunerados de acordo com a eficiência da produção com base em fórmula definida por contrato. Para o avicultor, é interessante estar associado a uma empresa que oferece assistência técnica e ainda a comercialização dos produtos”, salienta Dolabella. Segundo o presidente do sindicato, a avicultura no DF reúne cerca de 200 granjas de frango de corte adeptos ao sistema de integração. Diariamente, são abatidas mais de 260 mil aves. “O DF é muito importante na criação das matrizes, que são as galinhas produtoras dos ovos férteis, que serão galados e levados para o incubatório para virarem pintinhos. Eles recebem as vacinas e são levados para as granjas para que passem pela engorda e, depois, vão para o abate”, detalha. Dolabella explica ainda que nem sempre o frango consumido pelos brasilienses é produzido aqui, tendo em vista a variedade de empresas presentes no mercado. “O consumo de frango no Brasil cresceu muito e é maior do que o de carne bovina, já que cada cidadão come, por ano, quase 40 kg de carne bovina e 42 kg de frango”, cita Dolabella. Avicultores O produtor rural Brasil Américo Louly, 77 anos, é um dos mais antigos no ramo, tendo iniciado a criação de frangos de corte e a parceria com a integradora em 2002, no Núcleo Rural Santos Dumont. “Entendi que a atividade se apresentava como um bom investimento para obter ganho financeiro”, pontua. No primeiro ano de trabalho, a propriedade de Brasil contava com dois galpões, cada um com capacidade para 1.021 aves. Hoje, são seis espaços destinados à atividade, que somam capacidade para comportar cerca de 130 mil aves, entregues à integradora em seis lotes ao longo do ano. Quase 90% da carne de frango do Distrito Federal é destinada à exportação | Foto: Divulgação As aves chegam à propriedade com um dia de vida e são devolvidas às integradoras 41 dias depois. “O processo se inicia com o recebimento e o alojamento dos pintinhos e segue até a data da retirada pela empresa, quando os frangos atingem peso em torno de 3 kg”, explica Brasil, que é criterioso na preservação da segurança sanitária da criação. “Os cuidados são rigorosos para evitar a contaminação das aves por doenças, em especial a salmonela e a influenza aviária, o que inviabilizaria o consumo por humanos. É proibida a entrada de pessoas estranhas no interior da granja, e os veículos que entram na fazenda passam pelo arco de desinfecção, que pulveriza produtos químicos para desinfetar as superfícies”. O potencial da avicultura também chamou a atenção do produtor rural Henrique Matos, 40, que iniciou a produção junto ao pai e o irmão em Planaltina há seis anos. “Estávamos estudando a piscicultura e procurando uma propriedade para iniciar no ramo, até que encontramos um local que já tinha aves e decidimos arriscar”, relembra. Pouco depois da aquisição da propriedade, foi iniciada a parceria com a Seara para produção de frangos de corte. Considerada moderna e eficiente, a granja da família Matos entrega seis lotes com cerca de 157 mil aves para a integradora anualmente, em média. A quantidade de frangos por lote, assim como a frequência e o número de entregas, é um fator particular de cada propriedade. “É um modelo de trabalho interessante pela estabilidade que encontramos. Nós recebemos as aves e todo o apoio logístico e técnico necessário para a criação, o que facilita o processo e diminui a chance de erro. Somos responsáveis por uma etapa do processo, em que somos assessorados, fiscalizados pela empresa e pelo GDF, além de acompanhados em cada etapa”, observa Matos. “Também não somos impactados nem para cima e nem para baixo com as mudanças no mercado, já que os preços são fixados em contrato.”
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Agricultores do DF aumentam produtividade com fertilizante orgânico fornecido pela Caesb
Centenas de produtores rurais do Distrito Federal e Entorno têm colhido os benefícios de uma técnica que transforma o lodo tratado em fertilizante para o solo. O esgoto transformado em biossólido pela Companhia Ambiental de Saneamento (Caesb) é rico em nutrientes e ajuda mais de 200 famílias do campo a melhorar a qualidade da terra e aumentar a produção, especialmente durante o período de estiagem. Desde 2021, a iniciativa funciona como uma alternativa sustentável e acessível para pequenas e médias propriedades da região. Um dos produtores beneficiados com o uso do lodo é o gerente da Fazenda Barreiras, Luciano Sousa, 29 anos. Há três anos utilizando o material para fertilizar as plantações de milho, soja e feijão que ocupam a propriedade no município Cidade Ocidental (GO), ele explica que o custo de produtividade acaba sendo mais baixo — não apenas por terem as máquinas necessárias para fazer o transporte e o confinamento, mas também pelo material doado gratuitamente pela Caesb. Luciano Souza utiliza o produto fornecido pela Caesb no cultivo de milho, soja e feijão | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Além disso, Luciano ressalta que o biossólido reduz a necessidade de se utilizar agrotóxicos nas plantações: “Quando há [produto] químico no plantio, você tem que ter mais mão de obra. Com esse material na fazenda, a gente distribui bem mais rápido. Nós vimos que a produtividade melhorou bastante porque a gente diminuiu o químico e as terras responderam melhor”. O gerente afirma que já foram utilizadas 500 toneladas do material neste ano, aplicando de duas a três toneladas por hectare na propriedade. Como funciona O processo de transformação do lodo começa com a remoção de sólidos e impurezas do esgoto que chega às estações de tratamento da Caesb. Lixo, detritos e areias, por exemplo, são encaminhados para o Aterro Sanitário de Brasília. Em seguida, o esgoto passa por uma etapa biológica, onde micro-organismos anaeróbios e aeróbios realizam duas fases de depuração, retirando elementos dissolvidos, como fósforo e nitrogênio, que são incorporados ao biossólido. O lodo resultante vai para o decantador, onde é separado do líquido tratado — que é liberado no rio —, e o excesso de água é removido. Esse lodo úmido é transportado em caminhões até o pátio de secagem, onde é exposto ao sol e ao vento. As condições climáticas do DF, especialmente durante a estiagem, favorecem a secagem do material, que é monitorado para garantir que atenda aos padrões de umidade e elimine micro-organismos patogênicos, tornando-o adequado para uso agrícola. O clima do DF – com calor e seca durante vários meses do ano – é propício para a produção do lodo tratado Por dia, são produzidas cerca de 400 toneladas de lodo pela Caesb. De acordo com gerente de Operação das Bacias do Melchior e Alagado, Cristiano Mano, as condições climáticas do DF favorecem a técnica: “Temos muito calor e secura, isso torna o processo de baixo custo para processar um lodo de ótima qualidade em termos de matéria orgânica”. “O lodo é um material rico em minerais adequados para uso no solo. Com ele, o produtor não precisa comprar outros insumos, basta o produto gratuito e de alta qualidade feito por nós. O benefício é tanto para o agricultor quanto para a Caesb e, principalmente, para o meio ambiente, porque dessa forma a gente conclui o ciclo biogeoquímico”, defende o gerente. “O biossólido é ótimo como condicionador de solo. Funciona como um adubo complementar para nutrir a terra e melhorar as características de retenção de água e a resposta nas culturas adotadas”, explica a engenheira florestal e coordenadora de Operações da Unidade de Gerenciamento de Lodos da Caesb, Leiliane Saraiva. Resultado visível Ao chegar na propriedade do Luciano, o lodo ainda é submetido a um processo antes de ser utilizado na lavoura. Misturado a pó de rocha e resíduo de confinamento, a substância passa por mudanças de temperatura após a junção com água e é revirada com as máquinas para resfriar, de acordo com a necessidade. Em um mês ele está pronto para ser utilizado no solo. O gerente da fazenda destaca que as plantações respondem bem ao fertilizante, até melhor do que aos químicos. “O milho responde muito bem, a planta fica mais bonita, você vê pelas folhas da planta, fica incrível na lavoura. O resultado é visível mesmo”, concluiu.
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Começa neste sábado (21) a 24ª Semana do Pimentão
De 21 a 29 de setembro, o Núcleo Rural Taquara, em Planaltina, será o cenário da 24ª Semana do Pimentão, evento que reúne agricultura, tecnologia e cultura, promovendo a troca de conhecimentos entre profissionais do setor e a comunidade local. O evento será realizado na Chácara 01, às 9h, e oferece uma oportunidade para que os agricultores conheçam as mais recentes inovações tecnológicas voltadas ao setor agrícola | Foto: Divulgação/Emater-DF A abertura oficial será neste sábado (21), com o 2º Dia Especial de Mecanização e Automação para a Agricultura Familiar, organizado pela Emater-DF. O evento será realizado na Chácara 01, às 9h, e oferece uma oportunidade para que os agricultores conheçam as mais recentes inovações tecnológicas voltadas ao setor agrícola. “Este evento une a comunidade em torno de algo que é vital para a nossa identidade: o trabalho no campo, a preservação do meio ambiente e a valorização do pequeno produtor, que muitas vezes enfrenta desafios imensos, mas que nunca desiste de inovar e crescer. É um momento de celebração, troca de conhecimento e fortalecimento do trabalho rural” Cleison Duval, presidente da Emater-DF “Este evento une a comunidade em torno de algo que é vital para a nossa identidade: o trabalho no campo, a preservação do meio ambiente e a valorização do pequeno produtor, que muitas vezes enfrenta desafios imensos, mas que nunca desiste de inovar e crescer. É um momento de celebração, troca de conhecimento e fortalecimento do trabalho rural”, afirma o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. Em 2023, a produção de pimentão no Distrito Federal atingiu 16.976 toneladas em 161,36 hectares, com a participação de 570 produtores rurais. A região de Taquara lidera essa produção, representando 20% do total do DF, com 85 produtores responsáveis por 2.795 toneladas cultivadas em 33,34 hectares. Segundo o produtor Maurício Rezende, que é presidente da Cooperativa Agrícola da Região de Planaltina-DF (Cootaquara), o evento deste ano visa também reforçar a importância da organização dos produtores por meio do cooperativismo. “Queremos lembrar aos produtores que ninguém se ergue sozinho, principalmente no contexto da agricultura familiar. O cooperativismo vai além de uma forma de gestão ou mais que uma forma de organização social. Ela considera a eficiência do capital, mas também considera a essência do social, que é o ser humano, que é o produtor rural. O nosso desafio é agregar valor à produção”, explica. Em 2023, a produção de pimentão no Distrito Federal atingiu 16.976 toneladas em 161,36 hectares, com a participação de 570 produtores rurais Nos dias seguintes, a programação se intensifica com palestras e workshops, como a de nanotecnologia na agricultura, técnicas de enxertia e boas práticas agrícolas, além de entretenimento com um show de mágica, que será promovido pelo Sescoop, muita discussão sobre novas tecnologias de manejo e produção, Concurso de Receitas com Pimentão, exposição agrícola e apresentações musicais. O encerramento da semana ocorre no domingo (29) com uma programação voltada para a comunidade. Atividades como torneio de futebol, oficinas de artesanato e um animado forró da terceira idade serão promovidos visando proporcionar uma forma alegre e inclusiva de finalizar a celebração. De acordo com o gerente da Emater na Taquara, Revan Soares, a semana do pimentão nasceu da necessidade de buscar novas tecnologias que melhorem o rendimento produtivo e fitossanitário da cultura, além de novas variedades e técnicas de cultivo. “Hoje, ela vai além e se consolidou no calendário oficial do GDF, oferecendo uma diversidade técnica para os produtores. A programação é desenhada com base nas demandas observadas ao longo do ano e nas inovações que surgem no setor. O evento é uma oportunidade de intercâmbio de experiências e de acesso ao que há de mais moderno no segmento.” O evento é realizado pela Cootaquara e Emater-DF, com apoio da Seagri-DF, Ceasa-DF, Administração Regional de Planaltina, Batalhão de Policiamento Rural, Unium, Secretaria de Turismo, Leaf, Casa Bugre, Takii Seed, Agrosyn, Yuksel Seeds, Bio Cerrado, Embrapa, Ministério da Agricultura. Confira abaixo a programação completa do evento Arte: Ascom/Emater-DF *Com informações da Emater-DF
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Colha & Pague do Morango encanta visitantes com experiência no campo
