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diagnóstico precoce

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Carreta Itinerante de Mamografia inicia atendimentos gratuitos pelo DF

“Tenho histórico familiar de câncer muito grande. Não faço a mamografia há mais de 10 anos, por conta de muitas dificuldades. Fiquei sabendo desta ação, me inscrevi e já consegui o atendimento. Isso é maravilhoso! A resposta foi rápida e estou muito feliz”, afirmou a assistente administrativa, Ieda Gomes, 56 anos. A Carreta de Mamografia da Fundação Laço Rosa chegou ao Distrito Federal nesta segunda-feira (24), no estacionamento ao lado do Buriti, com exames gratuitos de mamografia para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Em parceria com a Secretaria da Mulher (SMDF), a unidade móvel iniciou hoje e vai até 29 de novembro, nas regiões de Ceilândia, Estrutural, Sol Nascente e Plano Piloto. A expectativa é realizar mais de 500 exames gratuitos ao longo da semana. “Essa mobilização salva vidas e leva dignidade para quem mais precisa. O Estado deve se fazer presente, com sensibilidade para levar cuidado, acolhimento e conscientização para as mulheres”, disse a vice-governadora Celina Leão. O exame é gratuito e as vagas são limitadas. Entre os critérios para seleção de beneficiárias estão: idade, data do último exame, indicação clínica e ordem de inscrição. As usuárias contempladas serão contatadas via WhatsApp pela equipe da Fundação Laço Rosa para confirmar o agendamento do exame. Os atendimentos ocorrem das 10h às 17h, na unidade itinerante. Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, esse projeto é fundamental por ampliar o acesso ao exame, levando o diagnóstico precoce do câncer de mama para mulheres que têm dificuldades de acesso. “Com a unidade móvel, mais pessoas conseguem realizar a mamografia de forma gratuita e com estrutura completa. Essa ação incentiva o autocuidado, saúde e qualidade de vida”. O exame é gratuito e as vagas são limitadas. Entre os critérios para seleção de beneficiárias estão: idade, data do último exame, indicação clínica e ordem de inscrição | Foto: Divulgação/SMDF Os agendamentos devem ser feitos com antecedência neste site, por meio de formulário, ressaltando que o cadastro não garante a vaga. A ação também inclui atividades de acolhimento e conscientização voltadas às mulheres. Segundo a presidente da Fundação Laço Rosa, Marcelle Medeiros, a carreta alerta sobre a importância à saúde da mulher. “Esses exames salvam vidas, mas o acesso nem sempre é fácil, seja por medo, por falta de dinheiro, deslocamento ou oferta. A carreta passa pelos lugares trazendo mobilização por um assunto que muitas vezes é negligenciado. Com esse apoio do GDF, conseguimos acolher e informar”. Veja os horários e locais de atendimento na Carreta de Mamografia: • 24/11 (segunda-feira): Em frente ao Palácio do Buriti (de 10h às 17h); • 25/11 (terça-feira): Entrada da Região Administrativa da Estrutural ao lado do posto de saúde (de 10h às 17h); • 26 e 27/11 (quarta e quinta-feira): Casa da Mulher Brasileira, CNM 1, Ceilândia (de 10h às 17h); • 28 e 29/11 (sexta e sábado): Sol Nascente — estacionamento lateral do Fort Atacadista (de 10h às 17h). O exame é o principal método de rastreamento do câncer de mama e, quando realizado regularmente, permite detectar a doença ainda nos estágios iniciais, aumentando em até 95% as chances de cura. A iniciativa integra o compromisso do Governo do Distrito Federal (GDF) em ampliar o acesso à saúde e fortalecer políticas públicas voltadas às mulheres. Quem pode participar: • Mulheres a partir de 40 anos, beneficiárias do SUS, que não tenham feito mamografia nos últimos 12 meses; • Mulheres abaixo de 40 anos, beneficiárias do SUS, apenas com pedido médico ou indicação clínica. *Com informações da Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF)

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No Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, HCB comemora elevada taxa de cura em leucemias

O dia 23 de novembro é, no Brasil, o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil. A data foi instituída em 2008 para promover a conscientização sobre a doença, difundir avanços técnico-científicos e apoiar crianças e seus familiares. O dia também marca o 14º aniversário do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) — a criação do HCB, pela Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace), tem forte ligação com o tratamento oncológico pediátrico e, segundo dados do Serviço de Registro de Câncer Hospitalar da unidade, a taxa de cura no tratamento de leucemias no HCB chega a 80%. O Hospital da Criança de Brasília é o único centro do Distrito Federal habilitado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) exclusiva de oncologia pediátrica e recebeu, em média, 216 novos casos de câncer por ano ao longo dos últimos sete anos. O tratamento é feito por equipe multidisciplinar, pautado pela pesquisa científica e incluindo ações de humanização na busca pela cura e pela qualidade de vida. Os tipos de câncer mais frequentes na pediatria são os originários do sistema hematopoiético, que correspondem a 43% dos casos. Em seguida, estão os tumores cerebrais (19%); neuroblastomas, tumores primários do sistema nervoso autônomo (8%); sarcomas de partes moles (7%); tumor de Wilms (rim) (6%); tumores ósseos (5%) e o retinoblastoma (3%). O Hospital da Criança de Brasília é o único centro do Distrito Federal habilitado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) exclusiva de oncologia pediátrica | Fotos: Divulgação/HCB Diagnóstico precoce e preciso Um ponto crucial para o sucesso no tratamento é o diagnóstico precoce. Como o câncer infantil não conta com ações de prevenção, é importante estar atento a sintomas. “Quanto mais cedo o médico pediatra generalista desconfiar que tem alguma coisa errada e encaminhar para o centro de referência, melhores condições clínicas terá aquela criança para começar o tratamento e melhor a chance de cura”, afirma a diretora técnica do HCB, a oncologista e hematologista Isis Magalhães. Infecções de repetição, manchas roxas sem explicação e sangramentos de gengiva devem despertar a atenção de pais e cuidadores e são sinais de que é preciso procurar um médico. Uma vez atendidas por profissionais da rede de saúde pública do DF, as crianças são reguladas, pela Secretaria de Saúde (SES-DF), para o primeiro atendimento no HCB. O hospital recebe pacientes do Distrito Federal, da Região Integrada de Desenvolvimento (Ride) e de todas as demais regiões do Brasil, na modalidade de Tratamento Fora do Domicílio (TFD). [LEIA_TAMBEM]Para garantir que a doença seja diagnosticada o mais rápido possível, o HCB realiza ações de capacitação junto a profissionais de saúde das unidades básicas de saúde (UBSs), unidades de pronto atendimento (UPAs) e hospitais regionais do DF. “Nosso objetivo é levar aos profissionais que estejam na linha de frente do tratamento da criança conhecimento, para que identifiquem os sinais e sintomas do câncer, que muito se confundem com as doenças comuns da infância, e aumentem o seu grau de suspeição e pensem: ‘isso pode ser câncer’”, explica Magalhães. O HCB também participa de ações voltadas à conscientização sobre tipos específicos de câncer — por exemplo, a campanha De Olho nos Olhinhos, sobre o retinoblastoma. Além de precoce, o diagnóstico deve ser preciso. O Hospital da Criança de Brasília realiza exames em nível molecular para verificar, por exemplo, o subtipo específico de leucemia com que uma criança é acometida. Realizados no Laboratório de Pesquisa Translacional do próprio HCB, os exames garantem o diagnóstico correto e orientam a melhor conduta a ser adotada no tratamento. Hospital e equipe especializados No Brasil. 23 de novembro é o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil Em 2024, o Hospital da Criança de Brasília admitiu 226 pacientes com diagnóstico confirmado de câncer e realizou 15.259 consultas médicas onco-hematológicas. No mesmo ano, foram feitas 3.698 sessões de infusão de quimioterapia, 74.847 atendimentos pela equipe de assistência complementar essencial e 20.445 procedimentos especializados (incluindo transfusões, sessões de diálise e sessões de quimioterapia), entre outros. Esses números dimensionam a importância do tratamento em centro especializado para alcançar resultados positivos. No HCB, o tratamento é conduzido por profissionais experientes em oncologia pediátrica. Além dos onco-hematologistas, os pacientes são acompanhados por outros médicos especialistas — neurologistas, cardiologistas, intensivistas, infectologistas —, afeitos às particularidades das crianças com câncer. O mesmo vale para a equipe multidisciplinar: psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, dentistas e outros profissionais somam os saberes de sua área de trabalho para garantir que a criança e o adolescente sejam vistos de forma global e tenham todas as suas necessidades atendidas. Tanto o acompanhamento ambulatorial quanto as intervenções cirúrgicas e internações são realizados no Hospital da Criança de Brasília, que dispõe de 28 leitos de internação oncológica, oito leitos de internação para transplante de medula óssea, 58 leitos de terapia intensiva e oito salas de cirurgia, sendo cinco de grande porte. O HCB também conta com laboratórios especializados (citogenética e imunofenotipagem, biologia molecular e genética molecular, entre outros). O HCB dispõe de 28 leitos de internação oncológica, oito leitos de internação para transplante de medula óssea, 58 leitos de terapia intensiva e oito salas de cirurgia, sendo cinco de grande porte A estrutura dos laboratórios, associada às atividades de ensino e pesquisa desenvolvidas pelo HCB, integra a pesquisa científica à clínica médica: os resultados de estudos realizados pelos profissionais do hospital impactam o tratamento das crianças e geram mudanças de acordo com o quadro de cada paciente. “Por meio do laboratório, conseguimos realmente fazer ciência e entregar resultados imediatos para a prática clínica, fazer um diagnóstico preciso e um tratamento orientado individualmente para cada paciente”, afirma a diretora executiva do HCB, Valdenize Tiziani. A equipe do hospital mantém contato com outros centros especializados no tratamento de crianças com câncer. O HCB possui 58 parcerias com unidades de saúde e instituições de ensino, com destaque para a Aliança Amarte e o St. Jude Children’s Research Hospital, que promovem acesso a atividades de ensino, pesquisa e assistência. O hospital também participa de eventos técnico-científicos, como simpósios e fóruns voltados à oncologia pediátrica, compartilhando conhecimentos por meio de produção científica e condução de oficinas práticas para profissionais de outras instituições. Cuidado humanizado Além de oferecer atendimento de excelência, o Hospital da Criança de Brasília preza pela humanização do cuidado. Os pacientes em tratamento oncológico têm acesso a brinquedotecas, tanto no ambulatório quanto na internação, preservando a importância do brincar para uma infância saudável. Mesmo os que precisam manter precauções de contato físico contam com horários específicos para acesso à brinquedoteca e podem receber brinquedos no leito. Atividades como passeio em carrinhos elétricos, estímulo à leitura e às artes, interação com voluntários e apresentações culturais também contribuem para tornar a rotina de tratamento mais leve. As crianças ainda mantêm o vínculo com os estudos por meio da Classe Hospitalar, estabelecida por convênio entre as secretarias de Educação e de Saúde do DF, e do apoio pedagógico oferecido a pacientes de fora do Distrito Federal. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília (HCB)

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Acordo assinado entre Secretaria de Saúde do DF e Instituto BRB visa agilizar acesso a mamografias

A Secretaria de Saúde (SES-DF) e o Instituto BRB de Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Socioambiental assinaram, nesta sexta-feira (14), um acordo de cooperação do projeto De Peito Aberto. A parceria tem como propósito ampliar o acesso a exames de diagnóstico precoce do câncer de mama no Distrito Federal. O foco é reduzir a lista de espera, fortalecer a rede de atenção oncológica e promover diagnóstico precoce e cuidado humanizado. “Esse acordo representa um marco de colaboração entre o setor público e o terceiro setor, evidenciando a nossa capacidade de articulação. O projeto reforça o compromisso da SES-DF com a prevenção, o diagnóstico precoce e o cuidado integral à saúde da mulher, especialmente no combate ao câncer de mama”, destacou o secretário de Saúde, Juracy Lacerda. Parceria entre SES-DF e Instituto BRB visa agilizar acesso a exames de diagnóstico de câncer de mama | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF A nova parceria com a Secretaria prevê a realização gratuita de mamografias, punções de mama, exames anatomopatológicos, imunohistoquímicos e emissão de laudos, beneficiando mulheres atendidas pelo Serviço Único de Saúde (SUS).  "Vamos oferecer acesso digno e ágil ao diagnóstico precoce do câncer de mama, salvando vidas e fortalecendo a rede pública de atenção à saúde da mulher no Distrito Federal”, avaliou a coordenadora da área de oncologia do Comitê de Planejamento da Saúde do DF, Paula Muraro.  [LEIA_TAMBEM]Durante o evento, a presidente do Instituto BRB, Karina Bruxel, reforçou o compromisso com a responsabilidade social. A gestora apresentou as principais iniciativas da organização, que tem na saúde um de seus eixos estratégicos de atuação. “Em 2021, participamos da construção da unidade acoplada ao Hospital Regional de Samambaia [HRSam] e, desde então, mantemos uma parceria contínua com o Hospital da Criança de Brasília [HCB]”, destacou. Agora, o objetivo é reforçar a atuação na área de saúde, um dos eixos estratégicos do Instituto BRB. “O Projeto De Peito Aberto é uma união de esforços entre o Instituto BRB e o Instituto Sabin que transforma investimento social em futuro. Cada mamografia realizada acelera diagnósticos, reduz desigualdades e aumenta, de forma concreta, as chances reais de cura", explicou. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Saúde ocular: Consultas e exames regulares são essenciais para evitar doenças graves

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 2,2 bilhões de pessoas tenham alguma deficiência visual ou cegueira. Um dos principais aliados no diagnóstico precoce dessas patologias é o exame de refração, realizado por um médico oftalmologista para medir a acuidade visual e identificar a necessidade de óculos ou lentes corretivas. Principal aliado no diagnóstico precoce de patologias oculares é o exame de refração, realizado pelo médico para medir a acuidade visual | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF “Além de identificar principalmente erros de refração, como miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia, o oftalmologista também pode suspeitar de outras alterações oculares e encaminhar para investigação”, explica o médico e referência técnica distrital em oftalmologia da Secretaria de Saúde (SES-DF), Frederico Lóss. A análise é essencial para garantir boa visão, melhorar o desempenho escolar, profissional e social e permitir a detecção precoce de problemas oculares. “O exame é recomendado sempre que houver dificuldade para enxergar, dor de cabeça relacionada ao esforço visual, dificuldade na leitura ou queda no desempenho escolar”, reforça Lóss. “Também pode ser feito em consultas de rotina”, completa. Nos casos de erros refrativos — como miopia e astigmatismo, por exemplo —, o paciente recebe receita de óculos. Já quando há suspeita de doenças oculares, como catarata ou glaucoma, o usuário é encaminhado para atendimento especializado em alguma unidade da Secretaria de Saúde (SES-DF). De acordo com a OMS, há cerca de 2,2 bilhões de pessoas no mundo com alguma deficiência visual ou cegueira Como solicitar o exame O usuário deve procurar a unidade básica de saúde (UBS) mais próxima, onde será avaliado pela equipe de saúde. Se houver necessidade, será feito o encaminhamento para o acompanhamento especializado em oftalmologia, que inclui o exame de refração. [LEIA_TAMBEM]Atualmente, o procedimento é realizado em unidades de oftalmologia da rede própria da SES-DF, no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e em serviços credenciados, conforme a regulação. Rotina Manter o acompanhamento oftalmológico em todas as fases da vida é fundamental para preservar a saúde dos olhos e garantir o diagnóstico precoce de doenças que podem comprometer a visão. Confira as recomendações: Arte: SES-DF *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF) 

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Câncer de mama: Prevenção e diagnóstico precoce salvam vidas

Miriam Francelina da Silva, 59 anos, lembra o dia em que percebeu algo diferente. “Eu não sentia dor. Apenas quando levantei o braço e senti uma leve pontada. Ao examinar o local, percebi um caroço que não estava presente antes”. O diagnóstico de câncer de mama veio em 2024. Hoje, quase no fim do tratamento, ela faz questão de alertar outras mulheres: “Cuidar de si é uma prioridade que pode salvar a sua vida”. Miriam Francelina da Silva, paciente do HRT em tratamento do câncer de mama: “Cuidar de si é uma prioridade que pode salvar a sua vida” | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF O Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama, celebrado neste domingo (19), reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse é o tipo de câncer mais comum entre adultos, com mais de 2,3 milhões de novos casos anuais. No Brasil, é também o mais incidente entre as mulheres e a principal causa de morte por câncer na população feminina. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2023 foram registrados mais de 20 mil óbitos, e para 2025 a estimativa é de mais de 73 mil novos casos. Para o chefe da oncologia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), José Lucas Pereira Júnior, a conscientização é essencial. “A doença tem aumentado, inclusive entre as mais jovens. Por isso, exames regulares são indispensáveis a partir dos 40 anos”, alerta. Sônia Maria da Silva (com microfone na mão) descobriu o câncer após fazer o autoexame: "O diagnóstico veio e precisei passar por cirurgia. Estou bem e sigo em acompanhamento no HRT" Sinais e cuidados A partir dos 35 anos, a incidência da doença cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. É fundamental estar atento a sinais como nódulos, alterações na pele, secreção no mamilo e mudanças no formato da mama. O Ministério da Saúde estima que 17% dos casos poderiam ser evitados com hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e redução do consumo de álcool e cigarro. [LEIA_TAMBEM]Sônia Maria da Silva, 79 anos, descobriu o câncer após o autoexame. “Durante o banho, senti um caroço grande na mama direita e procurei o médico. O diagnóstico veio e precisei passar por cirurgia. Estou bem e sigo em acompanhamento no HRT”, conta a moradora de Taguatinga, integrante do grupo Florescer — iniciativa do hospital que oferece apoio emocional a mulheres em tratamento ou acompanhamento oncológico. O médico ressalta que o autoexame é um aliado, mas não substitui os exames clínicos. “A mamografia e a ultrassonografia são fundamentais para identificar o câncer em estágios iniciais”. Entre janeiro e junho de 2025, a rede pública do DF realizou 13,9 mil mamografias, contra 11,4 mil no mesmo período de 2024. No ano passado, foram 23.430 exames. Formado exclusivamente por mulheres em tratamento ou acompanhamento oncológico no HRT, o grupo Florescer se reúne às quartas-feiras, das 8h às 10h, na unidade de oncologia para oferecer apoio emocional, acolhimento e bem-estar Atendimento A porta de entrada para o diagnóstico são as unidades básicas de saúde (UBSs), onde as pacientes passam por avaliação e, se necessário, são encaminhadas ao especialista. As mamografias são realizadas nos hospitais regionais e, quando há alterações, a rede pública oferece exames complementares, como ultrassonografia mamária e biópsia. A Secretaria de Saúde (SES-DF) distribui a capacidade de exames entre os mamógrafos de unidades como o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Hospital da Região Leste (HRL), Hospital de Base (HBDF), Centro Especializado em Saúde da Mulher (Cesmu), Centro de Radiologia de Taguatinga e os hospitais regionais de Samambaia, Gama, Taguatinga, Ceilândia, Santa Maria e Asa Norte. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Número de mamografia cresce 21,8% na rede pública do DF

