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Alergia: quando o medicamento vira risco

Uma dor de cabeça poderia ter sido apenas um incômodo para Vinícius Couto, 55 anos, não fossem outras reações que ele passou a apresentar ao tomar remédios para dor. Ainda jovem, ele começou a perceber que algo não estava certo sempre que usava esse tipo de medicamento. Primeiro surgiu um formigamento discreto, depois manchas vermelhas espalhadas pela pele. “Por volta de 1992, quando eu tinha 22 anos, comecei a sentir um formigamento estranho sempre que tomava remédio para dor”, lembra. A comparação entre os medicamentos que usava revelou o gatilho da reação: a dipirona. “Com paracetamol não acontecia nada. Já com dipirona, a reação surgia e ficava cada vez mais intensa.” Cerca de 7% da população apresenta alergia a algum medicamento; no último ano, 32,4% das reações alérgicas graves no Brasil foram desencadeadas por remédios | Fotos: Divulgação/IgesDF Mesmo atento, acabou ingerindo o medicamento sem querer algumas vezes, e os sintomas retornavam imediatamente. O episódio mais grave aconteceu anos depois, durante uma viagem de carro. Para aliviar uma dor de cabeça, ele tomou um comprimido sem verificar a composição. Minutos após o uso, a reação começou, e não havia farmácia por perto. “Demorei mais de uma hora para achar um antialérgico, e a reação evoluiu. Tive erupção, bolhas e descamação pelo corpo. Algumas manchas permanecem até hoje”, relata. Desde então, a prevenção passou a ser regra. “Nunca mais tomei nenhum medicamento sem verificar antes. E sempre confirmo com os médicos os componentes do que me prescrevem”, afirma. Casos como o de Vinícius são mais frequentes do que se imagina. O alergologista do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), Vítor Pinheiro, alerta que cerca de 7% da população apresenta alergia a algum medicamento. Dados do Registro Brasileiro de Anafilaxia mostram que, no último ano, 32,4% das reações alérgicas graves foram desencadeadas por remédios, o que reforça a gravidade do tema. A data de 14 de dezembro, Dia do Alergista, funciona como um lembrete da importância desses profissionais no cuidado diário, especialmente em um cenário em que a automedicação e a falta de informação ainda colocam vidas em risco. Vítor Pinheiro, alergologista do IgesDF: "Entre os sintomas mais frequentes estão coceira, vermelhidão e inchaço, mas podem ocorrer também alterações respiratórias, gastrointestinais, cardiovasculares e até neurológicas" O que é alergia a medicamentos? Segundo Vítor Pinheiro, as reações de hipersensibilidade a medicamentos, popularmente chamadas de alergias medicamentosas, são respostas adversas inesperadas que podem ocorrer mesmo quando o remédio é utilizado na dose correta. “Essa reação pode surgir com medicamentos comuns, como antibióticos e anti-inflamatórios. Entre os sintomas mais frequentes estão coceira, vermelhidão e inchaço, mas podem ocorrer também alterações respiratórias, gastrointestinais, cardiovasculares e até neurológicas”, explica. [LEIA_TAMBEM]Pacientes que já tiveram algum episódio de alergia apresentam maior probabilidade de desenvolver novas reações com outros medicamentos. O especialista reforça que o uso contínuo de várias medicações aumenta o risco de interações e efeitos colaterais inesperados. Medicamentos que mais causam reações Entre os fármacos mais associados a quadros de hipersensibilidade estão: • Antibióticos, como penicilinas, sulfonamidas e macrolídeos; • Anti-inflamatórios não esteroidais, como dipirona, paracetamol e aspirina; • Quimioterápicos utilizados no tratamento do câncer; • Anestésicos. Arte: IgesDF Como é feito o diagnóstico? O diagnóstico começa com uma avaliação clínica detalhada, que considera os sintomas e o histórico do paciente. Primeiro, são verificados os medicamentos suspeitos e o tipo de reação. Depois, podem ser necessários exames complementares. “Os testes cutâneos são hoje o principal método para avaliar sensibilização, mas, em muitos casos, é necessário realizar testes de provocação para confirmar o medicamento responsável e apontar alternativas seguras. Esses exames devem ser feitos em centros especializados e por profissionais capacitados”, orienta o especialista. Os testes permitem identificar o princípio ativo que desencadeou a reação e evitam que o paciente seja exposto novamente ao agente causador. Vítor reforça que reconhecer e comunicar a alergia é parte essencial do cuidado. “Em caso de suspeita, é importante registrar tudo o que ocorreu. Guardar as caixas dos medicamentos usados, fotografar as lesões, anotar o início e a duração dos sintomas e levar essas informações para a consulta. Orientar a rede de apoio também é fundamental, porque, em uma emergência, isso pode salvar vidas.” Testes cutâneos são o principal método para avaliar sensibilização, mas, em muitos casos, é necessário realizar testes de provocação para confirmar o medicamento responsável e apontar alternativas seguras Fique atento Se você ou alguém da sua família já apresentou alguma reação suspeita após o uso de um medicamento, procure um alergologista. Apenas esse especialista pode avaliar os riscos e indicar os testes adequados. Quando a alergia é confirmada, evitar a automedicação torna-se indispensável. Uma vez estabelecido o diagnóstico, é importante lembrar que a alergia a determinado medicamento costuma acompanhar o paciente por toda a vida. “Por isso, é essencial evitar qualquer produto que contenha o mesmo princípio ativo, seja em creme, colírio, comprimido, solução oral ou injetável. Informar sua condição aos profissionais de saúde pode ser a diferença entre um tratamento seguro e uma reação grave”, alerta o médico. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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Conheça os sintomas e a terapia adequada para a doença pulmonar obstrutiva crônica 

A doença pulmonar obstrutiva crônica (Dpoc) é uma condição que dificulta a passagem do ar pelas vias aéreas, comprometendo o bem-estar dos pacientes. Além da exposição à fumaça proveniente da poluição ambiental e de queimadas, o tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento dessa enfermidade. “O ideal é não dar a primeira tragada; e, para quem fuma, parar é sempre possível, faz diferença em qualquer fase da vida” Guilherme Morais, pneumologista da Secretaria de Saúde No Dia Mundial da Dpoc, instituído como 19 de novembro, a Secretaria de Saúde (SES-DF) lembra a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado de uma condição que pode afetar de forma permanente a qualidade de vida. Embora não tenha cura, a Dpoc é tratável, com medicamentos e reabilitação. Na rede pública, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é referência na terapia da doença e de outras patologias pulmonares crônicas. Principal fator de risco para o desenvolvimento da doença é o tabagismo | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Referência técnica distrital (RTD) no assunto, o pneumologista Guilherme Otávio Morais, da Secretaria de Saúde (SES-DF), chama a atenção para os desafios na detecção da Dpoc. “Em um estudo realizado em São Paulo, apenas 18% dos pacientes tiveram o diagnóstico confirmado”, enumera. “Isso mostra que ainda há uma baixa percepção sobre os sinais da doença. Tosse persistente, pigarro frequente, chiado no peito e falta de ar mesmo em pequenos esforços são sintomas que precisam ser investigados. Muitas pessoas atribuem esses sinais ao cansaço ou ao envelhecimento e só procuram ajuda médica quando o quadro já está avançado”. Outros sintomas comuns incluem sensação de aperto ou peso no peito, respiração mais lenta ou ofegante para atividades simples, secreção persistente (catarro) e infecções respiratórias frequentes. Com o tempo, aponta o médico, a doença pode evoluir para limitações severas, exigindo o uso contínuo de oxigênio. Como buscar ajuda [LEIA_TAMBEM]Ao identificar os sintomas, o paciente deve procurar primeiro a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência. A confirmação do diagnóstico vem a partir da avaliação clínica, que pode incluir exames como radiografia, tomografia e, principalmente, a espirometria. Caso sejam identificados problemas, a pessoa é direcionada ao ambulatório do Hran ou a outros hospitais da rede pública com pneumologistas disponíveis. Segundo Guilherme Morais, o tabagismo é o maior fator de risco e a principal porta de entrada para doenças graves do pulmão. “O ideal é não dar a primeira tragada; e, para quem fuma, parar é sempre possível, e faz diferença em qualquer fase da vida”, reforça. A SES-DF disponibiliza mais de 70 UBSs para atender quem quer deixar o cigarro. A Dpoc, de acordo com o pneumologista, impõe uma jornada longa e desafiadora aos pacientes e seus familiares, desde os primeiros sintomas até o diagnóstico preciso, passando por muitos estigmas. “O manejo adequado dessas crises é essencial para evitar hospitalizações recorrentes e perda funcional”, adverte.  Veja, abaixo, outras formas de reduzir risco de Dpoc.  ⇒ Evitar ambientes com fumaça ou vaporizadores eletrônicos (vapes) ⇒ Reduzir exposição à poeira e à poluição ⇒ Usar máscaras de proteção em ambientes com partículas suspensas ⇒ Manter calendário de vacinação atualizado, para evitar infecções que possam acelerar a progressão da doença. *Com informações da Secretaria de Saúde    

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Dia Mundial do Diabetes: DF tem 12% da população convivendo com a doença

Nesta sexta-feira (14), Dia Mundial e Nacional do Diabetes, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) faz um alerta: a doença é crônica e, muitas vezes, se desenvolve de forma silenciosa, podendo permanecer sem diagnóstico por anos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, mais de 13 milhões de brasileiros convivem com a condição. Desses, cerca de 46% desconhecem o diagnóstico, o que representa milhões de pessoas vivendo sem tratamento adequado. Pessoa faz aferição do nível de glicose com caneta específica: quanto mais cedo foi feito o diagnóstico, melhor | Fotos: Bruno Henrique/IgesDF No Distrito Federal, estimativas do Ministério da Saúde indicam que aproximadamente 12% da população tem diabetes — cerca de 200 mil pessoas. Parte desse grupo pode ainda não ter sido diagnosticada, especialmente nos casos do tipo 2, que costuma apresentar sintomas sutis ou inexistentes nas fases iniciais. Esse cenário preocupa especialistas, já que o diagnóstico tardio aumenta os riscos de complicações graves, como doenças cardiovasculares, perda da visão, problemas renais e até amputações. Níveis de açúcar A endocrinologista do Hospital de Base (HBDF), Tatiana Wanderley, explica que o corpo pode se acostumar gradualmente aos níveis elevados de açúcar no sangue, o que dificulta a identificação da doença no início. “O diabetes é, basicamente, um excesso de açúcar circulando no sangue”, explica. “Isso pode ocorrer porque o corpo produz pouca insulina ou porque não consegue usar bem a insulina que produz. O problema é que, no tipo 2, esse processo se desenvolve de forma lenta. A pessoa pode seguir a rotina normalmente, sem perceber que algo está errado”. Tatiana Wanderley, endocrinologista do Hospital de Base, alerta: “Quando surgem os sinais clássicos, como sede excessiva, vontade frequente de urinar, perda de peso e fraqueza, o organismo já está sofrendo” A médica acrescenta que os sintomas claros geralmente só aparecem quando o quadro já está mais avançado, o que torna o acompanhamento regular fundamental. “Quando surgem os sinais clássicos, como sede excessiva, vontade frequente de urinar, perda de peso e fraqueza, o organismo já está sofrendo”, aponta. “Em casos mais graves, podem ocorrer complicações cardiovasculares, como infarto e AVC. Por isso, realizar exames periódicos é essencial para detectar o diabetes antes que cause danos maiores”. Tipos mais comuns A especialista explica que existem diferentes tipos de diabetes, sendo os mais comuns o tipo 1 e o tipo 2. O tipo 1 é uma doença autoimune em que o organismo deixa de produzir insulina, hormônio essencial para controlar a glicose no sangue. Por isso, quem recebe o diagnóstico precisa fazer uso diário da substância. Embora seja mais comum na infância e adolescência, pode surgir em qualquer fase da vida. O diabetes também pode se manifestar durante a gravidez, condição que exige monitoramento constante Já o tipo 2 está associado à resistência à insulina, quando o corpo não utiliza adequadamente o hormônio produzido pelo pâncreas. Essa forma da doença é mais frequente em adultos, especialmente após os 40 anos, e está fortemente ligada a fatores como alimentação inadequada, histórico familiar, predisposição genética, sedentarismo e excesso de peso. “No tipo 1, o organismo não produz insulina; no tipo 2, ele produz, mas não consegue utilizá-la corretamente”, detalha a médica. “Por isso, o tipo 2 pode passar despercebido por muito tempo, enquanto o tipo 1 costuma se manifestar de forma mais intensa e rápida.” O diagnóstico do diabetes é feito por meio de exames de sangue, entre eles a glicemia em jejum, a hemoglobina glicada e o teste oral de tolerância à glicose, conhecido como curva glicêmica. Esses exames ajudam a identificar alterações nos níveis de açúcar no sangue e são fundamentais para detectar precocemente a doença. “Esses exames são simples e estão disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde”, lembra a endocrinologista. A doença também pode se manifestar durante a gravidez. Tatiana alerta que o diabetes gestacional exige monitoramento constante, pois pode trazer riscos para a mãe e o bebê. “Uma boa alimentação e o pré-natal adequado fazem toda a diferença”, orienta. Prevenção começa nos hábitos diários [LEIA_TAMBEM]Embora o diabetes tipo 1 não possa ser prevenido, o tipo 2 pode ser evitado com a adoção de hábitos saudáveis. Tatiana Wanderley ressalta que manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas regularmente, controlar o peso corporal, evitar o consumo excessivo de açúcar e alimentos ultraprocessados e realizar exames de rotina são atitudes que fazem toda a diferença para reduzir o risco de desenvolver a doença. A endocrinologista reforça que o diagnóstico precoce é essencial para garantir qualidade de vida. “O mais importante é lembrar que o diagnóstico precoce salva”, diz. “Com acompanhamento adequado, é possível controlar o diabetes e viver bem”. Aprenda a reconhecer No Dia Mundial e Nacional do Diabetes, o alerta é para a importância do diagnóstico precoce e da prevenção. Fique atento aos sinais e adote hábitos saudáveis para manter a doença sob controle. Procure atendimento médico se apresentar sede excessiva, fome constante, necessidade de urinar com frequência, cansaço persistente e emagrecimento sem causa aparente. A prevenção começa nos hábitos diários. Assim, a orientação é manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas regularmente, controlar o peso corporal, evitar o consumo excessivo de açúcar e de alimentos ultraprocessados e fazer exames preventivos de rotina.   *Com informações do IgesDF        

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Casos de sífilis diminuem no Distrito Federal; diagnóstico precoce é fundamental para tratamento

Os casos de sífilis adquirida no Distrito Federal diminuíram 7,1%, de 2023 a 2024, de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF). A capital federal registrou mais de 3,7 mil casos da doença — em sua forma adquirida — no ano passado, contra 3,9 mil em 2023. Em contrapartida, os registros de sífilis congênita (transmitida de mãe para filho) cresceram 2,7% — passando de 263 para 270, de 2023 a 2024 —, enquanto em gestantes apresentou queda de 17,1%, indo de 1.293 para 1.072, em 2024.  Os números reforçam a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Para ampliar a conscientização, foi criado o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, celebrado sempre no terceiro sábado de outubro.  Rede pública oferece gratuitamente testes que apresentam resultado em tempo rápido | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF “O mês visa a combater o aumento de casos, especialmente a forma congênita da infecção”, lembra a enfermeira Daniela Magalhães, responsável técnica pela área de sífilis da SES-DF. “A prevenção da transmissão vertical é o principal foco do outubro verde.” A gestora reforça que pessoas sexualmente ativas devem fazer a testagem com frequência. “É preciso testar pelo menos uma vez ao ano”, indica. “Outro momento para realizar o exame é sempre que houver prática sexual desprotegida ou na presença de sinais e sintomas, como feridas na genitália e manchas na pele sem causa definida”.  Doença A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) crônica e curável, exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. A doença pode ser transmitida por contato sexual desprotegido ou de forma vertical, de uma pessoa com sífilis não tratada ou tratada inadequadamente para o feto, durante a gestação ou no parto. Em estágios avançados da doença, a ausência de tratamento adequado pode causar complicações, como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, e até levar à morte. Sintomas A doença apresenta diferentes manifestações de acordo com o estágio. Na fase primária, surgem feridas no pênis, vagina, colo uterino, ânus e boca, entre dez a 90 dias após o contágio. Normalmente, elas não doem, coçam, ardem nem têm pus. Também desaparecem sozinhas, independentemente de tratamento, criando a falsa impressão de cura. No segundo estágio, os sinais e sintomas costumam surgir entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Nesta fase, surgem manchas no corpo, incluindo nas plantas das mãos e pés, além dos primeiros sintomas, como febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo. As manchas também podem desaparecer em algumas semanas. [LEIA_TAMBEM]O último estágio pode surgir entre 1 e 40 anos após o início da infecção e costuma apresentar sinais e sintomas como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar a óbito.  Diagnóstico e tratamento O teste rápido de sífilis está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). O resultado é visível em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de exames laboratoriais. A doença tem cura, e o tratamento de escolha é a penicilina benzatina, que pode ser aplicada na própria unidade básica de saúde (UBS) de referência.  A principal forma de prevenção é o uso correto e regular de preservativo externo ou interno, uma vez que se trata de IST. Também são medidas importantes os testes, no caso de exposição à infecção, e o tratamento correto do portador e dos parceiros. Como buscar atendimento Atualmente, todas as UBSs oferecem testes rápidos e tratamento gratuito para a sífilis. A doença é curável em 100% dos casos, mas o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para uma boa recuperação. No Distrito Federal, no período de 2020 a 2024, foram mais de 14 mil casos de sífilis adquirida, 5,4 mil casos da doença em gestantes e 1,4 mil da doença congênita.  *Com informações da Secretaria de Saúde