A tradicional atividade Colha & Pague do Morango, que faz parte da programação da Festa do Morango, contou com participantes de diversas regiões do Distrito Federal interessados em vivenciar a rotina no campo e a experiência da colheita do fruto diretamente da planta. Promovido com apoio da Emater-DF na propriedade Morangos Oliveira, o evento foi dividido em duas turmas de 30 participantes neste sábado (14). Realizada na propriedade do produtor Sandoval Oliveira, na comunidade Bucanhão, a atividade foi mais do que uma experiência de lazer. Os visitantes puderam aprender sobre o cultivo do morango, as técnicas de manejo aplicadas, conheceram a variedade do fruto oferecido, comeram o morango no momento da colheita e interagiram no ambiente de produção agrícola. Dalila Maria de Lara Brito (esq.) curtiu a atividade ao lado das filhas e do neto e adorou a experiência: “Além de comer, estou levando para fazer geleia, bolo, sorvete, suco” | Fotos: Divulgação/ Emater-DF Moradora de Taguatinga Norte, Dalila Maria de Lara Brito, de 68 anos, vivenciou pela primeira vez a experiência de colher morangos ao lado das filhas e do neto. “Eu achei excelente porque, além de comer, ainda estou levando um monte. Dá para fazer tudo: geleia, bolo, sorvete, suco. É um momento especial com a minha família. Eu não deveria estar aqui hoje, porque tinha outro compromisso, mas decidi participar e estou muito feliz”, contou Dalila. Já Islaine Tavares, participou com o filho e o marido. “Nós amamos a experiência. É a segunda vez que participamos e meu filho, que tem 4 anos, também adorou. Ele ama morango. É a fruta preferida dele. Além disso, é muito didático, porque ele aprende de onde vem o alimento e o manejo na hora de colher. Essa é uma atividade que ajuda a refinar o tato da criança.” Islaine Tavares comemorou que a atividade mostrou ao filho de 4 anos de onde vem a fruta e como fazer para colhê-la “Essa atividade é uma oportunidade não só de comercializar nossos produtos diretamente com o consumidor, mas também de mostrar o valor do nosso trabalho, trazer as pessoas para conhecer o campo, ver de onde vem o alimento, como funciona a colheita e provar da qualidade dos nossos produtos” Sandoval Oliveira, produtor rural Sandoval Oliveira, dono da propriedade, destacou a importância dessa interação entre os produtores e o público urbano. “Essa atividade é uma oportunidade não só de comercializar nossos produtos diretamente com o consumidor, mas também de mostrar o valor do nosso trabalho, trazer as pessoas para conhecer o campo, ver de onde vem o alimento, como funciona a colheita e provar da qualidade dos nossos produtos. As pessoas precisam ter consciência dos nossos desafios na produção para ter noção do custo envolvido em todo o processo e valorizar mais o alimento”, comentou. A Emater-DF esteve presente durante toda a atividade, com extensionistas prontos para orientar os participantes e fornecer informações sobre as melhores práticas de cultivo do morango. “O Colha & Pague, além de ser uma atividade de vivência no campo e turismo rural, permite que as pessoas conheçam a origem dos alimentos que consomem e entendam o valor do trabalho no campo. Além disso, é uma excelente oportunidade para os produtores divulgarem seus produtos e fortalecerem sua comercialização”, afirmou o técnico da Emater-DF, Claudinei Vieira. A Festa do Morango continua até domingo (15), com uma programação repleta de atrações, degustações e, claro, muitos morangos fresquinhos direto do campo. *Com informações da Emater-DF
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Produtores conhecem experiências de inovação tecnológica na ExpoAbra
A programação da ExpoAbra, nesta quinta-feira (5), trouxe aos produtores rurais o painel Inovação Tecnológica no Agro. “A atividade é importante para que os produtores saibam como se apropriar de tecnologias e inovações e melhorar a produção agropecuária, a gestão e a comercialização dos produtos”, afirma o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. Entre as experiências apresentadas estavam o programa Empreender e Inovar, da Emater-DF, que capacita e acompanha produtores e instituições do meio rural na gestão do negócio rural. Painéis sobre inovações na agricultura foram destaque nesta quinta-feira na ExpoAbra | Foto: Divulgação/Emater-DF O empreendedor Aurelino de Almeida relatou sua experiência: “Temos muito apoio técnico sobre como criar os animais, produzir o leite, o queijo, mas vimos como é importante também aprender a gerenciar, escrever, planejar, anotar os gastos e os ganhos e estruturar o que se está fazendo. Levamos um susto quando colocamos tudo em planilha e conseguimos ver nossos pontos de estrangulamento. Temos que nos ver como empresários, e este programa da Emater tem nos ajudado muito”. Outro trabalho em destaque da Emater-DF é o de assistência técnica e extensão rural digital, apresentado pelo gerente de Tecnologia da Informação da empresa, Fabrício Portes Braga. Com a tecnologia e a conectividade dos produtores no meio rural, ele mostrou os serviços que facilitam o acesso a informações técnicas, como o chatbot, que pode ser acessado no site da empresa e pelo WhatsApp (61)3311-9456. Também foram abordados nesta quinta-feira os temas Apropriação tecnológica e desenvolvimento ambiental, econômico e social, por Fábio Faleiro, da Embrapa Cerrados; Gestão da informação com foco em resultados (Tecnologia de processos), com o relato da experiência da Fazenda Malunga; o programa É do Campo, divulgado por Thiara Vieira Viggiano Fernandes, da Emater-MG, e Tecnologias para o agro e como obter recursos a fundo perdido para desenvolvimento destas tecnologias, por Marcio Machado, da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). *Com informações da Emater-DF
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GDF conhece sistema agrícola sustentável de Israel
O secretário do Meio Ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal, Gutemberg Gomes, visitou nesta segunda-feira (2) a Embaixada de Israel para conhecer o projeto Embaixada Verde. Na ocasião, ele conheceu sistemas sustentáveis de agricultura, compostagem e produção de alimentos que utilizam tecnologias avançadas de Israel. A visita foi uma oportunidade de conhecer soluções para a produção sustentável de alimentos. “Ficamos impressionados com a eficiência do sistema de irrigação por gotejamento e do biodigestor utilizados no projeto. Essas tecnologias têm grande potencial de aplicação no Distrito Federal, especialmente em regiões áridas ou com escassez hídrica”, afirmou. Ao lado do embaixador de Israel, Daniel Zohar Zonshine, o secretário Gutemberg Gomes (segundo a partir da esquerda): “Essas tecnologias têm grande potencial de aplicação no Distrito Federal, especialmente em regiões áridas ou com escassez hídrica” | Foto: Divulgação/ Sema-DF O biodigestor utilizado no projeto acelera o processo de decomposição da matéria orgânica na ausência de oxigênio, gerando biofertilizantes e gás metano. Já o sistema de irrigação por gotejamento, desenvolvido em Israel, é altamente eficiente no uso da água, aplicando-a diretamente nas raízes das plantas em pequenas quantidades. “Além da produção sustentável de alimentos, economizando água, adubo e energia, o projeto realiza doações semanais à Ceasa, beneficiando diretamente a população do DF”, complementou o secretário. O projeto Embaixada Verde conta, ainda, com fruticultura, hortas, viveiros de mudas nativas do Cerrado e compostagem. “Estamos interessados em replicar essas tecnologias em projetos futuros, contribuindo para a segurança alimentar e a preservação do meio ambiente na nossa região”, concluiu Gutemberg Gomes. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal do DF
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Feiras movimentam mercado rural do DF com a comercialização da produção agrícola
Parte da produção agrícola da capital federal é comercializada nas feiras difundidas pela cidade, garantindo o sustento de muitos produtores da agricultura familiar. Em praticamente todas as regiões administrativas, há pontos criados com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), onde são vendidas hortaliças, verduras, frutas, pescados, aves, suínos e produtos agroindustrializados, como queijos e doces. Feira do Produtor, no Paranoá, é uma das referências da produção orgânica no DF | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “A Emater trabalha com comercialização há muitos anos, porque entendemos que precisamos ajudar o produtor, então o projeto das feiras é muito importante para isso”, afirma o presidente da empresa, Cleison Duval. “Nosso trabalho vai desde a produção e o acompanhamento da atividade, lá na chácara do produtor, até a padronização e a melhor forma dele levar esse produtor para a feira.” Feira do Produtor José Maurício Rocha, que começou com cultivo e venda de abacate, hoje expandiu a produção e quer investir na criação de galinhas, orientado pela Emater-DF: “Eles nos ensinam a plantar, a vender. É um baita auxílio” Há oito anos, o produtor rural José Maurício Rocha começou no segmento cultivando e vendendo abacate. O sucesso da comercialização o levou a ampliar a produção. Hoje, ele cultiva tomate, maracujá-do-cerrado, quiabo, chuchu, pimentão, banana e folhagens em uma propriedade no Núcleo Rural Capão da Onça, no Paranoá. Tudo que produz, ele comercializa em três feiras no Paranoá, na Vila Planalto e no Lago Sul. “Quando comecei, eu levava duas caixas e vendia; depois só foi crescendo”, conta. “Hoje, todo o meu sustento vem das feiras.” E José Maurício quer aumentar ainda mais a comercialização. A ideia agora é investir na criação de galinhas, o que ele vai fazer com o auxílio da Emater-DF. “Já estou até com um curso com eles marcado. A Emater nos ajuda muito. Eles nos ensinam a plantar, a vender. É um baita auxílio.” Noraci da Costa não perde um domingo de feira no Paranoá: . “Tudo aqui é muito bom, seja pela qualidade, seja pelo preço” No Paranoá, um dos pontos mais conhecidos é a Feira do Produtor, montada todo domingo em um estacionamento no Setor de Oficinas. Por lá, as opções são variadas. “É uma feira livre que tem produtos de hortícolas frescos, in natura, pescado, agroindustrializados, temperos e também outras coisas de alimentação”, resume Rafael Lima, extensionista da Emater-DF no escritório do Paranoá. “É uma feira bem diversificada para atender a demanda dos consumidores da região”. 240 Número de produtores rurais mapeados pela Emater-DF dedicados ao cultivo de orgânicos Todos os domingos, a babá Noraci da Costa vai até a feira garantir frutas e verduras para passar a semana. “Tudo aqui é muito bom, seja pela qualidade, seja pelo preço. Para mim, essa feira é maravilhosa, perfeita, nota 10”, define. Neste domingo (18), ela saiu do local para a sua casa no Itapoã com maçãs, tomates e quiabos. Quem também não abre mão de frequentar a Feira do Produtor do Paranoá é a técnica em enfermagem Selma Cristiane Xavier, 50. A cada 15 dias, ela deixa o Altiplano Leste em direção ao Paranoá só para comprar verduras, legumes, polpas e peixes: “Quase todo domingo eu estou aqui. Acho os produtos excelentes. É mais em conta e tudo fresco”. Venda de orgânicos Maria de Fátima da Conceição produz orgânicos em sua chácara e comercializa na Feira do Produtor: “É onde mais vendo; com certeza, boa parte do meu sustento vem daqui” “Há uma demanda muito grande da população pelos produtos orgânicos, então nós temos um trabalho específico cadastrando as feiras e os pontos de comercialização” Cleison Duval, presidente da Emater-DF Além da expansão das feiras tradicionais, o Distrito Federal tem vivenciado um crescimento de pontos orgânicos. Segundo o mapeamento da Emater-DF, são mais de 30 locais com cerca de 240 produtores rurais envolvidos. A maior parte está localizada no Plano Piloto, mas há pontos no Sudoeste, no Jardim Botânico, no Jardins Mangueiral, em Sobradinho, no Park Way, no Lago Oeste e nos lagos Norte e Sul. “Há uma demanda muito grande da população pelos produtos orgânicos, então nós temos um trabalho específico cadastrando as feiras e os pontos de comercialização”, pontua o presidente da Emater-DF. “Esse é um trabalho que fazemos junto ao produtor, ajudando na produção, na comercialização e no registro.” Maria de Fátima da Conceição é uma das produtoras de orgânicos da cidade. Em sua chácara no Núcleo Rural Capoeira do Bálsamo, no Lago Norte, ela e o marido produzem há 12 anos culturas livres de agrotóxicos, com suporte da Emater-DF. “Começamos há 15 anos, e, na época, ainda não eram orgânicos; mas, com auxílio da Emater conseguimos fazer a transição”, lembra. Os produtos são todos comercializados na região do Paranoá. “A venda é boa, principalmente, na feira aos domingos. É onde mais vendo; com certeza, boa parte do meu sustento vem daqui”, comenta ela. No restante da semana, ela comercializa os produtos em um quiosque no Paranoá. O gerente de Comercialização e Organização Rural da Emater-DF, Blaiton Carvalho, explica que os produtores de orgânicos fazem parte de um cadastro junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa): “O agricultor é obrigado a ter uma certificação que documenta que a produção é orgânica. Por isso, é importante que ele esteja com a cópia do certificado na banca e também que o consumidor exija para saber que de fato está comprando um produto orgânico”.