A Secretaria de Saúde (SES-DF) registrou cerca de 13 mil mamografias no primeiro semestre de 2025. O número representa um aumento de 21,8% em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram realizados mais de 11 mil procedimentos. A mamografia é fundamental para a detecção de qualquer problema com os seios, inclusive o câncer de mama, cujo diagnóstico precoce é a melhor forma de aumentar a taxa de cura. O exame é indicado a mulheres a partir dos 50 anos ou aquelas abaixo dessa faixa etária que apresentam sintomas e alterações na mama. Maria Gorete Gomes, 60, é uma das usuárias que passam pelo exame regularmente. “Não tenho nenhum tipo de doença, mas acho muito importante realizar a mamografia. É melhor prevenir”, conta. Após avaliação e indicação clínica, as pacientes são direcionadas para realizar o exame de mamografia por meio do sistema de regulação da Secretaria de Saúde | Foto: Mariana Raphael/Arquivo Agência Saúde-DF Diagnóstico precoce Referência Técnica Distrital em Mastologia da SES-DF, Farid Buitrago destaca que, apesar de desconfortável, o exame é essencial para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Isso porque, embora seja significativo, o autoexame não substitui a imagem. "No autoexame não há a exatidão da mamografia, que continua sendo a melhor forma de identificar lesões quando ainda nem são palpáveis", destaca o profissional. É o caso de Maria da Conceição da Silva, 75. Após passar por uma ultrassonografia, foi encaminhada para uma consulta com o mastologista da rede pública. Depois de dez dias, Maria já estava de frente para o mamógrafo. Nesse dia, o exame detectou uma alteração classificada como BI-RADS 4, indicativa de suspeita de câncer de mama. Hoje, a moradora de Ceilândia está em processo de investigação, com biópsias e exames complementares em unidades da SES-DF.  A filha, Nair Silva, 48, demonstrou gratidão pela rapidez dos direcionamentos e destacou a importância da mamografia para a prevenção e o diagnóstico precoce. “Foi muito rápido e é importante demais. O exame mostra o que um ultrassom não indica de início e foi fundamental para pegar essa alteração desde o começo”, lembra. Maria Gorete Gomes, 60, realiza o exame regularmente: "Acho muito importante para prevenir" | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Em 2023, foram realizadas 487 cirurgias referentes ao câncer de mama na rede pública do DF. Em 2024, o número chegou a 452 procedimentos e, de janeiro a julho deste ano, foram 265 operações do tipo.  Como ser atendido A porta de entrada para o atendimento são as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), onde o paciente é avaliado. As mamografias são feitas nos hospitais regionais do DF. Se houver alterações, é possível, ainda, realizar exames mais específicos na rede pública, como a ultrassonografia mamária e a biópsia. A capacidade de realização dos exames é distribuída entre os mamógrafos disponíveis pela SES-DF, em suas unidades: Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Hospital da Região Leste (HRL), Hospital de Base (HBDF), Centro Especializado em Saúde da Mulher (Cesmu), Centro de Radiologia de Taguatinga e hospitais regionais de Samambaia (HRSam), Gama (HRG), Taguatinga (HRT), Ceilândia (HRC), Santa Maria (HRSM) e Asa Norte (Hran). *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Dia Mundial da Trombose alerta para sinais e prevenção da doença

Foi um dia rotineiro — ela trabalhou e foi à igreja. Em casa, horas depois, começou a sentir dores. "Não era uma dor normal. Fiquei maluca de dor. Eu gritava e até rolava no chão. Então fui parar no Hospital de Base". É assim que a comerciante Altair Souza Aguiar, 59 anos, lembra de quando, em 2018, foi diagnosticada com trombose. "Eu fiquei internada por cinco dias e até hoje sigo com o tratamento. Dá para viver bem", conta. Situações como a de Altair são lembradas neste 13 de outubro, Dia Mundial da Trombose. A data é uma homenagem ao médico alemão Rudolf Virchow, pioneiro nos estudos sobre a doença. A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) considera a data fundamental para divulgar informações e reforçar cuidados que ajudam a evitar casos. De acordo com a entidade, cerca de 400 mil pessoas são acometidas anualmente no Brasil. A comerciante Altair Souza Aguiar faz acompanhamento na policlínica do Guará, onde é atendida pela médica Elma Castro, especialista em cirurgia vascular | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Mas o que é a trombose, afinal? "Trombose é quando ocorre uma obstrução de um vaso, seja arterial ou venoso, e isso geralmente por uma formação do coágulo", explica a médica Elma Castro. Especialista em cirurgia vascular, a servidora da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) atua na policlínica do Guará e acompanha pacientes diagnosticados com a doença. Ela ressalta a importância de, em caso de dores, sobretudo nas pernas, procurar rapidamente um hospital ou uma unidade de pronto atendimento (UPA). A intervenção precoce pode fazer a diferença tanto a curto quanto a longo prazo.  [LEIA_TAMBEM]Prevenção A médica destaca algumas condições que podem favorecer o surgimento da trombose. "Eu sempre falo para as pacientes que têm predisposição para trombose, que têm histórico familiar, que não façam uso de anticoncepcionais. Eu tenho uma paciente de 19 anos que teve uma trombose por anticoncepcional", relata. Os cuidados também valem para viagens. No caso de longos trajetos de carro, a recomendação é manter-se hidratado e programar paradas a cada quatro a seis horas. Já em viagens de ônibus ou, principalmente, de avião, é importante se levantar, fazer caminhadas leves e alongar os pés. Usar meias de compressão, roupas confortáveis e beber bastante líquido também ajuda na prevenção. Tabagismo, diabetes, colesterol alto, sobrepeso e histórico familiar são outros fatores de risco que exigem atenção. Por outro lado, uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos contribuem para reduzir as chances de desenvolver a doença. Consultas médicas regulares também são fundamentais para identificar e tratar condições associadas, como a diabetes. A SES-DF ainda trabalha com protocolos específicos voltados para pacientes acamados e para mulheres no período pós-parto.

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Campanha Setembro em Flor atenta para a prevenção de cânceres ginecológicos

Em setembro, a Secretaria de Saúde (SES-DF), em parceria com o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), lança a campanha Setembro em Flor, voltada à conscientização sobre a importância do acompanhamento ginecológico. Durante todo o mês, serão promovidas ações de prevenção e diagnóstico precoce dos cânceres que afetam o colo do útero, endométrio, ovários, vagina e vulva. Durante todo o mês, serão promovidas ações de prevenção e diagnóstico precoce dos cânceres que afetam o colo do útero, endométrio, ovários, vagina e vulva | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 30 mil mulheres brasileiras recebem anualmente diagnósticos de câncer ginecológico, sendo mais de 16 mil casos apenas de câncer de colo uterino. A doença é detectada pelo exame citopatológico, mais conhecido como papanicolau ou exame preventivo. Na rede SES-DF, o exame é ofertado pelas unidades básicas de saúde (UBSs) mediante agendamento. Gradualmente, o exame citopatológico será substituído pelo teste molecular de DNA-HPV, tecnologia inovadora voltada para o rastreamento do câncer de colo do útero. O novo teste representa um avanço no cuidado preventivo contra o câncer de colo de útero. Outra medida de prevenção é a vacinação contra o HPV (papilomavírus humano), maior causador do câncer de colo de útero ou câncer cervical. O imunizante está disponível gratuitamente nas unidades da SES-DF para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Contudo, até dezembro deste ano, jovens entre 15 e 19 anos também poderão tomar a dose. A vacina também é indicada para pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou aids, pacientes transplantados e pacientes oncológicos. A  oncologista ginecológica da SES-DF, Rayane Cardoso, afirma que é necessária uma abordagem abrangente e coordenada no cuidado da saúde feminina. “O acompanhamento ginecológico é fundamental para a prevenção de cânceres passíveis de rastreio”, frisa. Programação Para chamar a atenção para os cânceres ginecológicos e destacar a prevenção, a Secretaria de Saúde vai realizar diversos eventos durante todo o mês de setembro. Confira:  Legenda *Com informações da Secretaria de Saúde

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Saúde alerta para a importância de hábitos saudáveis na prevenção da insuficiência cardíaca

Manter hábitos saudáveis é essencial para prevenir a insuficiência cardíaca, doença que representa uma das principais causas de internação entre adultos e idosos no Brasil e no mundo. O Dia Nacional de Alerta à Insuficiência Cardíaca, celebrado em 9 de julho, chama a atenção para esse cuidado com a saúde. Embora afete predominantemente pessoas com mais de 60 anos, a insuficiência cardíaca pode surgir mais cedo, devido a uma série de fatores que sinalizam hábitos de vida | Fotos: Divulgação/IgesDF A chefe do Serviço de Cardiologia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Ruiza Teixeira, explica que a condição afeta principalmente pessoas com mais de 60 anos, mas também pode surgir mais cedo em quem possui fatores de risco, como hipertensão, diabetes, doença arterial coronariana ou uso excessivo de álcool e drogas. “Maus hábitos alimentares, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool e estresse crônico contribuem para o surgimento de doenças cardíacas, inclusive a insuficiência cardíaca”, alerta a médica. Há também casos com origem genética, como nas cardiomiopatias dilatada e hipertrófica. Nesses, é essencial a investigação precoce com base em histórico familiar e exames. Segundo Ruiza, a doença pode evoluir com perda progressiva da função cardíaca, arritmias, internações frequentes e, em casos avançados, morte súbita. Trata-se de uma condição crônica que requer acompanhamento contínuo e rigoroso controle dos fatores de risco. A prevenção passa por manter a pressão arterial sob controle, cuidar do colesterol, controlar o diabetes, manter o peso ideal, praticar atividades físicas regularmente e evitar o tabagismo e o consumo exagerado de álcool. Sintomas e tratamento Entre os principais sintomas estão falta de ar (especialmente ao deitar ou durante esforços leves), cansaço intenso, inchaço em pernas e tornozelos e ganho repentino de peso por retenção de líquidos, além da sensação de estômago cheio e perda de apetite. O tratamento inclui mudanças no estilo de vida, alimentação equilibrada com menos sal, exercícios supervisionados e uso de medicamentos, como diuréticos e betabloqueadores. Em casos graves, pode ser necessário o uso de dispositivos, como desfibriladores, ou até mesmo um transplante cardíaco. “A insuficiência cardíaca sem tratamento pode causar danos ao coração e a outros órgãos, como rins e fígado, além de comprometer a autonomia e aumentar o risco de morte súbita”, ressalta Ruiza. Hospital de Base é referência  Wilson Alves implantou um marcapasso recentemente: “Agora quero levar uma vida leve, sem medo ou mal-estar. Pretendo voltar a trabalhar e aproveitar os momentos simples, como comer a costelinha com mandioca que minha enteada faz” Para pacientes com comprometimento importante da função cardíaca, o implante de marcapasso pode ser indicado. O dispositivo regula os batimentos e melhora a circulação sanguínea, proporcionando alívio dos sintomas. Referência na área, o Hospital de Base executa cerca de 400 procedimentos por mês na Hemodinâmica, com uma equipe formada por dez especialistas, entre cardiologistas e cirurgiões. Foi nesse cenário que o motorista de aplicativo Wilson Antônio Miranda Alves, de 70 anos, encontrou apoio. Após cirurgia para troca de válvula em 2022, devido a uma arritmia, ele começou a se sentir fraco e teve que buscar atendimento médico com frequência. No HBDF, foi diagnosticado com bradicardia e passou pelo implante do marcapasso na última sexta-feira (4). “Estava muito debilitado, com o coração batendo a menos de 40 vezes por minuto”, relatou. “Agora quero levar uma vida leve, sem medo ou mal-estar. Pretendo voltar a trabalhar e aproveitar os momentos simples, como comer a costelinha com mandioca que minha enteada faz.” [LEIA_TAMBEM]Procedimentos Segundo o cardiologista José Joaquim Vieira Junior, o procedimento é simples e a recuperação, rápida. “Foi tudo conforme o planejado, sem qualquer intercorrência”, afirma. Embora nem todos os casos exijam marcapasso, o médico ressalta que o dispositivo pode ser fundamental em determinadas situações, como em pacientes com doença de Chagas, endêmica no Distrito Federal e Entorno. Outro exemplo é Jaci Fernandes de Almeida, 63, que vive com marcapasso há 18 anos, desde a primeira cirurgia, também no HBDF. Agora, ele se prepara para receber um novo dispositivo: o cardioversor desfibrilador implantável (CDI). É um equipamento colocado sob a pele que identifica e corrige arritmias graves, como fibrilação e taquicardia ventricular. “Trata-se de uma tecnologia muito eficiente no combate a esse tipo de problema”, explica o cardiologista. Confiante, Jaci leva uma vida ativa: “Trabalho na construção civil, namoro, bebo socialmente, vou a festas... Estou me sentindo ótimo e preparado para essa nova etapa”. Diagnóstico precoce  Ruiza Teixeira reforça a importância do diagnóstico precoce, lembrando que identificar a insuficiência cardíaca nas fases iniciais permite iniciar o tratamento antes que ocorram danos permanentes ao coração. “Isso melhora a qualidade de vida, reduz hospitalizações e aumenta a sobrevida dos pacientes”, orientou. Ela reforça a necessidade de fazer check-ups periódicos, mesmo na ausência de sintomas, para detectar alterações cardíacas e fatores de risco que possam evoluir silenciosamente. Atendimento interdisciplinar Clemilton Rodrigues faz tratamento de saúde no Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic) No mercado onde trabalhava como promotor de vendas, Clemilton Rodrigues, 58, sentiu algo diferente. “Fiquei mal de repente e fui pra casa. À noite, enfartei. Me levaram para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e fiquei internado por um mês. Depois disso, consegui ser encaminhado ao Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic) e estou aqui desde 2019”, relembra.  Arte: Divulgação/SES-DF Desde que iniciou o tratamento na unidade, localizada no Hospital Regional do Guará (HRGu), a vida dele mudou. “Antes, eu passava mal direto, era tontura, pressão alta. Toda semana ia ao postinho. Agora, só com a medicação, estou bem. De seis em seis meses faço acompanhamento no centro", conta o promotor de vendas. Na rede pública, os casos de alto e muito alto risco são inseridos no Sistema de Regulação para que recebam o adequado encaminhamento ao Centro. Lá, os usuários contam com uma equipe interdisciplinar composta por cardiologista, endocrinologista, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, assistente social, enfermeiro e técnico de enfermagem. “Discutimos os casos entre os profissionais e conseguimos montar um plano de cuidado mais completo e eficaz para cada paciente”, explica a cardiologista da unidade, Luciana Praça. *Com informações do IgesDF e da SES-DF

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Curada de leucemia pela rede pública do DF, enfermeira retribui com dedicação a quem mais precisa

Aos 24 anos, a enfermeira Thalyta de Paula, hoje com 30, descobriu que as frequentes infecções de garganta escondiam algo muito mais grave: leucemia. O diagnóstico veio após uma ida ao pronto-socorro do Hospital Regional de Brazlândia (HRBz), onde exames revelaram uma anemia severa. O quadro era tão crítico que exigiu uma transfusão de sangue imediata. Depois de ser curada de leucemia na rede pública, a enfermeira Thalyta de Paula é hoje uma das colaboradoras do IgesDF e trabalha na UPA do Recanto das Emas | Foto: Arquivo pessoal À época, recém-formada em enfermagem, ela recebeu do hematologista no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) a notícia de que estava com leucemia linfoide aguda. Antes de completar uma semana do primeiro atendimento, Thalyta foi encaminhada para o Hospital de Base (HBDF). Lá, começou o tratamento quimioterápico que durou quatro anos. No caso de Thalyta, não houve necessidade de transplante de medula óssea. Hoje, curada da doença, ela continua sendo acompanhada pela equipe da unidade. O diagnóstico precoce, a rapidez no início do tratamento e o cuidado especializado foram fundamentais para a recuperação da enfermeira Thalyta. A história dela reforça a importância da campanha Junho Laranja, que busca conscientizar a população sobre a doença. A leucemia é um tipo de câncer que atinge os glóbulos brancos e a medula óssea, responsável pela produção do sangue. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que mais de 11 mil novos casos da doença sejam diagnosticados no Brasil somente este ano. Campanha Junho Laranja visa conscientizar a população sobre a leucemia e incentivar a doação de medula óssea e de sangue | Foto: Alberto Ruy/IgesDF A campanha também destaca a importância da doação de medula óssea e sangue, gestos que podem salvar vidas. A iniciativa tem como objetivo ampliar o debate e disseminar informações sobre a doença e as possibilidades de tratamento. “Eu nunca imaginei que a leucemia era uma doença tão comum e frequente. Os sintomas apareceram em mim muito diferentes. Não sabia que uma dor de garganta recorrente e, depois, dores no corpo poderiam ser um alerta para leucemia”, conta. Durante os seis meses em que esteve internada no Hospital de Base, Thalyta se impressionou com o acolhimento e a dedicação dos profissionais que a acompanharam ao longo do tratamento. “Nesse período, morando no hospital, fui muito bem-assistida em todo o processo da doença. Nunca me faltou nada. Hoje estou curada da leucemia e fazendo acompanhamento com a equipe no HBDF". A enfermeira Thalyta de Paula é hoje uma das colaboradoras do IgesDF. Ela trabalha na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Recanto das Emas. Diagnóstico e tratamento O diagnóstico precoce é essencial para garantir melhores resultados no tratamento. Isso porque, a leucemia, por ser uma doença de progressão rápida, pode causar complicações graves, como infecções, falência de órgãos e sangramentos em áreas sensíveis, como o cérebro e os pulmões. Hospital de Base hospital atende, em média, 100 novos casos de leucemia aguda por ano e oferece acompanhamento especializado | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Na rede pública de saúde do Distrito Federal, há serviços especializados para o diagnóstico e o tratamento de leucemia. O Hospital de Base é referência de doenças oncohematológicas – tipos de câncer que comprometem a formação e o funcionamento das células sanguíneas. Além de atender pacientes de todo o Distrito Federal, a unidade também recebe os das cidades que compõem a Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno (Ride). Administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), o serviço especializado oferece todos os exames necessários para diagnóstico, acompanhamento e transfusão de sangue. Os pacientes são acompanhados desde o início da doença e recebem todo o suporte necessário para o encaminhamento ao transplante de medula óssea, quando indicado. [LEIA_TAMBEM]Segundo o chefe de Hematologia e Hemoterapia do Hospital de Base, Luiz Henrique Athaides Ramos, a leucemia é um tipo de câncer que não faz distinção de idade, afeta crianças e adultos em todo o mundo. O médico destaca que anualmente, o hospital atende em média 100 novos casos de leucemia aguda, sendo que ao longo dos últimos anos foram quase mil registros. “Todos os dias enfrentamos o desafio de tratar pacientes com diagnósticos de leucemia, uma batalha contra o tempo em busca do tratamento adequado. A jornada do paciente envolve quimioterapia e, muitas vezes, o transplante de medula óssea que se apresenta como a melhor esperança de cura. Mas nem sempre há doadores disponíveis”, alerta o especialista. Fatores de risco No Brasil, a leucemia ocupa a décima posição entre os tipos de câncer mais frequentes. Entre 2023 e 2025, estima-se que ocorram mais de 11,5 mil novos casos da doença por ano, o que representa 5,33 casos a cada 100 mil habitantes. Os fatores de risco para a leucemia são semelhantes aos de outros tipos de câncer e doenças graves, estando relacionados tanto a hábitos de vida quanto a fatores genéticos e mutações aleatórias. Entre os principais sintomas estão os causados pela anemia, como fadiga intensa, além de sinais associados à baixa imunidade e à queda na contagem de plaquetas, como infecções recorrentes, sangramentos e dores no corpo. *Com informações do IgesDF

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Plataforma desenvolvida com apoio da FAPDF contribui para o diagnóstico precoce de doenças raras no DF

