Publicadas regras para acompanhamento dos níveis do Descoberto e Santa Maria
Entre este mês e dezembro, o acompanhamento dos níveis dos reservatórios do Descoberto e de Santa Maria será calculado por meio de curvas de referência específicas. A resolução foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta segunda-feira pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa). Reservatório do Descoberto | Foto: Divulgação/Adasa Os valores referenciados são definidos anualmente após o término do período chuvoso, quando a Adasa realiza simulações baseadas na estimativa de vazões captadas pela Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) e pelos usuários do setor agrícola e na análise de dados climáticos que incluem a previsão de chuvas médias, evaporação e vazões dos principais afluentes de cada reservatório. O balanço leva em consideração cenários similares vivenciados em anos anteriores. Os resultados das projeções são discutidos em reuniões com membros do Grupo de Acompanhamento das Curvas de Referência. De acordo com o texto, a Adasa poderá adotar medidas caso os volumes úteis dos reservatórios permaneçam abaixo dos valores estipulados nas curvas de referência, como a definição de alocação negociada de água em áreas agrícolas e intensificação das ações de fiscalização na bacia. A agência também poderá cobrar esclarecimentos da concessionária sobre medidas adicionais de gestão e operação do sistema integrado de produção e abastecimento de água a serem implementadas para compensar o eventual déficit de volume. Recuperação A resolução também define valores de referência para os meses de janeiro, março e maio de 2025, quando os reservatórios devem estar na fase de recuperação da sua capacidade de armazenamento, atingindo valores desejáveis para assegurar a sustentabilidade dos recursos hídricos no DF. Como os níveis dos reservatórios dependem de vários fatores – entre esses, a precipitação nas áreas onde estão localizados os mananciais e nascentes – e considerando a previsão de vazões abaixo da média nos rios afluentes que alimentam o Descoberto e Santa Maria, a Adasa reforça e necessidade da adoção de práticas responsáveis de consumo da água. A agência recomenda o uso racional em áreas rurais e urbanas e o aproveitamento de fontes alternativas, além de denúncias de irregularidades relacionadas aos usos dos recursos hídricos e da leitura periódica de hidrômetros, hábito que pode evitar vazamentos e o desperdício. Veja a publicação. Confira abaixo as curvas de referência para o acompanhamento do volume útil dos reservatórios. *Com informações da Adasa
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Dois reservatórios de água do DF têm valores de referência definidos
A Resolução n° 24/2023 da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), que estabelece as curvas de referência para o acompanhamento do volume útil dos reservatórios do Descoberto e de Santa Maria até dezembro deste ano, foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta segunda-feira (24). O volume útil estabelecido para o Reservatório de Santa Maria é de 76% | Foto: Divulgação/Adasa Os valores referenciados para cada mês são definidos anualmente após o término do período chuvoso e realização de reuniões com membros do Grupo de Acompanhamento das Curvas de Referência. As metas são estipuladas após simulações e análise de variáveis que incluem dados de chuva, vazão, evaporação e estimativa de captação de água para abastecimento humano. De acordo com a resolução, o volume útil estabelecido para o Reservatório do Descoberto no final de julho é de 84% e de 76% para o de Santa Maria. Já em outubro, ambos mananciais podem chegar até 51%. No texto, também é possível checar a tendência para os meses de janeiro, março e maio de 2024, quando, geralmente, os reservatórios começam a recuperar sua capacidade de armazenamento. *Com informações da Adasa
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Superada a crise hídrica, Descoberto verteu novamente
Dois anos e oito meses depois, o Reservatório do Descoberto verteu novamente. Isso ocorre quando o nível de água armazenada supera a capacidade de reserva do manancial. Dois anos e oito meses depois, o Reservatório do Descoberto verteu novamente. Isso ocorre quando o nível de água armazenada supera a capacidade de reserva do manancial. Foto: Tony Winston/Agência Brasília Na manhã desta quinta-feira (27), a barragem atingiu 100% da capacidade: 1.030,02 metros acima do nível do mar. Ao atingir o volume máximo, o Descoberto volta a abastecer a Candangolândia, o Núcleo Bandeirante e partes de Águas Claras e do Park Way (das Quadras 1 a 5), segundo informou a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Em decorrência da crise hídrica, essas regiões administrativas eram atendidas por meio de transferência do Sistema Torto-Santa Maria para o Descoberto. A vazão era de 230 litros por segundo, mesma proporção a ser incorporada na captação direta do manancial em Brazlândia. [Olho texto=”A Caesb trabalha com a previsão de o Descoberto voltar a abastecer o Guará em janeiro” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A Caesb trabalha também com a previsão de retorno de abastecimento do Guará pelo Descoberto em janeiro. Segundo o presidente da companhia, Maurício Luduvice, “essa flexibilidade hoje existente no sistema, bem como a sua capacidade de produzir mais água, foi o principal fator de suspensão do racionamento, em junho deste ano, e da superação completa da crise hídrica”. O reservatório tinha superado a capacidade máxima de armazenamento em abril de 2016 e em maio de 2015. Desde então, a alteração do ciclo hidrológico do Distrito Federal fez com que o território enfrentasse e superasse a maior crise hídrica da história. Para isso, foi preciso tomar medidas como racionar o consumo, fazer valer o uso consciente da água e investir em novas fontes de captação dos recursos hídricos. Como ficará o regime de chuvas neste ano Em dezembro, o DF acumula 171,1 milímetros de precipitação. Somente nesta madrugada, foram 22 milímetros. O quadro atual é de meses seguidos de chuvas acima da média. Novembro, por exemplo, teve 63% a mais de precipitação do que a média histórica, de 233 milímetros. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o acumulado do mês foi de 370 milímetros. Outubro também foi um período de recuperação do ciclo de chuvas no território. No período, choveram 239,4 milímetros, cerca de 50% a mais que a média esperada para o mês, de 159 milímetros. A expectativa do Inmet é que os primeiros meses de 2019 também tenham nível de precipitação alinhado com a média histórica. Os dados de hoje em nada lembram o cenário em que estava o DF havia quase dois anos, quando a situação de emergência hídrica foi decretada em 25 de janeiro de 2017. À época, o território vinha de três anos de chuvas abaixo da média. Para garantir o abastecimento de água para consumo humano, o Executivo local adotou uma série de medidas de contenção de uso. Foi necessário instituir, em 16 de janeiro de 2017, o racionamento nas regiões administrativas abastecidas pelo Reservatório do Descoberto. Em 21 de fevereiro do mesmo ano, as áreas abastecidas pelo Santa Maria também aderiram ao rodízio. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Somente em 14 de junho deste ano, a medida foi suspensa, após o DF sair da crise hídrica. Ainda para enfrentamento da situação, reduziu-se a vazão de retirada de água nos Reservatórios do Descoberto e de Santa Maria. Em seguida, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa) determinou a restrição de dias e horários para a retirada de água por produtores rurais irrigantes. Por outro lado, o governo investiu em obras para reforçar o abastecimento de água. As intervenções foram: construção de estações de captação e de tratamento de água construção da Estação de Tratamento de Água do Lago Norte construção do Subsistema Produtor de Água do Bananal, que interligou os dois principais sistemas produtores de água permitindo a transferência do Santa Maria-Torto para o Descoberto retomada das obras de captação de água em Corumbá recuperação das nascentes na Bacia do Descoberto revitalização dos canais que reabastecem o Descoberto e do canal Santos Dumont em Planaltina busca por financiamento internacional para fazer a tubulação desses canais O uso consciente de água na produção rural foi estimulado por meio de capacitações oferecidas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). A equipe técnica da empresa orientou os produtores a adotarem os sistemas de microaspersão e de gotejamento para reduzir as perdas na irrigação. [Numeralha titulo_grande=”49%” texto=”Redução no consumo de água do Metrô-DF durante a crise hídrica em Brasília” esquerda_direita_centro=”direita”] Órgãos públicos também aderiram a práticas sustentáveis, como a Companhia do Metropolitano (Metrô-DF), que diminuiu o consumo em 49%. Embora o período de restrição hídrica tenha chegado ao fim, a recomendação é de manter a economia de água. Assim, podem fazer parte da rotina os seguintes hábitos: colocar as máquinas de lavar louças e roupas para funcionar apenas na capacidade máxima escovar os dentes com a torneira fechada evitar água corrente para lavar carro e regar plantas; em vez disso, trocar por baldes e regadores, por exemplo tomar banhos de até 5 minutos Colaborou Jade Abreu. Edição: Raquel Flores
