Saúde participa de evento que promove aleitamento materno
Mãe de primeira viagem, Sofia de Araújo, de 19 anos, amamenta o pequeno José Miguel há dois meses. Na verdade, seu leite é alimento para muitos outros bebês. Assim que percebeu que estava produzindo mais do que o necessário, a moradora de Ceilândia entrou em contato com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) para se cadastrar e começou a doar o excedente. Além de amamentar o filho José Miguel, Sofia Araújo faz doação do leite excedente para outros bebês | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Sofia foi uma das mulheres homenageadas durante o evento AmamentAção, realizado nessa quarta-feira (20), na Casa da Mulher Brasileira de Ceilândia. “Achei uma iniciativa muito bonita porque às vezes, nós, mães, passamos pelo puerpério e nos sentimos muito esquecidas e sozinhas, então é sempre bom ser reconhecida”, declarou. Segundo a nutricionista Natália Gouvêa, do Banco de Leite Humano do Hospital Regional de Ceilândia (HRC), a medalha dourada recebida pelas doadoras representa o importante papel que exercem na sociedade e na saúde pública. “Sabemos que doar não é fácil”, pontuou. “No cenário há um bebê pequeno, noites maldormidas, bagunça e hormônios. Assim, dedicar um tempo para tirar o leite, com todo o cuidado que exige, é uma verdadeira doação de esperança e de si mesma.” “O Agosto Dourado nos lembra da importância de apoiar, orientar e proteger as mulheres nessa fase tão delicada da vida”, afirmou a secretária da Mulher, Giselle Ferreira A homenagem, que reuniu mães e gestantes, teve como referência o Agosto Dourado, mês de conscientização do aleitamento materno. Organizado pela Secretaria da Mulher (SMDF), o encontro contou, ainda, com representantes das secretarias de Saúde (SES-DF) e de Desenvolvimento Social (Sedes-DF). O objetivo foi orientar essas mulheres sobre seus direitos e desmistificar questões relacionadas à amamentação. “Amamentar é um direito da mãe e um gesto fundamental para a saúde do bebê”, lembrou a secretária da Mulher, Giselle Ferreira. "O Agosto Dourado nos lembra da importância de apoiar, orientar e proteger as mulheres nessa fase tão delicada da vida. Ao promover o AmamentAção, reafirmamos o compromisso do Governo do Distrito Federal em oferecer informação, acolhimento e políticas públicas que incentivem o aleitamento materno e valorizem as doadoras de leite humano, que são verdadeiras parceiras da saúde pública.” Cuidado e acolhimento Para que as participantes se sentissem ainda mais acolhidas e valorizadas, houve oferta de massagem, pintura gestacional, cortes de cabelo e maquiagem. Também foram oferecidos serviços de saúde, como testes de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e vacinação. “Reconhecemos que a mãe que está na correria também precisa desse olhar e acolhimento”, avaliou a subsecretária de Promoção das Mulheres da SMDF e uma das organizadoras do evento, Renata d’Aguiar. Como doar [LEIA_TAMBEM]Toda mulher saudável que esteja em período de amamentação pode se tornar uma doadora de leite materno, independentemente da idade do bebê. No DF, o recolhimento pode ser feito em casa e direcionado a uma das 14 unidades de saúde. As doações são entregues diretamente nos bancos de leite, em potes de vidro com tampas plásticas (como os de cafés solúveis), mas também é possível agendar o serviço pelo telefone 160 (opção 4) ou pelo site Amamenta Brasília. Após o cadastro, uma equipe do CBMDF recolhe o kit de coleta e o leva aos bancos de leite. O leite materno é fundamental para a sobrevivência e o desenvolvimento de recém-nascidos, especialmente prematuros e de baixo peso internados em unidades de terapia intensiva (UTIs) neonatais, protegendo-os contra doenças e reduzindo a mortalidade infantil. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Casa de Parto de São Sebastião alcança marca de mais de 6 mil procedimentos humanizados
Ao ver o mundo pela primeira vez, a pequena Lívia Helena se deparou com um quarto de poucas luzes, cheirando a lavanda e preenchido por sons relaxantes. Durante as quatro horas de trabalho de parto, a mãe dela, Tamara Santos, 34 anos, foi acompanhada por uma equipe profissional especializada em parto humanizado na Casa de Parto de São Sebastião. Tamara relembra que chegou ao local apreensiva, mas se surpreendeu com o atendimento. “Tiveram muita atenção conosco. No momento em que eu sentia muita dor, por exemplo, a equipe tentava me acalmar, me amparar. Assim, o parto foi fluindo e deu tudo certo”, conta. Tamara Santos destaca a excelência do atendimento: "Muita atenção conosco" | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF O parto de Tamara soma-se aos mais de 6 mil outros realizados pela unidade, desde a inauguração, em 2001. De janeiro a julho deste ano, foram cerca de 210; em 2024, o número chegou a mais de 430 nascimentos. Com uma equipe formada por enfermeiros obstétricos e técnicos em enfermagem, o local é referência em partos normais de baixo risco para pacientes que residem em São Sebastião, Paranoá, Itapoã, Jardim Botânico e Jardins Mangueiral. São quatro salas amplas e equipadas com diversos recursos para a parturiente, como cama, banqueta, “cavalinho” e até banheira. “Respeitamos a pessoa, da hora do nascimento até o puerpério" Adrielle Maia, supervisora da Casa de Parto de São Sebastião “Temos uma equipe qualificada e treinada para dar assistência ao parto de baixo risco. É um ambiente acolhedor, onde a paciente tem espaço e recursos para utilizar durante o trabalho de parto. Respeitamos a pessoa, da hora do nascimento até o puerpério", destaca a supervisora da unidade, Adrielle Maia. Integração com Banco de Leite O trabalho na Casa de Parto é integrado ao banco de leite humano localizado no mesmo local. Assim que a mãe dá à luz, a equipe oferece suporte para a primeira mamada do bebê. Os serviços do banco de leite da Casa de Parto não são exclusivos para as puérperas que tiveram filhos na unidade “No mesmo dia em que a Lívia nasceu, já vieram me ajudar a amamentar, principalmente porque a bebê chegou de madrugada, e eu estava exausta”, relembra Tamara. “Antes que eu tivesse alta, também realizaram uma sessão de laser no meu seio para aliviar a dor." Os serviços do banco de leite da Casa de Parto não são exclusivos para as puérperas que tiveram filhos na unidade. O setor atende qualquer mulher que enfrenta problemas relacionados à amamentação. As interessadas podem ir à unidade e receber uma consultoria com os profissionais especializados. Lidiane Fernandes, 28, buscou essa ajuda. Ela começou a sentir febre durante o aleitamento de Ana Laura, de apenas 3 meses. No banco de leite, iniciou as sessões de laserterapia. “Fui muito bem-tratada, e as profissionais me ajudaram bastante porque meu peito ficou muito ferido. Ainda bem que eu vim", diz. A Casa de Parto de São Sebastião funciona todos os dias, 24 horas por dia, oferecendo sempre atendimento humanizado a gestantes de baixo risco A Casa de Parto funciona todos os dias, 24 horas, e atende gestantes classificadas em baixo risco. Caso haja intercorrências, há uma ambulância disponível para transferências. Os serviços oferecidos incluem atendimento durante o parto, pós e puerpério; assistência ao parto na água; acompanhamento, estímulo e auxílio na amamentação e atendimento ao recém-nascido. É possível conhecer a estrutura por meio de visitas guiadas. O encontro virtual é realizado na terceira terça-feira de cada mês, e o presencial, no primeiro sábado do mês. “As reuniões são feitas por um enfermeiro obstetra que vai explicar o protocolo da Casa de Parto, como funciona, quando a mulher deve procurar o atendimento. Dessa forma, a mulher se prepara para o momento do parto e do pós”, explica a supervisora. [LEIA_TAMBEM]Casa de Parto de São Sebastião Local: Av. Comercial – São Sebastião, Centro de Múltiplas Atividades, Área Especial 10 – São Sebastião/DF Funcionamento: todos os dias, 24 horas Rodas de gestante Virtual: todas as terceiras terças-feiras do mês, às 14h Presencial: primeiro sábado do mês, das 9h às 12h, no auditório da UBS1 de São Sebastião Inscrições podem ser feitas via WhatsApp: (61) 99162-3757 Banco de leite humano Horário de funcionamento: das 7h às 19h. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Confraternização de Natal homenageia doadoras de leite humano do DF
Celebrar a vida de quem acabou de nascer e foi salvo pelo leite materno. Na confraternização de fim de ano dos 14 bancos de leite distribuídos pelo DF, a comemoração é conjunta: mães, profissionais de saúde e doadoras comemoram a parceria durante o processo de amamentação dos pequenos que chegaram ao mundo. Confraternização no Hospital Regional de Taguatinga homenageou doadoras de leite materno | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Nesta sexta-feira (6), a ceia de Natal foi da equipe do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), umas das unidades referência no Banco de Leite Humano (BLH). “Há mais de 20 anos a gente tem a festa de natal das doadoras de leite materno, que acontece sempre na primeira semana de dezembro. Fazemos uma homenagem para elas, uma festa de gratidão pelo que fazem”, conta a enfermeira e coordenadora do Centro de Referência em Banco de Leite Humano do DF, Graça Cruz. “A equipe do banco de leite não cuida só da mãe e do bebê, mas também do psicológico de todos. Ela via que a minha esposa estava abalada e a cada conquista fazia uma festa” Nathan Lucas Soares, marido de Karoline Pereira, atendida no HRT Durante o evento, todas as doadoras, tanto antigas quanto atuais, além de parceiros e voluntários da causa, são convidadas a celebrar. As voluntárias promovem atividades especiais, como sessões de auriculoterapia, maquiagem e tranças de cabelo para as mães e familiares presentes. Evento em Taguatinga O BLH do HRT nasceu em 1978, por meio de um grupo de médicos e de integrantes do Rotary Club, associação de clubes de serviços cujo objetivo é unir voluntários a fim de prestar serviços humanitários. As primeiras doações vieram da Casa da Amizade de Taguatinga, organização que tem por objetivo levar ações sociais para a população. Com mais de 40 anos de parceria, o Rotary cede, todos os anos, a sede de Taguatinga Norte para a comemoração. “Nada mais especial do que reunir todo mundo: os profissionais, pessoas que já passaram pelo BLH e que deixou uma história e o Rotary, que foi um dos pioneiros e que ajudou a fundar o banco de leite no HRT”, celebra a chefe do banco de leite do HRT, Natália Conceição. “Eu gosto de pensar que a nossa vida é uma plantação e uma colheita, e eu vejo esse momento como um grande colheita: estamos vendo frutos que vão prosperar e crescer.” Suporte às famílias “Eu queria muito amamentar, muito mesmo, e descobri que, com as técnicas corretas, era possível”, diz a estudante Karoline Pereira, com o filho, Piter, e o marido, Nathan Karoline Pereira, 23, tem muitos motivos para celebrar todo o acolhimento que recebeu no banco de leite de Taguatinga. O bebê dela nasceu em um hospital em Goiânia, onde ela foi informada que não conseguiria amamentar devido à falta de leite e por questões biológicas. Em Brasília, o diagnóstico foi diferente. Ao chegar ao banco de leite de Taguatinga, a estudante descobriu que tinha fartura de leite e que, apesar do desafio para a pega do bebê no peito, ela conseguiria amamentar. A estudante chegou ao banco de leite em setembro, muito apreensiva com o filho Piter no colo, que tinha apenas cinco dias de vida. “Ele estava muito magro e já tinha perdido mais de 300 gramas desde o nascimento”, contou. A família passou a ir todos os dias ao banco de leite, e, em um mês recebendo o apoio da equipe, o bebê de Karoline recuperou todo o peso de quando nasceu. “Com paciência e carinho pela equipe do hospital, ganhei confiança para amamentar”, disse. “Eu queria muito amamentar, muito mesmo, e descobri que, com as técnicas corretas, era possível. As meninas me ajudaram a realizar esse sonho. Se não fossem elas, eu acho que eu não teria conseguido”. Símbolo de perseverança e dedicação da família, Piter agora está com 6 quilos. A conquista é reconhecida pelo pai, Nathan Lucas Soares, 22, como um trabalho conjunto e de excelência: “A equipe do banco de leite não cuida só da mãe e do bebê, mas também do psicológico de todos. Ela via que a minha esposa estava abalada e a cada conquista fazia uma festa. Só temos a agradecer por tornarem a maternidade algo mais leve”.