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Programas de agricultura urbana dão suporte a hortas agroecológicas e comunitárias
Deparar-se com uma horta em meio a área urbana do Distrito Federal é cada dia mais comum. Segundo dados coletados pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) no estudo Agricultura Urbana e Periurbana no Distrito Federal, há mais de 500 pontos de cultivos identificados. Desses, cerca de 130 são acompanhados e atendidos anualmente pelo GDF, por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) e da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF (Seagri). Atividades desenvolvidas em campo são benéficas para todos os envolvidos | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Cabe ao governo atender escolas, creches, unidades básicas de saúde (UBSs) e unidades de internação socioeducativas na criação e cultivo de hortas agroecológicas, e a comunidade geral nas hortas comunitárias em áreas públicas. Só no ano passado, a Emater recebeu a solicitação do serviço em 21 unidades ligadas à Secretaria de Saúde do DF (SES) e mais 17 unidades ligadas ao socioassistencial, da Secretaria de Desenvolvimento Social do DF (Sedes) e ao sistema socioeducativo, vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus). “Na Emater, a Gerência de Agricultura Urbana dá assistência às hortas de todos os órgãos do GDF”, explica a extensionista rural da Gerência de Agricultura Urbana da Emater, Sônia Lemos. “Fornecemos o material e as ferramentas, como adubo, calcário, fertilizantes e sementes. Também temos um agrônomo que faz a orientação.” As hortaliças, detalha ela, são os cultivos mais demandados, com ênfase em alface, couve, coentro, cebolinha e abóbora. “As folhosas são os pedidos que mais recebemos, porque elas enfeitam os canteiros e crescem mais rápido”, aponta. Cultivo como ressocialização A Unidade de Internação de Brazlândia (Uibra) é uma das beneficiadas pelo programa da Emater. Desde 2021, o espaço, que atende 41 adolescentes em conflito com a lei, conta com uma horta cuidada pelos socioeducandos e utilizada entre as atividades de ressocialização dos internos. A iniciativa nasceu de um hobby da agente socioeducativa Sandra Midori Sato. “Temos vários casos de internos que chegam à unidade com problemas de comportamento e psicológicos e têm a horta como válvula de escape” Sandra Midori Sato, agente socioeducativa “Quando chegamos aqui, em 2021, tinha esse espaço vazio”, lembra Sandra. “Primeiro, começamos a arborizar a unidade, depois veio a ideia de plantar a horta. Com a horta, uni o útil ao agradável. Era uma paixão minha e uma vontade de ajudar os meninos, para que pelo menos durante o tempo em que eles estão aqui, possam ter uma visão diferente.” Estar junto à terra, aprender técnicas de horticultura e interagir com outros internos tem dado resultado. “Temos percebido a diferença deles”, relata a agente. “Muitos falam da vontade de mexer com agricultura após sair daqui. Outros falam de fazer uma horta para as mães, para as avós. Temos também vários casos de internos que chegam à unidade com problemas de comportamento e psicológicos e têm a horta como válvula de escape”. É o caso de João (nome fictício), 16 anos, interno que, há um ano e meio, atua na horta da Uibra: “Acho muito bom poder mexer na terra. Me sinto melhor. É uma oportunidade que tenho de tomar um ar, pegar um sol, conversar com outros colegas e estar trabalhando. Também penso que, quando eu sair, posso conseguir um emprego numa chácara, porque já sei plantar”. Prática de vida Diretor da Uibra, Isaac Pessoa ressalta a importância da oportunidade: “Os meninos gostam muito de trabalhar na horta e aprendem um ofício para ter uma possível profissão fora; nós ganhamos também, porque a unidade fica mais bonita, um ambiente melhor para se trabalhar” O diretor adjunto da Uibra, Thiago Meneses, ressalta que a horta auxilia os jovens e os servidores na concepção do plano individual de atendimento, uma das diretrizes da internação. “O trabalho na horta é um trabalho temporal, que precisa ser plantado e regado para ser colhido, então é um reforço para a equipe técnica trabalhar e materializar com o adolescente que o trabalho na horta é como a prática na vida, que é o mesmo processo”, afirma. Por sua vez, o diretor da Uibra, Isaac Pessoa, reafirma que a horta tem sido uma oportunidade a mais para os jovens, além de importante para os servidores do local. “Os meninos gostam muito de trabalhar na horta e aprendem um ofício para ter uma possível profissão fora; nós ganhamos também, porque a unidade fica mais bonita, um ambiente melhor para se trabalhar”, diz. A ideia é expandir o projeto com a instalação de uma estufa. As hortaliças produzidas ali são levadas para feiras e para as edições do projeto GDF Mais Perto do Cidadão, da Sejus. Além disso, servidores, internos e familiares dos socioeducandos também têm acesso à produção. Importância das hortas Nas unidades de internação, a horta tem o papel primordial da ressocialização, mas o cultivo na área urbana apresenta ainda uma série de benefícios. Segurança alimentar, saúde mental, educação ecológica e convívio social são alguns dos pontos levantados pelo coordenador de Políticas de Agricultura Urbana e Periurbana da Seagri, Fernando Cleser. “Não é obrigatório o cadastramento das hortas, mas em algumas iniciativas é interessante, porque o cadastro dá a autorização ao cultivo – é o caso de hortas em áreas públicas e comunitárias” Fernando Cleser, coordenador de Políticas de Agricultura Urbana e Periurbana da Seagri “São vários fatores, desde segurança alimentar, dependendo de qual comunidade estamos falando, até a própria organização da comunidade”, sinaliza o gestor. “Temos hortas em UBSs em que a colheita é fornecida para famílias em situação de vulnerabilidade da região e que, inclusive, são convidadas a participar do projeto. Também temos hortas onde há um viés terapêutico para idosos e pessoas com deficiência.” Assim como a Emater, a Seagri atua apoiando as hortas com equipamentos e insumos. Além disso, é responsabilidade da pasta cadastrar as hortas comunitárias, em cumprimento ao decreto nº 39.314, que dispõe sobre as diretrizes para as políticas de apoio à agricultura urbana e periurbana no Distrito Federal. “Não é obrigatório o cadastramento das hortas, mas em algumas iniciativas é interessante, porque o cadastro dá a autorização ao cultivo – é o caso de hortas em áreas públicas e comunitárias”, explica. Desde 2019, a Seagri cadastrou 29 hortas, das quais 27 estão em processo de regularização. A autorização é concedida por um grupo executivo composto por vários órgãos. “O título autoriza e dá segurança a quem monta uma horta por um período de cinco anos”, complementa Fernando. Como participar dos programas Quem quiser participar do programa de agricultura urbana da Emater pode entrar em contato pelo telefone (61) 3311-9362 e pelo e-mail geurb@emater.df.gov.br. Para cadastrar as hortas, basta comparecer a um dos escritórios da Defesa Agropecuária da Seagri com as informações completas sobre o criador da horta, é necessário preencher a proposta de participação.
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Agro do Quadrado: Rota da Fruticultura desperta interesse de missão da Malásia
“Nós todos somos seres humanos e podemos ajudar uns aos outros a ter uma vida melhor”, afirmou a embaixadora da Malásia no Brasil, Gloria Corina Anak Peter Tiwet, durante visita à propriedade rural Flor do Cerrado, no Lago Oeste. “Vim não apenas como embaixadora, meu interesse é também pessoal. Queria saber como funciona o trabalho da Emater com os produtores, como os produtores produzem as frutas vermelhas aqui, como a Emater ajuda no aumento de renda do produtor. Quis ver como é o dia a dia do produtor, todo o plantio e a colheita.” A embaixadora se interessou pelo trabalho da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) em visita ao estande da empresa na AgroBrasília, feira de tecnologia e negócios voltada para empreendedores rurais de diversos portes e segmentos, que ocorreu em maio. Comitiva da Malásia pôde acompanhar o processo de produção desenvolvido com assistência da Emater | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “No dia internacional da AgroBrasília nós recebemos vários embaixadores para mostrar o agro brasileiro”, lembrou o presidente da Emater, Cleison Duval. “Na ocasião, a embaixadora se interessou em conhecer a nossa área rural. Ela viu que o Distrito Federal é pujante na agricultura quando ela viu a feira. O projeto escolhido para ser apresentado à embaixadora foi a Rota da Fruticultura, que é um programa novo, promissor, grande e que visa a exportação, fazendo o DF um grande exportador de frutas vermelhas.” Frutas vermelhas A Flor do Cerrado é uma propriedade que produz framboesa e conta com o apoio do GDF por meio da Emater. O pequeno estabelecimento faz parte do programa Rota da Fruticultura, coordenado pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF (Seagri) e pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). “Nós temos condições climáticas excepcionais, um mercado gigante interno e externo, e incluímos dentro desse programa, além das frutas vermelhas como mirtilo, morango, framboesa e amora, o açaí” Cleison Duval, presidente da Emater A Rota da Fruticultura visa à expansão da produção de frutas vermelhas na zona rural do Distrito Federal para transformá-lo em um grande polo. Em 2023, foram plantados 380 hectares de açaí no DF e no Entorno. Já para este ano o foco é o mirtilo: a Emater vai plantar 500 mil mudas, atendendo 250 pequenos produtores rurais. “Esse é um projeto que veio do governo federal, o projeto Rotas, e começou em 2020 no DF”, relatou Cleison Duval. “A Codevasf escolheu a produção de frutas vermelhas para a produção aqui. Nós temos condições climáticas excepcionais, um mercado gigante interno e externo, e incluímos dentro desse programa, além das frutas vermelhas como mirtilo, morango, framboesa e amora, o açaí. É um projeto que atende os agricultores familiares.” Tecnologia A Emater atua no projeto com a assistência técnica do manejo e também na gestão do negócio. A empresa trata a propriedade como um empreendimento que precisa de apoio de contabilidade. Todo esse trabalho atraiu a atenção da Embaixada da Malásia no Brasil para acompanhar em campo como os frutos são plantados, colhidos e preparados para o agronegócio, além da tecnologia aplicada na produção. Em 2023, foram produzidas no Distrito Federal 49,50 toneladas de açaí e 6.589 toneladas de morango. A arrendatária rural gaúcha Ledir Cecília Klein, 61, chegou a Brasília em 2022 e colaborou para esse número. Hoje já tem mais de 3,5 mil mudas produzidas para o mercado de sorveterias, confeitarias e cervejas artesanais. Na última quarta-feira (12), ela recebeu a embaixadora Gloria Corina Anak Peter Tiwet para mostrar a produção. “Em 2017, eu ainda morava no Rio Grande do Sul e plantava morango, também assistida pela Emater de lá”, contou. “Para acompanhar meus filhos que vieram para Brasília, eu vim também. Eu já vinha pesquisando o mix completo do programa das frutas vermelhas. Em 2022, comecei a trabalhar com a framboesa e com o morango. Quando me mudei para Brasília, o primeiro órgão que procurei foi a Emater, que me assistiu desde o início. Esse apoio mostra para a gente como é o mercado e como podemos dar vazão à nossa produção. Não posso reclamar, estamos crescendo a cada dia.”
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Agro do Quadrado: produção de orgânicos dispara no DF e leva mais saúde à mesa dos brasilienses
Indo além de uma escolha baseada em saúde, o consumo de alimentos orgânicos tem relação também com a proteção da biodiversidade e os impactos das mudanças climáticas. O Distrito Federal tem disparado na produção orgânica, levando alimentos mais saudáveis até as mesas mais vulneráveis por meio de programas sociais que fazem parcerias com os produtores rurais locais. A cada ano a produção de alimentos orgânicos vindos da agricultura do Distrito Federal tem aumentado. Em 2023, a safra bateu o recorde e alcançou um Valor Bruto da Produção (VBP) de mais de R$ 142 milhões, sendo fonte de renda para vários produtores e movimentando a economia local com cada vez mais adeptos a esse estilo de alimentação saudável. Produção de alimentos orgânicos tem crescimento no DF, com apoio técnico aos produtores rurais e políticas públicas que asseguram a compra para reforçar a alimentação de estudantes da rede pública | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília A fruticultura orgânica, por exemplo, movimentou mais de R$ 17 milhões em 2023. Um salto em comparação com 2022, que teve um VBP em torno de R$ 11 milhões, e um ainda maior se comparado a 2021, que teve uma produção de cerca de R$ 6 milhões. Na floricultura orgânica também houve um aumento expressivo de produção. De 13.500 vasos produzidos em 2022 e um VPB em torno de R$ 172 mil, foi para 31.965 vasos produzidos em 2023, com um VPB de mais de R$ 253 mil. Atualmente são 253 cadastros de agricultores orgânicos do DF, às vezes com mais de uma pessoa nas unidades de produção. Os dados são recolhidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), responsável pelo contato das pessoas do campo com o governo. Arte: Agência Brasília “A gente sempre estimula o agricultor, se ele tiver a condição, a fazer uma conversão para a agricultura orgânica – não só por fatores econômicos, mas principalmente ambientais”, afirma o gerente de agroecologia e produção orgânica da Emater, Daniel Rodrigues. Para o extensionista rural, o efeito pós-pandemia pode ter influenciado no aumento da procura por produtos orgânicos. “Depois da covid-19 as pessoas começaram a repensar o que é importante, incluindo a alimentação. Geralmente a pessoa que vai atrás de um produto orgânico tende a comer alimentos mais frescos e ter hábitos de vida mais saudáveis, então ela começa a considerar isso não como um gasto, mas como um investimento na saúde”. Mais saúde nas escolas O gerente de agroecologia ressalta que na capital brasileira há políticas públicas que estimulam a produção orgânica, que tem um potencial maior para conseguir atender as demandas das escolas públicas. Um exemplo é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), no qual foi ampliada em cerca de 50% a demanda de alimentos orgânicos. “É muito gratificante ver um alimento orgânico chegando para uma criança que, muitas vezes, está em uma situação de vulnerabilidade social. É um papel do Estado proporcionar melhor ensino e melhor alimentação para todo mundo. E a escola pública tende a ser um local onde as famílias têm menor condição de estabelecer isso em casa”, explica Rodrigues. O consultor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Carlos Castro, é um dos produtores rurais que fornecem para diversos pontos do DF, incluindo escolas. Ele trabalha com morangos agroecológicos há sete anos e destaca as vantagens desse tipo de produção. “A importância de produzir no DF é tornar tudo mais acessível”, afirma o consultor do Senar Carlos Castro “Nós temos uma tradição de escutar na mídia que orgânico é tudo sem agrotóxico. Isso é um dos elementos, mas o principal é que a produção seja boa para o produtor, para o consumidor e para o meio ambiente, sem prejudicar e sem malefícios”, observa. Carlos ressalta que todo o manejo dos morangos é feito de forma local e livre de agrotóxicos, incluindo o adubo feito na propriedade e o húmus agroecológico com minhocas. “A água que goteja o solo não contamina nada. Normalmente o morango produz por dois anos no máximo. Com a tecnologia de hoje, nós conseguimos produzir a mesma planta por até cinco anos, de janeiro a janeiro, com colheita até duas vezes por semana”. A propriedade com as hortaliças fica em Sobradinho, na Associação Amide. As mudas que o produtor rural utiliza vieram da Espanha, e, das três estufas com 4,5 mil plantas, atualmente saem de 25 a 30 caixas por semana, em torno de 30 kg de morangos. A demanda é grande, e a produção já chegou a 50 caixas por semana, produtos que vão principalmente para escolas da rede pública de Brasília. “A importância de produzir no DF é tornar tudo mais acessível. Tem muita gente que procura e às vezes manda comprar de longe, mas nós temos bem aqui um produto livre de agrotóxico. Temos clientes que só comem esse tipo de morango”, acrescenta Carlos.