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Adasa anuncia fim de situação crítica de escassez hídrica
A situação crítica de escassez hídrica será oficialmente suspensa no Distrito Federal com a revogação da Resolução nº 15, de 16 de setembro de 2016. A medida poderá ser tomada porque os Reservatórios do Descoberto, em Brazlândia, e de Santa Maria, no Parque Nacional de Brasília, estão com níveis satisfatórios de armazenamento — 96,9% e 62,8%, respectivamente. Foto: Tony Winston/Agência Brasília A medida poderá ser tomada porque os Reservatórios do Descoberto, em Brazlândia, e de Santa Maria, no Parque Nacional de Brasília, estão com níveis satisfatórios de armazenamento — 96,9% e 62,8%, respectivamente. De acordo com a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa), a resolução será revogada por meio de outra a ser publicada no Diário Oficial do DF de sexta-feira (21). O anúncio foi feito nesta segunda-feira (17), pelo diretor-presidente da Adasa, Paulo Salles, em entrevista coletiva à imprensa na sede do órgão. [Olho texto='”De acordo com nossas simulações, acreditamos que não teremos esse problema em 2019″‘ assinatura=”Paulo Salles, diretor-presidente da Adasa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A decisão de suspender a situação crítica de escassez hídrica foi tomada em reunião da diretoria colegiada da Adasa, explicou Paulo Salles. “De acordo com nossas simulações, acreditamos que não teremos esse problema em 2019. Pode haver uma diminuição no volume dos reservatórios, mas esperamos que eles fiquem em um volume aceitável.” Com a medida, os produtores rurais também terão ampliado o período de captação de água para irrigação. Antes restrita ao intervalo das 6 às 9 horas e das 17 horas às 18h30, a depender do afluente, agora a irrigação está liberada, desde que seja observada a vazão de retirada outorgada pela Adasa para a propriedade. Apesar de a situação atual ser bem mais confortável do que há dois anos, o trabalho de acompanhamento dos recursos hídricos permanece. Entre as atribuições mantidas está a definição da curva de acompanhamento do volume útil dos reservatórios. Nível altimétrico do Lago Paranoá é definido em resolução Além disso, por meio da Resolução nº 33, publicada no Diário Oficial, ficou definido hoje o nível altimétrico adequado para garantir os usos múltiplos do Lago Paranoá. A norma estabelece a cota mínima do reservatório em 999,8 metros. Se forem necessárias a abertura de comportas da Barragem do Paranoá ou a renovação da camada superficial do espelho d’água, permite-se a redução a até 999,5 metros. A cota máxima do Lago Paranoá é de 1.080 metros. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A resolução autoriza oscilações de 2 centímetros abaixo do padrão altimétrico, caso seja preciso para a operação da Pequena Central Hidrelétrica, a Usina do Paranoá. No entanto, o nível deve ser recomposto em até dois dias. Se for constatada redução acima do permitido, a Adasa pode aplicar penalidades à CEB Geração S.A., subsidiária da Companhia Energética de Brasília (CEB). Pela norma, a companhia deve manter a vazão remanescente à jusante da barragem, ou seja, após as comportas, de 700 litros por segundo no período de estiagem — de maio a outubro. No período chuvoso, de novembro a abril, o fluxo de saída mínimo deve ser de 1,2 mil litros por segundo. Medidas de enfrentamento da crise hídrica no DF Para garantir o abastecimento de água para consumo humano, o Executivo local adotou uma série de medidas de contenção de uso. Em 16 de janeiro de 2017, foi necessário instituir o racionamento nas regiões administrativas abastecidas pelo Reservatório do Descoberto. Também no ano passado, em 21 de fevereiro, as áreas abastecidas pelo Santa Maria também aderiram ao rodízio. Somente em 14 de junho de 2018 a medida foi suspensa, depois de o DF sair da crise hídrica. Para enfrentamento da situação, reduziu-se, ainda, a vazão de retirada de água nos reservatórios do Descoberto e de Santa Maria nos reservatórios do Descoberto e de Santa Maria. Em seguida, a Adasa determinou a restrição de dias e horários para a retirada de água por produtores rurais irrigantes. Edição: Raquel Flores
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Brasília encerra racionamento após economizar água e reabastecer reservatórios
A partir desta sexta-feira (15), o abastecimento de água no Distrito Federal se normalizará, com o fim do rodízio. A partir desta sexta-feira (15), o abastecimento de água no Distrito Federal se normalizará, com o fim do racionamento. Em entrevista coletiva nesta quinta (14), o governador Rodrigo Rollemberg detalhou as medidas que permitiram o encerramento do rodízio. Foto: Tony Winston/Agência Brasília Depois de um ano e cinco meses, em que a redução de consumo se aliou a investimentos no setor, o governo local se encontra com recursos hídricos suficientes para atender a população até o próximo período chuvoso. As providências tomadas para encerrar o racionamento foram detalhadas em entrevista coletiva nesta quinta-feira (14) no Palácio do Buriti. Além da recuperação dos reservatórios do Descoberto e de Santa Maria, a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) destaca a conclusão de novas fontes de captação e de transferência de água entre os sistemas. O início da captação no Subsistema Produtor de Água do Bananal e a retirada de água do Lago Paranoá, com a Estação de Tratamento de Água do Lago Norte inaugurada em outubro de 2017, são parte das intervenções. Juntas, essas obras colocam no sistema local 1,4 mil litros de água por segundo (l/s). Na coletiva, o governador Rodrigo Rollemberg explicou que, desse total, 550 l/s são destinados a regiões administrativas antes abastecidas pelo Descoberto. Isso diminui a pressão sobre o reservatório e permite que a captação média nele seja menor do que antes da crise hídrica. [Olho texto=”Tanto o reservatório do Descoberto quanto o de Santa Maria ultrapassaram com antecedência as metas de referência estabelecidas para junho pela Adasa-DF” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A autorização atual da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa) para a Caesb, válida a partir de sexta (15), é para captar a vazão média mensal de 4,3 mil litros por segundo no Descoberto contra os 4,9 mil l/s permitidos antes do racionamento. No período de contenção, a quantidade foi reduzida para 3,3 mil l/s. A essas medidas se unem as chuvas dos últimos meses. A área técnica da Caesb elaborou projeções dos volumes dos reservatórios para o período de estiagem do DF e concluiu, diante de diversos cenários, que eles alcançarão níveis mínimos suficientes. A previsão é que o Descoberto chegue ao fim de outubro de 2018 com 44% e o Santa Maria, com 42%. O reservatório do Descoberto está atualmente com 92,9% de volume útil. O de Santa Maria soma 59,9% — dados dessa quarta-feira (13). Ambos ultrapassaram com antecedência as metas de referência estabelecidas para junho pela Adasa, respectivamente de 79% e de 56%. Há um ano, o Descoberto media 51,9%, e o Santa Maria, 51,4%. Para fortalecer o abastecimento nas próximas décadas, estão em construção o Subsistema e o Sistema Produtor de Água Corumbá, que, na primeira etapa de funcionamento, terá capacidade de captar 1,4 mil litros de água por segundo (l/s). O número sobe para 2,8 mil l/s na fase final. Como essa última obra é fruto de um consórcio entre DF e Goiás, metade do volume abastecerá cada unidade da Federação. No futuro, a captação poderá ser ampliada para 5,6 mil litros por segundo. Rollemberg ressaltou que, embora tenha havido contribuição das chuvas, elas ainda foram abaixo da média. “Grande parte da melhoria é resultado de um esforço conjunto, centrado no tripé investimentos; redução do consumo pela população; e colaboração dos agricultores.” Investimentos e medidas na crise hídrica Os investimentos no setor superam R$ 520 milhões. Na estação do Lago Paranoá, foram R$ 42 milhões do governo federal mais R$ 3,5 milhões da tarifa de contingência cobrada pela Caesb. Já no Subsistema Produtor de Água do Bananal, o valor foi de cerca de R$ 20 milhões. Para o Sistema Produtor de Água Corumbá, os recursos do DF somam R$ 275 milhões de verbas próprias da Caesb via financiamento — o governo de Goiás investe valor igual —, e a previsão é que a intervenção esteja pronta no fim deste ano. A Companhia de Saneamento Ambiental focou ainda na interligação dos dois principais sistemas produtores de água, permitindo a transferência do Santa Maria-Torto para o Descoberto. Para isso, investiu quase R$ 12 milhões da tarifa de contingência. [Numeralha titulo_grande=”24,2 bilhões de litros” texto=”Quantidade de água que os brasilienses economizaram desde janeiro de 2017, segundo dados da Caesb” esquerda_direita_centro=”direita”] A medida é importante para reduzir a dependência da cidade em relação ao reservatório do Descoberto. Antes da crise hídrica, ele era responsável pelo abastecimento de 1.631.549 pessoas, ou