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Dia da Saúde Ocular: Vigilante do Metrô de Brasília recupera 90% da visão após cirurgia no Hospital de Base

Nesta quinta-feira (10), Dia da Saúde Ocular, uma história de superação chama a atenção para a importância do cuidado com os olhos e do acesso a um atendimento público de qualidade. Funcionário do Metrô de Brasília, o vigilante Edivan Barbosa Gonzaga, de 57 anos,  recuperou 90% da visão após uma cirurgia complexa realizada no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Edivan Gonzaga recuperou a visão, que estava quase totalmente comprometida: “Graças à equipe do Base, voltei a enxergar; foi uma das maiores alegrias da minha vida” | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF  “Já tinham me dito que não tinha mais jeito, que eu ia perder a visão”, conta. “Consegui ser atendido no Hospital de Base, e tudo mudou.”  Na rede privada, onde o vigilante fez as primeiras consultas, os custos com a cirurgia ultrapassavam R$ 40 mil, um valor fora da realidade dele. Foi no Hospital de Base que Edivan encontrou não só atendimento, mas esperança. “Graças à equipe do Base, voltei a enxergar; foi uma das maiores alegrias da minha vida.” Cirurgia de alta complexidade O procedimento foi realizado pela oftalmologista Stefânia Diniz, especialista em cirurgia plástica ocular do IgesDF. A médica relata que Edivan chegou com um quadro avançado e urgente da doença, que já estava comprimindo o nervo óptico, uma estrutura essencial para a visão. O paciente foi internado de forma imediata, iniciou tratamento com medicamentos aplicados diretamente na veia e foi operado por uma equipe multidisciplinar de oftalmologia. O procedimento foi considerado um sucesso. “A doença ocular tireoidiana [DOT] causa inflamação e aumento dos tecidos ao redor dos olhos, comprometendo a visão”, explica Stefânia. “No caso dele, foi feita uma cirurgia para aliviar a pressão nos olhos, o que ajudou na recuperação da visão.” Prevenção, o melhor caminho A oftalmologista Stefânia Diniz, do Hospital de Base, alerta: “A recomendação é que a primeira avaliação oftalmológica seja feita ainda nos primeiros meses de vida” Segundo a oftalmologista responsável pelo caso, esse tipo de doença pode evoluir rapidamente. Muitos problemas oculares, porém, são silenciosos e podem ser prevenidos ou tratados com um diagnóstico precoce.  “A recomendação é que a primeira avaliação oftalmológica seja feita ainda nos primeiros meses de vida”, alerta a médica. “Muitas vezes, a criança não manifesta sintomas porque aquilo é o que ela conhece como normal. Só o exame pode detectar alterações.” [LEIA_TAMBEM]Em qualquer idade, sintomas como ardência, vermelhidão, dor, visão turva ou olhos saltados devem ser avaliados por um profissional. Pacientes com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, também precisam de acompanhamento regular, já que essas condições  podem comprometer a saúde ocular. A frequência das consultas varia de acordo com cada pessoa. Quem não tem sintomas ou fatores de risco deve consultar o oftalmologista a cada dois anos. Já pacientes com doenças pré-existentes ou histórico familiar precisam ser acompanhados anualmente. Em casos  com sintomas agudos, a orientação é buscar atendimento imediato. Uma nova vida Após meses de incertezas e limitações, Edivan voltou à rotina no trabalho e na vida social. “Hoje vejo o rosto das pessoas, o meu próprio rosto no espelho; isso é liberdade, isso é saúde”, comemora.  Mais do que enxergar, ele reencontrou a alegria de viver. “A gente corre atrás de dinheiro, cargo, mas quando perde a saúde percebe o que realmente importa. Deus dá a visão de graça, e só quem quase perdeu sabe o valor que isso tem”. Stefânia Diniz faz coro a ele: “É gratificante ver pacientes retomando sua autonomia. Casos como o do Edivan mostram o impacto positivo de um atendimento técnico, especializado e comprometido com a vida”.   *Com informações do IgesDF

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Parkinson: dia de conscientização alerta para doença que afeta milhões no mundo

A doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa progressiva e incurável que afeta cerca de 8,5 milhões de pessoas ao redor do globo, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Diante do cenário, 11 de abril foi estabelecido internacionalmente como o Dia do Parkinson, a fim de ampliar a conscientização e a compreensão sobre a doença.  A doença pode causar sintomas como tremores nas extremidades da mão, lentidão dos movimentos, rigidez muscular e transtornos da fala e do sono | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde A doença causa uma perda gradual dos neurônios que produzem a dopamina – neurotransmissor responsável por, entre outras funções, controlar a mobilidade do corpo -, e costuma se manifestar após os 65 anos de idade. No entanto, segundo a OMS, o diagnóstico de casos em pessoas abaixo da faixa dos 60, 50 e 40 anos tem aumentado no mundo.  “Quem pratica exercícios vigorosos costuma ter sintomas mais brandos e evolução mais lenta; no entanto, ainda não se conhece uma barreira contra o Parkinson” Marcelo Lobo, neurologista do Hospital de Base Entre os fatores de risco conhecidos, constam a predisposição genética, o sedentarismo e a exposição a agrotóxicos e metais pesados. Até o momento, não há nenhuma estratégia de prevenção definitiva para a condição. “Sabemos que pessoas que mantêm um alto nível de atividades físicas parecem ter maior proteção quanto ao avanço da doença”, afirma o neurologista Marcelo Lobo, do Centro de Referência em Doença de Parkinson do Hospital de Base (HBDF). “Quem pratica exercícios vigorosos costuma ter sintomas mais brandos e evolução mais lenta; no entanto, ainda não se conhece uma barreira contra o Parkinson.” Diagnóstico e assistência O diagnóstico da doença é feito pela associação de avaliações clínicas, histórico médico, exames físicos e, em alguns casos, testes adicionais de neuroimagem para descartar outras condições. No Distrito Federal, usuários da Secretaria de Saúde (SES-DF) que necessitam do serviço passam por uma avaliação inicial nas unidades básicas de saúde (UBSs), de onde são encaminhados aos hospitais regionais ou ambulatórios de reabilitação da rede pública. Casos mais complexos podem ser direcionados ao Centro de Referência em Doença de Parkinson do Hospital de Base (HBDF). Sintomas Divanice Araújo, 72, lembra que os primeiros sinais do Parkinson foram a rigidez nos membros e um leve tremor na mão esquerda. Em tratamento no centro de referência do HBDF, a aposentada enfatiza que a doença não a tem impedido de se manter ativa, embora admita que o agravamento dos sintomas represente uma batalha árdua. “Eu sempre fui uma pessoa muito dinâmica, e ainda consigo fazer tudo em casa – varro, cozinho… mas aceitar a doença é muito difícil”, confessa.  Na maioria dos casos, os sintomas começam de forma lenta e sem sinais alarmantes. A desaceleração dos movimentos e os tremores nas extremidades das mãos, muitas vezes notados apenas por amigos e familiares, costumam ser os sinais da doença mais visíveis. Podem ainda estar relacionados ao caso sintomas como rigidez muscular, redução da quantidade de movimentos, problemas na fala, dificuldade para engolir, depressão, tontura e distúrbios do sono, respiratórios e urinários. O neurologista explica que, ao contrário do que se costuma pensar quando se fala de Parkinson, os tremores nem sempre são os sinais prevalentes da doença. “Na prática clínica, observamos muitos pacientes com sintomas não motores, como perda do olfato, constipação ou transtorno do sono, no qual a pessoa tem sonhos vívidos e, durante o sono, se movimenta, chuta, fala, briga”, detalha. “Muitas vezes esses sinais antecedem os tremores em vários anos, até décadas”. * Com informações da Secretaria de Saúde

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Temporada de gripe pode agravar crises de asma; veja como evitar

Falta de ar, chiado, sensação de pressão no peito, tosse e cansaço ao falar são alguns dos sintomas de uma crise de asma, doença pulmonar inflamatória e crônica que causa obstrução das vias aéreas, dificultando a passagem do ar. Após passar por sucessivas doenças respiratórias, Rosemeire Pereira faz acompanhamento no Hran:  “Sigo o controle diário, faço fisioterapia para fortalecer os pulmões e tomo as medicações corretamente” | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde A pneumologista Andréa Martha Rodrigues, referência técnica distrital (RTD) de asma na Secretaria de Saúde (SES-DF), fala sobre a importância de identificar os fatores desencadeantes das crises: “Pode ser a poeira, uma infecção viral, ácaros, pólen, pelos de animais, fumaça de cigarro, produtos químicos, poluição, exercício físico intenso ou estresse. A lista é grande”. Segundo a especialista, doenças respiratórias, como a gripe e a covid-19, são grandes responsáveis por agravar as crises, pois aumentam as chances de crianças – principalmente – e adultos desenvolverem bronquiolite e pneumonia, por exemplo. Medicações No caso de Rosemeire Pereira, 55, a covid-19 foi o gatilho para a crise mais recente. Ela recebeu o diagnóstico há três anos, após sucessivas doenças respiratórias, e hoje faz acompanhamento no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). “Estou cansada, tenho dificuldade até para fazer um esforço mínimo, sinto chiado e muita tosse – isso porque sigo o controle diário, faço fisioterapia para fortalecer os pulmões e tomo as medicações corretamente”, relata ela, que utiliza direto as bombinhas broncodilatadoras. Segundo o Registro Brasileiro de Asma Grave de 2024, 60% dos pacientes não fazem controle da doença Já Maria Guiomar Moraes, 61, conhece a asma desde a infância e sabe de cor o passo a passo para controlar suas crises: “Utilizo a bombinha de uso diário e a de resgate. Acho essencial acompanhar e realizar o treinamento corretamente para evitar que a crise se agrave”. Embora Rosemeire e Maria saibam reconhecer os sinais de uma crise, um estudo do Registro Brasileiro de Asma Grave (Rebrag) sobre asma grave no país, divulgado em 2024, aponta que 60% dos pacientes não têm a doença controlada. O histórico de hospitalizações chega a 69% entre maiores de 18 anos. Tratamento “Priorizar os exercícios aeróbicos também ajuda no fortalecimento do abdômen e dos pulmões” Andréa Rodrigues, pneumologista A asma é uma doença sem cura que atinge cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Só no Brasil, 20 milhões de habitantes convivem com a doença. Apesar desse cenário, existem tratamentos eficazes que permitem o controle pleno da asma, como o uso adequado dos broncodilatadores inalatórios, a vacinação anual contra gripe e pneumonia e as medicações específicas sob orientação médica. “Além desses pontos, pessoas asmáticas precisam dar atenção especial à higiene e à alimentação, uma vez que ambas auxiliam na produção de anticorpos e impactam a imunidade”, lembra a pneumologista Andréa Rodrigues. “Priorizar os exercícios aeróbicos também ajuda no fortalecimento do abdômen e dos pulmões.” Clima O tempo seco é outro fator que dificulta a vida de quem convive com a asma, pois provoca inflamações nas vias aéreas superiores associadas a ressecamento e inflamações nasais recorrentes. “Evitar a baixa umidade e a exposição em dias muito quentes, com alta poluição, é o recomendado”, pontua a médica. No Distrito Federal, o tratamento e o acompanhamento são oferecidos em todos os níveis de assistência. Desde 1999, a população conta com o Programa de Atendimento ao Paciente Asmático – que, aliado à capacitação dos profissionais da saúde, permitiu o desenvolvimento de 27 centros de referência que atendem aos casos mais complexos e de difícil controle. Com equipes aptas a diagnosticar, as unidades básicas de saúde (UBSs) continuam sendo a porta de entrada aos serviços. Em caso de crises recorrentes, os profissionais encaminham os pacientes para ambulatórios especializados, onde a análise é feita com base na história clínica, no exame físico e nos testes de função pulmonar. Automedicação Segundo Andréa Rodrigues, o paciente diagnosticado com asma precisa manter a medicação em dia e utilizá-la de forma emergencial, quando necessário. Para ela, a automedicação é um desafio, pois a venda de corticoides e broncodilatadores sem prescrição médica possibilita o uso de doses altas sem necessidade ou por tempo prolongado, o que pode reduzir sua eficácia ou até mesmo agravar o quadro clínico e a doença. Já o uso prolongado de corticoides de forma sistêmica, adverte a médica,  pode causar gastrite, úlceras gástricas e osteoporose, enquanto os broncodilatadores podem ocasionar arritmias cardíacas. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Especialistas da rede pública do DF explicam diferença entre pneumonias bacteriana e viral

Com a sazonalidade das doenças respiratórias, os pais devem ficar em alerta com uma doença bastante comum entre as crianças e uma das principais causas de internação: a pneumonia. Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a pneumonia mata mais crianças do que qualquer outra doença infecciosa, tirando a vida de mais de 700 mil menores de 5 anos a cada ano, ou cerca de 2 mil a cada dia em todo o mundo. Isso inclui cerca de 190 mil recém-nascidos. Embora pessoas de todas as idades possam contrair pneumonia, a doença é mais frequente em crianças | Foto: Alberto Ruy/IgesDF O infectologista pediátrico do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Pedro Bianchini, lembra que todas as faixas etárias podem ser atingidas pela pneumonia, mas ela é mais frequente entre crianças menores de 6 anos de idade. “Ao contrário da crença popular, tomar chuva, bebida gelada ou andar descalço não predispõe à pneumonia”, esclarece. “Nós pegamos a pneumonia bacteriana de nós mesmos, com a infecção das vias aéreas inferiores, quase sempre ocorrendo por bactérias da nossa via respiratória alta [orofaringe], conseguindo atingir as vias mais baixas normalmente com um resfriado ou gripe, prejudicando os mecanismos de defesa da nossa via respiratória e predispondo a essa complicação.” Já a pneumonia viral normalmente é causada pelos mesmos vírus respiratórios do resfriado e gripe e está relacionada à evolução para essa complicação, assim como a bacteriana, com uma combinação de agressividade do agente infeccioso e resposta imune do paciente. A pneumonia fúngica é um evento bastante raro e comumente restrito a pacientes imunossuprimidos. Segundo o especialista, os vírus respiratórios também podem causar a doença conhecida como pneumonite. Em média, costumam ter evolução mais rápida e branda e não necessitam do uso de antibiótico. Mas tem como complicações principais uma possível evolução para síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e uma pneumonia bacteriana secundária. Os principais vírus são o Sincicial Respiratório (VSR), influenza, metapneumovírus e covid, mas existem outros menos comuns. Prevenção A pneumonia é uma doença evitável e tratável, porque, diferentemente do vírus da gripe, não é transmitida facilmente. “Atualmente, é disponível no SUS a vacina contra pneumococo, além das vacinas tríplice bacteriana, e contra covid e influenza, que tanto podem causar pneumonia viral como predispor a uma infecção bacteriana”, pontua Pedro Bianchini. O infectologista pediátrico ressalta que a vacinação é a medida mais importante, mas deve ser acompanhada por alimentação saudável, sono adequado e um acompanhamento ambulatorial frequente da criança com o pediatra. Sintomas “É sempre importante a avaliação do quadro por um pediatra para que se diagnostique corretamente a doença e avalie a presença de complicações que podem acontecer quando não se há um diagnóstico correto e a tempo” Pedro Bianchini, infectologista do HRSM Os principais sintomas da pneumonia são febre, respirações mais rápidas e curtas, além de piora do estado geral da criança, diminuição do apetite e dor abdominal. “São sintomas comuns na pediatria e que se confundem com resfriado e sibilância/bronquite, por isso essa distinção deve ser feita após a avaliação clínica, que pode envolver a solicitação de exames de sangue e de imagem”, comenta o médico. “Por isso, em caso de sintomas, é indicado buscar o atendimento médico com urgência”. De acordo com o infectologista, a necessidade da internação vai depender da avaliação do pediatra. Fatores como a gravidade clínica e idade da criança influenciam nessa decisão. O médico alerta que as principais complicações da pneumonia bacteriana são o derrame pleural, quando há inflamação e líquido na pleura – membrana que recobre os pulmões -, com necessidade de maior tempo de internação e antibioticoterapia e eventualmente necessidade de fazer drenagem. Pneumatoceles – lesão pulmonar – e abscessos também podem ser complicações da pneumonia bacteriana, mas são eventos raros e também implicam uma necessidade maior de antibioticoterapia e internação hospitalar. “A principal complicação da pneumonia viral é a sobreposição com a pneumonia bacteriana”, adverte o médico. “Alguns casos de pneumonia podem evoluir com síndrome aguda respiratória grave ou sepse, infecção generalizada. São menos frequentes, mas podem acontecer. Por isso, é sempre importante a avaliação do quadro por um pediatra para que se diagnostique corretamente a doença e avalie a presença de complicações que podem acontecer quando não se há um diagnóstico correto e a tempo.” Normalmente, frente a um quadro de pneumonia grave, a criança tem grande capacidade de regeneração e cicatrização, na maioria das vezes, sem sequelas significativas. Essa situação, porém, não costuma ocorrer com a população adulta, faixa etária em que é comum o aparecimento de fibrose e outras sequelas nos pulmões. *Com informações do IgesDF

