GDF investirá R$ 7,2 milhões em novos sensores de monitoramento de glicose para pacientes diabéticos
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) divulgou o edital de pregão eletrônico, por meio de Sistema de Registro de Preços (SRP), para a aquisição de sensores e leitores de monitoramento contínuo de glicose intersticial. O objetivo é manter o abastecimento regular da rede pública e garantir a assistência contínua aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que dependem da tecnologia para o controle do diabetes. A publicação consta no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta segunda-feira (10). O valor da contratação é de R$ 7.241.482,83, destinados a assegurar o monitoramento adequado de pacientes que necessitam acompanhamento glicêmico constante, incluindo crianças, gestantes e adultos. O sensor medidor contínuo de glicose é implantado na pele para o monitoramento constante dos níveis de glicose no sangue, o que elimina a necessidade de picadas diárias nos dedos e garante precisão e conforto na gestão do diabetes. O aparelho realiza de 10 a 15 medições por dia (sendo uma após cada refeição), e de 3h às 6h, durante a madrugada. As medições ocorrem a cada cinco minutos para permitir que seja traçada uma curva de tendências glicêmicas. O valor da contratação é de R$ 7.241.482,83, destinados a assegurar o monitoramento adequado de pacientes que necessitam acompanhamento glicêmico constante, incluindo crianças, gestantes e adultos | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF O cadastro das propostas está disponível a partir desta segunda-feira (10). A abertura das propostas está prevista para 24 de novembro de 2025, às 8h30, no portal Comprasnet. Diabetes O diabetes ocorre quando o pâncreas não produz insulina (hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue) ou quando não usa de forma eficaz a que produz. É uma doença caracterizada pelo comprometimento do metabolismo da glicose. O de tipo 1 ocorre quando o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina e, geralmente, surge na infância ou na adolescência, mas pode ser diagnosticado na fase adulta. Seu tratamento é feito com insulina, medicamentos, alimentação saudável, fracionada e adequada, regular e regrada, e com exercícios físicos para auxiliar no controle do nível da glicose. O Brasil é o sexto país com maior número de pessoas com diabetes no mundo com cerca de 21 milhões de brasileiros. E muitos ainda não sabem que têm a doença. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Domingo de dor, segunda-feira de choque: como descobri que tive um AVC aos 22 anos
Eu tinha 22 anos. Era um domingo quando tudo começou com uma dor de cabeça fora do normal e a visão escurecendo aos poucos, uma sensação que jamais havia experimentado. Pensei que fosse apenas uma enxaqueca. Dormi mal e, na manhã seguinte, acordei com o lado esquerdo dormente, o olho avermelhado e a fala enrolada. Tentei seguir o dia normalmente, fui para o trabalho e, ao tentar conversar, percebi que a língua não obedecia. As palavras saíam confusas. Procurei socorro imediatamente. O diagnóstico veio rápido: Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico, algo que jamais imaginaria viver tão jovem. Hoje, com o corpo reabilitado e a memória reconstruída pouco a pouco, entendo o quanto é importante reconhecer os sinais e agir rápido | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Nos dias seguintes, o impacto real apareceu. Perdi parte da memória, lembrava quem eu era, mas não o que havia vivido naquele período. Era como se pedaços da minha história tivessem sido apagados. Também perdi a fluência em idiomas que dominava, algo que os médicos explicaram ser possível devido à região do cérebro afetada. Fiquei com paralisia no lado esquerdo do rosto e no braço por cerca de seis meses. A fisioterapia, os exercícios diários e o apoio da família foram essenciais para a recuperação. Hoje, com o corpo reabilitado e a memória reconstruída pouco a pouco, entendo o quanto é importante reconhecer os sinais e agir rápido. Casos de AVC em jovens crescem no mundo O Dia Mundial de Combate ao AVC, celebrado nesta quarta-feira (29), reforça a importância da prevenção e do diagnóstico rápido dessa condição que continua entre as principais causas de morte e incapacidade no mundo. A campanha global deste ano traz o lema “Cada minuto conta”, destacando a urgência de reconhecer os sinais precoces e agir imediatamente diante de qualquer suspeita. “Hábitos de vida pouco saudáveis e condições ambientais contribuem para esse aumento. Por isso, a prevenção e o diagnóstico rápido são fundamentais” Letícia Rebello, coordenadora do programa AVC no Quadrado Segundo a neurologista Letícia Rebello, referência nacional em AVC e coordenadora do programa AVC no Quadrado, da Secretaria de Saúde (SES-DF), o aumento de casos entre jovens está relacionado principalmente ao estilo de vida e à prevenção tardia. “O que antes representava fatores de risco típicos de idosos, como hipertensão e diabetes, está aparecendo cada vez mais cedo”, pontua a médica. “Hábitos de vida pouco saudáveis e condições ambientais contribuem para esse aumento. Por isso, a prevenção e o diagnóstico rápido são fundamentais.” Nos últimos anos, o número de AVCs entre pessoas mais jovens tem aumentado de forma preocupante. Um estudo publicado pela revista científica The Lancet Neurology, em outubro de 2024, apontou um crescimento global de 14,8% nos casos de AVC em pessoas com menos de 70 anos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a World Stroke Organization (WSO) alertam que o AVC já está entre as principais causas de morte e incapacidade em adultos entre 15 e 49 anos, com impacto crescente em países em desenvolvimento. O alerta é global, mas também está cada vez mais próximo de nós. No Brasil, dados da Rede Brasil AVC indicam que cerca de 18% dos casos registrados ocorrem em pessoas de 18 a 45 anos, um índice alto para uma faixa etária que tradicionalmente não se via em risco. A neurologista da SES-DF ressalta que o programa AVC no Quadrado ajuda a garantir que cada vez mais pessoas tenham acesso rápido ao diagnóstico e tratamento. “Além disso, o programa vem para organizar o atendimento intra-hospitalar para tratar mais pacientes, no menor tempo possível”, aponta. “Uma vez que o tempo é um grande inimigo do AVC, quanto mais cedo for o atendimento, e mais rápido o tratamento, maiores as chances de recuperação e menores as sequelas”. Tipos de AVC “Ser jovem não protege ninguém do AVC. A rotina sedentária, o estresse e os hábitos alimentares também têm peso importante” Carlos Uribe, neurologista do IgesDF O AVC acontece quando o fluxo de sangue para o cérebro é interrompido ou comprometido, causando a morte de células nervosas na região afetada. Existem dois tipos principais: o AVC isquêmico, como o que tive, que ocorre quando um vaso sanguíneo é obstruído, e o AVC hemorrágico, causado pela ruptura de um vaso cerebral. Cada tipo apresenta riscos e sequelas diferentes, mas ambos exigem atenção imediata: quanto mais rápido o diagnóstico e o tratamento, maiores as chances de recuperação. Para o neurologista Carlos Uribe, do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), é urgente desfazer a ideia de que o AVC é uma doença exclusiva da terceira idade. “Ser jovem não protege ninguém do AVC”, observa. A rotina sedentária, o estresse e os hábitos alimentares também têm peso importante”. [LEIA_TAMBEM]Veja abaixo os principais sintomas de AVC listados pelo médico. ⇒ Dormência ou fraqueza em um lado do corpo; ⇒ Boca torta; ⇒ Dificuldade para falar ou compreender; ⇒ Perda de visão, escurecimento ou visão dupla; ⇒ Tontura, perda de equilíbrio ou confusão mental; ⇒ Dor de cabeça súbita, intensa ou diferente do habitual. Por que meu alerta importa Eu vivi o que parecia improvável. Passei por meses de reabilitação, reaprendendo a movimentar o corpo e reorganizar a mente. Tive medo, dúvidas e, por um tempo, senti que havia perdido parte de quem eu era. Mas hoje, depois de 20 anos, ao contar minha história, quero que outros reconheçam os sinais e ajam rápido. O meu AVC foi um divisor de águas. Hoje, com saúde e gratidão, transformo aquele episódio em propósito: alertar outros jovens para que reconheçam os sinais e não hesitem em buscar ajuda. Porque o AVC não tem idade, e, às vezes, o primeiro sintoma é acreditar que ele nunca vai acontecer com você.
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Moradores do Jardins Mangueiral se reúnem com médicos uma vez por semana para prevenir hipertensão e diabetes
Ágil, acolhedor e resolutivo. Assim funciona o Encontro HiperDIA, da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 do Jardins Mangueiral, criado para atender pacientes com hipertensão e diabetes de forma prática, próxima e eficiente. Entre os objetivos da iniciativa, está o de facilitar o controle das doenças crônicas, garantir o uso correto das medicações e fortalecer o vínculo entre a comunidade e a equipe de saúde. “A proposta é oferecer um encontro rápido, mas que mantenha o paciente acompanhado e seguro. Ele faz aferições, renova receitas e recebe orientações na hora. É um cuidado simples, mas essencial, que não substitui a consulta médica, e sim complementa o acompanhamento regular”, afirma o médico de família e comunidade, Sérgio Leuzzi. A cada semana os profissionais da UBS 1 do Jardins Mangueiral vão a um condomínio do bairro | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF Encontros Os atendimentos do HiperDIA são realizados todas as terças-feiras, das 14h às 17h, em um condomínio por semana, nas quatro quadras da região: Quadra 1 (Jardins dos Muricis), Quadra 2 (Jardins dos Buritis), Quadra 3 (Jardins dos Ipês) e Quadra 4 (Jardins dos Jacarandás). As datas dos encontros podem ser consultadas na UBS 1 do Jardins Mangueiral, nos grupos de WhatsApp dos condomínios ou diretamente com os síndicos de cada quadra. A ação é conduzida por uma equipe multiprofissional composta por médico, enfermeira, duas técnicas de enfermagem e dois agentes comunitários de saúde (ACS), que, juntos, realizam cerca de 100 atendimentos mensais. "Trazer o atendimento até aqui faz toda a diferença. É um gesto de acolhimento, mostra que a UBS realmente está cuidando da gente de forma próxima e atenciosa" Thaís Araújo Moradora da Quadra 1, Thais Araújo, 51 anos, participou do encontro junto com a mãe e elogia a iniciativa. “Conheci o grupo pelo WhatsApp do condomínio e achei a ideia maravilhosa. Minha mãe tem quase 80 anos e algumas limitações físicas. Trazer o atendimento até aqui faz toda a diferença. É um gesto de acolhimento, mostra que a UBS realmente está cuidando da gente de forma próxima e atenciosa”, disse. Região Localizado na Região Administrativa do Jardim Botânico, o Jardins Mangueiral é um bairro em crescimento, com população ativa e rotina acelerada. Pensando nesse perfil, a equipe Safira da UBS 1 implantou o Encontro HiperDIA com uma proposta inovadora que une educação em saúde, monitoramento clínico e aproximação comunitária. Os resultados já são visíveis. “Temos conseguido alcançar pacientes que há tempos não procuravam o serviço de saúde, muitos com receitas vencidas ou exames atrasados. Além disso, o retorno da comunidade tem sido muito positivo, mostrando que essa estratégia realmente aproxima o cuidado da realidade dos moradores e fortalece o vínculo com a equipe”, aponta a enfermeira da equipe, Bruna Brasil. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Endocrinologia do HRT é representante do Centro-Oeste em estudo multinacional
A Unidade de Endocrinologia do Hospital Regional de Taguatinga (Uendo/HRT) é o novo polo de coleta de informações em pesquisa científica multinacional, no âmbito da Região Centro-Oeste. O projeto Prevalência de Retinopatia e Doença Renal do Diabetes (Retrend) no Brasil busca dimensionar as complicações em pacientes crônicos, a fim de orientar políticas públicas e estratégias que priorizem o diagnóstico e o tratamento correto. O método propõe a realização de exames de rastreamento durante a consulta médica; resultados ficam prontos em pouco tempo | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde DF O método propõe a realização de exames de rastreamento durante a consulta médica. Os resultados de mapeamento da retina (fundo de olho) e os realizados com amostras de urina e de sangue, por exemplo, ficam prontos em poucos minutos. As medidas são importantes para a prevenção de complicações, explica a pesquisadora responsável pelo "Retrend Brasil" na Uendo/HRT, Flaviene Romani. "Percebemos a dificuldade dos pacientes de retornarem com os exames e de comparecerem a consultas com outros especialistas. Essas são coisas que normalmente atrasam e aumentam os custos do diagnóstico precoce", afirma a médica. O projeto Retrend Brasil é um estudo multinacional, com o objetivo de dimensionar as complicações do diabetes e orientar políticas públicas que priorizem o diagnóstico e o tratamento correto Até o fim deste ano, apoiado pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), 172 pacientes com diagnóstico de diabetes mellitus serão submetidos a esses exames como parte da avaliação - sendo 80% de usuários acompanhados por equipes das unidades básicas de saúde (UBSs). [LEIA_TAMBEM]No total, mais de 1,5 mil pessoas com diabetes mellitus de diversos estados brasileiros já participaram da avaliação. Os dados preliminares já foram apresentados no encontro anual da Endocrine Society (Endo 2024) e no Congresso Mundial de Diabetes (IDF 2025). Referência em pesquisa e assistência A unidade ambulatorial do HRT é centro de pesquisa e de residência multiprofissional. Diariamente, cerca de oito estudantes de cursos superiores da área de saúde são inseridos na dinâmica do setor, além de residentes de enfermagem, psicologia, nutrição e endocrinologia. A indicação para o fornecimento de dados ao Retrend Brasil reforça, segundo Romani, o compromisso da Uendo-HRT com a ciência e com a busca por melhoria da assistência. "Acreditamos que o serviço público é o espaço onde pode-se transformar a realidade. Isso é extremamente relevante para nós." *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Centro especializado orienta pacientes diabéticos sobre nutrição
Controle da glicemia, boas combinações alimentares, nutrientes, importância da fibra e escolhas conscientes no dia a dia. Esses são alguns dos temas abordados no Grupo de Alimentação Saudável do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh) da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF). A proposta é orientar os usuários sobre como a comida influencia no controle do diabetes e oferecer suporte contínuo ao tratamento. “O grupo acolhe pacientes diabéticos encaminhados via regulação para o Cedoh. Após a primeira consulta com o endocrinologista, eles são direcionados às palestras, conduzidas pela nutrição, já que a alimentação é um dos tripés do tratamento, junto com a medicação e a atividade física”, explica a nutricionista e gerente da unidade, Cássia Regina. A proposta do grupo, coordenado pela nutricionista Gabriela Ottolini, é orientar os pacientes sobre como a alimentação influencia no controle do diabetes e oferecer suporte contínuo ao tratamento | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde DF A cada 15 dias, o grupo reúne pacientes com diabetes tipo 1 e 2 para uma palestra educativa. “Mostramos como montar um prato saudável, com equilíbrio entre salada, proteínas, carboidratos e leguminosas. Também fazemos dinâmicas sobre alimentos com e sem carboidratos. Muitos saem daqui já conscientes do que precisam mudar até a consulta individual”, detalha a nutricionista e coordenadora do grupo, Gabriela Ottolini. Conscientização Celebrado nesta quinta-feira (26), o Dia Nacional do Diabetes alerta sobre a importância da prevenção e do tratamento adequados. A edição de 2025 do Atlas Global do Diabetes, da Federação Internacional de Diabetes (IDF), aponta que o Brasil tem 16,6 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos com a condição - índice que coloca o País em sexto lugar no mundo em número de casos e em terceiro em ocorrências do tipo 1. Diante do cenário, a SES-DF oferta atendimento especializado por meio do Cedoh. Antes de chegar ao centro, contudo, é preciso buscar as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), onde o paciente é avaliado e, se necessário, encaminhado ao Complexo Regulador. Ao ser acolhido pelo centro, o usuário passa a ter um acompanhamento integral por uma equipe composta por endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros, entre outros. “Entendi que, se não mudar minha alimentação, posso precisar de insulina em pouco tempo. Estou aqui para aprender e controlar minha saúde com mais responsabilidade”, conta o paciente Márcio Soares Márcio Soares, 46, foi diagnosticado com diabetes tipo 2 no ano passado após passar mal e ser atendido no Hospital Regional do Gama (HRG). Encaminhado ao Cedoh, participa pela primeira vez do grupo e reconhece os desafios da mudança de hábitos. “Sempre fui apaixonado por chocolate. Às vezes, comia escondido, sem pensar nas consequências. Agora entendi que, se não mudar minha alimentação, posso precisar de insulina em pouco tempo. Estou aqui para aprender e conseguir controlar minha saúde com mais responsabilidade”, conta. Diabetes Decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, o diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla. A doença é caracterizada por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente e pode levar a complicações no coração, artérias, olhos, rins e nervos. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Aprenda como a boa alimentação pode ajudar no controle do diabetes