seja, mais de 60% da população. Com a transferência de água entre os sistemas, o Descoberto passou a abastecer 52,09% (1.409.817 pessoas). O de Santa Maria pulou de 20,61% (557.820 pessoas) para 28,80%, ou 779.552 habitantes. Os sistemas isolados e de pequenas captações (Brazlândia, Planaltina, São Sebastião e Sobradinho) fornecem, juntos, água para 19,11% da população, ou 517.139 pessoas. Um exemplo de como é feita a transferência entre os sistemas está na Estação de Tratamento de Água Brasília (ETA Brasília), inaugurada em abril deste ano. Ela leva água captada no Ribeirão Bananal e no Lago Paranoá para o reservatório do Cruzeiro, o mais alto da região central do DF. De lá, o líquido vai para regiões tradicionalmente abastecidas pelo Descoberto, como Candangolândia, Guará e Vicente Pires. Também foi investido R$ 1,6 milhão no Subsistema do Gama. A tarifa de contingência foi cobrada de outubro de 2016, quando Brasília entrou em situação crítica de escassez hídrica, a junho de 2017. Outros R$ 170 milhões são investidos pela Caesb para redução e controle de perdas no sistema. Isso inclui a troca de mais de 200 mil hidrômetros no DF, válvulas redutoras de pressão, monitoramento e obras de setorização e adequação das redes de água. As perdas diárias por ligação caíram de 381 litros em 2015 para 313 litros no ano passado, superando a meta de 2017 da companhia, que era de 349 litros por dia e por ligação. Uso consciente da água deve permanecer Desde janeiro de 2017, quando o rodízio foi iniciado no DF, a Caesb avalia que foram economizados ao menos 24.197.276.250 litros de água no Distrito Federal — quantidade equivalente a cerca de 9,6 mil piscinas olímpicas cheias. A economia, entretanto, é ainda maior, de acordo com a companhia, porque desde 2016 eram feitas reduções de pressão na rede e campanhas sobre a crise hídrica. Além disso, a população atendida em 2017 e 2018 é superior à de 2016. O consumo diário de água por pessoa segue em queda no DF. A quantidade, que já foi de 189 litros em 2014, caiu para 153 litros em 2015. No ano de 2016, chegou a 147 litros e, em 2017, reduziu para 129 litros por habitante. A equipe da Caesb acredita que o uso consciente deve permanecer após o fim do rodízio. As primeiras medidas na crise hídrica do DF foram a intensificação de campanhas educativas e o aumento na fiscalização para coibir captação ilegal de água. Nas ações, identificaram-se mais de mil poços irregulares. No esforço coletivo para economizar e evitar o desperdício, brasilienses se engajaram em iniciativas com sistemas simples de captação da água da chuva. [Olho texto=”Embora os reservatórios tenham atingido níveis satisfatórios, a recomendação do governo é de cautela diante das incertezas climáticas” assinatura=”” esquerda_direita_centro=””] Produtores rurais usaram técnicas ensinadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) para aderir a maneiras mais econômicas e eficazes de irrigação. Com isso, espera-se que, mesmo com o fim do racionamento, haja uma redução no consumo. Com planos de manejo de irrigação e sistemas mais poupadores na área rural, a economia é de 74 litros por segundo. Além disso, revitalização de canais de irrigação diminuiu o desperdício em 76,56 l/s. Órgãos públicos também aderiram a práticas sustentáveis, como o Metrô-DF, que diminuiu o consumo em 49%. Para manter a consciência sobre o tema, a Adasa alerta que, “embora os reservatórios tenham atingido níveis satisfatórios”, a recomendação é de cautela diante das incertezas climáticas. A orientação é para: Colocar as máquinas de lavar louças e roupas para funcionar apenas na capacidade máxima Escovar os dentes com a torneira fechada Evitar água corrente para lavar carro e regar plantas, trocando por baldes e regadores, por exemplo Tomar banhos de até cinco minutos Acesse a apresentação do governador Rodrigo Rollemberg sobre o fim do racionamento de água no Distrito Federal. Edição: Marina Mercante
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Adasa estabelece curva de referência para Reservatório de Santa Maria até dezembro
Foi publicada nesta quarta-feira (30), no Diário Oficial do Distrito Federal, a resolução que estabelece a curva de referência para o acompanhamento do volume útil do Reservatório de Santa Maria para o período de maio a dezembro de 2018. A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) elaborou a curva como instrumento de apoio à tomada de decisão para gestão dos recursos hídricos. De acordo com a Resolução nº 12, de 29 de maio de 2018, o volume útil do reservatório deverá atingir o limite mínimo de 30,3% em novembro. A Adasa fará o acompanhamento das previsões climáticas, do nível do reservatório e das vazões dos principais afluentes do Reservatório de Santa Maria (Milho Cozido, Vargem Grande e Santa Maria). Além disso, por meio de reuniões mensais com a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), analisará o cumprimento da curva de referência. Ainda segundo a resolução publicada hoje, a Caesb deverá operar os sistemas de abastecimento do Descoberto e do Santa Maria-Torto (que também conta com as captações do Bananal e Lago Paranoá, de forma integrada), com o objetivo de resguardar ao máximo o volume útil do Reservatório de Santa Maria. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”]
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Caesb alerta para importância de manter o uso consciente mesmo após o racionamento
O agricultor Francisco Silva de Sousa, de 42 anos, mudou o jeito de irrigar a plantação de morangos que mantém no Assentamento Betinho, em Brazlândia, durante o racionamento de água. Substituiu aspersores por microaspersores e gotejamento em agosto de 2017. O agricultor Francisco Silva de Sousa, de 42 anos, mudou o jeito de irrigar a plantação de morangos que mantém no Assentamento Betinho, em Brazlândia, durante o racionamento de água. Substituiu aspersores por microaspersores e gotejamento em agosto de 2017. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília Ele sentiu a diferença no bolso. Após a troca, o custo mensal com o serviço passou de R$ 350 para R$ 250. A água, retirada de um poço instalado na propriedade, atende à irrigação do 1,5 hectare de produção. “Foi bom mudar. Faz bem para o meio ambiente e para a economia”, diz. Em um ano e três meses de racionamento, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) registrou redução de 12% na média do volume de água captado no DF. Muito disso vem dos hábitos incorporados pela população, seja no campo, seja na cidade. “A média de chuva acumulada em Brazlândia de setembro a maio, historicamente, é de 1.480 milímetros [mm]. De setembro de 2017 a maio de 2018, foi de 1.283 mm. E, mesmo com a chuva abaixo da média, o Descoberto se recuperou”, aponta o presidente da Caesb, Maurício Luduvice. O desafio, agora, é manter a economia após o fim do rodízio, em 15 de junho. O que a população pode fazer para manter a economia de água no DF O consumo elevado, com média histórica acima de 150 litros de água por dia per capita, aliado à grilagem de terras e à ocupação desordenada do solo, mostrou que pode faltar água. Enquanto a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) auxilia produtores rurais a modernizarem a irrigação, para evitar desperdício de água, a Caesb reforça as recomendações para o uso residencial: Tomar banhos de até cinco minutos Escovar os dentes com a torneira fechada Evitar água corrente para lavar carro e regar plantas, trocando por baldes e regadores, por exemplo Colocar as máquinas de lavar louças e roupas para funcionar apenas na capacidade máxima Santa Maria terá captação de água maior apenas durante a seca A captação tanto no Descoberto quanto no Santa Maria caiu progressivamente no racionamento. Em 2016, a média foi de 4,7 mil litros por segundo no Descoberto e de 1.228 litros por segundo no Santa Maria. Em 2017, de 3.745 e 993, respectivamente. Neste ano, as quantidades são 3.181 e 121. Ao adicionar o Lago Paranoá e o Ribeirão Bananal ao sistema que também engloba o Santa Maria e o Torto, o governo de Brasília pode deixar a captação baixa no Santa Maria e incrementá-la apenas no período de seca. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Nos últimos 30 dias, a captação média no Lago Paranoá foi de 580 litros por segundo. No Bananal, de 540. No Torto, de 1.140. Já no Santa Maria, de 115. “O Santa Maria é um reservatório que enche e esvazia de forma mais lenta que o Descoberto. A captação aumentará na estiagem”, explica Luduvice. O que vai garantir a segurança hídrica a médio e longo prazos na capital federal, no entanto, é o Sistema Produtor Corumbá. A entrega está prevista para dezembro. A captação no Lago Corumbá 4 vai adicionar mais 2,8 mil litros por segundo de água para o DF. A Caesb atualiza os números todas as segundas-feiras. Os dados utilizados neste texto são de 7 de maio. Edição: Marina Mercante
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Elevatória da ETA Brasília é inaugurada nesta terça (10)