Uma plataforma orientada por inteligência artificial, desenvolvida com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), identifica precocemente crianças e adultos com condições raras ou crônicas, reduzindo hospitalizações evitáveis e fortalecendo a atenção primária. Ao reduzir hospitalizações evitáveis, otimizar a triagem de pacientes e oferecer suporte à decisão clínica, a plataforma Tamis-IA contribui diretamente para a eficiência do sistema de saúde e para o cuidado integral ao paciente. O diagnóstico precoce possibilita intervenções mais eficazes, melhora a qualidade de vida dos atendidos e reduz os custos com internações e tratamentos de alta complexidade. Atualmente em fase de validação em unidades básicas de saúde do Distrito Federal, a iniciativa articula uma ampla rede de instituições acadêmicas, científicas e de atenção à saúde. Plataforma Tamis-IA, em fase de validação, ajuda a identificar sinais precoces de doenças raras e condições crônicas; triagem automatizada permite a detecção de casos com maior risco clínico, otimizando o encaminhamento para diagnóstico e tratamento especializado | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília O apoio da FAPDF, por meio do Edital Learning 2022, foi decisivo para a viabilidade técnica e científica da iniciativa, fortalecendo a articulação entre pesquisa aplicada e políticas públicas de saúde. Inicialmente batizado como Projeto Peneira — em alusão à proposta de triar pacientes com maior risco clínico —, o sistema passou a se chamar Tamis-IA por questões de registro de marca. Tamis, que significa “peneira” em francês, foi escolhido para manter a essência do projeto, enquanto “IA” faz referência ao uso de inteligência artificial. “Acreditamos que iniciativas como essa exemplificam como a ciência, a tecnologia e a inovação podem transformar a saúde pública, promovendo diagnósticos mais ágeis, tratamentos mais eficazes e melhor qualidade de vida para a população”, destaca Leonardo Reisman, diretor-presidente da FAPDF. A proposta integra recursos avançados de inteligência artificial ao sistema de saúde para identificar sinais precoces de doenças raras e condições crônicas. A triagem automatizada permite a detecção de casos com maior risco clínico, otimizando o encaminhamento para diagnóstico especializado e tratamento oportuno. [LEIA_TAMBEM]A plataforma é alimentada por prontuários eletrônicos integrados a plataformas como e-SUS (sistema oficial do Sistema Único de Saúde – SUS, utilizado na rede pública) e MV (sistema de gestão hospitalar desenvolvido pela empresa MV, amplamente utilizado em hospitais e clínicas no Brasil), além de dados inseridos diretamente por profissionais de saúde na plataforma. A ferramenta calcula, com base em um threshold (limite mínimo de probabilidade para emissão de alerta de risco) de 60%, a chance de o paciente apresentar uma condição rara. A depender do resultado, o sistema emite uma recomendação para encaminhamento especializado ou acompanhamento clínico periódico. O desenvolvimento do sistema é liderado por uma equipe multidisciplinar que reúne médicos, cientistas da computação e especialistas em epidemiologia, com atuação em instituições como a Universidade Católica de Brasília, (UCB) Universidade de Brasília (UnB), Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs), Hospital de Clínicas da Unicamp e Secretaria de Saúde (SES-DF). A aplicação inicial está concentrada na Região Leste do Distrito Federal, beneficiando cerca de 8 mil pessoas. A plataforma Tamis-IA foi desenvolvida pelo médico Luiz Sérgio Fernandes de Carvalho. A ferramenta foi concebida para integrar variáveis clínicas e epidemiológicas em um modelo preditivo acessível e adaptável à rotina da atenção primária. “Nosso sonho é que essa ferramenta seja adotada em larga escala no SUS, ajudando a salvar vidas e a otimizar os recursos do sistema. Já demos o primeiro passo — agora queremos consolidar, registrar na Anvisa e expandir para outras regiões”, afirma Luiz Sérgio. O projeto também se beneficiou da participação no programa Catalisa ICT, iniciativa do Sebrae voltada à aceleração de negócios inovadores de base científica. A jornada ofereceu capacitação em gestão, mentorias e apoio técnico, contribuindo para consolidar o modelo de negócio e viabilizar a implementação do sistema em contexto real. Em paralelo à aplicação prática, o sistema adota rigorosos protocolos de segurança e privacidade, atendendo às exigências da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) e de normativas específicas da área da saúde. Os dados são anonimizados, criptografados e acessíveis apenas por profissionais autorizados, com infraestrutura hospedada em servidores seguros e monitoramento constante. *Com informações da FAPDF

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Dia Mundial do Lúpus chama a atenção para a conscientização sobre a doença

O Dia Mundial do Lúpus, estabelecido em 10 de maio, visa aumentar a conscientização sobre essa doença autoimune crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. O Hospital de Base do DF é uma das unidades da rede pública de saúde que oferecem atendimento especializado a pacientes com lúpus | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília O lúpus provoca inflamação e danos a diversos órgãos, como a pele, as articulações e os rins. Viver com a condição pode ser desafiador, não apenas pelos sintomas debilitantes, mas também pelas dificuldades no diagnóstico e no acesso a tratamentos adequados. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, em 2024, a estimativa era que existiam cerca de 150 mil a 300 mil pessoas com a enfermidade no país. No Distrito Federal, os pacientes com suspeita ou diagnóstico de lúpus têm atendimento prioritário nos serviços de reumatologia no DF, como no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), nos hospitais regionais da Asa Norte (Hran) e de Taguatinga (HRT), no Hospital Universitário de Brasília (HUB), dentre outras unidades de saúde. Para ter acesso aos ambulatórios de reumatologia da Secretaria de Saúde (SES-DF), é necessário ter o encaminhamento da Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência. “É muito bom ver o envolvimento do governo na nossa luta", diz o servidor Fabiano da Silva, ao lado da vice-governadora Celina Leão | Foto: Arquivo pessoal A vice-governadora Celina Leão destaca a importância de chamar a atenção para a doença. “É uma data importante em que reforçamos para a população a importância de buscar o atendimento, que é disponibilizado em nossa rede pública de saúde do DF. Os pacientes não estão sozinhos. Estamos cuidando com carinho, atenção e investimentos para garantir que recebam o acolhimento e os atendimento que merecem”, ressalta Celina. O servidor público Fabiano da Silva conhece de perto os desafios enfrentados por quem convive com o lúpus. Ele já passou por momentos críticos, incluindo uma internação em UTI, e ressalta a importância do engajamento do poder público na causa. [LEIA_TAMBEM]“É muito bom ver o envolvimento do governo na nossa luta. O lúpus ainda é uma doença pouco conhecida por grande parte da pessoas, e isso alimenta muito o preconceito. Há quem pense que é contagiosa apenas pelo toque, o que só aumenta ainda mais a discriminação com quem vive essa realidade”, elogiou. Sintomas e tratamento O lúpus é uma doença de múltiplas faces. Os sintomas podem surgir de forma lenta e progressiva, e afeta diferentes regiões do corpo. Alguns sintomas da doença são fadiga intensa, febre persistente, dores articulares e problemas renais. Em alguns casos, os sintomas podem surgir como dor no peito, causada por inflamações que envolvem o coração e os pulmões. Embora o lúpus ainda não tenha cura, a medicina já dispõe de tratamentos capazes de controlar os sintomas, evitar o avanço da doença e proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes. Entre as opções terapêuticas mais utilizadas estão os antimaláricos, anti-inflamatórios, corticoides, imunossupressores e medicamentos biológicos. *Com informações da Vice-Governadoria 

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Dia Internacional da Luta contra a Endometriose alerta para importância do diagnóstico precoce

Nesta quarta-feira (7), Dia Internacional da Luta contra a Endometriose, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) chama atenção para a necessidade do diagnóstico precoce dessa condição crônica que afeta cerca de 190 milhões de mulheres no mundo, sendo mais de 7 milhões no Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A endometriose pode causar cólicas menstruais intensas, dor durante a relação sexual, dor pélvica crônica e dificuldade para engravidar | Foto: Alberto Ruy/IgesDF De acordo com o Ministério da Saúde, 10% das brasileiras em idade reprodutiva convivem com a doença, que está presente em 40% das pacientes com infertilidade. Entre os principais sintomas estão cólicas menstruais intensas, dor durante a relação sexual, dor pélvica crônica e dificuldade para engravidar. O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), gerido pelo IgesDF, integra a linha de cuidado para mulheres e gestantes. A ginecologista e obstetra do HRSM Kheylla Gonzales destaca que o diagnóstico ainda é um desafio, pois os sintomas variam e, muitas vezes, são confundidos com condições menos complexas: “Além da dor pélvica e dispareunia, em casos menos comuns, a endometriose pode comprometer órgãos como intestino, bexiga e até a cavidade torácica”. [LEIA_TAMBEM]A doença é provocada pela presença do endométrio – tecido que reveste a parede interna do útero – em outras regiões do corpo, como ovários, intestino e bexiga. Existem três formas clínicas: superficial, ovariana (endometriomas) e profunda. O tratamento depende da gravidade do caso e pode incluir medicamentos para controle dos sintomas, cirurgia para retirada das lesões e acompanhamento especializado em fertilidade.  “O diagnóstico precoce e o suporte multidisciplinar são fundamentais para preservar a qualidade de vida das pacientes e evitar complicações”, afirma a médica. Dados recentes do Ministério da Saúde apontam um aumento de 76,2% nos atendimentos pelo SUS relacionados à endometriose nos últimos três anos, reflexo da maior conscientização e procura por tratamento. O exame ginecológico, a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal e a ressonância magnética com contraste são os principais métodos para confirmação e estadiamento da doença. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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Câncer colorretal: quase 2 milhões de novos casos são diagnosticados anualmente no mundo

A campanha Março Azul-Marinho visa conscientizar a população sobre o câncer colorretal, o terceiro tipo de neoplasia (tumor) mais frequente no mundo e o segundo que mais mata: 900 mil mortes por ano. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 1,9 milhão de novos casos são diagnosticados anualmente. Apesar do cenário, o chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan) da Secretaria de Saúde (SES-DF), Gustavo Ribas, ressalta que a doença pode ser evitada. “A prevenção atinge até 40% de redução do risco de óbito nos pacientes diagnosticados precocemente com esse tipo de câncer”, afirma. Dados mais recentes do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que, em 2023, o Distrito Federal registrou 710 novos casos da doença, com uma taxa de 22,5 ocorrências a cada 100 mil habitantes. Em todo o Brasil, o número estimado de casos é de 45,6 mil neste ano. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 1,9 milhão de novos casos são diagnosticados anualmente | Foto: Divulgação/Ebserh Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer colorretal ocupa a terceira posição entre os tipos de câncer mais frequentes no País. Como o nome sugere, a região afetada compreende o cólon e o reto, situados na parte final do intestino grosso. Praticar atividades físicas e manter uma dieta balanceada são, segundo Ribas, fundamentais para impedir a ocorrência de neoplasias em geral. O especialista da SES-DF também recomenda realizar consultas médicas de rotina – para localizar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência e marcar uma visita, basta acessar o Portal InfoSaúde e digitar o CEP. Sintomas Em seu início, a doença pode não apresentar sintomas. No entanto, deve-se estar atento aos seguintes sinais: presença de sangue nas fezes, cólica e desconforto em diferentes locais do abdômen ou em todo o abdômen, dores ao evacuar, alteração do hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre), falta de apetite, anemia e perda de peso inexplicável, sem uma causa aparente. Grupos de risco Alguns dos principais fatores de risco são: idade acima de 50 anos, sedentarismo, excesso de gordura corporal (sobrepeso e obesidade), abuso de álcool, tabagismo e maus hábitos alimentares – como o baixo consumo de fibras (verduras, leguminosas e frutas) e uma alta ingestão de carnes processadas, comumente conhecidas como embutidos (salsicha, bacon, presunto e peito de peru, por exemplo). Comer carne vermelha em excesso – mais de 500 gramas por semana – é outro motivo atribuído a maiores chances de desenvolver o câncer colorretal. A probabilidade é mais alta também em pacientes com histórico familiar de câncer colorretal, ou que já tiveram câncer de intestino, ovário, útero ou mama. São mais suscetíveis, ainda, pessoas com síndromes inflamatórias do intestino (como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn) há mais de dez anos, ou que tenham certas doenças hereditárias, tais como a polipose adenomatosa familiar (FAP) e o câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC). Outro fator de risco consiste na exposição ocupacional à radiação ionizante (como raios-X e gama). Nesse sentido, profissionais da radiologia médica, forense e industrial, por exemplo, devem ter cuidados redobrados ao exercer suas atividades e realizar exames de rotina com mais frequência *Com informações da Secretaria de Saúde l (SES-DF)

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Campanha Janeiro Roxo alerta para importância do diagnóstico precoce de hanseníase

Dados da Secretaria de Saúde (SES-DF) indicam que os casos de hanseníase diminuíram nos últimos três anos no Distrito Federal. Foram registradas 108 ocorrências em 2024. O número é 29,4% menor que os 153 casos registrados em 2022. Em 2023 foram 130 registros da doença. Apesar da diminuição, o Brasil é o segundo país do mundo com a maior ocorrência de casos, segundo o Ministério da Saúde (MS). Com o objetivo de conscientizar a população e os profissionais de saúde, o mês de janeiro levanta atenção para o diagnóstico precoce da doença, fundamental para uma boa recuperação. Sintomas mais comuns da hanseníase incluem manchas com sensibilidade, caroços vermelhos e diminuição do suor e dos pelos do corpo | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Atualmente, a Estratégia Global de Hanseníase 2021-2030, da Organização Mundial da Saúde (OMS), visa interromper a transmissão e alcançar a meta de zero casos. A subnotificação e o atraso do diagnóstico podem levar a sequelas a longo prazo. “O Janeiro Roxo coloca a doença em evidência e desperta a atenção da população para eventuais sintomas e lesões para os quais não haviam procurado assistência, geralmente por não achar que fosse algo importante”, enfatizou a Referência Técnica Distrital em dermatologia da SES-DF, Ana Carolina Igreja. “Também desperta nos próprios profissionais um alerta para a doença”, completou. A principal forma de transmissão é por via aérea – como gotas de saliva – provenientes de um contato prolongado com algum portador não diagnosticado e não tratado Sintomas A hanseníase, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, é uma doença que atinge pessoas de ambos os sexos e de todas as faixas etárias. Ela pode apresentar evolução lenta e progressiva e, quando não tratada, pode causar sequelas como deformidades e incapacidade físicas, e comprometer os nervos periféricos, extremidades e a pele. A principal forma de transmissão é por via aérea – como gotas de saliva – provenientes de um contato prolongado com algum portador não diagnosticado e não tratado. A especialista da SES-DF explica que o diagnóstico tardio decorre, muitas vezes, da negligência aos sintomas, que podem ser confundidos com outras doenças. “Os sinais mais comuns são manchas com sensibilidade alterada. Mas nódulos eritematosos [caroços vermelhos, dolorosos e inchados], áreas com alteração de sensibilidade, áreas com diminuição sudorese [suor] e pilificação [pelos no corpo] também são sintomas frequentes”, detalhou. Tratamento A doença tem cura e o tratamento, padronizado pelo MS, é realizado por meio da associação de três antimicrobianos, denominada de Poliquimioterapia Única (PQT). O tempo pode variar de seis a 12 meses, de acordo com a forma clínica da doença. No DF, o atendimento às suspeitas é feito pelas unidades básicas de saúde (UBSs), que encaminham os casos em que haja necessidade aos serviços de referência – no Centro Especializado de Doenças Infecciosas (Cedin), no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e no Hospital Universitário de Brasília (HUB). *Com informações da SES-DF

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Dia Mundial de Combate à Aids: A importância do diagnóstico precoce

Neste domingo (1º), Dia Mundial de Combate à Aids, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) destaca a oferta de testes disponíveis à população. Em qualquer uma das 176 unidades básicas de saúde (UBSs), é possível realizar o exame e, em caso de infecção, o paciente é encaminhado imediatamente para tratamento. Estão disponíveis para a população testes para detecção do HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF “Diagnóstico e tratamento precoces formam uma estratégia crucial na prevenção de novos casos de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e de adoecimento por aids”, aponta a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES-DF, Beatriz Maciel Luz. A especialista reforça que viver com HIV não é a mesma coisa que ter aids, pois pode ocorrer a contaminação sem o desenvolvimento da doença, caracterizada pelo enfraquecimento do sistema imunológico. Ainda assim, iniciativas como o uso de preservativos em todas as relações continuam sendo indicadas. “Com a detecção precoce e o início imediato do tratamento, o benefício é tanto individual – no qual a pessoa infectada pode controlar o HIV e não adoecer – quanto coletivo, pois o indivíduo em tratamento permanecerá com uma carga viral tão baixa no organismo que se impossibilita a transmissão”, explica a gerente. Na rede pública de saúde do DF, o acolhimento humanizado é uma das principais estratégias para o enfrentamento à aids | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Acolhimento A coordenadora de Atenção Primária à Saúde (Coaps) da SES-DF, Sandra França, destaca o atendimento oferecido para quem busca a testagem nas UBSs. “Muitas barreiras, como o medo e o estigma, são quebradas por meio de um acolhimento humanizado e informações claras. Fazer o teste é um ato de coragem e amor próprio, que permite acessar o tratamento rapidamente, caso o resultado seja positivo”, lembra. Os pacientes diagnosticados são encaminhados às policlínicas e ao Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin). Na rodoviária do Plano Piloto, também há a Unidade de Testagem, Aconselhamento e Imunização (Utai), especializada no diagnóstico do HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A SES-DF distribui preservativos em suas UBSs e em eventos | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF A oferta de tratamento permitiu reduzir o número de pessoas com aids no DF: eram 260 em 2020, 253 em 2021, 229 em 2022 e 223 em 2023. Os dados da SES-DF mostram ainda uma constância no número de pessoas com HIV: eram 815 em 2019 e 811 em 2023. Os quantitativos constam na mais recente atualização do boletim epidemiológico divulgado pela pasta. Já neste ano, os dados registrados de janeiro a novembro mostram 727 pessoas com HIV e 136 com aids. Entre as terapias disponibilizadas pela SES-DF, estão também a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) – indicada a pessoas que vivem em situação de maior vulnerabilidade ao HIV – e a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP), para casos de contato com o vírus: relações sem proteção, casos de violência sexual ou acidentes ocupacionais, especialmente para profissionais de saúde, tanto da rede pública quanto da privada. Mais informações estão disponíveis no site da SES-DF. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Câncer bucal é o oitavo tipo mais frequente no Brasil; saiba prevenir e diagnosticar a doença

Apesar de ainda pouco conhecido por grande parte da população, o câncer de boca já é o oitavo mais frequente no Brasil. Segundo os dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), até 2025, a previsão é de que mais de 15 mil pacientes sejam diagnosticados com a doença, sendo a maior prevalência em homens. No Distrito Federal, a estimativa é de que mais de 50 novos casos sejam identificados no período. O câncer de boca é o oitavo mais frequente no Brasil; até 2025, mais de 50 novos casos devem ser identificados no DF | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília A doença costuma atingir pacientes fumantes crônicos a partir dos 45 anos, com maior prevalência entre os 50 anos e 60 anos. Além do tabagismo, o consumo excessivo de bebida alcoólica combinado com o cigarro, a exposição crônica à radiação solar e ao papilomavírus humano (HPV) são outros fatores de risco do câncer da cavidade oral. “O maior fator de risco é o tabaco. Estudos mostram que mais de 90% dos pacientes com o carcinoma de células escamosas eram tabagistas crônicos. Por isso, é mais encontrado em homens, que consomem mais cigarro. Mas também temos identificado nos últimos dez anos um aumento também nas mulheres”, revela o estomatologista da Secretaria de Saúde (SES-DF) Eliziário Cesar Leitão. Assim como outros tipos de carcinoma, o câncer bucal é identificado inicialmente pelo autoexame. São sintomas de alerta: lesões na cavidade oral, incluindo gengivas, bochechas, lábios, céu da boca e língua, que não cicatrizam por mais de 15 dias sem um fator causal aparente. Manchas ou placas vermelhas ou esbranquiçadas também são doenças da cavidade oral potencialmente malignas. “Toda ferida na boca que não cicatriza merece atenção. A porta de entrada para a identificação é a unidade básica de saúde [UBS]”, explica Leitão. A partir do primeiro atendimento na UBS, o cidadão pode ser encaminhado para um dos Centros de Especialidade Odontológica (CEOs) do Distrito Federal para diagnóstico clínico e biópsia. Ao todo, o DF conta com 13, localizados nos hospitais do Gama, Santa Maria, Guará, Taguatinga, Ceilândia, Materno Infantil de Brasília, Leste e Sobradinho, na Unidade Mista de Saúde de Taguatinga, na Unidade Básica de Saúde 11 de Ceilândia, na Asa Sul e na Policlínica de Planaltina. A partir do diagnóstico, o paciente é encaminhado para o tratamento, que consiste na cirurgia de retirada do carcinoma, normalmente seguida da radioterapia. O índice de óbito ainda é considerado alto de 43% a 45%. “O grande problema é o diagnóstico tardio. Muitas vezes quando o paciente procura o atendimento ele já está com um carcinoma com quatro centímetros. Por isso, é importante destacarmos dois tipos de prevenção: o abandono do cigarro e o autoexame. É preciso que as pessoas façam essa observação da boca”, comenta o estomatologista. Arte: Agência Brasília Conscientização Instituída em 2015 pela Lei nº 13.230, a Semana Nacional de Prevenção ao Câncer Bucal é celebrada anualmente na primeira semana de novembro. O objetivo é estimular ações preventivas e campanhas educativas relacionadas à doença; promover debates e outros eventos sobre políticas públicas de atenção integral aos pacientes com câncer bucal; apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol do controle; e difundir os avanços técnico-científicos relacionados ao câncer bucal.