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Campanha Agosto Dourado é encerrada com a promoção de diversas ações
Para fechar as ações do Agosto Dourado, as gestantes de alto risco internadas na Maternidade do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) participaram de um momento de conscientização e alusão à campanha dedicada a tratar sobre a importância do aleitamento materno. Houve pintura de barriga, maquiagem, sessão de fotos e entrega de brindes para todas elas. A ação, na última sexta-feira (30), foi promovida pela equipe do Banco de Leite Humano (BLH) do HRSM em conjunto com a equipe multidisciplinar. A equipe do setor também participou do Seminário de Aleitamento Materno-Infantil Federal, passando todos por uma capacitação. Também foram promovidas palestras na maternidade, na Utin e na Ucin, além de treinamento com profissionais que lidam diariamente com as mães e bebês internados | Fotos: Divulgação/IgesDF O Agosto Dourado tem esse nome justamente pela qualidade do leite humano. Por ser o melhor alimento do mundo, segundo estudos, considera-se que “vale ouro”. Para tratar da importância do aleitamento materno, o Banco de Leite de Santa Maria realizou algumas palestras nas unidades básicas de saúde tanto de Santa Maria quanto do Entorno. “Nós visitamos, ao todo, 11 UBSs nesse mês de agosto, palestrando, fazendo a promoção e a proteção do aleitamento materno, tirando dúvida das gestantes, realizando realmente uma consultoria de amamentação, falando da importância desse alimento. E o nosso desejo é que a amamentação tenha um sucesso não só exclusivo ao sexto mês, mas até dois anos ou mais”, explica a chefe do Serviço do Banco de Leite Humano do HRSM, Maria Helena Santos. O Banco de Leite Humano do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) recebeu de doação, em todo o ano de 2023, um total de 2.940,82 litros de leite materno. Em todo o ano passado, realizou um total de 3.085 atendimentos externos para binômios (mãe e bebê) A equipe do setor também participou do Seminário de Aleitamento Materno-Infantil Federal, passando todos por uma capacitação. Também foram promovidas palestras na maternidade, na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) e na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin), além de treinamento com profissionais que lidam diariamente com as mães e bebês internados. “O mês de agosto é instituído justamente pra isso, pra que a gente possa realizar essas ações e conscientizar não só a população, as gestantes, as lactantes, as puérperas, mas também, toda a sociedade e os profissionais, falando da importância da amamentação, do leite humano”, pontua. Segundo Maria Helena, neste ano, o tema da campanha foi “Reduzindo a desigualdade: apoio à amamentação para todos” e o foco do BLH do HRSM é ajudar essas pacientes em momentos de crises, catástrofes, como ocorreu este ano, em que a Rede de Bancos de Leite do Distrito Federal realizou a doação de dois grandes lotes de leite humano para o Rio Grande do Sul. O Agosto Dourado tem esse nome justamente pela qualidade do leite humano. Por ser o melhor alimento do mundo, segundo estudos, considera-se que “vale ouro” “Conseguimos também alimentar e salvar a vida daqueles bebês ali, naquele estado que passava por enchentes. E a bandeira que a gente tem levantada é isso, que a gente precisa se capacitar para que a gente possa ser capaz de ajudar sempre. Às vezes, tem mães com algum tipo de deficiência, aquelas mães que estão privadas de liberdade. Independente da situação, a gente precisa estar apoiando essa mãe, esse binômio e essa família”, conclui. Vivendo na prática Jaqueline Lannaccone é pediatra do HRSM e trabalha desde 2010 diretamente com recém-nascidos internados em unidade neonatal, quando viu na prática do dia a dia a diferença que faz e a importância do leite materno para cada bebê. Foi, então, que decidiu ser uma doadora de leite materno quando tivesse a oportunidade. “Em 2011, passei por uma perda gestacional e optei por iniciar a minha doação neste momento. Mantive por 120 dias, era uma forma de tratar um luto puerperal. Em 2012, na minha segunda gestação, meu filho passou dez dias dentro de uma Utin e necessitou do leite materno, e desde então comecei a doar o máximo de tempo que eu pudesse, então consegui por um ano e meio”, relembra. No seu terceiro filho, Jaqueline foi doadora por três anos e atingiu um total de 266,8 litros de leite materno doado no Banco de Leite Humano do HRSM, tendo iniciado suas doações em novembro de 2020 e finalizando em novembro de 2023. “Com a vivência dentro das unidades neonatais, eu vejo a diferença que faz ter estoque de leite materno disponível para cada bebê e, por isso, quis doar e incentivo todas as mães a serem doadoras”, explica. Serviço O Banco de Leite Humano do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) recebeu de doação, em todo o ano de 2023, um total de 2.940,82 litros de leite materno. O ambulatório do Banco de Leite funciona de segunda a sexta, das 8h às 18h e atende de portas abertas todas as mães que precisam de ajuda com a amamentação. Em todo o ano passado, realizou um total de 3.085 atendimentos externos para binômios (mãe e bebê). “Contamos com uma equipe multidisciplinar completa para pacientes internadas e externas, composta por fonoaudiólogo, nutricionista, pediatra, ginecologista e equipe de enfermagem para qualquer atendimento de amamentação”, informa a chefe do Serviço do Banco de Leite Humano do HRSM. A média mensal de leite arrecadado é de 220 litros por mês. Porém, junho e julho houve uma queda devido às férias e, por isso, chama-se a atenção pra necessidade das doações. Toda mãe que amamenta seu filho é uma potencial doadora e pode ajudar centenas de bebês. Quem tiver interesse, basta procurar o Banco de Leite do HRSM ou, se preferir, se inscrever pelo site do Amamenta Brasília. Também é possível fazer o cadastro no telefone 160 – opção 4. *Com informações do IgesDF
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Caminhada no Eixão do Lazer incentiva a doação de leite materno
Sob a entoação da frase “amor em cada gota doada, vida em cada gota recebida”, profissionais da saúde, doadoras de leite humano, bombeiros e apoiadores da causa tomaram as faixas do Eixão do Lazer, na altura da 108 Norte, em participação à Caminhada pela Doação de Leite Materno, realizada na manhã deste domingo (26). A iniciativa faz parte das atividades em alusão ao Dia Mundial de Doação de Leite Materno – data lembrada todo 19 de maio –, que ocorrem anualmente no Distrito Federal. “O objetivo da caminhada é intensificar a conscientização e o número de doações de leite materno, para que possamos continuar atendendo todos os nossos bebês”, explicou a coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Mariane Curado Borges. Daniella Magalhães Soares é mãe de gêmeos e tem boas lembranças de quando doou leite materno: “Sempre foi uma sensação muito boa poder saber que estava contribuindo com outras crianças” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília Antiga doadora, a enfermeira Daniella Magalhães Soares, 39 anos, fez questão de comparecer ao evento para estimular mais mulheres. Nos primeiros seis meses dos gêmeos Erick e Theo, 7 anos, ela fazia a coleta do leite materno e doava para os bancos do DF. “Foi difícil o processo de adaptação, mas como tive ajuda do banco de leite foi mais tranquilo. Sempre foi uma sensação muito boa poder saber que estava contribuindo com outras crianças que precisavam”, disse. Para Daniella, dividir o leite dos filhos com outros bebês é uma demonstração de amor. Por isso, ela incentiva outras lactantes a participarem do ato de doação: “Saber que você está sendo importante na vida de alguém e que vai fazer um bebê crescer mais saudável é algo muito humano e de muito amor. Tem que fazer”. Antes de ser doadora, a enfermeira Árthemis Machado conhecia a realidade de uma UTI neonatal: “Cada gotinha que chegava era ouro, era muito precioso” Mãe da pequena Diana, 3 anos, a enfermeira Árthemis Machado foi doadora do banco de leite de São Sebastião por um ano. Ela lembra que chegou a doar três litros de uma vez só. “Tive muito leite. Então eu doava e foi muito gratificante para mim. Era muito emocionante saber que outros nenéns poderiam ter a oportunidade que a minha filha tem. A Diana mama até hoje e é uma criança extremamente saudável e inteligente. É um presente que podemos dar”, apontou. A experiência dentro de um centro obstétrico foi o que tornou Árthemis doadora de leite materno. “Tive contato com a real necessidade que os nenenzinhos, principalmente os prematuros, tinham. Cada gotinha que chegava era ouro, era muito precioso. Então vivendo essa realidade, quando eu fui mãe eu quis participar”, recordou. Sandro Gomes comemora a parceira do Corpo de Bombeiros com a Secretaria de Saúde na coleta do leite materno a ser doado O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) é o principal parceiro da Secretaria de Saúde (SES-DF) na coleta das doações de leite humano. Por isso, a corporação também esteve presente na ação. O comandante-geral, coronel Sandro Gomes, destacou o papel dos militares na campanha. “Essa parceria é essencial. Temos 12 duplas que estão diariamente fazendo essa coleta do leite materno, ou seja 24 pessoas por dia. Chegamos a todos os lugares para trazer esse leite e levar para as crianças que mais precisam. É uma parceria que vem de longo tempo e a cada vez mais queremos aumentar”, defende. Nos próximos dias, a corporação deve apoiar os bancos de leite do DF em uma campanha em prol do Rio Grande do Sul. A capital federal deve ser a primeira unidade da Federação a encaminhar o alimento para abastecer os hospitais do estado impactados pelas enchentes e fortes chuvas. Nos próximos dias, o CBMDF deve apoiar os bancos de leite do DF em uma campanha em prol do Rio Grande do Sul A ação será coordenada pela Rede Brasileira de Banco de Leite, da Fiocruz, e vai envolver alguns estados. “Os bancos de leite de lá não estão conseguindo fazer as coletas por conta das ruas alagadas e das doadoras que perderam tudo, mas os bebês continuam precisando. Estamos estudando como vamos auxiliar essas crianças no Rio Grande do Sul. Estamos fazendo testes e organizando a logística”, adiantou a representante da Rede Brasileira de Banco de Leite, a médica Miriam Santos. Como doar para os bancos de leite Para se tornar uma doadora, a mulher deve se cadastrar pelo Disque Saúde 160, opção 4, ou pelo site Amamenta Brasília. Após a solicitação, o banco de leite entra em contato com a pessoa para orientá-la sobre a coleta. Semanalmente, os militares do Corpo de Bombeiros do DF fazem o recolhimento do leite, além de entregarem novos frascos para a continuidade da doação. O leite para doação deve ser armazenado em um frasco de vidro com tampa plástica. Caso a doadora não tenha o item, pode solicitar ao banco de leite. Antes da inclusão do líquido, o pote precisa ser fervido em água por 15 minutos. Durante o processo de coleta, as mulheres devem utilizar touca e máscara. Mãos e braços devem ser higienizados com água e sabão, enquanto a mama, apenas com água. A partir da primeira ordenha, a doadora deve identificar o frasco com a data da primeira coleta. O pote pode ser preenchido aos poucos, mas sempre deve retornar ao congelador ou freezer para acondicionamento, até ser recolhido pelos bombeiros. Atualmente, o DF conta com 14 bancos de leite humano – dez da SES-DF, um federal (Hospital Universitário de Brasília/HUB) e três privados – e sete postos de coleta, sendo três da rede pública e quatro da privada. Nos quatro primeiros meses de 2024, foram coletados 6,6 mil litros, atendendo a demanda de 5.269 bebês.