Inaugurada nesta terça-feira (10), a elevatória da Estação de Tratamento de Água Brasília (ETA Brasília) será fundamental para levar água captada no Ribeirão Bananal e no Lago Paranoá para regiões tradicionalmente abastecidas pelo Sistema Produtor Descoberto. Elevatória da ETA Brasília levará até 1,2 mil litros por segundo para o reservatório do Cruzeiro, 700 deles destinados a regiões tradicionalmente abastecidas pelo Descoberto. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília A estrutura vai levar até 1,2 mil litros de água por segundo para o reservatório do Cruzeiro, o mais alto da região central do DF. Dessa quantidade, até 700 litros serão transferidos para locais como Candangolândia, Guará I e II, Águas Claras e Vicente Pires. Os outros 500 ficam na área central. “Esse tipo de obra traz versatilidade e sustentabilidade ao sistema de captação de água do DF”, destacou o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, que observou que a quantidade de chuva que caiu no Descoberto variou pouco de 2015 a 2017 — 1.237,8 milímetros (mm), em 2015; 1.244,6 mm, em 2016; e 1.222 mm, em 2017. “Ainda assim, estamos com quase 82% do Descoberto cheio. No mesmo período do ano passado, eram 55%. São as obras de engenharia as principais responsáveis pelos níveis dos reservatórios e, com isso, o racionamento deve acabar em breve”, afirmou o governador. O chefe do Executivo local ainda destacou os investimentos do governo em água e esgoto: A captação do Bananal A captação do Lago Paranoá A Estação de Tratamento de Água Lago Norte A rede de esgoto de Águas Lindas (GO) Elevatórias e obras em andamento do Sistema Produtor Corumbá. Qual é o caminho da água na elevatória da ETA Brasília e o preço da obra A elevatória fica na ETA Brasília. Por ela, passarão as águas tratadas na própria estação e na do Lago Norte, que passa pelo booster do Noroeste — estrutura entregue em 2017 e que permitiu a distribuição da água do Lago Paranoá para além do Lago Norte e parte da Asa Norte. “Esse tipo de obra, assim como o booster do Noroeste, permite levar a água do Lago Paranoá e a do Bananal por todo o DF, diminuindo a carga sobre o Descoberto e o Santa Maria”, explicou o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Maurício Luduvice. A obra custou cerca de R$ 6,5 milhões, recursos provenientes da arrecadação com a tarifa de contingência. Funcionário da Caesb é homenageado na inauguração de elevatória da ETA Brasília Na cerimônia de hoje, foi homenageado o superintendente de Manutenção Industrial da Caesb responsável pela obra, André Luiz de Pádua Pereira. Ele morreu em março deste ano, vítima de câncer de próstata, aos 61 anos. “O trabalho dele permitiu a melhor distribuição da água em todo o DF”, frisou Rollemberg. “Eu até tinha oferecido uma assessoria, mas ele rejeitou, queria continuar na função, mesmo após o diagnóstico”, disse Luduvice. O nome de André Luiz está registrado na placa de inauguração da elevatória. Leia o pronunciamento do governador Rodrigo Rollemberg na inauguração da elevatória da ETA Brasília. Edição: Paula Oliveira
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Bananal e Lago Paranoá ajudam a bater metas de reservatórios antes do tempo estimado
A maior diversificação de fontes de abastecimento no Distrito Federal — com a inclusão de captações no Bananal e no Lago Paranoá — tem contribuição fundamental na recuperação dos níveis dos reservatórios do Sistema do Descoberto e do Torto-Santa Maria. A Barragem do Descoberto em 21 de fevereiro, com nível em 54,2%. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília A Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) aponta que é preciso trabalhar em dois pilares no combate à crise hídrica: aumentar a capacidade de produção e reduzir as perdas. “Duas coisas são importantes: a diversificação, que reduz a dependência e torna o abastecimento mais flexível e robusto, e a redução do consumo”, explica o presidente da companhia, Maurício Luduvice. Na quarta-feira (21), o Descoberto marcava volume de 54,2% — acima das metas de 32% de referência de fevereiro e de 50% de março e abril. O Torto-Santa Maria registrava 40,4%. Ou seja, também ultrapassa a meta de 36% do mês e se aproxima de 41% de março. Mais captação de água e menos retirada Além de ampliar a captação com mais fontes, o governo tomou medidas, desde o presságio da crise hídrica, como diminuir a pressão da água, promover campanhas educativas, racionar o abastecimento e transferir água entre os sistemas. [Olho texto=”As chuvas têm participação essencial nos reservatórios, mas a redução na vazão é fundamental” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Luduvice destaca que as chuvas têm participação essencial nos reservatórios, mas a redução na vazão é fundamental. “Ainda estamos com chuva abaixo da média histórica”, pondera. Em dezembro de 2016, a vazão no Descoberto era de 4.406,75 litros por segundo (l/s). Em janeiro de 2018, o número caiu para 3.240,42 l/s. No Sistema Integrado Torto-Santa Maria, a vazão, em dezembro de 2016, era de 2.892,54 litros por segundo. Em janeiro deste ano, a vazão no sistema — já fortalecido com as captações do Bananal e do Lago Paranoá — foi de 2.093,67 litros por segundo. Desse número, 640,91 l/s correspondem ao Subsistema Bananal, e 412,75 l/s, à captação no Lago Paranoá. No Santa Maria, a vazão reduziu de 1.763,38 l/s para 38,85 l/s. No Torto, a diminuição foi de 1.129,16 l/s para 1.001,16 l/s. Transferências de água entre os sistemas beneficia o Descoberto Embora diretamente contabilizada no Sistema Torto-Santa Maria, a captação de água no Bananal e no Lago Paranoá também beneficia o Descoberto. Isso porque a Caesb investiu em mecanismos para ampliar a transferência de água entre os dois maiores sistemas produtores de água do DF. Assim, toda a população é beneficiada. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Antes da transferência, a dependência do Sistema do Descoberta era maior. Ele era responsável por abastecer 60,28% do Distrito Federal — equivalente a 1.631.549 pessoas —, enquanto o Torto-Santa Maria correspondia ao abastecimento de 20,61% (557.820 pessoas). Os sistemas isolados e de pequenas captações (Brazlândia, Planaltina, São Sebastião e Sobradinho) forneciam, juntos, água para 19,11% da população, ou 517.139 pessoas. Com a transferência e a entrada do Bananal e do Lago Paranoá no Torto-Santa Maria, a dependência diminuiu. Em janeiro deste ano, o Descoberto cobriu 52,09% do abastecimento (1.409.817) e o Torto-Santa Maria, 28,80%. Edição: Paula Oliveira
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Água do Lago Paranoá vai poupar ainda mais os Sistemas Descoberto e Santa Maria
O booster do Noroeste, inaugurado na manhã desta segunda-feira (15), vai permitir o bombeamento de água do Lago Paranoá, captada no Lago Norte, para os reservatórios da Estação de Tratamento de Água (ETA) de Brasília, no Plano Piloto. Com a inauguração do booster do Noroeste nesta segunda-feira (15), serão transferidos até 280 litros por segundo da captação no Lago Norte para a Estação de Tratamento de Água de Brasília, no Plano Piloto. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília O investimento foi de R$ 1,49 milhão. Com ele, a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) poderá transferir até 280 litros de água por segundo e, dessa maneira, ajudar a diminuir a demanda dos reservatórios de Santa Maria e do Descoberto. “Amanhã o racionamento completa um ano. O Descoberto chegará com cerca do dobro do volume com o qual estava naquele período”, disse o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, na cerimônia de inauguração. A estrutura fica às margens da W7, no Noroeste. “Agora, com o booster, podemos transferir mais água do Sistema Santa Maria-Torto para regiões abastecidas pelo Descoberto, que amanhã deve chegar a 39%.” [Olho texto=”“Amanhã o racionamento completa um ano. O Descoberto chegará com cerca do dobro do volume com o qual estava naquele período”” assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A quantidade de água captada no Lago Norte que vai para a ETA Brasília é o excedente da região abastecida pelo manancial. Os 700 litros por segundo são mais que o necessário para abastecer Asa Norte, Itapoã, Lago Norte, Paranoá, parte de Sobradinho II e Taquari. “O que lançamos hoje aqui é uma elevatória de pressurização. Invertemos o fluxo, trazendo água do Lago Norte para o Plano Piloto e aumentando a transposição de água”, disse o presidente da Caesb, Maurício Luduvice. “Antes, a água ia da região central para o Lago Norte. Com o booster e a ETA, passa a fazer o caminho inverso.” A inversão de fluxo citada por Luduvice já leva água para Asa Sul, Asa Norte, Noroeste e Sudoeste. Em breve, outras áreas do DF, como Águas Claras, Guará e Vicente Pires, também vão poder receber recursos hídricos do Lago Paranoá. O booster entrou em funcionamento na quinta-feira (11) e hoje foi inaugurado oficialmente. Leia o pronunciamento do governador Rodrigo Rollemberg na inauguração do booster do Noroeste. Edição: Paula Oliveira
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Adasa apresenta curva de acompanhamento do Descoberto para primeiros meses de 2018