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Período de chuvas intensas alerta para o cuidado contra leptospirose

A época de chuvas no Distrito Federal (DF) levanta o alerta para a exposição a diversas doenças transmissíveis por meio de água contaminada. Entre janeiro e setembro de 2024, o DF registrou 132 casos suspeitos de leptospirose – doença infecciosa que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira. Caso não seja tratada, a enfermidade pode evoluir para complicações como hemorragias, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória. Do total de casos suspeitos, 19 foram confirmados, 95 descartados e 18 permanecem em investigação. Houve um óbito causado pela doença. Em 2023, foram notificados 115 casos suspeitos, com 11 confirmações e duas mortes. Como o período de chuvas pode acarretar alagamentos e inundações, a exposição por longo período à água aumenta o risco de transmissão. Como o período de chuvas pode acarretar alagamentos e inundações, a exposição por longo período à água aumenta o risco de transmissão | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília A gerente de Vigilância das Doenças Transmissíveis da SES-DF, Aline Folle, enfatiza a importância de os profissionais observarem os sintomas e realizarem as notificações. “Entre as recomendações, orientamos a sempre coletar a primeira amostra de sangue para análise e se atentar à exposição dos pacientes durante o diagnóstico diferencial. É essencial apoiar a coleta da segunda amostra para confirmação da doença, orientar o preenchimento completo das fichas e realizar uma busca ativa de novos registros quando houver casos confirmados em uma localidade”, explica. Sintomas Os sintomas mais comuns da doença incluem febre, dores no corpo e de cabeça, além do surgimento de icterícia – coloração amarelada da pele e dos olhos – em casos mais graves. Caso não seja tratada, pode causar quadros mais graves, que incluem hemorragias, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória. Para o diagnóstico de leptospirose, são realizados exames específicos em pacientes que apresentam os sintomas e possuem exposição de risco a águas contaminadas. O material é encaminhado ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF) e são necessárias duas amostras para a confirmação do caso. Arte: Agência Saúde-DF Recomendações A principal recomendação é tentar evitar ao máximo o contato com a água infectada, o que inclui o consumo, tanto do líquido como de alimentos que podem ter sido contaminados, ou ainda pelo contato direto, como, por exemplo, no banho. A restrição de consumo dos alimentos se estende também aos embalados e enlatados que tiveram qualquer tipo de proximidade com a água infectada ou mesmo a lama, assim como frutas, legumes e verduras. Como forma de se proteger, a população deve observar alguns cuidados: lavar a área exposta com água e sabão; lavar as roupas contaminadas com água quente e sabão antes de reutilizá-las; e em casos de ferimentos ou cortes dentro da água de enchente, procurar o serviço de saúde. Atendimento Se houver suspeita ou sintomas, especialmente em populações que estejam em áreas alagadas, o usuário precisa buscar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, porta de entrada do cidadão ao Sistema Único de Saúde (SUS). *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Está com sintomas de dengue? Saiba quando procurar uma UBS ou uma UPA

O período chuvoso estabelecido no Distrito Federal nas últimas semanas acende o alerta em relação a possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, que se reproduz em focos de água parada. Mais do que atuar de forma a prevenir e combater a reprodução do mosquito, é importante que a população esteja atenta aos primeiros sinais da doença para já dar início ao tratamento. O paciente deve procurar o atendimento na unidade básica de saúde (UBS) mais próxima da sua residência ao sentir sintomas como dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, mal-estar, fadiga, perda de apetite e náuseas associados a febre de 38º graus e manchas avermelhadas pelo corpo | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A porta preferencial de atendimento é a Atenção Primária. O paciente deve procurar o atendimento na unidade básica de saúde (UBS) mais próxima da sua residência ao sentir sintomas como dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, mal-estar, fadiga, perda de apetite e náuseas associados a febre de 38 graus e manchas avermelhadas pelo corpo. “Esses sinais são considerados leves, portanto, o paciente deve procurar uma UBS”, orienta a coordenadora de Atenção Primária à Saúde da Secretaria de Saúde (SES-DF), Sandra Araújo de França. Mais do que atuar de forma a prevenir e combater a reprodução do mosquito, é importante que a população esteja atenta aos primeiros sinais da doença para já dar início ao tratamento | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Na unidade básica, o usuário será recepcionado por um profissional da enfermagem que fará a avaliação dos sintomas e o teste PCR que identifica o tipo de vírus – até hoje, o DF só teve contato com os DENVs 1 e 2, sorotipos mais conhecidos da dengue. “Após o atendimento, verificou que é dengue, o paciente vai ser notificado e vai receber um cartão de acompanhamento com orientações, sinais de alerta e a data que ele deve voltar para uma segunda avaliação”, explica Sandra. Em caso de necessidade, o paciente pode iniciar a hidratação venosa em uma das 176 unidades básicas e receber um pacote de hidratação oral para a continuidade em casa. “Nossa intenção neste período de chuva propriamente dito é trazer sempre uma reflexão para que as pessoas deixem que os agentes comunitários adentrem os lares para fazer as orientações” Sandra Araújo de França, coordenadora de Atenção Primária à Saúde “Quando a gente faz a notificação também acionamos um agente comunitário de saúde para fazer a visita ao domicílio para verificar se naquela região há focos do mosquito. O objetivo é mitigar o mais rápido possível para evitar novos diagnósticos de dengue”, diz a coordenadora. É importante que os moradores recepcionem os profissionais e sigam as orientações de prevenção que envolvem a destinação adequada de resíduos e a eliminação de pontos de água armazenada. “Nossa intenção neste período de chuva propriamente dito é trazer sempre uma reflexão para que as pessoas deixem que os agentes comunitários adentrem os lares para fazer as orientações. Precisamos a cada dia aumentar a nossa prevenção. Todo mundo tem que fazer a cada dia mais”, acrescenta. Casos considerados mais graves são direcionados para a unidade de pronto atendimento (UPA). O paciente pode ser encaminhado pela própria UBS que assume a transferência de responsabilidade, ou ele mesmo procurar uma das 13 unidades do DF quando tiver sintomas como dores intensas na barriga, vômitos persistentes, sangramentos no nariz, na boca ou nas fezes, tonturas e cansaço extremo. “Esses são sinais clássicos que vão ser recepcionados nas UPAs na perspectiva de uma avaliação e uma consulta mais direcionada”, revela. A empresária Mariana Ângelo, 38 anos, foi diagnosticada com dengue há pouco tempo. Ela conta que fez o acompanhamento na UBS de Vicente Pires. “Fui atendida rapidamente, com solicitação de exame de sangue e, por estar desidratada, recebi soro e vitaminas. Retornei a cada três dias para reavaliação das plaquetas e acompanhamento dos exames. O atendimento foi ágil e extremamente cuidadoso, com medicação intravenosa para minha recuperação”, afirma.

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Rede Feminina de Combate ao Câncer oferece exames de mamografia no Outubro Rosa

Em comemoração ao Outubro Rosa, a Rede Feminina de Combate ao Câncer lançou uma campanha que oferece 100 exames de mamografia para mulheres, em parceria com o Laboratório Sabin. Esta ação marca o início de uma série de iniciativas voltadas para a conscientização e prevenção do câncer de mama durante todo o mês. As fichas para as vagas começaram a ser preenchidas nesta terça-feira (1º). A Rede Feminina de Combate ao Câncer espera que essa ação seja apenas o início de um Outubro Rosa repleto de iniciativas que promovam a saúde e o bem-estar das mulheres | Foto: Divulgação/Alberto Ruy “A Rede Feminina é referência no apoio a pacientes com câncer de mama, principalmente no mês de outubro, oferecendo palestras e informações sobre o tratamento e enfrentamento da doença”, explica Larissa Bezerra, coordenadora da rede. A parceria com o Laboratório Sabin envolve a doação de exames e a primeira consulta para aquelas que apresentarem resultados significativos. As mulheres que desejam participar devem ter mais de 45 anos ou, caso sejam mais jovens, apresentarem sintomas ou histórico familiar de câncer de mama. “Se a paciente estiver dentro das regras e não tiver sintomas, pode vir sem o pedido médico. No entanto, se houver algum sintoma ou se a paciente for menor de 45 anos, é necessário apresentar um relatório e o pedido do mastologista”, esclarece Larissa. O cadastro das interessadas será realizado na sede da Rede Feminina, localizada dentro do Hospital de Base, próximo ao Laboratório de Anatomia Patológica. O horário de atendimento é das 8h às 17h, ou até que as vagas sejam preenchidas. “Não haverá triagem social. As vagas serão preenchidas por ordem de chegada”, informa. “Nos últimos anos, em campanhas semelhantes, conseguimos distribuir até 500 mamografias. Acreditamos que as 100 vagas disponíveis hoje podem ser preenchidas rapidamente”, diz Larissa. A Rede Feminina de Combate ao Câncer espera que essa ação seja apenas o início de um Outubro Rosa repleto de iniciativas que promovam a saúde e o bem-estar das mulheres. “Estamos sempre em busca de parcerias para expandir nossos serviços e o Laboratório Sabin é um parceiro valioso nesse esforço”, finaliza a coordenadora da Rede Feminina. *Com informações do IgesDF

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Esclerose múltipla: 70% dos diagnosticados fazem tratamento na rede pública

Neste 30 de agosto, Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, a Secretaria de Saúde (SES-DF) chama atenção para o objetivo de dar visibilidade à doença, alertando para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Dados da Associação de Pessoas com Esclerose Múltipla (Apemigos) apontam que, no Distrito Federal, 1.200 pessoas têm diagnóstico de esclerose múltipla. Desse total, 70% fazem tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No DF, Hospital de Base e Hospital Universitário são referências na oferta de tratamento para a doença | Foto: Divulgação/Agência Saúde A esclerose múltipla atinge principalmente pessoas com idade entre 20 e 50 anos e compromete o sistema nervoso central. Autoimune, caracteriza-se pela desmielinização da bainha de mielina, envoltório das células nervosas (axônios) por onde passam os impulsos elétricos que controlam as funções do organismo. Com isso, há a inversão do seu papel: ao invés de proteger o sistema de defesa do indivíduo, essas células passam a agredi-lo, produzindo inflamações. Quanto antes as pessoas souberem, terão um diagnóstico precoce, evitando sequelas graves a longo prazo” Ana Paula Morais, presidente da Associação de Pessoas com Esclerose Múltipla “A bainha de mielina é um envoltório do neurônio, igual a um fio”, explica a neurologista Priscilla Mara Proveti, coordenadora do ambulatório de esclerose múltipla do Hospital Universitário de Brasília (HUB). “O fio elétrico possui aquela capa preta, e a mielina é como se fosse a capa preta do neurônio. Quando desencapa um fio, ele dá curto circuito. Da mesma forma, a mielina do neurônio é afetada.” Diagnóstico  Se não for devidamente diagnosticada e controlada, a esclerose múltipla gera sintomas físicos – déficit motor, de coordenação e da visão – e cognitivos, afetando a memória e a atenção. Entre os principais sintomas, estão fadiga, distúrbios visuais, rigidez, formigamento, fraqueza muscular, desequilíbrio, alterações sensoriais, dor, disfunção da bexiga ou do intestino, disfunção sexual, dificuldade para articular a fala, dificuldade para engolir, alterações emocionais e alterações cognitivas. “Este é um mês extremamente importante, quando nos unimos para falar da importância sobre a conscientização e os sintomas”, afirma a presidente da Apemigos, Ana Paula Morais. “Quanto antes as pessoas souberem, terão um diagnóstico precoce, evitando sequelas graves a longo prazo.” Diagnosticada com esclerose múltipla, a fotógrafa Vanessa Alves Ciqueira, 37, sentiu os primeiros sinais em maio de 2020, após episódios de cegueira temporária, tontura, falta de equilíbrio e vômitos. “Fiquei 15 dias sem enxergar do olho direito e com o olho esquerdo turvo”, lembra ela, que faz tratamento no HuB. “Dois anos depois, tive um episódio parecido com labirintite, não consegui levantar da cama de tanta tontura. Foi um processo de seis meses do segundo sintoma até fechar o diagnóstico definitivo. Ao mesmo tempo que a doença é grave, é tratável. Não tenho nenhuma sequela.” Arte: Divulgação/Agência Saúde Fatores como predisposição genética, infecções virais pelo vírus Epstein-Barr (herpes), níveis baixos de vitamina D, tabagismo e obesidade podem funcionar como “gatilho” para o aparecimento da esclerose múltipla. Embora ainda não exista cura para a doença, há tratamentos medicamentosos de alta eficácia que buscam reduzir a atividade inflamatória e a ocorrência dos surtos ao longo dos anos.  O Hospital de Base do DF (HBDF) também presta esse tipo de atendimento em seu centro de infusão e quatro ambulatórios para pacientes com condições neurológicas. Por meio da regulação médica, neurologistas das unidades regionais garantem que os pacientes recebam o cuidado especializado necessário. Principais tipos da doença ⇒ Esclerose múltipla remitente recorrente (EMRR) – Manifesta-se por meio de surtos ao longo da vida do paciente. Esses surtos, em sua maioria, evoluem para remissão, ou seja, melhoram, e o paciente volta ao seu estado prévio ao evento. Ao longo dos anos, principalmente sem tratamento específico e a depender das características da doença, o paciente pode ter novos surtos. ⇒ Esclerose múltipla primariamente progressiva (EMPP) – Tem uma evolução progressiva desde o início dos sintomas. Ao contrário da EMRR, que apresenta surtos recorrentes, nessa forma eles seriam menos frequentes. Na EMPP, o paciente pode apresentar um primeiro surto e, a partir de então, vivenciar uma piora progressiva por um intervalo mínimo de 12 meses, caracterizando a progressão da doença. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Maio Roxo promove conscientização sobre doenças inflamatórias intestinais

Maio Roxo é o mês de conscientização e visibilidade sobre doenças inflamatórias intestinais (DIIs), como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. De acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), as DIIs atingem mais de cinco milhões de pessoas no mundo; só no Brasil, são cerca de 100 diagnósticos para cada 100 mil habitantes. Dores abdominais e perda de peso estão entre os sintomas da doença de Crohn e da retocolite ulcerativa | Foto: Free Pik A doença de Crohn afeta o intestino delgado e o cólon, da boca ao ânus. A forma grave pode atuar ainda profundamente nos tecidos gastrointestinais. Já a retocolite ulcerativa é uma condição que atinge as extremidades do intestino grosso (reto e cólon), causando uma inflamação na região que pode ou não ter úlceras. Os sintomas das duas enfermidades são parecidos: dores abdominais, perda de peso e mais de seis semanas com diarreia e sangramento. Por se tratar de doenças crônicas, ambas são fatores de risco para o câncer de intestino, não têm cura e são consideradas autoimunes. “Antes, as doenças inflamatórias intestinais eram consideradas doenças raras; hoje, não o são mais” Renata Filardi, gastroenterologista da SES Embora não possuam uma causa direta, essas doenças estão ligadas ao histórico familiar, alterações no sistema imune, mudanças na flora intestinal, alimentação e influência do meio ambiente. Fatores e diagnóstico A gastroenterologista Renata Filardi, especialista em doenças inflamatórias intestinais da Secretaria de Saúde do DF (SES), aponta fatores como tabagismo, estresse, uso de medicamentos (antibióticos, anti-inflamatórios), infecções e dieta ocidentalizada como gatilhos. Nos últimos anos, lembra, houve aumento da prevalência e incidência dessas doenças na população brasileira. “O Maio Roxo é muito importante para ajudar na conscientização”, afirma a médica. “Falar sobre sintomas intestinais ainda é um tabu para muitos pacientes. Antes, as doenças inflamatórias intestinais eram consideradas doenças raras; hoje, não o são mais. O número de casos novos também tem aumentado.” O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações, e o exame considerado padrão ouro para detecção é a colonoscopia – além de observar alterações visuais como vermelhidão e lesões de mucosa, ajuda na obtenção de material para biópsias. Adaptação Vômitos constantes, perda de peso e dores abdominais incessantes levaram Maiara Luize Neves, 32, a procurar ajuda médica. Após a indicação de gastroenterologista para acompanhamento conjunto com um proctologista, ela fez realizou exames de videocolonoscopia e uma enterorressonância, que confirmaram o diagnóstico da doença de Crohn. “É um desafio entender que, a partir do momento do diagnóstico, o seu estilo de vida, principalmente a alimentação, vão mudar, porque 80% da recuperação será sua alimentação”, aponta ela. “Você pode encontrar um medicamento que dá certo, porém, se não mudar o estilo de vida, a alimentação, o psicológico e realizar atividades físicas, não vai adiantar.” Atendimento na rede pública A SES conta com dois serviços de referência no DF para pacientes com doença inflamatória: o Hospital de Base (HB) e o Hospital Universitário de Brasília (HUB), que possuem ambulatórios específicos. A rede pública também oferece práticas integrativas em saúde (PISs) – como meditação e yoga -, que podem auxiliar os pacientes e estão disponíveis em 30 regiões administrativas e em 87 unidades básicas de saúde (UBSs). Atividades físicas e uma dieta equilibrada, que devem ser planejadas junto a especialistas, são fundamentais no controle das crises. Os pacientes com DIIs apresentam maior risco de carências nutricionais e precisam de uma nutrição reforçada de suplementos alimentares, além do uso correto dos medicamentos prescritos. O SUS dispõe de medicamentos nas farmácias de alto custo para pacientes com tratamento convencional por meio de comprimidos das classes – de aminossalicilatos como mesalazine e sulfassalazina – e para casos mais graves baseados em terapia imunobiológica, como o Infliximab (anti-TNF). Maio Roxo O Maio Roxo foi instituído com o mês da conscientização e a cor roxa simboliza a luta e solidariedade em relação a essas condições de saúde. O objetivo é aumentar o debate sobre o problema e sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce, assim como do tratamento correto. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF  