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Bancos de leite dão apoio e assistência a mães com dificuldade para amamentar
A dona de casa Talita Vieira, 33 anos, procurou o Banco de Leite do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) assim que a filha nasceu. Beatriz, que hoje tem 2 meses de vida, não conseguia sugar o leite materno nem abria a boca da forma adequada. “Ela estava com a pega errada, o que me machucou muito o seio. Era muito estresse na madrugada e cheguei a dar fórmula para ela, porque o peito estava muito ferido”, relembra Talita. A Rede de Bancos de Leite Humano do Distrito Federal, vinculada à Secretaria de Saúde (SES-DF), oferece assistência ampliada no manejo da amamentação, além da coleta, processamento e distribuição de leite materno com qualidade certificada | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília As dificuldades e dúvidas de Talita foram resolvidas em consultas quinzenais com a equipe multidisciplinar do banco de leite do HRT. “Quando cheguei lá nem sabia ordenhar e meu seio estava até empedrado. Me falaram que se eu não tivesse ido naquele dia, poderia ter mastite (inflamação aguda das glândulas mamárias)”, conta. “Nós corrigimos a boquinha da Bia e as feridas praticamente sumiram. Hoje, a amamentação é um momento meu e dela, sem sofrimento, só amor e carinho”, afirma a mãe. A Rede de Bancos de Leite Humano do Distrito Federal, vinculada à Secretaria de Saúde (SES-DF), oferece assistência ampliada no manejo da amamentação, além da coleta, processamento e distribuição de leite materno com qualidade certificada. O serviço ajuda mulheres a solucionarem complicações relacionadas ao aleitamento, como excesso de leite ou dificuldade de posicionar o bebê no seio. Em 2023, houve 201.424 atendimentos individuais pela rede. Neste ano, em janeiro e fevereiro, já ocorreram 33.679 consultas. O Distrito Federal dispõe de bancos de leite em todas as regiões de saúde A médica Camila Seixas, 30, também encontrou acolhimento no banco de leite do HRT após semanas de agonia. Ela e a filha, a pequena Helena, 2 meses, passavam por tormentos comuns a outras mães – pega errada do bebê e fissuras nas mamas. “A pega dela me machucava muito, então não conseguíamos evoluir com a amamentação e ela não estava ganhando peso. Tivemos que usar fórmula”, relata Camila. “Só com o auxílio aqui do banco de leite que se tornou menos dolorosa a amamentação”, observa. “Fomos muito bem acolhidos. Hoje me sinto muito feliz e satisfeita comigo mesma por poder nutrir minha filha sem fórmula”, diz a mãe, que divulga o serviço para outras mulheres. “Conto minha experiência e recomendo o banco para as gestantes e mães de recém-nascidos que eu conheço”, afirma Camila. As equipes dos bancos de leite contam com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas e, por vezes, fonoaudiólogos, que estão preparados para acolher e ajudar mães e bebês Acompanhamento O Distrito Federal dispõe de bancos de leite em todas as regiões de saúde. Os espaços estão instalados nos hospitais regionais de Sobradinho, Asa Norte, Brazlândia, Taguatinga, Gama, Planaltina, Paranoá, Ceilândia e Santa Maria, além do Hospital Materno Infantil, e nos Postos de Coleta de Leite Humano da Casa de parto de São Sebastião, HRSAM e Policlínica do Riacho Fundo I. Os telefones e endereços, bem como horários de funcionamento, podem ser encontrados aqui. As equipes dos bancos de leite contam com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas e, por vezes, fonoaudiólogos, que estão preparados para acolher e ajudar mães e bebês. O atendimento é feito enquanto for necessário e, na maioria das vezes, a família retorna para casa já com a próxima consulta agendada. A médica Camila Seixas: “Fomos muito bem acolhidos. Hoje me sinto muito feliz e satisfeita comigo mesma por poder nutrir minha filha sem fórmula” A coordenadora do Centro de Referência em Bancos de Leite Humano do DF, Maria das Graças Cruz Rodrigues, destaca que as principais demandas são dificuldade na pega, posicionamento do bebê durante a amamentação, fissura mamária e mama cheia. “Muitas mães passam pelo ingurgitamento mamário, em que a produção de leite é acima do que o bebê precisa. Então a mãe fica sentindo desconforto porque o neném não consegue extrair todo o volume produzido. Nesse caso, orientamos sobre como retirar o leite para que ela se sinta mais confortável e como armazenar para doação”, informa. Segundo a coordenadora, o apoio à amamentação ocorre também logo após o nascimento do bebê. “Em todos os bancos de leite humano e postos de coleta temos assistência à puérpera logo após o parto. Fazemos avaliação de mamada, verificamos como está o posicionamento e pega do bebê a mama, conversamos com a mãe para checar se ela já recebeu orientações no pré-natal ou se tem experiências com outros filhos… Tudo para ajudar a mãe com o aleitamento do neném”, explica. Além disso, conforme aponta Graça, as equipes promovem treinamentos com outros servidores sobre manejo do aleitamento e trabalham com o processo de coleta, armazenamento e distribuição do leite humano. Ela aponta que a amamentação deve ser incentivada e defendida por toda a sociedade, já que acarreta em uma série de benefícios para o organismo da criança. “Pesquisas mostram que o aleitamento materno sozinho, como estratégia isolada, pode reduzir em 13% a mortalidade infantil. O bebê amamentando é mais saudável, se desenvolve melhor”, pontua. Doação Os bancos de leite do DF são responsáveis por receber, pasteurizar e distribuir o leite materno a recém-nascidos internados em unidades neonatais. Mais de 14 mil bebês receberam o alimento em 2023 e, com isso, conseguiram se recuperar de questões de saúde e se desenvolverem de forma adequada. Qualquer mulher pode participar da rede de solidariedade. Basta esteja em boas condições de saúde, amamentando ou ordenhando para o próprio filho e tenha interesse em doar o alimento. O cadastro pode ser feito pelo telefone 160 (opção 4), no site do Amamenta Brasília ou em algum dos bancos e postos de leite humano do DF. Em seguida, a mãe recebe um kit com máscara, touca e potes esterilizados para fazer a coleta, entregue pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), que retorna posteriormente para recolherem as doações.