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Hospital da Criança atualiza protocolo de neutropenia febril

Profissionais do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) participaram do movimento Hora Dourada, voltado à ação da equipe em casos de neutropenia febril – febre em crianças que estão em tratamento oncológico. Os funcionários de diferentes áreas da unidade passaram por treinamentos para se atualizar quanto ao novo protocolo do HCB, que busca o diagnóstico precoce dos casos e ação em tempo adequado. A diretora executiva da unidade, Valdenize Tiziani, reforça que o hospital sempre foi atento aos cuidados com neutropenia febril, visto que o quadro pode levar a óbito | Foto: Maria Clara Oliveira/Ascom HCB A neutropenia febril desperta cuidados porque, tanto pela doença quanto pelo próprio tratamento, os pacientes não contam com células de defesa contra infecções. “As crianças em quimioterapia são imunossuprimidas, chegam a ficar com zero neutrófilos. Quando são acometidas por algum processo infeccioso, a cada minuto a quantidade de bactérias se multiplica de forma exponencial”, explica a diretora técnica do HCB, Isis Magalhães. Segundo ela, a infecção pode se tornar uma sepse – por isso é importante intervir com agilidade, evitando o agravamento do quadro. De acordo com a diretora técnica do HCB, Isis Magalhães, a neutropenia febril desperta cuidados porque, tanto pela doença quanto pelo próprio tratamento, os pacientes não contam com células de defesa contra infecções O protocolo de neutropenia febril do HCB foi atualizado para garantir que crianças com câncer, ao apresentarem febre (temperatura acima de 38,3ºC) em casa, sejam atendidas mais rapidamente e recebam a primeira dose de antibiótico até 60 minutos depois da primeira avaliação clínica no hospital. Como o HCB não tem serviço de emergência, os pacientes da oncologia contam com o “cartão vermelho”: metodologia para sinalização das condições de risco e controle de acesso dessas crianças à assistência especializada em saúde, permitindo que elas acessem a unidade em qualquer dia ou horário. Ao sentir febre em casa, a criança em tratamento de quimioterapia deve comparecer ao HCB com o cartão vermelho, para dar início ao protocolo. A meta nacional é de que 70% dos pacientes onco-hematológicos pediátricos com neutropenia febril recebam o tratamento na primeira hora. Como o Hospital da Criança de Brasília já ultrapassa esse índice, o objetivo no HCB é de que, até março de 2025, o índice chegue a 90%. Por isso, todos os profissionais envolvidos no atendimento, iniciando com os funcionários das recepções do HCB, foram envolvidos no movimento Hora Dourada. A diretora executiva da unidade, Valdenize Tiziani, reforça que o hospital sempre foi atento aos cuidados com neutropenia febril, visto que o quadro pode levar a óbito. “As equipes estão muito sensibilizadas para isso, porém sempre temos a oportunidade de melhorar mais; o Hospital da Criança de Brasília tem, em seu DNA, a questão da melhoria contínua. Esse projeto nos coloca pari passu com os melhores centros do mundo e temos que chegar com indicadores semelhantes”, afirma Tiziani. *Com informações do HCB

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DF é pioneiro no país na oferta de exame genético de detecção do câncer de mama no SUS

O Distrito Federal é a primeira unidade da Federação a integrar o exame genético para detectar câncer de mama, ovários e outros tumores hereditários no Sistema Único de Saúde (SUS). O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio de projeto-piloto da Secretaria de Saúde (SES-DF), oferecerá o painel de genes de forma gratuita à população, e, caso seja verificada alguma alteração molecular, o paciente terá acesso a um programa personalizado de acompanhamento para prevenção e diagnóstico precoce da neoplasia a qual é suscetível. O exame será realizado pelo Laboratório de Biologia Molecular da Unidade de Genética (Ugen) do Hospital de Apoio de Brasília (HAB). O assessor técnico Claudiner Oliveira ressalta que os pacientes “terão a oportunidade de ter o laudo genético da doença e condutas preventivas direcionadas ao caso de cada um” | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília A medida cumpre a Lei nº 6.733, sancionada em novembro de 2020, que dispõe sobre a obrigatoriedade da rede de hospitais da SES-DF assegurar a realização do teste de mapeamento genético às mulheres com elevado risco de desenvolver câncer de mama. Outros quatro estados dispõem de leis que também estabelecem a realização do painel genético para câncer hereditário – Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Amazonas. No entanto, apenas o Distrito Federal integrou o mapeamento no SUS e é o único a oferecer programa completo de prevenção e tratamento personalizado e gratuito ao paciente. “Ao detectar o risco com antecedência, podemos diminuir o número de casos e os danos provocados pela doença, tanto para o bem-estar da paciente como economicamente, diminuindo os custos para o Estado” Claudiner Oliveira, assessor técnico do Laboratório de Biologia Molecular da Unidade de Genética do HAB A vice-governadora Celina Leão destaca a importância do pioneirismo brasiliense: “Promover o diagnóstico precocemente é fundamental para as chances de cura. O câncer de mama é o que mais acomete mulheres no Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma. São esperados mais de 73 mil novos casos de câncer de mama até 2025 e 18 mil mortes. Muitas destas mortes poderiam ser evitadas e com esse exame, damos um passo importante na prevenção e tratamento da doença.” O chefe da Unidade de Genética do HAB, Gerson da Silva Carvalho, explica que o câncer está presente na história familiar de 5% a 20% dos pacientes diagnosticados com a neoplasia. A predisposição à doença, quando não identificada, pode resultar no surgimento de um ou mais tumores relacionados às alterações moleculares. “Até então, o paciente precisava arcar com o exame genético, já que não era disponibilizado pelo serviço público. Agora, em um momento tão especial como o Outubro Rosa, anunciamos que o painel de genes para câncer hereditário está disponível no SUS do Distrito Federal, algo que não ocorre em nenhum outro lugar do país”, salienta. Mapeamento Exame genético detecta o risco de câncer de mama com antecedência, contribuindo para diminuir o número de casos e os danos provocados pela doença Para dar início à testagem gratuita, foram realizados processos de cadastramento, planejamento e construção da rotina de testagem. Houve também a aquisição de equipamento sequencial de nova geração e dos insumos necessários ao serviço com investimento na ordem de R$ 600 mil, oriundos do orçamento da SES-DF. A máquina faz a leitura das bases químicas do DNA de cada paciente e fornece os dados em formato de arquivo para que sejam analisados pela equipe de genética. Neste ano, a previsão é que sejam atendidas 240 mulheres encaminhadas por especialistas da rede pública de saúde. As cidadãs passarão pela coleta de material genético e, após o resultado, se identificada a susceptibilidade às doenças, haverá a elaboração de programas de acompanhamento do organismo por meio de exames regulares de imagem e bioquímicos. “Assim poderemos fazer o diagnóstico precoce do câncer, evitando a morte e propondo a cura”, frisa o chefe da Unidade de Genética. Segundo o assessor técnico do Laboratório de Biologia Molecular da Unidade de Genética do HAB, Claudiner Oliveira, o sequenciamento genético pode levar até 60 dias para ser concluído. O processo de análise do DNA envolve várias etapas, desde a análise de genes específicos até a emissão de um laudo que combina os dados genéticos e o histórico clínico da paciente. “Essas pessoas terão a oportunidade de ter o laudo genético da doença e condutas preventivas direcionadas ao caso de cada um”, esclarece. “Nós não estamos tratando o tumor, estamos tratando a prevenção. Hoje as mulheres já chegam comprometidas e, às vezes, com o câncer em um estado muito avançado”, observa o assessor técnico. “Ao detectar o risco com antecedência, podemos diminuir o número de casos e os danos provocados pela doença, tanto para o bem-estar da paciente como economicamente, diminuindo os custos para o Estado.” Treinamento Na sexta-feira (18), os servidores do Laboratório de Biologia Molecular concluíram um treinamento para garantir um processo padronizado e eficiente de sequenciamento genético. As atividades envolveram médicos geneticistas, biólogos e biomédicos. “A capacitação nos ajuda a identificar alterações que podem auxiliar na prevenção ou no diagnóstico precoce, garantindo um acompanhamento eficaz dessas mulheres”, explicou o médico geneticista do HAB, David Uchoa. Uma das participantes foi a auxiliar de Patologia Clínica Carolina Amaro, que definiu o exame como um grande avanço no SUS. “Trabalhar com sequenciamento genético para prevenção do câncer é incrível. Ver essa tecnologia chegar é um progresso enorme para a saúde pública”, disse.

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Dia Mundial da Osteoporose alerta para a importância da prevenção

O Dia Mundial da Osteoporose, celebrado neste domingo (20), destaca a importância da prevenção e do diagnóstico precoce com o objetivo de evitar complicações. A doença afeta cerca de 10 milhões de brasileiros, mas 80% dessas pessoas não sabem que têm a doença. Com uma média de 200 mil mortes anuais relacionadas a fraturas, a condição é silenciosa e só se torna perceptível após uma fratura ou compressão óssea, especialmente em idosos. No Distrito Federal, a Secretaria de Saúde realizou 27 mil atendimentos de reumatologia em 2024. Pacientes com osteoporose apresentam fragilidade nos ossos e passam a sofrer com fraturas mesmo em situações de baixo risco | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF A osteoporose é caracterizada pela perda progressiva de massa óssea, o que enfraquece os ossos e os torna suscetíveis a fraturas. Embora atinja principalmente os idosos, a doença também pode afetar crianças, adolescentes e jovens adultos. De acordo com o reumatologista Rodrigo Aires, Referência Técnica Distrital na área, a doença avança sem sintomas, até que uma fratura ou achatamento vertebral ocorra subitamente. “Às vezes, basta um movimento brusco para o osso enfraquecido ceder”. Arte: Divulgação/SES-DF De acordo com o especialista, aproximadamente 50% das mulheres e 20% dos homens com 50 anos ou mais terão uma fratura osteoporótica ao longo da vida. “O diagnóstico da osteoporose é feito por meio de avaliação clínica, exames de imagens e laboratoriais. Durante a consulta, o especialista identifica o histórico familiar, fraturas anteriores, bem como o uso de medicamentos que possam afetar a saúde dos ossos”. Além disso, exames complementares podem auxiliar no diagnóstico. Prevenção A prevenção da osteoporose deve começar na infância. Vários fatores podem influenciar a saúde dos ossos, como questões genéticas, nutricionais, hormonais e estilo de vida. Sem tratamento, a osteoporose pode reduzir drasticamente a qualidade de vida. Novos aparelhos de raios-X adquiridos pela SES-DF facilitam a detecção precoce de doenças ósseas, como a osteoporose | Foto: Alexandre Álvares/Agência Saúde-DF “A osteoporose causa dor e limita a mobilidade. Com menos movimento, os ossos descalcificam ainda mais, agravando o problema”, explica o reumatologista da SES. Por isso, Aires destaca a importância da prática de exercícios: “A força exercida pelos músculos sobre os ossos aumenta a densidade mineral óssea. Além disso, a atividade física regular melhora o equilíbrio e a resistência muscular, ajudando a prevenir quedas”. A prevenção da osteoporose inclui uma dieta rica em cálcio e vitamina D, além de hábitos saudáveis. “Recomenda-se a ingestão de 1.000 a 1.200 mg de cálcio por dia, com doses ajustadas para situações especiais como gravidez ou distúrbios intestinais. A vitamina D, essencial para a saúde óssea, deve ser consumida na dose de 800 a 1.000 UI por dia, ou até 2.000 UI para idosos”, afirma. A vitamina K2 também tem ganhado destaque, especialmente por sua presença em alimentos fermentados. Juntos, esses nutrientes ajudam a fortalecer os ossos e a reduzir o risco de fraturas. Tratamento Importante destacar que vários medicamentos para tratamento da osteoporose estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Para obter, o paciente deve comparecer a um estabelecimento credenciado, identificado pela logomarca do programa Farmácia Popular, e apresentar documento oficial com foto e número do CPF. Também é necessário apresentar a receita médica dentro do prazo de validade, tanto do SUS quanto de serviços particulares. A Secretaria de Saúde do DF tem investido em novos equipamentos de diagnóstico, como os 38 aparelhos móveis de raios-X entregues à rede pública. Esses aparelhos facilitam a detecção precoce de doenças ósseas, como a osteoporose, e reduzem a necessidade de exames mais caros, como tomografia e ressonância, além de agilizar o atendimento nos serviços de emergência. *Com informações da SES-DF  

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Palácio do Buriti é iluminado com a cor rosa para alertar sobre o câncer de mama

Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, a fachada do Palácio do Buriti está iluminada com a cor rosa. A medida é realizada anualmente na sede do Executivo local por ordem da Casa Militar, em celebração ao Outubro Rosa. Outros monumentos também receberam uma nova iluminação neste mês, como a Torre de TV e a Arena BRB Mané Garrincha. A fachada do Palácio do Buriti está iluminada com a cor rosa como objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Dados do Instituto Nacional de Câncer revelam que mais de 73 mil casos novos de câncer de mama serão registrados no Brasil neste ano, sendo considerada a neoplasia o que mais acomete mulheres no país. Segundo especialistas, o melhor caminho para a redução de registros da doença é a detecção precoce e a prevenção primária, por meio da divulgação de informações sobre o tema, exames de rotina e cuidados com a saúde. “O Outubro Rosa é um movimento de esperança, educação e empoderamento. O sucesso desta campanha depende do compromisso contínuo de todos nós” Celina Leão, vice-governadora Em 2023, o governador Ibaneis Rocha sancionou a Lei nº 7.237/2023, (define prioridades para exames de mamografia no DF) que estabelece uma lista de prioridades para a realização de mamografias na rede pública. A legislação determina que mulheres a partir de 40 anos que possuem histórico familiar de câncer de mama ou nódulos devem ser atendidas com prioridade. A celeridade vale também para quem necessita de avaliações periódicas, faz tratamento contra o câncer ou precisa de urgência conforme determinação médica. “O Outubro Rosa é um movimento de esperança, educação e empoderamento. O sucesso desta campanha depende do compromisso contínuo de todos nós”, salienta a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão. “A campanha é uma comemoração da vida, é a lembrança sobre a importância do acolhimento, do autocuidado e do amor próprio. Lembre-se: o diagnóstico precoce salva”, complementa a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a iluminação de equipamentos públicos, assim como a realização de bate-papos com mulheres e eventos sobre o tema são ações essenciais para cuidar da população. “As campanhas têm o poder de transformar a sociedade, promovendo equidade de gênero, valorizando a diversidade e reforçando o respeito aos direitos humanos. Essa iniciativa do GDF é um passo importante na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todas as mulheres possam viver com dignidade e bem-estar”, observa. Prevenção As unidades básicas de saúde (UBSs) são a porta de entrada para acompanhamento e tratamento da doença. A paciente passa por avaliação e, havendo a indicação, é encaminhada para a realização da mamografia na rede, por meio do sistema de regulação. Depois, com o resultado do exame em mãos, ela deve retornar à UBS para ser atendida pela equipe de saúde. Os sinais de alerta do câncer de mama incluem aparecimento de nódulos, alterações na pele da mama, secreções mamárias, dores nos seios ou assimetria mamária. Vigilância constante e acesso facilitado à mamografia são fundamentais na luta contra a doença.

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Campanha De Olho nos Olhinhos alerta para casos de retinoblastoma

A terceira edição da campanha De Olho nos Olhinhos começou nesse sábado (21) com o objetivo de conscientizar a população sobre os sintomas do retinoblastoma, o tipo mais comum de câncer ocular em crianças de 0 a 5 anos. Com alcance nacional, a mobilização teve início em um shopping no centro de Brasília, contando também com a participação de outras 30 cidades brasileiras. A campanha nacional De Olho nos Olhinhos visa conscientizar a população sobre os sintomas do retinoblastoma, o tipo mais comum de câncer ocular em crianças de 0 a 5 anos | Fotos: Divulgação/ Agência Saúde-DF “Ainda há um desconhecimento generalizado sobre a doença”, explica a oftalmologista pediátrica do Hospital da Criança, Isabela Porto. “Por isso, reforçamos a importância dos exames oftalmológicos de rotina, mesmo em crianças assintomáticas, pois o retinoblastoma muitas vezes é silencioso.” “A leucocoria, um reflexo branco no olho da criança, é um indicativo comum de retinoblastoma e muitas vezes é perceptível em fotos tiradas com flash” Isabela Porto, oftalmologista pediátrica do Hospital da Criança A campanha é promovida pela Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças com Câncer e Hemopatias (Abrace), em parceria com o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). O grupo de voluntários Doutores do Riso animou a ação, atraindo as famílias que circulavam pelo local. Um dos destaques do evento foi a introdução do mascote Flash, um gato que simboliza um dos sintomas da doença: o reflexo ocular conhecido como “olho de gato” – o mascote aparece nas cartilhas e materiais distribuídos ao público e à comunidade médica. O diagnóstico precoce do retinoblastoma é fundamental por diversas razões. Em estágios iniciais, as chances de cura aumentam significativamente, e os tratamentos são menos invasivos, com a quimioterapia focal, por exemplo, que visa preservar o olho e a visão. “Os próprios familiares podem identificar possíveis sinais. A leucocoria, um reflexo branco no olho da criança, é um indicativo comum de retinoblastoma e muitas vezes é perceptível em fotos tiradas com flash”, explica a médica. “Reforçamos a importância dos exames oftalmológicos de rotina, mesmo em crianças assintomáticas, pois o retinoblastoma muitas vezes é silencioso”, alerta a oftalmologista pediátrica do Hospital da Criança, Isabela Porto A oncopediatra e diretora técnica do Hospital da Criança de Brasília, Isis Magalhães, ressalta que o prognóstico é mais favorável quando o tumor é diagnosticado enquanto ainda está confinado ao globo ocular. No entanto, em casos de diagnóstico tardio, com comprometimento de estruturas extraoculares, o tratamento envolve quimioterapia sistêmica intensiva, e o prognóstico se torna mais reservado. “Vale destacar que alguns casos de retinoblastoma estão relacionados à síndrome de predisposição genética ao câncer. O acompanhamento regular pode ser essencial para a detecção precoce de tumores secundários. É importante também realizar exames oftalmológicos em irmãos menores de 5 anos”, acrescenta Isis. O HCB, referência no tratamento de câncer em crianças pequenas, registra cerca de 200 novos casos de câncer por ano, dos quais entre 4 a 6 são de retinoblastoma. A campanha “De Olho nos Olhinhos” foi idealizada pelos jornalistas Daiana Garbin e Tiago Leifert, após a filha do casal, Lua, então com apenas 11 meses, ser diagnosticada com a doença. A ação visa alertar os pais e profissionais de saúde para ajudar na identificação dos sintomas da doença.