As novas metas mensais da curva de acompanhamento para o Reservatório do Descoberto foram divulgadas pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (7). Os níveis mínimos de volume são para o período de dezembro de 2017 a maio de 2018. O diretor-presidente da Adasa, Paulo Salles, em entrevista coletiva para anunciar as metas mensais para o Reservatório do Descoberto nos primeiros meses de 2018. Foto: Tony Winston/Agência Brasília Esse acompanhamento é fundamental para monitorar o abastecimento de água em Brasília. Se mantidas as atuais condições, será possível evitar o segundo dia semanal de racionamento. As metas mensais serão: Dezembro de 2017: 11% Janeiro de 2018: 15% Fevereiro: 32% Março: 43% Abril: 50% Maio: 50% A resolução que trata do volume mensal mínimo para os cinco primeiros meses de 2018 será publicada no Diário Oficial do DF nesta sexta-feira (8). As porcentagens da curva de acompanhamento são definidas por critérios como precipitação e vazão dos afluentes, aferidas semanalmente pela Adasa. A Adasa trabalha com três cenários possíveis: um de que o ciclo de chuvas nos próximos meses seja semelhante ao dos primeiros cinco meses deste ano; um com 20% a menos de chuvas no referido período; e um com 20% a mais de chuvas. “A quantidade que tem caído tem nos dado um alento. No entanto, ainda estamos em dezembro e temos a expectativa de chuvas por mais quatro meses. Precisamos esperar o que virá para termos uma situação mais clara de como será a próxima seca”, destacou o diretor-presidente da Adasa, Paulo Salles. Previsão para 2018 ainda é de chuvas abaixo do esperado A previsão para o ano que vem ainda é de chuvas abaixo do esperado, de acordo com projeções do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Assim, mesmo no período de alta umidade, a capacidade dos reservatórios não deverá ser plenamente recuperada. Será o quarto ano hidrológico abaixo da média histórica. A situação obriga, então, à manutenção das medidas de enfrentamento da crise hídrica, como o racionamento de água. Desde que a Adasa determinou à Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) a redução da vazão captada no Descoberto, houve uma redução de 21% na quantidade de água retirada do reservatório. O significado disso, segundo a agência reguladora, é que a população tem economizado no consumo de água. Quanto ao segundo dia de rodízio de fornecimento, ele não está descartado. No entanto, a medida ainda não é necessária. “Estamos com 10% de volume do reservatório, e isso é muito pouco. A situação é grave, e a hora de poupar é agora. O segundo dia de racionamento depende da quantidade de água que temos no reservatório e em que momento [época do ano] estamos”, disse Paulo Salles. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Apesar desse cenário de cuidados, a capacidade do DF no enfrentamento da crise hídrica é muito maior que antes, na avaliação do diretor-presidente da Adasa. “Temos o Sistema Produtor do Bananal e do Lago Paranoá. Estamos com uma oferta maior do que a que tínhamos no ano passado”, destacou. Ainda de acordo com Salles, os níveis para o Reservatório de Santa Maria deverão ser divulgados na semana que vem. Fiscalização no Descoberto evitou situação hídrica ainda mais grave Como forma de evitar o desperdício de água, a Adasa intensificou vistorias na Bacia do Descoberto. Em 2017, equipes da agência retiraram 30 captações superficiais irregulares e lacraram 12 bombas. O balanço do ano, até o momento, foi de: 419 termos de notificação 8 autos de infração 68 advertências 39 multas Edição: Marina Mercante
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Chuvas na última semana de novembro estão dentro do previsto
Para avaliar a situação climática do Distrito Federal, o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg reuniu-se com o diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Francisco de Assis Diniz, na tarde desta quinta-feira (23). O encontro ocorreu na sede do instituto. Governador Rodrigo Rollemberg reuniu-se com o diretor do Inmet, Francisco de Assis Diniz, para avaliar a situação climática do DF. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília Na saída, o governador disse que estão previstas chuvas dentro da normalidade na última semana de novembro, e, na primeira de dezembro, devem ter maior intensidade. “Vamos esperar que se confirme, porque, com isso, teremos aumento no volume das águas na Barragem do Descoberto.” A previsão para o fim de novembro condiz com as chuvas do mês até o momento, que ficaram dentro da média normal. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Rollemberg também falou sobre medidas para aumentar a capacidade de abastecimento no DF. “Já inauguramos duas unidades de captação e de tratamento [Subsistema do Bananal e Estação de Tratamento de Água do Lago Norte]. Com isso, fazemos com que cidades abastecidas pelo Reservatório do Descoberto recebam pelo de Santa Maria”, exemplificou. O governador disse ainda que a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) e a Companhia de Saneamento Básico do DF (Caesb-DF) trabalham com os irrigantes da região do Descoberto para que a água seja usada com mais eficiência. “Concluímos o terceiro ano seguido com volume de chuvas abaixo da média histórica, mas estamos otimistas com a previsão de chuvas associada com as medidas tomadas para garantir o abastecimento da população”, finalizou Rollemberg. Edição: Raquel Flores
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Adasa autoriza ampliação do racionamento, mas medida ainda não será adotada
A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) autorizou a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) a ampliar o período de rodízio de fornecimento de água de 24 para 48 horas semanais, mas ainda não há previsão para o início desse aumento. [Olho texto='”Não há uma decisão ainda. E, quando houver, seguirá critérios absolutamente técnicos”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo a Caesb, já existe um plano estruturado para ser colocado em prática, caso necessário. Em nota oficial, a companhia garante, no entanto, “que, neste momento, o rodízio não será ampliado” e que “a decisão será amplamente divulgada e com antecedência”. O governador Rodrigo Rollemberg ressaltou, nesta sexta-feira (20), que não há previsão para ampliar o racionamento. “Não há uma decisão ainda. E, quando houver, seguirá critérios absolutamente técnicos”, disse, durante o lançamento da estação solar da Guariroba, em Ceilândia. A autorização da Adasa está na Resolução nº 23, publicada nesta sexta (20) no Diário Oficial do DF. Captação do volume morto do Descoberto Responsável pelo fornecimento de água de mais de 60% do DF, o Reservatório do Descoberto está com o nível em apenas 10,5%. Técnicos da Caesb acompanham a evolução dos níveis do Reservatório do Descoberto. Companhia esclarece que, se decisão for necessária, será amplamente divulgada com antecedência. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília 16.10.2017 Como a chuva não tem aparecido, a Adasa autorizou ainda, na Resolução nº 24, também publicada hoje (20), a Caesb a utilizar R$ 6,25 milhões para a captação do volume morto do principal manancial de seu sistema. São R$ 5 milhões da tarifa de contingência e R$ 1,25 milhão (25% de reserva adicional). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Outros R$ 15 milhões (R$ 12 milhões da tarifa de contingência e R$ 3 milhões de 25% de reserva adicional) poderão ser usados para a construção da adutora e elevatória Olhos d’Água (R$ 7 milhões), da adutora e elevatória Alagado (R$ 4,5 milhões) e da elevatória Ponte da Terra (R$ 500 mil). Todas essas estruturas ficam no Subsistema Gama, parte do Descoberto. Além disso, a Adasa determinou a suspensão da captação superficial em dias pares nos córregos Chapadinha, Olaria, Capão Comprido, Rodeador e Ribeirão das Pedras, afluentes do Descoberto. O objetivo é reduzir de todos os modos a perda de água na região. Para tratar desses assuntos, a Caesb convocou uma entrevista coletiva para esta sexta-feira (20), às 15 horas, no auditório da sede da companhia (Avenida Sibipiruna, Lotes 13/21, Águas Claras). Edição: Marina Mercante
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Governo vai captar recursos no exterior para combater a crise hídrica