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Doação de leite materno ajuda a salvar a vida de centenas de bebês
O início do ano é sempre um período em que as doações de leite materno caem. Muitas mães viajam e ficam fora por um período maior de tempo. Porém, a demanda dos prematuros internados continua existindo, às vezes até em maior quantidade. “Sempre precisamos de mais doações e doadoras, porque temos uma média de 600 receptores de leite humano por mês, sendo diariamente cerca de 35 bebês alimentados com nossos estoques. No fim do mês, usamos aproximadamente 80 litros de leite” Maria Helena Santos, chefe do Serviço do Banco de Leite Humano do HRSM Mensalmente, o Banco de Leite Humano do Hospital Regional de Santa Maria arrecada uma média de 120 litros de leite materno oriundos das cerca de 100 doadoras externas. Além disso, consegue mais uns 50 litros das mães internadas com seus bebês no hospital. Porém, em fevereiro, houve uma queda considerável das doadoras internadas e, por conta disso, os estoques do BLH do HRSM já sofreu a consequência. “Até houve aumento de coleta em domicílio, mas caiu muito a arrecadação dentro do hospital, do leite das mães que ficam na amamentação beira-leito. Além disso, aumentou o número de bebês internados que precisam receber o leite materno”, explica a chefe do Serviço do Banco de Leite Humano do HRSM, Maria Helena Santos. Houve uma queda do total de leite cru ordenhado pelas mães nutrizes. Em janeiro, eram 77,3 litros coletados; já em fevereiro, foi um total de 71,5 litros. Além disso, o leite humano coletado dentro do HRSM também caiu de 9,9 litros para 5,0 litros, impactando diretamente nos estoques, já que houve aumento de novos receptores por mês. Em janeiro eram 685 e, em fevereiro, este número foi de 698 recém-nascidos. Em fevereiro, houve uma queda considerável das doadoras internadas e, por conta disso, os estoques do BLH do HRSM já sofreu a consequência | Foto: Divulgação/IgesDF Atualmente, o HRSM possui 20 leitos na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), 15 leitos na unidade de cuidados intermediários neonatal (UCIN) e mais 40 leitos na maternidade. “Sempre precisamos de mais doações e doadoras, porque temos uma média de 600 receptores de leite humano por mês, sendo diariamente cerca de 35 bebês alimentados com nossos estoques. No fim do mês, usamos aproximadamente 80 litros de leite”, explica. Maria Helena também ressalta a importância de ter uma reserva técnica. “Além dos prematuros, que são as prioridades, há os casos em que as mães ainda não conseguem amamentar ou que tiveram alguma intercorrência no parto. Também usamos leite do estoque nos atendimentos externos que apresentam dificuldades”, completa. Toda mãe que amamenta seu filho é uma potencial doadora e pode ajudar centenas de bebês. Quem tiver interesse, basta procurar o Banco de Leite Humano do HRSM ou, se preferir, se inscrever pelo site do Amamenta Brasília, ou fazer o cadastro no telefone 160, opção 4. *Com informações do IgesDF
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Bancos de leite incentivam retomada das doações após queda em janeiro
O leite materno é considerado padrão ouro em nível nutricional na alimentação de bebês de até seis meses. Para os prematuros e os bebês internados em uma unidade hospitalar, o insumo tem papel ainda mais importante, por atender as necessidades fisiológicas do organismo com as proteínas e os nutrientes necessários. Por esse motivo, é fundamental que o estoque dos bancos de leite humano do Distrito Federal estejam sempre abastecidos. Para atingir a meta em fevereiro, os bancos de leite têm incentivado a retomada das doações | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília No primeiro mês do ano, o DF não atingiu a meta de coleta. As doações representaram 82% do objetivo de alcançar dois mil litros por mês. “Durante o período de férias, há uma queda no volume de leite doado, porque muitas doadoras viajam. Este ano, percebemos uma acentuação devido à proximidade com o Carnaval e ao agravante da dengue, com muitas doadoras contaminadas”, revela a coordenadora de Política de Aleitamento Materno da Secretaria de Saúde (SES-DF), Mariane Curado. Para atingir a meta em fevereiro, os bancos de leite têm incentivado a retomada das doações. Apenas um único frasco de 350 ml é capaz de salvar até dez bebês. “Qualquer mulher saudável que esteja amamentando pode ser doadora. A dengue não é uma contraindicação, até porque fazemos o acompanhamento da saúde dessa mulher no próprio banco de leite. Mas é claro que ela deve fazer a doação quando estiver se sentindo bem”, explica a coordenadora. [Olho texto=”Após o recolhimento dos frascos, eles seguem para um dos bancos de leite humano do Distrito Federal, onde passam pelo processo de pasteurização para eliminação de microrganismos e ficam armazenados aguardando a demanda” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Como doar Para se tornar uma doadora, a mulher deve se cadastrar pelo Disque Saúde 160, opção 4, ou pelo site. Após a solicitação, o banco de leite entra em contato com a pessoa para orientá-la sobre a coleta. Semanalmente, os militares do Corpo de Bombeiros do DF fazem o recolhimento do leite, além de entregarem novos frascos para a continuidade da doação. O leite para doação deve ser armazenado em um frasco de vidro com tampa plástica. Caso a doadora não tenha o item, pode solicitar ao banco de leite. Antes da inclusão do líquido, o pote precisa ser fervido em água por 15 minutos. Durante o processo de coleta, as mulheres devem utilizar touca e máscara. Mãos e braços devem ser higienizados com água e sabão, enquanto a mama, apenas com água. A partir da primeira ordenha, a doadora deve identificar o frasco com a data da primeira coleta. O pote pode ser preenchido aos poucos, mas sempre deve retornar ao congelador ou freezer para acondicionamento, até ser recolhido pelos bombeiros. Apenas um único frasco de 350 ml é capaz de salvar até dez bebês | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Sobre o processo de ordenha, Mariane Curado explica que o leite deve ser colocado diretamente no próprio frasco. “Mesmo que ele não tenha ficado completamente cheio, deve ir direto para o congelador. A mulher também pode deixar um copo de vidro separado, que tenha sido fervido, para as coletas subsequentes. Os novos conteúdos devem ser virados em cima do leite que está congelado e voltar imediatamente ao local após a ordenha”, explica. Processo de pasteurização Após o recolhimento dos frascos, o material colhido segue para um dos bancos de leite humano do Distrito Federal, onde passa pelo processo de pasteurização para eliminação de microrganismos e fica armazenados aguardando a demanda. “Nesse processo, conseguimos manter os nutrientes e as substâncias importantes para os bebês que vão receber; esse leite, que antes tinha 30 dias de validade, passa a ter seis meses”, detalha Mariane. Atualmente, o DF conta com 14 bancos de leite humano – dez da SES-DF, um federal (Hospital Universitário de Brasília/HUB) e três privados – e sete postos de coleta, sendo três da rede pública e quatro da privada. “Atuamos de forma conjunta, trabalhando como uma rede mesmo, atendendo os bebês da rede pública e privada”, complementa a coordenadora de Política de Aleitamento Materno.
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HRSM treina colaboradores do bloco materno-infantil com foco na amamentação
Nesta quarta-feira (7) foi realizado, no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o primeiro treinamento da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC). O objetivo é capacitar todos os colaboradores que trabalham no bloco materno-infantil sobre a importância de conquistar o selo de qualidade conferido pelo Ministério da Saúde. O tema principal do curso ministrado pela pediatra do banco de leite humano do HRSM, Lorena Oliveira, foi amamentação na primeira hora de vida. O público-alvo foi a equipe multidisciplinar, composta por pediatras, ginecologistas, obstetras, técnicos de enfermagem, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas e fonoaudiólogos. O tema do curso foi amamentação na primeira hora de vida | Foto: Jurana Lopes/IgesDF Para facilitar o acesso e não atrapalhar o trabalho das equipes, o treinamento foi realizado em quatro horários diferentes ao longo do dia. Cada turma teve cerca de 20 participantes e duração de 1h30. “Este primeiro treinamento visa esclarecer pontos-chaves relacionados à amamentação, ao contato pele a pele do recém-nascido e ao manejo na primeira hora de vida. Para conquistar esse selo de qualidade precisamos que todo o bloco materno-infantil esteja adequado às exigências e mudanças necessárias”, explica a coordenadora da Iniciativa Hospital Amigo da Criança do HRSM, Geisielle Cavalcante. [Olho texto=”“Este primeiro treinamento visa esclarecer pontos-chaves relacionados à amamentação, ao contato pele a pele do recém-nascido e ao manejo na primeira hora de vida”” assinatura=”Geisielle Cavalcante, coordenadora da Iniciativa Hospital Amigo da Criança do HRSM” esquerda_direita_centro=”direita”] Durante o treinamento foi dada ênfase na importância do contato pele a pele e como isso contribui positivamente para a amamentação. “Muitas vezes o recém-nascido consegue chegar ao seio da mãe pelo instinto, sem ninguém intervir. Além disso, esse contato auxilia na descida do leite materno, ajuda o bebê a regular a temperatura e a se acalmar sentindo o cheiro da mãe ou até mesmo do pai, gerando um vínculo imediato”, destaca Lorena. Mesmo quando o bebê nasce prematuro, a pediatra informou que o contato pele a pele é importante e que o auxílio da equipe para que a mãe faça a ordenha é primordial para que ela consiga ter leite e amamente o filho posteriormente. Certificação [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) é um selo de qualidade conferido pelo Ministério da Saúde aos hospitais que cumprem os dez passos para o sucesso do aleitamento materno, instituídos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para ser amigo da criança, o hospital deve também respeitar outros critérios, como o cuidado respeitoso e humanizado com a mulher durante o pré-parto, parto e o pós-parto; garantir livre acesso à mãe e ao pai e a permanência deles junto ao recém-nascido internado, durante 24 horas; e cumprir a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças na Primeira Infância (NBCAL). Bebês que nascem em um Hospital Amigo da Criança têm menos chance de sofrer intervenções desnecessárias logo após o parto, como aspiração das vias aéreas, uso de oxigênio inalatório ou de incubadora. O contato pele a pele com a mãe logo após o nascimento, a amamentação na primeira hora de vida, ainda na sala de parto, e o alojamento conjunto também ocorrem com mais frequência em Hospitais Amigos da Criança do que em maternidades que não têm o título. *Com informações do IgesDF
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Acolhimento de Gestantes tira dúvidas de mulheres em visita a hospital