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Ação neste sábado (21) alerta sobre câncer raro na região ocular

O retinoblastoma é um tumor maligno que se origina nas células da retina, sendo o câncer ocular mais comum na infância. Embora seja raro, sua detecção precoce é fundamental para o tratamento eficaz e a preservação da visão e da vida da criança. De acordo com o Ministério da Saúde, esse tipo de câncer representa cerca de 3% dos casos infantis no Brasil. No Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), onde são registrados 200 novos casos de câncer por ano, são notificados de quatro a seis casos de retinoblastoma. No ano passado, a campanha De Olho nos Olhinhos também passou pelo Conjunto Nacional para alertar a população sobre o retinoblastoma | Foto: Divulgação/ HCB Neste sábado (21), a Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças com Câncer e Hemopatias (Abrace) e o HCB realizarão a campanha De Olho nos Olhinhos, uma ação de conscientização sobre a doença, no Shopping Conjunto Nacional, a partir das 11h. Médicos e alunos de medicina das Ligas Acadêmicas de Oncologia Pediátrica participarão distribuindo material informativo e conversando com o público sobre o câncer ocular. Também haverá atividades para as crianças. O diagnóstico precoce da doença é crucial por várias razões. Quando identificada em estágios iniciais, as chances de cura são significativamente maiores. Nesses casos, é possível utilizar tratamentos menos invasivos, como a quimioterapia ou a terapia focal, que visam preservar o olho e a visão. Em estágios mais avançados, pode ser necessário recorrer à enucleação (remoção do olho afetado), e as chances de metástase e complicações aumentam consideravelmente, como esclarece a oncopediatra e diretora técnica do Hospital da Criança de Brasília, Isis Magalhães. Arte: Divulgação/ HCB “Esse tumor acomete as crianças na primeira infância, com menos de 2 anos. O prognóstico é bom quando o tumor é detectado no desenvolvimento, ainda dentro do globo ocular. No entanto, se o diagnóstico é tardio e ocorre o acometimento de estruturas extraoculares, o prognóstico é mais sombrio e os tratamentos precisam do uso de quimioterapia sistêmica intensiva. Por isso, é importante alertar para os possíveis sinais de retinoblastoma. A Sociedade Brasileira de Pediatria preconiza que toda criança faça um exame oftalmológico até os 6 meses de vida”, ressalta a pediatra. A leucocoria, condição ocular que se caracteriza por um reflexo branco nas pupilas, também conhecida como “olho de gato”, é o sinal mais comum do retinoblastoma. Outros sinais e sintomas menos comuns da doença incluem estrabismo, diminuição da visão, movimentos irregulares dos olhos, dor nos olhos, vermelhidão da parte branca do olho, abaulamento dos olhos e cor diferente de cada íris. O presidente da Abrace, Alexandre Alarcão, reforça a importância do diagnóstico precoce para minimizar os danos à saúde da criança e o impacto do tratamento. “Identificar o tumor em uma fase inicial pode reduzir o estresse associado ao tratamento da doença, principalmente nos estágios mais agressivos, e as incertezas quanto ao prognóstico. Descobrir cedo possibilita que a criança tenha uma melhor qualidade de vida, com menor risco de complicações a longo prazo”, finaliza. A campanha De Olho nos Olhinhos foi idealizada pelos jornalistas Daiana Garbin e Tiago Leifert, após a filha do casal, Lua, de apenas 11 meses, ser diagnosticada com a doença. A ação visa alertar os pais e profissionais de saúde para ajudar na identificação dos sintomas da doença. De Olho nos Olhinhos • Data – Sábado (21) • Hora – Das 11h às 17h • Local – Shopping Conjunto Nacional *Com informações do Hospital da Criança de Brasília José Alencar  

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Campanha Julho Amarelo promove conscientização sobre o câncer ósseo

Julho é o mês de conscientização sobre o câncer ósseo, uma doença que pode levar à amputação de membros e até ao óbito, atingindo principalmente crianças, adolescentes e idosos. Quando diagnosticado precocemente, esse tipo de câncer tem uma taxa de cura de até 70%. Por isso, especialistas alertam sobre a importância de se atentar aos sinais que podem indicar a presença do tumor. É importante investigar dores que acometem os ossos, mesmo após uma queda, destaca o oncologista do Hospital da Criança de Brasília (HCB), José Antônio Feitosa | Foto: Maria Clara Oliveira/HCB Sintomas como dor persistente nos ossos, inchaço ou sensibilidade indicam a necessidade de investigação médica mais aprofundada. Muitas vezes, esses sinais são confundidos com lesões esportivas ou dores de crescimento, o que pode atrasar o diagnóstico. É importante investigar as dores que acometem os ossos, mesmo após uma queda, explica o oncologista infantil do Hospital da Criança de Brasília (HCB) e integrante do grupo de estudos de tumores ósseos da unidade, José Antônio Feitosa. “Normalmente o paciente apresenta uma massa na perna ou no braço, um endurecimento doloroso que o faz despertar a noite e que não melhora com analgesia comum. Também pode ter sinais de inflamação como febre e suor noturno.” “O câncer ósseo corresponde a 6% de todos os cânceres na pediatria. Para fazer o diagnóstico de uma doença rara, é preciso conhecer os sintomas. Então, essa campanha é importante para fornecer informações de qualidade para as pessoas que atendem nossas crianças e adolescentes” José Antônio Feitosa, oncologista infantil do HCB Esse foi o caso de Samuel Henrique, conhecido como Samuka, bailarino de 27 anos, que aos 13 precisou amputar a perna direita após descobrir um tumor ósseo, mais especificamente, o Sarcoma de Ewing. “Eu sentia umas dores na perna e inicialmente o médico achou que eu provavelmente tinha machucado jogando bola. Engessei a perna e fui pra casa. Mas aí a perna ficou inchada, então fui ao hospital de novo e fizeram outros exames para investigar a presença do câncer”, explicou o jovem. Após a amputação do membro e a finalização do tratamento feito com quimio e radioterapia, Samuka encontrou uma nova paixão: o breakdance. Ele começou a dançar com um grupo que se reunia no Centro de Ensino Médio (CEM) 111, do Recanto das Emas, e aos poucos passou a se envolver mais com a arte e a participar de competições. Hoje, o jovem está conquistando o mundo com o seu talento: além de integrar o elenco de uma grande companhia de dança francesa, ele já foi campeão mundial de breakdance e encantou os jurados do famoso reality show estadunidense America’s Got Talent, se tornando semifinalista ao prêmio de 1 milhão de dólares. A dança mudou a vida de Samuka: “assim que amputei minha perna, eu só queria ser invisível. Mas aí o breaking fez totalmente o contrário: quero mais é ser visível mesmo e ganhar o mundão!” No HCB, pacientes realizam tratamento multidisciplinar com oncologista, fisioterapeuta, ortopedista, terapeuta ocupacional, nutricionista e psicólogo | Foto: Isabela Graton/Agência Saúde-DF Histórias como a de Samuka mostram a importância de investigar mais a fundo as dores sentidas por crianças e adolescentes, mesmo quando elas parecem comuns. Por isso, campanhas como o Julho Amarelo, que visam conscientizar não apenas a população, mas também os profissionais da saúde, são tão importantes. “O câncer ósseo corresponde a 6% de todos os cânceres na pediatria. Para fazer o diagnóstico de uma doença rara, é preciso conhecer os sintomas. Então, essa campanha é importante para fornecer informações de qualidade para as pessoas que atendem nossas crianças e adolescentes”, ressaltou o oncologista do HCB. O diagnóstico precoce é extremamente importante para garantir um tratamento eficaz, aumentando as chances de cura e a qualidade de vida do paciente. Tratamento multidisciplinar O tratamento dos tumores ósseos depende de alguns fatores, como característica, tamanho e local. Os principais métodos terapêuticos são as sessões de quimioterapia, radioterapia e cirurgia para retirada do tumor, o que pode envolver também a amputação do membro afetado. Quando identificado na fase inicial e tratado por uma equipe multidisciplinar utilizando os melhores métodos terapêuticos, as chances de cura são significativamente maiores. No Distrito Federal, os tumores ósseos em crianças e adolescentes normalmente são tratados no HCB, visto que a incidência é maior em crianças e adolescentes na faixa etária de 10 a 18 anos. A radioterapia pode ser realizada em diversas unidades da SES-DF e as cirurgias de retirada do tumor acontecem no Hospital de Base (HB). Os pacientes da unidade realizam um tratamento multidisciplinar, com equipes de nutrição, fisioterapia, ortopedia, terapia ocupacional, psicologia e oncologia. Após a avaliação inicial, eles realizam um tratamento multimodal, adaptado para as suas demandas. Esse tratamento fez a diferença na vida de Samuka e tantos outros pacientes, que se sentem acolhidos no HCB. “Na época do tratamento, eu me bloqueava para os profissionais por ser criança, mas hoje vejo o quanto eles foram carinhosos. É uma situação muito complicada para quem passa, mas tinha um suporte muito massa, tinha psicólogo, fisioterapeuta e todo o apoio da Abrace”, concluiu o bailarino. *Com informações da SES-DF

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Rede pública de saúde do DF realizou mais de 5 mil mamografias de janeiro a março

A mamografia tem um papel fundamental no diagnóstico precoce do câncer de mama, que é uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), para cada ano do triênio 2023-2025, foram estimados 73,6 mil casos novos, número que representa uma taxa de 41,89 ocorrências para cada grupo de 100 mil mulheres. A mamografia é o único exame que reduz em torno de 25% a mortalidade por câncer de mama, por detectar tumores não palpáveis | Foto: Arquivo/Agência Saúde-DF Até março deste ano, já foram realizados 5.388 exames de mamografia por meio da rede pública de saúde do Distrito Federal; e, entre 2022 e 2023, o número de exames de mamografia aumentou em 231%. Entre as ações de maior relevância para obter esse registro histórico está o Mutirão da Mamografia, realizado em 2023. Em novembro de 2023, a fila de atendimento para essa modalidade também foi zerada e mais de 26 mil mamografias foram registradas. “A gente sempre ressalta a importância das mulheres realizarem a mamografia periodicamente. A partir dos 50 anos, é necessário fazer anualmente” Farid Buitrago, referência técnica distrital em mastologia da SES-DF “É uma campanha permanente. Trabalhamos durante todo o ano para fazer o diagnóstico precoce, que traz uma maior chance de cura, além de cirurgias e até quimioterapias menos agressivas, e também para reduzir a necessidade de mastectomia, que é a retirada total da mama. Toda mulher acima de 50 precisa procurar realizar esse exame”, alerta o ginecologista Farid Buitrago, referência técnica distrital (RTD) em mastologia da Secretaria de Saúde (SES-DF). De acordo com o médico, a mamografia é o único exame que reduz em torno de 25% a mortalidade por câncer de mama, por detectar tumores não palpáveis. “A gente sempre ressalta a importância das mulheres realizarem a mamografia periodicamente. A partir dos 50 anos, é necessário fazer anualmente”, afirma Farid. Já as pacientes que apresentam alguma alteração no autoexame ou têm risco aumentado de câncer de mama por terem histórico familiar da doença devem começar o rastreamento mais cedo, aos 35 anos, e fazer a mamografia a cada dois anos. Para as pessoas com o primeiro exame normal, a frequência também é bienal. Em casos de alterações classificadas como Bi-Rads categoria 3, a frequência passa a ser a cada seis meses. Rede pública No Distrito Federal, as pacientes contam com 11 mamógrafos localizados em hospitais como o de Base e o Hmib | Foto: Arquivo/Agência Saúde-DF As unidades básicas de saúde (UBSs) são a porta de entrada para acompanhamento e tratamento. A paciente passa por avaliação e, havendo a indicação, é encaminhada para a realização da mamografia na rede, por meio do sistema de regulação. Depois, com o resultado do exame em mãos, ela deve retornar à UBS para ser atendida pela equipe de saúde. “Eu acho que a mamografia não pode esperar. Eu não tive nenhum problema de atendimento, todos os profissionais me atenderam muito bem e a equipe foi superdelicada” Loni de Sousa Santos, aposentada Caso haja alguma alteração, a paciente é direcionada para atendimento com mastologista, que pode solicitar outros exames, como a ultrassonografia mamária ou a biópsia. Se identificado o câncer de mama, a paciente pode realizar o tratamento oncológico – radioterapia, quimioterapia e/ou cirurgia – nos locais especializados da rede pública. No Distrito Federal, as pacientes contam com 11 mamógrafos localizados no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), no Hospital de Base, no Hospital Universitário de Brasília (HUB), no Centro Especializado em Saúde da Mulher (Cesmu) e nos hospitais regionais da Asa Norte (Hran), de Santa Maria (HRSM), de Samambaia (HRSam), do Gama (HRG), de Ceilândia (HRC), de Taguatinga (HRT) e de Sobradinho (HRS). Atendida na rede pública, a aposentada Joana Darc de Freitas, 59, ressalta a importância de fazer os exames de rotina. Com o câncer de mama presente no histórico familiar, ela estava havia dois anos sem realizar o exame e fez a consulta em abril, na UBS 5 do Gama. “Consultei na segunda-feira, e na quarta eu já fui fazer os exames. Foi bem rápido, fiquei até surpresa. Outras mulheres que encontrei lá relataram a mesma agilidade. E foi bem tranquilo, não doeu pra fazer. É importante a gente estar sempre acompanhando e cuidando da saúde, por isso acho importante ter esse serviço disponível para a população”, declarou. Em 2023, o governador Ibaneis Rocha sancionou a lei nº 7.237/2023. A legislação determina que mulheres a partir de 40 anos que possuem histórico familiar de câncer de mama ou nódulos devem ser atendidas com prioridade Além do primeiro acolhimento, cabe à UBS acompanhar a paciente ao longo e após o tratamento, coordenando o cuidado, solicitando exames, retirando pontos e direcionando para ações de práticas integrativas e grupos de apoio, serviços que são proporcionados pelas unidades. Além das mamografias comuns de rastreamento e diagnósticas, a rede pública executa dez biópsias por semana por estereotaxia por meio do Cesmu, onde um aparelho especial com agulhas é utilizado nas biópsias de pequenas lesões. O procedimento retira o fragmento de tecido em que há alguma alteração detectada pela mamografia. “Eu acho que a mamografia não pode esperar. O quanto antes, melhor, porque previne. Todo mundo tem que fazer. Eu não tive nenhum problema de atendimento, todos os profissionais me atenderam muito bem e a equipe foi superdelicada”, reforçou a aposentada Loni de Sousa Santos, 58, que também procurou atendimento na UBS do Gama. Em 2023, o governador Ibaneis Rocha sancionou a lei nº 7.237/2023, que estabelece uma lista de prioridades para a realização de mamografias na rede pública. A legislação determina que mulheres a partir de 40 anos que possuem histórico familiar de câncer de mama ou nódulos devem ser atendidas com prioridade. Quem necessita de avaliações periódicas, faz tratamento contra o câncer ou ainda precisa de urgência, conforme determinação médica, também pode fazer o exame com mais celeridade. Prevenção O câncer de mama, raro em mulheres jovens, aumenta sua incidência com a idade. Embora homens também possam desenvolvê-lo, a maior parte dos casos ocorre em mulheres acima dos 50 anos. Os sinais de alerta para a doença incluem aparecimento de nódulos, alterações na pele da mama, secreções mamárias, dores nos seios ou assimetria mamária. Vigilância constante e acesso facilitado à mamografia são fundamentais na luta contra o câncer de mama.

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UBSs investem no diagnóstico precoce de hipertensão, fator de risco para diversas doenças

Nesta sexta-feira (26), o Brasil volta sua atenção para o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, um inimigo silencioso que atinge 50,7 milhões de pessoas, o equivalente a 45% da população brasileira, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A data busca ressaltar a importância do diagnóstico precoce e tratamento da doença, mas também destaca sua associação com condições graves como acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio e problemas renais. A hipertensão está associada a condições graves como acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio e problemas renais | Foto: Breno Esaki/ Agência Saúde-DF De acordo com a cardiologista Edna Maria Marques de Oliveira, da Secretaria de Saúde do Distrito federal (SES-DF), a hipertensão é um fator de risco significativo para diversas doenças, incluindo as cerebrocardiovasculares, responsáveis pela maioria das mortes em todo o mundo. “O controle da pressão arterial é fundamental, incluindo diagnóstico precoce, adesão ao tratamento e mudanças nos hábitos alimentares”, destaca. Ainda segundo a especialista, apesar de muitos não apresentarem sintomas, a condição pode ser fatal se não controlada. As 176 unidades básicas de saúde (UBSs) do DF contam com equipes de Saúde da Família (eSF) capazes de oferecer o diagnóstico e dar início ao tratamento. A rede disponibiliza ainda o Programa de Hipertensão Arterial e Diabetes (HiperDia), que permite gerar informação para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos de forma regular e sistemática a todos os pacientes portadores da doença assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A doméstica Maria Helena Martins sofria com dores de cabeça intensas até receber o diagnóstico de hipertensão: “O tratamento logo no início trouxe resultados significativos” | Foto: Jhonatan Cantarelle/ Agência Saúde-DF Diagnóstico precoce Depois de descobrir a hipertensão durante consulta para cirurgia bariátrica, a doméstica Maria Helena Martins, 45, faz acompanhamento no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh). Ela ilustra a importância do diagnóstico e tratamento precoces – a paciente enfrentava quadros recorrentes de dor de cabeça intensa. “Eu estava em uma consulta rotineira, quando a médica pediu exames. Eles apontaram hipertensão”, conta. Com o diagnóstico nas mãos e recomendações, Maria adotou medidas drásticas em sua rotina, como a prática regular de exercícios físicos e a modificação dos hábitos alimentares. “O tratamento logo no início trouxe resultados significativos, como perda de peso e redução da necessidade de medicamentos para dor de cabeça.” Segundo o portal Cardiômetro, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, até o início do mês de abril ocorreram mais de 102 mil mortes em decorrência de doenças cardiovasculares no país. Os números chamam a atenção para a prevalência dessa condição entre os brasileiros, assim como ressaltam a importância da conscientização, prevenção e tratamento adequado para combater a doença, que ameaça a saúde de milhões em todo o mundo. Ainda de acordo com dados da OMS, a doença afeta 1,3 bilhão de pessoas globalmente, muitas das quais não estão cientes de sua condição. Segundo o relatório, o diagnóstico precoce e controle da doença são pilares essenciais da Atenção Primária à Saúde *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Câncer colorretal é o terceiro tipo de tumor mais comum no mundo