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Estudantes de escolas públicas do Paranoá visitam a AgroBrasília 2024
Uma manhã especial para os estudantes das escolas públicas do Paranoá-DF. Nesta sexta-feira (24), cinco escolas da região visitaram a maior feira de agronegócio do Planalto Central – a AgroBrasília 2024, que neste ano traz a temática “O agro do futuro a gente cultiva hoje”. O evento vai até este sábado (25) no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD-DF, com exposições, palestras, maquinários e estandes de diferentes áreas da agropecuária. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, também compareceu à feira. “A AgroBrasília é um evento importante não apenas para o setor agrícola, mas também para a educação dos nossos jovens, que podem vivenciar na prática os conceitos e tecnologias que estão moldando o futuro dessa importante área” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação As cinco escolas do Paranoá que marcaram presença nesta manhã na AgroBrasília foram o Centro de Ensino Fundamental (CEF) Jardim 02, Escola Classe (EC) Itapeti, Escola Classe Natureza, Escola Classe (EC) 03 do Paranoá e Centro de Educação Infantil (CEI) Sussuarana. Os alunos tiveram a chance de explorar diversas inovações tecnológicas, participar de workshops e palestras, além de compreender melhor a cadeia produtiva do agronegócio, desde a produção até a comercialização do produto. A visita dos estudantes da rede pública do DF ocorreu por meio do projeto Escola no Parque, idealizado pela AgroBrasília. O projeto oferece aos estudantes da rede pública de ensino do DF a oportunidade de vivenciar de forma prática a riqueza do agronegócio brasileiro. Por meio das visitas e atividades interativas, as crianças exploram os diversos setores da feira, descobrem os segredos das máquinas agrícolas que otimizam o plantio e a colheita no campo, as tecnologias dos insumos que são lançados na terra, além de aprenderem sobre as soluções financeiras que garantem o sucesso dos agricultores. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, acompanhou a visita das escolas públicas à 15ª edição da AgroBrasília | Foto: Jotta Castro/Ascom SEEDF O passeio contou com uma passagem pelo espaço do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), onde as crianças aprenderam um pouco mais sobre a força do cooperativismo. Logo após, no estande Escola no Parque, os estudantes tiveram acesso a curiosidades sobre o solo com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e, por fim, receberam uma série de materiais educativos sobre o respeito e educação no trânsito desenvolvidos pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF). A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, destacou a importância dessa experiência para os alunos.”Estamos felizes em proporcionar aos nossos estudantes essa oportunidade única de aprendizado e interação com o universo do agronegócio”, afirmou. “A AgroBrasília é um evento importante não apenas para o setor agrícola, mas também para a educação dos nossos jovens, que podem vivenciar na prática os conceitos e tecnologias que estão moldando o futuro dessa importante área”, disse Hélvia. Quem aprovou a visita foi o pequeno Davi Costa Cardoso, de 5 anos, do Centro de Educação Infantil (CEI) Sussuarana do Paranoá, que se encantou com as máquinas e os animais. “Eu gostei muito de subir no trator e também adorei ver as ovelhas e os bois, essa foi a parte que mais gostei do passeio”, comenta o estudante. Para a professora do Davi, Jéssica Louzada de Moura, a experiência é fundamental para despertar o interesse dos alunos por áreas essenciais para o desenvolvimento dos estudantes. “Estamos plantando sementes de conhecimento e incentivando nossos jovens a pensar no futuro de forma sustentável e inovadora”, explica a professora. *Com informações da SEEDF
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Agricultores familiares aprendem técnicas de produção de molhos, antepastos e tomate seco
O primeiro curso sobre produção de molhos, antepastos e tomate seco da Emater-DF de 2024 para agricultores familiares ocorreu nesta quarta-feira (13). Sob a coordenação do Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional da Emater-DF (Cefor), a capacitação reuniu uma turma composta por 17 participantes das regiões administrativas de Sobradinho, Ceilândia, Gama e Planaltina. O objetivo do curso é aproveitar e agregar valor às hortaliças que os agricultores já produzem em suas propriedades, como o tomate, pimentão, folhagens, temperos, entre outros | Foto: Divulgação/Emater-DF Ministrado pelo extensionista da Emater-DF, Flávio Bonesso, o curso ensinou receitas práticas do molho barbecue de goiabada, molho de hortelã, molho agridoce de pimentão, antepastos de berinjela, de pimentão vermelho e de tomate seco. O objetivo do curso é aproveitar e agregar valor às hortaliças que os agricultores já produzem em suas propriedades, como o tomate, pimentão, folhagens e temperos, entre outros. Esse é o caso da produtora rural Fátima Krinski, do Núcleo Rural Chapadinha, em Sobradinho. “Eu tenho bastante produtos em casa e, às vezes, a gente perde por não saber aproveitar. Eu já fiz algumas geleias de tomate, mas agora estou aprendendo a fazer o tomate seco. Com certeza vai ter boa saída com meus clientes porque eles já pedem”, disse a produtora. “Partindo do princípio que o produtor vai aprender como fazer a cocção, o preparo dos vidros e a usar ervas, sal, azeite e temperos para conservação, ele vai poder adaptar as receitas aqui ensinadas para usar o que ele tem em sua propriedade rural” Cristina Lima, extensionista rural e economista doméstica Com o novo conhecimento, Fátima pretende oferecer degustação de produtos em sua casa, incluindo panificados, molhos, antepastos e tomate seco. “A gente tem sempre que buscar qualificação para trazer novidades e oferecer um produto melhor para o cliente”, afirma Fátima. A extensionista rural e economista doméstica Cristina Lima, que apoiou o curso ao lado do instrutor Flávio Bonesso, explica que o antepasto é um produto servido em pequenas porções, geralmente, como entrada dos pratos principais nas refeições. Em italiano, o nome antipasto significa literalmente ‘’antes do prato’’. “E é também um produto servido com pequenos pedaços, antes de virar uma pasta. Partindo do princípio que o produtor vai aprender como fazer a cocção, o preparo dos vidros e a usar ervas, sal, azeite e temperos para conservação, ele vai poder adaptar as receitas aqui ensinadas para usar o que ele tem em sua propriedade rural”, explica Cristina Lima. A produtora rural Marilene Bastos, do núcleo rural Boa Esperança, em Ceilândia, também participou dessa primeira turma do ano com a intenção de aproveitar os alimentos e aumentar a renda da sua propriedade. “Eu produzia quiabo e maracujá mas, depois de um curso na Emater-DF, comecei a fazer panificados. Agora quero fabricar e vender os molhos e antepastos junto com os pães e montar um negócio para mim”, disse Marilene. “Já tenho bastante tempero plantado lá em casa e quero comprar o mínimo possível e produzir os molhos com o que eu tenho”, disse a produtora. Para ela, mesmo com tanto conteúdo disponível na internet, o curso oferecido pela Emater-DF tem um diferencial. “Mesmo que se tenha muito conhecimento na internet, a gente não tem muita noção de como se faz direitinho. Então, aqui no curso a gente aprende uma base e, aí sim, depois de ter essa prática, a gente pode recorrer à internet para desenvolver nosso perfil”, disse a produtora. *Com informações da Emater-DF
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DF projeta safra de mais de 7 mil toneladas de goiaba em 2024
Está aberta a temporada da goiaba no Distrito Federal (DF). Com a expectativa de uma safra de mais de sete mil toneladas neste ano, a colheita da fruta mais produzida na capital chega ao auge. Pedro Sato, Sassaoka, Paluma, Tailandesa e Cortibel — qualquer que seja a variedade, opções não faltam para abastecer a residência dos brasilienses com exemplares fresquinhos plantados e colhidos dentro do DF. Apesar de a goiaba ser uma fruta que pode ser produzida durante todo o ano, a safra principal é entre janeiro e março. Tendo em vista a alta produção neste período, a tradicional Festa da Goiaba já tem data marcada: de 5 a 14 de abril, em Brazlândia. Cerca de 200 produtores de goiaba se preparam para a grande festa. Os produtores contam com a assistência de equipes multidisciplinares da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Brazlândia é a região administrativa responsável por 95,8% da área de produção da goiaba em todo o DF. É lá onde estão localizadas as chácaras Yamagata e a Ponte Preta. Juntas, as duas somam, por mês, mais de 50 toneladas de goiaba. A Chácara Yamagata dispõe de 60 hectares de plantação, sendo 40 exclusivamente para o plantio de goiaba Tailandesa, Pedro Sato e Cortibel. Por mês, a propriedade rural produz cerca de 40 toneladas da fruta. Embora grande parte do processo seja mecanizado, a colheita é feita de forma manual, uma a uma, pelos 24 funcionários da chácara. “A goiaba daqui tem uma genética bem trabalhada. Tanto é que está no mercado há pouco tempo. Ela ainda está sendo aceita tanto para doces e receitas no geral quanto para comer in natura. Nós não utilizamos máquina para colher porque é uma fruta sensível, não tem como mecanizar. Precisamos prestar atenção na coloração, no formato, no ponto de colheita para garantir que aquela fruta está em perfeitas condições para ser consumida”, defende o produtor Marcio Toshio, 39 anos. Para celebrar a época de colheita da fruta mais abundante do DF, cerca de 200 produtores se preparam para a Festa da Goiaba Já a Chácara Ponte Preta, uma das principais do DF, tem uma área de 40 hectares, sendo 28 para o plantio da fruta. A propriedade produz as variedades Paluma, Pedro Sato e Sassaoka. Os produtos frescos são vendidos na Ceasa. Receitas especiais com a fruta também serão produzidas para comercializar na Feira da Goiaba. “Na festa, nós teremos uma geleia e a goiabada cascão, todas feitas pela minha mãe. A fruta in natura também estará disponível para venda, em saquinhos. A goiaba Sassaoka que a gente planta aqui tem uma casca diferente, mas no sabor ela ganha de todas as outras. Demorei bastante para implementar no comércio essa variedade, mas hoje já tem clientes que procuram somente por ela pelo sabor diferenciado”, pontua o produtor Marco Kazuto, 44 anos. Assistência rural Os produtores contam com a assistência de equipes multidisciplinares da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater), compostas por engenheiros agrônomos, veterinários, zootecnistas, economistas domésticas, engenheiros ambientais e florestais, que compartilham as novidades geradas pela pesquisa, inovações e políticas públicas aos agricultores, famílias e organizações. Nas regiões de atuação dos escritórios locais da Emater-DF de Brazlândia e Alexandre Gusmão, estão concentradas 95,88% de toda a área plantada da fruta. No entanto, Brazlândia concentra a maior produção, representando 88,08% do total produzido no DF Ao longo do ano, são realizados atendimentos individuais a produtores, além de oficinas, cursos, dias de campo, reuniões técnicas, eventos, entre outras atividades. Na área social, a Emater-DF leva orientações sobre aposentadoria rural, benefícios sociais e políticas públicas de inclusão. “O interessado em se tornar um produtor de goiaba pode procurar um dos 15 escritórios da Emater, que nós vamos orientar tudo com relação à fruta, como o ciclo de produção e as tecnologias que ele deve utilizar para produzir com qualidade”, afirma o engenheiro agrônomo e gerente do escritório da Emater em Brazlândia, Claudinei Vieira. Produção em alta no DF De acordo com o Relatório de Informações Agropecuárias da Emater-DF, em 2023 a área plantada com goiaba alcançou 412,15 hectares, indicando um aumento de 16,52% em relação ao ano de 2022. Nas regiões de atuação dos escritórios locais da Emater-DF de Brazlândia e Alexandre Gusmão, estão concentradas 95,88% de toda a área plantada da fruta. No entanto, Brazlândia concentra a maior produção, representando 88,08% do total produzido no DF. A goiaba é a fruta tradicionalmente mais produzida no DF. Em 2023, o DF registrou 222 produtores de goiaba. O dado indica um aumento de 49 agricultores em relação ao ano de 2022. Já com relação à produção, em 2023 foi alcançada a marca de 6.528 toneladas da fruta. Benefícios à saúde A goiaba tem diversas fontes de substâncias protetoras, como os antioxidantes, que são moléculas que protegem as células contra os radicais livres produzidos pelo organismo e, portanto, previnem patologias como câncer, doenças cardiovasculares e doenças degenerativas. Além disso, a fruta é rica em fibras e tem baixa densidade energética, o que aumenta a saciedade. Com boas quantidades de vitaminas A e C e de minerais cálcio, fósforo e potássio, a fruta apresenta teores satisfatórios de vitaminas do complexo B, especialmente a Tiamina (B1), Riboflavina (B2) e Niacina.