O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) promoveu nesta quinta-feira (1º) o Acolhimento de Gestantes do mês de fevereiro, uma visita guiada às instalações da unidade de saúde com todas as gestantes que fazem pré-natal na região administrativa e que têm indicação de realizarem o parto na unidade. O Acolhimento de Gestantes no HRSM ocorre na primeira quinta-feira de cada mês, sempre das 14h às 18h, e é ofertado a todas as gestantes de Santa Maria ou que possuem indicativo de fazerem o parto na unidade | Foto: Jurana Lopes/IgesDF A visita é voltada para gestantes acima de 30 semanas e acompanhantes que provavelmente estarão presentes no dia do parto. Além de conhecerem as principais partes do bloco materno-infantil do HRSM, todos participaram de uma palestra no auditório. “A palestra é realizada com nossa equipe multidisciplinar e explica todo o serviço ofertado e assistência prestada aqui no HRSM para mães e bebês. Por isso, realizamos a palestra com a equipe multidisciplinar para tirar todas as dúvidas”, explica a chefe do Centro Obstétrico, Priscila Lana Farias. [Olho texto=”“Aqui, explicamos para elas que temos vários profissionais disponíveis para ajudá-las com o processo de amamentação e até mesmo incentivamos a doação de leite materno. O Banco de Leite do HRSM atende qualquer paciente que esteja com dificuldades ou dúvidas”” assinatura=”Maria Helena Santos, chefe do Serviço do Banco de Leite Humano” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Durante a palestra no auditório do HRSM, as gestantes e acompanhantes tiveram esclarecimentos das equipes da Farmácia, Nutrição, Psicologia, Centro Obstétrico, Fisioterapia, Serviço Social, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Maternidade e Banco de Leite Humano. “Aqui, explicamos para elas que temos vários profissionais disponíveis para ajudá-las com o processo de amamentação e até mesmo incentivamos a doação de leite materno. O Banco de Leite do HRSM atende qualquer paciente que esteja com dificuldades ou dúvidas”, destaca a chefe do Serviço do Banco de Leite Humano do HRSM, Maria Helena Santos. Para as gestantes, a tarde pelos corredores do Hospital Regional de Santa Maria foi bastante produtiva. Nathally Mendes, de 20 anos, está com 32 semanas e acredita que o acolhimento fez toda a diferença. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Tive meu primeiro filho aqui e não teve essa visita. Faz muita diferença estar aqui antes de ganhar neném e saber como será meu parto. Agora sei que tem equipe de fisioterapeuta para acompanhar no parto, as equipes do Banco de Leite pra ajudar nos casos do bebê não pegar o peito direito. Esse hospital é excelente”, afirma. A futura vovó e acompanhante Deusuita Santos aprovou o acolhimento. “Eu gosto muito deste hospital, é todo mundo muito alegre, atendem todas as pessoas direitinho, com respeito. Quando meu outro neto nasceu não tivemos essa visita. Mas, agora que teve, eu gostei muito porque esclareceu bastante. Agora virei ser acompanhante novamente e sabendo muito mais coisas”, destaca. O Acolhimento de Gestantes ocorre na primeira quinta-feira de cada mês, sempre das 14h às 18h, e é ofertado a todas as gestantes de Santa Maria ou que possuem indicativo de fazerem o parto na unidade. *Com informações do IgesDF
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HRSM recebeu doação de quase 3 mil litros de leite materno em 2023
O Banco de Leite Humano do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) recebeu de doação, em todo o ano de 2023, um total de 2.940,82 litros de leite materno. Em média, são cerca de 100 mães ativas doadoras mensalmente. Além disso, também há a doação de leite das mães que estão internadas com seus bebês na unidade de terapia intensiva neonatal (Utin), na unidade de cuidados intermediários neonatais (Ucin) ou na maternidade, que resulta numa média de 50 litros de leite oriundos dessas mães. Quem decide se tornar uma doadora e é considerada apta pela equipe do Banco de Leite recebe potes de vidro com tampa plástica já para levar para casa e fazer a primeira doação, além de toucas e máscaras | Fotos: Jurana Lopes/IgesDF O ambulatório do Banco de Leite funciona de segunda a sexta, das 8h às 18h e atende de portas abertas todas as mães que precisam de ajuda com a amamentação. Em todo o ano passado, também realizou um total de 3.085 atendimentos externos para binômios (mãe e bebê). “Contamos com uma equipe multidisciplinar completa para pacientes internadas e externas, composta por fonoaudiólogo, nutricionista, pediatra, ginecologista e equipe de enfermagem para qualquer atendimento de amamentação”, informa a chefe do Serviço do Banco de Leite Humano do HRSM, Maria Helena Santos. Todo o leite arrecadado pelo Banco de Leite Humano do Hospital Regional de Santa Maria passa pelo processo de pasteurização, pois além de poder ficar armazenado mais tempo, existe o controle de qualidade e, durante a pasteurização, são inativados qualquer tipo de vírus e bactérias que possam existir Segundo ela, durante os atendimentos, que tratam desde à pega correta do bebê no seio até o tratamento de fissuras e mastites, as equipes sempre orientam as mães a se tornarem doadoras, ensinando a maneira correta de ordenhar e armazenar o leite. Quem decide se tornar uma doadora e é considerada apta pela equipe do Banco de Leite recebe potes de vidro com tampa plástica já para levar pra casa e fazer a primeira doação, além de toucas e máscaras. “Temos parceria com o Corpo de Bombeiros Militar que tem uma dupla aqui no nosso Banco de Leite responsável por ir buscar as coletas nas residências todas as segundas, terças, quartas e quintas. Eles pegam os potes cheios e deixam os vazios. Além de perguntar como está a saúde da mãe e bebê”, afirma. Mensalmente, o Banco de Leite Humano do HRSM arrecada uma média de 120 litros de leite oriundos das cerca de 100 doadoras externas e mais uns 50 litros das mães internadas com seus bebês no hospital. Atualmente são 20 leitos na Utin, 15 leitos na Ucin e mais 40 leitos na maternidade. O leite é dividido e separado em cinco tipos diferentes, sendo eles: colostro, leite de transição, alcon (leite maduro/alojamento conjunto), normocalórico e hipercalórico. A partir dessa divisão, os bebês internados recebem o leite adequado para suas necessidades naquela fase “Sempre precisamos de mais doações e doadoras, porque temos uma média de 600 receptores de leite humano por mês, sendo diariamente cerca de 35 bebês alimentados com nossos estoques. No fim do mês, usamos aproximadamente 80 litros de leite”, explica. Maria Helena também ressalta a importância de ter uma reserva técnica. “Além dos prematuros, que são as prioridades, há os casos em que as mães ainda não conseguem amamentar ou que tiveram alguma intercorrência no parto. Também usamos leite do estoque nos atendimentos externos que apresentam dificuldades”, completa. Nos meses de férias, sempre há uma queda nos estoques e quando alguma mãe ativa geralmente adoece ou retorna ao trabalho, acaba parando de ser doadora. Por isso, a chefe do serviço ressalta que toda mãe que amamenta seu filho é uma potencial doadora e pode ajudar centenas de bebês. Quem tiver interesse basta procurar o Banco de Leite do HRSM ou, se preferir, se inscrever pelo site do Amamenta Brasília, ou fazer o cadastro no telefone 160 – opção 4. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Pasteurização Todo o leite arrecadado pelo Banco de Leite Humano do Hospital Regional de Santa Maria passa pelo processo de pasteurização, pois além de poder ficar armazenado mais tempo, existe o controle de qualidade e, durante a pasteurização, são inativados qualquer tipo de vírus e bactérias que possam existir. Além disso, o leite é dividido e separado em cinco tipos diferentes, sendo eles: colostro, leite de transição, alcon (leite maduro/alojamento conjunto), normocalórico e hipercalórico. A partir dessa divisão, os bebês internados recebem o leite adequado para suas necessidades naquela fase. “Fazemos um mapa de visita na Utin, Ucin, Maternidade e Centro Obstétrico, e verificamos o que cada recém-nascido precisa naquele momento. Se for um prematuro extremo, por exemplo, enviamos o leite do tipo colostro ou transição, porque possui mais vitaminas e mais anticorpos. Se for um bebê maior, que só precisa ganhar peso, já mandamos o leite hipercalórico”, explica. *Com informações do IgesDF
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Um frasco de leite materno pode salvar até dez bebês. Saiba como doar
Mensalmente o banco de leite humano do Distrito Federal tem como meta arrecadar dois mil litros do alimento para abastecer o estoque que atende os bebês internados nos hospitais da capital federal. Neste ano, o DF ultrapassou a marca nos meses de maio (2.153,7 litros), junho (2.218,9 litros) e agosto (2.098,8 litros). Números que ajudaram os bancos a atingir entre janeiro e setembro resultados melhores do que no mesmo período de 2022. Em 2023, foram arrecadados um total de 16.902,60 litros de leite materno, um aumento de 23,17%. No ano passado, o volume doado foi de 13.714,70 litros. A quantidade de doadoras também cresceu, subindo de 5.141 em 2022 para 5.925 em 2023. O mesmo vale para o número de bebês alimentados, que aumentou de 10.715 no ano passado para 11.869 em 2023. Apesar do crescimento no acumulado dos nove primeiros meses, as doações apresentaram quedas em setembro. Se em agosto 609 doadoras forneceram 2.098,8 litros de leite humano, em setembro o número caiu para 539 doadoras, o que resultou na arrecadação de 1.829,5 litros, abaixo da meta necessária de dois mil litros. Artes: Agência Brasília “Em agosto, por conta da promoção do aleitamento materno, tivemos um bom resultado. Mas, em setembro, tivemos uma queda significativa. E em outubro, também já estamos abaixo”, comenta a enfermeira e coordenadora do Centro de Referência do Banco de Leite Humano do DF da Secretaria de Saúde (SES-DF), Graça Rodrigues. São meses em que há uma maior preocupação na manutenção do estoque e no atendimento devido a proximidade com o período de férias e festas, quando as arrecadações costumam cair. [Olho texto=”“Em agosto, por conta da promoção do aleitamento materno, tivemos um bom resultado. Mas, em setembro, tivemos uma queda significativa. E em outubro, também já estamos abaixo”” assinatura=”Graça Rodrigues, coordenadora do Centro de Referência do Banco de Leite Humano da SES-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com a enfermeira, apenas um frasco de leite materno é capaz de salvar até dez bebês. “Sabe-se que o leite materno é a alimentação padrão ouro [devido à quantidade de nutrientes e fatores de defesa] para os recém-nascidos. Então, como a maioria dos nossos receptores são bebês prematuros e doentes, o leite materno vai ajudar na recuperação para que eles melhorem mais rápido”, revela Graça. Além de ajudar os bebês, as doadoras auxiliam as mães que não têm condições de amamentar os próprios filhos por estarem com dificuldade na produção de leite. “Muitas mães conseguem produzir leite devido à preocupação que estão passando. Elas estão mais fragilizadas e ansiosas. Em contrapartida, temos mulheres que estão amamentando seus filhos e estão com excesso de leite. Elas podem ajudar essas mães com dificuldades que estão com bebês internados, ajudando a salvar vidas”, acrescenta a coordenadora. Como doar O leite pode ser coletado durante um período de até dez dias | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Qualquer mulher que amamenta, esteja saudável e não tome nenhum medicamento que interfira no processo pode ser uma doadora de leite materno. Basta fazer a extração do conteúdo com as mãos ou com bombas adequadas e armazená-lo em um frasco de vidro com tampa de plástico e informações sobre a data e hora da primeira coleta e o nome da doadora dentro do freezer ou do congelador. Quem tiver dúvidas pode ir até um banco de leite ou posto de coleta para ser orientada sobre o procedimento. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Durante a retirada do leite, recomenda-se o uso de touca e lenço para cobrir os cabelos e fralda de pano ou máscara para cobrir nariz e boca durante o processo de coleta. As mãos e os braços devem ser higienizados com água e sabão, já a mama apenas com água. Antes da inclusão do líquido no pote, o frasco precisa ser fervido em água por 15 minutos. “Na primeira extração, a mulher pode colocar o leite direto no frasco. Escrever o nome dela, a data da primeira coleta e colocar o material no congelador. Ela não precisa encher o vidro de uma vez. A partir da segunda coleta, ela vai pegar um copo de vidro esterilizado para usar durante a retirada do leite e depois acrescentar no frasco do congelador. É possível acrescentar até o volume de dois dedos abaixo da borda”, orienta Graça Rodrigues. O leite pode ser coletado durante um período de até dez dias. Após esse período, a doadora deve entrar em contato com o banco de leite por meio do Disque Saúde 160, opção 4, ou pelo aplicativo Amamenta Brasília para que seja agendada a coleta. A visita domiciliar é feita pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), que tem uma parceria com a Secretaria de Saúde. A rede pública do DF conta com dez bancos de leite e quatro postos de coleta – os locais podem ser consultados pelo site da SES. Já na rede particular, são três bancos de leite e quatro postos de coleta. As redes atuam em conjunto, dependendo da necessidade de cada unidade hospitalar.