A dona de casa Maria das Dores de Siqueira vive uma rotina de cuidados desde que foi diagnosticada com diabetes tipo 2. A descoberta veio de forma inesperada: “Eu estava com tontura, náusea, visão embaçada, me sentindo muito mal. Foi minha netinha quem percebeu os sinais. Ela me disse: ‘Vó, isso parece com o que meu pai sente, e ele tem diabetes’”. Ao usar o medidor do filho, Maria das Dores se deparou com um nível de glicose tão alto que foi levada ao hospital e precisou ser internada. Desde então, a alimentação virou o maior desafio dela. “Passei fome quando era criança. Hoje que posso comprar comida não posso comer o que gosto”, desabafa, aos 56 anos. Macarronada, feijão tropeiro e salada de maionese são alguns dos sabores de que mais sente falta. Mesmo assim, tenta manter a disciplina: “Não é fácil. Tem dias que me controlo, tem dias que exagero. Mas sei que cuidar da minha saúde é o maior presente que posso me dar”. Para a dona de casa Maria das Dores de Siqueira, a alimentação é o maior desafio daqueles que convivem com a diabetes: "Não é fácil. Tem dias que me controlo, tem dias que exagero" | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF Maria é acompanhada por uma unidade básica de saúde (UBS) e representa milhões de brasileiros que vivem com a doença. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 20 milhões de pessoas têm diabetes no Brasil. Durante a semana de conscientização da doença, especialistas reforçam: a alimentação é uma das principais estratégias de controle e prevenção. Controle glicêmico Mais do que uma escolha diária, o que vai ao prato influencia diretamente os níveis de açúcar no sangue. A nutricionista Talitha Elcana Florêncio, chefe do Serviço de Nutrição e Dietética do Hospital de Base (HBDF), alerta que os alimentos têm impacto direto no controle glicêmico. [LEIA_TAMBEM]“Uma alimentação equilibrada evita picos de açúcar no sangue e melhora a resposta do corpo à insulina”, explica. Ela destaca os vilões da dieta: alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, biscoitos recheados e fast food. “Esses produtos concentram açúcar, gorduras ruins e aditivos. E o consumo excessivo de carboidratos simples, como pão branco e arroz, favorece o desenvolvimento do diabetes tipo 2.” Trocas simples Substituir arroz branco por integral, escolher pães com mais fibras ou trocar o refrigerante por água saborizada são atitudes que ajudam a manter a glicemia estável ao longo do dia. Outra dica é manter a regularidade nas refeições. “Ficar muitas horas sem comer pode causar hipoglicemia, seguida por um pico de glicose. Comer em horários definidos ajuda o corpo a se adaptar melhor”, sugere Talitha. O plano alimentar, no entanto, deve ser individualizado. “Cada pessoa responde de uma forma. Alguns se adaptam bem a refeições de 3 em 3 horas, outros preferem intervalos maiores. O importante é respeitar o ritmo e estilo de vida de cada um”, orienta a nutricionista. Prevenção com comida e movimento Talitha lembra que o pré-diabetes pode ser revertido apenas com mudanças no estilo de vida, sem medicamentos: “Alimentação saudável e prática regular de exercícios conseguem normalizar os níveis de glicose. Quanto mais cedo as mudanças, melhores os resultados”. A nutricionista também faz um alerta sobre produtos diet e light: “Nem tudo que é diet é saudável. Muitos têm excesso de gordura ou sódio. É preciso ler o rótulo e, sempre que possível, dar preferência a alimentos naturais”. Talitha Elcana Florêncio, chefe do Serviço de Nutrição e Dietética do HBDF: “Uma alimentação equilibrada evita picos de açúcar no sangue e melhora a resposta do corpo à insulina” Planejamento é a chave Para quem tem dificuldade em manter uma alimentação equilibrada, a palavra de ordem é organização. “Na hora da fome, é fácil fazer escolhas ruins. Ter lanches saudáveis por perto faz toda a diferença”, recomenda Talitha. Hoje, aplicativos e ferramentas online também ajudam no controle da glicemia. “Esses recursos são ótimos, mas devem caminhar junto com a orientação de um profissional”, conclui a nutricionista. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Diabetes e coração: uma ligação perigosa e muitas vezes silenciosa
Moradora do Núcleo Bandeirante, Joana Lima da Silva, 62 anos, convive com o diabetes tipo 2 há anos. Por não ter seguido o tratamento corretamente no início, desenvolveu problemas cardíacos e hoje faz acompanhamento mensal nas especialidades de endocrinologia e cardiologia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). “Cuidei mal da doença e agora também trato uma arritmia. Todo mês venho para as consultas no ambulatório”, conta. Com diabetes tipo 2, Joana Lima da Silva faz acompanhamento mensal nas especialidades de endocrinologia e cardiologia do Hospital de Base do DF | Foto: Divulgação/IgesDF Casos como o de Joana são mais comuns do que se imagina. A semana nacional do diabetes reforça um alerta: a deonça não afeta apenas os níveis de glicose, também pode comprometer gravemente o coração e os vasos sanguíneos. “O diabetes desencadeia um processo inflamatório silencioso nas artérias, danificando seu revestimento interno e acelerando o acúmulo de placas de gordura. Isso aumenta muito o risco de infarto, AVC, insuficiência cardíaca e outras doenças cardiovasculares”, explica a médica Ruiza Gonçalves Rocha Teixeira, chefe da Cardiologia do HBDF. Segundo a cardiologista, o problema se agrava porque os sintomas costumam ser sutis. “Pacientes diabéticos, muitas vezes, não sentem dor no peito durante um infarto. Os sinais podem aparecer como cansaço excessivo, falta de ar, náusea ou desconforto abdominal. Por isso, o acompanhamento médico é indispensável”, alerta. Coração em risco A chefe da Cardiologia do HBDF, Ruiza Gonçalves Rocha Teixeira, diz que pacientes diabéticos podem não sentir dor no peito durante um infarto. "Os sinais podem aparecer como cansaço excessivo, falta de ar, náusea ou desconforto abdominal. Por isso, o acompanhamento médico é indispensável”, alerta | Foto: Divulgação/IgesDF A lista de complicações cardiovasculares relacionadas ao diabetes é extensa. Entre elas estão o infarto do miocárdio e a angina, causados pela obstrução das artérias coronárias; a insuficiência cardíaca, quando o coração perde a capacidade de bombear o sangue adequadamente; as arritmias, que são alterações no ritmo dos batimentos cardíacos; a doença arterial periférica, que compromete principalmente as pernas e os pés; e o AVC, geralmente associado ao mesmo processo de obstrução dos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. A boa notícia é que é possível reduzir significativamente esses riscos. “O primeiro passo é manter a glicemia controlada. Em geral, buscamos manter a hemoglobina glicada abaixo de 7% e a glicemia de jejum entre 80 e 130 mg/dL. Em idosos ou pacientes com comorbidades, os parâmetros podem ser ajustados”, aponta Ruiza. O Hospital de Base oferece uma abordagem integrada para pacientes com diabetes e doenças cardíacas | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Além da glicose, é fundamental controlar a pressão arterial e o colesterol ruim (LDL), além de adotar hábitos saudáveis. “Atividade física regular, alimentação equilibrada, parar de fumar e manter o peso corporal sob controle são atitudes indispensáveis”, destaca. [LEIA_TAMBEM]Exames periódicos também ajudam a prevenir complicações. Entre os principais estão: eletrocardiograma (ECG), que deve ser feito anualmente; o ecocardiograma, indicado em caso de suspeita de insuficiência cardíaca; e testes de esforço e avaliação funcional, que ajudam a monitorar o desempenho do coração. Cuidado completo no Hospital de Base Referência em Cardiologia e Endocrinologia, o Hospital de Base, maior unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), oferece uma abordagem integrada para pacientes com diabetes e doenças cardíacas. “O paciente é acompanhado por cardiologistas, endocrinologistas, nutricionistas e equipe de enfermagem especializada. Contamos com exames de alta complexidade e tratamentos como angioplastia e implante de marca-passo, quando necessário”, afirma a médica. Para a especialista, a mensagem nesta semana nacional do diabetes é clara. “Controlar a glicose é também cuidar do coração. O diabetes pode agir em silêncio, mas seus efeitos podem ser devastadores se ignorados. Diagnóstico precoce e tratamento adequado fazem toda a diferença para uma vida mais longa e saudável”. *Com informações do IgesDF
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Especialistas alertam sobre os perigos do diabetes e a importância do diagnóstico precoce
Nesta quinta-feira (26) é celebrado o Dia Nacional do Diabetes, instituído pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O objetivo é conscientizar sobre fatores de risco, diagnóstico e prevenção contra a doença, que pode acarretar outros problemas de saúde se não for tratada corretamente. Controle de peso e das taxas de glicose deve ser feito com frequência no tratamento do diabetes | Foto: Divulgação/IgesDF Gilda de Resende Lopes, 54 anos, moradora do Gama, convive com o diabetes tipo 2 desde 2003. Há cerca de dez anos, passou a fazer acompanhamento regular no ambulatório do Hospital de Base (HBDF), onde é atendida a cada três meses. Atualmente, a doença está sob controle, uma realidade bem diferente de quando ela chegou à unidade. “Cheguei bastante debilitada, mas recebi um excelente atendimento, e até a insulina que eu uso recebo da rede pública”, relata Gilda. “No momento, aguardo o nutricionista para somar ao tratamento que já faço regularmente”. Taxas de açúcar A endocrinologista Alessandra Martins, do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), lembra que o diabetes é uma doença metabólica causada pela hiperglicemia. “O excesso de glicose no sangue ocorre devido à ausência ou deficiência da ação da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e isso pode provocar diversos efeitos no organismo”, explica. O aumento das taxas de açúcar pode ocasionar complicações no coração, nos rins e na retina. Segundo a médica, a doença é multifatorial e pode decorrer tanto de fatores genéticos quanto de causas externas. “Manter um peso saudável, atividade física frequente, sono adequado e uma boa alimentação, também ajudam a reduzir o risco da doença”, afirma. Existem cinco tipos de diabetes, mas três são mais frequentes. “O tipo 1 é aquele em que o corpo não produz a insulina; o tipo 2, o mais comum, ocorre devido à ação ineficiente da insulina; e o diabetes gestacional, diagnosticado durante a gravidez e que precisa de cuidados especiais para evitar problemas sérios de saúde tanto na criança quanto na mãe”, esclarece Alessandra. Um desafio mundial O diabetes é hoje um dos maiores desafios de saúde pública no mundo, com números que crescem a cada dia. Em 2020, cerca de 463 milhões de adultos entre 20 e 79 anos viviam com a doença, segundo o Atlas do Diabetes, da Federação Internacional de Diabetes (IDF). O Brasil ocupa a quinta posição no ranking global de incidência da doença, com 16,8 milhões de adultos diagnosticados. A projeção é que, até 2030, esse número salte para 21,5 milhões. No ano passado, o Hospital de Base atendeu 3,5 mil pacientes portadores de diabetes. Em abril deste ano, houve um aumento: cerca de 400 pessoas por mês. Sintomas e tratamentos Os sintomas mais comuns do diabetes são a necessidade de urinar frequentemente e uma sede incessante. “A vontade de beber água é constante, e há uma fome excessiva”, orienta a endocrinologista. “Outros fatores que aparecem também são a perda de peso e as infecções frequentes”. Alguns pacientes com diabetes podem desenvolver uma complicação conhecida como pé diabético, caracterizada por alterações nos membros inferiores, como úlceras, calosidades e perda de sensibilidade. “A doença compromete a circulação sanguínea e os nervos da região, provocando a chamada neuropatia periférica, o que torna o paciente mais suscetível a infecções”, explica Alessandra. A prevenção e o tratamento do pé diabético exigem cuidados intensos, principalmente com a higienização. O controle da glicemia também é muito importante para evitar infecções. Cuidado contínuo O tratamento do diabetes começa, essencialmente, com mudanças no estilo de vida. Além do monitoramento regular da glicemia, é importante manter uma rotina de atividade física, adotar uma alimentação equilibrada e seguir corretamente a prescrição de medicamentos — tanto os orais quanto os de aplicação subcutânea, como as insulinas. Essas insulinas, que incluem versões de longa duração e ultrarrápidas, estão disponíveis gratuitamente por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e na Farmácia Popular, para pacientes cadastrados. *Com informações do IgesDF
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Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão Adulto e Infantil comemora sete anos de atuação
Há sete anos a população da Região Leste de Saúde do Distrito Federal (Paranoá, São Sebastião, Itapoã e Jardim Botânico) conta com os serviços do Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão Adulto e Infantil (Cadh/Cadhin). Profissionais e pacientes se reuniram para uma tarde de convivência fora do ambiente assistencial, na terça-feira (10), na tenda localizada ao lado do Centro de Atenção Psicossocial II, no estacionamento do Hospital da Região Leste (HRL). A comemoração de aniversário buscou oferecer o autocuidado de forma prática a crianças e adultos | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Como parte da programação, os adultos puderam usufruir de atividades de alongamento e relaxamento, receberam instruções e kits de higiene fornecidos por profissionais de saúde bucal. Para o público infantil, as orientações foram transmitidas por meio de teatro de fantoches e de oficina culinária, com o preparo de panquecas de banana levando em conta a quantidade de carboidratos. Para a endocrinologista da unidade Roberta Barros, o evento promove bem-estar. “Aproveitamos a oportunidade para oferecer uma experiência de autocuidado de forma prática, juntamente com a comemoração de aniversário do centro”, celebra. Acompanhada dos pais e dos irmãos, Thayna Nascimento da Conceição, 17, é assistida pela equipe do Cadh/Cadhin desde os 11 Thayna Nascimento da Conceição, 17, ficou contente com a ação. Desde os 11 ela é assistida pela equipe multiprofissional do Cadh/Cadhin, quando recebeu o diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1. “Para a gente, foi um divisor de águas”, assegura o pai, Jovemário da Conceição. Sua família não dispunha de recursos para pagar os exames periódicos (anuais e mensais) da filha mais velha. Hoje, os procedimentos são realizados por meio do ambulatório especializado. “Tínhamos que ir até o Plano Piloto procurar pelo serviço”, lembra a mãe, Tamires Nascimento. Atenção especializada A jovem é parte dos quase 1,3 mil usuários em atendimento ativo pela unidade. Apenas no primeiro semestre deste ano, foram inseridos 358 novos usuários. O Cadh/Cadhin é um dos três centros especializados disponíveis no DF para pacientes com diabetes mellitus (tipo 1 ou 2) e hipertensão arterial sistêmica de alto ou muito alto risco, associados ou não. As outras unidades estão localizadas no Guará, Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic); e na Asa Norte, o Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh). A marcação da primeira consulta é feita pela rede de unidades básicas de saúde (UBSs). *Com informações da SES-DF
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Unidades de conservação do DF auxiliam pesquisa para tratamento de diabetes
Um dos biomas mais ricos em biodiversidade do Brasil, o Cerrado possui entre 6 mil e 12 mil espécies de plantas nativas, ficando atrás apenas da Amazônia e da Mata Atlântica. Com uma variedade de espécies botânicas, o Distrito Federal é uma das regiões do país com o maior percentual de território protegido: mais de 90% de sua área está sob o regulamento de alguma unidade de conservação, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF). Nessas unidades de conservação, mais de 30 pesquisas científicas são realizadas, contribuindo para a preservação do bioma e o desenvolvimento sustentável. Autorizada pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Instituto Brasília Ambiental, uma dessas pesquisas investiga o uso ecológico da biodiversidade do Cerrado como forma de prevenção e controle do diabetes tipo 2. O processo de estudo consiste em mais de 10 etapas, que vão desde a coleta da planta até o estudo biomonitorado e o isolamento molecular para descobrir o valor científico de espécies no tratamento da doença | Fotos: Matheus H. Souza/ Agência Brasília O diabetes é uma condição crônica na qual o corpo não consegue regular adequadamente os níveis de açúcar no sangue. A doença ocorre quando a produção de insulina, hormônio essencial para o processamento da glicose, é insuficiente ou inadequada. O diabetes pode levar a complicações sérias de saúde, como doenças cardíacas, danos nos rins e problemas neurológicos. A pesquisa sobre o uso de plantas na prevenção e controle do diabetes faz parte da tese de doutorado, pela Universidade de Brasília (UnB), da bióloga e química Rosângela Martines Echeverria, servidora licenciada do Brasília Ambiental. O processo de estudo consiste em mais de 10 etapas, que vão desde a coleta da planta até o estudo biomonitorado e o isolamento molecular para descobrir o valor científico de espécies no tratamento da doença. O diabetes é uma condição crônica na qual o corpo não consegue regular adequadamente os níveis de açúcar no sangue A proposta é avaliar a atividade inibidora enzimática das espécies milho-de-grilo, lobélia, amargoso, sucupira-branca, muxiba-comprida, laranjinha-do-cerrado e sangra-d’água a partir de um estudo químico biomonitorado para o controle de diabetes. O método consiste em identificar e coletar a espécie botânica; posteriormente, realizar a extração dos compostos químicos com solventes; realizar o teste de inibição de enzimas da doença; efetuar o estudo biomonitorado com os extratos que apresentarem atividade mais proeminente; e identificar os compostos químicos. A partir da pesquisa, poderá haver uma nova proposta de cuidados para o diabetes cientificamente comprovada, a partir de plantas medicinais e nativas do Cerrado. Rosângela Martines Echeverria: “Eu vejo a importância de pesquisas sobre o uso medicinal de plantas, trazendo esse olhar de sustentabilidade econômica, porque você dá valor agregado ao Cerrado” Os estudos sobre as plantas tiveram início no ano passado e devem ser concluídos em 2026. Apesar disso, os resultados já são positivos. E não apenas por ser voltado à prevenção e ao controle de uma doença, mas por focar em algumas espécies que nunca foram estudadas. “A maioria das plantas não tem estudo. Querendo ou não, é uma forma de empoderar as espécies do Cerrado, que tem um potencial enorme. Eu vejo a importância de pesquisas sobre o uso medicinal de plantas, trazendo esse olhar de sustentabilidade econômica, porque você dá valor agregado ao Cerrado”, explica Rosângela. Na mesma linha, a superintendente das Unidades de Conservação Biodiversidade e Água do Brasília Ambiental, Marcela Versiani, chama a atenção para a importância de estudos sobre o Cerrado para melhor cuidar do bioma. Segundo ela, após concluídas, as pesquisas podem ser utilizadas para ajudar na elaboração de projetos de recuperação de áreas degradadas. “A pesquisa acadêmica é um excelente aliado da preservação. Você precisa saber o que possui para saber como proteger. A gente sabe que o Cerrado é enorme, mas ainda carece de muita informação para compreender o tamanho da nossa riqueza”, detalha.