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Centro de formação capacitou mais de 670 produtores rurais em 2023
Ao longo de 2023, o Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional (Cefor) da Emater-DF capacitou 677 agricultores e beneficiários dos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Foram 578 horas dedicadas às atividades. A agroindústria é a área com maior número de capacitados, seguida pela área animal e, em terceiro, a agrícola. Capacitações abrangem práticas que se relacionam com agricultura, pecuária e área rural, em geral | Foto: Divulgação/Emater Entre os cursos mais procurados pelos agricultores, estão “Como ganhar mais dinheiro com irrigação eficiente”, “Mão de obra eficiente na piscicultura” e o de panificação artesanal, na área de agroindústria. No entanto, a lista é extensa e variada. Foram cursos de tratoristas, de doma e cuidados com cavalos, de inseminação artificial para gado leiteiro, manejo correto na apicultura, criação de abelhas sem ferrão e uso correto de agrotóxicos, entre muitos outros. O ano de 2023 também foi marcado pela inauguração da Unidade Didática de Processamento, no edifício-sede da Emater-DF, em abril, marcando o aniversário de 45 anos da empresa. A unidade conta com câmara fria, freezers, fogão e diversos outros utensílios que possibilitaram a realização de cursos na área de agroindústria, como os de panificação, de produção de queijos, antepastos e doces, de defumação de carnes e fabricação de linguiças, de filetagem de peixe, desidratação de frutas e vegetais e produção de panetones. São cursos ministrados com o objetivo de ensinar os produtores a preparar alimentos para consumo da própria família e também mostrar possibilidades de comercialização, para geração de emprego e renda. Ensino EaD [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Na modalidade Ensino a Distância (EaD), o Centro de Formação da Emater ofereceu os cursos “Produção de queijos básicos”, “Como implantar uma agroindústria de pequeno porte de ovos”, “Boas práticas de fabricação na pequena agroindústria rural” e “Aprenda a fazer queijo candango”. Ao todo, 217 pessoas concluíram os cursos nessa modalidade. Para 2024, a expectativa é lançar novos cursos, como os de turismo rural e o de gestão e qualificação na agroindústria. Nos cursos EaD, a pessoa interessada deve possuir um dispositivo eletrônico (tablet, celular ou computador) conectado à internet. A inscrição e o acesso ao curso se dão por meio da plataforma Emater EaD. Capacitação de servidores Além dos agricultores, por meio do Programa de Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas da Emater-DF, houve 742 participações de empregados em cursos de formação e atualização. “Estamos felizes em proporcionar essa realização”,afirma a gerente do Centro de Formação, Deijane Araújo. “A atualização e capacitação dos técnicos significa garantia da qualidade dos serviços oferecidos pela empresa na ponta.” *Com informações da Emater-DF
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Emater-DF: programas elaborados em parceria aprimoram atendimento
“Foi um ano intenso, com muitas ações. O balanço social revelou que, a cada R$ 1 investido na Emater-DF, R$ 7,35 retornam para a sociedade. O Valor Bruto da Produção (VBP) chegou a R$ 5 bilhões. Por meio de parcerias, empresa pôde manter incentivos a programas de atendimento na área de produção rural | Foto: Divulgação/Emater_DF Esses resultados representam o trabalho continuado dos técnicos da Emater-DF, que prestaram 176 mil atendimentos a agricultores e suas organizações nas mais variadas formas, como visitas técnicas, reuniões, cursos e orientações sobre políticas públicas, recuperação ambiental, saneamento e agroindústria. Auxiliamos os produtores rurais com os programas de compras governamentais, como PAA, Pnae e Papa-DF, que destinaram mais de R$ 38 milhões aos agricultores. Aprovamos 142 projetos de crédito rural, totalizando R$ 10 milhões em investimentos que contribuem para o aumento da produção. No saneamento rural, instalamos 55 fossas sépticas e temos outras 254 engatilhadas, que serão destinadas à região de Brazlândia, em convênio com a Caesb. Reformamos 28,8 km de canais de irrigação, iniciativa conjunta com a Seagri. Auxiliamos os produtores na Rota da Fruticultura, com 50 hectares de açaí e os primeiros plantios de mirtilo. No programa de agricultura urbana, entregamos insumos a 28 hortas de instituições socioassistenciais, implantamos e reformamos 103 hortas escolares e adquirimos 43 sistemas de captação de água das chuvas para instalação em 2024, um investimento de R$ 700 mil. Na agroindústria, inauguramos a Unidade Didática de Processamento e a Unidade Intensiva de Produção de Peixes, ambas na sede da empresa, para oferecer cursos e oficinas. Em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social, 970 produtores e trabalhadores rurais foram atendidos nos escritórios locais pelo Cras Volante. Lançamos duas publicações que apresentam plantas-modelo de agroindústrias rurais, que facilitarão a regularização desses estabelecimentos. Essas ações contribuem para o desenvolvimento econômico sustentável do DF, melhorando a qualidade de vida dos produtores e da sociedade.” *Cleison Duval, presidente da Emater-DF
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Agricultura é a maior impulsionadora da economia da Ride
Nesta sexta-feira (15), o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) apresentou a análise da atividade econômica do DF e dos municípios pertencentes à Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e Entorno (Ride) e à Área Metropolitana de Brasília (AMB), permitindo um monitoramento da estrutura produtiva da região e fornecendo informações relevantes para auxiliar na tomada de decisões políticas. A agricultura apresenta o maior valor adicionado bruto na maioria dos municípios da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e Entorno (Ride) | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Em 2021, o PIB da Ride totalizou R$ 328,68 bilhões e o da Área Metropolitana de Brasília, R$ 312,71 bilhões. A capital federal registrou um PIB de R$ 286,94 bilhões, participando em 87,3% do produto da Ride e 91,8% da AMB. Após a capital federal, o município de Luziânia (GO) apresentou o maior PIB dentro da região, estimado em R$ 5,44 bilhões. Já o menor valor estimado foi o de Alvorada do Norte (GO), em R$ 0,17 bilhão. Analisando o crescimento econômico, o município de Cabeceiras (GO) apresentou a maior variação nominal entre os anos de 2020 e 2021, de 53,1%, e variação real de 30%, corrigindo os valores pelo IGP-M a preço de 2021. Cavalcante (GO) registrou a maior variação negativa, de 14,5%, em termos nominais, e de 27,4%, em termos reais, entre os dois períodos. No que se refere à distribuição da produção entre a população, o município de Barro Alto (GO) possui o maior PIB per capita da Ride, de R$ 135,15 mil, acima do registrado na capital federal (R$ 92,73 mil). O menor valor foi do município de Novo Gama (GO), estimado em R$ 9,65 mil, quase dez vezes menor que o PIB per capita do DF, em 2021. Das atividades produtivas consideradas no levantamento, a agricultura apresenta o maior valor adicionado bruto na maioria dos municípios, seguida por “Demais serviços”. A participação do valor adicionado dos grandes setores, agropecuária, indústria e serviços corresponde a 3,6%, 5,1% e 81,1% do produto da Ride, respectivamente, passando para 22,8%, 15,7% e 52,9% ao excluir o Distrito Federal. A Ride O recorte territorial da Ride foi criado pela lei complementar nº 94/1998 e regulada pelo decreto nº 7.469/2011, com o objetivo de articular ações administrativas entre a União, o Distrito Federal e os estados de Goiás e Minas Gerais em prol do desenvolvimento e redução das desigualdades regionais. Desde junho de 2018, a Ride é composta por 33 municípios e o Distrito Federal, em decorrência da inclusão de 12 municípios por meio da lei complementar nº 163. Dada a sua criação e composição, a Ride não é uma região metropolitana, apesar de o espaço urbano do Distrito Federal exibir uma dinâmica metropolitana com os municípios circunvizinhos. O recorte da AMB foi apresentado na Nota Técnica nº 1/2014 da Codeplan, sendo composta por 12 municípios goianos e Brasília (DF), que assume o papel de centro polarizador. Acesse aqui o relatório e assista à apresentação neste link. *Com informações do IPEDF
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Produtores rurais recebem documentação e têm terrenos legalizados
A regularização de áreas rurais do Distrito Federal avançou nesta quinta-feira (7) com a entrega de documentação a 84 famílias do campo. Os produtores rurais receberam contratos de concessão de uso (CDUs) das mãos da governadora em exercício Celina Leão. O documento garante segurança jurídica aos ocupantes dos terrenos, sendo um passo importante antes do recebimento da escritura definitiva. Fundamental para os produtores, a legalização da área rural traz segurança jurídica e benefícios aos produtores rurais | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília Atualmente, esse trabalho vem sendo coordenado pela Empresa de Regularização de Terras Rurais (ETR S.A), subsidiária da Agência de Desenvolvimento (Terracap), criada em maio com esta finalidade. A ETR já assinou 202 CDUs desde agosto e superou os números de 2022, com mais que o dobro de contratos entregues. [Olho texto=”“Brasília não ficará sem a tutela do Estado nessa legalização de todas as áreas, inclusive as áreas rurais” ” assinatura=”Celina Leão, governadora em exercício” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A legalização da área rural é essencial para que os produtores tenham segurança jurídica e possam tomar empréstimos bancários. Beneficia o meio ambiente e faz com que o governo não perca com arrecadação de impostos e financiamentos. Movimento comercial [Numeralha titulo_grande=”230 mil hectares ” texto=”Área rural do DF, distribuída em 71 glebas para regularização ” esquerda_direita_centro=”direita”] “Brasília não ficará sem a tutela do Estado nessa legalização de todas as áreas, inclusive as áreas rurais”, assegurou a governadora em exercício. “Há um planejamento em curso de regularização, nas áreas urbanas e rurais, e hoje é um privilégio estar aqui e ver a felicidade desses agricultores. São pessoas que produzem e plantam aqui no DF e servem todos os dias as mesas dos brasilienses.” A capital federal movimenta por ano mais de 1,2 milhão de toneladas de alimentos pelas mãos de 18 mil produtores rurais. Só com hortaliças, foram 238 mil toneladas em 2022, enquanto a safra de grãos alcançou 974 mil no mesmo ano. A área rural do DF corresponde a 70% de todo território da capital, tendo hoje 230 mil hectares distribuídos em 71 glebas para regularização. Segundo o presidente da ETR, Cândido Teles, a regularização é uma forma de fazer justiça aos ocupantes desses terrenos. “Há mais de 60 anos as pessoas esperam agilidade e eficiência na entrega desses documentos”, apontou. “O governador Ibaneis Rocha criou uma empresa com a finalidade exclusiva de cuidar da área rural, por isso está sendo ágil. Hoje nós estamos entregando mais contratos, de agosto até agora, do que nos três últimos anos”. Financiamento O presidente da Terracap, Izidio Santos, lembrou que, por meio da CDU, a pessoa que ocupa o terreno pode procurar um financiamento. “Ela entra no processo de regularização, e, mais à frente, quanto todas essas áreas estiverem destacadas e com registro em cartório, poderemos fazer a entrega da escritura, mas a CDU é uma garantia de que quem está lá ocupando o terreno está legal”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O secretário-executivo de Agricultura, Rafael Bueno, reforçou que a CDU é também uma questão de futuro e solidificação do negócio para o povo do campo. “Isso abre portas, desde o financiamento bancário até a questão de sucessão familiar”, sinalizou. “Muitas vezes, a família não fazia investimentos mais robustos na propriedade porque não tinha garantia se de fato aquela terra seria dela ou não, mas esse passo que é dado por meio da ETR mostra que é uma alavanca do agro no DF”. O evento reuniu dezenas de famílias na Fundação Casa Cerrado, na Asa Norte. Presente à solenidade, o produtor de hortaliças Berchor Luiz Ferreira, 69, que atua há três décadas na região de Brazlândia, comemorou: “É um sentimento de glória, fantástico, não tenho nem como descrever. Saiu o que nós estávamos esperando havia tantos anos. Agora estou mais motivado para produzir e sinto segurança para investir”.
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Cardápio de frutas a céu aberto faz a alegria dos brasilienses
É com uma sacola nas mãos que nos dias de folga o militar do exército Sílvio Lopes, 49 anos, aproveita esta época do ano para percorrer a conhecida Avenida das Mangueiras, no Cruzeiro, e colher mangas maduras das dezenas de pés da região. Ao todo, o Distrito Federal possui cerca de 950 mil árvores frutíferas plantadas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). No fim do ano, as mangas são os principais destaques, e em diversos cantos e regiões administrativas, é possível aproveitar os frutos das árvores | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Fui criado na roça, e pegar frutas no pé sempre fez parte da minha infância. Por coincidência, moro aqui em Brasília perto de uma rua repleta de mangueiras, e estou aproveitando a época para colher as mangas maduras, que caem das árvores, e levá-las para casa”, conta o militar. “Brasília é ótima, tem uma variedade de frutas nas ruas, como manga, jaca, abacate, ingá. Basta saber a época do ano e ir atrás”, recomenda o morador do Cruzeiro. Entre as quadras e avenidas de todo o DF, os pedestres têm à disposição pelo menos 35 espécies de árvores com frutas tradicionais, como manga, jaca, goiaba, amora, tamarindo, caju, jabuticaba, pitanga, e as nativas do Cerrado, como araçá, baru, cagaita, cajá, ingá, pequi e jatobá. As árvores frutíferas fazem parte da arborização da capital desde o início de sua construção. De acordo com a Novacap, o plantio na cidade segue ainda hoje o planejamento do urbanista Lucio Costa. “A ideia de transformar Brasília em um grande pomar a céu aberto faz parte do projeto original da cidade, visando o benefício da fauna e da população. Quando chega o período chuvoso, a natureza trabalha com mais vigor, as mangas estão prontas para a colheita, assim como as jacas e os abacates. Temos um cardápio de frutas, com 10 espécies do Cerrado, e diversos pontos tradicionais na capital, como a Avenida das Jaqueiras, a Avenida das Mangueiras e o Parque da Cidade”, explica o técnico do Departamento de Parques e Jardins da Novacap, Leonardo Rangel. Rangel destaca que a companhia realiza o plantio das árvores frutíferas como parte do programa de arborização que ocorre de outubro a março, quando as chuvas são mais intensas e constantes. “Plantamos, em média, 15 mil árvores em cada programa anual”, completa. Lândia Pereira: “Todas as vezes que vejo as mangas, pego minha sacola e vou colhê-las” Colheita à vontade No fim do ano, as mangas são os principais destaques, e em diversos cantos e regiões administrativas, é possível aproveitar os frutos das árvores. Além disso, aves como periquitos, tucanos e outras espécies frequentam os pomares, principalmente nas quadras do Plano Piloto. Outro destaque é que as árvores frutíferas têm o poder de humanizar a cidade, reconectando a população com prazeres simples, como colher frutas silvestres no pé e descobrir novos sabores, incentivando o uso dos espaços públicos. Apenas em frente ao Eixo Monumental, entre o Palácio do Buriti e o Memorial dos Povos Indígenas, 100 mangueiras fazem a alegria daqueles que passam diariamente pela região, sendo comum encontrar pessoas colhendo os frutos. É o caso de Lândia Pereira, uma saladeira de 40 anos, moradora do Entorno do DF, que percorre diariamente o trecho no caminho para o trabalho. “É o meu caminho, e todas as vezes que vejo as mangas, pego minha sacola e vou colhê-las. São doces e saborosas. Levo para as minhas filhas, elas adoram. Faço receitas, me alimento e levo para casa para saborear com a família, é muito bom”, relata. Plantio Apesar de todos os benefícios, o plantio das árvores pela população requer cuidados. A Novacap, com foco na sustentabilidade e na sucessão ecológica das árvores do DF, não recomenda o plantio indiscriminado e sem planejamento. “Recomendamos que a população não plante sem o conhecimento dos locais apropriados. Existem regiões em que não plantamos e nem recomendamos o plantio, como próximo aos estacionamentos. Se desejar plantar, procure a Novacap, que fornecerá todas as orientações. No entanto, a colheita é livre, e as frutas são cultivadas sem o uso de agrotóxicos”, finaliza o técnico Leonardo Rangel, da Novacap.