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Especialistas orientam sobre cuidados preventivos contra crises de asma

Todos os anos, a primeira terça-feira de maio é lembrada como o Dia Mundial de Combate à Asma. O objetivo é divulgar informações sobre a doença e prevenir o agravamento dos sintomas. A data é organizada há mais de 20 anos pela Iniciativa Global Contra a Asma (Gina, sigla em inglês), criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a asma é a terceira causa de internações hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o DataSUS, em 2022, foram 83,1 mil internações pela doença e 524 óbitos registrados no país. Referência técnica colaborativa da SES-DF no assunto, a pneumologista Andréa Martha Rodrigues destaca que a asma pode aparecer de forma súbita: “O clima seco piora os sintomas respiratórios” | Foto: Agência Saúde-DF Além da falta de ar, que é mais comum durante crises ou atividades físicas de alta intensidade, os pacientes geralmente apresentam dor e chiado no peito, tosse e sensação de cansaço. Os gatilhos que aumentam as chances de crises variam de pessoa para pessoa. Apesar de haver histórico genético, crises podem ser prevenidas com medicamentos e hábitos de higiene. “Usar o corticoide a longo prazo pode gerar sérios problemas de saúde como gastrite, úlceras gástricas e osteoporose. E no caso dos broncodilatadores, uma arritmia cardíaca” Géssica Andrade, pneumologista da SES-DF “O clima seco piora os sintomas respiratórios da asma e das doenças nasais alérgicas, como a rinite, no período em que ocorrem as exacerbações da asma. Por isso, é tão importante redobrar o cuidado nesta época do ano”, destaca a pneumologista Andréa Martha Rodrigues, referência técnica distrital (RTD) de asma da Secretaria de Saúde (SES-DF). Com a seca esperada para os próximos meses e a umidade relativa do ar abaixo dos 30%, as doenças respiratórias ficam mais frequentes. Tratamento Antes de pensar em medicamentos, primeiro é necessário, segundo a especialista, aprender a identificar e se afastar das situações que desencadeiam uma crise de asma. Veja algumas medidas preventivas que podem ajudar: Arte: Agência Saúde-DF Entre os aspectos ambientais, estão a exposição à poeira, aos ácaros e aos fungos, as variações climáticas e infecções virais – especialmente o vírus sincicial respiratório e o rinovírus, principais agentes causadores de pneumonia e resfriado, respectivamente. Para os fatores genéticos, destaca-se o histórico familiar de asma ou rinite e obesidade, tendo em vista que pessoas com sobrepeso têm mais facilidade de desencadear processos inflamatórios. A asma não tem cura, mas pode ser controlada com o tratamento e acompanhamento adequados. A rede pública do DF oferece, pelas farmácias de alto custo e pelas unidades básicas de saúde (UBSs), as principais medicações para o controle da doença. Automedicação Para a pneumologista da SES-DF Géssica Andrade, o maior desafio é a venda sem prescrição de corticoides e os broncodilatadores. Sendo assim, muitos pacientes usam doses altas sem necessidade ou por tempo prolongado. “Usar o corticoide a longo prazo, de forma sistêmica, pode gerar sérios problemas de saúde, como gastrite, úlceras gástricas e osteoporose. E no caso dos broncodilatadores, uma arritmia cardíaca”, detalha. *Com informações da SES-DF

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Mulheres devem se orientar sobre reposição hormonal 

Calor excessivo, insônia, irritação, falta de libido: toda mulher sabe quais são os sintomas mais comuns da menopausa, também conhecida como climatério. Com o objetivo de amenizar parte dessas reações e trazer melhor qualidade de vida às pacientes, o tratamento de reposição hormonal tem sido uma boa indicação. A medida, no entanto, não é recomendada para todas as mulheres. Especialistas recomendam exames para avaliar se o tratamento de reposição hormonal é o mais indicado | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde Todos os óvulos que uma mulher produzirá ao longo da vida têm origem nos folículos dos ovários, já presentes no momento em que ela nasce. A reserva é utilizada desde a primeira menstruação e segue até a última, não sendo reposta. Quando morrem os últimos folículos, os ovários entram em falência, e as concentrações dos hormônios estrogênio e progesterona caem irreversivelmente. “Quando a mulher começa a ter uma irregularidade menstrual, alguma queixa de ondas de calor ou alterações de humor, geralmente, é nessa fase que começamos a pensar em uma reposição hormonal”, explica a ginecologista Viviane Leite Oliveira, da Policlínica 3 de Taguatinga. “Devemos agir com cuidado redobrado em pacientes com história de câncer de endométrio, hipertensão arterial maligna, hipertrigliceridemia e doença hepática crônica” Patrícia Marques Cardoso, ginecologista Mesmo com a ausência de sintomas visíveis, pode ocorrer um aumento do risco de diabetes, doenças cardiovasculares e cânceres específicos. A reposição hormonal vem como alternativa médica para amenizar esse quadro. “Além de melhorar a qualidade de vida em relação a esses sintomas, há estudos que mostram uma proteção cardiovascular e óssea”, aponta a médica. Contraindicações Existem, no entanto, algumas contraindicações para a reposição hormonal, que podem ser absolutas ou relativas. Mulheres com histórico de lúpus, doenças agudas hepáticas, sangramentos vaginais não esclarecidos, doenças cardiovasculares agudas e câncer de mama não devem se submeter à reposição hormonal. Os casos de endometriose e miomatose uterina (tumores benignos) são incluídos nas contraindicações relativas. “Devemos agir com cuidado redobrado em pacientes com história de câncer de endométrio, hipertensão arterial maligna, hipertrigliceridemia e doença hepática crônica”, orienta a ginecologista Patrícia Marques Cardoso. Para as mulheres que não desejam ou têm contraindicação para a reposição hormonal, a especialista recomenda alternativas, como fitoterápicos, hidratantes vaginais para melhora dos sintomas urogenitais e, a depender do caso clínico, antidepressivos. “Podemos fazer uso de fitoterápicos como extrato seco de amora e cimicifuga racemosa [planta medicinal nativa da América do Norte, utilizada principalmente no tratamento da menopausa], além de orientar a prática de atividade física regular e dieta balanceada, que melhorarão a qualidade do sono, diminuirão os fogachos [ondas de calor] e atuarão na melhora da disposição física”, detalha. Para fazer a reposição hormonal, as mulheres passam por avaliação criteriosa e exames ginecológicos de rotina, como os laboratoriais e de colpocitologia (para detectar alterações nas células do colo do útero), mamografia e ecografia transvaginal. Em seguida, são avaliadas as opções de tratamento hormonal ou não hormonal. Durante o primeiro ano, a paciente permanece em acompanhamento a cada seis meses; após esse período, uma vez por ano. Bem-estar Ao sentir os primeiros sintomas da menopausa, a jornalista aposentada Garben Hellen Ferreira, 61, já começou a pesquisar alternativas para lidar com os efeitos que atrapalhavam seu bem-estar. “Quando entrei no meu climatério, os fogachos me incomodavam muito”, conta. “Às vezes, enquanto eu dormia tranquilamente, vinha o fogacho e eu não conseguia mais dormir. Também me incomodava a questão da queda da libido, da secura vaginal, da pele ressecada”. Desde 2017, Garben faz reposição dos hormônios estradiol, progesterona e testosterona. Os efeitos do climatério começaram a se reverter, mas os cuidados continuam. “Associei o tratamento com exercícios e comecei a avaliar a minha questão alimentar, porque, mesmo você repondo, tem toda uma preocupação sobre engordar”, relata. Sem histórico de câncer na família, praticando exercícios e após pesquisar bastante, ela ressalta os benefícios da reposição. “Fiz toda a relação custo-benefício e optei por fazer [o tratamento]. Hoje, não tenho problema nenhum em aconselhar outras mulheres a procurarem a reposição hormonal, porque pouco se ensina sobre como passar por esse estágio”. Na rede pública No momento, o sistema público de saúde do Distrito Federal não conta com os medicamentos orais para reposição hormonal. No entanto, a mulher no climatério pode fazer exames e acompanhamento ginecológico na rede de atendimento da SES-DF, com orientações e sugestões de alternativas, por meio das policlínicas presentes em todas as regiões. Para isso, é preciso agendar uma consulta na unidade básica de saúde (UBS) de referência. Confira a lista completa das UBSs por meio deste link. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Conheça as variações do vírus transmitido pelo Aedes aegypti

Considerada uma doença infecciosa, a dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. A doença febril aguda se manifesta de forma rápida, sendo mais prevalente em períodos chuvosos e quentes, e possui quatro sorotipos – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 – que podem causar a forma clássica ou evoluir para quadros graves que chegam a comprometer órgãos como fígado, cérebro e coração. A distinção entre os vírus é importante para o monitoramento epidemiológico | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde No Distrito Federal, o DENV-1 é o sorotipo mais comum, embora tenha sido observado um aumento significativo do DENV-2. De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF) divulgado na terça-feira (20), o sorotipo 2 foi detectado em quase 10 mil casos, enquanto o tipo 1 apareceu em cerca de 1,1 mil ocorrências. Os sorotipos 3 e 4 ainda não foram identificados na capital. [Olho texto=”“Crianças de até 2 anos, idosos e imunossuprimidos, como diabéticos e hipertensos, são os que têm mais risco de evolução para a dengue grave” ” assinatura=”David Urbaez, infectologista da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Todos os quatro tipos de vírus podem gerar formas assintomáticas, leves ou graves e, inclusive, levar a óbito. Após contrair um vírus da dengue, o corpo desenvolve imunidade a ele. Segundo o Ministério da Saúde (MS), a segunda infecção por qualquer sorotipo da doença tende a ser mais grave que a primeira, independentemente da ordem dos sorotipos. O DENV-2 e o DENV-3 são considerados mais virulentos. Nesse contexto, a reinfecção por um sorotipo diferente é fator de risco para a dengue hemorrágica, pois o sistema imunológico pode reagir de maneira intensificada. Embora a dengue afete todas as faixas etárias, alguns grupos têm maiores chances de desenvolver complicações. “Crianças de até 2 anos, idosos e imunossuprimidos, como diabéticos e hipertensos, são os que têm mais risco de evolução para a dengue grave”, afirma o médico David Urbaez, referência técnica distrital (RTD) de infectologia da SES-DF. Sinais de alerta [Olho texto=”Sintomas da dengue comum e da grave são os mesmos nos primeiros dias da doença” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A primeira manifestação da dengue, normalmente, é a febre alta (acima de 38 graus), de início abrupto, que costuma persistir por dois a sete dias, acompanhada de dores de cabeça, atrás dos olhos, no corpo e nas articulações, além de prostração, fraqueza, manchas vermelhas, erupções e coceira na pele. Tanto a dengue clássica quanto a grave têm os mesmos sintomas nos primeiros dias. Entre os sinais de alerta que ocorrem, habitualmente, entre o quarto e o quinto dia, no intervalo de três a sete dias de doença, estão dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Há ainda casos assintomáticos ou com a presença de apenas um sintoma. Detecção A distinção entre os vírus é importante para o monitoramento epidemiológico, enquanto os exames laboratoriais são fundamentais no diagnóstico da dengue, além de contribuírem para a implementação de medidas preventivas e controle da doença. No DF, a SES-DF oferece o exame PCR em Tempo Real (RT-PCR), responsável por determinar qual dos sorotipos está causando a infecção. O material é analisado no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF) a partir da amostra de sangue colhida na Atenção Primária – tendas de hidratação ou unidades básicas de saúde (UBSs).  “A técnica é capaz de identificar o vírus precocemente, auxiliando na conduta terapêutica do paciente”, explica a diretora do Lacen-DF, Grasiela Araújo da Silva. “O diagnóstico é rápido, sensível e específico, o que a torna uma ferramenta diagnóstica de alta confiabilidade.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O tempo de coleta do sangue para a realização do exame RT-PCR é do primeiro ao quinto dia do início de sintomas. Quando a amostra chega ao laboratório, é processada para a extração e a identificação do material genético do vírus. Isso é feito com reagentes específicos e equipamentos próprios. Ao final, os profissionais analisam os resultados obtidos para subsidiar os laudos. A liberação dos resultados ocorre em até três dias após o recebimento das amostras, podendo ser menor nos casos prioritários ou graves previamente indicados. Desde o início deste ano, o laboratório registrou mais de 17 mil amostras de casos suspeitos de dengue processadas por meio da técnica de RT-PCR. Atendimento Ao primeiro sinal de sintomas, a pessoa com suspeita de dengue deve procurar a unidade básica de saúde (UBS) mais próxima. As estruturas desses espaços foram adaptadas para realizar hidratação venosa, se necessário. Caso haja sinais mais graves, os pacientes serão encaminhados às unidades de pronto atendimento (UPAs) ou aos hospitais regionais. Além das UBSs e das UPAs, há tendas de acolhimento à população, das 7h às 19h, nas seguintes regiões do DF: Ceilândia (P Sul), Samambaia, Sol Nascente, Brazlândia, Taguatinga, Santa Maria, Recanto das Emas, São Sebastião, Estrutural e Sobradinho. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Casos graves de dengue podem causar hepatite e insuficiência renal

Com o aumento dos casos de dengue, os cuidados precisam ser intensificados para o combate ao mosquito. Muitas vezes, o quadro da doença se agrava, exigindo hidratação e medicação intravenosa. Alguns casos graves, inclusive, necessitam de internações. Mas por que o vírus da dengue é perigoso? Recomendação da Secretaria de Saúde é que, ao primeiro sinal, a pessoa procure a UBS mais próxima | Foto: Sandro Araújo/SES-DF [Olho texto=”“Como os líquidos saem dos vasos, o indivíduo fica desidratado, daí a importância da hidratação” ” assinatura=”Clarisse Lisboa, infectologista da SES-DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A gravidade decorre da inflamação causada nos órgãos e de como o vírus atua no organismo. Como se trata de uma infecção viral, o vírus penetra na corrente sanguínea, multiplicando-se em diversos órgãos; em seguida, substâncias nocivas são formadas no organismo humano. O ciclo se inicia quando o mosquito Aedes aegypti pica uma pessoa infectada e contrai o vírus. No inseto, o vírus se multiplica no intestino e passa para outros órgãos até chegar às glândulas salivares, por onde é transmitido às pessoas. Ação do vírus No ser humano, após a picada, o vírus se multiplica em órgãos como baço, fígado e tecido linfático durante intervalo de quatro a sete dias – período denominado de incubação. A fase seguinte – viremia – dura cerca de seis dias e é marcada por febre. Nessa etapa, o vírus continua a se multiplicar e os sintomas mais comuns surgem, explica a médica Clarisse Lisboa, referência técnica distrital colaboradora em infectologia da Secretaria de Saúde (SES-DF). “O vírus provoca uma alteração na permeabilidade dos vasos sanguíneos, e acabamos perdendo líquido; o plasma que deveria estar dentro dos vasos vai para o interior das cavidades, como abdome e tórax e tecido subcutâneo”, enumera a especialista. “Como os líquidos saem dos vasos, o indivíduo fica desidratado, daí a importância da hidratação.” Além disso, a profissional alerta sobre a diminuição das plaquetas, uma vez que o vírus atinge a medula óssea. As quedas muito expressivas das plaquetas ocasionam o sangramento, sinal de alarme que deve ser tratado com ajuda médica. “O vírus também pode provocar danos no fígado, baço e rins, e alterações neurológicas também podem acontecer, embora não sejam comuns”, complementa a médica. Tratamento [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Geralmente, a doença se apresenta com sintomas de febre, dor de cabeça (atrás dos olhos), dores no corpo, fadiga, fraqueza, manchas, erupções e coceiras na pele. Não há medicamento específico para a dengue, mas a febre pode ser controlada com o uso de paracetamol ou da dipirona. O AAS (ácido acetilsalicílico) e os anti-inflamatórios, porém, são contraindicados. Quando a doença se apresenta com sinais de alarme, os sintomas apresentados são dores fortes na barriga, vômitos persistentes, sangramentos no nariz, boca ou fezes e tonturas seguidas de muito cansaço. “Nos casos graves, é possível que a pessoa desenvolva sequelas, principalmente relacionadas ao dano que a doença possa ter provocado nos órgãos, como hepatite [inflamação no fígado] e insuficiência renal crônica”, alerta Clarisse Lisboa. Atendimento Ao primeiro sinal de sintomas, a pessoa com suspeita de dengue deve procurar a unidade básica de saúde (UBSs) de referência. As estruturas desses espaços foram adaptadas para realizar hidratação venosa, se necessário. Caso haja sinais mais graves, os pacientes serão encaminhados às unidades de pronto atendimento (UPAs) ou aos hospitais regionais. Além das UBSs e das UPAs, há tendas de acolhimento à população, das 7h às 19h, em nove regiões do DF: Ceilândia (P Sul), Samambaia, Sol Nascente, Brazlândia, Taguatinga, Santa Maria, Recanto das Emas, São Sebastião, Estrutural e Sobradinho. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Data alerta para importância do diagnóstico precoce contra câncer infantil