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Saúde promove treinamento em neuropatia diabética e complicações nos pés
Um treinamento em procedimentos de neuropatia diabética e complicações nos pés reúne desde quinta-feira (11), no auditório da Fiocruz, 85 profissionais de saúde, entre endocrinologistas, cirurgiões vasculares e enfermeiros. Fruto de parceria entre a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília, a iniciativa tem o objetivo de prevenir problemas e amputações relacionadas ao diabetes. “A pessoa pode descobrir a doença apenas quando surgem complicações, sendo a neuropatia uma das mais comuns, especialmente na fase pré-diabética”, lembra a vice-presidente da Federação Internacional de Diabetes, Hermelinda Pedrosa | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde Na abertura do evento, a presidente da SBD-DF e gerente do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão arterial (Cedoh), Alexandra Rubim, ressaltou que a capacitação é fundamental para aprimorar a qualidade do atendimento prestado aos pacientes da rede pública de saúde. “Segundo um levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Vascular, entre 2012 e 2022, ocorreram 245 mil amputações no SUS, muitas delas relacionadas ao diabetes”, pontuou a médica. “Em 2022, houve 35 mil amputações, o que significa que, a cada dia, 85 brasileiros perderam o pé, a perna ou ambos. Por isso é muito importante detectar precocemente o pé em risco e tratar adequadamente as pessoas com essa patologia.” Referência técnica distrital (RTD) na área, a endocrinologista Flávia Franca enfatizou a importância do treinamento: “É fundamental capacitarmos os profissionais da Atenção Primária e Secundária no cuidado dos pacientes. Existem casos que poderiam ter tido um desfecho melhor com uma condução mais adequada. Ações de educação continuada são essenciais para disseminar esses conhecimentos entre as equipes de saúde”. Programação Dividida em dois turnos, a programação do primeiro dia contou com um ciclo de palestras e debates sobre temas relacionados à doença. Um dos tópicos abordados foi o diagnóstico da neuropatia e complicações nos pés de pessoas com diabetes, apresentado pela vice-presidente da Federação Internacional de Diabetes, Hermelinda Pedrosa. “A pessoa pode descobrir a doença apenas quando surgem complicações, sendo a neuropatia uma das mais comuns, especialmente na fase pré-diabética”, explicou a endocrinologista. “Por isso, devemos identificar esses pacientes não só para confirmar o diagnóstico, mas também para verificar se já apresentam alguma complicação ao descobrir a doença.” Para a enfermeira Amanda Rocha, residente da Fiocruz, a capacitação é essencial: “Como enfermeira na Atenção Primária, lidamos frequentemente com pacientes diabéticos e suas complicações. Debater esses temas é importante para que possamos fazer um diagnóstico precoce e um manejo adequado”. Nesta sexta (12), quando a capacitação será encerrada, os participantes terão palestras e oficinas que envolvem temas como doença arterial periférica, cuidados com úlceras e manejo da neuropatia na prática diária. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Alimentação equilibrada previne doenças crônicas como diabetes e hipertensão
Celebrado no domingo (31/3), o Dia Nacional da Saúde e Nutrição ressalta a importância de uma alimentação equilibrada para promover a saúde, contribuindo para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e câncer. Para desenvolver ações estratégicas de alimentação e de nutrição no DF, a Secretaria de Saúde (SES-DF) planeja as ações por meio dos planos distritais de Promoção da Saúde, de Segurança Alimentar e Nutricional e de Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis. Nas unidades básicas de saúde (UBSs), essas e outras ações são desenvolvidas por meio de grupos de hábitos de vida saudáveis. A Secretaria de Saúde recomenda consumir mais frutas, verduras e legumes para reduzir o risco de doenças cardiovasculares | Foto: Karinne Viana/Agência Saúde-DF “No contexto das UBSs, os nutricionistas ancoram suas atividades na educação alimentar e nutricional, incluindo atendimentos coletivos e individuais”, resume a gerente de Serviços de Nutrição da secretaria, Carolina Gama. “Além disso, há ações intersetoriais desenvolvidas em parceria com outras secretarias, a exemplo do Fórum Distrital de Promoção da Alimentação Adequada e Saudável nas Escolas da rede de ensino do DF.” Qualidade e quantidade são fatores que devem ser levados em consideração, atenta a nutricionista: “A nutrição é essencial para o funcionamento do corpo, e a segurança alimentar e nutricional, que envolve tanto o acesso a alimentos em quantidade suficiente quanto em qualidade adequada, é fundamental para a promoção da saúde”. “Perdi peso, me sinto mais disposta para fazer as coisas, durmo melhor e não sinto mais vontade de comer por impulso” Maysa Vieira, estudante de 15 anos, que reduziu o consumo de alimentos ultraprocessados Cuidados com a alimentação “Que teu alimento seja teu remédio e que teu remédio seja teu alimento”. Essa frase, proferida por Hipócrates, considerado o pai da medicina, reflete a importância da nutrição como um dos principais pilares da saúde. Uma alimentação equilibrada desempenha um papel fundamental na prevenção e tratamento de doenças, influenciando diretamente o bem-estar físico e mental. Contudo, pesquisas têm demonstrado que a população brasileira continua a fazer escolhas alimentares inadequadas, com um aumento no consumo de alimentos ultraprocessados, especialmente entre os adolescentes, e uma diminuição no consumo de alimentos tradicionais da cultura alimentar do país, como arroz e feijão. “A nutrição é essencial para o funcionamento do corpo, e a segurança alimentar e nutricional, que envolve tanto o acesso a alimentos em quantidade suficiente quanto em qualidade adequada, é fundamental para a promoção da saúde”, afirma a gerente de Serviços de Nutrição da Secretaria de Saúde (SES-DF), Carolina Gama. Carolina Gama: “A nutrição é essencial para o funcionamento do corpo e a segurança alimentar e nutricional é fundamental para a promoção da saúde” | Foto: Arquivo Pessoal Segundo o boletim informativo da SES-DF sobre o perfil nutricional e de consumo alimentar da população assistida pela Atenção Primária à Saúde (APS) do DF, em 2022, 83% dos adolescentes acompanhados consumiram alimentos ultraprocessados, enquanto 68% consumiram bebidas adoçadas. Além disso, 41% ingeriram macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados, e 55% consumiram biscoitos recheados, doces ou guloseimas. Outra observação apurada é o percentual crescente de crianças que, a partir dos 2 anos até a adolescência, apresentaram excesso de peso. Com histórico familiar de obesidade, a estudante Maysa Vieira, 15, costumava se alimentar de frituras, doces e fast food, até que, há um ano, decidiu mudar seus hábitos. A jovem recebe acompanhamento nutricional na UBS 4 da Estrutural e, desde então, tem percebido benefícios. “Comecei a comer mais salada, arroz, feijão e legumes”, conta. “Perdi peso, me sinto mais disposta para fazer as coisas, durmo melhor e não sinto mais vontade de comer por impulso. Além disso, percebi muitas mudanças positivas no meu corpo e minha autoestima está melhor.” A nutricionista da SES-DF explica que uma alimentação é considerada saudável quando é composta por alimentos naturais ou minimamente processados. “A alimentação saudável inclui frutas, legumes, verduras, carnes, ovos, grãos e castanhas, livre de alimentos ultraprocessados e industrializados, que contêm corantes, conservantes e adoçantes, além de serem ricos em sódio, gordura e açúcar”. Veja abaixo recomendações da SES-DF e do Ministério da Saúde (MS) para ter uma alimentação equilibrada e hábitos saudáveis: • É essencial mudar o prato: menos alimentos industrializados e mais alimentos naturais; • Evitar o consumo de alimentos ricos em calorias, gordurosos e salgados; • Aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes, cereais integrais e feijões; • Beber bastante água; • Reduzir ou evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o uso do cigarro; • Fazer exames preventivos e consultar o médico periodicamente; • Praticar exercícios físicos regulares, diariamente ou pelo menos três vezes por semana após avaliação médica; • Dormir pelo menos 8 horas num período de 24 horas. *Com informações da SES-DF
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Especialistas alertam sobre o uso de adoçantes em dietas
O adoçante, erroneamente visto como uma alternativa saudável ao açúcar, não deve ser usado em dietas para emagrecimento. A orientação é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que publicou, em 2023, uma nova diretriz sugerindo que o produto não seja consumido com a finalidade de controle de peso e/ou redução do risco de doenças crônicas, como o diabetes. No lugar dos adoçantes, as frutas podem ser usadas para conferir um sabor mais doce a bolos e vitaminas | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília Para a referência técnica distrital (RTD) de endocrinologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Flávia Franca, a recomendação da entidade busca evitar o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e processados, que possuem alto índice de adoçantes, como acesulfame, aspartame, ciclamatos, sacarina, sucralose, estévia e seus derivados, entre outros. Ela reforça que o ideal é consumir os alimentos com seu sabor natural e utilizar frutas como uma forma de adoçar vitaminas, sucos e bolos. “Essa recomendação veio para reforçar a importância de uma vida mais saudável. De acordo com a nova diretriz, para evitar a obesidade e o diabetes, não se devem consumir alimentos processados ou ultraprocessados, mas na sua forma natural – o que não quer dizer que a pessoa deva substituir o adoçante por açúcar, que, em excesso, realmente traz riscos à saúde”, destaca a endocrinologista. “Alguns estudos em animais apontam que o aspartame teve relação com o aumento do risco de câncer. Isso mostra que esses produtos não trazem benefício nutricional nenhum à saúde” Flávia Franca, endocrinologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) Risco de câncer Outra questão também abordada pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), em conjunto com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) e a Associação Brasileira do Estudo da Obesidade (Abeso), foi a relação de alguns tipos de adoçante com o risco de câncer. “Alguns estudos em animais apontam que o aspartame teve relação com o aumento do risco de câncer. Isso mostra que esses produtos não trazem benefício nutricional nenhum à saúde. A recomendação é que se evite o consumo”, reforça França. Apesar de existir uma recomendação segura aceitável, a médica da SES-DF observa que, com o uso regular dessas substâncias, há prejuízo de respostas glicêmicas, maior risco de doenças metabólicas e aumento do ganho de peso. A recomendação da OMS, no entanto, não abrange as pessoas com diabetes pré-existente, que se beneficiam do uso de adoçantes porque a ingestão de açúcar pode levar ao aumento da glicose no sangue. Um estudo publicado no ano passado na revista científica Plos Medicine associou o constante consumo de aspartame, um dos adoçantes artificiais mais comuns e utilizados em bebidas zero ou diet, principalmente refrigerantes, ao aumento de 15% do risco de todos os tipos de cânceres. Outro prejuízo à saúde avaliado foi a maior incidência de tumores relacionados à obesidade. Estudos associam o constante consumo de aspartame ao aumento de 15% do risco de câncer | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília Valor nutricional Nutricionista da SES-DF e consultora na área de rotulagem de alimentos, Tatiane Cortes lembra que os adoçantes dietéticos são substâncias utilizadas para conferir sabor doce. Porém, ainda que sejam considerados seguros quando consumidos dentro dos limites estabelecidos, um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com o Instituto de Saúde (IS) de São Paulo sugere que o uso excessivo desses produtos pode gerar efeitos negativos à saúde. “Essas substâncias são formuladas para pessoas que têm alguma restrição ao consumo de açúcar, como no caso de quem tem diabetes mellitus. Atualmente, existem adoçantes artificiais e naturais, e os últimos são vistos como menos nocivos por serem extraídos da natureza, como estévia e xilitol”, aponta a especialista. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é responsável por regulamentar e autorizar a utilização dos adoçantes. Hoje existem alguns tipos liberados, como sorbitol, manitol isomaltitol, maltitol, sacarina, ciclamato, aspartame, estévia, acessulfame K, sucralose, neotame, taumatina, lactitol, xilitol e eritritol. Segundo a nutricionista Tatiana Cortes, o melhor caminho para perder peso é a reeducação do paladar | Foto: Divulgação/ Agência Saúde Cortes ressalta que, no país, o crescimento da oferta de adoçantes, produtos diet e light com os rótulos “zero caloria” e “zero açúcar” se deve à busca por opções de alimentos ditos “mais saudáveis”. Essa procura é motivada pelo aumento da população com sobrepeso, obesidade e diabetes, bem como pela conscientização sobre os efeitos negativos do consumo excessivo de açúcar. Entretanto, algumas publicações internacionais citam potenciais malefícios associados ao consumo excessivo de adoçantes, como desregulação do apetite, alterações na microbiota intestinal, ganho de peso, intolerância gastrointestinal, desenvolvimento de preferência por sabores doces e possíveis efeitos na saúde metabólica. “Esses produtos podem afetar negativamente a composição e a função de nossa microbiota intestinal, causando um quadro de disbiose que pode trazer diarreia, prisão de ventre, distensão abdominal, náuseas e azia”, elenca a nutricionista. Uma alternativa, segundo a especialista, é a substituição dos adoçantes por mel, açúcar de coco, açúcar mascavo e melado de cana, desde que sejam consumidos em pequenas quantidades e sob orientação profissional. “O melhor caminho para perder peso é a reeducação do paladar. Precisamos aprender a saborear o alimento sem precisar adoçá-lo. Comece devagar, diminuindo aos poucos o consumo dos adoçantes e alimentos com essas substâncias. Dê ao seu corpo substratos naturais, frutas, desembalando menos e descascando mais”, recomenda. Mudança de hábitos O servidor público Renato Santos conta que, durante exames de rotina, em outubro de 2023, foi diagnosticado com um quadro de pré-diabetes. Com a notícia, resolveu optar por uma alimentação mais saudável, cortando açúcar e adoçantes. “Fiquei bastante preocupado com o diagnóstico, então resolvi não comer mais açúcar e diminuir significativamente o consumo de alimentos derivados do trigo. No começo foi difícil, pois em minha rotina comia chocolate e doces diariamente, após o almoço”, relata. “Para tentar equilibrar, comecei a consumir muitos produtos industrializados com adoçantes, mas não me adaptei. Sentia que a comida ficava amargando e que, apesar de não comer mais açúcar, continuava ingerindo bastante produtos industrializados, com alto teor calórico.” Com o corte dos adoçantes, os novos hábitos alimentares já surgiram efeito. Ele pesava 137 kg, e agora está com 123 kg. “Resolvi adoçar os alimentos que consumo com frutas. Hoje, produzo os bolos e doces usando frutas como banana e tâmara para adoçar. Foi necessário adaptar meu paladar para uma nova rotina. Em três meses, perdi mais de 10 kg de gordura, e minhas taxas melhoraram”, conclui.
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Dia Mundial da Obesidade terá evento especial neste sábado
Na busca por uma sociedade mais saudável, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), em parceria com outras instituições, promoverá, neste sábado (9), uma conscientização pelo Dia Mundial da Obesidade. O encontro será no Estacionamento 13 do Parque da Cidade, ao lado da administração, a partir das 8h. A porta de entrada para os pacientes são as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). De acordo com o grau da doença, a pessoa é encaminhada para atendimento endocrinológico ou para os centros especializados em obesidade | Foto: Sandro Araújo/Agência Brasília A obesidade é uma doença que pode levar a inúmeras complicações de saúde como diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão. Pode também estar relacionada a alguns tipos de câncer, afetar o sono, causar problemas psicológicos, além de acarretar baixa na qualidade de vida ou, até mesmo, a morte. Relatório da Federação Mundial da Obesidade (WOF) preocupa especialistas e profissionais da saúde. A perspectiva da obesidade na população está na contramão do combate ao sedentarismo. Na atualidade, 22,4% da população brasileira adulta é obesa, mas o problema se intensifica a cada ano e a projeção é de que o Brasil terá 41% dos adultos brasileiros obesos até 2035. A perspectiva mundial é de que uma a cada 4 pessoas sofrerão com a doença, o que equivale a cerca de 2 bilhões de pessoas. “Atendemos pacientes com obesidade grau dois associado a algumas comorbidades como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, entre outros. Atendemos também obesidade grau três, independentemente de comorbidades” Flávia Franca, referência técnica distrital de endocrinologia da SES-DF A porta de entrada na rede pública de saúde do DF para pessoas com obesidade e sobrepeso é o sistema de Atenção Primária, iniciado nas unidades básicas de saúde (UBS). A SES-DF acolhe a população e, de acordo com o grau da doença, encaminha para os serviços de atendimento endocrinológicos ou para os centros especializados em obesidade. A referência técnica distrital (RTD) de endocrinologia da SES-DF, Flávia Franca, explica que os casos mais graves precisam de tratamento. “Atendemos pacientes com obesidade grau dois associado a algumas comorbidades como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, entre outros. Atendemos também obesidade grau três, independentemente de comorbidades”, explica. O Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh) é um dos locais de atendimento médico multiprofissional da rede pública. Desde de 2017, o Cedoh atua no tratamento das comorbidades para o atendimento de pessoas que foram diagnosticadas como de risco e de alto risco. A gerente do Cedoh, Alexandra Rubim, destaca que o trabalho é feito de forma interdisciplinar. “Temos endocrinologistas adulto e pediátrico, cardiologistas, nefrologistas, equipe de enfermagem, fisioterapia, nutrição e psicologia. Os pacientes são encaminhados pelo sistema de regulação de vagas e ficam conosco por dois anos”, explica. O processo inclui acolhimento, orientação e tratamentos, com atendimentos presenciais na unidade, a cada dois meses. O sucesso terapêutico é identificado quando o paciente consegue eliminar de 5 a 15% do peso corporal. O Cedoh já atendeu cerca de 930 adultos desde sua inauguração e, a partir de 2019, recebeu 431 crianças, adolescentes e suas famílias. A obesidade pode levar a inúmeras complicações de saúde como diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Superação e consistência O sobrepeso, também conhecido como pré-obesidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), está relacionado a índices de massa corporal (IMC) maiores ou iguais a 25 kg/m2. Na população brasileira, essa doença afeta cerca de 57% dos homens. Um dos grandes problemas é o aumento da circunferência abdominal, muito comum na comunidade masculina. Mensurado pelo índice de circunferência de cintura (CC), o indicador mostra o nível de gordura intra-abdominal ou visceral. A conhecida “barriguinha de chopp” pode esconder uma série de problemas de saúde ligados à obesidade. Foi o que descobriu o estudante de psicologia, Fábio Alves, de 43 anos. “Sempre fiz atividade física, mas sem ter uma consistência. Com o passar dos anos, comecei a ganhar peso, cheguei a pesar 115 kg.” Uma inflamação do nervo ciático e problemas de locomoção levaram o futuro psicólogo a procurar ajuda profissional. Após consultas médicas e com acompanhamento de nutricionista e educador físico, Fábio passou a ter intensidade e foco na alimentação e no treino. “Hoje estou treinando todos os dias, intercalando entre corrida, natação e academia. Já perdi quase 30 kg, sem tomar nenhum tipo de medicação. Mas tudo com o acompanhamento de profissionais de saúde”, afirma. Março de ativismo e conscientização Desde 2015, o dia 4 de março foi escolhido como o Dia Mundial da Obesidade para mobilizar a sociedade em função da prevenção e do manejo da obesidade. Este ano o tema da campanha estimula a conversa interdisciplinar. Na medida em que a maior dificuldade no controle de peso é equilibrar a balança entre o consumo e o gasto calórico, a atividade física pode ser uma solução. É o que pensa a Organização Mundial da Saúde (OMS) ao instituir também o Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo, celebrado no próximo dia 10 de março. Saiba mais sobre a obesidade. *Com informações da SES-DF
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Profissionais de saúde terão curso de contagem de carboidratos