Durante todo o ano, entidades governamentais e sociedade civil organizam ações voltadas à conscientização sobre diversas doenças. No calendário da saúde, o mês de março recebeu a cor azul-marinho para alertar a população sobre o câncer colorretal, o terceiro tipo de neoplasia mais frequente e a segunda maior causa de mortes por câncer no mundo. Como o nome sugere, a região afetada compreende o cólon e o reto, situados na parte final do intestino grosso. A campanha Março Azul-Marinho alerta a população sobre o câncer colorretal | Foto: Divulgação/ Iges-DF “O câncer colorretal é prevenível. Sabemos, a partir de dados globais, que a prevenção reduz em até 40% o risco de óbito nos pacientes diagnosticados precocemente”, afirma o chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan) da Secretaria de Saúde (SES-DF), Gustavo Ribas. Praticar atividades físicas e manter uma dieta balanceada são, segundo o especialista, fundamentais para evitar a ocorrência de tumores em geral. “Exercícios físicos estimulam células imunomediadas [autoimunes], como os linfócitos T, que auxiliam o organismo no combate às células cancerígenas”, explica Ribas. “A prevenção reduz em até 40% o risco de óbito nos pacientes diagnosticados precocemente” Gustavo Ribas, chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer da SES-DF Neoplasia é uma proliferação desordenada de células no organismo que formam uma massa anormal de tecido. Os tumores podem ser classificados como benigno ou maligno. O primeiro tipo tem, geralmente, um crescimento lento e ordenado, apresentando limites definidos. Já o segundo, também conhecido como câncer, tem um crescimento mais rápido, com células que não apresentam diferenciação e invadem tecidos vizinhos. Cura possível A aposentada Marilda Santana de Assis, 69 anos, vinha notando uma fraqueza incomum. Por vezes, sentia a perna ficar gelada e vinha emagrecendo sem causa aparente. “Pensei que pudesse ter alguma coisa a ver com anemia, essas coisas”, recorda. Curada de um câncer colorretal, a aposentada Marilda Santana investiu em hábitos saudáveis | Foto: Ualisson Noronha/ Agência Saúde Ela continuou a ignorar os sintomas até que, numa certa manhã, sentiu uma glândula próxima ao ouvido inchar. “Eu não sentia nada, mas notei que precisava de ajuda”, conta. Primeiro, buscou a Unidade Básica de Saúde (UBS) 5 do Gama. De lá, foi encaminhada ao Hospital Regional do Gama (HRG) para consultar uma proctologista. Em 2013, realizou o exame de colonoscopia e recebeu o diagnóstico. “Quando o médico fala que é câncer, parece que escutamos que estamos morrendo”, diz a aposentada. O pavor inicial, porém, logo foi dissipado. Em poucos dias, Marilda passou por uma cirurgia sem intercorrências no HRG. Em seguida, a quimioterapia foi iniciada com acompanhamento de profissionais do Hospital de Base (HBDF), centro de referência no tratamento de câncer. Sem precisar sair de casa, a cada 15 dias ela tomava dois comprimidos, totalizando oito ciclos que duraram seis meses. Hoje, prestes a completar 70 anos, Marilda atribui à experiência sua mudança de hábitos – ela pratica exercícios todas as manhãs; e, desde 2013, não há qualquer recidiva da doença. Praticar atividades físicas e manter uma dieta balanceada podem evitar a ocorrência de tumores | Foto: Breno Esaki/ Agência Saúde Sintomas Ribas explica que as manifestações relacionadas à doença dependem de magnitude, intensidade e frequência. “De modo geral, a presença de alguns sinais específicos nos orienta a fazer uma investigação sobre a suspeita do câncer colorretal”, explica. Os sintomas são a presença de sangue nas fezes, cólica em diferentes locais do abdômen ou em todo o abdômen, dores ao evacuar, diarreia ou prisão de ventre, mudanças de apetite e perda de peso sem uma causa aparente. Grupos suscetíveis Entre os principais fatores de risco para o câncer colorretal estão a idade acima de 50 anos, sedentarismo, excesso de gordura corporal (sobrepeso e obesidade), abuso de álcool, tabagismo e maus hábitos alimentares. O baixo consumo de fibras, presentes em verduras, leguminosas e frutas, e uma alta ingestão de carnes processadas, mais conhecidas como embutidos (salsicha, bacon, presunto e peito de peru, entre outros), também aumentam a chance de desenvolver a doença. Comer carne vermelha em excesso – mais de 500 gramas por semana – é outro fator de risco. A probabilidade também é maior em pacientes com histórico familiar de câncer colorretal ou que já tiveram câncer de intestino, ovário, útero ou mama. São mais suscetíveis, ainda, pessoas com síndromes inflamatórias do intestino (como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn) há mais de dez anos, ou que tenham certas doenças hereditárias, como a polipose adenomatosa familiar (FAP) e o câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC). Outro fator de risco consiste na exposição ocupacional à radiação ionizante (como raios X e gama). Profissionais da radiologia médica, forense e industrial, por exemplo, devem ter cuidados redobrados ao exercer suas atividades. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Mamografia tem papel fundamental no diagnóstico precoce do câncer de mama

Um nódulo no seio, muitas vezes indolor, pode ser o primeiro sinal de alerta para o câncer de mama, uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), as taxas mais altas da doença estão nas regiões Sul e Sudeste do país, excluídos os tumores de pele não caracterizados como melanoma. Para cada ano do triênio 2023-2025, foram estimados 73,6 mil casos novos, número que representa uma taxa de 41,89 ocorrências para cada grupo de 100.000 mulheres. “A mamografia continua sendo o melhor método para o diagnóstico precoce do câncer de mama. É um exame que salva vidas e é o único método comprovado capaz de, por meio da detecção prematura, reduzir a mortalidade da doença”, afirma o ginecologista Farid Buitrago, referência técnica distrital (RTD) em mastologia da Secretaria de Saúde Federal (SES-DF). “A mamografia continua sendo o melhor método para o diagnóstico precoce do câncer de mama. É um exame que salva vidas” Farid Buitrago, ginecologista A mamografia, recomendada a partir dos 50 anos como parte dos cuidados médicos de rotina, é fundamental na identificação de tumores não palpáveis. O diagnóstico precoce permite tratamento rápido e menos invasivo, além de reduzir a necessidade de mastectomia (retirada total da mama). O público feminino de 50 a 69 anos, assintomático ou com histórico familiar, deve realizar o exame a cada dois anos. Para as pessoas com o primeiro exame normal, a frequência também é bienal. Em casos de alterações classificadas como Bi-Rads categoria 3, a frequência passa a ser a cada seis meses. Moradora da Cidade Ocidental, Renata Almeida, 36 anos, revela ter descoberto o câncer de mama em 2023, quando fez uma mamografia. “Ao fazer o autoexame durante o banho, percebi um nódulo. No dia seguinte, solicitei uma ecografia da mama na UBS [unidade básica de saúde]”, conta. “Depois disso, o médico indicou uma biópsia. Agendei uma consulta com a mastologista no Hospital Regional de Santa Maria e realizei o exame em agosto, quando recebi o diagnóstico de carcinoma”. Com a detecção confirmada, Renata passou por diversos exames, incluindo uma nova mamografia no próprio hospital. A paciente está nas últimas etapas da quimioterapia e se prepara para a remoção do tumor no seio direito – o tratamento tem sido feito no Hospital Universitário de Brasília (HUB). A mamografia é recomendada a partir dos 50 anos como parte dos cuidados médicos de rotina | Fotos: Divulgação/ Agência Saúde-DF Atendimento Na rede pública de saúde do Distrito Federal, as UBSs são a porta de entrada para o serviço. Após avaliação e havendo indicação, os pacientes são direcionados à mamografia por meio do sistema de regulação. Caso haja alteração, a pessoa é direcionada ao atendimento com mastologista, podendo realizar outros exames como ultrassonografia mamária ou biópsia. Se identificado o câncer de mama, o tratamento oncológico (radioterapia, quimioterapia e/ou cirurgia) pode ser feito nos locais especializados do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2023, foram realizados 27,3 mil exames de mamografia na rede pública do DF, onde 11 mamógrafos estão disponíveis no Centro Radiológico de Taguatinga (CRT), Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Hospital de Base, Hospital da Região Leste (HRL), Centro Especializado em Saúde da Mulher (Cesmu) e nos hospitais regionais da Asa Norte (Hran), de Santa Maria (HRSM), de Samambaia (HRSam), do Gama (HRG), de Ceilândia (HRC) e de Taguatinga (HRT). Em março, a rede disponibiliza 2.538 vagas para a realização do exame distribuídas entre as unidades que oferecem o serviço. O tratamento contra o câncer de mama pode ser feito nas unidades especializadas do Sistema Único de Saúde (SUS) No ano passado, o governador Ibaneis Rocha sancionou a lei nº 7.237/2023, que estabelece uma lista de prioridades para a realização de mamografias na rede pública. A legislação determina que mulheres a partir de 40 anos que possuem histórico familiar de câncer de mama ou nódulos devem ser atendidas com prioridade. Quem necessita de avaliações periódicas, faz tratamento contra o câncer ou ainda precisa de urgência, conforme determinação médica, também pode fazer o exame com mais celeridade. Doença O câncer de mama, raro em mulheres jovens, aumenta sua incidência com a idade. Embora homens também possam desenvolvê-lo, a maior parte dos casos ocorre em mulheres acima dos 50 anos. As taxas de mortalidade são mais elevadas entre o público feminino dos 50 aos 69 anos, respondendo por aproximadamente 45% do total de óbitos por esse tipo de câncer. Os sinais de alerta para a doença incluem nódulos endurecidos, pele avermelhada ou similar à casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Vigilância constante e acesso facilitado à mamografia são fundamentais na luta contra o câncer de mama. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Doação de medula óssea é fundamental na luta contra a leucemia

No calendário da saúde, os meses do ano ganham cores relacionadas a determinadas doenças como forma de conscientizar a população sobre medidas de prevenção e políticas públicas. Fevereiro recebeu duas cores: o roxo – como alerta ao lúpus, à fibromialgia e ao mal de Alzheimer – e o laranja. Esta última faz referência à conscientização sobre a leucemia, um dos tipos de câncer mais frequentes no Brasil, com estimativa de 11,5 mil novos casos em 2024. O diagnóstico de leucemia na rede da SES-DF é realizado após a constatação de alterações no hemograma do paciente, feita pelo médico da UPA ou da UBS de referência do usuário | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF A leucemia é um câncer nas células sanguíneas da medula óssea, em sua maioria nos glóbulos brancos, e geralmente é de origem desconhecida. Os principais sintomas decorrem do acúmulo de células defeituosas na medula, prejudicando, ou mesmo impedindo, a produção das células normais. A redução dos glóbulos brancos – que compõem o sistema imunológico – provoca baixa da imunidade, deixando o organismo mais sujeito a infecções muitas vezes graves ou recorrentes. A diminuição dos glóbulos vermelhos – responsáveis pelo transporte de oxigênio no sangue – ocasiona anemia, o que pode provocar palidez, fadiga, falta de ar, tonturas, palpitação, sonolência e dor de cabeça. Já a diminuição das plaquetas – agente da coagulação do sangue – causa sangramentos, em geral das gengivas ou pelo nariz, além de manchas e pontos roxos na pele. Trata-se de um câncer classificado conforme as células sanguíneas afetadas, podendo se apresentar em sua forma crônica (com a proliferação de células maduras) ou aguda (com a proliferação de células imaturas, o que acarreta quadros mais graves). O tratamento consiste em quimioterapia, com ou sem radioterapia, e – principalmente nos casos de leucemia aguda – em transplante de medula óssea, tecido no qual são produzidos os elementos do sangue. Doação e transplante Para ser doador de medula no DF, é necessário realizar cadastro no site da Fundação Hemocentro de Brasília | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Nesse contexto, a conscientização acerca da doação de medula óssea aparece como um passo fundamental na luta contra a doença. O apelo vem da referência técnica distrital (RTD) em hematologia da Secretaria de Saúde (SES-DF), Nina Oliveira. “O doador possibilita que uma pessoa com um quadro de leucemia de prognóstico desfavorável possa realizar um transplante. Dessa forma, muitos pacientes conseguem se curar. Quanto mais doadores cadastrados, maior a possibilidade de se encontrar um doador ideal”, explica. [Olho texto=”Para ser doador de medula óssea, é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado geral de saúde e não ter doença infecciosa ou incapacitante. O cadastro é realizado presencialmente na Fundação Hemocentro de Brasília, mediante agendamento prévio no portal Agenda DF” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Um dos principais desafios para quem aguarda o transplante de medula óssea consiste em manter a doença controlada, sem nova remissão até que seja realizado o procedimento. Há ainda a questão da compatibilidade genética do material doado, que costuma ser baixa, evidenciando a necessidade de aumentar o número de doadores cadastrados. Foi esse cenário que fez com que Fernanda Moreira, servidora da Fundação Hemocentro de Brasília, decidisse se cadastrar como doadora. “A doação é um ato de amor, seja de sangue, seja de medula. É gratificante poder ajudar a salvar a vida de uma pessoa. Fico ansiosa por receber uma ligação dizendo que sou compatível com alguém.” Em 2023, o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF) e o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) realizaram ao todo 116 transplantes de medula óssea pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Foram procedimentos alogênicos – quando as células precursoras da medula provêm de outro indivíduo (doador) – e autólogos – quando as células provêm do próprio indivíduo transplantado (receptor). No DF, o Hospital Universitário de Brasília (HUB) também faz transplantes autólogos pelo SUS. Cabe aos laboratórios do Hemocentro de Brasília a realização de exames de triagem sorológica, imuno-hematológica e biomolecular para a habilitação de transplantes de múltiplos órgãos e tecidos (coração, rim, fígado, córneas e medula óssea) de um doador para um receptor. No ano passado, 2.646 pessoas se cadastraram como doadoras de medula no Hemocentro. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Tratamento O diagnóstico de leucemia na rede da SES-DF é realizado após a constatação de alterações no hemograma do paciente, feita pelo médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou da Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência do usuário. Em seguida, o usuário é encaminhado a uma consulta com hematologista, responsável por dar o diagnóstico da doença após exame de medula. O hematologista é o profissional médico que trata de doenças malignas no sangue. Na SES-DF, a especialidade está presente nos hospital regionais de Taguatinga (HRT), Ceilândia (HRC), Samambaia (HRSam), Asa Norte (Hran), Guará (HRG), Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e Hospital de Base (HB). Como se tornar doador? Para ser doador de medula óssea, é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado geral de saúde e não ter doença infecciosa ou incapacitante. O cadastro é realizado presencialmente na Fundação Hemocentro de Brasília, mediante agendamento prévio no portal Agenda DF. Esse serviço não é feito por telefone. Para mais informações sobre como doar, acesse o portal do Hemocentro. *Com informações da SES-DF    

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Retinopatia diabética: cuidados para evitar a doença

O descontrole da glicemia, elevando os níveis de açúcar no sangue, é um dos fatores causadores da retinopatia diabética, doença que afeta cerca de quatro milhões de brasileiros, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A enfermidade é ocasionada por lesões nas pequenas artérias que irrigam a retina, prejudicando o tecido no fundo do olho – responsável por captar imagens interpretadas pelo cérebro. A retinopatia diabética é causada por lesões nas pequenas artérias que irrigam a retina, prejudicando o tecido no fundo do olho. As principais complicações incluem visão embaçada ou flutuante, desenvolvimento de glaucoma, descolamento de retina e, em casos extremos, cegueira | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde De acordo com o oftalmologista Fabrício Borges, do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), especialista na doença, a retinopatia é a principal causa de cegueira em pessoas com diabetes. Ele alerta que essa complicação pode ser evitada ou controlada com diagnóstico precoce. “É muito importante que os pacientes diabéticos façam anualmente o exame de fundo de olho da retina para detectar precocemente a doença. Com diagnóstico e tratamento oportunos, é possível prevenir complicações que podem levar à cegueira. Ela é considerada a maior causa de cegueira na população trabalhadora, abaixo dos 50 anos de idade”, explica Borges. Como prevenir [Olho texto=”“É muito importante que os pacientes diabéticos façam anualmente o exame de fundo de olho da retina para detectar precocemente a doença”” assinatura=”Fabrício Borges, oftalmologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran)” esquerda_direita_centro=”direita”] A prevenção da retinopatia diabética envolve o controle dos níveis de açúcar no sangue e a manutenção da pressão arterial em níveis normais. Pessoas com diabetes devem realizar consultas periódicas com o oftalmologista e adotar hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada e atividades físicas regulares. O diabetes pode causar sintomas em diversas partes do corpo, não necessariamente associados à condição. As principais complicações da retinopatia diabética incluem visão embaçada ou flutuante, desenvolvimento de glaucoma, descolamento de retina e, em casos extremos, cegueira. O tratamento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), chamado antiangiogênico, é de alto custo, mas essencial para estabilizar e tratar a doença. “Fazemos cerca de 200 procedimentos por mês na rede”, diz Borges. A porta de entrada na rede pública para o atendimento são as UBSs. Após avaliação, os profissionais encaminham os pacientes para os médicos especialistas | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O Hran conta com um quadro de especialistas no uso de antiangiogênicos — medicamentos que têm a possibilidade de inibir o crescimento de vasos sanguíneos anômalos —, contribuindo significativamente para o cuidado eficaz no tratamento. Atualmente, 70 oftalmologistas fazem parte da Secretaria de Saúde (SES-DF). A porta de entrada na rede pública para o atendimento são as unidades básicas de saúde (UBSs). Após avaliação, os profissionais encaminham os pacientes para os médicos especialistas. O Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic), no Hospital Regional do Guará (HRGu), ampliou seu horário de funcionamento, buscando dobrar o número de pacientes acompanhados. Os atendimentos ocorrem às terças e quintas-feiras, das 7h às 12h e das 13h às 18h. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal

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Diagnóstico precoce de câncer infantil é fundamental para tratamento