O câncer é a doença que mais causa mortes de crianças no Brasil. Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no triênio 2023/2025, devem ser registrados cerca de 7.930 novos casos em crianças e jovens de até 19 anos a cada ano. O Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil, 15 de fevereiro, mostra a importância de lembrar que a doença é tratável e depende muito do diagnóstico precoce. Marcela Camatta, mãe de Cristina, que se tratou no HCB: “Qualquer complicação que surgia, ela era prontamente atendida. O cuidado e o apoio que recebemos lá foram fundamentais para salvar a vida da minha filha” | Foto: Arquivo pessoal “Os protocolos utilizados no Hospital da Criança são altamente intensivos, contando com uma equipe multidisciplinar composta por pneumologistas, infectologistas e outros profissionais de apoio”, explica a médica Isis Magalhães, oncologista e hematologista pediátrica do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB).  Segundo a especialista, não há como fazer a prevenção primária da doença. “Não temos associações com fatores específicos; nossa maior arma é o diagnóstico precoce”, afirma. O câncer infantil, lembra ela, apresenta uma biologia distinta em relação aos casos de adultos, por se manifestar rapidamente.  Tecnologia de ponta [Olho texto=”“Atualmente, dispomos de tecnologias de diagnóstico mais avançadas para oferecer o melhor cuidado às crianças” ” assinatura=”Isis Magalhães, oncologista e hematologista pediátrica do HCB” esquerda_direita_centro=”direita”] “O tipo mais comum de câncer na infância é a leucemia linfoide aguda, que tem origem nas células precursoras do sangue presentes na medula óssea”, aponta. “Seu principal sintoma é a interferência na produção sanguínea, manifestando-se através de anemia, diminuição dos glóbulos brancos de defesa e suscetibilidade a infecções recorrentes. Além disso, ocorre a diminuição das plaquetas, resultando em manchas roxas na pele, dores ósseas e articulares.” A oncologista enfatiza que é preciso buscar assistência médica ao menor sinal de suspeita. O HCB é reconhecido como referência nesse tipo de tratamento, contando com uma abordagem integrada que engloba assistência, ensino e pesquisa desde o nascimento da criança. “Atualmente, dispomos de tecnologias de diagnóstico mais avançadas para oferecer o melhor cuidado às crianças”, afirma. Enfrentamento à doença Marcela, 9, passou por tratamento oncológico no HCB em 2019. “Marcela estava sofrendo com dores abdominais, e, somente após uma consulta no Hospital da Criança, conseguimos um diagnóstico específico com um hematologista”, conta a mãe da criança, Cristina Camatta.  “Durante todo esse período, o Hospital da Criança foi nosso refúgio”, lembra. “Tínhamos fácil acesso aos médicos e o tratamento foi extraordinário. Qualquer complicação que surgia, ela era prontamente atendida. Tenho uma gratidão imensa por toda a equipe, que vai além do que consigo expressar em palavras. O cuidado e apoio que recebemos lá foram fundamentais para salvar a vida da minha filha.” [Olho texto=”“Minha filha recebeu um tratamento de padrão internacional, algo com que jamais poderíamos ter arcado na rede privada” ” assinatura=”Adriele de Assis” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os sintomas do câncer infantil muitas vezes são parecidos com os de doenças comuns entre as crianças. Por isso, consultas frequentes ao pediatra são fundamentais. São esses profissionais que podem identificar os primeiros sinais e encaminhar a criança para investigação diagnóstica e tratamento especializado. Caso certos sintomas persistam, é preciso investigar com profissionais qualificados o mais breve possível. Adriele de Assis enfrentou o medo e a insegurança ao ver a filha Emily, 7, diagnosticada com meduloblastoma, um tumor no sistema nervoso central. “Ela perdeu os movimentos durante o diagnóstico, o que foi um momento extremamente difícil para nós”, relata. “Ela sempre foi muito comunicativa. Um médico do Hospital de Ceilândia encaminhou o caso dela para o Hospital da Criança em 2021”. Emily passou por duas cirurgias no HCB e também enfrentou múltiplas sessões de quimioterapia e radioterapia ao longo de um ano, relembra Adriele. “Minha filha recebeu um tratamento de padrão internacional, algo com que jamais poderíamos ter arcado na rede privada. Sou imensamente grata por tudo que a equipe do HCB fez”. Histórico [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Há 12 anos em funcionamento, o HCB  complementa a rede de saúde do Distrito Federal e está entre os 40 melhores hospitais públicos do país. Atualmente, a unidade oferece vagas em 23 especialidades pediátricas para consultas, como alergia, anestesiologia, cardiologia, cirurgia pediátrica, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, genética clínica, ginecologia infanto-puberal, homeopatia, imunologia, infectologia, nefrologia, neurocirurgia, neurologia, onco-hematologia, ortopedia, pneumologia, psiquiatria e reumatologia. O hospital realiza procedimentos de hemodiálise, diálise peritoneal, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, musicoterapia, terapia ocupacional, odontologia, farmácia, nutrição, enfermagem e serviço social. O HCB também faz exames laboratoriais e de imagem, endoscopia digestiva alta e colonoscopias, eletroencefalograma, potencial evocado, eletroneuromiografia, espirometria, tilt-test, teste de esforço, holter, mapa, curvas hormonais, pHmetria esofágica e eletrocardiograma. No rol de especialidades, destacam-se ainda a terapia renal substitutiva, na hemodiálise e na preparação de crianças para o transplante, e o transplante de medula óssea, que atua na cura de doenças como leucemias e erros da imunidade. Conheça mais sobre o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Verão é época de cuidados redobrados com a saúde dos olhos

Verão é época de chuva e também muito calor; e, para muitas pessoas, isso significa tomar intermináveis banhos de piscina ou de mar, além de aproveitar uma folguinha de bom tempo e fazer um belo passeio. É nesses momentos, porém, que se torna necessário o cuidado redobrado com os olhos: a época é marcada pelo aumento dos casos de conjuntivite. O aumento dos casos no verão é decorrente da maior proliferação dos vírus e bactérias devido ao calor e à umidade | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular – o branco dos olhos – e o interior das pálpebras. A doença pode afetar um ou os dois olhos e, apesar de costumar não deixar sequelas, deve ser tratada com ajuda médica. [Olho texto=”“A contaminação pode ocorrer quando uma pessoa contaminada passa a mão no olho e depois cumprimenta outra pessoa, ou quando pessoas compartilham o mesmo travesseiro e toalha” ” assinatura=”Larissa Friggi, oftalmologista” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O aumento dos casos no verão não é à toa, explica a médica Larissa Friggi, referência técnica distrital (RTD) em oftalmologia. “Há um aumento de casos no verão devido à maior capacidade de proliferação dos vírus e bactérias por conta do calor e da umidade”, aponta. “Outro agravante é que, nesta estação, há uma maior aglomeração de pessoas em clubes, piscinas, praias e festas de fim de ano”. A contaminação ocorre pelo contato direto com uma pessoa infectada, o que levanta a importância de alguns cuidados ao lidar com alguém que apresente os sintomas da doença. “A contaminação pode ocorrer, por exemplo, quando uma pessoa contaminada passa a mão no olho e depois cumprimenta outra pessoa, ou quando [pessoas] compartilham o mesmo travesseiro e toalha”, detalha a oftalmologista. Sintomas mais comuns Os sintomas típicos dependem do tipo da doença. As conjuntivites podem ser divididas em três: viral, bacteriana e alérgica. A mais comum é a viral, normalmente causada pelo adenovírus. Entre os sintomas, estão: sensação de areia nos olhos, lacrimejamento com uma secreção mais líquida e clara, quemose (inchaço na conjuntiva), edema palpebral e coceira inicial leve a moderada. Em alguns casos, também ocorrem linfonodos (ínguas) na região em volta da orelha. Mais comum nas crianças, a conjuntivite bacteriana apresenta como sintomas secreção amarelada, olhos bem avermelhados;, normalmente, não há coceira. Já a alérgica apresenta uma coceira intensa, com secreção clara, tipo muco, e hiperemia (aumento na circulação sanguínea) ocular leve. Como se prevenir [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Como a principal forma de contaminação é por meio do contato com alguém doente, a oftalmologista reforça que o fator fundamental para a prevenção é educação e higiene e orienta: “Evitar passar a mão suja nos olhos, não coçar os olhos, evitar compartilhar maquiagem com a pessoa contaminada, trocar a fronha do travesseiro – ou seja, os cuidados gerais de higiene são a melhor forma de prevenção”. Apesar de a conjuntivite durar em média de cinco a 15 dias, a especialista ressalta que o paciente não deve se automedicar. O ideal é procurar ajuda médica, pois o tratamento depende do tipo de doença. Atendimento Em casos de suspeita, o paciente pode se dirigir à unidade básica de saúde (UBS) de referência mais perto do local onde mora. Em casos de emergência, a rede de saúde disponibiliza três hospitais com pronto-socorro oftalmológicos: os regionais da Regional da Asa Norte (Hran) e de Taguatinga (HRT) e o de Base do Distrito Federal (HBDF). Dicas rápidas ? Evite passar a mão suja nos olhos – lave as mãos com frequência ? Não coce os olhos ? Evite compartilhar maquiagem e outros produtos de beleza ? Troque a fronha do travesseiro ? Evite compartilhar toalha de rosto ? Não se automedique *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Dengue clássica ou hemorrágica: entenda a diferença e os sinais de alerta

O aumento do número de casos de dengue no Distrito Federal acende o alerta para que a população esteja atenta aos primeiros sinais da doença e evite o agravamento da enfermidade. A arbovirose urbana transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti tem quatro sorotipos diferentes, e todos são capazes de causar desde a dengue clássica até a grave, que é mais conhecida como hemorrágica. Arte: Agência Brasília Os primeiros sintomas de dengue aparecem entre quatro e dez dias depois da picada do mosquito infectado. Os sinais mais comuns são mal-estar, fadiga, febre alta (acima de 38ºC e que se inicia ao final do dia), dor no corpo, dor retro-ocular (atrás dos olhos), dor de cabeça e dor nas articulações (em locais como joelhos e cotovelos). Vômito, náusea, diarreia e manchas no corpo também podem ser identificadas em alguns pacientes. Há ainda casos assintomáticos ou com a presença de apenas um sintoma. Tanto a dengue clássica quanto a grave têm os mesmos sintomas nos primeiros dias. A diferenciação ocorre mais frequentemente entre o terceiro e o sétimo dia, quando a febre cessa. No caso da dengue hemorrágica, aparecerão alguns sinais de alerta. “O início dos sintomas é parecido. A partir do terceiro dia, a maioria dos pacientes tem uma melhora, com a febre indo embora, mas com a continuidade da dor. Só que tem uma parcela pequena entre o terceiro e o sétimo dia que pode evoluir para a dengue hemorrágica”, explica a médica de família da UBS 2 de Santa Maria, Fabiana Fonseca. Os primeiros sintomas de dengue aparecem entre quatro e dez dias depois da picada do mosquito infectado | Foto: Divulgação/Agência Brasil Nos casos em que a doença se agrava, os pacientes podem ter queda da pressão arterial, tontura, dor abdominal, vômito contínuo, pontos arroxeados na pele e até sangramentos na gengiva, boca, nariz, ouvido, intestino, na urina e nas fezes. A reinfecção de dengue é um dos fatores significativos para o desenvolvimento do quadro de dengue hemorrágica. “A partir da segunda ou terceira vez, a doença tende a ser mais grave. A chance é maior de evoluir para dengue hemorrágica. Por isso é importante ter mais atenção e cuidados, além, claro, da prevenção que depende tanto do governo como de nós mesmos”, afirma a médica. Os mosquitos se reproduzem em locais de acúmulos de água. A ingestão de anti-inflamatórios também influencia no agravamento por aumentarem o risco de hemorragia. Mulheres grávidas, crianças e idosos também têm mais chances de desenvolver complicações. Tanto a dengue clássica quanto a grave têm os mesmos sintomas nos primeiros dias | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Tratamento Ainda não há medicamentos específicos para o vírus da dengue. O principal tratamento para a doença é a hidratação com soro e ingestão de água, água de coco e suco de frutas. É possível fazer hidratação venosa em uma das 176 unidades básicas de saúde (UBSs) do DF e nas tendas instaladas em nove regiões administrativas. Os mesmos locais também cedem os pacotes para reidratação oral, que devem ser mantidos juntamente com a ingestão dos demais líquidos. Para aliviar os demais sintomas, podem ser receitados para os pacientes medicamentos analgésicos. Em casos leves, o vírus permanece durante sete dias e os sinais costumam desaparecer depois de uma semana. Mas, até um mês depois dos sintomas, é normal sentir fraqueza pós-viral. Em casos de sintomas da doença, o paciente deve procurar uma unidade básica de saúde ou as tendas do governo.

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Reconhecimento rápido de sintomas ajuda a salvar vidas em casos de AVC

A obstrução ou rompimento de vasos que impede a circulação sanguínea no cérebro é a causa do acidente vascular cerebral (AVC). Apesar de súbita, essa ocorrência é possível de ser identificada no momento em que ocorre, por meio de alguns sinais visíveis: fraqueza em metade do corpo, diminuição da sensibilidade, perda repentina da visão de um olho e alteração na fala e na face. Uma vez identificados sintomas de AVC, como fala arrastada, dificuldade de levantar o braço e sorriso torto, a orientação é ligar imediatamente para o Samu | Fotos: Matheus Oliveira/Arquivo Agência Saúde O AVC está ligado a fatores de risco das doenças vasculares, como pressão e colesterol altos e diabetes. Fatores como tabagismo, alcoolismo e sedentarismo também acarretam risco, bem como a idade. Por ser uma condição repentina, a prevenção é essencial, segundo a neurologista Adriana Barros, da Secretaria de Saúde (SES-DF).  “Caso tenha pressão alta, deve-se manter o controle regular da pressão arterial com visitas regulares ao médico de família”, orienta a médica. “É importante se atentar também à glicose controlada, parar de fumar, fazer uso moderado do álcool. Outra forma é realizar atividade física, pois ela aumenta o colesterol bom, a função cardiopulmonar e melhora a saúde vascular.” Primeiros 30 minutos A neurologista afirma que, no Brasil, o AVC é a primeira causa de incapacidade e a segunda de mortalidade. Os dados apontam para a urgência em abordar o tema. Divulgar o reconhecimento rápido dos sintomas pode refletir diretamente na extensão das sequelas e na capacidade de reabilitação. Por isso, os primeiros 30 minutos são cruciais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Se, ao sorrir, o rosto da pessoa estiver puxando apenas para um lado; se, ao levantar o braço, ela não consegue mantê-lo no alto; e se a fala sair estranha, arrastada, é preciso correr e ligar para o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, número 192] imediatamente”, alerta Adriana Barros. O Samu orienta e direciona ao hospital. Nos casos agudos, a unidade de referência é o Hospital de Base do DF. Já para a prevenção de doenças vasculares cerebrais, o primeiro caminho a seguir é buscar atendimento nas unidades básicas de saúde (UBSs). É possível encontrar a UBS de referência, de acordo com o local de moradia, clicando aqui. *Com informações da Secretaria de Saúde    

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Fugir de ambiente fechado e usar álcool gel ajudam a evitar a bronquiolite