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Mais de 700 mulheres são atendidas, por mês, pelo banco de leite do Hran
Dor ao amamentar, fissuras que não saram e perda de peso do bebê são alguns dos desafios com os quais as mães podem se deparar nos primeiros dias de amamentação. A apojadura (preparação da mama para o início da produção de leite) é esse período inicial em que o corpo da mulher está se ajustando à demanda do bebê. Com as orientações corretas, é possível identificar problemas e realizar as medidas adequadas para que o aleitamento ocorra da melhor forma. Amanda Carneiro parou de sentir dor ao amamentar após orientações da equipe do BLH e da maternidade do Hran | Fotos: Isabel Marinho/Agência Saúde-DF Mensalmente, o banco de leite humano (BLH) do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) atende 700 mulheres com dificuldades no aleitamento, primordial para a nutrição da criança e a redução da morbimortalidade – relação entre o número de casos de enfermidade ou de morte e o número de habitantes em dado lugar e momento – infantil. Neste Agosto Dourado, mês de incentivo e promoção da amamentação, vale destacar que todas as mães com dificuldades no aleitamento contam com a assistência de 14 unidades de BLHs e de pontos de coleta na rede pública de saúde do DF. “A missão da rede de bancos de leite é apoiar, promover e proteger a amamentação. Estamos disponíveis para dar suporte a todas as mulheres que desejam amamentar”, destaca a médica e coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno da Secretaria de Saúde (SES-DF), Miriam Santos. Causas Logo nas primeiras tentativas de amamentar Joaquim Gabriel, seu primeiro filho, Amanda Carneiro, de 25 anos, sentiu muita dor e percebeu que algo não estava correto. Ainda no Alojamento Coletivo da maternidade do Hran, ela recebeu o apoio da equipe do BLH e da maternidade. A mãe e o bebê foram avaliados, e ela foi orientada sobre a melhor forma de amamentar e prevenir problemas futuros. Thássia Tolentino é uma das mães doadoras do banco de leite As razões que causam dificuldades na amamentação são variadas. Entre elas, há o manejo incorreto na fase da apojadura, torcicolo congênito, frênulo (freio) lingual fora do padrão, posicionamento incorreto, sucção descoordenada pelo uso de bicos artificiais, patologias como candidíase mamária, entre outras. Várias técnicas são utilizadas para apoiar a amamentação, a começar pela orientação da melhor forma de posicionar, aproximar o bebê da mama e a maneira dele abocanhar. Tudo é feito com muito conhecimento técnico pelos profissionais e de acordo com as características e as necessidades da mãe e do bebê. Com portas abertas, além de auxiliar em dificuldades no aleitamento, a rede de BLHs também coleta, processa e distribui o leite humano pasteurizado. Beatriz Serpe, de 19 anos, precisou receber doação do banco de leite nas primeiras horas de vida de seu filho, Lorenzo Gabriel, nascido em 23 de julho no Hran. Ele foi alimentado por meio da translactação em seio materno, procedimento no qual o bebê suga o leite por meio de uma sonda e ao mesmo tempo estimula o início da produção pela própria mãe. Com acompanhamento da equipe de multidisciplinar do hospital, e do BLH, Lorenzo começou a mamar normalmente depois de alguns dias. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Importância do aleitamento O Guia Prático de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria expõe que a amamentação ideal deve ocorrer desde a sala de parto até os dois anos ou mais, sendo exclusiva e em livre demanda até o sexto mês do bebê. Depois desse período, a orientação é que haja um complemento com alimentação saudável e equilibrada. “O leite humano não é só um alimento. Ele é um sistema complexo, que além de conter uma combinação perfeita de macro e micronutrientes, hormônios, fatores de crescimento e anticorpos, fornece continuamente bactérias benéficas ao intestino infantil. É a ‘programação’ metabólica e imunológica de mãe para filho”, explica a nutricionista e gerente de Assistência Multidisciplinar e Apoio Diagnóstico (Gamad) do Hran, Maíra Coelho. Acesse o serviço Caso esteja com problemas para amamentar ou conheça alguma mãe que precise de orientações dos profissionais da rede de bancos de leite, busque uma unidade. Ao todo, a rede da SES-DF possui 10 bancos de leite humano e quatro postos de coleta. É possível conferir os telefones e os endereços aqui. Para ser doadora de leite materno, basta ligar no 160 (opção 4) ou se cadastrar no Amamenta Brasília. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF)
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Banco de Leite Humano precisa de doações para atender mais bebês
Considerado padrão ouro na alimentação infantil, o leite materno tem alto nível nutricional, capaz de garantir a formação de cidadãos mais saudáveis e sadios. De janeiro a novembro deste ano, a Rede de Banco de Leite Humano do DF recebeu a doação de 16.795,6 litros de leite humano por 6.461 mulheres. O insumo valioso serviu a 13.279 bebês – que receberam a doação uma única vez ou por meses. A meta do Distrito Federal é chegar a 2 mil litros de leite humano doados por mês | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília A média mensal do período chega a 1.526,8 litros – superior a 1,5 mil litros, quantidade que mantém os estoques de leite materno humano em nível de segurança. Por outro lado, inferior ao registrado no ano passado. Entre janeiro e novembro de 2021, o banco de leite recebeu 17.651,8 litros de leite humano – alcançando média mensal de 1.604,7 litros. As doações foram feitas por 6.085 mulheres e atenderam 12.725 bebês. [Olho texto=”As mães que desejarem doar devem ligar no 160 (opção 4) ou se cadastrar no site do Amamenta Brasília” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo a coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF, Miriam Santos, é necessário um esforço coletivo em divulgar as iniciativas do Banco de Leite, para fazer com que todas as mamães do DF conheçam a rede de solidariedade. “Todo dia nasce uma mãe e uma possível doadora. Precisamos que ela saiba que pode doar leite humano para outro bebê”, afirma Miriam. Além disso, a pediatra alerta que os meses de dezembro, janeiro e fevereiro costumam ter menor índice de doação devido à indisponibilidade de doadoras. “É o período de férias, então a mãe pode estar mais atribulada com os cuidados dos filhos em idade escolar, pode ser que viaje, ou até que receba parentes. Logo, observamos baixa no número de doações”, explica Miriam. “Todo dia nasce uma mãe e uma possível doadora. Precisamos que ela saiba que pode doar leite humano para outro bebê”, diz a coordenadora do Banco de Leite Humano do DF, Miriam Santos Em janeiro foram doados 1.266,2 litros e, em fevereiro, 1.206,3 litros. Já em março, com o alerta sobre a insuficiência dos estoques, saltou para 1.727,3 litros. O mesmo ocorreu em agosto, quando houve campanhas de incentivo ao aleitamento materno, com a doação de 1.672 litros. A meta do DF é chegar a 2 mil litros de leite humano doados por mês, para atender com sobra crianças internadas e, porventura, ampliar a cobertura a outros casos. “A partir do momento em que tenho mais leite disponível, mais crianças são atendidas, e conseguimos manter a rede de solidariedade”, aponta Miriam Santos. De janeiro a dezembro de 2021, foram doados 19.144,8 litros de leite humano por 6.582 mulheres, que alimentaram 13.942 bebês. Rede de solidariedade “Pretendo doar leite, porque, assim como eu e meu bebê precisamos, outras mães que não conseguem atender seus bebezinhos também precisam”, diz a estudante Jéssica Lorrane Toda mulher em boas condições de saúde, que esteja amamentando ou ordenhando leite para o próprio filho e que se disponha a doar voluntariamente pode participar da rede de solidariedade. A mãe recebe em casa um kit completo contendo máscara, touca e potes esterilizados para fazer a coleta, entregues pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), que retorna posteriormente para recolherem as doações. O processo de doação é simples e qualquer quantidade doada é bem-vinda. A mulher deve identificar a data da primeira coleta no pote e, ao fim da ordenha, armazená-lo no congelador. Não é preciso se preocupar em encher o pote de uma vez. Basta colocar o líquido no frasco que está no congelador com a ajuda de um um copo de vidro esterilizado nas próximas ocasiões. A doação deve ser entregue ao banco de leite em até 15 dias, então quando começar a encher o pote já entre em contato. Segundo a nutricionista Gisele Gomes, uma das responsáveis pelo processo de análise do leite no HRT, é feita uma avaliação criteriosa sobre o material doado Coletado, o leite materno passa por análise criteriosa. São avaliadas as condições da embalagem; a cor do leite, verificando a presença de inconformidades e sangue; se o cheiro está dentro do normal e também a presença de sujidades, já que, como é um processo manual, pode acontecer de cair fios de cabelo e cílios. Caso não cumpra os requisitos estabelecidos, o leite é descartado. Depois, há a avaliação do nível de acidez do leite e da quantidade de calorias. “Toda essa avaliação é importante para garantir a segurança dos bebês, que, geralmente, são crianças prematuras e em situação mais grave de saúde”, explica a nutricionista Gisele Gomes, uma das responsáveis pelo processo de análise do leite no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). A fonoaudióloga Aline Silvestre fala da importância do atendimento interdisciplinar para apoiar as mães e os bebês Cumprindo as condições necessárias, o leite é armazenado em um novo frasco e parte para a pasteurização. “É a fase em que matamos todos os vírus e bactérias que possam estar presentes naquele leite, para que ele esteja apto para consumo com uma perda menor de nutrientes”, explica Gisele. Em seguida, há o controle microbiológico, que mostra se a pasteurização foi realmente efetiva, para que, enfim, esteja pronto para uso. Todo o processo dura até 48 horas. O trabalho do Banco de Leite Humano tem sido importante para a estudante Jéssica Lorrane Lopes, 21 anos, mãe do pequeno Ítalo Gabriel. O menino nasceu prematuro e está internado no HRT há um mês. “Ele ainda não está mamando, então, às vezes, é o meu leite que o alimenta, mas quando não tenho, é o banco de leite que ajuda manter meu filho vivo”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Quando a saúde do neném estiver estabelecida e mãe e filho voltarem para casa, a estudante deseja retribuir a solidariedade a outras mulheres. “Pretendo doar leite, porque, assim como eu e meu bebê precisamos, outras mães que não conseguem atender seus bebezinhos também precisam”, conta. O Banco de Leite Humano também oferece uma rede de suporte a mulheres em fase de amamentação. “Temos um atendimento interdisciplinar, com profissionais da nutrição, fonoaudiologia, pediatria, enfermagem, que visa assistir a mãe e o bebê em prol do sucesso do aleitamento materno. Cada profissional tem um olhar específico conforme a área de formação, que, no final, formam um serviço unificado”, afirma a fonoaudióloga do Banco de Leite Humano de Taguatinga, Aline Silvestre. “Quando se fala em aleitamento materno, não podemos avaliar apenas a boca do bebê e a mama da mãe. É um tema muito mais grandioso, que envolve segurança da mulher, a rede de apoio, nível de conhecimento e requer um atendimento especializado e sistêmico para sanar as dificuldades da amamentação”, salienta a especialista. Quer ajudar? As mães que desejarem doar devem ligar no 160 (opção 4) ou se cadastrar no site do Amamenta Brasília. Mais informações podem ser obtidas neste link.