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Vem aí o VIII Encontro Distrital de Mulheres Rurais
Solteira, semianalfabeta e mãe de nove filhos: essa era a realidade de Noilde Maria de Jesus há cerca de 14 anos. Graças ao apoio do Governo Distrito Federal (GDF), ela ganhou uma profissão: a de produtora rural independente, capaz de sustentar a família com o dinheiro que ganha com a produção de sua propriedade agrícola de cinco hectares em Brazlândia. Noilde de Jesus reconstruiu sua história de vida a partir do trabalho desenvolvido pela Emater: “Os encontros me incentivaram a muitas coisas, como voltar para a escola” | Foto: Ana Nascimento/Emater Noilde é mais uma das cerca de quatro mil mulheres impactadas positivamente pelo trabalho da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater). Assim como ela, aproximadamente 400 produtoras agrícolas vão participar do VIII Encontro Distrital de Mulheres Rurais, evento bianual que, este ano, será realizado em 24 de novembro. Como parte da programação, a Emater promoveu três encontros preparatórios. As duas primeiras reuniões abordaram a rotina da agromulher e incluíram uma roda de bate-papo sobre terapia integrativa. A terceira e última ocorreu nesta terça-feira (31), reunindo aproximadamente 50 mulheres rurais que participaram de palestras e práticas sobre empreendedorismo feminino. “O objetivo desses encontros é fazer com que a mulher também vá para o mercado de trabalho, que consiga empreender e conquistar seu próprio dinheiro”, resume o presidente da Emater, Cleison Duval. Autoestima “O nosso foco é resgatar a autoestima dessa trabalhadora”, pontua a coordenadora do projeto Valorização das Mulheres Rurais, da Emater, Selma Tavares. “Nós queremos motivar que elas tenham condições e conhecimentos para isso. Muitas vezes, por meio dessas ações, as mulheres rurais conseguem se encontrar e começar a trabalhar com outras alternativas.” Noilde esteve presente em todas as edições anteriores do Encontro Distrital de Mulheres Rurais. “A Emater mudou muito a minha vida”, comemora. “Durante o primeiro encontro, eu descobri que sofria muita discriminação pelo meu antigo companheiro, e não sabia lidar com essa situação. De lá para cá, fui ganhando conhecimento e convidando outras mulheres. Isso é muito bom”, lembrou. [Olho texto=”“Nós desenvolvemos trabalhos para todos os membros de uma comunidade, como jovens, idosos, mulheres e crianças” ” assinatura=”Cleison Duval, presidente da Emater” esquerda_direita_centro=”direita”] Além de ter aprendido uma profissão, Noilde se redescobriu. “Os encontros me incentivaram a muitas coisas, como voltar para a escola”, conta. “Havia equipes de trabalho, e eu me sentia perdida porque não tinha estudos, não entendia o que era para fazer. O que eu sabia não era o suficiente para resolver meus problemas. Hoje é meu último ano na escola. Posso dizer que vou me formar no ensino médio”. Grande família Em mais de 40 anos de existência, a Emater contribui para o desenvolvimento rural do DF em quatro dimensões: social, econômica, ambiental e inovativa. São mais de 15 mil produtores rurais atendidos, tanto no DF quanto no Entorno. A empresa possui 15 escritórios locais distribuídos pelas regiões administrativas, atuando de forma descentralizada no apoio à população rural. “Nós desenvolvemos trabalhos para todos os membros de uma comunidade, como jovens, idosos, mulheres e crianças”, detalha Cleison Duval. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com o gestor, as atividades traçadas pela empresa vão além das previstas institucionalmente. “Nós somos o equipamento público mais próximo da população rural”, aponta. “Todas as pendências que a família rural precisar resolver são sanadas no escritório da Emater”, assegura ele. “É uma relação muito próxima, uma grande família, porque eles chegam com problemas que vão além da nossa missão institucional. Essa relação é muito importante, é uma troca de confiança entre as famílias e o GDF.”
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Produtora de Sobradinho transforma a vida com apoio da extensão rural
Não há evolução e melhoria sem uma efetiva alteração no modo de se fazer as coisas. Nesse sentido, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater), de acordo com a realidade dos produtores, trabalha soluções adequadas para o desenvolvimento das propriedades rurais e bem-estar das famílias. Luzia Rodrigues de Souza é um exemplo de como o serviço público de extensão rural pode contribuir para mudar a vida das pessoas e da comunidade. Com a orientação de técnicos da Emater, Luzia Rodrigues de Souza adquiriu uma parcela de terra e começou a produzir. “Do jeito que eu gosto para mim, faço para vender” | Foto: Divulgação/Emater Luzia chegou ao Distrito Federal em 1994, vinda do Piauí, procurando uma oportunidade de vida melhor. “Eu passei muita fome, deixava de comer para alimentar meus filhos, que são oito; o caldinho que sobrava, eu tomava”, lembra. Ela chegou a trabalhar como doméstica, mas não se sentia feliz. Após ir e voltar para a sua cidade natal algumas vezes, Luzia conseguiu uma parcela de terra no projeto de Assentamento Contagem, na região da Fercal, em Sobradinho. Desde então, passou a contar com a assistência técnica da Emater para iniciar uma atividade produtiva. Negócio bem-sucedido Assim como para muitos produtores, o desafio foi a questão financeira para realizar as melhorias necessárias, comprar insumos e materiais. Coube aos extensionistas planejar tudo com os recursos disponíveis no momento e buscar políticas públicas para impulsionar o negócio de Luzia, que à época começava a investir no campo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Ela iniciou os trabalhos com o plantio de mandioca, a fim de produzir farinha. “Faço com amor”, conta. “Do jeito que eu gosto para mim, faço para vender”. Depois, foi aos poucos diversificando a produção com outros alimentos, como abóbora-japonesa, quiabo, feijão, tangerina, mamão e banana. Dessa produção, Luzia entrega cerca de 400 kg ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do governo, que fornece alimentos a instituições dedicadas a cuidar de pessoas em situação de insegurança alimentar. Crédito rural Em 2015, por meio de projeto de crédito rural da Emater, Luzia comprou um caminhão para a entrega dos seus produtos. O veículo foi adquirido pelo Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR) do Distrito Federal e custou R$ 119 mil. A produtora rural conseguiu quitar a compra, pagando a última parcela em setembro deste ano. “Esta é mais uma conquista”, comemora. “Eu não sei ler, mas sempre fui responsável com dinheiro e sempre paguei minhas dívidas”. Além do programa de governo, Luzia vende alimentos na Feira do Padre, em Sobradinho. Com o dinheiro da feira, comprou gado e passou a comercializar também alguns bezerros. “Ela é aquela agricultora em quem enxergamos potencial”, aponta a gerente da unidade da Emater em Sobradinho, Clarissa Campos. “É aquela que podemos sempre desafiar um pouco mais para melhorar, e ela sempre dá resposta. Executa as recomendações técnicas, tem consciência sobre a importância dos tratos culturais para melhorar a produção, gosta e participa das capacitações. Ela é um exemplo de como a extensão rural, aliada ao interesse do produtor, traz resultados positivos.” *Com informações da Emater
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Empreendedor do PAD-DF consolida produção de capim capiaçu
A família do produtor Vinícius Gonzales comprou uma chácara no núcleo rural PAD-DF (região administrativa do Paranoá) em 2020. O objetivo era ter um espaço de lazer e descanso longe da vida agitada do centro da cidade. Porém, com espírito empreendedor, Vinícius enxergou a possibilidade de elevar a renda plantando capiaçu — uma espécie de capim utilizada para alimentação animal. Com orientação e apoio da Emater-DF, Gonzales tem hoje uma produção consolidada. “Minha ideia inicial era criar gado de corte. Compramos algumas cabeças e comecei a pesquisar sobre alimentação do plantel. Foi assim que cheguei ao BRS capiaçu”, relata Vinícius, referindo-se ao capim desenvolvido pela Embrapa. “Começamos, então, a fazer testes, ensacando o produto para venda. Ao procurar o escritório da Emater-DF, recebemos todas as orientações sobre questões técnicas e burocráticas”, completa o produtor. O capiaçu é uma excelente fonte de nutrientes para vários ruminantes, como vacas, búfalos, ovinos, caprinos e até equídeos | Fotos: Emater-DF/ Divulgação Segundo o engenheiro-agrônomo Gilmar Batistella, que atua na unidade da Emater-DF no PAD-DF, a equipe de extensionistas colaborou com a elaboração do Cadastro Ambiental Rural (CAR), com a Declaração de Conformidade de Atividade Agropecuária (DCAA), com a inscrição do produtor junto à Secretaria de Fazenda, além de orientar sobre a vacinação dos animais contra brucelose. “Nem sempre o produtor tem tempo para lidar com documentações e comparecimento a órgãos públicos. Então, assumimos esse apoio”, explica Gilmar. Já o zootecnista Maurício Gonçalves elaborou o projeto de crédito que permitiu ao produtor a compra de um trator apropriado para o plantio do capim. “Conseguimos um recurso de R$ 189 mil do GDF, que foi importante para alavancar a produção do Vinícius”, afirma Maurício. O valor foi acessado por meio do Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), da Secretaria de Agricultura (Seagri). De acordo com Maurício Gonçalves, o capiaçu é uma excelente fonte de nutrientes para vários ruminantes, como vacas, búfalos, ovinos, caprinos e até equídeos. “Com o processamento adequado, que é bem trabalhoso, Vinícius está oferecendo um excelente produto aos seus clientes”, acrescenta o zootecnista. Clientela A expectativa é que a produção cresça ainda mais na época da seca Formado em administração, Vinícius Gonzales pretende cativar clientes no Distrito Federal e Entorno. “Meu público-alvo são os pequenos produtores, já que, por enquanto, não tenho escala para atender aos grandes. Com foco nos menores, posso oferecer um capim de alta qualidade e com uma boa margem de lucro”, vislumbra. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Atualmente, o produtor conta com cerca de 45 cabeças, que se alimentam do capiaçu. “Temos especial cuidado com a gestão do negócio”, informa Vinícius, que tem um controle minucioso das sacas, do planejamento da alternância dos plantios e administra tudo com olhar atento. “Esse cuidado é essencial para o sucesso da atividade. Vinícius Gonzales está no caminho certo”, resume o extensionista Maurício Gonçalves. Com a chegada da estiagem, as vendas de Vinícius devem aumentar, já que os pastos secam. “Pretendo continuar com a atividade, aprimorar a técnica, estabelecer parcerias e ampliar a clientela, pois gosto de fazer negócio. Com o apoio da Emater-DF, estou bastante empolgado”, conclui. *Com informações da Emater-DF
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Agricultura urbana ganha força no Distrito Federal
Não é somente na zona rural do Distrito Federal que são produzidas as hortaliças e frutas que chegam às mesas de milhares de brasilienses. A agricultura em áreas urbanas tem se destacado com o verde da produção em meio a “selva de pedras”. Pesquisa do IPEDF identificou 6.015 pontos de cultivo no Distrito Federal, dos quais 1.282 estão em áreas urbanas | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Em Brazlândia, em Vicente Pires e na região da Vargem Bonita, que fica no Park Way, pontos de cultivo são encontrados com mais densidade. As plantações nas regiões administrativas, que antes eram colônias agrícolas, permaneceram mesmo com o processo de urbanização, ganhando a tipologia de “agricultura urbana rural remanescente” ou “agricultura de resistência”. Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) aponta que o Distrito Federal conta com 6.015 pontos de cultivo, dos quais 1.282 estão em áreas urbanas. Durante o estudo, foram encontradas propriedades de 0,5 a 14 hectares, mapeadas por sensoriamento remoto. “Acaba que o custo fica menor, porque não tem o transporte. E você recebe uma verdura de qualidade, fresquinha, colhida na hora”, diz a produtora Marina Teixeira, de Vicente Pires, sobre o diferencial de ter plantação próxima a área urbana São 191 pontos de cultivo no Park Way e 154 em Vicente Pires. Os pesquisadores também visitaram 20 produtores locais para compreender as particularidades de cada área. De acordo com Aline da Nóbrega, coordenadora de Estudos Ambientais do IPEDF, o objetivo da pesquisa é direcionar as tipologias para políticas de ordenamento territorial a fim de que elas sejam incluídas nas diretrizes como uma forma de uso em áreas urbanas. “Esses produtores sofrem a pressão da ocupação urbana. A gente acredita que esse enquadramento tipológico pode auxiliar e dar instrumentos para que eles permaneçam nessas áreas produzindo. Porque, além disso, essa horticultura contribui para o manejo dos solos e o microclima da região”, explicou a pesquisadora. Produção mais perto Há 39 anos a produtora rural Marina Teixeira Monteiro de Sousa mora em um desses pontos de cultivo. Com 58 anos de idade, ela é a quarta geração que cuida da plantação de 3,5 hectares em Vicente Pires, que abriga mais de 30 tipos de folhagem como agrião, brócolis, mais de dez tipos de alface, espinafre, repolho, couve e até flores comestíveis. O técnico da Emater Rogério Vianna diz que a produção agrícola em áreas urbanas é valorizada pela procedência conhecida e pelo custo mais baixo com logística De acordo com a agricultora, o forte da produção são as feiras, onde as hortaliças são comercializadas, sobretudo em Taguatinga, na Ceasa, na Feira do Produtor e também em alguns mercados. Ela destaca as vantagens de ter a produção tão próxima à cidade. “Acaba que o custo fica menor, porque não tem o transporte. E você recebe uma verdura de qualidade, fresquinha, colhida na hora. É um diferencial muito grande. A população que está próxima tem aquele contato com a gente nas feiras e sabe a origem daquele produto que está levando”, afirma Marina. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Rogério Vianna, técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), acompanha o trabalho de Marina há anos. Ele comenta que o aumento da agricultura em áreas urbanas é um fenômeno que tem acontecido no DF e no mundo, pois a procura pelo alimento de procedência conhecida e o custo mais baixo valorizam esse tipo de produção. “Um pé de alface que a gente paga no mercado a R$ 3, R$ 4, por exemplo: mais da metade desse preço é custo de logística. O que foi gasto para embalar, transportar e por aí vai. Às vezes o custo é até maior do que o da própria produção. Por isso o fato de se produzir dentro da cidade barateia muito para o consumidor”, explica o especialista. Segurança alimentar Rogério acrescenta que os ambientes de plantação em meio à cidade também são responsáveis pela captação de água da chuva, que infiltra no solo e abastece os mananciais locais, reforçando a parte do estudo sobre a contribuição da produção alimentar para o manejo das áreas de solo exposto e recuperação de áreas degradadas. Além disso, a pesquisa também avaliou áreas potenciais para produção da agricultura urbana e periurbana no DF, com estimativa de abastecer cerca de 2 milhões de pessoas com hortaliças e 3 milhões com frutíferas, contribuindo para redução da insegurança alimentar.