“Em nenhum momento, vejo o pior para meu filho. Pelo estado dele, vejo que estamos no caminho da cura”. A esperança de Paulo Nascimento, 47 anos, para o filho de 3, Lincoln Miguel, representa o sentimento de muitas famílias que enfrentam o diagnóstico da principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes: o câncer infantil. Na luta contra a doença, o diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento. Lincoln Miguel, de 3 anos, trata câncer de fígado e pulmão no Hospital da Criança de Brasília, referência para os cuidados com a doença; Paulo Nascimento está confiante na cura do filho e elogia a estrutura de atendimento | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Para isso, é preciso um trabalho conjunto de pais e profissionais de saúde. “Não existe nenhum exame preventivo para câncer infantil; a nossa maior arma é o diagnóstico precoce. O pediatra deve encaminhar rapidamente para o centro de referência da sua região, para que seja feito um diagnóstico preciso”, ressalta a pediatra oncologista e hematologista Isis Magalhães, do Hospital da Criança de Brasília (HCB).  É para a unidade que são encaminhados casos suspeitos e para tratamento na rede pública do DF. [Olho texto=”Esta quinta-feira (23) é o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil. A data tem o objetivo de estimular ações educativas e preventivas sobre a doença, promover debates e outros eventos sobre políticas públicas, apoiar as atividades desenvolvidas pela sociedade civil em prol das crianças com câncer e difundir os avanços técnico-científicos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Em acompanhamento no HCB há um ano, Lincoln iniciou o tratamento devido a complicações que surgiram da prematuridade. A equipe desconfiou de alguns resultados nos exames de rotina da criança e, após outros testes, veio o diagnóstico de câncer de fígado e pulmão. Apesar da apreensão, o pai, Paulo, segue confiante: “Meu filho é superbem-atendido, porque aqui é o centro de referência”. Sintomas Há uma dificuldade no diagnóstico precoce, pois a maioria dos sintomas dos tipos de câncer mais comuns em crianças e adolescentes são confundidos com os de outras doenças. A especialista alerta que, se sintomas ou dores forem relatados repetidamente, é necessário dar atenção ao problema. “Não é manha. Vários sintomas se confundem com uma virose, mas o tempo de uma virose em uma criança, normalmente, é de cinco dias, no máximo. Qualquer coisa que ultrapasse o habitual, os pais têm de se atentar e o pediatra precisa avaliar”, orienta. “Vários sintomas se confundem com uma virose, mas o tempo de uma virose em uma criança, normalmente, é de cinco dias, no máximo. Qualquer coisa que ultrapasse o habitual, os pais têm de se atentar e o pediatra precisa avaliar”, afirma a médica Isis Magalhães Os tipos de câncer mais frequentes nas crianças são as leucemias e os linfomas. Em seguida, estão os tumores no sistema nervoso central e no sistema nervoso simpático, rabdomiossarcomas (tipo raro de câncer que afeta as células do tecido muscular) e outros sarcomas (grupo de tumores raros que geralmente atinge os ossos e partes moles), tumores renais, tumores ósseos e o retinoblastoma (tipo raro de câncer ocular). [Olho texto=”Na rede de saúde do DF, uma vez que os pais identifiquem sinais, a recomendação é procurar ajuda médica. A porta de entrada é sempre a UBS, mas UPAs e hospitais regionais também podem encaminhar o paciente para o HCB” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A identificação precoce do tipo de câncer também é importante para evitar sequelas mais graves, como no caso do retinoblastoma. Se tratado no início, há mais chance de preservar a visão. “É preciso observar os sinais de alerta do retinoblastoma, como o reflexo branco nos olhos, porque o normal é o reflexo vermelho. Assim que os pais observarem esse sinal, devem levar o filho ao médico”, explica a oftalmologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) Manuella Neves. Atendimento Na rede de saúde do DF, uma vez que os pais identifiquem sinais, a recomendação é procurar ajuda médica. A porta de entrada é sempre a unidade básica de saúde (UBS), mas as unidades de pronto atendimento (UPAs) e hospitais regionais também podem encaminhar o paciente para o HCB. O médico da unidade solicitante emite o pedido por meio de formulário próprio e insere o usuário no sistema. A Central de Regulação, de acordo com o critério de prioridades e o número de vagas disponíveis, fará o agendamento da consulta. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa de novos casos de câncer infantojuvenil no Brasil para o triênio de 2023 a 2025 é de 7.930, sendo 4.230 em meninos e 3.700 em meninas. No DF, são mais de 200 novos casos de câncer em crianças e adolescentes atendidos por ano no HCB. Além disso, o hospital soma 1.200 consultas em diversas especialidades e 300 internações hospitalares por mês. Tratamento Em breve, o pequeno Enzo Gabriel Sousa, de 4 anos, voltará para casa, em Palmas (TO), mas continuará sendo acompanhado pelo HCB para tratamento de leucemia O câncer na criança possui uma biologia diferente do adulto. Nos casos infantojuvenis, a doença é sistêmica e composta predominantemente de células embrionárias, com uma divisão celular mais rápida. A característica, apesar de aumentar a gravidade, auxilia no tratamento. “É um paradoxo. É um câncer grave e de aparecimento rápido, mas responde melhor à quimioterapia”, pontua a oncologista Isis Magalhães. Geralmente, os tratamentos duram, em média, 24 meses, a depender do tipo de câncer, mas o acompanhamento dura cinco anos, sendo necessário, especialmente devido a complicações que podem surgir da quimioterapia. “Ela destrói as células cancerígenas e as normais, como cabelo, mucosa e o sistema de glóbulos brancos. A criança fica com imunidade baixa, pela própria doença e pelo tratamento. É essencial ter suporte, com uma estrutura hospitalar adequada”, detalha a especialista. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Enzo Gabriel Sousa, 4, está em tratamento de leucemia há cerca de dois anos no HCB. Vindos de Palmas (TO), ele e a mãe, Maria Elisângela Sousa, 43, receberam apoio da organização não governamental (ONG) Abrace, que custeou transporte e hospedagem. “Quando ele iniciou o tratamento, tinha 3 anos incompletos e estava bastante debilitado; hoje, já está bem melhor. Vamos voltar para casa e retornar para consulta em 19 de dezembro. Aqui ele faz todos os procedimentos e exames necessários”, conta a mãe. Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil Esta quinta-feira (23) é o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil. Instituída pela lei nº 11.650/2008, a data tem o objetivo de estimular ações educativas e preventivas sobre o câncer infantil, promover debates e outros eventos sobre políticas públicas, apoiar as atividades desenvolvidas pela sociedade civil em prol das crianças com câncer e difundir os avanços técnico-científicos. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Prevenção para evitar perda auditiva integra cuidados de atenção à saúde

“Estou ouvindo muito bem!”, constatou com brilho nos olhos a pequena Mirella Ferreira, de 5 anos, ao colocar os novos aparelhos auditivos recebidos por meio do programa de reabilitação auditiva da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). “Estou feliz! Gostei muito, porque escuto melhor e a cor ainda é rosa”, completa. Na sexta-feira (10), Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, a pasta reforçou a importância do diagnóstico precoce e da prevenção. Mirella Ferreira, de 5 anos, recebeu novos aparelhos auditivos por meio do programa de reabilitação auditiva da SES-DF. Toda a família – Mirella, o pai, o irmão e a mãe – possui deficiência auditiva de origem genética e faz acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) | Foto: Ingrid Soares/Agência Saúde-DF Pai de Mirella, Kelton Santos Silva, de 29 anos, elogia o atendimento prestado no Centro Educacional da Audição e Linguagem (Ceal), estabelecimento de saúde filantrópico habilitado e contratado pela SES-DF para prestação de serviços. Toda a família – Mirella, o pai, o irmão e a mãe – possui deficiência auditiva de origem genética e faz acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “É um atendimento excelente. Se não fosse o programa, não teria como adquirir. A tecnologia ajuda bastante para a criança se desenvolver mais. Os ruídos como vento e barulhos de carro ficam em segundo plano”, explica. Os aparelhos têm custo aproximado de R$ 5 mil cada. Por mês, a SES-DF realiza mais de mil exames de audiometria e imitanciometria e cerca de 130 consultas de pacientes com encaminhamento e indicação de uso do aparelho para o Hospital Universitário (HUB) e o Ceal. A forma mais precoce de detectar surdez é por meio do Teste da Orelhinha, feito nas maternidades públicas e privadas nas primeiras 48 horas de vida. Quando há falha no Teste da Orelhinha, o bebê é encaminhado via sistema de regulação para fazer o diagnóstico e, se for o caso, ser direcionado para a reabilitação auditiva. [Olho texto=”“É comum pessoas procurarem o pronto-socorro porque feriram o ouvido com o uso de cotonetes, hastes de óculos, palitos. A limpeza pode ser feita no banho ou com uma toalha macia no padrão auricular, onde o dedo alcança sem entrar no canal auditivo”” assinatura=”Renata de Sousa Tschiedel, fonoaudióloga da Gerência de Serviços de Saúde Funcional” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para casos de identificação da surdez na infância ou de perda auditiva posterior, a porta de entrada para os serviços são as unidades básicas de saúde (UBSs). A depender do grau de perda auditiva, a pessoa recebe um aparelho auditivo e, se for o caso, pode ser encaminhado para a colocação de outro dispositivo como o implante coclear, mediante cirurgia. Prevenção A fonoaudióloga da Gerência de Serviços de Saúde Funcional da SES-DF, Renata de Sousa Tschiedel, alerta para os cuidados com os ouvidos para prevenção da surdez, condição que possui graus de perda discreta, leve, moderada, severa ou profunda. “É preciso tratar infecções de ouvido e, para quem possui risco maior de desenvolver uma perda auditiva, como trabalhadores expostos a locais com barulhos de forte intensidade, é necessário fazer exames audiológicos regulares.” Ela pontua ainda que não se deve inserir objetos no ouvido. “É comum pessoas procurarem o pronto-socorro porque feriram o ouvido com o uso de cotonetes, hastes de óculos, palitos. A limpeza pode ser feita no banho ou com uma toalha macia no padrão auricular, onde o dedo alcança sem entrar no canal auditivo”, ensina. Outro cuidado importante é com o volume do fone de ouvido, evitar o uso sempre que possível e ficar atento a dificuldades para ouvir e zumbidos, que podem ser sintomas da perda auditiva. [Olho texto=”“É uma data para relembrar a população de procurar assistência e fazer um diagnóstico específico. Se a pessoa não escuta bem, não se comunica bem, é possível desenvolver depressão, ansiedade. Nas crianças acarreta deficiência de aprendizado, dificuldade de interação social. No idoso, pode causar demência”” assinatura=”Ronaldo Campos Granjeiro, Referência Técnica Distrital (RTD) de otorrinolaringologia da SES-DF” esquerda_direita_centro=”Direita”] Entre as causas da deficiência auditiva estão fatores genéticos, perfuração do tímpano, acúmulo de cera de ouvido, infecções (otite), meningites, rubéola, uso de certos medicamentos ou drogas, exposição a ruídos de alta intensidade, perda da audição provocada pela idade, traumas na cabeça, defeitos congênitos, alergias, problemas metabólicos, tumores, entre outros. A Referência Técnica Distrital (RTD) de otorrinolaringologia da SES-DF, Ronaldo Campos Granjeiro, reforça a importância do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez e afirma que a perda auditiva pode implicar em outras condições de saúde. “É uma data para relembrar a população de procurar assistência e fazer um diagnóstico específico. Se a pessoa não escuta bem, não se comunica bem, é possível desenvolver depressão, ansiedade. Nas crianças acarreta deficiência de aprendizado, dificuldade de interação social. No idoso, pode causar demência”, exemplifica. Em adultos existe ainda a perda de audição senil, parte do processo de envelhecimento. Entretanto, componentes genéticos, uso frequente de anti-inflamatórios e fatores de risco específicos – por exemplo, diabetes e pressão alta – podem acelerar esse processo. A surdez ou deficiência auditiva integra a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência da SES-DF nos três níveis de atenção à saúde. Em caso de suspeita ou diagnóstico de alguma deficiência, é preciso procurar a UBS para avaliação. A depender do caso, o usuário é encaminhado à Atenção Secundária pela Atenção Primária à Saúde. Consulte no InfoSaúde, a sua UBS de referência. A forma mais precoce de detectar surdez é por meio do Teste da Orelhinha, feito nas maternidades públicas e privadas nas primeiras 48 horas de vida | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF Há vários recursos tecnológicos para a habilitação e a reabilitação da pessoa com deficiência auditiva, que visam proporcionar uma melhora na linguagem e nos resultados socioemocionais. São exemplos: o Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI), o implante coclear (IC) e a Prótese Auditiva Ancorada no Osso (PAAO). Esses dois últimos são ofertados na Atenção Hospitalar. O tratamento é realizado de acordo com cada caso. Essas tecnologias são fornecidas pelo SUS nos serviços que compõe a rede de cuidados à pessoa com deficiência. Sintomas A Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-Contínua) de 2022, divulgada em julho, aponta que 1,2% da população brasileira tem dificuldade para ouvir, mesmo usando aparelhos auditivos. Já os dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2021 mostram que, no Distrito Federal, 15.331 pessoas apresentam muita dificuldade permanente de ouvir e outras 71.150 têm alguma dificuldade. Possíveis sintomas de perda auditiva: – Pedir às pessoas que repitam o que falam ou que falem mais alto – Ouvir TV ou música com volume mais alto do que outras pessoas – Dificuldade em acompanhar uma conversa – Isolar-se ou evitar conversas – Ter que se concentrar mais ao conversar com as pessoas – Dificuldade de ouvir ao conversar no telefone – Não reagir a sons normalmente irritantes – Zumbido no ouvido Dicas de cuidados [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] – Nas gestantes, doenças como sífilis, rubéola e toxoplasmose podem provocar surdez nas crianças. Por isso, é preciso de orientação médica pré-natal. Além disso, nas meninas, a vacina contra a rubéola deve ocorrer antes da primeira menstruação – Não se deve introduzir objetos pontiagudos no ouvido. É preciso manter distanciamento de fontes sonoras de forte intensidade como caixas de som em shows – Trabalhadores expostos aos riscos ocupacionais provocados pelo ruído devem usar equipamentos de proteção. As empresas devem fazer o acompanhamento da saúde auditiva dos trabalhadores, visando a eliminar ou reduzir o ruído no ambiente de trabalho – Além do Teste da Orelhinha – o exame feito nos recém-nascidos que permite verificar a presença de anormalidades auditivas –, é importante estar atento ao atraso no desenvolvimento da fala e das habilidades auditivas das crianças *Com informações da SES-DF

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HCB e Abrace promovem ação neste sábado para orientar sobre retinoblastoma

O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e a Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace) promovem, neste sábado (16), atividade de conscientização sobre o retinoblastoma. A equipe do HCB estará no shopping Conjunto Nacional para falar com pais e mães sobre a importância do diagnóstico precoce. A ação vai integrar a campanha De olho nos olhinhos, realizada em nível nacional, e chama atenção para o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma, celebrado em 18 de setembro. Profissionais do HCB vão abordar as pessoas que passarem pelo shopping para explicar o que é o retinoblastoma e quais sinais podem ser indicativos de que a criança precisa de atendimento médico. Estudantes de medicina e funcionários e voluntários da Abrace também participarão da ação para garantir que o maior número possível de pessoas receba informações sobre a doença – medida importante na luta pelo diagnóstico precoce. O retinoblastoma é um tumor maligno intraocular, que tem maior incidência em crianças menores de 5 anos de idade e é considerado raro – nos últimos 12 meses, o HCB recebeu oito crianças com a doença. Devido à baixa incidência, a campanha é importante para manter a sociedade atenta aos sinais. O ideal é que o diagnóstico seja fechado na fase inicial da doença, quando o tumor ainda está dentro do globo ocular. Quando ele cresce e se infiltra no nervo ótico e no sistema nervoso, as chances de cura diminuem. Nos últimos 12 meses, o HCB recebeu oito crianças com retinoblastoma | Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil Sinais de alerta Os pais devem estar atentos para identificar potenciais sintomas: ? Reflexo branco nos olhos – o chamado “olho de gato”, quando a criança é fotografada com flash; ? Estrabismo – o movimento dos olhos não é simétrico; ? Redução da visão. Caso percebam esses sinais, é importante procurar ajuda médica. No Distrito Federal, as crianças são encaminhadas pelo pediatra da atenção primária ou pelo oftalmologista e, uma vez que se tornem pacientes do Hospital da Criança de Brasília, dão início ao tratamento. Após verificar a extensão da doença e realizar os exames de imagem, os especialistas do HCB discutem cada caso com os dois centros parceiros: a Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca), do Hospital Santa Marcelina, e o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc), ambos em São Paulo. O plano terapêutico de cada criança é executado tanto no HCB quanto nas instituições parceiras, que contam com serviço oftalmológico especializado em retinoblastoma e quimioterapia intra-arterial. Desse modo, é importante que pediatras e oftalmologistas cumpram o fluxo de atendimento corretamente e não “pulem” o encaminhamento ao Hospital da Criança de Brasília. Serviço Ação de conscientização sobre o diagnóstico precoce do retinoblastoma ? Data: sábado (16) ? Horário: 12h às 17h ? Local: Conjunto Nacional – na Praça JK, em frente ao Acesso A ? Entrevista coletiva: 11h30, no local do evento, com a presença da pediatra hematologista do HCB Isis Magalhães, da oftalmologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) Manuela Nader e da presidente da Abrace, Maria Ângela Marini. *Com informações do HCB

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Hanseníase é tema de capacitação para servidores da atenção primária

Doença silenciosa, que pode ficar encubada por até 20 anos e causar sérias lesões, a hanseníase é foco de encontros de capacitação para profissionais que atuam em unidades básicas de saúde (UBSs). O foco dos eventos, realizados ao longo do mês de janeiro, é atualizar os conhecimentos dos servidores, ajudar no diagnóstico precoce e facilitar o tratamento de pacientes, além de enfrentar o preconceito sobre a hanseníase. Servidores das oito UBSs da Região Central de Saúde vão passar pela capacitação sobre a hanseníase até sexta-feira (3) | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF “Como não é uma doença que está no nosso dia a dia, como diabetes ou pressão alta, é importante essa capacitação”, afirma a enfermeira Amanda Gomes, da Unidade Básica de Saúde 2 do Cruzeiro. O gerente da unidade, Iratan Crisóstomo, também ressalta a importância do diálogo com os pacientes. “Um desafio é que o tratamento é longo, de seis meses a até mais de um ano”, acrescenta. Até sexta-feira (3), terão passado pela capacitação servidores das oito UBSs da Região Central de Saúde, que abrange Varjão, Lago Norte, Lago Sul, Asa Norte, Asa Sul, Vila Planalto e Cruzeiro. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O instrutor é o médico dermatologista Pedro Zancanaro. Ele destaca a importância da identificação rápida da doença, que é contagiosa e muitas vezes confundida com problemas de pele. “Precisamos que a atenção primária à saúde faça logo o diagnóstico”, afirma. Em todo o Distrito Federal, as unidades básicas de saúde oferecem acolhimento aos pacientes com suspeitas de hanseníase. A capacitação dos servidores das UBSs da região central faz parte da programação da campanha Janeiro Roxo, voltada para a conscientização sobre a hanseníase. “Todos os meses, há uma cor e faremos esses encontros. Em fevereiro, a programação será sobre a fibromialgia”, afirma a gerente de Áreas Programáticas da Superintendência da Região Central de Saúde, Daniele Hossaka. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Campanha Outubro Rosa lança agenda de ações na segunda-feira (3)

Brasília, 29 de setembro de 2022 – O Outubro Rosa está chegando! Em breve, o Palácio do Buriti estará iluminado em tons de rosa e a Secretaria da Mulher (SMDF) preparou uma programação especial para a campanha, em parceria com o Sesc-DF e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon- Arte: Secretaria da Mulher do DF DF). Ao longo do mês, as mulheres do Distrito Federal terão acesso a diversos serviços voltados para a conscientização da importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. A divulgação do calendário das ações previstas para o mês será na segunda-feira (3), às 17h, no Salão Branco do Palácio do Buriti. Na ocasião, também será realizada a abertura da exposição de fotos Amor, I Love You, realizada pela ONG Recomeçar – Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília, com o apoio da SMDF, que retrata oito mulheres que receberam o diagnóstico de câncer de mama e conseguiram reconstruir a autoconfiança, a autoestima e a força para viver. [Olho texto=”A carreta do Sesc passará por pontos do DF ao longo do mês, como Recanto das Emas, Santa Maria, Samambaia, Ceilândia e Estrutural, juntamente com a unidade móvel da Secretaria da Mulher e o Ônibus Sesc + Saúde” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O objetivo da exposição é sensibilizar as pessoas de que, com a realização de exames preventivos para garantir que o tratamento comece nos primeiros estágios da doença, é possível alcançar a recuperação e a superação, além de reforçar a importância da rede de apoio para as mulheres em tratamento contra o câncer de mama. Entre os serviços que serão oferecidos em outubro, a carreta do Sesc passará por pontos do DF ao longo do mês, como Recanto das Emas, Santa Maria, Samambaia, Ceilândia e Estrutural, juntamente com a unidade móvel da Secretaria da Mulher e o Ônibus Sesc + Saúde. Serão disponibilizadas, em parceria com o Sesc-DF, 800 vagas para realização de mamografias, em mulheres com idade entre 50 e 69 anos, e 800 vagas para exames citopatológicos, em mulheres com idade entre 25 e 64 anos. As interessadas na mamografia deverão realizar cadastro prévio por meio da administração das regiões administrativas visitadas ao longo do mês. Será preciso apresentar documento de identidade, CPF, comprovante de residência do DF e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) para o agendamento do exame. Já o Ônibus Sesc + Saúde vai fazer 20 atendimentos por dia, divididos em consultas ginecológicas e procedimentos de inserção de dispositivo intrauterino, o DIU. Para realizar o exame preventivo, a mulher deverá ter de 25 a 64 anos e levar documento de identidade, CPF, comprovante de residência do DF e cartão do SUS. Quem quiser fazer a inserção do DIU de cobre precisa estar com o preventivo em mãos, com validade de até 1 ano, e com teste de gravidez de sangue feito nas últimas 24 horas, caso não esteja menstruada. Menores de idade precisam estar acompanhadas de responsável. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Além dos exames oferecidos pelo Sesc-DF, a equipe da Secretaria da Mulher levará informações sobre os cuidados preventivos oferecidos pela rede de saúde e sobre o autoexame das mamas, bate papos e palestras sobre a promoção da saúde feminina, assim como orientações sobre o enfrentamento à violência de gênero, sobre o fluxo de atendimento nos equipamentos da SMDF e sobre o cadastro para os cursos gratuitos ofertados pela pasta. Também ocorrerá a ação #SextaRosa, em parceria com o Sinduscon-DF, por meio do convênio da Rede Sou Mais Mulher. A equipe da secretaria percorrerá canteiros de obras do Distrito Federal levando às trabalhadoras da construção civil palestras informativas sobre prevenção e enfrentamento ao câncer de mama. A campanha O câncer de mama é o segundo tipo de tumor mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). A campanha Outubro Rosa foi criada pela Lei n° 13.733, de 16 de novembro de 2018, e dispõe sobre a realização de atividades para conscientização sobre o câncer de mama durante o mês de outubro. Neste período, reforça-se a importância de compartilhar informações de acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, além de orientação sobre acesso e atendimento pela rede de saúde. Confira aqui a agenda completa. *Com informações da Secretaria da Mulher do DF