Mal começou o ano, já é possível notar o aumento de casos de crianças com bronquiolite viral aguda, doença que causa a inflamação das vias respiratórias e acomete os pulmões. Geralmente, o período de maior prevalência da bronquiolite é de março até julho, quando aumenta a circulação de vários vírus respiratórios e, consequentemente, a incidência de crianças doentes. Não há vacina para prevenir a bronquiolite, mas é possível adotar alguns cuidados para reduzir o risco de contrair a doença | Foto: Tony Winston/Agência Saúde A referência técnica distrital de emergências pediátricas Danielle Sampaio lembra que, desde o surgimento da covid-19, doenças do sistema respiratório têm sido registradas com mais frequência. “A bronquiolite é uma das doenças mais temidas, pois costuma ter maior incidência em bebês e crianças de até dois anos”, alerta. [Olho texto=”“A maioria das crianças é infectada no primeiro ano de vida, e normalmente todas as crianças estarão expostas ao vírus até o final do segundo ano de idade”” assinatura=”Danielle Sampaio, referÊncia técnica distrital de emergências médicas” esquerda_direita_centro=”direita”] O vírus sincicial respiratório é o principal agente causador da bronquiolite. Danielle orienta que os pais evitem ficar com o bebê em ambientes fechados ou com má ventilação e que tenham o hábito de limpar o nariz da criança com soro de duas a três vezes por dia. Além disso, reforça, é importante higienizar as mãos com álcool gel ou lavar as mãos e evitar o contato do bebê com pessoas gripadas. “Não existe tratamento específico nem vacina para prevenir a bronquiolite”, explica a pediatra. “O tratamento é de suporte, com antitérmico para controle de febre, lavagem nasal para ajudar na respiração e observação dos sinais de alerta para procurar o pronto-socorro caso seja necessário. A maioria das crianças é infectada no primeiro ano de vida, e normalmente todas as crianças estarão expostas ao vírus até o final do segundo ano de idade.” Sintomas A criança com bronquiolite apresenta coriza, febre e tosse como sintomas iniciais, semelhantes aos de uma gripe comum. Além disso, com a evolução e a consequente inflamação dos bronquíolos, pode haver desconforto respiratório. A doença começa como um resfriado leve e atinge seu pico entre o terceiro e o quinto dia, melhorando após sete a dez dias. Os sinais de alerta são respiração ofegante, abdome “afundando” quando o bebê respira, febre que persiste por mais de 72 horas e dificuldade para mamar. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Demanda em hospitais Com a sazonalidade da bronquiolite começando ainda em janeiro, a procura nos prontos-socorros de pediatria aumentou. De acordo com a diretora-geral do Hospital Materno Infantil de Brasília, Marina da Silveira, há bebês e crianças que estão chegando em estado grave e necessitando de uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “O que pode explicar essa gravidade dos casos é o que mostra os painéis virais: estas crianças estão chegando com mais de um tipo de vírus, não só com o vírus sincicial respiratório”, aponta a médica. “Isso torna a bronquiolite bem mais agressiva, principalmente nos bebês e recém-nascidos.” Marina lembra que no ano passado houve registro de bronquiolite até mesmo em crianças maiores de dois anos, devido ao isolamento durante a pandemia de covid-19. Segundo ela, essas crianças ficaram muito tempo sem convívio com outras, e o sistema imunológico acabou não se desenvolvendo o suficiente. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Julho Amarelo debate as hepatites virais

O Julho Amarelo é o mês da luta contra as hepatites virais, doenças infecciosas que atacam principalmente o fígado. Embora nem sempre apresentem sinais e sintomas, quando não diagnosticadas, podem acarretar complicações das formas agudas e crônicas, muitas vezes levando à cirrose ou ao câncer de fígado. [Olho texto=”“Além da imunização, há outras formas muito importantes de prevenção e que não têm segredo: usar preservativo nas relações sexuais, o não compartilhamento de objetos de uso pessoal, como lâminas, alicates de unhas e seringas, e higienização correta dos alimentos”” assinatura=”Beatriz Maciel, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] “As hepatites virais podem ser controladas com diagnóstico precoce, tratamento e medidas de prevenção, incluindo vacinas para alguns tipos do vírus. No entanto, o desconhecimento sobre a doença faz com que muitas pessoas só sejam diagnosticadas quando apresentam complicações, como cirrose e câncer de fígado”, explica Beatriz Maciel, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde. Para debater sobre as hepatites virais, a Secretaria de Saúde organizou o “Seminário sobre atenção integral às pessoas com hepatites virais no Distrito Federal: informar para sensibilizar”, que será realizado no próximo dia 19, das 8h30 às 17h, no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs). O principal objetivo é aprimorar as atividades de prevenção, vigilância, diagnóstico e tratamento das hepatites virais no DF. O seminário é destinado a profissionais de saúde das redes pública e privada, além de estudantes da área. As inscrições podem ser feitas neste link. Dados da doença No Distrito Federal, de 2017 a 2021, foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 1.331 casos novos de hepatites virais, sendo 515 (38,7%) de hepatite B, 812 (61,0%) de hepatite C, e quatro (0,3%) de hepatite D. Em relação à hepatite A, no ano de 2021 foram notificados 301 casos no Sinan, sendo dois casos confirmados. Destinado aos profissionais de saúde das redes pública e privada, o seminário organizado pela Secretaria de Saúde tem como objetivo aprimorar as atividades de prevenção, vigilância, diagnóstico e tratamento das hepatites virais no DF | Arte: SES-DF De 2017 a 2021, segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), ocorreram no DF 109 óbitos que tiveram como causa básica as hepatites virais, sendo 76 por hepatite C e 19 por hepatite B. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos comum no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia. Transmissão A via primária de transmissão das hepatites virais B, C e D é a parenteral, por contato com sangue e hemoderivados, podendo também ser transmitidas por contato sexual e de mãe infectada para o recém-nascido (durante o parto ou no período perinatal). Usuários de drogas injetáveis, pessoas em hemodiálise ou com múltiplos parceiros apresentam maior risco de infecção pelos vírus. A transmissão pode ocorrer ainda pelo compartilhamento de objetos contaminados, como lâminas de barbear ou depilar, escovas de dente, alicates e acessórios de manicure e pedicure, materiais para colocação de piercing e para confecção de tatuagens, instrumentos para uso de substâncias injetáveis, inaláveis (cocaína) e fumadas (crack). Pode ocorrer também em acidentes com exposição a material biológico, procedimentos cirúrgicos, odontológicos, endoscopia, entre outros, quando as normas de biossegurança não são respeitadas. Prevenção Todas as hepatites virais podem ser evitadas com alguns cuidados. Para a do tipo A o recomendado é lavar as mãos com água e sabão após ir ao banheiro, trocar fraldas e antes de cozinhar ou comer, além do uso de água tratada, saneamento básico e higienização adequada dos alimentos. [Olho texto=”“Todas as pessoas com infecção pelo vírus da hepatite B ou C podem receber o tratamento gratuito pelo SUS. O médico, tanto da rede pública quanto suplementar, poderá prescrever o tratamento seguindo as orientações dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e B (PCDT Hepatite C e PCDT Hepatite B) do Ministério da Saúde”” assinatura=”Beatriz Maciel, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo Beatriz, as vacinas são as principais estratégias de prevenção contra as hepatites A e B, e estão inseridas no Calendário Nacional de Vacinação pelo SUS. “Além da imunização, há outras formas muito importantes de prevenção e que não têm segredo: usar preservativo nas relações sexuais, o não compartilhamento de objetos de uso pessoal, como lâminas, alicates de unhas e seringas, e higienização correta dos alimentos”, destaca. A hepatite C não possui vacina. Diagnóstico e tratamento A rede pública de saúde do DF disponibiliza os meios para se diagnosticar as hepatites virais, sejam exames de sangue e testes rápidos ou laboratoriais, em qualquer unidade básica de saúde (UBS) e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado no mezanino da Rodoviária do Plano Piloto. Os testes rápidos para a detecção da infecção pelos vírus B ou C estão disponíveis para toda a população na rede do SUS no DF. O tratamento da hepatite A se resume a repouso e cuidados com a dieta do paciente. Já em caso de hepatite C, a intervenção terapêutica é feita com os chamados antivirais de ação direta (DAA), que apresentam taxas de cura de mais de 95% e são realizados, geralmente, por 8 ou 12 semanas. A hepatite B não possui cura, mas seu tratamento com medicamentos específicos (alfapeginterferona, tenofovir e entecavir) tem por objetivo reduzir o risco de progressão da doença e suas complicações, especialmente a cirrose e o câncer de fígado. Tanto o tratamento para a hepatite B quanto para hepatite C está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). “Todas as pessoas com infecção pelo vírus da hepatite B ou C podem receber o tratamento gratuito pelo SUS. O médico, tanto da rede pública quanto suplementar, poderá prescrever o tratamento seguindo as orientações dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e B (PCDT Hepatite C e PCDT Hepatite B) do Ministério da Saúde”, esclarece Beatriz. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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Sintomas de dengue? Procure uma unidade básica de saúde

Febre alta, dor de cabeça, manchas vermelhas no corpo, dor nas articulações, mal-estar, dor nos olhos e falta de apetite são sintomas que podem indicar a contaminação por dengue e devem ser comunicados à unidade básica de saúde (UBS) mais próxima. Consulte aqui. Unidades de saúde são o primeiro lugar a procurar para esclarecer dúvidas sobre os sintomas da dengue, que se assemelham aos da covid-19 | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde “Clinicamente, a gente é capaz de formular a hipótese diagnóstica de dengue e, com um exame simples de hemograma, conseguimos acompanhar esse paciente, intervir e ajudar no bom desfecho”, explica o subsecretário de Atenção Integral à Saúde, Oronides Urbano Filho. Segundo o médico, o diagnóstico pode ser feito tanto por exame quanto por análise clínica. O mais importante, indica ele, é iniciar o tratamento imediatamente, em geral com a reidratação. [Olho texto=”“A dengue tem um agente intermediário, que é o mosquito; o caso da covid, não: você é o transmissor”” assinatura=”Divino Valero, subsecretário de Vigilância à Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O critério do diagnóstico clínico também é apresentado no Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES), divulgado semanalmente. O documento trabalha com o número de casos considerados prováveis, isto é, pessoas que apresentam sintomas de dengue e que morem ou tenham viajado nos 14 dias anteriores para áreas com ocorrência da doença ou presença do mosquito Aedes aegypti. Os exames ajudam a ampliar a vigilância epidemiológica e tirar dúvidas em determinados casos de pacientes, mas não impedem a notificação do caso nem o tratamento. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, lembra que, diferentemente da covid-19 – situação em que a pessoa precisa ser isolada para impedir a disseminação da doença –, a dengue não é transmitida diretamente. “O principal fator é que a dengue tem um agente intermediário, que é o mosquito; o caso da covid, não: você é o transmissor”, alerta o gestor. Como a dengue e a covid-19 apresentam sintomas semelhantes, é sempre aconselhável procurar uma unidade básica de saúde em caso de suspeita.   *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Zika, uma doença que requer muita atenção das gestantes

A zika é mais uma das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que também é vetor de contaminação de dengue e chikungunya. Os sintomas dessas três doenças – classificadas como arboviroses – são parecidos com os da covid-19, mas a zika apresenta uma característica específica: causa coceira na pele e inchaço, principalmente nas extremidades das mãos. “Esses dois sintomas diferenciam a enfermidade, mas não são exclusivos da doença”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos. A febre e a vermelhidão na pele costumam ser mais brandos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A incidência da zika em grávidas traz maior preocupação porque o vírus ataca as células cerebrais e pode causar microcefalia no bebê. “Essa infecção congênita foi algo bem marcante em 2015, quando o patógeno foi identificado no Brasil”, lembra o gestor. A principal medida para combater o mosquito transmissor dessas doenças é não deixar água parada em recipientes destampados que sirvam de berçário para as larvas e perpetuem o seu ciclo de reprodução. Calhas, lajes, depósitos e até plantas que acumulam água nas folhas precisam ser verificados com frequência para evitar o depósito de ovos e larvas. Como não há vacina ou medicamento específico para combater a zika, a prevenção continua sendo o melhor remédio. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Será que é dengue? Conheça os sintomas

A dengue merece a nossa atenção, da mesma forma que a transmissão do novo coronavirus. A Secretaria de Saúde já registrou 2.093 casos em 2022. O caso clássico de dengue apresenta febre e, pelo menos, mais dois dos seguintes sintomas: dor de cabeça ou no corpo, atrás dos olhos, nas articulações ou manchas vermelhas na pele. Ou seja, sintomas bem parecidos com as demais arboviroses. O que varia, na maioria dos casos, é a intensidade de cada mal-estar. Imagem: Divulgação/Secretaria de Saúde Assim, quando surgirem os sintomas, o paciente deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para ser avaliado por um profissional de saúde para receber o diagnóstico correto. Para a dengue, é fundamental realizar a chamada prova do laço. “Desenhamos um quadrado na pele e, com o auxílio do equipamento de pressão, verificamos quantas manchas vermelhas aparecem no espaço, apontando o sinal de gravidade da doença”, explica Geandro Dantas, enfermeiro da área técnica da Gerência da Estratégia Saúde da Família. Dependendo do resultado, o paciente pode ser monitorado em casa ou realizar exame para verificação da concentração de hematócitos e plaquetas no sangue. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Porém, é preciso ficar atento ao aparecimento dos sinais de alarme, como vômito persistente, dor abdominal intensa, sangramentos de mucosas, dor no fígado e queda de pressão. “São sinais de alerta que podem evoluir para a necessidade de hospitalização e o paciente corre perigo de óbito”, enfatiza Fabiano. Nesses casos, a pessoa deve ir a um serviço de emergência, como as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) ou pronto-socorro dos hospitais. Geandro diz que, ao apresentar os sinais de alarme, o paciente precisa ser monitorado. “O tratamento vai ser mais intenso e os exames serão repetidos com maior periodicidade para evitar uma piora do quadro, que pode evoluir para choque e óbito”, destaca o enfermeiro. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Saiba como se prevenir contra um Acidente Vascular Cerebral

Em julho de 2018, aos 31 anos, Fernanda Dias Ventura estava no quintal de casa quando foi acometida por uma forte dor de cabeça, seguida pela paralisia do lado esquerdo do corpo. Cambaleando, a servidora pública conseguiu telefonar para a família antes de desmaiar. Ela sofrera um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Fernanda, com a pequena Lívia, lembra o dia em que sofreu um AVC: tão importante como o socorro imediato, a prevenção é fundamental | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília O socorro chegou rapidamente, Fernanda foi encaminhada ao Hospital de Base (HB) e teve o coágulo que impedia o fluxo sanguíneo cerebral extraído com sucesso. Assim como o atendimento rápido prestado pelo HB, a prevenção é uma atitude de extrema importância para a qual as autoridades chamam atenção, em especial no Dia Mundial do AVC, 29 de outubro. Orientações sobre os procedimentos preventivos podem ser obtidas em todas as unidades básicas de saúde (UBSs) do DF. Prevenir é melhor que remediar A melhor forma de prevenir um AVC é atentar aos fatores de risco, que aumentam as possibilidades de uma pessoa passar por esse problema.  O monitoramento inclui o controle da pressão arterial, do diabetes, colesterol e arritmias cardíacas, além do combate à obesidade, sedentarismo e tabagismo. “Controlando esses principais fatores de risco, conseguimos reduzir em 90% a incidência da doença; então, a melhor forma é prevenir, antes de remediar”, adverte neurologista vascular Letícia Costa Rebello, do Hospital de Base. [Olho texto=”“Tempo é cérebro, essa é a máxima do tratamento para o AVC” ” assinatura=”Letícia Costa Rebello, neurologista do Hospital de Base” esquerda_direita_centro=”direita”] Para reconhecer os sinais que indicam a doença, é preciso saber que o AVC é uma alteração súbita de vasos sanguíneos cerebrais. Acontece quando os vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem. Com isso, ocorre uma lesão na área cerebral que ficou sem circulação de sangue. Há dois tipos de AVC – o isquêmico e o hemorrágico. O isquêmico ocorre quando um vaso de dentro da cabeça obstrui, causando a interrupção do fluxo sanguíneo. Esse tipo de AVC é o que prevalece em 80 a 85% dos casos. O AVC hemorrágico, por sua vez, ocorre quando há uma ruptura no vaso sanguíneo da cabeça. Geralmente, tende a ser mais grave, sendo registrado em 15 a 20% dos registros – a minoria. Sinais de um AVC Letícia Rebello lembra que os principais sinais de um AVC são boca torta, perda de força ou de sensibilidade de um lado do corpo e dificuldade para falar ou entender o que as pessoas estão dizendo. A neurologista alerta que, reconhecidos esses sinais deve-se encaminhar a pessoa imediatamente ao hospital. “Tempo é cérebro, essa é a máxima do tratamento para o AVC”, explica. “Quanto mais o tempo passa, mais o cérebro se perde e menores são as chances de um bom prognóstico e de uma boa resposta ao tratamento”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O socorro público imediato é prestado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). ”O ideal é que seja feito o contato com o Samu [Serviço de Atendimento Médico de Urgência], pelo número 192”, orienta Letícia. “O Samu vai fazer o atendimento pré-hospitalar e vai direcionar o paciente para o hospital adequado, fazer a pré-notificação e verificar a reserva de vaga, entre outros serviços”. A história de Fernanda Dias Ventura, que foi socorrida a tempo após um AVC, é sucedida por vários finais felizes, como o nascimento da filha, Lívia, em março do ano passado, após uma gestação considerada de alto risco. Daquele 23 de julho de 2018, ficou a gratidão pelo pronto atendimento e a consciência de que o melhor é sempre saber prevenir.