O governo de Brasília negocia a liberação de US$ 41,1 milhões (cerca de R$ 130 milhões) para formalizar o programa Brasília Capital das Águas, que prevê uma economia de até 747 litros por segundo de água e propõe ações para manter a boa qualidade dos recursos hídricos do Rio Descoberto e do Lago Paranoá. Como a liberação desse tipo de financiamento depende de aprovação do Poder Legislativo, o Executivo local protocolou, nesta terça-feira (3), na Câmara Legislativa, o Projeto de Lei nº 1.762, de 2017. No âmbito do Brasília Capital das Águas, os novos recursos serão destinados a três grandes frentes de atuação: o incentivo ao uso sustentável da água na atividade agropecuária da região do Descoberto; a implementação de infraestrutura urbana e recuperação de áreas degradadas na orla do Lago Paranoá; e a gestão do próprio programa. [Olho texto='”O resultado mais importante do programa Brasília Capital das Águas será o aumento de 747 litros por segundo do volume de água que chegará ao Reservatório do Descoberto”‘ assinatura=”Fábio Pereira, secretário adjunto da Casa Civil do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O resultado mais importante do programa Brasília Capital das Águas será o aumento de 747 litros por segundo do volume de água que chegará ao Reservatório do Descoberto. Somado à captação que começou a ser feita no Lago Paranoá [700 litros por segundo] e à que virá do Bananal [726 litros por segundo], teremos um volume maior do que retiramos atualmente da represa de Santa Maria [1,6 mil litros por segundo]”, diz o secretário adjunto da Casa Civil, Fábio Pereira. A Casa Civil vai executar o Brasília Capital das Águas em parceria com a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. De onde vêm os recursos do programa Brasília Capital das Águas O programa Brasília Capital das Águas está orçado em US$ 61,5 milhões. Desse montante, US$ 41,1 milhões são negociados com o Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), organismo multilateral de crédito ligado aos governos da Argentina, da Bolívia, do Brasil, do Paraguai e do Uruguai para financiar, entre outros, projetos ambientais na Bacia do Prata. O governo de Brasília entrará com uma contrapartida de R$ 20,356 milhões, com garantia da União. [Numeralha titulo_grande=”US$ 61,5 milhões” texto=”Valor estimado do programa Brasília Capital das Águas” esquerda_direita_centro=”direita”] “Temos, desde abril, a recomendação da Comissão de Financiamento Externo, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão”, informa a subsecretária de Captação de Recursos, da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, Suzana Braga. A aprovação do projeto na Câmara Legislativa é um dos passos fundamentais para que o governo de Brasília possa dispor dos recursos. Depois, o pedido de financiamento é enviado à Secretaria do Tesouro Nacional, que dá o aval para a negociação. O processo chega, então, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, que se manifesta e encaminha ao Senado Federal para mais uma rodada de aprovação legislativa. Por meio de resolução, o processo volta à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para assinatura do contrato. A Bacia do Prata engloba a bacia do Rio Paraná, para a qual segue a maior parte dos rios do DF, incluindo o Descoberto e o Paranoá. O que é o Programa Brasília Capital das Águas O programa Brasília Capital das Águas tem como objetivo proteger os principais mananciais do Distrito Federal que se encontram fora do Parque Nacional de Brasília, onde fica o Reservatório de Santa Maria. As ações previstas englobam intervenções na área do Alto Descoberto, de ocupação predominantemente rural, e na orla do Lago Paranoá, com características urbanas. Na região do Descoberto, o DF poderá economizar até 747 litros por segundo de água, com cinco ações: Projetos específicos para cada propriedade: técnicos vão avaliar o uso da água de cada produtor rural e apontar como o recurso hídrico pode ser mais bem aproveitado. Só com esse trabalho, o governo estima que a economia de água fique em 128 litros por segundo. Conversão de sistemas de irrigação convencional em poupadores de água: o programa prevê a substituição de aspersores pela irrigação por gotejamento. O gasto com água pode cair até 296 litros por segundo. Revitalização do Canal do Rodeador: permitirá a retirada de água com mais controle e menos desperdício, o que acarretará uma redução de 170 litros por segundo da água captada no canal. Revestimento de reservatórios de água nas propriedades rurais: tanques de armazenamento dos produtores receberão reforço de impermeabilização para diminuir a quantidade de água que se perde por infiltração na terra. A economia potencial é de até 27 litros por segundo. Revitalização de canais de menor extensão: semelhante às ações no Canal do Rodeador, com economia de até 126 litros por segundo. No Lago Paranoá, o trabalho atende à decisão da Justiça que determinou a recuperação de áreas degradadas e a implementação de infraestrutura para uso público ao longo da orla. Os recursos vão permitir a revitalização da Concha Acústica; a interligação do Deck Norte, via Trevo de Triagem Norte, com o Parque Vivencial do Lago Norte; a ligação do Deck Sul ao Lago Sul na Ponte das Garças por ciclovias e calçadas; entre outros projetos. Edição: Raquel Flores
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Caesb inicia obras para interligar sistemas produtores do Descoberto e Santa Maria-Torto
A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) deu início, neste domingo (30), às obras que vão permitir uma nova interligação entre os Sistemas Produtores do Descoberto e Santa Maria-Torto. A intervenção permitirá a transferência de 250 litros de água por segundo do Sistema Santa Maria-Torto para o Descoberto até o fim desta semana. Foto: Tony Winston/Agência Brasília 18.7.2017 O objetivo é permitir a transferência de 250 litros de água por segundo do Santa Maria-Torto para o Descoberto até o fim desta semana. Ao final das intervenções, essa quantidade sobe para 700. Atualmente, uma adutora da Caesb é capaz de levar água do Descoberto para Santa Maria. Com a adaptação na rede, será possível fazer o movimento inverso. [Olho texto=”“A captação emergencial do Lago Paranoá e o Bananal vão injetar 1,4 mil litros por segundo no Santa Maria, mas, com a interligação, metade vai para o Descoberto. Essas intervenções vão possibilitar isso”” assinatura=”Maurício Luduvice, presidente da Caesb” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segundo o presidente da Caesb, Maurício Luduvice, esse é um passo importante para as obras dos subsistemas Bananal e Lago Norte. “A captação emergencial do Lago Paranoá e o Bananal vão injetar 1,4 mil litros por segundo no Santa Maria, mas, com a interligação, metade vai para o Descoberto. Essas intervenções vão possibilitar isso”, explica. Na quarta-feira (26), o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, firmou acordo com o chefe do Executivo de São Paulo, Geraldo Alckmin, para empréstimo de três válvulas e instrumentos de controle de pressão da Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp) para a Caesb. As peças do governo paulistano vão ajudar nas obras, mas ainda não chegaram. Por enquanto, a Caesb toca as intervenções com material próprio. Já existe pregão eletrônico em andamento para a compra das peças necessárias para fazer tais adaptações, mas a indústria pediu um prazo de até 90 dias para entregá-las. Edição: Paula Oliveira
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Adaptação no sistema de abastecimento vai permitir transferência de água de Santa Maria para o Descoberto
Como parte das medidas de enfrentamento à crise hídrica, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) fará adaptações para permitir a transferência de água do reservatório do Sistema Santa Maria-Torto para o Sistema Descoberto. As intervenções ocorrerão em 30 de julho, um domingo, a fim de causar menores transtornos à população. Para isso, haverá alterações no rodízio de alguns locais (veja lista abaixo). As mudanças no sistema de abastecimento de água do DF para fazer a interligação dos dois sistemas serão feitas por meio do Reservatório 2 do Plano Piloto, que fica no Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek. [Olho texto='”Já existe uma adutora que leva água do Descoberto para Santa Maria. Vamos adaptar para que seja possível o contrário também”‘ assinatura=”Maurício Luduvice, presidente da Caesb” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Já existe uma adutora que leva água do Descoberto para Santa Maria. Vamos adaptar para que seja possível o contrário também”, explica o presidente da Caesb, Maurício Luduvice. A capacidade de transferência será de 250 litros de água por segundo. Futuramente, será construída uma elevatória no reservatório do Cruzeiro. A estrutura permitirá que sejam levados até 700 litros de água por segundo do Sistema Santa Maria-Torto para o Sistema Descoberto. Ambas as medidas estão relacionadas com a captação emergencial de água no Lago Paranoá. Quando o Subsistema Produtor do Lago Norte estiver em operação — também com capacidade de 700 litros de água por segundo —, a água retirada de lá abastecerá Asa Norte, Itapoã, Lago Norte, Paranoá, parte de Sobradinho II e Taquari. Como o fornecimento para essas regiões é ofertado hoje por meio do Santa Maria-Torto, a ação para desafogar o Descoberto será a transferência de líquido do primeiro para o segundo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Assim, a água do Sistema Santa Maria-Torto que abasteceria esses locais por meio dos reservatórios do Paranoá e do Lago Norte seguirá para outros dois reservatórios — um no Parque da Cidade e outro no Cruzeiro. Nesses últimos, haverá a interligação para que o abastecimento seja equilibrado entre os sistemas. Mudanças no dia de rodízio para área central, Asa Sul e Lago Sul Com as melhorias agendadas pela Caesb para 30 de julho, haverá necessidade de alterar o dia de rodízio em alguns locais do DF. “São obras que exigem interrupção. Ocorrerá em um domingo, para que cause menos transtorno, é um dia com menos consumo”, justifica Luduvice. Nas regiões afetadas, a data de interrupção precisará ser adiada em um ou dois dias. As mudanças no rodízio semanal estão atualizadas no cronograma da companhia. A operação será normal, com interrupção a partir das 8 horas e duração de 24 horas, seguidas por até 48 horas de estabilização. Alterações no rodízio de água no Sistema Santa Maria/Torto Lago Sul (QL 12 a 28, QI 16 a 29, Conjuntos 1, 2 e 3 da QI 13), Pontão do Lago Sul, SMDB, Setor Habitacional Dom Bosco/Villages Alvorada, Condomínio Privê Morada Sul Expectativa anterior de desabastecimento: sábado (29) Nova data: domingo (30) Asa Sul (SQS 202 a 208, SQS 402 a 404, CLS 201 a 208, CLS 402 a 405, SES 801 a 803 e anexos dos Ministérios-Sul) e Lago Sul (QL 2 a 10, QI 1 a 15, exceto Conjuntos 1, 2 e 3 da QI 13)* Expectativa anterior de desabastecimento: sexta (28) Nova data: domingo (30) *Outras partes da Asa Sul e do Lago Sul já tinham previsão de fornecimento interrompido em 30 de julho, sem necessidade de mudança Edição: Raquel Flores