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Conscientização sobre sintomas da esclerose múltipla facilita diagnóstico

Brasília, 15 de agosto de 2022 – Quando recebeu o diagnóstico de esclerose múltipla, em 2017, Ana Paula Morais já havia passado por centenas de tratamentos, exames e medicamentos diferentes. Nenhum, no entanto, revelou o real motivo de tanta fadiga e dificuldade na locomoção. Hoje com 38 anos, recém-completados na quinta-feira (11), a brasiliense aprendeu a conviver com a doença e mobiliza forças para a criação e defesa de políticas públicas em prol de outros pacientes. [Numeralha titulo_grande=”2.069″ texto=”Quantidade de atendimentos em 2021 e neste ano, entre janeiro e agosto, foram mais de 1.630″ esquerda_direita_centro=”direita”] Pedagoga por formação e presidente da Associação de Pessoas com Esclerose Múltipla do DF (Apemigos-DF) desde 2017, ela é uma das pacientes do Centro de Referência da Esclerose Múltipla da Secretaria de Saúde (SES), mantido na unidade de neurologia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Outras 800 pessoas, estimadamente, também têm acesso a medicações e acompanhamentos para controle da doença. A esclerose múltipla é a enfermidade autoimune do sistema nervoso central que mais acomete jovens adultos, entre 20 e 40 anos, no mundo inteiro. Ainda não há cura e não se sabe a causa. O melhor caminho para o tratamento é o diagnóstico precoce. Presidente da Associação de Pessoas com Esclerose Múltipla do DF (Apemigos-DF), Ana Paula Morais é uma das pacientes do Centro de Referência da Esclerose Múltipla da Secretaria de Saúde, mantido na unidade de neurologia do Hospital de Base | Fotos: Renato Araújo/Agência Brasília No caso de Ana, o primeiro sintoma surgiu quando ela tinha oito anos de idade. Diferentemente das outras crianças, ela sentia muita fadiga e fraqueza nas pernas. “Tudo o que fazia parecia que demandava mais energia, demorava em tudo e vivia sempre no hospital, só que sem a suspeita de que tinha uma doença neural”, relembra ela. A descoberta só ocorreu quando Ana perdeu a mãe e ficou com o emocional muito abalado. [Olho texto=”“Em qualquer pesquisa no Google, a primeira imagem que aparece é uma pessoa com grave incapacidade, e isso não é a realidade. A maioria dos pacientes é totalmente capaz, o que é propiciado pelos tratamentos que vêm avançando. Uma pessoa com esclerose múltipla usar uma cadeira de rodas ou bengalas é resultado de um tratamento tardio ou inadequado, e a grande maioria dos pacientes não se encaixa nesse perfil”” assinatura=”Ronaldo Maciel, neurologista do Centro de Referência no Tratamento da Esclerose Múltipla da SES” esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com o neurologista membro do Centro de Referência no Tratamento da Esclerose Múltipla da SES Ronaldo Maciel, isso pode ter ocorrido porque a esclerose múltipla é uma doença oportunista. “É uma ação no sistema imunológico que provoca uma autoagressão ao sistema nervoso, ao cérebro e à medula. Quando isso acontece de forma aguda, são chamados de surtos”, afirma. O especialista acrescenta que a enfermidade deve ser identificada o quanto antes para evitar prejuízos irreversíveis à saúde do paciente. “Não é possível prever que vai acontecer; o surgimento é agudo, portanto todos os nossos esforços são para identificar precocemente a possibilidade de tratar a doença e prevenir a recorrência de outros eventos”, alega Maciel. Os principais sintomas são distúrbios visuais, embaçamento da vista, manchas, visão dupla, tontura, desequilíbrio, perda da capacidade de um dos membros, perda da capacidade de identificar temperaturas, entre outros. O acúmulo desses episódios imprevisíveis pode provocar incapacidade física, visual e cognitiva. Com a suspeita da doença, o paciente deve ser encaminhado a um especialista médico. “Dentro da SES, existe o Centro Especializado; e, uma vez confirmado e concluído o diagnóstico, procede a prescrição e é possível conseguir a medicação e outros tratamentos que o paciente pode necessitar, como acompanhamentos psicológicos”, explica Maciel. Em 2021, houve 2.069 atendimentos relacionados à enfermidade; neste ano, entre janeiro e agosto, foram mais de 1.630. Além disso, são oferecidas sete drogas para o tratamento da doença – medicamentos orais, injetáveis e intravenosos –, fornecidas mediante diretrizes do Ministério da Saúde. “Os medicamentos atuam modulando ou alterando o funcionamento anormal do sistema imunológico, para controlar a inflamação e evitar a disseminação e o acúmulo das lesões”, completa o especialista. Recomeço Atualmente, Ana utiliza cinco medicamentos diferentes destinados ao tratamento da esclerose múltipla e de outros problemas decorrentes da enfermidade. “Como é uma doença que ataca jovens, é muito comum que os pacientes desenvolvam depressão. E foi o meu caso. Imagina, você está numa idade produtiva e de repente é excluída no mercado de trabalho. Param de perguntar o que você consegue fazer, começam a supor”, revela ela. Mas, passados os anos convivendo com a doença e com as limitações impostas, ela aprendeu a lidar com a nova realidade. “A Ana Paula era uma pessoa muito cheia de coisas, e, hoje, continua assim, mas com respeito. Já entendi o meu processo. Quando sinto que não consigo fazer algo ou que naquele dia não vai dar pra sair, aviso, imponho meus limites. Não preciso provar para ninguém que dou conta”, diz ela. Apemigos realizou uma ação na Câmara Legislativa do Distrito Federal, mostrando os principais sintomas e consequências da esclerose múltipla “Recebo sempre dos pacientes a pergunta ‘o que vai ser da minha vida agora?”’, fala. “E a resposta, por mais que pareça clichê, é que ‘vai ser o que você decidir’. Há vida depois do diagnóstico, e como ela vai ser, sou eu quem decido e não a doença”, completa Ana Paula. Sob o mesmo ponto de vista, o médico especialista alega que o estigma social de que os pacientes com esclerose múltipla são incapazes é resultado da falta de conhecimento sobre o assunto. “Em qualquer pesquisa no Google, a primeira imagem que aparece é uma pessoa com grave incapacidade, e isso não é a realidade. A maioria dos pacientes é totalmente capaz, o que é propiciado pelos tratamentos que vêm avançando. Uma pessoa com esclerose múltipla usar uma cadeira de rodas ou bengalas é resultado de um tratamento tardio ou inadequado, e a grande maioria dos pacientes não se encaixa nesse perfil”, afirma Ronaldo Maciel. Conscientização Para que mais pessoas tenham conhecimento sobre a doença, foi criada a campanha Agosto Laranja, em 2014, pela associação nacional Amigos Múltiplos pela Esclerose. Na última quinta-feira (11), a Apemigos realizou uma ação na Câmara Legislativa do Distrito Federal, mostrando os principais sintomas e consequências da enfermidade. Parlamentares, assessores e outras pessoas que passaram pelo local visualizaram e sentiram os principais sintomas, que são a fadiga, visão turva e desequilíbrio. Assim, com mais conhecimento sobre a esclerose múltipla, mais pessoas podem suspeitar dos sinais; consequentemente, haverá aumento no número de diagnósticos precoces. “É uma doença subdiagnosticada, e há um intervalo muito grande entre o início da doença até o diagnóstico fundamentado. Devemos suspeitar mais, reconhecer os sinais e massificar as informações. Temos estrutura e tratamento para o diagnóstico”, conclui Maciel.

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Doença falciforme deve ser diagnosticada ainda na infância

[Olho texto=”O diagnóstico precoce é feito pelo teste do pezinho, realizado em recém-nascidos dentro do Programa de Triagem Neonatal. De acordo com o Hospital da Criança de Brasília, a cada 1.200 nascimentos no Distrito Federal, pelo menos um recém-nascido tem a doença” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Dores intensas, remédios, internações e transfusões de sangue. Esse é o dia a dia de mais de 2 mil pessoas no Distrito Federal acometidas pela doença falciforme. No Brasil, o número de pacientes sobe para 30 mil, segundo o Ministério da Saúde. A enfermidade crônica, hereditária e genética, caracteriza-se por uma falha na estrutura da hemoglobina, que ao invés de ter forma de disco, parece com uma foice ou lua minguante, prejudicando o transporte do oxigênio pelo organismo. Este domingo (19) é o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, instituído em 2008, pela Organização das Nações Unidas (ONU). A proposta é que o conhecimento sobre a enfermidade seja difundido, para facilitar o diagnóstico precoce e o tratamento por toda a rede pública. Teste do pezinho permite o diagnóstico precoce da doença falciforme, também conhecida como anemia falciforme | Foto: Breno Esaki/Arquivo SES O diagnóstico precoce é feito pelo teste do pezinho, realizado em recém-nascidos dentro do Programa de Triagem Neonatal. A criança, então, passa a ser acompanhada regularmente no Hospital da Criança de Brasília (HCB), com uma equipe especializada, esquema especial de vacinação e suplementação com ácido fólico. A família recebe apoio, orientações e técnicas de autocuidado. [Olho texto=”“Não é só uma anemia. Com a alteração da vasculatura do glóbulo vermelho, entendemos que é uma doença sistêmica, que pode prejudicar todos os órgãos do corpo”” assinatura=”Ísis Magalhães, diretora técnica do Hospital da Criança de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com dados do HCB, a cada 1.200 nascimentos no Distrito Federal, pelo menos um recém-nascido tem a doença e, atualmente, 741 crianças falciformes são atendidas na unidade. Destas, 87 fazem parte do programa de transfusão regular para prevenir o Acidente Vascular Cerebral (AVC), uma das ameaças da enfermidade. Na última quarta-feira (15), a Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) realizou um evento em comemoração ao dia de difusão de conhecimentos e informações sobre a falciforme, com participação de pacientes e profissionais da saúde. A hematologista pediatra, Ísis Magalhães, diretora técnica do HCB, explica que a falciforme impacta diretamente na rotina dos pacientes, com crises de dores, insuficiência renal progressiva e maior suscetibilidade a infecções, além do risco de alterações no desenvolvimento neurológico. “Não é só uma anemia. Com a alteração da vasculatura do glóbulo vermelho, entendemos que é uma doença sistêmica, que pode prejudicar todos os órgãos do corpo”, explica a hematologista. Arte: Agência Brasília Ela ressalta a importância de que toda a sociedade entenda que a falciforme causa dores crônicas e diversos outros problemas à saúde. “É um problema de saúde pública que tem que ser conhecido por todos e atendido por todos, nas unidades de emergência. Esse envolvimento da sociedade civil é muito importante para a busca de políticas públicas que protejam e facilitem a vida dos pacientes”, completa ela. Apoio sistêmico Hemocentro promoveu evento sobre o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB), como responsável pela gestão do Sistema de Sangue, Componentes e Hemoderivados do DF, coordena a política de atenção integral aos pacientes com falciforme. São promovidas capacitações técnicas de profissionais de saúde e estudantes da área, para orientação dos portadores de hemoglobinopatias. Já o atendimento multiprofissional em qualquer nível de atenção fica a cargo da Secretaria de Saúde do DF. O diretor-presidente da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB), Osnei Okumoto, explica que todo o sangue doado passa por análises laboratoriais para o controle de qualidade do insumo. Mas, no caso do sangue fenotipado, aquele transfundido aos pacientes falciformes, o cuidado é ainda maior. “Além de identificar o tipo sanguíneo daquela pessoa, nós detectamos vários outros antígenos para identificar qual o melhor sangue para os falciformes. É uma compatibilidade extra para que essas pessoas não desenvolvam resistência e o controle da doença fique mais difícil”, explica Osnei. O gestor acrescenta que a enfermidade não pode ser negligenciada. “É uma doença extremamente perigosa em relação a problemas neurológicos e de todas as natureza. É fundamental que possamos enxergar os pacientes de uma maneira diferente para proporcionar uma qualidade de vida maior”, pontua. Sofrimento diário Elvis Magalhães, que coordena a Associação Brasiliense de Pessoas com Doença Falciforme, foi uma das primeiras pessoas do Brasil a ficar curada | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Elvis Magalhães, 54 anos, conviveu com uma forma grave de anemia falciforme por 38 anos. Foram centenas de idas e vindas ao hospital, efeitos colaterais, medicações e tratamentos sem sucesso. Até que teve a possibilidade de ser transplantado com medula óssea do irmão mais novo e tudo mudou, sendo uma das primeiras pessoas no Brasil a ficar curada da doença. [Olho texto=”“Existe esperança para as pessoas com doença falciforme e estamos lutando para que mais pessoas tenham acesso à cura”” assinatura=”Elvis Magalhães, coordenador da Associação Brasiliense de Pessoas com Doença Falciforme” esquerda_direita_centro=”direita”] “Sabe aquele compromisso com a doença que eu tinha? Acabou. Claro, continuo me cuidando, mas é muito bom viver com mais calma. Já não tinha esperança de que algo melhorasse, mas quando surgiu a oportunidade, fiquei muito feliz”, conta. Desde 2015, mais de 150 pessoas com doença falciforme receberam transplante de medula óssea no Brasil, sendo que seis residem no DF. Atualmente, Elvis é coordenador da Associação Brasiliense de Pessoas com Doença Falciforme (Abradfal) e defende, com unhas e dentes, políticas públicas que auxiliem a vida dos pacientes, impactadas diretamente pela doença. “Existe esperança para as pessoas com doença falciforme e estamos lutando para que mais pessoas tenham acesso à cura. São inquestionáveis os avanços que tivemos nos últimos anos, mas ainda há muito a caminhar”, completa. Esperança “Não conhecia nada da doença, nada mesmo. Só depois de muito sofrimento, parei e estudei, porque precisava ajudar meu filho”, diz Emerson Silva | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília O servidor público Emerson Silva, 48 anos, não conhecia a doença até que o primeiro filho, Victor Hugo, recebeu o diagnóstico, com um ano de idade. Hoje – pai de outro menino que também tem falciforme, Rafael, 9 anos -, entende sobre os sintomas, cuidados e tratamentos da enfermidade, além de participar de eventos e palestras de conscientização. [Olho texto=”“A vida dos meus filhos já foi salva várias vezes, em internações e transfusões. O tratamento humanizado e o conhecimento sobre a doença salvam”” assinatura=”Emerson Silva, servidor público” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A descoberta da doença do primogênito ocorreu de forma inesperada: em uma visita que o menino fez à avó no trabalho, uma médica do local alertou que a criança tinha falciforme, depois de reconhecer sinais como mãos e pés inchados, e que ela deveria ser examinada urgentemente. Mesmo sem acreditar no diagnóstico visual, repassado pela avó da criança, Emerson levou o menino ao médico e teve a surpresa negativa. “Não conhecia nada da doença, nada mesmo. Só depois de muito sofrimento, parei e estudei, porque precisava ajudar meu filho”, relembra o servidor público. Victor Hugo teve que retirar o baço ainda quando criança e passou por outras cirurgias ao longo da vida, além de centenas de internações para controlar crises de dor. Mas, mesmo com a dificuldade imposta pela doença, ele conseguia manter uma vida agradável, estudando e trabalhando. No entanto, no dia 21 de dezembro de 2021, quando passava as festas de fim de ano na casa da avó, no Rio de Janeiro, Victor Hugo faleceu. Ele tinha 23 anos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Foi a única crise em que eu não estava lá pra ajudar, para mostrar para os médicos o que meu filho precisava”, lamenta Emerson, que também ressalta a importância do conhecimento médico e a credibilização da dor do paciente. Agora, quem convive com a dor é Emerson, que reúne forças para seguir na luta pela conscientização sobre a doença. “Quando todos conhecerem o que é, como trata, tudo será melhor”, diz ele. O segundo filho, Rafael, tem uma forma mais leve da falciforme e recebe o tratamento, na maioria das vezes, em casa. Quando ele foi gerado, havia a esperança de que ele fosse compatível com o mais velho, para o transplante de medula óssea, mas infelizmente não foi possível. “A vida dos meus filhos já foi salva várias vezes, em internações e transfusões. O tratamento humanizado e o conhecimento sobre a doença salvam”, finaliza.

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Dia de Combate ao Glaucoma alerta população sobre como controlar a doença

O glaucoma é uma doença causada pela elevação da pressão intraocular. Essa pressão provoca lesões no nervo ótico, comprometendo a visão e podendo levar à cegueira. Esta quinta-feira (26) é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, marcado para conscientizar e alertar a população sobre o problema de saúde. [Olho texto=”Para os pacientes que já sofrem com a doença, a rede pública de saúde do Distrito Federal disponibiliza medicamentos no Núcleo de Farmácia do Componente Especializado, com unidades no Gama, em Ceilândia e na Asa Sul” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] No Brasil, mais de um milhão de pessoas sofrem da doença, que é silenciosa em seu estágio inicial. Já em fase final, o paciente pode apresentar dor e vermelhidão nos olhos, sensibilidade à luz e perda da visão periférica. O glaucoma não tem cura, mas o diagnóstico precoce diminui as chances de a pessoa perder a visão. Portanto, é importante manter consultas periódicas com um médico oftalmologista. O tratamento geralmente é feito com medicamentos, procedimentos com laser e cirurgias, de acordo com a indicação do profissional de saúde. Os hospitais regionais de Taguatinga (HRT) e da Asa Norte (Hran), além do Hospital de Base, oferecem atendimentos em oftalmologia. Por sua vez, a rede pública de saúde do Distrito Federal disponibiliza medicamentos no Núcleo de Farmácia do Componente Especializado, com unidades no Gama, em Ceilândia e na Asa Sul. Os fármacos normalizam a pressão intraocular e impedem o avanço da doença. Para obtê-los, o paciente deve preencher formulários e entregar exames. “Depois de apresentar os documentos, a farmácia fornece os medicamentos”, afirma a especialista Núbia Vanessa Lima, referência técnica distrital em oftalmologia. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) realiza, até 31 de maio, a campanha 24 horas pelo Glaucoma | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde Conforme explica a especialista, a enfermidade geralmente acomete pessoas acima dos 40 anos. Entretanto, crianças, jovens e adultos também podem ser atingidos. Inclusive, alguns grupos são mais suscetíveis à doença. É o caso da população negra, bem como de pacientes com diabetes, hipertensão, alto grau de miopia ou histórico de glaucoma na família. O exame recomendado para recém-nascidos é o teste do reflexo vermelho (ou teste do olhinho), que é quando o pediatra usa um oftalmoscópio para observar a retina do paciente. No caso de jovens e adultos, quem constata o glaucoma é o oftalmologista, com a aferição da pressão intraocular e de exames detalhados. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Núbia alerta, ainda, que “o glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo”, mas que o paciente só chegará a esse estágio caso não faça o acompanhamento adequado, com uso de medicações apropriadas e consultas periódicas. Campanha O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) realiza, desde 20 de maio, a campanha 24 horas pelo Glaucoma. O foco é estimular a população a buscar o diagnóstico precoce da doença. A campanha vai até a próxima terça-feira (31). Durante o período, prédios e monumentos serão iluminados por luzes verdes, cor que representa o trabalho de combate à doença. O Congresso Nacional, por exemplo, refletiu o verde dos dias 21 a 24 e volta a divulgar a cor no período de 26 a 31 de maio. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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