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Dúvidas sobre a vacinação? GDF responde

Se você agendou uma vacinação, perdeu a marcação e não sabe o que fazer, fique tranquilo. A sua vacina estará garantida, de acordo com a Secretaria de Saúde. Essa e outras dúvidas, que estão surgindo durante a campanha de imunização da covid-19, foram esclarecidas nessa quinta-feira (6), em coletiva de imprensa no Palácio do Buriti. “Houve um apelo grande para que conseguíssemos as vacinas. Hoje as temos, mas sentimos uma procura aquém do esperado”, pontuou o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Durante o encontro com jornalistas, transmitido pelas redes sociais da Agência Brasília, os secretários Osnei Okumoto (Saúde), Gustavo Rocha (Casa Civil) e Weligton Moraes (Comunicação) anunciaram a abertura do hospital de campanha do Gama, com 100 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI),  nesta sexta-feira (7). Também comentaram a chegada de 50 mil novas doses de vacina da fabricante Oxford/AstraZeneca, e da baixa procura por vacina entre os cidadãos de grupos para quem o imunizante já está liberado. De acordo com Gustavo Rocha, 80% da população entre 60 e 64 anos já tomou a primeira dose no Distrito Federal. Esse percentual, porém, cai para 36% quando o recorte inclui apenas as pessoas com 60 e 61 anos – que é o último grupo por faixa etária atendido. [Olho texto=”“As duas marcas de vacinas disponíveis são confiáveis e não há razão para escolha de fabricantes”” assinatura=”Osnei Okumoto, secretário de Saúde do Distrito Federal” esquerda_direita_centro=”direita”] Entre os comórbidos, a procura também tem sido menor do que o previsto pelas autoridades do Governo do Distrito Federal (GDF). Estima-se que no DF tenham 390 mil pessoas com doenças catalogadas como prioridades para receber a vacina. Até o início da coletiva, apenas 122.215 haviam se cadastrado para receber a primeira dose, 24.221 fizeram o agendamento e 8.885 foram vacinadas. “Houve um apelo grande para que conseguíssemos as vacinas. Hoje as temos, mas sentimos uma procura aquém do esperado”, alertou o secretário da Casa Civil, para quem é fundamental que as pessoas liberadas para vacinação procurem os postos de saúde. “As duas marcas de vacinas disponíveis são confiáveis e não há razão para escolha de fabricantes”, completou Okumoto, sobre a resistência à AstraZeneca. Algumas dúvidas estão surgindo entre a população na hora de agendar a vacina. O secretário de Saúde esclareceu algumas delas. Confira as principais: Errei um dado no cadastramento. Como corrigir? Pessoas com comorbidades que erraram alguma informação na hora de fazer o cadastro podem corrigi-la a partir desta sexta-feira (7). No site vacina.saude.df.gov.br, uma tela de correção está disponível para possíveis alterações no cadastro. É preciso ter em mãos os números do CPF e do código de cadastramento. Só vale para quem não marcou a data de receber a vacina. O erro de dados vinha impedindo que as pessoas prosseguissem no agendamento da vacinação. Tenho mais de uma comorbidade, mas não consigo marcar todas. Qual devo escolher? Marcar todas as doenças que tiver não vai priorizar a ordem de receber a vacina. Opte por registrar a que considera mais crítica. Quem não for atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e sim pela rede particular, deve apresentar um relatório médico que comprove a informação. Não levei a impressão do agendamento na hora de me vacinar. E agora? O comprovante é necessário para comprovar a marcação que vem com data, hora e local de vacinação. O ideal é que ele seja entregue impresso no momento do atendimento. Mas quem não conseguir apresentá-lo em papel poderá fazer um print do agendamento na tela do celular como comprovante. Isso garantirá, inclusive, o direito à segunda dose. Posso entregar uma cópia do relatório médico particular ou apresentá-lo pelo celular? Não. Neste caso é exigida a entrega do laudo original, com no máximo 6 meses de emissão. Resultados de exames também não servem como comprovação, já que na maioria dos postos a aplicação é feita por um técnico de enfermagem, que não está apto a fazer a análise desses comprovantes. Sou alérgico a alguns componentes químicos. Posso tomar a vacina? Todas as vacinas disponíveis para aplicação no Brasil têm na sua bula quais as contraindicações. As hipersensibilidades são indicadas nas vacinas, assim como nos medicamentos. É preciso saber quais as suas e indicá-las ao técnico antes da aplicação. Qual o índice avaliado como obesidade mórbida para que a pessoa seja incluída na relação de comorbidades? Todo cidadão que tiver o índice de massa corporal (IMC) maior ou igual a 40 está indicado para receber a vacina no grupo prioritário. Neste caso, é necessário um laudo médico para comprovação. Fiz um agendamento, mas tive um imprevisto e não consegui comparecer ao posto no dia e horário marcados. Perdi a chance de ser vacinado? Não. Neste caso, basta comparecer à mesma unidade de saúde indicada com um documento e o comprovante de agendamento no dia seguinte da marcação. Me senti mal após tomar a vacina. Devo procurar um atendimento médico? Dores no local de aplicação e mal-estar como dores de cabeça ou febre são alguns dos sintomas registrados em alguns pacientes nas primeiras 24 horas depois da aplicação. Indisposições mais graves e constantes devem ser comunicadas na unidade de aplicação para que o Ministério da Saúde seja informado e acione o laboratório de fabricação. Quero tomar a vacina influenza contra a gripe, mas estou próximo do grupo a ser chamado na campanha contra a covid. Posso tomar as duas no mesmo período? Não. É preciso de um intervalo mínimo de 15 dias entre uma vacina e outra. Comunique ao aplicador na hora da vacinação. Na dúvida entre qual tomar primeiro, escolha o imunizante contra a doença que oferece mais risco de complicações – no caso, a que combate o coronavírus.  

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Atenção aos sinais: prevenir é sempre o melhor remédio

Rede pública de saúde do DF conta com suporte para tratar pacientes oncológicos | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília Neste 8 de abril, comemora-se o Dia Mundial de Combate ao Câncer, doença que, só no Distrito Federal, teve 8.660 novos casos em 2020, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Esse número revela que a prevenção e a busca por hábitos saudáveis são mais do que essenciais a todos. [Numeralha titulo_grande=”1.000 pessoas ” texto=”são atendidas mensalmente, em média, nas unidades oncológicas da rede pública do DF” esquerda_direita_centro=”direita”] No DF, a rede pública de saúde oferece o suporte necessário para as pessoas acometidas pelos mais variados tipos da doença. A porta de entrada para o atendimento são as unidades básicas de saúde (UBSs), onde profissionais vão orientar da melhor forma os pacientes que apresentarem sintomas a obterem o diagnóstico correto. Assim, neste 8 de abril e em todo o restante do ano, é importante lembrar do autocuidado e manter atenção aos sinais. Perda repentina de peso, aparição de caroços no corpo, alteração no trânsito intestinal e uma rouquidão na voz que não passa são alguns dos sintomas que podem indicar a necessidade de um acompanhamento clínico. [Olho texto=”“Muitos não se consultam por medo da pandemia. Eles podem ir com segurança, porque as UBSs e os hospitais estão preparados para  atender” ” assinatura=”Fabiana Cesário, oncologista” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Caso você precise de atendimento e tratamento, a rede pública está preparada. Ela conta com três unidades oncológicas: o Hospital de Base (HB), o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e o Hospital Universitário de Brasília (HUB). Esses hospitais atendem, juntos, mensalmente, uma média de mil pessoas. É lá que são tratados os tumores sólidos, hematológicos ou pediátricos. Pandemia Essa marca de atendimentos foi prejudicada pela pandemia, período em que as pessoas receiam frequentar hospitais, por conta do coronavírus (covid-19). A Secretaria de Saúde (SES), porém, destaca que as unidades são seguras e estão preparadas para atender, conforme explica a oncologista clínica Fabiane Cesário, que atua na rede há 15 anos. “É importante frisar que as pessoas precisam procurar as unidades básicas de saúde em caso de sintoma ou suspeita”, alerta a médica. “Muitos não se consultam por medo da pandemia. Eles podem ir com segurança, porque as UBSs e os hospitais estão preparados para atender.” Prevenção e tratamento [Olho texto=”“Se perceber algo diferente, uma dorzinha ou nódulo, procure o médico e faça o diagnóstico. Câncer não é sinal de morte, nem motivo para ficar deprimida” ” assinatura=”Vânia Santos, paciente” esquerda_direita_centro=”direita”] A professora e corretora Vânia Santos, de 47 anos, é uma das pacientes da rede. Ela é atendida no Hospital de Base e também no Centro de Radioterapia do HRT, onde trata um câncer de mama diagnosticado em outubro de 2019. Em março do ano seguinte, deu início à série de 16 sessões de quimioterapia e já passou por cirurgia. Neste 8 de abril, ela agradece o carinho dos profissionais e deixa uma mensagem: “Muita gratidão a todos os profissionais da saúde, com os quais tive um atendimento muito humanizado em todas as áreas. Às mulheres, peço que estejam sempre atentas, façam o autoexame. Se perceber algo diferente, uma dorzinha ou nódulo, procure o médico e faça o diagnóstico. Câncer não é sinal de morte, [nem motivo para] ficar deprimida. O câncer tem cura; e, quando é detectado de forma precoce, o tratamento e a cura vêm mais rápidos”. Melhorias O GDF tem investido em equipamentos e espaços para o tratamento de cânceres. Em 2020 o Hospital Regional de Taguatinga ganhou um moderno e equipado centro de radioterapia, com investimento de R$ 9,1 milhões. [Numeralha titulo_grande=”R$ 119 milhões ” texto=”serão investidos no Hospital Oncológico de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Parte desse valor foi empregada na compra de um acelerador linear, equipamento utilizado na radioterapia. Também em 2020, o GDF inaugurou o primeiro Centro Especializado de Saúde da Mulher (Cesmu), localizado na 514 Sul. O local tem ampla capacidade – cerca de quatro mil atendimentos mensais –, boa parte deles direcionada a mulheres com suspeita de câncer ginecológico ou que já tenham recebido tratamento para outros tipos de neoplasias malignas. Já no Hospital de Base, está em vias de funcionar o equipamento PET-CT. Único na rede pública, esse recurso produz imagens de alta definição para diagnósticos oncológicos. “Este é um aparelho importante que rastreia o câncer no corpo do paciente”, explica a oncologista Fabiane Cesário. “Vale lembrar que não é todo paciente que necessita fazer o teste no PET-CT. Antes, é preciso a indicação de um especialista”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O governo local também trabalha para viabilizar o Hospital Oncológico de Brasília, com investimentos de R$ 119 milhões. O projeto consiste em uma unidade hospitalar com 172 leitos, sendo 152 de internação e 20 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além de consultórios multidisciplinares, alas para tratamento de quimioterapia, radioterapia, medicina nuclear, endoscopia e salas de cirurgia conjugadas. Exames de imagem, como mamografia, ultrassom e raios X, também poderão ser feitos no local, que terá capacidade para atender nove mil pacientes por ano.  

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Quais as diferenças entre Covid-19 e dengue?

Independentemente dos sintomas, avaliação deve ser feita por profissionais da saúde | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde Febre, dor de cabeça e no corpo são sintomas comuns a mais de uma doença. Nos tempos atuais, podem levar uma pessoa a pensar que contraiu o coronavírus (Covid-19). Só que esses mesmos sintomas podem ser apresentados por alguém que está com dengue, outra virose que costuma registrar alta de casos nesta época do ano. Para você não errar e buscar ajuda adequada em tempo hábil, a Agência Brasília mostra como diferenciar as duas enfermidades e a qual unidade da rede pública de saúde recorrer. Quem explica os detalhes para diferenciar uma doença da outra é o coordenador da Atenção Primária de Saúde do DF, Fernando Érick Damasceno: “Embora ambas as condições [dengue e Covid-19] estejam dispostas como síndrome febril, normalmente, os quadros de Covid-19 se assemelham mais aos sintomas gripais e de síndromes respiratórias”. Há ainda outros sinais, atenta o gestor. “Existe também o diferencial da anosmia, que é a ausência da percepção do olfato, do cheiro”, aponta. “Esse é um grande diferencial da Covid-19 para a dengue. A dengue, por sua vez, costuma vir acompanhada de um processo de mialgia, uma dor muscular e corporal mais intensa”. [Olho texto=”“Se os sintomas iniciais forem leves e inespecíficos, como uma febre moderada, uma dor no corpo, um mal-estar generalizado, é muito difícil a pessoa saber o que tem nos primeiros dias antes de passar por uma avaliação médica”” assinatura=”Fernando Érick Damasceno, coordenador coordenador da Atenção Primária de Saúde do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Avaliações, só profissionais Para evitar “achismos” sobre sintomas que às vezes não parecem tão claros, fortes ou constantes, Fernando Damasceno afirma que as pessoas devem procurar, de forma precoce, uma unidade de saúde. É na rede de saúde que se pode obter a avaliação adequada e, consequentemente, orientações sobre os cuidados necessários. “Se os sintomas iniciais forem leves e inespecíficos, como uma febre moderada, uma dor no corpo, um mal-estar generalizado, é muito difícil a pessoa saber o que tem nos primeiros dias antes de passar por uma avaliação médica”, observa o coordenador. “O diagnóstico precoce é muito importante.” O momento, no entanto, requer atenção a qualquer sintoma, atenta ele. “Como estamos em meio a uma pandemia, uma síndrome febril, até que se prove o contrário, precisa de todos os cuidados possíveis no sentido de isolamento, de etiqueta respiratória e outros cuidados, inclusive o de fazer o teste para Covid-19”. Ainda de acordo com o profissional, uma pessoa pode contrair dengue e depois Covid-19, e vice-versa. É possível também contrair as duas doenças ao mesmo tempo. Onde buscar atendimento  Preferencialmente, quem apresenta os sintomas das duas doenças deve procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS), cujo funcionamento é das 8h às 17h. Logo, se você precisar de um atendimento após esse horário, deve recorrer ao serviço de emergência de um hospital da rede pública ou a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em casos de insuficiência respiratória, também se deve ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), no telefone 192. Sintomas de coronavírus (Covid-19) Febre baixa (abaixo de 38º) Tosse seca Fadiga Dor muscular Dor de cabeça Perda de olfato e de paladar Falta de ar aguda Erupções cutâneas Diarreia, dor abdominal e/ou vômito Conjuntivite Sintomas da dengue Febre alta (acima de 38 graus) Dor intensa no corpo Manchas vermelhas na pele Vermelhidão nos olhos

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Procure uma UBS em caso de sintomas da Covid-19

Testes do padrão RT-PCR, mais conhecido como swab nasal, estão disponíveis nas unidades | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde A Secretaria de Saúde (SES) está abastecida com testes para a detecção da Covid-19. As 172 unidades básicas de saúde (UBSs) estão prontas para realizar exames clínicos dos pacientes com sintomas da doença, e todas elas possuem testes do padrão RT-PCR, mais conhecido como swab nasal ou teste do cotonete, que tem um grau maior de precisão para detectar a presença do novo coronavírus. Além disso, todas as unidades possuem oxímetro para medir a oxigenação do sangue e determinar a necessidade ou não de exames complementares. Recentemente, a SES distribuiu 145.500 testes rápidos com microleitores, que permitem um resultado mais preciso, evitando a ocorrência de falso positivo. Esses testes rápidos, fornecidos pelo Ministério da Saúde, atendem a todas as regiões de saúde do DF, por meio de 50 UBSs (veja no quadro ilustrativo). O coordenador da Atenção Primária à Saúde (Coaps), Fernando Erick Damasceno, lembra que os testes são aplicados em pessoas sintomáticas que apresentam quadro respiratório agudo, caracterizado por pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas: febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza e perda do olfato ou do paladar. Os testes “O teste de swab deve ser feito a partir do quarto dia de sintomas”, orienta Damasceno. “Já o teste rápido deve ser realizado após o oitavo dia de sintomas”. O gestor reforça a importância da avaliação clínica, que deve ser feita pela equipe de profissionais de saúde na UBS. Em crianças, esclarece a SES, além dos sintomas citados, é considerada também obstrução nasal, na ausência de outro diagnóstico específico. Já nos idosos, consideram-se critérios específicos de agravamento, como desmaios, confusão mental, sonolência excessiva, irritabilidade e perda de apetite. Na suspeita de Covid-19, a febre pode estar ausente e sintomas gastrointestinais (diarreia), presentes. “A importância do teste é no sentido de diferenciar as síndromes respiratórias, diferenciar a Covid de uma gripe, de um resfriado”, explica Damasceno. “O mais importante não é o teste: é saber como a pessoa está se sentindo, a intensidade dos sintomas durante a evolução.” Arte: Agência Saúde   * Com informações da SES

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Vem aí a vacinação antirrábica