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Entenda as metas estabelecidas para o nível dos reservatórios do DF
As medidas de enfrentamento da crise hídrica têm feito com que os reservatórios do Descoberto e de Santa Maria reduzam a capacidade na estiagem de forma mais lenta do que previsto para este ano. Pelo segundo mês consecutivo, o volume aferido no reservatório do Descoberto ficou acima do esperado. Foto: Tony Winston/Agência Brasília Essa projeção foi definida com base nos níveis aferidos em 2016, na expectativa de chuvas para 2017 e nos efeitos das medidas de racionamento de água tomados desde o ano passado pelo governo local. Esse cálculo resultou na curva de acompanhamento, estabelecida, em junho, pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa). O mecanismo indica metas mínimas mensais de volume para ambas as barragens até dezembro deste ano. Pelo segundo mês consecutivo, o volume aferido no Descoberto ficou acima do esperado. Em maio, o reservatório registrou 54,2% — a meta era 53%. Em junho, o valor de referência era 46%, e a barragem conseguiu se manter em 47,68%. Os limites mínimos para o reservatório de Santa Maria foram estabelecidos para o período de junho até dezembro. No primeiro mês de aplicação da curva, o volume pretendido era de 46%. O resultado, contudo, foi de 48,9%. Como foi definida a curva de acompanhamento? As metas mensais foram definidas com base em três principais fatores: nível dos reservatórios atingido em 2016, quantidade de chuvas previstas para este ano e vazão dos afluentes que desembocam nas bacias. Os índices estão detalhados em duas resoluções da Adasa. A de número 9 refere-se ao Descoberto e foi publicada em 15 de maio de 2017. Já a de número 12, sobre Santa Maria, foi implementada em 14 de junho deste ano. De que maneira a quantidade de chuva influencia a curva? Os níveis dos reservatórios em 2016 são uma referência, mas o componente fundamental na construção da meta é a quantidade de chuva prevista para o ano. Desde 2014, houve perda anual de 30%. Somadas, elas representam 90% a menos de chuva em 2017. O DF é especialmente vulnerável a esse tipo de alteração porque as duas principais barragens do território — Santa Maria e Descoberto — dependem de precipitação para se recompor. A vazão dos afluentes também foi considerada para estabelecer a curva? A falta de chuvas também tem impacto negativo nos afluentes das bacias que abastecem os reservatórios. Por isso, foram estabelecidas metas mínimas de vazão que, caso não sejam atingidas, comprometerão ainda mais o abastecimento de água em Brasília. No entanto, a quantidade de água desembocada está dentro do esperado. Em junho, por exemplo, os seis principais corpos hídricos da Bacia do Alto Descoberto precisavam entregar 1,7 metros cúbicos (m³) por segundo de água, e conseguiram entregar 1,8 m³ por segundo. No mesmo mês de 2016, a média era de 1,769 m³ por segundo. Quais medidas o governo de Brasília tomou para minimizar os efeitos da crise hídrica no DF? As medidas empregadas pelos diversos órgãos do governo têm como prioridade o uso racional da água. Para isso, a pressão foi reduzida, e o racionamento, instituído. Além disso, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) está limitada desde 15 de fevereiro a captar 3,5 mil litros por segundo do Descoberto e, desde 17 de fevereiro, a retirar 500 litros por segundo de Santa Maria. Até então, a captação era de 4 mil litros por segundo e 975 litros por segundo, respectivamente. Os dois documentos foram publicados no Diário Oficial do Distrito Federal em 20 de fevereiro. A sobrecarga dos reservatórios também é combatida com a ampliação das fontes de captação de água. Para isso, o Executivo local investe na construção do Subsistema Produtor do Lago Norte para a retirada emergencial dos recursos hídricos do Lago Paranoá. Até o início de julho, as obras estavam 50% executadas, e o equipamento deve entrar em operação até o fim de setembro. Quando estiver pronto, ele vai incrementar o abastecimento em 700 litros por segundo. Também está em andamento a construção do Subsistema do Bananal, no Parque Nacional de Brasília, e do Sistema Produtor de Corumbá 4, às margens do Lago de Corumbá 4, em Goiás. O que tem sido feito na área rural para economizar água? Os produtores rurais da Bacia do Descoberto reduziram a captação de água para irrigação. A quantidade hoje retirada para a atividade agrícola corresponde a 25% do mesmo período do ano passado. A iniciativa permite o aporte de 5,79 m³ por segundo. As obras para redução da perda hídrica também têm papel importante nesse processo. A recuperação dos canais de irrigação, por exemplo, evita que a água que abastece os sistemas evapore ou se infiltre no solo. Também segue esse princípio o revestimento de tanques de irrigação nas propriedades rurais. A readequação de 3,5 quilômetros de estradas rurais previne o assoreamento e aumentam o armazenamento de água. A terraplanagem, por exemplo, evita o transporte de sedimentos para as nascentes da região. A construção de 48 bacias de contenção nas margens das vias, por sua vez, permite o abastecimento gradual do lençol freático. Edição: Paula Oliveira
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Tarifa de contingência vai financiar campanhas educativas e melhorias em estação de tratamento
A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) definiu onde investirá parte do recurso arrecadado com a tarifa de contingência, que vigorou em Brasília de outubro de 2016 a 1º de junho de 2017. Caesb destinará parte dos R$ 41 milhões arrecadados com a taxa para obras no Reservatório do Descoberto que permitam a utilização do volume morto — reserva técnica de água que fica abaixo dos canos de captação. Foto: Tony Winston/Agência Brasília Aplicada aos moradores que consumiram mais de 10 metros cúbicos de água por mês, a taxa fez com que a Caesb arrecadasse R$ 41 milhões (valor líquido) até abril deste ano — os números de maio ainda não foram fechados. Desse montante, aproximadamente R$ 28 milhões serão destinados a campanhas educativas e a obras de modernização de sistemas de abastecimento da capital do País. Segundo o presidente da Caesb, Maurício Luduvice, R$ 15,6 milhões servirão para adaptar a Estação de Tratamento de Água (ETA) de Brasília, na Asa Norte. O projeto consiste em readequar a estação elevatória da ETA, de modo que ela tenha condições de fazer a transposição de água do reservatório do sistema Torto-Santa Maria para o do Descoberto, uma vez que a captação do Lago Paranoá e do Subsistema do Bananal vai minimizar a vazão do Torto-Santa Maria. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para isso, a Caesb vai comprar novas bombas, aumentar a quantidade de tubulações e reforçar o quadro elétrico da estação. “O Bananal e o Lago Paranoá estão mais perto da Bacia de Santa Maria. Então, aumentando a capacidade de produção de Santa Maria, poderemos aplicar uma escada: transferimos do Bananal e do Lago Paranoá para o sistema de Santa Maria e de Santa Maria para o Descoberto”, explicou Luduvice. Outros R$ 9,3 milhões devem ser destinados para obras que permitam a utilização do volume morto — reserva técnica de água que fica abaixo dos canos de captação — do Reservatório do Descoberto. Investimentos em campanhas sobre uso racional de água Os recursos auferidos com a tarifa de contingência também vão fomentar campanhas sobre uso racional de água. Neste primeiro momento, serão cerca de R$ 2,7 milhões para essa finalidade. [Numeralha titulo_grande=”R$ 2,7 milhões” texto=”Montante a ser usado em campanhas sobre uso racional de água” esquerda_direita_centro=”direita”] “A situação ainda é muito delicada, e, partir de agora, o que vamos fazer é a gestão de estoque de água acumulada no período chuvoso. Então, a sociedade tem de manter a política de economia e evitar desperdício”, destacou o presidente da Caesb. O restante do dinheiro vindo da tarifa de contingência será usado com base nas demandas que surgirem. As intervenções propostas pela Caesb dependem de aprovação da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa-DF). Combate à ocupação irregular do solo para preservar recurso hídrico Além da tarifa de contingência, outra estratégia do governo de Brasília para evitar perdas de água é combater a grilagem de terras públicas. [Olho texto='”O combate à ocupação irregular do solo é importante porque preserva as captações de água onde gatos são feitos, provocando vazamentos”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Na abertura do 2º Seminário de Combate à Grilagem de Terras Públicas no Distrito Federal, o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, ressaltou que a presença de edificações em áreas inadequadas sobrecarrega os canais de distribuição da Caesb e acarreta prejuízos. “Nesse sentido, o combate à ocupação irregular do solo é importante porque preserva as captações de água onde gatos são feitos, provocando vazamentos”, disse o governador, nesta terça-feira (6). Edição: Raquel Flores