A partir do dia 27, o Ambulatório de Pé Diabético da Região de Saúde Sul, na Policlínica do Gama (Polic-Gama), promove o curso Contagem de Carboidratos – Educação em Saúde em Diabetes. Inscrições serão feitas presencialmente no Hospital Regional do Gama | Foto: Sandro Araújo/Agência Brasília A capacitação se destina a usuários e servidores da Secretaria de Saúde (SES-DF) com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1 ou que já estejam em acompanhamento na unidade. As inscrições são feitas presencialmente no próprio ambulatório, no Hospital Regional do Gama, localizado na Área Especial nº 1 – Setor Central. [Olho texto=”Alunos deverão fazer a contagem de carboidratos de seus alimentos por conta própria” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Serão oferecidas três turmas em 2024. O curso contará com dois encontros presenciais, uma vez ao mês. O objetivo é melhorar os desfechos dos tratamentos oferecidos no ambulatório, estimulando os usuários a aprimorarem seu autocuidado e o consumo nutricional. As inscrições são gratuitas. A primeira aula vai orientar sobre os métodos de educação alimentar, tirar dúvidas e identificar limitações dos usuários em aderir à terapêutica nutricional proposta no acompanhamento. Após o encontro, os alunos terão o prazo de um mês para colocar o aprendizado em prática, realizando a contagem de carboidratos de seus alimentos por conta própria. Na segunda aula, quando deverão ser apresentados os resultados obtidos, o grupo receberá instruções sobre a manutenção do tratamento. Acesso ao serviço O atendimento da pessoa com diabetes é iniciado na unidade básica de saúde (UBSs) de referência, de acordo com o seu endereço residencial. No InfoSaúde é possível identificar a unidade, usando o Código de Endereçamento Postal (CEP) do paciente. Aqueles que possuem diabetes tipo 2 são acompanhados por um médico de família e um enfermeiro em consultas intercaladas. Quando necessário, e de acordo com a avaliação de risco, os usuários são encaminhados para avaliação de um endocrinologista nos ambulatórios especializados, com a participação de equipe multiprofissional. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Já os pacientes com diabetes tipo 1 são encaminhados, prioritariamente, à endocrinologia do ambulatório de referência da região, e seguem com toda a assistência na UBS para entrega dos insumos (tiras reagentes, lancetas, agulhas para canetas ou seringas). Diabetes mellitus O diabetes mellitus é um conjunto de alterações metabólicas que acarreta elevados níveis de glicemia no sangue, decorrentes da deficiência na produção de insulina. O quadro pode provocar complicações crônicas, como doenças cardiovasculares, oculares, renais e neurológicas. O tratamento do paciente com diabetes inclui educação e conscientização sobre a síndrome, estímulo para uma alimentação saudável, prática de atividade física regular e orientações para metas de controle adequado de pressão arterial, peso, lipídios e glicemia. Curso de Contagem de Carboidratos – Educação em Saúde em Diabetes ? Turma 1: do dia 27 deste mês a 26/3 ? Turma 2: 21/5 a 18/6 ? Turma 3: 3/9 a 5/11 ? Local: Ambulatório de Pé Diabético no Hospital Regional do Gama (HRG) – Área Especial nº 1 – Setor Central ? Horário: das 13h às 18h. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Estatuto da Pessoa com Diabetes garante direitos no Distrito Federal
Já está em vigor no Distrito Federal o Estatuto da Pessoa com Diabetes, criado pela lei nº 7.409, sancionada pelo governador Ibaneis Rocha e publicada no Diário Oficial do DF (DODF) do dia 18 deste mês. O estatuto assegura direitos aos pacientes diagnosticados com diabetes, como acesso aos serviços de saúde pública e prioridade de atendimento. Aproximadamente 115 mil pessoas fazem acompanhamento de diabetes nas unidades da Secretaria de Saúde (SES-DF). “A nova lei normatiza práticas que já adotamos no âmbito da Secretaria de Saúde. Temos o orgulho de termos aqui um tratamento que é referência nacional”, afirma a subsecretária de Assistência Integral à Saúde, Lara Nunes. Ela destaca o uso do Libre, equipamento para monitorar os níveis de glicemia no sangue. Os pacientes também contam com bombas de insulina. Pacientes com diabetes no DF têm acesso a tratamentos com o Libre e com bombas de insulina | Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde O uso desses equipamentos é orientado pelos profissionais da SES-DF. O acompanhamento é feito em unidades especializadas no tratamento da doença, como o Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic), o Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão Adulto (Cadh) e o Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh). A rede de 176 unidades básicas de saúde (UBSs) funciona tanto como porta de entrada quanto para o acompanhamento de quem está com a doença crônica controlada. Em caso de necessidade, o encaminhamento a um endocrinologista é rápido. “Todo paciente com diabetes tipo 1 é prioritário. Não há atraso para consulta com o especialista”, garante a endocrinologista Flávia Melo, referência técnica distrital da área. A SES-DF conta com 73 médicos endocrinologistas, 23 deles voltados para atendimentos pediátricos. Além disso, profissionais de diversas especialidades fazem o acompanhamento geral da saúde dos pacientes, e há ambulatórios para tratamento de complicações da doença, como o “pé diabético” e a retinopatia. Também são realizadas ações educativas, inclusive em escolas, em parceria com a Secretaria de Educação. A Secretaria de Saúde conta com 73 médicos endocrinologistas | Foto: Thaís Cavalcante/ Agência Saúde Diabetes: o que é e como evitar A diabetes é caracterizada por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente e pode levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. A doença pode ter diversas causas, que determinam o seu tipo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A diabetes tipo 1 atinge de 5% a 10% dos pacientes. Nesse caso, as células produtoras de insulina são destruídas pelo próprio corpo. Já os demais 90% são acometidos pelo tipo 2, quando há deficiência na produção de insulina ou resistência à insulina. Também há a diabetes gestacional, que pode ou não persistir após o parto. Além disso, determinados tipos de doenças, uso de medicação, drogas, produtos químicos ou problemas genéticos podem levar a um quadro de diabetes. A melhor forma de prevenir a diabetes é praticar atividades físicas regularmente, manter uma alimentação saudável e evitar o consumo de álcool, tabaco e drogas. Além disso, é fundamental fazer exames regularmente para acompanhar a glicose no sangue. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Retinopatia diabética: cuidados para evitar a doença
O descontrole da glicemia, elevando os níveis de açúcar no sangue, é um dos fatores causadores da retinopatia diabética, doença que afeta cerca de quatro milhões de brasileiros, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A enfermidade é ocasionada por lesões nas pequenas artérias que irrigam a retina, prejudicando o tecido no fundo do olho – responsável por captar imagens interpretadas pelo cérebro. A retinopatia diabética é causada por lesões nas pequenas artérias que irrigam a retina, prejudicando o tecido no fundo do olho. As principais complicações incluem visão embaçada ou flutuante, desenvolvimento de glaucoma, descolamento de retina e, em casos extremos, cegueira | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde De acordo com o oftalmologista Fabrício Borges, do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), especialista na doença, a retinopatia é a principal causa de cegueira em pessoas com diabetes. Ele alerta que essa complicação pode ser evitada ou controlada com diagnóstico precoce. “É muito importante que os pacientes diabéticos façam anualmente o exame de fundo de olho da retina para detectar precocemente a doença. Com diagnóstico e tratamento oportunos, é possível prevenir complicações que podem levar à cegueira. Ela é considerada a maior causa de cegueira na população trabalhadora, abaixo dos 50 anos de idade”, explica Borges. Como prevenir [Olho texto=”“É muito importante que os pacientes diabéticos façam anualmente o exame de fundo de olho da retina para detectar precocemente a doença”” assinatura=”Fabrício Borges, oftalmologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran)” esquerda_direita_centro=”direita”] A prevenção da retinopatia diabética envolve o controle dos níveis de açúcar no sangue e a manutenção da pressão arterial em níveis normais. Pessoas com diabetes devem realizar consultas periódicas com o oftalmologista e adotar hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada e atividades físicas regulares. O diabetes pode causar sintomas em diversas partes do corpo, não necessariamente associados à condição. As principais complicações da retinopatia diabética incluem visão embaçada ou flutuante, desenvolvimento de glaucoma, descolamento de retina e, em casos extremos, cegueira. O tratamento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), chamado antiangiogênico, é de alto custo, mas essencial para estabilizar e tratar a doença. “Fazemos cerca de 200 procedimentos por mês na rede”, diz Borges. A porta de entrada na rede pública para o atendimento são as UBSs. Após avaliação, os profissionais encaminham os pacientes para os médicos especialistas | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O Hran conta com um quadro de especialistas no uso de antiangiogênicos — medicamentos que têm a possibilidade de inibir o crescimento de vasos sanguíneos anômalos —, contribuindo significativamente para o cuidado eficaz no tratamento. Atualmente, 70 oftalmologistas fazem parte da Secretaria de Saúde (SES-DF). A porta de entrada na rede pública para o atendimento são as unidades básicas de saúde (UBSs). Após avaliação, os profissionais encaminham os pacientes para os médicos especialistas. O Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic), no Hospital Regional do Guará (HRGu), ampliou seu horário de funcionamento, buscando dobrar o número de pacientes acompanhados. Os atendimentos ocorrem às terças e quintas-feiras, das 7h às 12h e das 13h às 18h. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal
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Reconhecimento rápido de sintomas ajuda a salvar vidas em casos de AVC
A obstrução ou rompimento de vasos que impede a circulação sanguínea no cérebro é a causa do acidente vascular cerebral (AVC). Apesar de súbita, essa ocorrência é possível de ser identificada no momento em que ocorre, por meio de alguns sinais visíveis: fraqueza em metade do corpo, diminuição da sensibilidade, perda repentina da visão de um olho e alteração na fala e na face. Uma vez identificados sintomas de AVC, como fala arrastada, dificuldade de levantar o braço e sorriso torto, a orientação é ligar imediatamente para o Samu | Fotos: Matheus Oliveira/Arquivo Agência Saúde O AVC está ligado a fatores de risco das doenças vasculares, como pressão e colesterol altos e diabetes. Fatores como tabagismo, alcoolismo e sedentarismo também acarretam risco, bem como a idade. Por ser uma condição repentina, a prevenção é essencial, segundo a neurologista Adriana Barros, da Secretaria de Saúde (SES-DF). “Caso tenha pressão alta, deve-se manter o controle regular da pressão arterial com visitas regulares ao médico de família”, orienta a médica. “É importante se atentar também à glicose controlada, parar de fumar, fazer uso moderado do álcool. Outra forma é realizar atividade física, pois ela aumenta o colesterol bom, a função cardiopulmonar e melhora a saúde vascular.” Primeiros 30 minutos A neurologista afirma que, no Brasil, o AVC é a primeira causa de incapacidade e a segunda de mortalidade. Os dados apontam para a urgência em abordar o tema. Divulgar o reconhecimento rápido dos sintomas pode refletir diretamente na extensão das sequelas e na capacidade de reabilitação. Por isso, os primeiros 30 minutos são cruciais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Se, ao sorrir, o rosto da pessoa estiver puxando apenas para um lado; se, ao levantar o braço, ela não consegue mantê-lo no alto; e se a fala sair estranha, arrastada, é preciso correr e ligar para o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, número 192] imediatamente”, alerta Adriana Barros. O Samu orienta e direciona ao hospital. Nos casos agudos, a unidade de referência é o Hospital de Base do DF. Já para a prevenção de doenças vasculares cerebrais, o primeiro caminho a seguir é buscar atendimento nas unidades básicas de saúde (UBSs). É possível encontrar a UBS de referência, de acordo com o local de moradia, clicando aqui. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Ação de prevenção contra o diabetes nos restaurantes comunitários
Os 16 restaurantes comunitários do Distrito Federal promoveram uma ação para reforçar a prevenção contra o diabetes. As equipes produziram murais, cartazes, veicularam vídeo explicativo e distribuíram fôlderes para alertar as famílias vulneráveis que frequentam as unidades sobre os riscos do diabetes e a importância de ter um estilo de vida saudável e uma alimentação balanceada. A iniciativa ocorreu nesta terça-feira (14), data em que é celebrado o Dia Mundial do Diabetes. [Olho texto=”“Muitas pessoas circulam nos restaurantes comunitários. São famílias em vulnerabilidade social que, muitas vezes, não têm acesso a essas informações. Que bom poder utilizar esse espaço dos restaurantes comunitários para reforçar a prevenção contra o diabetes e auxiliar pessoas que já têm a doença a viverem melhor!”” assinatura=”Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”] Os frequentadores também contaram com a tradicional degustação das ações de Educação Alimentar e Nutricional (EAN). Neste mês, a atração foi bolo de banana com aveia. “Escolhemos essa receita para mostrar a importância de consumir fruta em outras preparações que não seja ela in natura. A banana também é boa para adoçar o bolo sem adicionar o açúcar, o que, para o diabético, é fundamental. E a aveia vai trazer mais fibra para essa preparação, reduzindo a glicemia no sangue. Para quem tem diabetes, aumentar o consumo de fibras é interessante”, explica a nutricionista da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) Glenia Pereira Moreira Cordeiro, que atua no Restaurante Comunitário de Brazlândia. Ação de EAN alerta sobre os riscos do diabetes e a importância de ter um estilo de vida saudável e uma alimentação balanceada | Foto: Divulgação/Sedes Glenia preparou o material de divulgação da ação de EAN deste mês, em parceria com a nutricionista Mayra de Lima Granjeiro, do Restaurante Comunitário do Paranoá. “O diabético, muitas vezes, acaba excluindo o bolo da dieta por causa do açúcar. E o bolo traz memórias afetivas. Então, é uma forma de incluir uma preparação que tem memória na alimentação de uma pessoa que tem restrição alimentar”, complementa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Muitas pessoas circulam nos restaurantes comunitários. São famílias em vulnerabilidade social que, muitas vezes, não têm acesso a essas informações. Que bom poder utilizar esse espaço dos restaurantes comunitários para reforçar a prevenção contra o diabetes e auxiliar pessoas que já têm a doença a viverem melhor”, comemora a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. *Com informações da Sedes-DF
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DF oferece monitores de glicose e bombas de insulina a pacientes diabéticos
Com atendimento especializado em todo o território, o Distrito Federal é considerado uma referência no tratamento do diabetes. A rede pública de saúde é destaque nacional por ofertar aparelhos para que pacientes possam monitorar níveis de glicose e treinar profissionais de outras unidades da Federação, além de ter atendimento especializado nas sete Regiões de Saúde do DF. Nesta terça-feira, 14 de novembro, é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, um momento de conscientização sobre a prevenção, os riscos e os cuidados com a doença. O tema adotado para a campanha, em 2023, é Acesso aos Cuidados do Diabetes. “O DF faz um trabalho de excelência no atendimento às pessoas com diabetes. Aqui é um dos poucos lugares do Brasil que disponibiliza o Libre, que é um sensor de monitorização contínua de glicose. Também podemos oferecer, desde dezembro de 2020, bomba de insulina para as pessoas que necessitam desse suporte”, afirma a endocrinologista e gerente do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh), Alexandra Rubim Camara Sete. Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh) conta com uma equipe multidisciplinar e oferece consultas ambulatoriais individuais e em grupo | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF Decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, o diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla. A enfermidade é caracterizada por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente e pode levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. [Olho texto=”“O DF faz um trabalho de excelência no atendimento às pessoas com diabetes. Aqui é um dos poucos lugares do Brasil que disponibiliza o Libre, que é um sensor de monitorização contínua de glicose. Também podemos oferecer, desde dezembro de 2020, bomba de insulina para as pessoas que necessitam desse suporte”” assinatura=”Alexandra Rubim Camara Sete, gerente do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh)” esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), existem, atualmente, no Brasil, mais de 15 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 7,9% da população nacional. No DF, entre os usuários cadastrados nas unidades básicas de saúde (UBSs), aproximadamente 115.382 convivem com a patologia. Tratamento integrado Diagnosticada com diabetes mellitus tipo 1 aos 6 anos de idade, a auxiliar de dentista Ana Luíza Santos, 23 anos, faz acompanhamento no Ambulatório do Pé Diabético no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). “A gente tem o atendimento completo aqui, equipe com endocrinologista, nutricionista, oftalmologista, dentista, psicólogo. Suporte com orientação e também com os materiais que a gente precisa, como o aparelho para medir a glicemia, as fitas, as seringas e a insulina, que é algo muito caro e o diabético não pode ficar sem”, relata. A paciente destaca ainda a importância do tratamento gratuito, acessível e de qualidade no Sistema Único de Saúde (SUS). “Se a rede pública não disponibilizasse o tratamento e os insumos, muita gente não teria acesso. Eu mesma não teria condição de custear esse tratamento de forma particular”, pondera. Ana Luíza Santos, 23, foi diagnosticada com diabetes mellitus tipo 1 aos 6 anos e faz acompanhamento no Ambulatório do Pé Diabético no HRT: “Se a rede pública não disponibilizasse o tratamento e os insumos, muita gente não teria acesso. Eu mesma não teria condição de custear” | Foto: Arquivo Pessoal Em todas as sete Regiões de Saúde do DF, há endocrinologistas nos ambulatórios. Além disso, a população conta com centros especializados no atendimento das pessoas com a doença. É o caso do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh), localizado na Asa Norte. O local é referência para atendimento da Região Central de Saúde – integrada por asas Sul e Norte, Cruzeiro, Setor Militar Urbano, Noroeste, Setor de Indústrias Gráficas, Granja do Torto, Vila Planalto, lagos Norte e Sul, Sudoeste, Octogonal e Varjão –, onde está registrada a maior incidência do diabetes no DF. Mas também recebe pacientes de outras regiões, caso haja necessidade e disponibilidade de vagas. Em média, o tempo de espera para atendimento é inferior a 20 dias. Outras duas unidades também são voltadas para o tratamento da doença: o Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic), no Hospital Regional do Guará (HRGu), e o Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão Adulto (CADH), no Paranoá. Cada paciente é encaminhado para uma unidade, de acordo com o local onde mora. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) também oferta atendimento especializado em Ambulatórios do Pé Diabético, que ficam em Ceilândia, Taguatinga, Paranoá, Sobradinho, Planaltina, Guará, Gama e Plano Piloto. Acesso ao serviço O DF é referência no tratamento do diabetes, reconhecido, inclusive, pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF O atendimento da pessoa com diabetes é iniciado na UBS de referência, de acordo com o seu endereço residencial. No InfoSaúde é possível identificar a unidade, usando o CEP do paciente. Aqueles que possuem diabetes tipo 2 são acompanhados pelo médico de família e enfermeiro em consultas intercaladas. Quando necessário e de acordo com a avaliação de risco, os usuários são encaminhados para avaliação de um endocrinologista nos ambulatórios especializados com a participação de equipe multiprofissional. Já os pacientes com diabetes tipo 1 são encaminhados, prioritariamente, para endocrinologista do ambulatório de referência da região e seguem com toda a assistência na UBS para entrega dos insumos – tiras reagentes, lancetas, agulhas para canetas ou seringas. ?Tipos de diabetes ? Diabetes tipo 1: causado pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de defeito do sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem a insulina. Ocorre em cerca de 5 a 10% dos diabéticos. ? Diabetes tipo 2: resulta da resistência à insulina e de deficiência na sua secreção. Ocorre em cerca de 90% dos diabéticos. ? Diabetes gestacional: é a diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada pela primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto. Sua causa exata ainda não é conhecida. ? Outros tipos: são decorrentes de defeitos genéticos associados com outras doenças ou com o uso de medicamentos. Por exemplo, defeitos genéticos da função da célula beta ou na ação da insulina; doenças do pâncreas (pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística, etc.); induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos, corticoides, betabloqueadores, contraceptivos, etc.). ?Prevenção A melhor forma de prevenir o diabetes é praticar atividades físicas regularmente, manter uma alimentação saudável e evitar o consumo de álcool, tabaco e outras drogas. Além disso, é fundamental estar atento aos sintomas da doença e realizar exames regularmente para acompanhar a glicose no sangue. Para quem já possui a doença, é importante seguir uma dieta equilibrada e saudável, rica em alimentos in natura e minimamente processados, reduzir a quantidade de sal e consumir açúcar de forma moderada. Também deve-se manter acompanhamento médico regular para controlar a glicose no sangue e prevenir complicações. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal
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Ambulatório do Pé Diabético do Gama fez quase 7 mil procedimentos este ano
De janeiro a agosto deste ano, o Ambulatório do Pé Diabético do Hospital Regional do Gama (HRG) registrou 6.950 procedimentos, que englobam consultas, avaliações e curativos. O serviço, voltado a pacientes com complicações causadas pelo diabetes, ajuda a cuidar de lesões e a evitar infecções, deformidades no membro atingido e amputações. Em 2022, foram 3 mil atendimentos entre junho e dezembro. O pé diabético é uma complicação do diabetes mellitus não controlado e ocorre quando a área machucada ou infeccionada nos pés se transforma em uma ferida | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF “As feridas decorrem da alteração que o diabetes pode promover nos nervos e na circulação sanguínea e são de difícil cicatrização”, explica a endocrinologista Érica Carvalho Visentin, que atende no ambulatório. Os profissionais fazem a avaliação e os curativos das feridas, avaliam as lesões e dão orientações para autocuidado. O local conta com equipe de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que oferece assistência aos pacientes. A dona de casa Gasparina Alves Batista, 74 anos, é atendida duas vezes por semana para tratar uma ferida ocasionada pelo diabetes. “Já está quase cicatrizando, graças aos profissionais do ambulatório”, elogia. Além do Gama, a Secretaria de Saúde (SES-DF) oferta o atendimento especializado em Ambulatórios do Pé Diabético de Ceilândia, Taguatinga, Paranoá, Sobradinho, Planaltina, Guará e Plano Piloto. Para ser atendido em qualquer um desses locais, é necessário buscar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, de acordo com o endereço residencial. A unidade fará o encaminhamento do paciente para o tratamento. Se necessário, também será indicado o exame de neuropatia, que avalia a perda de sensibilidade. O local conta com equipe de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que oferece assistência aos pacientes Prevenção O pé diabético é uma complicação do diabetes mellitus não controlado e ocorre quando a área machucada ou infeccionada nos pés se transforma em uma lesão (ferida). Trata-se de um dos mais graves problemas causados pela doença, podendo levar, em alguns casos, à amputação do membro atingido. A principal orientação para evitar feridas é manter o controle do diabetes, com acompanhamento de saúde regular e, após o banho, verificar se há machucados nos pés. Com a enfermidade, a sensibilidade reduz e as feridas podem não ser percebidas. É preciso, ainda, enxugar os pés com cuidado para evitar infecção por fungos. O corte das unhas merece atenção especial: deve ser reto e horizontal. Casos de calosidades ou unhas encravadas necessitam de orientação da equipe de saúde para evitar possíveis machucados. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A escolha do calçado também deve ser avaliada com cautela. Opte por sapatos confortáveis, de couro macio ou de tecido. Calçados novos devem ser usados aos poucos, até que sejam amaciados. Idealmente, não se deve andar descalço, utilizando meias de algodão ou de lã, sem elástico. Atendimento no DF é referência O atendimento especializado a pessoas com diabetes ofertado pelo Centro de Atenção ao Diabetes e a Hipertensão (CADH), localizado no Hospital da Região Leste (HRL), no Paranoá, é referência nacional. O trabalho desenvolvido pela unidade foi reconhecido pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A unidade passou a ser um centro colaborador de informações sobre o diabetes para profissionais de diversos estados do Brasil. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Divulgadas novas orientações sobre consumo de gorduras e carboidratos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou as recomendações alimentares sobre o consumo de carboidratos e gorduras para adultos e crianças. As novas diretrizes visam à limitação do consumo para a redução de ganho de peso prejudicial à saúde. Evidências científicas mostram a relação entre a ingestão excessiva desses produtos e os riscos de doenças. “As orientações buscam reduzir o excesso de peso e de doenças não transmissíveis relacionadas com a alimentação, como o diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer”, explica a gerente de Nutrição da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), a nutricionista Carolina Gama. De acordo com as recomendações da OMS, o ideal é que o consumo diário abranja, no mínimo, 400 gramas de frutas e vegetais e 25 gramas de fibras | Foto: Tony Winston/Agência Brasília A alimentação saudável é fundamental para prevenir contra doenças crônicas. Uma dieta rica em alimentos ultraprocessados, além de aumentar o risco de desenvolver diabetes, obesidade, hipertensão e câncer, pode intensificar os sintomas relacionados à má digestão, à inflamação e a transtornos de neurodesenvolvimento. [Olho texto=”A SES-DF disponibiliza atendimento nutricional por meio da Atenção Primária, nas unidades básicas de saúde (UBSs), que são a porta de entrada do cidadão ao Sistema Único de Saúde (SUS)” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Comer bem impacta positivamente não apenas a saúde, como também a sustentabilidade e a conservação do meio ambiente, seja na cadeia produtiva ou na possibilidade de utilizar o alimento como um todo, sem desperdício e menos plástico. A qualidade e a quantidade são importantes para uma boa saúde, conforme indica a OMS. Os adultos devem limitar a ingestão total de gordura a 30% da ingestão total de energia ou menos. Ainda para esse público, o ideal é que o consumo diário abranja, no mínimo, 400 gramas de frutas e vegetais e 25 gramas de fibras. No caso dos carboidratos, em vez de focar em produtos refinados e ricos em açúcar, a orientação da OMS é optar por alimentos que contenham fibras. As orientações da OMS buscam reduzir o excesso de peso e de doenças não transmissíveis relacionadas com a alimentação, como o diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Em crianças com 2 anos ou mais, a gordura consumida precisa ser composta, principalmente, de ácidos graxos insaturados (alimentos de origem vegetal e alguns peixes, como oleaginosas, coco, abacate e salmão). Em termos de consumo, a OMS indica: Frutas e legumes ? 2-5 anos: 250 g no mínimo por dia ? 6-9 anos: 350 g no mínimo por dia ? 10 anos ou mais: 400 g no mínimo por dia Fibras ? 2-5 anos: 15 g no mínimo por dia ? 6-9 anos: 21 g no mínimo por dia ? 10 anos ou mais: 25 g no mínimo por dia A ciência demonstra a importância da alimentação saudável e da nutrição de crianças antes mesmo do nascimento, isto é, da concepção aos primeiros anos de vida. “O período é fundamental para o desenvolvimento físico e neurológico infantil e pode estar relacionado a fatores protetores ou de risco em relação a doenças em outras fases da vida”, relata Gama. [Olho texto=”“Passei a entender o que é comida. Quando eu estou com fome de verdade ou somente com vontade de comer, aprendi a fazer escolhas saudáveis. Passei por uma reeducação, uma conscientização”” assinatura=”Débora Ribeiro de Santos, participante do projeto Hábitos de Vidas Saudáveis” esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com a especialista, uma alimentação equilibrada fornece todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo, tanto do corpo quanto da mente. “Esse hábito é capaz de elevar a expectativa de vida, além de auxiliar no desenvolvimento do cérebro e no crescimento adequado. Fora que aumenta a imunidade, mantém a pele, os dentes e os olhos saudáveis, fortalece os ossos e os músculos, e reduz o risco de doenças cardíacas. Motivos mais do que convincentes”, elenca. Iniciativa no DF Para incentivar a adoção de práticas saudáveis junto a residentes da Unidade Básica de Saúde (UBS) 5 do Arapoanga, a nutricionista Camila da Silva Reis encabeça o projeto Hábitos de Vidas Saudáveis, de orientação e acompanhamento nutricional para a população da região. Na UBS 5 do Arapoanga, o grupo Hábitos de Vidas Saudáveis identifica problemas, prioridades e motivação para os pacientes que decidiram mudar os hábitos alimentares | Foto: Arquivo pessoal “Geralmente, são 15 pessoas por grupo e o primeiro atendimento é coletivo. Nesse contato inicial, identificamos o problema, as prioridades e a motivação, para, então, lançar metas e reflexões sobre os possíveis obstáculos. Em cima dessa dinâmica, construímos os retornos”, explica a especialista. “A gente tenta entender a pessoa integralmente, para, então, medir a dificuldade que ela terá na hora de aderir o que sugerimos.” O grupo é orientado não somente sobre hábitos alimentares, mas de vida, como exercícios físicos, saúde mental e sono. “Mesmo sendo uma atividade coletiva, nós sempre buscamos nos basear na realidade deles, por exemplo, na questão do acesso financeiro”, detalha Reis. [Olho texto=” “Mesmo sendo uma atividade coletiva, nós sempre buscamos nos basear na realidade deles, por exemplo, na questão do acesso financeiro”” assinatura=” Camila da Silva Reis, nutricionista que atende pacientes da UBS 5 do Arapoanga” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os pacientes atendidos pelo projeto são encaminhados pela equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) da região. A maior parte enfrenta diabetes, pressão alta, obesidade e/ou colesterol alto. Após o encontro coletivo, os usuários passam por acompanhamentos e retornos individuais, que, inicialmente, são mensais, podendo chegar a visitas semestrais. O trabalho é complementado pela atuação das residentes, uma em nutrição e outra em psicologia. Segundo a residente em nutrição que atua na iniciativa, Josicleia da Gomes de Silva, os retornos são muito importantes, pois permitem avaliar em quais pontos o paciente tem mais dificuldade. “Nós não trabalhamos com o peso, porque ele não é mensurador de saúde. Focamos nos indicadores e nos resultados, como percentual de gordura e de massa muscular.” Experiência Apesar de o foco do grupo não ser, obrigatoriamente, perder peso, Débora Ribeiro de Santos, de 35 anos, comemorou a redução de 5 kg e de oito centímetros na circunferência abdominal desde que começou a participar do grupo há quatro meses. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Comecei a participar do grupo por causa do meu sobrepeso, que já estava afetando a minha saúde. Eu estava com problemas de refluxo, azia e até passei pela situação de acordar me sentindo sufocada”, explica Débora. No grupo, ela recebeu orientações para reeducação alimentar, como preparar os alimentos e sobre a importância do exercício físico. “Outra questão trabalhada é a compulsão alimentar, que era um problema para mim.” Agora, Débora avalia que seus hábitos melhoraram consideravelmente: “Passei a entender o que é comida, quando eu estou com fome de verdade ou somente com vontade de comer, aprendi a fazer escolhas saudáveis. Passei por uma reeducação, uma conscientização”. Serviço A SES-DF disponibiliza atendimento nutricional por meio da Atenção Primária, nas unidades básicas de saúde (UBSs), que são a porta de entrada do cidadão ao Sistema Único de Saúde (SUS). É possível encontrar a UBS de referência por meio do site InfoSaúde, adicionando o CEP. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Professores do DF vão participar de formação sobre diabetes
Professores instruídos para lidar com estudantes que têm diabetes. Este é o objetivo da parceria entre a Secretaria de Educação (SEEDF) e a Escola de Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (Eapsus) da Secretaria de Saúde (SES-DF). A formação Diabetes nas escolas recebe inscrições até o dia 23 de agosto, de forma virtual, pela plataforma Eapsus. O público-alvo da capacitação são professores tanto da rede pública como da particular. O curso, que será realizado à distância (EAD), irá debater tópicos relevantes e informativos sobre a doença, como a importância do exercício físico, detalhes sobre alimentação, aplicação da insulina, conceitos de hiper e hipoglicemia e bullying no ambiente escolar. O curso busca orientar professores a acolher de forma adequada estudantes com diabetes, desmistificando o medo do cuidado | Foto: Breno Esaki/ Arquivo Agência Saúde “O aluno com alterações de glicemia, se não for acompanhado corretamente, pode sofrer quedas e apresentar dificuldades de aprendizagem e concentração. A formação serve para ambientar os professores e impedir que eles sintam receio na hora de auxiliar o estudante”, esclarece a diretora da Eapsus, Fernanda Ramos Monteiro. [Olho texto=” “A formação irá subsidiar os professores, que têm formação pedagógica e não em saúde, sobre esses cuidados”” assinatura=”Shirley Silva Diogo, nutricionista da Diretoria de Alimentação Escolar da SEEDF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Shirley Silva Diogo, nutricionista da Diretoria de Alimentação Escolar da SEEDF, ressalta que entender os cuidados necessários com os estudantes que têm diabetes durante o período escolar é fundamental. “A formação irá subsidiar os professores, que têm formação pedagógica e não em saúde, sobre esses cuidados. Precisamos discutir os principais sintomas, o papel da alimentação na doença e o da escola nesse contexto”, explica. A nutricionista reforça que o curso irá correlacionar a importância de uma dieta adequada em pacientes com diabetes com o Programa de Alimentação Escolar, normas sobre o tema e planejamento de cardápios específicos a esse público. Atendimento [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A assistência à pessoa com diabetes é iniciada na unidade básica de saúde (UBS). Pacientes com diabetes tipo 2 são acompanhados pelo médico de família e pelo enfermeiro, em consultas intercaladas. Quando necessário, eles são encaminhados para avaliação do endocrinologista nos ambulatórios especializados, com a participação de equipe multiprofissional. Para o diabetes tipo 1, os pacientes são conduzidos, prioritariamente, ao endocrinologista do ambulatório de referência de determinada região, sendo garantida toda a assistência na UBS para a entrega dos insumos (tiras reagentes, lancetas, agulhas para canetas ou seringas, etc.). *Com informações da Secretaria de Saúde
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Atendimento personalizado para pacientes crônicos do HRGu
Aos 67 anos, Joaquim Marques tem uma rotina bem definida para tratar a diabetes. Ele controla a alimentação, faz atividade física e mede os níveis de insulina no sangue diariamente. Além disso, realiza exames e segue à risca as orientações médicas recebidas pela equipe multidisciplinar do Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic), localizado no Hospital Regional do Guará (HRGu). A cada três meses, ele é acompanhado por médicos e profissionais de enfermagem, nutrição, assistência social e fisioterapia. “O atendimento aqui é nota 10. Há dois anos faço esse acompanhamento. Após ser atendido na UBS 3, fui encaminhado para cá. Há mais de 20 anos eu não tinha sido tão bem atendido”, conta Joaquim. Há dois anos, Joaquim Marques, 67, trata a diabetes com profissionais do Cedhic, localizado no Hospital Regional do Guará | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Assim como ele, outros 56 pacientes da rede pública do Distrito Federal – diagnosticados com diabetes, hipertensão e insuficiência cardíaca – recebem, mensalmente, atendimento personalizado e de forma integrada no Cedhic. O objetivo é melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. O centro é responsável pelos cuidados dos usuários adultos e idosos que têm essas doenças crônicas com alto ou muito alto risco. Ao chegar ao local, o paciente passa pela triagem e pela sala de acolhimento, onde são verificados os sinais vitais como frequência cardíaca, pressão arterial e temperatura, além de medidas, como peso, altura e circunferências da barriga e tornozelo, por exemplo. Após essa primeira etapa, segue para a sala de enfermagem, como explica a enfermeira do Cedhic, Glenda Cesário. “Realizamos o atendimento de forma totalmente integrada. Reforço a orientação que o médico passou, verifico as solicitações de exames, tiro dúvidas do paciente, pergunto sobre sintomas, administração de medicamentos e, no caso do Joaquim, que é diabético, verifiquei se a aplicação da insulina estava sendo feita de forma correta e no local adequado. Fazemos também o que chamamos de análise para ajudar no rastreamento do pé diabético”, detalha a profissional. A fisioterapeuta Polyana Guimarães atende Joaquim Marques na última etapa do circuito e fala sobre a importância das atividades físicas Na última etapa de seu atendimento, realizado neste mês de junho, Joaquim foi atendido pela fisioterapeuta cardiovascular, Polyana Guimarães, que também é tutora do local. “Muitas vezes a gente vai cuidar de diabetes, mas precisa também ajudar o paciente a entender suas emoções e a lidar com o diagnóstico. Nossa missão aqui é fazer com que o paciente se sinta amado e esses cuidados vão além do trivial. O emocional também altera o nível de açúcar no sangue e precisamos estar atentos. No caso do Joaquim, que é um paciente estável, passamos alguns exercícios para fortalecer a musculatura e tiramos algumas dúvidas sobre atividades físicas”, afirma a fisioterapeuta. Atendimento integrado Para ser atendido no Cedhic, o paciente precisa de encaminhamento médico. É na UBS que será realizada a avaliação e necessidade de atendimento especializado. O médico e superintendente da Região de Saúde Centro-Sul do DF, Ronan Araújo, ressalta que a equipe tem o cuidado de agendar as consultas do circuito em um único dia, o que facilita o tratamento. “O paciente é atendido em um único turno, minimizando deslocamentos desnecessários. No mesmo dia, ele consegue todo esse acolhimento e direcionamento multidisciplinar”, afirma. Nilsete Mota, 51 anos, também faz tratamento para hipertensão e diabetes no Cedhic. Ela conta que a concentração das consultas em uma única data é fundamental para sua qualidade de vida. “Em um único dia você tem vários atendimentos. Aqui você vem à tarde e já resolve tudo. Já passei pela nutricionista, pela médica e depois eu vou ao cardiologista. É uma maravilha”, relata. A paciente Nilsete Mota elogia a concentração das consultas em um único dia pela equipe multidisciplinar. Em sua última ida ao Cedhic, foi atendida por mais de três profissionais Cada profissional tem acesso ao plano de autocuidado, um formulário onde as informações são disponibilizadas. Em cada etapa, ele é preenchido com a avaliação do especialista e do próprio usuário, que participa ativamente no preenchimento de informações pessoais e responde a perguntas, como “Para melhorar a minha saúde, o que é importante para mim?” e “O que você precisa fazer?”. A avaliação vai sendo construída conforme avança o circuito. Cada profissional obtém informações da etapa anterior, podendo, assim, construir, em conjunto, uma análise mais ampla da situação do paciente. Ao fim do atendimento, o último profissional fecha o plano de autocuidado, que também fica disponível aos profissionais da Atenção Primária, nas UBSs. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com a nutricionista e tutora do Cedhic, Maria Luiza Naves, o atendimento integrado otimiza tempo e evita retrabalho. “Como temos uma equipe multidisciplinar, evitamos a repetição de perguntas e ampliamos o escopo da análise. No meu caso, faço uma anamnese para ver como está o histórico alimentar, qual é o hábito que aquele paciente possui, quantas refeições realiza ao longo do dia e a qualidade desses alimentos”, enumera. Funcionamento Atualmente, o Cedhic atende pacientes provenientes das seguintes UBSs: Guará (UBS 3), Riacho Fundo (UBS 2) e Estrutural (UBS 2). O Centro Especializado funciona às terças-feiras, de 7h às 12h e às quintas-feiras, das 13h às 18h. A expectativa é que os atendimentos sejam ampliados para pacientes de outras unidades da região de saúde. Há ainda um projeto de expansão da capacidade instalada e ampliação do horário de atendimento. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Oito em cada dez casos de pacientes renais poderiam ser evitados
O Distrito Federal tem a quinta maior incidência de diálise do país, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia. A capital federal registra 2.280 pessoas que se submetem anualmente a esse procedimento. “Cerca de 150 mil pacientes fazem hemodiálise, consumindo cerca de 10% do orçamento do Ministério da Saúde”, aponta o nefrologista Fábio Ferraz, do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Para ele, esse quadro sinaliza que há uma epidemia no Brasil. “A chave é a prevenção”, alerta. Walisson Costa passou a fazer a diálise peritoneal: “Faço o tratamento enquanto estou dormindo, em casa, com a família” | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde No calendário de saúde, março é lembrado como o Mês do Rim. De acordo com o nefrologista, se forem controlados hipertensão e diabetes, além do uso abusivo de anti-inflamatórios, o número de pacientes renais tende a diminuir. “Oito em cada dez casos de doenças renais no DF e no país poderiam ser evitados com esses cuidados”, sinaliza. Acompanhamento [Olho texto=”“Diferentemente da hemodiálise tradicional, a versão peritoneal dá mais autonomia para o paciente”” assinatura=”Lizandra Barbosa Carvalho, referência técnica distrital em nefrologia” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em 2022, a Secretaria de Saúde (SES) efetuou cerca de 50 mil consultas nefrológicas e 21.763 sessões de hemodiálise. Para evitar que essa lista aumente, a médica Lizandra Barbosa Carvalho, referência técnica distrital em nefrologia, lembra que os pacientes com diabetes e hipertensão devem fazer acompanhamento nas unidades básicas de saúde (UBSs), responsáveis pelo atendimento e tratamento do quadro clínico renal. “Alguns dos principais exames para a detecção precoce são a dosagem de creatinina no sangue e o exame de urina simples; de baixo custo, evitam os agravos da doença e, consequentemente, permitem melhor qualidade de vida ao paciente”, indica a nefrologista. Sintomas como náusea, vômito, baixo apetite, períodos de confusão mental e cãibras podem ser relacionados ao desequilíbrio da ureia. Além desses, a médica reforça que as pessoas devem prestar atenção à presença de espuma na urina. “Isso acontece porque o órgão, que atua como um filtro, está deixando passar proteína”, esclarece. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Diálise peritoneal Walisson Farias Costa, 20, morador de Planaltina, foi diagnosticado com infecção renal que evoluiu para a perda da função do órgão. Após oito meses de sessões de hemodiálise no Hran, ele passou para a diálise peritoneal. “Faço o tratamento enquanto estou dormindo, em casa, com a família”, conta. “É bem melhor, pois a hemodiálise deixa a gente muito enjoado e cansado”. Walisson quer continuar estudando e sonha em fazer um curso de farmácia até conseguir um transplante. Segundo a médica, o tratamento peritonial é uma opção estratégica, porém ainda subutilizada no país, mesmo estando disponível no SUS e tendo cobertura de planos de saúde. Atualmente, dos 145 mil pacientes em terapia renal substitutiva, apenas 6% fazem a diálise peritoneal. A SES possui contrato com sete clínicas de terapia renal, com 1.001 vagas para hemodiálise e 500 para diálise peritoneal – tratamento que, de acordo com Lizandra, é feito por 20% das pessoas do DF com problemas renais. “Diferentemente da hemodiálise tradicional, a versão peritoneal dá mais autonomia para o paciente”, resume. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Atendimento em diabetes e hipertensão no DF é referência nacional