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Doe leite materno e ajude bebês a se recuperarem
Os estoques do Banco de Leite Humano do Distrito Federal estão abaixo do esperado e precisando de doações. Para abastecer a rede e unidades parceiras, o volume mínimo necessário é de dois mil litros por mês. Até junho, a média mensal era de 1,5 mil litros. “Essa quantidade não é suficiente para toda a demanda. Nós estamos com o projeto de atender as crianças com cardiopatias internadas no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF). Então o nosso empenho está sendo maior”, explica a coordenadora do Banco de Leite Humano, Miriam Santos. Ela ressalta que, em relação ao ano passado, há um déficit no estoque. A coordenadora revela ainda que tem aparecido demandas de crianças deixadas para adoção que necessitam de leite humano desde o primeiro dia de vida. Os pontos do Banco de Leite seguem realizando as coletas mensais e contando com a solidariedade de mais de 3 mil doadoras ao longo desses últimos seis meses. Cada pote recebido pode alimentar até dez bebês internados nas unidades de neonatologia. Para doar, basta ligar no Disque Saúde 160, opção 4. Ação Gotas de Amor leva mensagens de incentivo e solidariedade de mães doadoras às mães impossibilitadas de amamentar. Fotos: Arquivo Agência Saúde Gotas de Amor Para aumentar as doações, cada unidade do Banco de Leite tem estratégias específicas. As mamães internadas no Hospital Regional de Samambaia, por exemplo, contam com um incentivo especial das doadoras de leite materno da região. Embaladas ainda pela campanha mundial anual Gotas de Amor Para um Mundo Melhor, elas abraçaram a ação Correio Gotas de Amor, criada pela equipe do Posto de Coleta de Leite Humano da unidade. A ação busca levar mensagens de incentivo e solidariedade das mães doadoras às mães que, por algum motivo, estão impossibilitadas de amamentar ou necessitem de complementação para alimentar seus bebês prematuros, ou de baixo peso, internados na rede pública ou privada de saúde. A doadora de leite Sheyla Mendes Moura, 47 anos, é uma das escritoras dessas cartinhas. Ela conta que passou por situação parecida com a das mães, já que ela e sua bebê ficaram internadas e precisaram de doação. “Eu vim de uma situação de alguns abortos e perdas, tinha muito medo, estava muito sensível, ficava destroçada.” Para aumentar as doações, as mães internadas no Hospital Regional de Samambaia contam com incentivo especial de doadoras de leite materno da região Quando ficou sabendo pelos bombeiros da coleta sobre as cartas, decidiu participar imediatamente. “Se eu tivesse recebido uma dessas cartinhas, teria me aliviado bastante, porque quando vemos pessoas de fora que se preocupam, que já passaram por algo assim e deu certo depois, a gente se anima”, afirma. Ela já escreveu três cartas para as mulheres que terão os filhos alimentados por sua doação. A equipe do Posto de Coleta de Leite Humano do Hospital Regional de Samambaia lançou a proposta para o grupo de cerca de 110 doadoras ativas da região, que prontamente atenderam ao chamado para uma ação diferente que aproximasse doadoras e receptoras de leite materno. As doadoras do Hospital Regional de Samambaia são moradoras das cidades de Samambaia, Recanto das Emas, Riacho Fundo II e Santo Antônio do Descoberto, onde, em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, realizam a coleta domiciliar de leite materno. Saiba mais sobre os serviços do Banco de Leite Humano do DF e o seu funcionamento. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Bancos de leite materno recebem doações para recompor estoques
Os bebês prematuros internados no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) precisam de doações de leite materno. O Banco de Leite Humano da unidade, que fornece o alimento fundamental para a sobrevivência deles, está com o estoque no limite, assim como os outros 13 bancos de leite localizados em outros hospitais da rede de saúde do DF. Em maio de 2022, 63 recém-nascidos internados em quatro unidades do HRSM foram alimentados com leite doado | Fotos: Davidyson Damasceno/Ascom Iges-DF A chefe do Banco de Leite do HRSM, Maria Helena Santos, destaca que “a doação de leite é um ato de amor e pode ser feita de maneira simples. Basta fazer o cadastro e uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar visita a residência para deixar o kit de doação (frascos, máscara e touca). Depois, a equipe retorna semanalmente para recolher a doação, ou seja, a mãe não precisa sair de casa para contribuir.” No HRSM, que é administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), receberam o alimento, em maio de 2022, 63 recém-nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), Unidade de Cuidados Intermediários (Ucin), Centro Obstétrico (CO) e Maternidade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Essa unidade é referência em gestação de alto risco, por isso, há muitos prematuros com baixo peso e o leite humano é fundamental para garantir a nutrição adequada para bebês nessa condição”, explica Maria Helena Santos. Para o leite doado ser servido aos bebês, o alimento passa por diversas etapas que iniciam pela coleta do leite, armazenagem, testes de cheiro e de visão para observação do aspecto do leite, pasteurização, testes biológicos para detecção de micro-organismos, fracionamento e distribuição. Como doar Para contribuir com essa doação que salva vidas, as mães saudáveis podem se cadastrar pelo site Amamenta Brasília ou ligando no telefone 160 – opção 4. Mães que residem próximo ao HRSM também podem ligar para o telefone do Banco de Leite de Santa Maria: 4042-7770 ramal 5529/5530 ou WhatsApp 61 9930 73343. As demais, que moram em outras regiões, podem entrar em contato com o banco de leite mais próximo. Confira a lista de bancos de leite em todo o DF: *Com informações do Iges-DF
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Mês comemorativo da doação de leite humano realça o valor do aleitamento
[Numeralha titulo_grande=”4.845 ” texto=”Número de bebês que foram alimentados, de janeiro a abril deste ano, graças a 2.140 mulheres aptas a fazer as doações” esquerda_direita_centro=”direita”] Cecília estava na 26ª semana de gestação quando a pequena Crystal nasceu, pesando 575 g e com 27 cm. A bebê teve de ficar internada por cinco meses até conseguir respirar sem o apoio do oxigênio e chegar aos 3,05 kg. Nesse período, ela precisou do apoio do banco de leite humano para ser nutrida. “Tinha dias que eu não conseguia produzir 30 ml de leite e minha filha ficava com fome. A Crystal precisou muito do apoio do banco de leite”, relembra a mãe. Hoje aos 6 meses, a criança está em casa, saudável e pronta para começar novas fases na vida. Crystal é um dos 4.845 bebês que foram alimentados, de janeiro a abril deste ano, graças a 2.140 mulheres aptas a fazer as doações. Mas, além da doação, é fundamental que o trabalho de coleta, pasteurização, divisão em porções e distribuição seja rigorosamente seguido. É esse o trabalho dos bancos de leite humano. Os passos anteriores à doação são coleta, pasteurização, divisão em porções e distribuição | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde No Banco de Leite do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), a busca pelo leite começa às 8h, quando os militares do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) saem para fazer a rota da coleta. Duas equipes passam por Águas Claras, Areal, Arniqueira, Taguatinga e Vicente Pires. Doação Uma das paradas é na casa da engenheira eletricista Lorena Ribeiro, 31 anos. Ela tem dois filhos e foi doadora nas duas oportunidades. Lorena conta que produzia muito leite e que o primeiro filho, Pedro, não ficava saciado. “Frequentemente pedia para mamar, mas eram curtas, como se estivesse se afogando com os jatos de leite entrando na boca”, relata. Aos três meses dele, ela procurou o apoio do banco de leite para tirar dúvidas sobre a amamentação e recebeu a instrução de que tinha de tirar um pouco no início para diminuir o volume de leite. Assim, também conheceu o programa e começou a fazer parte. Lorena doou por quatro anos. Há quatro meses, nasceu a pequena Isabella. Novamente, a mãe identificou que o volume era acima do suficiente para a filha e que ela estava engasgando; assim procurou o banco de leite para voltar a ser doadora. “Um projeto totalmente gratuito, mas que salvou os meus filhos de um desmame precoce. E só de saber que uma produção natural minha é capaz de ajudar outras crianças, é maravilhoso”, afirma. Lorena doa cerca de dois litros por semana. Nesta semana, o leite foi colhido pela subtenente do Corpo de Bombeiros Agda Lúcia Marcelo Gomes. Coleta “Eu não busco leite, busco vidas”, afirma subtenente Agda, que há 18 anos desempenha a função de coletar o alimento de casa em casa. “Há crianças que eu busquei o leite quando elas estavam mamando e hoje são mães que doam o leite para mim”, conta. “Eu não busco leite, busco vidas”, afirma a subtenente Agda Lúcia As equipes vão com a caixa térmica monitorada com termômetro, na qual os leites ficarão armazenados no trajeto. O tempo para esse deslocamento é controlado e, mesmo com os recipientes refrigerados, só é permitido o tempo máximo de seis horas da coleta do primeiro leite até a chegada ao banco de leite, independentemente da quantidade de doadoras. “Visamos preservar o leite, pois buscamos pela qualidade e não quantidade de leite materno”, explica a militar. O trabalho da subtenente acontece por conta da parceria da Secretaria de Saúde com o CBMDF. Ao todo, 24 militares realizam a coleta domiciliar e o transporte do leite humano. Esse apoio é feito em Brazlândia, Ceilândia, Gama, Paranoá, Planaltina, Plano Piloto, Santa Maria, Samambaia, Sobradinho e Taguatinga. Os frascos são etiquetados com informações sobre a data da coleta do leite, o nome da doadora, o nome do militar responsável pela busca e a quantidade em cada recipiente. As coletas domiciliares são realizadas de segunda a sexta-feira, conforme agendamento com a equipe dos Bombeiros. Armazenamento Ao chegarem ao banco de leite, esses recipientes serão higienizados com álcool 70% e esterilizados. Os potes com o produto ficarão em um freezer em temperatura negativa. Todos vão passar por um cadastro do DataSus, no qual estará registrado o dia que o leite foi coletado pela mãe, o dia em que foi recolhido em casa e dados do cadastro da doadora. “Uma pessoa com acesso a essas informações pode estar no Japão e ter a garantia precisa das informações de qualidade na condição que aquele leite chegou ao banco”, garante a chefe do Banco de Leite do HRT, Graça Cruz. Esse leite terá uma parte do material coletada para análise e pode ficar armazenada sem passar por uma pasteurização por até 15 dias. Assim, o banco prioriza os leites com a data de coleta mais antiga. O importante é que o material nunca seja recongelado. Pasteurização Na data apropriada e definida, em período de até 15 dias, o leite vai ser retirado desse freezer e transferido para caixa térmica com termômetro. Essa caixa será colocada em um compartimento só para ela, como uma janela entre a sala de armazenamento e a de pasteurização. Um lado dessa janela deve ser fechado para o outro ser aberto, em um ambiente esterilizado. “O processo todo busca reduzir ao máximo qualquer risco de contaminação”, explica Graça Cruz. O leite será descongelado em banho-maria. O método consiste em aquecer de forma lenta e uniforme uma substância existente em um recipiente colocado em contato com o vapor d’água. Após essa etapa, o leite será aquecido a uma temperatura de 62,5°C. Ao atingir a medida, deve ser rapidamente resfriado, em um intervalo de 15 a 20 minutos, para 5ºC. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “É um processamento do leite que faz parte do controle de qualidade e da inativação de micro-organismos prejudiciais à saúde. Por esse processo, 99,9% de todos patógenos são eliminados”, informa Graça. Em seguida, o leite volta a ser congelado e pode ficar armazenado por até seis meses. “Isso significa que esse leite pode alimentar uma criança que ainda nem nasceu.” O HRT pasteuriza seis litros diariamente, de segunda a quinta-feira. Durante a ação, é coletada amostra desse leite, que será levada para análise, que identifica calorias e acidez. Essas informações serão etiquetadas junto com a data que o alimento foi pasteurizado. Porcionamento e distribuição Com os dados de cada leite doado, o material será distribuído de acordo com a indicação médica para a necessidade dos recém-nascidos. “Um bebê cardiopata precisa mais de um leite com calorias do que um bebê prematuro, que necessita de anticorpos”, compara a chefe do Banco de Leite do HRT. O médico prescreve o tipo ideal de leite para aquele bebê e a quantidade exata. Com essas informações, a equipe responsável pelo porcionamento separa o leite que será encaminhando para as crianças. Esse transporte também segue em caixa térmica com termômetro. O líquido ficará em um potinho que poderá ser dado direto para a criança. Parceria Além de todas as funções para promover a alimentação de bebês, o banco de leite tem parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), por meio do Bolsa Maternidade. As mães de recém-nascidos em situação de vulnerabilidade contam, desde maio de 2020, com o auxílio que garante enxoval com 21 itens, entre roupinhas, fraldas e mantas. Júlia Batista, mãe da pequena Lis, afirma: “Quero ajudar, porque minha filha, quando precisou, teve. Agora posso fazer pelos outros o que fizeram por ela” A mãe de primeira viagem Julia Gomes Batista, 21 anos, passou por todos os processos de apoio do banco de leite. Quando a pequena Lis nasceu precisou de doação no seu primeiro dia de vida. Agora que a pequena tem 23 dias e consegue mamar o suficiente, a mãe doa o que a filha não dá conta. Recentemente, ela foi buscar o auxílio da Bolsa Maternidade. “Quero ajudar, porque minha filha, quando precisou, teve. Agora posso fazer pelos outros o que fizeram por ela”, agradece. Mês de Doação de Leite Materno No dia 19 de maio se comemora o Dia Nacional e Mundial de Doação do Leite Humano. Ações de divulgação do tema acontecem ao longo de todo o mês, mas a doação pode ocorrer ao longo de todo o ano. Para doar, ligue no Disque Saúde 160, opção 4. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Bancos de Leite precisam de ajuda
Os estoques de leite materno estão em baixa e com a proximidade do final do ano, a preocupação é ainda maior, tendo em vista que o número de doações sempre diminuem nesta época. Em outubro foram arrecadados 1.522,8 litros de leite humano, já em novembro, a arrecadação caiu para 1.408,9 litros. “Nosso estoque nos Bancos de Leite Humano está 1% maior comparado a novembro de 2019. Porém, a queda nas doações nos preocupa muito porque independente da época do ano, sempre há bebês internados que precisam de leite materno para se alimentarem e se recuperarem”, explica a coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF, Miriam Santos. [Olho texto=”O maior presente que podemos dar aos recém-nascidos internados é o leite materno” assinatura=”Miriam Santos, coordenadora do Banco de Leite Humano do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Apesar de ser um ano atípico, as doações continuaram ocorrendo. Graças à solidariedade de várias mães, muitos recém-nascidos tiveram suas vidas salvas. “Temos que agradecer às nossas doadoras que, mesmo em meio a essa pandemia de Covid-19, não hesitaram em ajudar os bebês que estão internados, pois o leite materno é o melhor alimento e ajuda na recuperação”, ressalta. Segundo Miriam, toda mãe que amamenta seu filho é uma potencial doadora de leite materno, independente da idade da criança. Basta estar amamentado e querer ser voluntária. “O maior presente que podemos dar aos recém-nascidos internados é o leite materno, porque ele é um alimento que salva a vida de muitos bebês. Sem contar que a doadora será solidária com a mãe que está com seu filho internado dentro de uma UTI”, faz um apelo a coordenadora. Aumento das doações De acordo com Miriam, um dos objetivos para o ano de 2021 é fornecer leite materno para atender os bebês que realizam procedimentos cirúrgicos no Hospital da Criança de Brasília (HCB) e Hospital de Base, pois são unidades que não possuem maternidade e nem Banco de Leite Humano. No entanto, para que isso ocorra, é necessário que aumentem as doações. Quem quiser ser doadora basta ligar para o telefone 160, opção 4 ou acessar o site Amamenta Brasília e se inscrever. Depois disso, as equipes do Banco de Leite Humano entrarão em contato para agendar a visita do Corpo de Bombeiro Militar do Distrito Federal (CBMDF). *Com informações da Secretaria de Saúde
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Medo do coronavírus provoca queda na doação de leite materno
Com a situação de pandemia de coronavírus, a coleta domiciliar de leite materno sofreu uma queda de 35%. A situação é preocupante, pois muitos recém-nascidos internados na rede pública de saúde precisam desse alimento para sobreviver. “As mães estão com medo e não querem profissionais de saúde em suas casas. Entretanto, estamos cumprindo todo o rigor na coleta, tanto as recomendações das legislações de Banco de Leite Humano quanto todos os planos de contingências realizadas pelo GDF”, esclarece a coordenadora dos Bancos de Leite Humano do DF, Miriam Santos. Ela faz um apelo para que as mães continuem doando leite materno e tomando os mesmos cuidados com a higiene durante a coleta. “Lembrando sempre de proteger as vias respiratórias e de lavar muito bem as mãos”, complementa. Miriam destaca que a mulher não precisa sair de casa para entregar o leite. “Basta entrar em contato que vamos buscar”, diz. Orientações e esclarecimentos sobre a amamentação e doação de leite materno estão sendo oferecidas por telefone, por mensagem de whatsapp, e-mail e até mesmo por vídeo chamada. Dengue Outro serviço que está sendo prejudicado devido à pandemia de coronavírus é a visita dos agentes de saúde para inspeção da dengue. “Muita gente não está querendo deixar os agentes entrar, mas pedimos que não façam isso, pois este trabalho é muito importante e estamos tomando todos os cuidados necessários relacionados ao coronavírus”, diz o diretor de Vigilância Ambiental, Edgar Rodrigues. Ele esclarece que os agentes estão usando máscaras e o acesso aos imóveis tem sido apenas nas áreas externas e não dentro das casas. “Neste sentido, pedimos a colaboração dos moradores, que aproveitem o fato de estarem em casa e façam essa vistoria dentro de seus imóveis, removendo os depósitos que acumulam água”, destaca. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Recém-nascida passa por cirurgia de retirada de tumor raro no HRT
A equipe médica do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) se surpreendeu, na quarta-feira (28), com o nascimento de um bebê com epúlide congênita do recém-nascido, um tumor benigno raro na boca. Existem apenas 250 casos registrados na literatura desde sua primeira descrição. A equipe obstétrica e pediátrica da unidade se mobilizou, pedindo pareceres a especialistas até chegar ao diagnóstico. Menos de três horas após o parto, a cirurgia foi realizada com sucesso. Foto: Breno Esaki/Saúde-DF A anomalia não foi detectada no pré-natal ou em exames de imagem. “Sete dias antes do parto eu fiz uma ecografia e não apareceu nada. O médico falou que estava tudo normal. Eu não vi na hora, porque quando ela nasceu colocaram ela de ladinho. Só vi que ela não chorou muito, e foi bem baixinho. Depois me falaram e me mostraram”, relata a mãe da criança, Marina Lima de Castro Rodrigues, 27 anos. Ela recorda: “Os médicos me explicaram como seria o procedimento e trouxeram minha filha para eu ver, mas ela ainda estava sedada”. Passado o susto inicial, Marina revela que conseguiu se emocionar com tudo apenas à noite, quando ficou só. “Foi aí que eu chorei, mas, ao mesmo tempo, fiquei calma porque deu tudo certo. Ela nasceu às 16h e pouco depois das 18h já tinha passado pela cirurgia”, emociona-se, ao relembrar os momentos iniciais. Julia nasceu saudável, com 3.275 Kg e medindo 50 cm. Dois tumores De acordo com a equipe de Odontologia, o caso se torna mais raro por apresentar dois tumores. “Os tumores impediam qualquer possibilidade de alimentação sem a ajuda de uma sonda”, declarou o odontólogo Daniel Ribeiro, que trabalhou com a colega Natália Marreco Weigert no processo operatório. [Olho texto=”Foi a primeira vez que vi isso na minha vida” assinatura=”Daniel Ribeiro, odontólogo que participou da operação em Julia” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Clinicamente, na maioria dos casos, apresenta-se como um nódulo localizado na região anterior da maxila, podendo causar dificuldades respiratórias e alimentares”, reiterou Natália. A bebê também passou por uma frenectomia, pois foi diagnosticada com língua presa, o que também prejudica a mamada no seio materno. A pediatra Lorena Cavalcante Morett foi uma das primeiras a visualizar a anomalia. “A bebê não teve o diagnóstico no pré-natal e, quando nasceu, verificamos aquela lesão de gengiva. Pedi um parecer da Odontologia. A doutora Natália avaliou e fez a incisão no mesmo dia. Foi tudo muito rápido. A mãe ficou satisfeita porque, em cerca de duas horas, já havia retirado o tumor. A equipe da Odonto foi muito eficaz, gentil e resolutiva”, conta Lorena. Emoção e eficiência Para o pai de primeira viagem Natan Rodrigues de Oliveira, 28 anos, o momento do nascimento foi emocionante e, ao mesmo tempo, tenso. “Quando ela veio com aquela carne na gengiva fiquei um pouco tenso. Mas tudo se resolveu rápido. Eu estou surpreso, porque o pessoal fala mal do sistema público de saúde e o atendimento foi muito bom. Todo o processo foi muito bem explicado. O trabalho dos médicos foi muito bom”, comemora Natan. Agora, para o pai, o desafio é outro. “Estou aprendendo, entendendo. Até então, a gente só cuida dos filhos dos outros. Mas, e agora, o que eu faço? Não posso devolver para a mãe”, brinca. Ele acompanhou todo o trabalho de parto e continua auxiliando nos cuidados com a mãe e a bebê. Sem mamar no peito Uma das preocupações em realizar o procedimento o mais rápido possível foi a alimentação da recém-nascida. Por causa do tumor, a bebê não conseguia mamar no peito. Dois dias depois, ainda em recuperação, Julia está iniciando as primeiras mamadas. Alimentando-se por meio de sonda, em translactação, a criança já suga ligeiramente o peito, embora mostre algum incômodo devido à cirurgia. “Estou dando um pouco do meu leite e um pouco do Banco de Leite Humano”, conta Marina. Foto: Breno Esaki/Saúde-DF O pai, Natan, conta que logo que nasceu Julia, ele percebeu que a bebê usava aquela ‘carne’ como uma espécie de chupeta. “Ela sugava como que estivesse mamando e se acalmava. Acho até que, por isso, pouco chorou. Depois que ela acordou da cirurgia, percebi que ficou um pouco agitada, parecia procurar aquele ‘pedacinho’ que não estava mais lá”, relata. Trabalho em equipe Além da médica pediatra e dos dentistas, também participaram dos primeiros momentos de vida da Julia a obstetra Patrícia Santos Tavares, a fisioterapeuta Imna Pereira Graciano Miranda, a coordenadora da Iniciativa Hospital Amigo da Criança, Elenilda Muniz, e a equipe de enfermagem. A doença A epúlide congênita é uma patologia pediátrica muito rara, que acomete recém-nascidos. É um tumor benigno dos tecidos moles, que geralmente aparece no rebordo alveolar superior (entre a gengiva e o lábio), podendo ser observada na língua. A anomalia pode interferir na respiração e na deglutição.
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