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Canteiro de obras para captação emergencial de água no Lago Paranoá começa a ser montado
As obras de captação emergencial de água no Lago Paranoá já estão em andamento. Máquinas e operários estão na área verde no Setor de Mansões Lago Norte para fazer a terraplanagem e montar o canteiro. Esse é o primeiro passo para preparar o local para a construção da estação de tratamento de água. As obras de captação emergencial de água no Lago Paranoá já estão em andamento. Máquinas e operários estão na área verde no Setor de Mansões Lago Norte para fazer a terraplanagem e montar o canteiro. Foto: Tony Winston/Agência Brasília Ainda não há sinais da estrutura na área, pois a Enfil S.A Controle Ambiental vai levar parte da estação já construída para o Lago Norte. A empresa vencedora da licitação é especializada em montagem e fabricação de equipamentos para tratamento de água. “No pico, teremos 200 trabalhadores. Cerca de 90% deles são do DF. Ou seja, haverá criação de emprego e renda”, observa o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Maurício Luduvice. Os outros 10% dos funcionários vêm de São Paulo, de onde é a empresa contratada. A entrega da obra está prevista para setembro. Serão captados 700 litros de água por segundo para desafogar o Sistema Produtor do Descoberto. O valor da obra ficou em R$ 42 milhões, 15% abaixo do inicialmente estimado, que era de R$ 49.437.958. Como vai funcionar a captação de água no Lago Paranoá A água será captada no braço do Torto, no Lago Paranoá. A estrutura vai ficar na ML 4, no Setor de Mansões do Lago Norte. Trata-se de uma estação de tratamento de água compacta, com membranas de ultrafiltração, uma das mais modernas tecnologias para tratar água. Depois, a água vai para dois reservatórios: um no Lago Norte e um no Paranoá. Os locais abastecidos serão Asa Norte, Itapoã, Lago Norte, Paranoá, parte de Sobradinho II e Taquari. Atualmente, o fornecimento para essas regiões é feito pelo Sistema Santa Maria-Torto. Bombeamento de água diminui demanda do Descoberto Com a captação emergencial no Lago Paranoá, a água do Sistema Produtor Santa Maria-Torto que ia para o Lago Norte e o Paranoá passa a seguir para outros dois reservatórios — um no Parque da Cidade e outro no Cruzeiro. [Olho texto=” O valor da obra ficou em R$ 42 milhões, 15% abaixo do inicialmente estimado, que era de R$ 49.437.958.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O bombeamento desses dois pontos vai atender Águas Claras (zona média e zona baixa), Candangolândia, Colônia Agrícola Águas Claras, Guará I, Guará II, Lucio Costa, Núcleo Bandeirante e Setor de Mansões Park Way Quadras 1 a 5. Hoje, todas essas regiões são abastecidas pelo Sistema Produtor do Descoberto. Outras obras de captação de água no Distrito Federal Em 11 de maio, as obras na parte goiana do Sistema Produtor Corumbá 4 foram liberadas. O fornecimento será de até 5,6 mil litros por segundo e vai ampliar em 70% a capacidade de abastecimento do DF, além de desafogar o Descoberto. A parte do DF – que está 68% concluída – independe de recursos do Ministério das Cidades, que havia suspendido o repasse após recomendação do Ministério Público Federal, portanto não estava parada. Havia suspeita de superfaturamento em Goiás. O andamento em ambas as unidades, no entanto, é interdependente. Compete a Goiás a captação hídrica e a construção de 12,7 quilômetros da adutora. Outros 15,3 quilômetros são de responsabilidade do DF, assim como a estação de tratamento de Valparaíso. Depois, a água será bombeada para o DF e o Entorno. O orçamento é de R$ 540 milhões, divididos de forma igualitária. As obras do Subsistema do Bananal, no Parque Nacional de Brasília, estão 19% executadas. A projeção é beneficiar cerca de 170 mil habitantes, com investimento de R$ 20 milhões. O subsistema se integra ao Santa Maria-Torto para reforçar o abastecimento em 11 regiões administrativas. As intervenções da primeira grande obra de captação de água no DF desde a Bacia do Pipiripau, há 16 anos, começaram em novembro de 2016. A água será captada do Ribeirão Bananal e injetada na tubulação adutora que conduz água do Lago de Santa Maria à Estação de Tratamento de Água de Brasília. A Caesb tem também um projeto, já licitado, para captar, armazenar, tratar e distribuir água do Lago Paranoá de forma definitiva. As obras estão orçadas em R$ 480 milhões e, para ter início, precisam de liberação de recursos federais. Pelos próximos 40 anos, serão atendidas 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no Tororó, nos Condomínios Jardim ABC, Jardim Botânico e Alphaville e em Sobradinho. Edição: Paula Oliveira
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Taxa de contingência de água será suspensa a partir de 1º de junho
Os moradores de Brasília que consomem mais de 10 metros cúbicos de água por mês deixarão de pagar a taxa de contingência a partir de 1º de junho de 2017. O diretor-presidente da Adasa, Paulo Salles, concedeu entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (15). Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília A suspensão foi anunciada pelo diretor-presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa-DF), Paulo Salles, na tarde desta segunda-feira (15). Segundo ele, o governo conseguiu atingir os objetivos com os sete meses em que a tarifa vigorou. Os detalhes estão descritos na Resolução nº 8, que será publicada no Diário Oficial do DF desta terça-feira (16). O encargo extra que aumenta a conta de água em até 20% passou a valer em outubro de 2016, quando o Reservatório do Descoberto atingiu 25% do seu nível. [Numeralha titulo_grande=”R$ 44 milhões” texto=”Montante arrecadado em sete meses com a cobrança da tarifa de contingência de água” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Até abril, foram arrecadados R$ 44 milhões (valor bruto) com a cobrança adicional. O recurso se destinará a modernizar a rede de abastecimento para mitigar perdas, a trocar hidrômetros e a investir em campanhas educativas de uso racional do recurso hídrico. Outro fator que motivou a interrupção da tarifa extra foi o início do racionamento no Distrito Federal. “Com o desligamento programado de água, a redução no consumo foi muito mais impactante do que a taxa de contingência, de modo que ela, neste momento, não se faz mais necessária”, explicou Salles. O diretor-presidente da Adasa destacou que o instrumento de cobrança pode voltar em caso de necessidade. Curva de referência para acompanhar nível dos reservatórios Outra resolução da agência reguladora, a de nº 9, estabelecerá os critérios que a Adasa adotará para verificar as curvas de acompanhamento dos reservatórios que abastecem o Distrito Federal. A norma também será publicada no Diário Oficial desta terça-feira (16). Na simulação da Adasa, o Reservatório do Descoberto deve atingir o menor nível em outubro, quando está previsto chegar a 9%, sem contar o volume morto (reserva técnica), que é de 10%. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] No entanto, essas projeções não consideram as obras de captação emergencial do Lago Paranoá, previstas para serem concluídas em setembro. O chamado de Subsistema Produtor do Lago Norte vai reforçar o abastecimento em 700 litros por segundo e aliviar o Descoberto. Caso as estimativas feitas não se confirmem e o cenário hidrológico fique pior do que o esperado, o racionamento poderá ser ampliado. [Olho texto='”Se as metas forem atingidas, não haverá necessidade de ampliar o racionamento, mas, se não forem, é uma possibilidade”‘ assinatura=”Paulo Salles, diretor-presidente da Adasa-DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “No momento está descartado o segundo dia de racionamento. As medidas que serão tomadas dependerão do andamento dessa curva. Se as metas forem atingidas, não haverá necessidade de ampliar o racionamento, mas, se não forem, é uma possibilidade”, disse Paulo Salles. A avaliação do cumprimento das metas mensais será feita com base nos seguintes critérios: entrada de água nos reservatórios consumo da água pela população e pelos agricultores situação das obras, particularmente dos subsistemas do Bananal e do Lago Paranoá O monitoramento será feito em reuniões semanais que reunirão técnicos da Adasa, da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) e da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Edição: Raquel Flores
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