Redução de 19% de internações relacionadas ao diabetes e de 24% por conta da hipertensão. Queda de 60% no número de pacientes com complicações causadas pelas doenças crônicas e menos internações nos hospitais. Os resultados registrados pelo Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão (CADH), no Paranoá, credenciaram a unidade a se tornar um centro colaborador do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Profissionais de todo o Brasil passarão a acompanhar de perto o trabalho desenvolvido por servidores da Região Leste de Saúde do DF. Quando o paciente dá entrada no CADH, são realizadas consultas em sequência com médico, fisioterapeuta, nutricionista, assistente social, psicólogo, enfermeiro e farmacêutico, além de verificações imediatas sobre complicações, como o pé diabético | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde “O reconhecimento do CADH como centro de treinamento só se deu porque o local tem um acolhimento diferenciado, completo”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. A gestora se refere ao atendimento que é feito em uma só visita na unidade. Quando o paciente dá entrada, são realizadas consultas em sequência com médico, fisioterapeuta, nutricionista, assistente social, psicólogo, enfermeiro e farmacêutico, além de verificações imediatas sobre complicações, como o pé diabético. “No modelo tradicional o paciente ficaria em listas diferentes de espera. Nesse modelo a gente consegue garantir o atendimento em suas diferentes necessidades”, explica a enfermeira Jane Franklin, diretora de Atenção Especializada da Região Leste de Saúde do DF. “Convivi com uma diabetes muito brava. Foi o carinho dessas pessoas daqui que me renovou”, diz Flávio Luiz de Moraes, 59 anos, um dos 1.300 pacientes do CADH Esse acompanhamento constante e diferenciado é elogiado por Flávio Luiz de Moraes, de 59 anos, um dos 1.300 pacientes do CADH. “Eu sou fruto desse trabalho. Convivi com uma diabetes muito brava. Foi o carinho dessas pessoas daqui que me renovou. Só tenho que agradecer”, diz. Desde que foi iniciado a nova metodologia de trabalho, também não foram registrados na área casos de pacientes que sofreram amputações por conta da diabetes. [Olho texto=”“Essa excelência alcançada na Região Leste vai ser propagada na rede pública de saúde do DF”” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Esse trabalho de gestão feito no CADH é resultado de um projeto muito maior. Na realidade, a linha de cuidados envolve desde as unidades básicas de saúde (UBSs) até o Hospital da Região Leste (HRL). Esse processo de trabalho é conhecido como planificação, e o projeto-piloto foi iniciado em 2016 na Região de Saúde Leste, uma área que compreende uma população total de 340 mil pessoas das regiões administrativas do Paranoá, Itapoã, São Sebastião, Jardins Mangueiral e Jardim Botânico. Uma das principais etapas é o matriciamento, quando servidores especializados em diabetes e hipertensão fazem treinamentos para os colegas das 28 UBSs da região de saúde. Isso permite que casos mais simples sejam acompanhados localmente, com a vantagem de ser até mais perto da residência dos usuários, e somente os mais complexos sigam para o CADH. Ao fim, o foco é reduzir a procura direta ao hospital, bem como diminuir o agravamento de casos, levando a internações hospitalares que podem ser evitadas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A estruturação das redes de atenção, o acolhimento dos usuários e o correto direcionamento dos serviços serão parte do treinamento a ser ofertado aos servidores dos estados que vierem conhecer o trabalho desenvolvido no DF. “Isso permite alcançar resultados positivos, não só do ponto de vista sanitário, de indicadores, mas também do ponto de vista de satisfação dos usuários e dos servidores”, acrescenta o superintendente da Região Leste de Saúde, Sidney Sotero Mendonça. O projeto de planificação começou em 2016 com treinamento das equipes tanto da Atenção Primária quanto da Atenção Secundária, com apoio do Conass e assistência técnica do Hospital Israelita Albert Einstein, do Hospital Beneficência Portuguesa e do Ministério da Saúde. “Isso é resultado de um trabalho diário de uma equipe que se reúne para atualização científica, para atualização de rede e para mapeamento e melhoria de processos”, finaliza Jane Franklin. Segundo a secretária de Saúde, a proposta, agora, é ampliar a planificação para outras regiões de saúde. “Essa excelência alcançada na Região Leste vai ser propagada na rede pública de saúde do DF”, pontuou Lucilene Florêncio. *Com informações da Secretaria de Saúde
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População recebe orientações de combate ao diabetes em Taguatinga e Gama
Nesta quarta-feira (9) quem se consultou no Hospital Regional do Gama (HRG) ou passou pela Praça do Relógio, em Taguatinga, teve a oportunidade de participar de uma ação de saúde focada na prevenção e tratamento do diabetes, que tem o dia 14 de novembro como dia mundial de combate à doença. As pessoas puderam aferir a pressão, receber orientação sobre a doença e hábitos de vida saudável, além de medição de glicemia. “O simples ato de aferir a pressão arterial e medir a glicemia, além de receber orientações de como ter uma alimentação mais saudável pode prevenir o diabetes, que é uma doença silenciosa e que pode contribuir para infartos, acidente vascular cerebral (AVC) e invalidez por conta de amputações de membros”, explica o diretor do HRG, Uadson Barreto. A população pôde aferir a pressão, receber orientação sobre o diabetes e hábitos de vida saudável, além de medição de glicemia | Fotos: Sandro Araújo De acordo com o médico, o diagnóstico precoce do diabetes, em exames regulares de rotina, é a melhor maneira de tratar a doença e evitar complicações como descompensação das taxas, problemas de visão, feridas e até uma evolução para o pé diabético. “Por isso, ações assim são tão importantes, pois já diagnosticamos pessoas com diabetes e que desconheciam a existência da doença e encaminhamos para o tratamento”, afirma. Quem participava da ação no HRG podia comer uma fruta e experimentar um pedaço de bolo de banana saudável, sem açúcar. A receita foi entregue para quem quisesse fazer em casa. Muitos pacientes gostaram da abordagem da equipe para tratar sobre a doença. Maria do Carmo Garcia diz: “Essa ação é excelente para conscientizar as pessoas sobre uma doença tão silenciosa” Maria do Carmo Garcia, 65 anos, é pré-diabética e está realizando exames para verificar a necessidade de tomar medicamentos. “Essa ação é excelente para conscientizar as pessoas sobre uma doença tão silenciosa. Eu nem desconfiava que pudesse estar pré-diabética”, conta. De acordo com a enfermeira coordenadora do Ambulatório de Pé Diabético e Endocrinologia da Policlínica do Gama, Keyla Maria Barbosa, muitos pacientes não colaboram com o tratamento. “Isso é muito complicado. Temos alguns com pé diabético que não vão fazer os curativos nas datas certas ou não cuidam das feridas, outros não tomam os medicamentos”, revela. Ação em Taguatinga A ação na Praça do Relógio teve a participação de residentes do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), internos da Universidade Católica de Brasília e os servidores que atuam na unidade do HRT. No local, 90 pessoas foram testadas e orientadas. O ambulatório de Endocrinologia do HRT realiza o atendimento dos pacientes com situação mais complexa. O encaminhamento é feito pelo Sistema de Regulação (SISREG) de vagas. No entanto, todas as unidades básicas de saúde (UBSs) do Distrito Federal fazem o acompanhamento diário com grupos de trabalho para orientação e cuidado. Nesses locais, dependendo do diagnóstico médico, o programa nacional de assistência ao diabético tem medicamentos específicos, e é garantida toda a assistência na UBS para entrega dos insumos – tiras reagentes, lancetas, agulhas para canetas ou seringas. A médica Patrícia Souza, Referência Técnica de Assistência de endocrinologia do HRT, ressalta a ação extramuros da unidade que é realizada anualmente na segunda semana de novembro. “Este é um momento de mostrar que a saúde vai além do consultório, mesmo que seja o ambulatório do hospital. Realizamos as ações articuladas e aproveitamos ainda para capacitar o olhar do residente fora do consultório”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] No balanço final, das 90 pessoas, algumas apresentaram alteração nos exames e foram orientadas a procurar a UBS de referência. “Nós reforçamos que busquem a unidade básica de saúde para exames de rotina. Se você sente sonolência, às vezes uma fome descontrolada ou até mesmo está engordando ou emagrecendo sem motivo, busque a UBS para orientação”, ressalta a médica. Novembro Azul Novembro também é azul para lembrar a importância de combater o diabetes. No próximo dia 14, é celebrado o dia de conscientização global contra essa doença que é uma das que mais matam no Brasil. Foram 214 mil mortes de pessoas entre 20 e 79 anos em 2021, com foco no diabetes mellitus. A data mundial vem alertar sobre a doença que no Brasil, já acomete 9,14% da população com mais de 18 anos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Novembro Azul destaca cuidado com a saúde masculina
“Eu só venho se for para tomar vacina ou se estiver doente”. A frase do contador Tiago Cerbele revela uma falta de cuidado ainda presente na vida dos homens adultos. Aos 37 anos, ele nunca fez o acompanhamento necessário após uma cirurgia bariátrica, não se submete a um exame de sangue desde 2019 e vive na tentativa de driblar as dores das pedras nos rins. “Só vou ao hospital quando ataca”, relata. O contador Tiago Cerbele admite: “Eu só venho [a uma unidade de saúde] se for para tomar vacina ou se estiver doente” | Foto: Divulgação/Agência Saúde O morador da Asa Norte faz o relato dentro de uma unidade básica de saúde (UBS), enquanto aguarda uma consulta da esposa. A fala reflete os números da Secretaria de Saúde (SES): de 1,6 milhão de consultas realizadas entre janeiro e outubro nas 174 UBSs do Distrito Federal, só 33,5% foram para atender homens. O índice cai para 27,5% quando se refere aos procedimentos de avaliação antropométrica (peso e altura) e aferição da pressão arterial. Os dados são relativos às pessoas com pelo menos 19 anos, o que reitera outra situação relatada por Tiago Cerbele: “Do meu filho, eu cuido. É de madrugada, é a hora que for preciso. Só não cuido de mim”. [Olho texto=”“Os homens procuram menos a prevenção. Geralmente só buscam os hospitais quando as doenças já se instalaram”” assinatura=”Álvaro Canuto, médico urologista, referência técnica distrital (RTD) da área na Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] É para alertar homens como Tiago que a campanha Novembro Azul foi criada. O objetivo agora vai além do cuidado com o câncer de próstata; alerta para a saúde masculina de maneira integral. “Os homens procuram menos a prevenção. Geralmente só buscam os hospitais quando as doenças já se instalaram”, afirma o médico urologista Álvaro Canuto, referência técnica distrital (RTD) da área na Secretaria de Saúde. O médico explica que a campanha Novembro Azul tem sido bem-sucedida, registrando um aumento do número de homens em busca de prevenção contra o câncer de próstata, o mais comum no Brasil e o segundo em termos de letalidade, com 15.983 óbitos registrados no país em 2019, segundo o Ministério da Saúde. O consultório do urologista, muitas vezes, acaba sendo o primeiro contato desse público com um profissional de saúde em muitos anos. “Torna possível ao urologista cuidar de toda a saúde do homem”, afirma Canuto. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Não é necessário, contudo, ir direto a esse profissional. O subsecretário de Atenção Integral à Saúde, Maurício Fiorenza, explica que a rede de UBSs está preparada para oferecer diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos homens em várias áreas, como saúde reprodutiva e mental. “Lá, o homem vai ser acolhido por um profissional de saúde que vai fazer uma avaliação”, acrescenta. Se necessário, o paciente é encaminhado a centros especializados de saúde, onde podem ser tratadas doenças também comuns entre o público masculino, como diabetes e hipertensão. Tanto na zona urbana quanto nas rurais, o DF é dividido em áreas de responsabilidade de cada UBS. É possível saber qual a sua unidade de referência a partir do seu CEP, no site Busca Saúde DF. Programação Ao longo do mês, unidades de saúde das regiões oeste, sul e norte estarão decoradas e realizarão ações que vão de palestras a distribuição de preservativos. Entre as atividades, destacam-se ainda bate-papo, testagem de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), oferta de exames e palestras sobre vários temas relacionados à saúde. Práticas integrativas de saúde serão oferecidas nesta quinta (9) e nos dias 16, 23 e 30, ao longo do expediente das unidades. Confira, abaixo, as demais atividades programadas para este mês. 12 de novembro Palestra sobre saúde do homem Local: Fazenda Macaxeira (equipe da UBS 15 de Planaltina) Endereço: Núcleo Rural Rio Preto Horário: 8h às 12h 16, 23 e 30 de novembro Práticas integrativas em Saúde Local: UBS 3 Ceilândia Endereço: QNM 15 – Área Especial Horário: 8h às 12h 16 de novembro Bate-papo, testagem IST e solicitação de exames Local: UBS 2 Gama Endereço: AE 11, St. Sul Quadra 11 Horário: 14h 17 de novembro Aconselhamento, testes e solicitação de exames Local: GSAP 1 Gama Endereço:Q 6, A/E, Setor Sul Horário: 9h às 11h e 15h às 17h 17 de novembro Palestras e coleta de PSA Local: Centro Eduacional Taquara – Planaltina Endereço: Caixa Postal Comunitária rodovia DF-410, km 8, Núcleo Rural Taquara (acesso pela BR-020, a 10km de Planaltina) Horário: 19h 18 de novembro Aconselhamento, testes e solicitação de exames Local:UBS 11 Gama Endereço: EQ 12/16, AE, Setor Oeste Horário: 8h às 18h 19 de novembro Bate papo, acupuntura e bingo Local: UBS 5 Sobradinho – Basevi Endereço: Área Especial 01, Lote 01, Associação de Moradores, Vila Basevi Horário: 8h às 12h 19 de novembro Palestra sobre saúde do homem Local: Fazenda Sabugi (equipe da UBS 15 de Planaltina) Endereço: Núcleo Rural Rio Preto Horário: 8h às 12h 21 de novembro Palestra sobre diabetes Local: UBS 7 Ceilândia Endereço: QNO 10 Área Especial D, E Hoário: 8h 23 de novembro Palestra sobre autocuidado Local: UBS 17 Ceilândia Endereço: EQNP 16 /20 – Área Especial E, F Horário: 9h 23 de novembro Palestras e prevenção do câncer bucal Local: UBS 1 Santa Maria Endereço: QR 207/307 Conjunto T Horário: 8h 23 de novembro Bate-papo sobre autocuidado, solicitação de exames e testes de ISTs Local: UBS 1 Ceilandia Endereço: QNP 7/11 Área Especial. Horário: 8h 24 de novembro Palestra sobre câncer de próstata Local: UBS 11 Ceilândia Endereço: QNO 17/18 Área Especial 1 Horário: 14h 25 de novembro Tai Chi Chuan, palestras, atendimento, testagem e auriculoterapia Local: UBS 7 Santa Maria Endereço: Av. Brigadeiro Pinto de Moura, S/N, Área Especial, Santos Dumont Horário: 8h às 16h30 26 de novembro Palestra sobre saúde do homem Local: Vila Coperbrás (equipe da UBS 15 de Planaltina) Endereço: Núcleo Rural Rio Preto Horário: 8h às 12h 29 de novembro Palestra sobre HIV, sífilis e hepatite Local: UBS 15 Ceilândia Endereço: QNR 2 – Área Especial 12 Horário: 9h *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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DF é referência para o Brasil no tratamento do diabetes mellitus
O Distrito Federal possui um trabalho de referência no tratamento do diabetes mellitus, reconhecido inclusive pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A saúde pública do DF vem sendo acompanhada de perto pelo Conass – por meio do projeto de Planificação da Atenção à Saúde – e tem no diabetes um ponto alto. A expertise local está sendo levada para outros estados para tratar essa condição de saúde que acomete mais de 500 milhões de brasileiros, entre 20 e 79 anos, segundo dados do Atlas do Diabetes 2021. Com o atendimento em dia, a capital do Brasil se tornou um centro colaborador em saúde no que diz respeito ao diabetes, conforme explica a assessora técnica do Conass, Maria José Evangelista. “O DF faz um serviço de excelência. Dessa forma, estamos trazendo profissionais de outros estados para acompanhar o tratamento e serem treinados por equipes de Brasília”, pontua a médica. O Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh) conta com uma equipe multidisciplinar composta por nutricionistas, psicólogos, enfermeiros, entre outros profissionais | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Centro especializado no Plano Piloto Profissionais de saúde da Bahia, de Goiás, do Maranhão, entre outros estados, já passaram por Brasília e tiveram contato com o dia a dia do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh) da Secretaria de Saúde. Localizado na entrequadra 208/408 Norte, o Cedoh faz consultas ambulatoriais individuais e em grupo e conta com uma equipe multidisciplinar composta por nutricionistas, psicólogos, enfermeiros, entre outros profissionais. Leonardo Cortez, 19 anos, portador do diabetes autoimune, revela se sentir muito bem acolhido no Cedoh “Fazemos um atendimento em conjunto, pois o diabetes é uma doença complexa. O paciente precisa de todo esse apoio em cada área”, observa a gerente do Cedoh, Alexandra Rubim. “E é fundamental que o diabético aos poucos tenha a autonomia e o conhecimento para que ele possa também se cuidar”, diz a endocrinologista. A assistência médica integral está na rotina do estudante Leonardo Cortez, 19 anos, portador do tipo 1 da doença, também chamada de diabetes autoimune. Diagnosticado aos 3 anos de idade, Leonardo revela se sentir muito bem acolhido no centro de saúde por onde passa a cada dois meses e frequenta desde 2017. Sensor moderno para aferir a glicose A rede pública, inclusive, já disponibiliza um sensor chamado Libre, que monitora os níveis de glicemia no sangue dos diabéticos tipo 1, conforme o protocolo da Secretaria de Saúde. Trata-se de um equipamento moderno que substitui o glicosímetro e suas recorrentes agulhadas nos dedos do paciente. Equipamento moderno, o Libre substitui o glicosímetro para monitorar os níveis de glicemia no sangue dos diabéticos tipo 1 “Aqui é sensacional, não tenho nem palavras pra agradecer a todo mundo que me auxilia. As orientações, os itens que uso, como a caneta de insulina, o Libre; tive acesso a tudo isso no Cedoh”, afirma Leonardo. “Eu mesmo aplico insulina em média seis vezes ao dia, para se ter uma ideia. Mas, faço tudo com a supervisão das médicas do posto”, acrescenta o jovem. Já a endocrinologista Katianny Araújo é uma das profissionais especializadas em diabetes do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Lá, ela frisa que o paciente recebe todo o encaminhamento necessário. “Temos um sistema de dados, o Sisreg, no qual conseguimos fazer esse link entre o diabético e o especialista na região onde ele mora. Penso que o DF está muito bem assistido, tanto em relação ao diabetes 1 e 2, quanto no gestacional também”, aponta Katianny. Atenção ao pé diabético A capital conta, ainda, com duas unidades voltadas para o tratamento da doença: o Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic), no Guará, e o Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão Adulto (CADH), no Paranoá. Cada paciente é referenciado para uma unidade, de acordo com o local onde mora. Já em Taguatinga, o ambulatório de endocrinologia do Hospital Regional, o HRT, também é expert no assunto. A unidade atende regularmente pacientes com pé diabético no DF – nome dado às úlceras que aparecem nos membros em decorrência da doença.
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Curso orienta profissionais da educação sobre acompanhamento de diabéticos