Há diferentes formas de transmissão da doença. Animais domésticos devem ser vacinados | Arte: Divulgação/SES No Dia Mundial de Luta contra a Raiva, instituído como 28 de setembro, a Secretaria de Saúde (SES) lembra a importância da data. A temporada é ide conscientizar as pessoas sobre a prevenção da enfermidade, que pode acometer todas as espécies de mamíferos, inclusive seres humanos. No Distrito Federal, a campanha de vacinação antirrábica deste ano será feita em duas etapas: em outubro, na zona rural; e, nas áreas urbanas, a partir de novembro. No Distrito Federal, a campanha de vacinação antirrábica deste ano será feita em duas etapas: em outubro, na zona rural; e, nas áreas urbanas, a partir de novembro. Em 2019, aproximadamente 149 mil cães e gatos foram vacinados, em todo o DF, durante a campanha antirrábica. “Datas como esta são definidas para chamar a atenção da população sobre a importância de ter seus cães e gatos vacinados”, explica o gerente de Vigilância Ambiental de Zoonoses, Rodrigo Menna. Ele orienta que, em caso de mordida de algum animal, a pessoa deve procurar, o quanto antes, o posto de saúde mais próximo à sua residência. Dentre as doenças infecciosas de origem viral, a raiva apresenta um perigoso diferencial: é a única, em relação ao alcance e ao número de vítimas, que pode gerar uma encefalite aguda capaz de levar as vítimas a óbito em praticamente 100% dos casos. Campanha de vacinação Quem tem algum animal de estimação sempre é informado sobre a raiva quando vai vaciná-lo. A medida é fundamental para o controle da doença no país. “A raiva transmitida por cães e gatos está relativamente controlada no DF”, informa Rodrigo Menna. “O único caso da raiva humana foi registrado em 1978. Ainda assim, o vírus rábico circula no DF em morcegos, bovinos, equídeos e outros animais. Por isso é importante a prevenção”. Transmissão e sinais O vírus da raiva fica presente na saliva de animais infectados e é transmitido principalmente por meio de mordeduras, embora eventualmente o contágio possa se dar por arranhaduras e lambeduras de mucosas ou pele lesionada. Quando o animal está contaminado com o vírus da raiva, pode tornar-se agressivo, mordendo pessoas, animais e objetos. Manifestações opostas, porém – quando o bicho demonstra tristeza e passa a procurar lugares escuros –, também podem ser um indicativo da doença. Nos cães, o latido se torna diferente do normal. Outro sintoma a ser observado é que o cão começa a ficar de boca aberta e com muita salivação, recusa alimento ou água e tem dificuldade de engolir, aparentando estar engasgado. Ele também fica sem coordenação motora, passa a ter convulsões e paralisia das patas traseiras (como se estivesse descadeirado). Por último, pode apresentar paralisia total, e morre. Como proceder Em caso de mordida, mesmo que o animal seja vacinado, é necessário lavar imediatamente o ferimento com água e sabão em barra, procurar uma unidade básica de saúde (UBS) e comunicar o fato à Diretoria de Vigilância Ambiental, pelo telefone (61) 2017-1342 ou pelo Disque Saúde – 160, bem como pelo e-mail: zoonosesdf@gmail.com. Sob nenhuma hipótese se deve matar o animal agressor. A orientação é deixá-lo em observação durante dez dias, em local seguro, para não fugir nem atacar pessoas ou outros animais, fornecendo-lhe água e comida, normalmente. Durante esse período, deve-se verificar se o animal apresenta algum sinal suspeito de raiva (alteração de comportamento). Caso não seja possível observar o animal em casa, ele deve ser encaminhado ao canil da Zoonoses. * Com informações da SES

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Pacientes devem procurar o Hran apenas em caso de sintomas graves

Foto: Divulgação / Agência Saúde Referência para casos de Covid-19, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) deve ser procurado apenas pelas pessoas que tiverem sintomas mais graves, como falta de ar e febre persistente. Pacientes com sintomas gripais mais leves, ou assintomáticos, devem buscar atendimento diretamente nas unidades básicas de saúde (UBSs) mais próximas das suas residências. O DF possui 172 UBSs, todas aptas a atender pessoas nessas condições. A recomendação vem dos profissionais do Hran que atuam na linha de frente contra o coronavírus. “O que tem acontecido é que pacientes com sintomas leves têm ido para o hospital e, com isso, é prolongado o tempo de espera daqueles que estão em estado grave”, adverte o diretor de Atenção Secundária da Região de Saúde Central, Pedro Zancanaro. Um agravante, lembra, é o aumento dos riscos de contaminação, pelo contato com transmissores da Covid-19. “Por isso, é importante a população procurar primeiro as UBSs quando os sintomas forem mais leves”, reforça Zancanaro. “Todas estão preparadas para fazer o atendimento e referenciar para os locais que aplicam os testes, caso precise. No Hran, caso venham todos, isso só tornará o atendimento moroso para todo mundo, com mais aglomerações, sendo que na UBS é possível ter uma avaliação inicial sem precisar fazer o teste.” Quem também endossa o aviso é a diretora substituta da Atenção Secundária da Região Central, Fernanda Quirino. “Nunca fugimos da nossa missão de atender à população, mas queremos que as pessoas tenham segurança, sem se expor a qualquer risco desnecessário com a Covid-19”, frisa. A especialista conta que pacientes com sintomas de dengue, semelhantes aos da Covid-19, já buscaram o hospital. “Dengue causa febre e dor no corpo, mas não é preciso ir ao Hran e correr o risco de entrar em contato com algum paciente com coronavírus”, alerta. Para esses casos, pontua, o indicado é procurar uma UBS. Fluxo de atendimento Assim que entram no hospital, os pacientes passam pelo atendimento inicial nas baias. Depois, acolhidos pela enfermagem e encaminhados à triagem médica, são consultados para saber se têm coronavírus. Caso a suspeita seja de pneumonia por Covid-19, a pessoa é encaminhada à avaliação pela clínica médica. “Como há pacientes que vêm e não estão doentes, tentamos separá-los para evitar o risco de transmissão”, explica a gestora. “Depois de passar pela consulta, se o clínico pediu exames, ou [o paciente] vai para a tomografia, ou para o aparelho de raios-X, ou vai fazer os testes de sangue e swab, dependendo da situação de cada um.” Quando os pacientes apresentam quadro mais grave, chegando com falta de ar, frequência respiratória mais alta ou comprometimento no pulmão – e se forem de um grupo de risco –, vão direto para a clínica médica e, caso necessário, para a Sala Vermelha. Lá são atendidas os pessoas com quadro clínico sugestivo ou já diagnosticado de Covid-19, além das que têm pneumonia e precisam de avaliação médica especializada. “Juntamos nossa força médica com experiência para os que mais precisam”, resume Fernanda Quirino. “Os que não estiverem nessa situação, com quadro de infecção de vias aéreas superiores, podem ser indicados a voltar para casa, com todas as recomendações sendo seguidas.” * Com informações da SES

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Saúde já fez mais de 174 mil testes rápidos por drive-thru

Mais 6.971 testes rápidos para detectar a Covid-19 foram feitos na última terça-feira (9) em dez pontos de drive-thru no DF, tendo sido confirmados 673 casos da doença causada pelo coronavírus (Sars-CoV-2). A presença do vírus foi detectada em 7.381 exames, dentre os 174.199 já aplicados. O posto montado no Paranoá (que também recebe os moradores de São Sebastião, Itapoã, Jardim Botânico, Jardins Mangueiral e Lago Sul) foi o que mais apresentou registros positivos, com 180 confirmações. O do Gama (que testa quem mora em Santa Maria), confirmou o vírus em 88 cidadãos. Já a unidade de Sobradinho II (que abrange Sobradinho I) aplicou 669 exames, com 85 confirmações. Em Samambaia, onde também são atendidos moradores do Recanto das Emas, foram confirmados 84 novos casos de coronavírus. A Secretaria de Saúde (SES) lembra que o teste é indicado para pessoas sintomáticas. O exame rápido, que detecta a presença de anticorpos gerados pelo organismo para enfrentar o coronavírus, não descarta, diante da ocorrência de sintomas, a necessidade de procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Os testes são seguros e aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atendimento e unidades A testagem por drive-thru ocorre de segunda a sexta-feira, exceto em feriados, das 8h às 17h. Para fazer o exame, é necessário realizar o cadastro no site da SES. Após esse procedimento, o usuário pode agendar o teste na unidade que atende a região em que reside. O resultado sai em até 30 minutos. Para visualizá-lo, basta entrar novamente na página da testagem em massa e autorizar o envio da conclusão do exame para o e-mail cadastrado. O DF conta com 172 unidades básicas de saúde, que oferecem acolhimento e atendimento aos casos suspeitos de Covid-19. Pessoas que apresentem sintomas e residam em regiões não atendidas podem buscar a UBS mais próxima de casa. Na unidade, o paciente será avaliado pelas equipes de Saúde da Família, que definirão o tipo de exame a ser aplicado. * Com informações da SES

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Testes rápidos iniciam sábado (11)

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) começa a realizar testes rápidos neste sábado (11) priorizando, inicialmente, os profissionais de saúde e segurança que apresentem sintomas de gripe ou estejam diagnosticados como suspeitos da Covid-19. Atualmente, mais de mil profissionais dessas áreas encontram-se afastados do trabalho por terem tido contato com infectados, suspeitos ou apresentaram sintomas de gripe. Essa primeira etapa vai testar um universo de oito mil profissionais. Com a testagem rápida, será possível detectar quem, de fato, está ou não infectado e assim adotar as medidas necessárias para preservar a saúde dos profissionais, suas famílias e da população em geral. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Automedicação deve ser descartada na prevenção e no tratamento da Covid-19

Não é de hoje que a automedicação é contraindicada por médicos e especialistas da área de saúde. Em tempos de enfrentamento à pandemia de coronavírus, a Secretaria de Saúde (SES) tem recomendado à população que não busque medicamentos preventivos ou de tratamento da Covid-19 sem a prescrição de um profissional da área.  A doença, para a qual ainda não se tem vacina – e as medidas preventivas mais recomendadas são a higienização frequente das mãos e o isolamento –, cresce proporcionalmente ao número de óbitos e de novos casos em todo o país. Referência técnica distrital em clínica médica da SES, o médico Fernando Santos Moreira lembra que os tratamentos padronizados, aceitos pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e aprovados pelo Ministério da Saúde, passam por critérios rigorosos de avaliação.  Em entrevista à Agência Brasília, ele explica que, como a Covid-19 é uma doença nova, estudos preliminares ainda estão sendo feitos, e qualquer medicamento usado no tratamento ou prevenção da doença só deverá ser utilizado quando aprovado. “Caso contrário, correremos mais risco do que obteremos benefícios”, adverte. Confira os principais trechos da entrevista, na qual o médico ela fala também sobre os mitos e verdades relacionados ao aumento de imunidade. Foto: Breno Esaki / Agência Brasília   Estudos preliminares desenvolvidos em vários locais no mundo apontam para supostas soluções para eliminar o Covid-19. Já existe cura ou vacina? No momento, não existe cura nem vacina para a Covid-19. É importante ressaltar que os tratamentos padronizados, aceitos pela Anvisa e autorizados pelo Ministério da Saúde, passam por critérios rigorosos para aprovação. Como se trata de uma doença nova, os estudos são iniciais. É importante ficarmos atentos aos órgãos de controle para que, só após a autorização deles para utilização dessas medicações, a gente possa utilizar – senão podemos correr mais riscos do que colher benefícios. Neste momento, o que as pessoas devem fazer, então? As pessoas devem ter muita atenção à orientação médica. Devem ter também muito cuidado com as fake news – porque, talvez, a gente tenha mais notícias falsas do que notícias seguras. E a orientação médica é a nossa única orientação neste momento. [Olho texto=”“As pessoas devem ter muita atenção à orientação médica. Devem ter também muito cuidado com as fake news – porque, talvez, a gente tenha mais notícias falsas do que notícias seguras”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]  Quais são as suas orientações? Se estiver com sintomas gripais, porém sem sinais de gravidade, sem dispneia – que é a falta de ar –, sem desmaios, e no caso de pessoas que não tenham fatores de risco, o importante é ficar em casa. Como distinguir sintomas gripais comuns dos sintomas de Covid-19? Como é essa falta de ar, como a febre deve ser acompanhada? O que realmente justificaria a pessoa sair de casa e buscar atendimento médico? Se ela tiver febre, por um ou dois dias, tosse, coriza, espirro, dores no corpo e outros sintomas de uma gripe comum, deve ficar em casa. Mas, se começar a apresentar falta de ar, deve procurar um hospital. Essa falta de ar é de que tipo? Como se a pessoa estivesse se afogando e tentasse buscar o ar com mais força? Quando sentir que a respiração já não é suficiente. A pessoa já não consegue conversar, realizar as atividades do dia a dia… Atividades comuns. Uma boa maneira de avaliar é: se estiver tendo dificuldade de executar as tarefas diárias, se está com falta de ar. É como se estivesse cansado por um esforço que não fez. É sentir cansaço sem ter feito esforço. Muitas pessoas estão se antecipando e correndo às farmácias atrás de medicamentos que, em testes preliminares, foram eficientes para combater esse novo coronavírus – seria o da cloroquina e da hidroxicloroquina. O que é essa medicação e para que ela serve? Essa medicação é utilizada para modular o sistema imunológico, para combater doenças autoimunes e para combater a malária. Quando bem-indicada, ela modula a nossa resposta imunológica. Só que ela procura critérios específicos, muito bem-observados, para só então poder ser indicada. Porque essa medicação também tem efeitos colaterais que chamam a atenção. Tudo na medicina deve ser pesado: efeito colateral, riscos e benefícios. E só quem consegue fazer isso é um médico. Quais os efeitos colaterais para quem utilizar essa droga? Os efeitos colaterais passam por cardiopatia, insuficiência renal, cegueira… A lista de efeitos colaterais é extensa, mas o que podemos dizer é que pode causar graves danos à saúde. As pessoas não devem de maneira alguma buscar essa medicação, porque podem se infringir severos danos à saúde, tanto que estudos desses medicamentos são feitos em pacientes em estado grave porque entende-se que eles possam ter maiores benefícios com a medicação comparando o prejuízo que ela pode gerar ao prejuízo causado pela Covid-19. Então, quem tem sintomas gripais, suspeitas, casos leves, de maneira alguma deve iniciar e fazer uso dessa medicação. Ela tem sido feita apenas em estudos; não é autorizado o uso dessa medicação de maneira ampla pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa. [Olho texto=”“Quem tem sintomas gripais, suspeitas, casos leves, de maneira alguma deve iniciar e fazer uso dessa medicação. Ela tem sido feita apenas em estudos”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]  O brasileiro, em muitos casos, costuma a se automedicar numa simples ida à farmácia. Quais os riscos dessa postura? O primeiro risco que a gente entende é que as pessoas não procuram atendimento médico, logo elas já aumentam o risco de a doença que elas têm evoluir e perder a chance de um diagnóstico precoce. Num segundo momento, ainda tem os riscos da própria medicação que a pessoa utiliza, que podem ter efeitos colaterais variados, a depender da pessoa e da medicação. No caso da hidroxocloroquina, os efeitos são muito danosos. Trata-se de uma medicação que deve ser rigorosamente observada. Mas, diante dessa recomendação de que as pessoas com sintomas leves de gripe não procurem os hospitais, o que deve fazer quem tiver algum dos sintomas, como febre leve, coriza, para se cuidar sem se automedicar? A pessoa deve permanecer em casa, em princípio; utilizar medicações antitérmicas quando tiver febre… Tipo o quê? Dipirona, paracetamol… não temos indicado ibuprofeno, porque existem alguns estudos que sugerem que ele possa aumentar a carga viral. Já dipirona e paracetamol conseguem controlar febre e dor no corpo. Usar uma dosagem de seis em seis horas. Essa dosagem deve variar de acordo com o peso do usuário. Se começar a ter outros sintomas, como falta de ar, com fôlego insuficiente, desmaios ou as doenças que entendemos como sinal de gravidade – como diabetes, hipertensão descontrolada, doenças autoimunes – e tiver mais de 60 anos de idade, aí sim, deve procurar o atendimento médico. Como aumentar a imunidade? Quais conselhos o sr. daria para que essa postura seja o mais natural possível? Toda pessoa tem um sistema imune. Se ela não tem uma doença autoimune, se não usar nenhum medicamento que suprime seu sistema imunológico, a imunidade dela tende a ser normal. O que ela pode fazer para manter essa normalidade é manter bons hábitos de vida, tipo com alimentação saudável, praticar atividades físicas com orientação, evitar desidratação com ingestão frequente de água, tentar evitar o estresse, ainda que o momento seja de tensão. Quem toma medicação de uso regular não deve parar de fazê-lo sem indicação médica.  Então, mudanças de hábitos e comportamentos que aumentam a imunidade não existem? Não. Aumentar a imunidade, não. O que a gente faz é preservar a imunidade, não se expondo a situações extremadas. A imunidade é relacionada a uma prática de vida saudável. A gente não a aumenta, mas pode prejudicá-la com a prática de exercícios exagerada, desidratação, estresse… uso de substâncias (como consumo de bebidas alcóolicas) de maneira exagerada pode baixar a imunidade. A imunidade é inata, e a gente tem que fazer tudo para preservá-la tendo hábitos de vida saudáveis, não utilizando medicação sem orientação médica e não se expondo a situações extremas.

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