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Cultivo protegido de mandioca é apresentado na AgroBrasília
Cultivar mandioca não é coisa nova. Cultivo sob mulching de hortaliças (canteiros cobertos com plástico) e com irrigação por gotejamento também não. Novidade mesmo é unir as três técnicas e é isso que a Emater apresenta no Circuito da Olericultura durante a AgroBrasília 2023, que segue até este sábado (27), no Núcleo Rural PAD-DF. No espaço, foi plantada a mandioca cultivar BRS 429, desenvolvida pela Embrapa, em canteiros cobertos com filme plástico de polietileno com irrigação por gotejamento e fertirrigação – técnica de adubação que utiliza a água de irrigação para levar nutrientes ao solo cultivado. Tecnologia de cultivo da mandioca tem potencial de grande retorno financeiro para o produtor rural, segundo a Emater | Foto: Ana Nascimento/Emater Resultado de experimentos realizados pela Embrapa e empregados por diversos agricultores do DF, com assistência da Emater, a tecnologia indica a possibilidade de aumento de cerca de 90% na produtividade. Além disso, foram observadas a redução na necessidade de irrigação pela diminuição de perda d’água por evaporação direta e a otimização no uso de fertilizantes. [Olho texto=”Além do cultivo protegido da mandioca, o Circuito de Olericultura da Emater vai apresentar muitas outras tecnologias empregadas no cultivo de hortaliças. Os visitantes vão conhecer seis cultivares de tomate, uma de pimentão, uma de feijão-vagem, uma de jiló e uma de repolho roxo, todas plantadas dentro de estufa” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A cultivar BRS 429 tem características comerciais bastante atrativas, como excelente produtividade, tolerância às principais doenças, porte ereto que facilita o manejo, 20 minutos de tempo médio de cozimento e a cor da polpa é amarelo intenso. De acordo com o coordenador do circuito de Olericultura da Emater-DF na AgroBrasília 2023, Antonio Dantas, a tecnologia foi escolhida por apresentar uma opção viável de investimento com grande retorno financeiro para o produtor rural, além de reduzir a necessidade de serviços e de mão de obra, que representa redução significativa de custos ao produtor. “O uso correto das tecnologias disponibilizados pela pesquisa e a adequada gestão da propriedade têm sido fatores que levam ao sucesso e à manutenção da viabilidade dos empreendimentos dos pequenos agricultores. A Emater tem se esforçado para construir alternativas junto dos agricultores e essa tecnologia que vamos apresentar é uma dessas iniciativas”, ponderou Antonio Dantas. Olericultura [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Além do cultivo protegido da mandioca cultivar BRS 429, o Circuito de Olericultura da Emater vai apresentar muitas outras tecnologias empregadas no cultivo de hortaliças. Os visitantes vão conhecer seis cultivares de tomate, uma de pimentão, uma de feijão-vagem, uma de jiló e uma de repolho roxo, todas plantadas dentro de estufa. Em ambiente protegido, também estarão plantas medicinais e aromáticas. Serão apresentadas, ainda, hortaliças folhosas cultivadas em canteiros hidropônicos e em cultivo protegido sob mulching com irrigação por gotejamento. Além das folhosas, foram plantados jiló e berinjela sob mulching, com irrigação por gotejamento. Também será apresentado o plantio do maxixe feito sob cobertura morta de plástico e de matéria orgânica. Finalizando as demonstrações tecnológicas usadas no cultivo de olerícolas, será apresentada a aplicação de agrotóxicos por meio de drones. Segundo o Relatório de Atividades Agropecuárias do Distrito Federal feito pela Emater em 2022, a olericultura produziu 238.952 toneladas de produtos, numa área plantada de 8.214,234 hectares. O tomate lidera o ranking com 34.509,78 toneladas, seguida da alface, com 23.263,22 toneladas. *Com informações da Emater
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Dia do Trabalhador Rural: orgulho para quem se dedica ao campo
Criado para homenagear as pessoas que trabalham nas zonas rurais, o Dia Nacional do Trabalhador Rural é celebrado nesta quinta-feira (25), uma data de orgulho para quem se dedica ao campo. Cerca de 500 maços de hortaliças são colhidos diariamente na fazenda de Juscelino Teles de Lima, no Gama | Fotos: Tony Oliveira/ Agência Brasília Juscelino Teles de Lima, mais conhecido como Zequinha da Horta, tem 64 anos e saiu da Bahia em busca de melhores condições em Brasília. O sonho de um futuro promissor se concretiza a cada dia graças ao apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), que presta assistência a Zequinha há mais de 15 anos. “Eu amo Brasília. Aqui não falta nada. Quando preciso da Emater, basta ligar ou então ir lá e eles vêm aqui me ajudar. Já precisei de financiamento uma vez e a Emater fez tudo pra mim”, defendeu. Hoje, o produtor rural conta com uma área de plantação de hortaliças de três hectares, no Gama, que garante o sustento dele e de sua família. Alface, couve, agrião, pimenta, salsinha, chicória, banana são alguns dos itens plantados, colhidos e entregues diretamente ao consumidor final. Conhecido como Zequinha da Horta, Juscelino Teles vende a produção em locais como a Ceasa e a Feira do Pedregal A plantação de Zequinha garante em torno de 500 maços de hortaliças por dia. Só de pimenta, são colhidas 2 toneladas por ano. As vendas ocorrem na Ceasa do DF, na Feira do Pedregal e para empresas privadas. Assistência Kleiton Rodrigues Aquiles, gerente da Emater no Gama, diz que a meta da empresa é atender cada vez mais produtores rurais [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O objetivo da Emater é promover o desenvolvimento rural sustentável e a segurança alimentar em benefício da sociedade do DF e do Entorno. A empresa atende mais de 15 mil produtores rurais. De acordo com o gerente do escritório da Emater no Gama, Kleiton Rodrigues Aquiles, a assistência ao pequeno e grande produtor rural é gratuita. “Basta procurar o escritório local da Emater e fazer o cadastro”, explicou. “Há aproximadamente dois mil produtores cadastrados nas áreas do Gama, Santa Maria e Recanto das Emas. Somente no ano passado foram mais de mil atendimentos às propriedades desta região e estamos buscando ampliar esse número”, detalhou.
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Público da AgroBrasília terá condições especiais de financiamento
O BRB é o principal apoiador da maior feira de agronegócios do Centro-Oeste: a AgroBrasília. A feira de agronegócios será realizada no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD-DF, desta terça (23) até sábado (27). Este ano, o banco se tornou patrocinador máster da AgroBrasília e contará com dois estandes no local, além de equipe especializada que vai oferecer uma experiência única aos clientes. “O BRB é o principal agente de financiamento de agronegócios no DF. E com o crescimento e a modernização do banco, passamos a atuar ainda mais próximo do setor, oferecendo soluções financeiras inovadoras. É com grande satisfação que estamos participando como principal apoiador da AgroBrasília 2023. Estamos com um pacote especial para produtores de todos os portes, com condições diferenciadas para os negócios. Esperamos que essa semana seja de muitos negócios”, diz o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. [Olho texto=”Os visitantes que contratarem as linhas de crédito do BRB durante o evento poderão, ainda, financiar veículos com condições especiais, além de ter acesso a seguros diferenciados” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Durante a feira, os visitantes e expositores terão acesso aos produtos da carteira de crédito rural do BRB, com ênfase em investimento agrícola para a aquisição de máquinas e equipamentos e custeio agrícola destinado à produção de grãos. Créditos de custeio com taxas a partir de 5% ao ano; créditos de investimento com taxas a partir de 7,46% ao ano; créditos de comercialização com taxas a partir de 12% ao ano; e de industrialização, com taxas que partem de 6% ao ano serão algumas das opções apresentadas. Além de disponibilizar os produtos de crédito com taxas especiais, o BRB contará com a presença de um consultor de investimentos para prestar esclarecimentos aos produtores sobre o mercado de commodities (soja, boi, milho e café), NDF (contrato de dólar futuro), estruturação de CRAs e operação de hedge com mercado de opções. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os visitantes que contratarem as linhas de crédito do BRB durante o evento poderão, ainda, financiar veículos com condições especiais (sem entrada e com taxas a partir de 1,60% ao mês), além de ter acesso a seguros diferenciados (pecuário, agrícola, empresarial, entre outros). A AgroBrasília está consolidada como uma das maiores feiras do mundo na difusão de tecnologia tropical, e é reconhecida nacionalmente pelo papel desempenhado na ocupação agropecuária dos cerrados. O acesso à feira é gratuito e a organização se prepara para bater os recordes alcançados em 2022 – de público, expositores e negócios. No ano passado, 130 mil pessoas passaram pelo parque e os 520 expositores viram os negócios realizados alcançarem a cifra de R$ 4,6 bilhões. *Com informações do BRB
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Confira as novidades da AgroBrasília, que começa na terça-feira (23)
Com inovações na área agropecuária do DF e Entorno, a feira AgroBrasília será realizada entre os dias 23 e 27 de maio, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, PAD-DF, área rural do Distrito Federal. O evento reúne inovações na área agropecuária do Distrito Federal e Entorno, contando com 560 expositores nesta edição. AgroBrasília será oportunidade para produtores rurais, independentemente do tamanho da propriedade, aprenderem novas tecnologias para mais produtividade e rentabilidade | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Com realização da Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), em parceria com a Emater-DF e com apoio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), a entrada e o estacionamento serão gratuitos. A área, de 50 hectares, tem espaços de destaque, como os pavilhões de pecuária e inovação, a unidade demonstrativa da Embrapa, o Espaço de Valorização da Agricultura Familiar e a estação meteorológica, uma das novidades deste ano. “Além de capacitar, você promove a troca de experiência entre os produtores e oportuniza a comercialização dos produtos deles”, diz o presidente da Emater, Cleison Duval Outra novidade é o campo de pulses, como são conhecidas as leguminosas secas. O espaço, destinado para a Embrapa, trará cursos, em parceria com a LC Sementes. Já no espaço inovação, junto ao Sebrae, os organizadores visam trazer novas tecnologias digitais, prestigiando startups. De acordo com o presidente da Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), José Guilherme Brenner, a expectativa de público é de 20 mil pessoas por dia. Ao longo da semana do evento, é esperado receber até 130 mil pessoas. “A ideia da feira é um começo de negócio. É a possibilidade dos produtores encontrarem os fabricantes, verem oportunidades de negócio, compararem os produtos e buscarem agentes de financiamento. É uma grande oportunidade para levar a agricultura e as novas tecnologias para o pequeno produtor”, afirmou Brenner. Inovação e capacitação [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A Emater-DF estará com cinco hectares para amostra de campo com tecnologias de várias cadeias produtivas, como piscicultura, avicultura, olericultura, floricultura e bovinocultura, com métodos para diminuir os custos de produção e otimizar o uso de produtos. Segundo Cleison Duval, presidente da Emater-DF, a AgroBrasília será um grande evento de capacitação. “Além de capacitar, você promove a troca de experiência entre os produtores e oportuniza a comercialização dos produtos deles. A feira também traz visibilidade institucional para que a Emater possa apresentar o seu trabalho e a importância para a segurança alimentar da população da cidade”, declarou. De acordo com ele, a Emater-DF vai trazer cerca de 3 mil produtores para o evento. O evento contará também com estufas de produtos à venda, englobando a grande, média e pequena agricultura. Warley Marcos Nascimento, pesquisador da Embrapa, afirmou que há novidades para todo o público e oportunidades de diversificação de espécies de leguminosas. “A feira é uma ferramenta para a gente conseguir colocar as tecnologias ativas para o produtor rural”, observou o pesquisador.