Uma parceria entre as secretarias de Saúde e de Educação e a Escola de Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (Eapsus) implementou a capacitação Diabetes nas Escolas, na qual profissionais que atuam na rede pública de ensino do Distrito Federal são informados sobre direitos e deveres das instituições de ensino e dos estudantes com a doença. A primeira edição do curso, voltada para a regional de ensino de Taguatinga, teve início em 12 de abril e segue até 7 de junho. [Olho texto=”“A ideia é que esses estudantes tenham um bom acolhimento e melhor acompanhamento durante a trajetória escolar”” assinatura=”Carolina Gama, gerente de Nutrição da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] Anualmente, a Secretaria de Educação mapeia os estudantes com necessidades alimentares específicas, inclusive a diabetes tipo I. Segundo o Censo Escolar DF 2020, havia 217 estudantes com a doença na rede de ensino pública e particular conveniada no Distrito Federal. Alimentação saudável, contagem de carboidratos e especificidades da diabetes são temas abordados na capacitação, composta por nove aulas com dois encontros presenciais | Foto: Mary Leal/SEEDF Dessa forma, a iniciativa do curso surgiu no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh), após a Diretoria de Assistência à Saúde e Apoio às Políticas Educacionais (Diaspe), da Secretaria de Educação, compartilhar as informações sobre os alunos diabéticos. “A ideia é que esses estudantes tenham um bom acolhimento e melhor acompanhamento durante a trajetória escolar”, explica Carolina Gama, gerente de Serviços de Nutrição (Gesnut) da Secretaria de Saúde. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Marcella Lamounier, nutricionista da Secretaria de Educação, reforça que o controle do diabetes exige esforços diários e, assim, é fundamental o suporte da escola – onde os alunos passam a maior parte do tempo. “Faz a diferença para a continuidade do tratamento e o controle da doença, o que também reflete positivamente no desempenho escolar dos alunos”, reflete a servidora. O curso, composto por nove aulas com dois encontros presenciais, aborda alimentação saudável, contagem de carboidratos e especificidades da doença. “Com a capacitação, os profissionais da educação poderão atuar de forma ativa no manejo e na assistência às crianças e aos adolescentes com diabetes tipo I, oferecendo informações confiáveis e ajudando no relacionamento com os colegas. E sabendo identificar as intercorrências, encaminham o aluno para o serviço de referência, conforme fluxo estabelecido pela Secretaria de Saúde”, detalha Karistenn Brandt, nutricionista da Gesnut. *Com informações das secretarias de Saúde e de Educação do DF
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Distrito Federal tem a quinta maior incidência de diálise do país
[Olho texto=”“Os rins são responsáveis por manter o nosso sangue em equilíbrio, sem acúmulo de toxinas, além de auxiliar na produção de hormônios” – Lizandra Caroline Barbosa Carvalho, médica referência técnica distrital em nefrologia” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O Distrito Federal tem a quinta maior incidência de diálise do país, de acordo com os dados do censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia. A capital registra 737 pacientes por milhão de habitantes, o que totaliza 2.280 pessoas em tratamento. Os hospitais da rede pública daqui são procurados por pacientes de outras unidades da Federação em busca do procedimento. O relatório aponta que, dos 44.037 pacientes em diálise no Brasil, 33.040 são atendidos pelo Sistema Único de Saúde, o SUS. As principais causas de diálise no Brasil são doenças como hipertensão e diabetes, que impactam no funcionamento do rim, traz o documento. No calendário de saúde, março também é lembrado como mês do rim. A médica referência técnica distrital em nefrologia, Lizandra Caroline Barbosa Carvalho, alerta para a importância de fazer o acompanhamento da função renal em pacientes diagnosticados com as duas doenças. Os hipertensos e diabéticos, ou que tenham histórico familiar, devem fazer exames rotineiros ao menos uma vez por ano. Os leitos ambulatoriais para hemodiálise, que também são ocupados por pacientes de outros estados, registram um total de 2.280 pessoas em tratamento no Distrito Federal | Foto: Geovana Albuquerque / Arquivo – Agência Saúde DF A nefrologista explica que “os rins são responsáveis por manter o nosso sangue em equilíbrio, sem acúmulo de toxinas, além de auxiliar na produção de hormônios”. Ela alerta que a complicação renal é uma doença silenciosa, como diabetes ou hipertensão. “Quando se tem algum sintoma de alteração da função, já é significativo.” Sintomas como náusea, vômito, baixo apetite, períodos de confusão mental e cãibras podem ser relacionados ao desequilíbrio da ureia. Além desses, a médica reforça que as pessoas devem prestar atenção na presença de espuma na urina. “Isso acontece porque o órgão, que atua como um filtro, está deixando passar proteína”, esclarece a especialista. A médica ainda reforça a importância de fazer acompanhamento para quem adota uma dieta baseada no consumo excessivo de proteína ou com suplementação. “Os atletas que fazem suplementação e dieta hiperproteica precisam fazer acompanhamento e cuidar para que não tenha repercussão nos rins.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Ela ainda destaca que o uso de anti-inflamatório e o cigarro devem ser evitados. Lizandra lembra da importância da prática de atividade física, do controle da pressão arterial e da diabetes, de manter boa hidratação e alimentação saudável. Os exames de controle podem ser feitos pela rede pública. Para isso, é necessário marcar com um médico na Unidade Básica de Saúde (UBS) para checar pressão, glicemia e a função renal. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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167 mil canetas aplicadoras de insulina humana já foram distribuídas
Desde 2019, pacientes com diabetes contam com um importante aliado em seu tratamento: as canetas aplicadoras de insulina humana dos tipos NPH e regular disponibilizadas quando o Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde iniciaram a dispensação dos instrumentos para os pacientes com diabetes tipo 1. Em 2020, as pessoas com diabetes tipo 2 foram incluídas como usuários. Este ano, o DF ampliou a faixa etária que tem direito a retirada das canetas de insulina, tendo em vista o benefício da utilização desse instrumento no controle da doença e maior disponibilidade de estoque pelo Ministério da Saúde. Tratamento com múltiplas doses de insulina torna-se mais prático com a disponibilização das canetas aplicadoras | Foto: Breno Esaki / Agência Saúde Desde o início da disponibilização das canetas de insulina humana NPH e regular, a Secretaria de Saúde já entregou aos usuários aproximadamente 167 mil desses itens no Distrito Federal. “As canetas aplicadoras de insulina humana estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde [UBSs]. O critério para receber é ser paciente com diabetes tipo 1 [todas as idades] e pacientes com diabetes tipo 2 com até 19 anos de idade e 40 anos de idade ou mais”, explica a gerente do Componente Básico da Assistência Farmacêutica da Secretaria de Saúde, Patrícia Queiroz. Segundo ela, o uso das canetas de insulina contribui para maior qualidade de vida do diabético, pois a precisão da dosagem de insulina com as canetas é maior do que quando a de frascos e seringas. Além disso, os pacientes sentem menos dor no local da aplicação, e o risco de ferimentos é menor. Até pouco tempo, as únicas insulinas distribuídas pelo Ministério da Saúde eram de aplicação via seringa, sendo o próprio paciente o responsável por retirar da ampola a dose correspondente ao seu tratamento. “Agora, eles contam com a distribuição das canetas pré-preenchidas com insulina, com menor chance de aplicar a dosagem errada”, explica Patrícia Queiroz. Os pacientes em uso de insulina humana NPH ou regular que estão dentro da faixa etária atendida podem procurar a UBS de referência na sua região, levando a prescrição médica para receber orientações e ter acesso às canetas aplicadoras. As equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) também podem fazer uma busca ativa nas áreas em que atuam, para encontrar os diabéticos que necessitam do insumo. Praticidade na aplicação de insulina [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O tratamento com múltiplas doses de insulina torna-se mais prático com a disponibilização das canetas aplicadoras. Para Patrícia Queiroz, os benefícios podem gerar a melhor adesão ao tratamento do diabetes e, com isso, maior controle da glicose no sangue. “Consequentemente, isso reduz as chances de complicações relacionadas ao diabetes, como a hipoglicemia”, pontua. A gestora lembra que é possível misturar dois tipos de insulina, o que significa que, se o paciente precisar aplicar dois tipos de hormônios, serão necessárias duas aplicações. Além disso, as canetas de insulina devem ser utilizadas apenas por um usuário. O uso das canetas aplicadoras de insulina humana dos tipos NPH e regular foi possível depois que o Ministério da Saúde ampliou os critérios de disponibilização no Sistema Único de Saúde (SUS). Antes, apenas pacientes com o tipo 1 da doença com idade até 15 anos e a partir de 60 anos tinham acesso às canetas, o que representava cerca de 15% da demanda do SUS. *Com informações da Secretaria de Saúde
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HRT procura voluntários para testar remédio
Por ser referência no atendimento aos pacientes com pé diabético no Distrito Federal, o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) foi escolhido para ser o Centro Coordenador do Estudo Nacional com o Fator de Crescimento (Heberprot®️). Trata-se de um produto farmacológico, já autorizado e registrado em vários países, que favorece a cicatrização de úlceras em pés de pacientes com diabetes. Esta fase de pesquisa clínica no Brasil é requisito para autorização e registro da medicação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O estudo precisa de pessoas voluntárias maiores de 18 anos, com úlcera (ferida) no pé, residentes no DF e com disponibilidade para ir até o HRT cerca de três vezes por semana | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF O estudo é gerenciado pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). Além do HRT, outros seis centros de serviços universitários e do Sistema Único de Saúde (SUS) participam do estudo. São elas a Policlínica Piquet Carneiro – Universidade Estadual do Rio de Janeiro (RJ); Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte (MG); Hospital Memorial Arthur Ramos (AL); Hospital Universitário Lauro Wanderley (PB); Instituto de Medicina Integral (PE); e Fundação Hospital Adriano Jorge – Universidade do Estado do Amazonas (AM). [Olho texto=”“Quem tem ou já teve a complicação pé diabético sabe que o tratamento é longo e desgastante”” assinatura=”Hermelinda Pedrosa, endocrinologista, coordenadora e investigadora principal do estudo” esquerda_direita_centro=”direita”] “O grande objetivo do estudo é verificar o tempo de cicatrização em úlceras nos pés de pessoas com diabetes. O uso reduzirá o tempo de tratamento e de internações, geralmente prolongado e oneroso. A pesquisa é uma exigência da Anvisa como pré-requisito para aprovação de uso e fabricação no Brasil e foi iniciado no 2º semestre de 2018”, explica a endocrinologista Hermelinda Pedrosa, coordenadora e investigadora principal do estudo em âmbito local e nacional. O produto farmacológico é um fator de crescimento epitelial que estimula a granulação, um passo importante para se atingir a cicatrização. Foi desenvolvido em Cuba, já foi aprovado e registrado em 18 países da Europa e passa pela fase de estudos clínicos no Brasil. De acordo com Hermelinda, a Fiocruz será a instituição que receberá a transferência de tecnologia, assim como alinhado para a vacina AstraZeneca-Oxford, em que a fabricação é feita pela instituição. No entanto, para o estudo ser finalizado e o produto aprovado pela Anvisa é necessário conseguir, pelo menos, mais 44 pacientes para participar dos testes em todo o país. [Olho texto=”“O maior objetivo do projeto é prevenir e evitar lesões decorrentes da doença, dando uma melhor qualidade de vida ao nosso paciente”” assinatura=”Karina Torres, diretora do HRT” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A equipe do HRT faz um apelo aos pacientes com diabetes tipo 1 ou tipo 2, acima de 18 com alguma “ferida” no pé, para entrar em contato através dos telefones: (61) 2017-1700 (ramal 3423) ou (61) 99870-9090. “Precisamos de pessoas voluntárias maiores de 18 anos, com uma úlcera (ferida) no pé, residentes no DF e com disponibilidade para vir até o HRT cerca de três vezes por semana. O medicamento deve ser utilizado por oito semanas, e até 24 aplicações”, avisa Hermelinda. “Quem tem ou já teve a complicação pé diabético sabe que o tratamento é longo e desgastante. Peço que entrem em contato conosco que daremos todo o suporte”, convida a investigadora da Fiocruz e do HRT. Com a pandemia da covid-19 houve uma alteração no cronograma do estudo e ele acabou ficando prejudicado em todo o Brasil. Por isso é necessário recrutar os 44 pacientes para finalizar o estudo. A equipe de investigação do HRT é composta hoje por duas endocrinologistas (Flaviene Prado e Fernanda Tavares) e duas enfermeiras (Ione Batista e Janaina Martins) além da investigadora principal, Hermelinda Pedrosa. Além do HRT, outros seis centros de serviços universitários e do Sistema Único de Saúde (SUS) participam do estudo Para Karina Torres, diretora do HRT, o estudo exerce um papel fundamental, pois o tratamento oportuno evita a maioria das complicações e garante a qualidade de vida aos pacientes. “O maior objetivo do projeto é prevenir e evitar lesões decorrentes da doença, dando uma melhor qualidade de vida ao nosso paciente”, avalia. Pé diabético As úlceras de pé diabético são uma complicação frequente em pessoas com diabetes e precedem 85% das amputações. Além disso, uma em cada três pessoas desenvolve problemas nos pés ao longo da vida. As úlceras se complicam por infecção nos tecidos mais profundos e ossos – osteomielite – ou por má circulação – doença arterial periférica e resulta em tempo longo de tratamento ambulatorial e internação hospitalar. Como consequência, um elevado custo para o sistema de saúde. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segundo Hermelinda, 65% dos pacientes diabéticos nunca tiveram os pés examinados e geralmente, só recorrem ao tratamento quando já têm uma complicação muito grave. Isso acaba prejudicando o tratamento e muitas vezes, chegando à necessidade de uma amputação. “Tratar a úlcera de pé diabético, acelerando o processo de cicatrização, proporciona maior qualidade de vida aos pacientes e familiares, evita sequelas e ainda reduz os gastos da rede pública com este paciente, que demanda cuidados ambulatoriais e muitas vezes, internações”, conclui. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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O doce perigo do consumo de açúcar na nossa rotina
[Olho texto=”“O ideal é que o consumo seja sem exagero e não diariamente, porque é um ingrediente que faz mal para a maioria das pessoas” ” assinatura=”Carolina Gama, gerente de Serviços de Nutrição da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] Sucesso no início dos anos 1980, o especial Plunct, Plact, Zum, da Rede Globo, trazia, entre tantas outras atrações, o humorista Jô Soares. Flutuando nas galáxias de avental e chapéu de mestre-cuca brancos, peruca e óculos vermelhos e um sorvetão na mão, ele surgia cantando a música Doce Planeta, de Leo Jaime, uma ode ao rei das guloseimas, o açúcar: “O Sol é um quindim e brilha doce até o fim/Nuvens de algodão doce, pirulitos no jardim (…)/Oh não, não tenha medo, não há perigo aqui (…)”. Acontece que essa tentação deliciosa diluída em infinitas iguarias, quitutes e preparos, diferentemente do que diz a divertida canção, pode ser uma vilã para a saúde. É o que atesta a gerente de Serviços de Nutrição da Secretaria de Saúde (SES), Carolina Gama. “Se consumido em excesso e frequência grande, o açúcar causa sérios problemas para a saúde”, alerta. “O ideal é que o consumo seja sem exagero e não diariamente, porque é um ingrediente que faz mal para a maioria das pessoas”. O açúcar está por toda parte, diluído na composição de diversos alimentos industrializados | Foto: Arquivo/Agência Brasília O açúcar é um dos carboidratos mais consumidos no mundo. No entanto, seu uso frequente pode levar a problemas graves, como colesterol e pressão altas, obesidade, miopia, trombose, gastrite, acne, diabetes, vários tipos de câncer e até diminuição da memória. E também causa cáries. Absorção rápida “Carboidrato simples, absorvido de forma muito rápida, tende a causar impacto maior no metabolismo das pessoas”, observa Carolina. “Se a pessoa não precisar da quantidade de energia que foi consumida, isso pode ser revertido em gordura, e consequentemente em aumento do peso.” Os principais tipos de açúcar são a sacarose – o tradicional, branco ou mascavo –, a frutose, comum nas frutas e non mel, e a lactose, encontrada no leite. O ingrediente também está mascarado em produtos industrializados como adoçantes e xaropes de glicose e de milho. Todos esses “viciam” por um motivo muito simples: estimulam no cérebro a produção de um hormônio chamado dopamina, responsável pela sensação de prazer e bem-estar. “Quando a gente ler o rótulo dos alimentos, não é só açúcar que devemos procurar, mas ter consciência de que termos como sacarose, glicose, xarope de glicose ou milho, açúcar invertido, entre vários outros, são exemplos de açúcar”, orienta Carolina Gama. Segundo informações da American Heart Association (AHA), uma pessoa adulta deve ter, no máximo, 150 calorias de consumo de açúcar por dia, o que dá uma média de 38 gramas ou nove colheres de chá. Na prática, equivale a tomar um pote de iogurte de morango ou uma latinha de refrigerante diariamente. “As pessoas que têm o hábito de consumir muito açúcar, e uma alternativa é reduzir o consumo aos poucos”, recomenda a especialista. “As frutas mais doces e maduras são boas aliadas nesse processo de transição”. Educação alimentar Ana Carolina mudou a rotina alimentar da família: “Por conta da doença do meu filho, me interessei pelo assunto e descobri que a alimentação da minha família não era tão livre de açúcar, nem tão saudável” | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Mãe do pequeno Rafael, 6 anos, a advogada Ana Carolina Torelly, 43, passou por uma revolução alimentar quando o filho foi diagnosticado, aos 12 meses, com diabetes tipo 1. Embora seja uma doença crônica, sem nenhuma relação com o consumo de açúcar, ela teve que rever os hábitos da família. “Uma vez que a pessoa recebe o diagnóstico, tem que ter uma alimentação mais restrita, sem açúcar e carboidratos em geral”, observa. “Por conta da doença do meu filho, me interessei pelo assunto e descobri que a alimentação da minha família não era tão livre de açúcar, nem tão saudável.” A adaptação não foi fácil, claro. Ela e a família tiveram que optar por uma dieta com menos carboidrato e produtos industrializados, apostando em alimentos ricos em proteínas e com mais vegetais, frutas e legumes. Abraçaram a comida caseira feita com temperos naturais e mais saudáveis. Ana Carolina ficou tão entusiasmada que, além de estar cursando nutrição, criou uma página no Instagram para abordar, entre outros temas, tópicos sobre alimentação saudável e diabetes. Com o diploma na mão, pretende investir mais na conscientização sobre o assunto. “A gente descobriu que o diagnóstico do Rafa trouxe mais saúde, mostrando que o consumo de produtos ricos em açúcar é prejudicial, e passamos por uma reeducação alimentar”, admite. Atendimento à população Para a gerente de Serviços de Nutrição da Secretaria de Saúde, o consumo do açúcar esbarra na questão da adaptação do paladar. O recomendável, diz, é trabalhar essa relação desde a infância, aprendendo a moldar o gosto das crianças quanto ao produto, evitando o vício precoce. “É um produto que não deve ser oferecido para menores de dois anos; e, mesmo depois, o uso deve ser moderado, senão pode interferir nos hábitos alimentares dela para sempre”, aconselha a nutricionista do GDF. “Isso é muito importante porque ajuda a minimizar o desenvolvimento de várias doenças na fase adulta.” [Numeralha titulo_grande=”3 mil ” texto=”pessoas diabéticas são atendidas mensalmente nas unidades de saúde do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para as pessoas que ingerem açúcar com frequência, há duas opções: o caminho mais difícil, que é a ruptura brusca, ou a redução aos poucos do consumo do açúcar, optando por receitas alternativas. A dica são receitas feitas com frutas desidratadas ou maduras. O uso de adoçante não é recomendado. “O adoçante não é essencial para o controle glicêmico”, adverte Carolina Gama. “Pode ser um recurso adotado por pessoas com problemas de diabetes, mas o ideal é que a gente realmente adapte o nosso paladar a sabores menos doces, privilegiando a realidade dos alimentos.” O consumo excessivo e constante de alimentos açucarados está relacionado ao desenvolvimento de sobrepeso e obesidade a longo prazo, além de prejudicar o tratamento do diabetes. Segundo dados da Secretaria de Saúde, cerca de 3 mil pessoas diabéticas são atendidas por mês nas unidades de saúde do DF, o que corresponde a uma média de 200 pacientes mensais assistidos em cada um dos oito ambulatórios voltados ao tratamento dessa patologia. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A orientação é que o usuário busque primeiro atendimento sempre na Unidade Básica de Saúde da região onde vive. Lá, será atendido pela equipe de Saúde da Família, que vai traçar um plano terapêutico em cima do diagnóstico. “Tendo a necessidade de um atendimento na atenção secundária, que é o atendimento ambulatorial, a indicação será feita pela equipe de Saúde da Família ”, detalha Carolina Gama. Uma novidade será a aprovação de uma política distrital de nutrição e alimentação, a ser lançada em agosto. “Já passou por consulta pública e já foi aprovada no colegiado gestor da Secretaria de Saúde; agora estamos aguardando a agenda do Conselho de Saúde para fazer nossa última aprovação”, informa Carolina Gama. “Não é uma política exatamente sobre o controle de açúcar, é algo muito mais amplo que fala sobre vários aspectos relacionados à alimentação e nutrição”.
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Começa a distribuição de sensores para medir glicose de diabéticos
Aparelho que faz leitura do sensor armazena dados glicêmicos dos últimos 90 dias | Foto: Breno Esaki / Agência Brasília Os primeiros pacientes com diabetes tipo 1 começaram a receber, nesta sexta-feira (11), sensores para monitorar a glicose, com expectativa de que até 300 pessoas sejam beneficiadas nos próximos meses. A inovação substitui as picadas no dedo, o que dá mais qualidade de vida e conforto aos usuários. A tecnologia pioneira no Sistema Único de Saúde (SUS) começou a ser distribuída no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh), em atividade que contou com a presença do secretário de Saúde, Osnei Okumoto. O gestor visitou as instalações da unidade e acompanhou a primeira paciente do Distrito Federal a receber o sensor. Foi a pequena Maria Heloísa, de quatro anos, que desde os seus sete meses precisa tomar insulina. Ela teve o dispositivo colocado no braço pela equipe de saúde do Cedoh, que no mesmo instante testou o equipamento. [Olho texto=”“Quero agradecer a toda a equipe por esse grande presente. Não só por isso, mas por me ajudarem desde os quatro anos de idade”” assinatura=”Rafael Martins, estudante de 14 anos, paciente do Cedoh” esquerda_direita_centro=”centro”] O sensor é pequeno, descartável e à prova d’água. O aparelho fica constantemente no braço do paciente por 14 dias, preso por um adesivo. Por meio de um aparelho recarregável é feita a leitura para transmitir, a distância, os dados ao médico. Já na primeira hora de uso os pacientes podem checar a sua glicose. Segundo a mãe da Maria Heloísa, Lidiane Blird, a nova tecnologia será um alento para sua filha. “Ela não gosta de medir a glicemia com a picada no dedo. Chora muito e pede até socorro. Com o sensor, vai ser muito melhor para ela. Daqui para frente, a medição da glicose vai ser muito mais fácil e tranquila”, comemora Lidiane. [Olho texto=”“Em meio a todas as dificuldades da pandemia, podemos oferecer à população diabética uma forma de melhorar seu controle glicêmico e evitar que tenham uma complicação crônica”” assinatura=”Eliziane Leite, referência técnica em Endocrinologia e Diabetes” esquerda_direita_centro=”centro”] Outro beneficiado foi o estudante Rafael Maciel, 14 anos. Desde criança ele frequenta o Cedoh para tratar a diabetes, assim como sua irmã, Ana Vitória Maciel, que também tem a doença. Ambos receberam o aparelho no dia. “Quero agradecer a toda a equipe por esse grande presente. Não só por isso, mas por me ajudarem desde os quatro anos de idade”, recorda Rafael. Presente de Natal Para a Referência Técnica Distrital (RTD) em Endocrinologia e Diabetes da Secretaria de Saúde, Eliziane Leite, a entrega dos aparelhos é uma espécie de “presente de Natal” aos pacientes e profissionais do setor, que aguardavam há três anos pela oportunidade de implementar essa tecnologia. Uma nota técnica já foi publicada pela pasta sobre o uso do aparelho. A pequena Maria Heloísa foi a primeira paciente a receber os sensores para monitorar glicemia | Foto: Breno Esaki / Agência Brasília “Em meio a todas as dificuldades da pandemia, podemos oferecer à população diabética uma forma de melhorar seu controle glicêmico e evitar que tenham uma complicação crônica. É oferecer uma forma de tratar a diabetes com muito mais segurança e garantia de resultado”, destaca Eliziane. Mais funcionalidades Além da glicemia do momento, o sistema também informa a tendência de glicose, demonstrada no leitor pelo sinal de uma seta. É capaz, ainda, de armazenar os dados glicêmicos dos últimos 90 dias. Os pacientes devem fazer, no mínimo, sete escaneamentos ao longo do dia, realizados de forma simples e prática. “Essa tecnologia traz um conforto maior nas atividades do dia a dia. Na hora que faz a leitura, ainda determina se a glicemia tende a aumentar, mostrando qual a taxa normal naquele momento. Isso que é o mais importante: a comodidade e qualidade de vida que o paciente vai ter”, explica Osnei Okumoto. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para a gerente do Cedoh, Alexandra Rubim, o uso constante do equipamento vai impactar até mesmo na forma como o paciente confere sua glicemia. “Ele percebe quando tem mais hipoglicemia, se está mais dentro da meta, ou não. Isso faz com que se sintam mais motivados a melhorar, escanear mais, fazer um melhor autocontrole”, garante. Entregas em sequência Em um primeiro momento, os aparelhos serão entregues tanto no Cedoh quanto no ambulatório localizado no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). A expectativa é de que, com o tempo, outros ambulatórios do DF para tratar diabéticos também possam entregar os aparelhos com a tecnologia. “Qualquer paciente com diabetes tipo 1 atendido por ambulatórios das redes pública e privada, que esteja dentro dos critérios de uso, poderá ter acesso aos sensores”, informa Eliziane Leite. Paciente do Cedoh há anos, o estudante Rafael Maciel agradeceu a equipe pela entrega dos sensores | Foto: Breno Esaki / Agência Brasília Por enquanto, a prioridade tem sido para os casos mais críticos, além de gestantes e crianças de até sete anos, por serem mais sensíveis à doença e correrem mais riscos. “Essa população é a que mais sofre com esse diagnóstico. Por isso priorizamos aqueles que precisam receber essa tecnologia primeiro”, informa a especialista. De acordo com ela, os pacientes já estão sendo selecionados para receber os primeiros sensores. No futuro, o objetivo é alcançar cerca de 750 pacientes, a depender da dinâmica e do uso adequado e responsável dos sensores. Os que possuem diabetes tipo 1 foram escolhidos para receber os sensores por apresentarem um quadro mais complexo de tratamento. Normalmente são pacientes que precisam aplicar insulina até quatro vezes por dia, além de monitorar por mais vezes as taxas de glicemia no sangue – diferentemente daqueles com diabetes do tipo 2, que começam o tratamento à base de comprimidos, que são ministrados por anos. Primeiro passo O acesso inicial da população será pela Atenção Secundária. Nas unidades, o médico endocrinologista responsável pelo paciente identifica a necessidade e se o caso está dentro dos critérios de inclusão para uso desses aparelhos. Em caso positivo, o profissional de saúde responde ao questionário eletrônico e preenche um relatório. Em seguida o paciente encaminha esses documentos para análise, por e-mail, e aguarda até que ele seja selecionado. Quando for chamado, o paciente deverá participar de reuniões educativas sobre a funcionalidade do aparelho. Nesta etapa do processo, deve assinar um termo de compromisso para só então buscar os sensores no Cedoh e no HRT, aparelhos que deverão ser trocados a cada 14 dias. * Com informações da Secretaria de Saúde
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Nova tecnologia mede glicose por sensores
Novo aparelho permite simplificar os procedimentos de rotina de pacientes diabéticos do tipo 1 | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde Até 300 pacientes com diabetes tipo 1 serão beneficiados no DF com o uso de uma tecnologia pioneira na saúde pública para monitorar a glicose. A novidade utiliza sensores em vez das picadas no dedo, enquanto um médico avalia os resultados a distância. O aparelho foi apresentado pela Secretaria de Saúde (SES) nesta sexta (27) e estará disponível aos primeiros pacientes na próxima semana. Uma demonstração da tecnologia foi feita pelos gestores da pasta durante o lançamento do novo programa para monitorização contínua de glicose, que utiliza o sistema Flash – único no mundo para esse tipo de tratamento. O processo se dá por um sensor pequeno, descartável e à prova d’água que fica no braço do paciente durante 14 dias. Por meio de um aparelho recarregável, é feita a leitura do sensor para transmitir diariamente os dados ao médico. O usuário precisa apenas passar o leitor do aparelho perto do sensor para ver os resultados, que aparecem de forma instantânea. Além da glicemia do momento, o sistema informa a tendência de glicose demonstrada no leitor pelo sinal de uma seta, sendo ainda capaz de armazenar dados glicêmicos dos últimos 90 dias. Os pacientes devem fazer, no mínimo, sete escaneamentos ao longo do dia, de forma simples e prática. Em um primeiro momento, os aparelhos serão entregues nos ambulatórios localizados do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh), que funciona na Asa Norte. A expectativa é que, com o tempo, outros ambulatórios para tratar diabéticos do DF também possam oferecer a tecnologia. Prioridade Os diabéticos do tipo 1 foram escolhidos por apresentarem um quadro mais complexo de tratamento. Normalmente, são pacientes que precisam aplicar insulina até quatro vezes por dia, além de monitorar por mais vezes as taxas de glicemia no sangue. Já os que têm diabetes do tipo 2 iniciam o tratamento à base de comprimidos, que são ministrados durante anos. De acordo com a Referência Técnica Distrital (RTD) em Endocrinologia e Diabetes da Secretaria de Saúde, Eliziane Leite, os pacientes com diabetes tipo 1 já estão sendo selecionados para receber os primeiros sensores. A prioridade tem sido para os casos mais críticos, além de gestantes e crianças de até sete anos, por serem mais sensíveis à doença e sofrerem mais riscos. “Com essa tecnologia, podemos trazer muitos benefícios aos pacientes, sendo proativos no tratamento e não esperando que venham de mês a mês às consultas com dados já defasados da glicose”, resume a médica. “Isso traz mais qualidade de vida para eles, mas para ter acesso, os pacientes precisam estar dentro do perfil.” Atenção Secundária O acesso da população será pela Atenção Secundária. Nas unidades, o médico endocrinologista responsável pelo paciente com diabetes tipo 1 identifica a necessidade e se o caso está dentro dos critérios de inclusão para uso desses aparelhos. Em caso positivo, o profissional de saúde responde ao questionário eletrônico, preenche um relatório e o paciente encaminha esses documentos por e-mail para análise, aguardando até ser selecionado. Quando for chamado, o paciente deverá participar de reuniões educativas sobre a funcionalidade do aparelho, assinando um termo de compromisso para, então, buscar os sensores, que deverão ser trocados de 14 em 14 dias. “Na medida em que formos observando a dinâmica dos pacientes e o uso adequado e responsável dos sensores, pretendemos expandir o uso”, adianta Eliziane. “Estimamos alcançar 750 pacientes com diabetes tipo 1, mas ainda é precoce dizer em quanto tempo isso vai acontecer.” Monitoramento simplificado Para a gerente do Cedoh, Alexandra Rubim, o acesso à tecnologia vai garantir aos pacientes do DF o gerenciamento melhor dos índices de glicose e uma facilidade maior para monitorar a doença. “O DF segue sempre à frente, sendo pioneiro ao trazer essa tecnologia para o SUS, o que traz muito orgulho a todos nós”, avalia. [Olho texto=”“O DF segue sempre à frente, sendo pioneiro ao trazer essa tecnologia”” assinatura=”Alexandra Rubim, chefe do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão ” esquerda_direita_centro=””] Os equipamentos foram adquiridos pela SES por meio de licitação. “Fazemos isso para evitar que se gaste mais no futuro com o tratamento de um paciente mais grave”, afirma o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Petrus Sanchez. “A prevenção e a qualidade de vida dos pacientes são os melhores caminhos, principalmente para os que são crônicos e precisam de um maior estreitamento nos laços com a Secretaria de Saúde”. * Com informações da SES
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Novembro Azul na Feira do Guará
A ação foi voltada para a saúde do homem e prevenção da diabetes, por isso, mulheres também foram atendidas | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde DF A Superintendência da Região de Saúde Centro-Sul promoveu uma ação na Feira do Guará alusiva às campanhas Novembro Azul — prevenção ao câncer de próstata e à diabetes. Uma equipe multidisciplinar atendeu o público, com médico endocrinologista, psicólogo, enfermeiros e técnicos de enfermagem. No local, a comunidade teve direito a teste de glicemia, aferição da pressão arterial, escala de ansiedade, avaliação médica, vacinação contra o H1N1, orientações de saúde mental, verificação de Índice de Massa Corpórea (IMC) e pedido de exames de sangue como hemograma completo e PSA (exame utilizado para detecção de câncer de próstata). A ação foi voltada para a saúde do homem e prevenção da diabetes, por isso, mulheres também foram atendidas. “Nosso objetivo é conscientizar a população sobre os cuidados necessários com a saúde, principalmente na investigação de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e obesidade”, explicou a superintendente da região de Saúde Centro-Sul, Flávia Oliveira Costa. Foram levadas 400 doses da vacina contra a gripe e entregues panfletos educativos destacando a importância de fazer exercícios e se alimentar de maneira saudável. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Para o feirante Fábio de Souza, 29 anos, esse tipo de ação é muito importante e necessária para a manutenção da saúde. “Depois dessa pandemia, ficou mais claro ainda o quanto é importante ter a saúde boa, se consultar com frequência e ficar atento com relação a doenças silenciosas como a diabetes”, afirmou. Segundo Ronan Garcia, endocrinologista e diretor do Hospital Regional do Guará (HRGu), o objetivo é trabalhar com a prevenção da diabetes, pois é uma doença incurável e silenciosa, muitas vezes, sem sintomas e, quando descoberta tardiamente, pode ter outras complicações associadas. Por isso, é tão importante fazer a prevenção e o tratamento correto. O comerciante Eitor Moraes, 65 anos, é diabético e hipertenso. Ele considerou a ação na Feira do Guará fantástica. “Nós, feirantes, trabalhamos todos os dias, de 7h da manhã até às 19h, e não temos tempo para ficar indo em hospital ou se consultando. Ações como estas são maravilhosas e demonstram que o governo está preocupado com a saúde da gente”, avaliou. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Saúde cuida de cerca de 3 mil diabéticos regularmente
Neste sábado (14) é o Dia Mundial de Prevenção ao Diabetes. Atualmente, cerca de 3 mil pacientes diabéticos são atendidos nas unidades da Atenção Secundária do Distrito Federal regularmente. A data integra a campanha internacional Novembro Diabetes Azul que, neste ano, terá como tema a enfermagem, para destacar a diferença que esses profissionais exercem na vida das pessoas acometidas pela doença. Somente no DF, enfermeiros e técnicos de enfermagem são responsáveis por fazer, em média, aproximadamente 200 atendimentos mensais em cada um dos oito ambulatórios multidisciplinares da rede pública voltados a pacientes diabéticos, em diferentes abordagens. “Em 2020, o objetivo da campanha é atrair a atenção para a importância da educação em diabetes e sobre o trabalho em equipe, em especial para o papel do enfermeiro nos cuidados do diabetes. A Enfermagem faz a diferença com ciência e acolhimento, tendo como foco o usuário do sistema”, afirma a Referência Técnica Distrital (RTD) em Endocrinologia da Secretaria de Saúde, Eliziane Leite. Ações De acordo com a diretora de Atenção Secundária e Integral de Serviços, Fernanda Martins, ao longo do mês estão programadas algumas ações na atenção ambulatorial secundária. Entre elas, a divulgação de vídeos educativos sobre o diabetes para os usuários e servidores de saúde. “Vamos elaborar, em cada serviço de saúde, pequenos vídeos com os enfermeiros que atuam no manejo do Diabetes na Atenção Secundária, informando como ocorre o manejo da doença, ressaltando a importância do trabalho dos enfermeiros no cuidado do diabetes”, explica a diretora de Atenção Secundária. Também é previsto promover a avaliação do pé diabético nas unidades especializadas, para todos os usuários que compareçam aos locais, independente de agendamento, conforme a capacidade instalada e seguindo todas as recomendações relacionadas aos cuidados com a Covid-19. Também será aplicado um questionário nas unidades para todos os usuários que comparecerem neste mês. Ambulatórios No DF, há ambulatórios multidisciplinares para tratar diabetes na Atenção Secundária de toda as regiões de saúde do DF. Eles estão localizados nos hospitais públicos de Taguatinga, Ceilândia, Gama, Guará (Cedhic), Sobradinho, Paranoá, Santa Maria e Base, além do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh) na Asa Norte. O Cedoh e o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) contam, em cada unidade, com mais de 800 pacientes cadastrados, entre diabéticos dos tipos I e II, e em média 200 crianças com diabetes I. “O Cedoh atende a Região de Saúde Central e é um dos serviços de excelência do DF. Contamos com uma equipe completa, formada por endocrinologistas para pacientes adultos e pediátricos, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogos, enfermeiros e assistente social”, informa a gerente do Centro Especializado em Diabetes, Alexandra Rubim. Nos ambulatórios, o paciente tem acesso a recursos para auxiliar o controle do diabetes. São disponibilizadas, a depender do caso, desde seringas para aplicação de insulina, até lancetadores, para controle de glicemias capilares (coleta de sangue na ponta do dedo). É feita, ainda, a distribuição de medicações orais, insulinas especiais (os análogos de insulina), sistema de infusão contínua de insulina, exames de pé diabético, entre outros serviços. Porta de entrada Para ter acesso aos serviços, a porta de entrada são as unidades básicas de saúde (UBS), que referenciam o atendimento aos ambulatórios de cada região de saúde por meio do Sistema de Regulação. A depender da situação, o acompanhamento de pacientes com diabetes também é feito na própria UBS, que oferece desde medicamentos até canetas aplicadoras de insulina humana para pacientes com diabetes do tipo I e II. “Lembrando que a diabetes tipo II tem a maior prevalência e corresponde a 90% dos casos, relacionada a sobrepeso e obesidade e podendo ser prevenida com mudanças de hábitos. Já o tipo I é uma doença autoimune. O paciente convive com ela pelo resto da vida, sendo possível cuidar dela”, explica a gerente do Cedoh. Segundo Alexandra Rubim, a prevenção precisa ser feita antes do diagnóstico, para evitar complicações. Por isso é importante pessoas com histórico familiar ou suspeita da doença procurarem as UBSs antes de apresentarem sintomas. “É uma doença que merece toda a atenção e cuidado, com tratamento que deve ser contínuo, porque não há cura. Ela pode causar desde insuficiência renal a perda da visão, se não for tratada. Mas com acompanhamento e bons hábitos de vida, como controle do estresse, atividades físicas e sono de qualidade podem impactar positivamente no controle da doença”, explica Rubim. Pé diabético Estima-se que uma em cada quatro pessoas com diabetes pode ter problemas nos pés ao longo da vida | Foto: Breno Esaki / Agência Brasília Nos ambulatórios da Secretaria de Saúde, no Cedoh e no Cedhic, também é oferecido atendimento a pacientes com pé diabético – uma consequência grave da diabetes mellitus – que ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve uma lesão (ferida). O aparecimento da doença ocorre quando a circulação sanguínea é deficiente e os níveis de glicemia (açúcar) são mal controlados. Estima-se que uma em cada quatro pessoas com diabetes pode ter problemas nos pés ao longo da vida. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Além disso, o pé diabético é responsável pela principal causa de internação do portador de diabetes. Se não for tratado, ele pode levar à amputação e, em casos mais graves, à morte. O tratamento do pé diabético geralmente é feito com o uso de antibióticos, doppler e curativos. Nos dois maiores ambulatórios para diabetes da rede pública, localizados no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e no Cedoh, há ainda cuidados para feridas mais complexas ocasionadas pela doença. No HRT ainda são desenvolvidas diversas pesquisas clínicas. Dia Mundial Desde 1991, o 14 de novembro é celebrado pela Federação Internacional de Diabetes (International Diabetes Federation) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o Dia Mundial do Diabetes. A data foi escolhida por ser o aniversário de Frederick Banting, o médico canadense que, com o seu colega Charles Best, conduziu as experiências que levaram à descoberta da insulina, em 1921.
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Restaurantes comunitários na luta contra o diabetes
A campanha é alusiva ao dia Nacional de Combate ao Diabetes| Foto: Divulgação/Sedes Os 14 restaurantes comunitários do Distrito Federal vão veicular, nesta sexta-feira (13) e no sábado (14), um vídeo explicativo sobre a prevenção do diabetes, ressaltando sintomas e forma de tratamento. A ação faz parte do projeto Educação Alimentar Nutricional (EAN), da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). “É preciso manter a população ciente das formas de prevenção e enfrentamento à doença”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. “Os restaurantes comunitários são pontos de grande circulação e são locais ideias para disseminarmos essas informações.” [Olho texto=”“É preciso manter a população ciente das formas de prevenção e enfrentamento à doença”” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”centro”] A iniciativa, lembra a subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional, Karla Lisboa, é alusiva ao Dia Mundial de Combate ao Diabetes, instituído em 14 de novembro “Queremos ressaltar a importância do diagnóstico precoce dessa doença e como manter uma alimentação saudável para que ela não seja agravada”, explica. Os restaurantes seguem servindo apenas marmitas, uma vez que, como forma de prevenção à proliferação da Covid-19, não é possível permanecer nos salões dos refeitórios. “Em outras épocas, nossas nutricionistas realizavam palestras e momentos explicativos, mas vamos esperar um pouco mais para reinserir essas atividades”, pontua a gestora. O vídeo sobre diabetes será exibido por meio de televisores instalados na parte externa das unidades. Educação alimentar A Sedes promove mensalmente a EAN nos 14 restaurantes comunitários do DF. Neste ano, por causa da pandemia de Covid-19, as ações não seguiram essa assiduidade, em função da necessidade de distanciamento e demais medidas de prevenção. Campanhas educativas sobre a pandemia têm sido empreendidas em várias unidades. As temáticas são elaboradas com base no Marco Referencial de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas. O documento, elaborado pelo governo federal, visa integrar estratégias que contribuam para a qualidade de vida da população. São abordados, entre outros temas, a saúde da mulher – mote da campanha do Outubro Rosa – e do homem, durante o Novembro Azul. Diabetes Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, elaborada pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBGE, nove milhões de brasileiros estão com diabetes. Isso corresponde a mais de 6% da população brasileira. Em 2040, a estimativa é que 642 milhões de pessoas em todo o mundo estejam com diabetes. A previsão é que mais de 570 milhões serão detectadas com o tipo 2 da doença. * Com informações da Sedes
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Diabéticos têm à disposição 118 mil canetas de insulina
Os benefícios trazidos pelo uso das canetas de insulina podem gerar a melhor adesão ao tratamento do diabetes e, com isso, maior controle da glicose no sangue. Foto: Divulgação/Secretaria de Saúde Os pacientes com diabetes tipos 1 e 2 contam com um importante reforço no seu tratamento. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal tem disponível nas unidades básicas de saúde (UBSs) 118 mil canetas aplicadoras de insulina humana dos tipos NPH e regular, enviadas pelo Ministério da Saúde. Conforme os critérios estipulados pelo governo federal, elas são voltadas a dois grupos de diabéticos: os de até 16 e os que têm a partir de 60 anos de idade. De acordo com a gerente do Componente Básico da Assistência Farmacêutica da Secretaria de Saúde, Patrícia Queiroz, o uso das canetas de insulina contribui para maior qualidade de vida do diabético. “A precisão da dosagem de insulina com as canetas é maior do que quando se utiliza sob a forma de frascos e seringas. Além disso, os pacientes têm menos dor no local da aplicação e menor risco de ferimentos”, explica a gerente. Até pouco tempo, a gestora lembra que as únicas insulinas distribuídas pelo Ministério da Saúde eram de aplicação via seringa, sendo o próprio paciente o responsável por retirar da ampola a dose correspondente ao seu tratamento. “Agora, eles contam com a distribuição das canetas pré-preenchidas com insulina”, ressalta a gerente. Os pacientes em uso de insulina humana NPH ou regular que estão dentro da faixa etária atendida podem procurar a UBS de referência na sua região, levando a prescrição médica para receber orientações e ter acesso às canetas aplicadoras. As equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) também podem fazer uma busca ativa nas áreas que atuam, para encontrar os diabéticos que necessitem do insumo. Praticidade Com a disponibilização das canetas aplicadoras, o tratamento com múltiplas doses de insulina torna-se mais prático. Entre os benefícios das canetas, é possível destacar que: – São portáteis, discretas e convenientes para aplicações fora de casa; – Economizam tempo, porque não há necessidade de preparar o frasco de insulina; – Oferecem mais precisão na definição das doses, especialmente para pessoas que têm problemas de visão ou destreza. Na avaliação de Patrícia Queiroz, os benefícios trazidos pelo uso das canetas de insulina podem gerar a melhor adesão ao tratamento do diabetes e, com isso, maior controle da glicose no sangue. “Consequentemente, isso reduz as chances de complicações relacionadas ao diabetes, como a hipoglicemia”, completa a gerente. É importante lembrar que não é possível misturar dois tipos de insulina, o que significa que se o paciente precisar aplicar dois tipos de hormônios serão necessárias duas aplicações. Além disso, as canetas de insulina devem ser utilizadas apenas por um usuário. Ampliação O uso das canetas aplicadoras de insulina humana dos tipos NPH e regular foi possível depois que o Ministério da Saúde ampliou os critérios de disponibilização delas no Sistema Único de Saúde (SUS). Antes, apenas pacientes com o tipo 1 da doença, com idade até 15 anos e a partir de 60 anos, tinham acesso às canetas, o que representava cerca de 15% da demanda do SUS. Com a ampliação do uso para o tipo 2 e da faixa etária de 15 para até 16 anos de idade, a expectativa do Ministério da Saúde é que essa porcentagem dobre para 30%, a partir do alcance aos pacientes que entram nos novos critérios para a dispensação do medicamento. Para garantir a manutenção do abastecimento da rede, o Ministério da Saúde fará o acompanhamento da demanda de frascos e canetas de insulina humana, conforme as informações de estoque e consumo enviadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde. Para mais informações, consulte a orientação completa sobre a alteração dos critérios para a dispensação das canetas de insulina. *Com informações da Secretaria de Saúde
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