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AgroBrasília leva tecnologia e conhecimento para produtores rurais
Uma das principais feiras agrícolas do Centro-Oeste começa no próximo dia 23: a AgroBrasília, que nesta edição de 2023 espera receber cerca de 130 mil visitantes em cinco dias. Com um espaço de 60 mil m² na feira, a Emater-DF vai apresentar inovações que podem ser aplicadas por pequenos, médios e grandes produtores rurais, como cultivo de mandioca, variedade BRS 429, cultivada em canteiro com cobertura plástica morta e irrigação por gotejamento, uso de alimentos fermentados na criação de peixes e camarão, opção de produção de açaí como nova opção de cultivo na capital, entre outras. Serão sete circuitos tecnológicos, com informações diversas sobre olericultura, bovinocultura, aquicultura, floricultura, fruticultura, olericultura e saneamento rural e de segurança alimentar e nutricional. No espaço, os visitantes também poderão passar pelo Galpão do Produtor, onde produtores da agricultura familiar estarão comercializando artesanato, alimentos semiprocessados de agroindústrias como pães, bolos, geleias, licores, queijos e biscoitos. Os técnicos da Emater-DF também estarão em uma van caracterizada, da empresa, prestando informações gerais sobre projetos de aquisição de crédito rural e as linhas disponíveis. “Estamos com a equipe trabalhando em ritmo intenso para deixar o espaço confortável, bonito e com muitas informações que vão auxiliar os nossos produtores e também os produtores de fora que visitarem os nossos circuitos. São informações técnicas para aumentar a produtividade, economizar dinheiro e também produzir com segurança e sustentabilidade”, observa o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Por meio de excursões, a Emater-DF vai levar mais de três mil agricultores familiares do Distrito Federal e municípios do Entorno (Goiás e Minas Gerais) para conhecer a AgroBrasília e também as tecnologias e opções de cultivo. A recepção das visitas aos circuitos será realizada pelos extensionistas da empresa. “Nas visitas poderemos aprofundar o conhecimento para o produtor de uma maneira eficiente para os produtores e visitantes. Quem tiver interesse em conhecer melhor todas as tecnologias presentes nos circuitos temáticos terá a oportunidade de procurar nossos técnicos para tirar quaisquer dúvidas”, esclarece Adriana Nascimento, coordenadora do espaço da Emater-DF na AgroBrasília. “Com nosso trabalho, pretendemos potencializar a agricultura familiar no DF e Entorno, ampliando o alcance de tecnologias utilizadas em pequenas propriedades e promover a interação entre produtores e parceiros”, completa Adriana. Essa troca de informação e conhecimentos impacta diretamente na rotina do empreendedor rural. “O objetivo é fortalecer a economia do campo e proporcionar a toda a sociedade um alimento seguro e saudável”, conclui a extensionista da Emater-DF. Além dos circuitos fixos, que o visitante poderá visitar todos os dias, a empresa estará presente em duas atividades especiais: no dia 24 (quarta) será feita uma recepção a delegações estrangeiras que irão conhecer a força do nosso país na produção agropecuária, e no dia 26 (sexta) uma palestra sobre o programa do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, Rota da Fruticultura, que pretende fortalecer a produção de frutas região. [Olho texto=”“Com nosso trabalho, pretendemos potencializar a agricultura familiar no DF e Entorno, ampliando o alcance de tecnologias utilizadas em pequenas propriedades e promover a interação entre produtores e parceiros”” assinatura=”Adriana Nascimento, coordenadora do espaço da Emater-DF na AgroBrasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Na próxima semana, a empresa vai lançar o Caderno Tecnológico 2023 com explicações mais detalhadas sobre todos os circuitos da feira. O material vai ficar disponível, para ser baixado, no site da Emater-DF e na Biblioteca Digital da empresa. Realizada desde 2008, a AgroBrasília é uma das principais feiras do agronegócio brasileiro. O evento, coordenado pela Cooperativa Agrícola da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), tem o apoio da Emater-DF desde a sua criação, além de órgãos de agricultura local como a Secretaria de Agricultura e a Ceasa-DF. Em 2022, a feira teve 520 expositores, recebeu cerca de 135 mil visitantes e movimentou R$ 4,6 bilhões em negócios realizados. O tema deste ano será Tecnologia e Sustentabilidade. Serviço AgroBrasília 2023 ? Data: De 23 a 27 de maio (terça a sábado) ? Horário: Das 8h30 às 17h, com acesso livre ? Local: Parque Tecnológico Ivaldo Cenci – BR-251, km 5, núcleo rural PAD-DF Recomenda-se o uso de roupas leves e a ingestão de água. *Com informações da Emater
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Emater completa 45 anos com trajetória que se funde à história de Brasília
Era 1978 e a capital do país ganhava uma empresa que transformaria a paisagem seca e árida do Cerrado em uma aquarela. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) surgiu em 7 de abril daquele ano, contribuindo para que, conforme os planos da equipe de Juscelino Kubitschek, Brasília tivesse um cinturão verde, com alimentos frescos para a população. [Olho texto=”“A Emater tem importante papel no desenvolvimento de uma Brasília ambientalmente e economicamente sustentável, uma vez que contribui diretamente no desenvolvimento dos agricultores nas áreas social, econômica, ambiental e inovativa”” assinatura=”Cleison Duval, presidente da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Os 45 anos de atuação da Emater consolidam o êxito do projeto empreendido há mais de 60 anos por JK de criar, na capital do país, um polo de desenvolvimento capaz de gerar emprego, renda, conhecimento, inovação e alimentos de qualidade. Composto de aproximadamente 70% de área rural, o Distrito Federal mostra que tem vocação agrícola, produzindo mais de 1,2 milhões de toneladas de alimentos por ano. A produção de hortaliças, por exemplo, chegou, em 2022, a 238 mil toneladas, cultura que também gera bastante ocupação na área rural. Já a de grãos chegou a 974 mil toneladas e tem grande participação no Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário do Distrito Federal. “A Emater tem importante papel no desenvolvimento de uma Brasília ambientalmente e economicamente sustentável, uma vez que contribui diretamente no desenvolvimento dos agricultores nas áreas social, econômica, ambiental e inovativa. Além disso, favorecendo a permanência dos produtores no campo, contribui para a segurança alimentar da população, que tem acesso a alimentos frescos e com qualidade”, afirma o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, que é extensionista rural desde 2011. A empresa atende mais de 18 mil produtores e realiza cerca de 150 mil atendimentos por ano, por meio de diversos métodos, como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo, reuniões técnicas, entre outros. São esses mecanismos que aproximam os agricultores das inovações e orientações levadas pela extensão rural do DF. Na área social, a Emater leva orientações sobre aposentadoria rural, benefícios sociais e políticas públicas de inclusão. A Emater atende mais de 18 mil produtores e realiza cerca de 150 mil atendimentos por ano | Foto: Arquivo/Emater-DF A presença da extensão rural permitiu que o DF aproveitasse as boas condições climáticas locais e construísse, ao longo dos anos, modelos de produção que mesclam tecnologias avançadas, profissionalização, produtores altamente tecnificados, cuidados com o meio ambiente e desenvolvimento social. O resultado é um polo agropecuário que possui altas produtividades em diversas culturas, capaz de produzir conhecimento científico para o Brasil ser exemplo para outros países. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Seja na horticultura, nos grãos, na floricultura ou na avicultura, o Distrito Federal contribuiu para interiorizar o desenvolvimento do país e exteriorizar tecnologias inovadoras, contribuindo com a modernização da agricultura brasileira. Com uma ampla cobertura da Emater, em todas as regiões administrativas, os produtores rurais contam com o apoio de uma equipe multidisciplinar composta por profissionais das ciências agrárias e ambientais, ciências sociais e humanas, tecnologia da informação, engenharia, educação, comunicação, além de outras áreas que compartilham as novidades geradas pelas pesquisas, inovações e políticas públicas aos agricultores, famílias e organizações. *Com informações da Emater-DF
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Acervo da Emater conta história da agricultura no DF
Ao completar 45 anos, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) montou um acervo histórico da empresa e da agricultura do Distrito Federal. Fotos, documentos, cartas, informativos e cartazes foram expostos em um espaço no edifício-sede da empresa, localizada no final da Asa Norte, para contar um pouco da história da agricultura no Distrito Federal. A expectativa é abrir em breve as portas deste acervo para visitantes, como estudantes, produtores rurais, pesquisadores e qualquer pessoa que tiver interesse no tema. O Jornal do Produtor, produzido pela Emater de 1981 a 1990, está entre os materiais expostos | Fotos: Emater/DF De acordo com a bibliotecária da Emater, Kelly Eustáquio, responsável pelo projeto, é importante conhecer nossas origens. “Estamos muito empenhados em organizar os documentos para contar a história da agricultura e da pecuária no DF, história que se mistura com a história da Emater. Nosso intuito é preservar a história e disseminar informação”, observa. Dentre os materiais expostos, está o Jornal do Produtor, produzido pela Emater de 1981 a 1990, cartas de apoio enviadas por produtores rurais aos extensionistas da empresa em 1987, cartazes de campanhas e orientações técnicas, fotos e vários outros documentos. Por meio de objetos, além de cartas, fotos, documentos, entre outros itens, o espaço conta a história da agricultura no DF [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Estamos resgatando também a história do prédio que abrigou a antiga Embrater [Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural, extinta em 1990], a Câmara Legislativa do Distrito Federal e, por último, a Secretaria de Saúde”, explica Kelly. O edifício, que possui azulejos do artista Athos Bulcão, foi repassado ao patrimônio da Emater recentemente. A empresa está organizando também um banco de imagens, com fotos antigas de eventos, dias de campo, festividades e reuniões. “Em breve, vamos disponibilizar esse acervo no nosso site”, garante a bibliotecária. *Com informações da Emater-DF
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Ação da Secretaria de Agricultura previne entrada de erva daninha no DF
A Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) iniciou neste mês um monitoramento das áreas rurais do DF em busca de uma praga resistente. A caruru-palmeri (Amaranthus palmeri) é uma planta daninha exótica considerada como praga quarentenária e teve seu primeiro relato no Brasil em 2015, no Mato Grosso. A Seagri iniciou no mês de março ummonitoramento das áreas rurais do DF em busca de uma praga resistente: a caruru-palmeri (Amaranthus palmeri) | Foto: Divulgação/Seagri-DF A subsecretária de Defesa Agropecuária da Seagri, Danielle Araújo, afirma que esse monitoramento das áreas agrícolas é essencial para a definição de estratégias de prevenção, controle da disseminação e se necessário, erradicação da praga. “Até o momento, não há evidências da existência da caruru-palmeri no DF”, esclarece. “Quando as equipes da Defesa Agropecuária identificam plantas suspeitas de serem praga, coletam amostras, que são enviadas aos laboratórios oficiais do Ministério da Agricultura para análise e confirmação da espécie, que só pode ser feita em laboratório por meio de marcadores moleculares”, explica a subsecretária. Segundo o gerente de Sanidade Vegetal da Seagri, Aramis Beltrami, a praga possui grande potencial de proliferação e pode acarretar grandes prejuízos econômicos. “Em função da sua resistência a herbicidas, aliado ao seu potencial de proliferação, essa praga pode causar prejuízos que vão desde o aumento do custo de produção, pela intensificação do uso de herbicidas, até a redução da produtividade nas lavouras”, afirma. “Por ser resistente aos principais herbicidas do mercado, e de fácil disseminação e de difícil controle”, destaca Beltrami. Prevenção e controle A prevenção da entrada da praga é importante para a sustentabilidade da agricultura local. O gerente da Seagri afirma que, segundo a Sociedade Americana de Ciência de Plantas Daninhas (WSSA, na sigla em inglês), a Amaranthus palmeri é classificada como a maior problemática dos Estados Unidos. “Os danos podem ir desde perdas de produtividade, passando por um aumento de custos e chegando até à inviabilização da colheita”, esclarece. “Há relatos de perdas elevadas em diversas culturas, chegando a cerca de 79% na soja e até 90% nas plantações de milho”, detalha Beltrami. Para a subsecretária da Seagri, a cooperação dos produtores locais na identificação de possíveis ocorrências da praga é essencial. “A participação dos agricultores na prevenção e controle da praga é fundamental, pois eles conhecem suas lavouras e conseguem apontar eventuais plantas resistentes, em especial quando da senescência [alterações] das folhas da cultura da soja, por exemplo. Essa detecção precoce nos permite implementar ações para evitar a disseminação da praga”, conclui Danielle Araújo. A Gerência de Sanidade Vegetal da Seagri elaborou um formulário para que produtores possam alertar a pasta caso encontrem a praga em sua propriedade. O documento apresenta imagens das plantas e alguns exemplos de práticas preventivas e de mitigação dos riscos contra a praga. Clique aqui para acessar o formulário. Práticas preventivas contra a caruru-palmeri 1. Limpeza rigorosa de máquinas e implementos, principalmente aqueles provenientes de áreas onde existem plantas de Amaranthus palmeri; 2. Uso de sementes de procedência, com garantia de não apresentarem sementes da praga quarentenária; 3. Monitoramento das áreas e imediata eliminação dos primeiros focos de contaminação ou plantas introduzidas por fezes de pássaros, animais silvestres e de criação. Evitar que plantas introduzidas produzam sementes; 4. Eliminação dos focos em área marginais, tais como carreadores, beiras de cerca, terrenos não cultivados e culturas perenes; 5. Uso de culturas que produzam alta taxa de crescimento e formação de palhada, tais como aveia, trigo, brachiaria ruziziensis, em rotação de cultura; 6. Adoção de manejo integrado, visando diversificar os métodos de controle, além do método químico, entre eles: rotação de culturas, rotação de herbicidas com diferentes mecanismos de ação, capina manual ou aplicação direcionada, em casos de focos iniciais; 7. Utilização de herbicidas com ação em pré-emergência, e; 8. Controle de plantas daninhas na entressafra. *Com informações da Seagri
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