Barragem do Descoberto está cheia e verte mais cedo
Depois de o Distrito Federal enfrentar, sem nenhum tipo de racionamento, a maior seca da história, a Barragem do Rio Descoberto, reservatório que abastece quase 50% da capital, atingiu a capacidade máxima neste domingo (24). Após uma série de chuvas intensas, um dos maiores responsáveis pelo abastecimento de água em Brasília alcançou a cota de 1.030,00 metros, o que nos traz a beleza da cachoeira sobre o vertedouro criando um espetáculo visual que sempre impressiona os moradores da capital. Este momento marcante ocorre com uma particularidade, pois a barragem tende a verter apenas em fevereiro ou março. A previsão é de que o fenômeno continue nos próximos dias, trazendo alívio e beleza para quem depende dessa fonte vital de abastecimento. O Reservatório do Descoberto abastece cidades como Samambaia, Ceilândia e Taguatinga, entre outras | Foto: Cristiano Carvalho/Caesb O Reservatório do Descoberto é essencial para quase 50% da população do Distrito Federal, atendendo cidades como Ceilândia, Taguatinga e Samambaia, além de várias outras. Para o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, os investimentos do GDF e da Caesb na infraestrutura de água e esgoto têm sido fundamentais para a qualidade de vida dos cidadãos do DF. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Caesb (@caesb_df) Mais de R$ 1,2 bilhão foram investidos desde 2019, a fim de garantir o fornecimento da melhor água para os quase 3 milhões de moradores da cidade. Inaugurada em 1974 e localizada ao longo da BR-070, a Barragem do Descoberto é uma das mais imponentes da região, com 265 metros de crista e um vertedouro de 55 metros de comprimento. O lago que a compõe possui 12,5 km² e pode armazenar até 86 milhões de metros cúbicos de água. Em 2023, a Caesb realizou melhorias significativas na barragem, com um investimento de R$ 8 milhões em obras de manutenção. Essas intervenções garantem a segurança da estrutura e aumentam sua durabilidade, conforme as exigências da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). “Este é um claro reflexo do compromisso da Caesb com o desenvolvimento sustentável e a segurança hídrica da capital federal, em meio a um dos momentos mais importantes da história do reservatório”, completou Reis. *Com informações da Caesb
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Sistema de alarme de sirenes às margens do Rio Descoberto será testado nesta terça (2)
Dando continuidade ao Plano de Ação de Emergência (PAE) da Barragem do Descoberto, a Caesb fará nesta terça (2), às 9h, um teste de integração do sistema de sirenes usado para alertar moradores de áreas rurais localizadas abaixo da barragem em caso de acidente. Essa população se encontra dentro do perímetro de segurança do reservatório, ou seja, a Zona de Autossalvamento (ZAS), que possui uma extensão de aproximadamente 6 km e área equivalente a 3,34 km². Em janeiro deste ano, a companhia já havia realizado um teste de autonomia do sistema de alarme. O investimento da Caesb nesse sistema de alertas é de R$ 1.888.733,75. Áreas de posicionamento das sirenes da Caesb: operação visa garantir a segurança de todos | Imagem: Google Earth O próximo teste, que tem previsão de 30 minutos de duração, vai avaliar como está funcionando a integração do sistema de sirenes ao sistema supervisório da Caesb. Os parâmetros a serem medidos estão relacionados ao perfeito funcionamento do sistema após o acionamento remoto. As equipes da Caesb farão o teste de audibilidade dos comandos emitidos remotamente do supervisório para pontos distintos da ZAS. Mensagens O sistema de alerta sonoro com sirenes consiste na emissão de mensagens para áreas definidas que, de forma rápida e econômica, associadas ao serviço de telemetria, podem ser acionadas de forma segura, imediata e remota. Foram instaladas sete torres em propriedades rurais ribeirinhas do Rio Descoberto e em comunidades próximas, no DF e em Águas Lindas (GO). Durante o teste, a seguinte mensagem será acionada: “Atenção! Este é um teste sonoro. Estamos testando os alto-falantes. Fique calmo”. O aviso será alternado com o som de cornetas. “Temos como prioridade a atenção às pessoas e a preservação das estruturas que possam ser afetadas” Luís Antônio Reis, presidente da Caesb As medidas fazem parte do PAE da Barragem do Descoberto para a evacuação segura da população potencialmente afetada em caso de emergência. O plano está previsto na Política Nacional de Segurança de Barragens e em Resolução da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). “Temos como prioridade a atenção às pessoas e a preservação das estruturas que possam ser afetadas”, ressalta o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis. A próxima etapa de implantação do PAE prevê um simulado com a Defesa Civil e com a população local. A operação tem como objetivo treinar as pessoas a seguirem os mesmos passos ensinados, caso haja uma emergência real. *Com informações da Caesb
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Barragem do Descoberto terá placas para proteger moradores ribeirinhos
A Caesb inicia, na próxima semana, a instalação de 64 placas orientativas e torres de alarmes sonoros (sirenes) para sinalização de áreas abaixo da Barragem do Descoberto, em locais que fazem parte do perímetro de segurança do reservatório. Sinalizações serão instaladas para reforçar a segurança no local | Fotos: Divulgação/Caesb O sistema de alerta será implantado em propriedades rurais ribeirinhas do Rio Descoberto e em comunidades próximas, localizadas no Distrito Federal e no estado de Goiás (caso de Águas Lindas). Nos próximos dias, serão feitos testes sonoros para verificação desses equipamentos. As medidas fazem parte do Plano de Ação de Emergência (PAE) da Barragem do Descoberto para a evacuação segura da população potencialmente afetada em caso de perigo. O plano está previsto na Política Nacional de Segurança de Barragens e em resolução da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O investimento da Caesb é de R$ 1.888.733,75. Cadastramento Fabricadas em material fotoluminescente – cuja pintura brilha no escuro –, as novas placas informarão sobre rotas de fuga, assim como pontos de encontro para salvamento por parte da Defesa Civil. Os avisos serão instalados nas chácaras ao longo do Rio Descoberto e em trechos da rodovia BR-070, próximo à barragem, conforme indicação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Essa região foi definida como Zona de Autossalvamento, sinalizando que a população deverá ser capaz de buscar locais seguros, após seguir as orientações das placas, em caso de emergência no reservatório. [Olho texto=”“Temos trabalhado incansavelmente para manter a segurança de todos aqueles que estão na área próxima ao nosso maior reservatório” ” assinatura=”Luís Antônio Reis, presidente da Caesb ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A Caesb, com o apoio da Defesa Civil, fez o cadastramento dessas populações e promoveu um seminário de integração com representantes de 35 órgãos dos governos do Distrito Federal e de Goiás, das prefeituras de Águas Lindas e de Santo Antônio do Descoberto (GO) e das unidades da Defesa Civil das duas unidades da Federação. A próxima etapa de implantação do PAE será um simulado com a população local, para treinamento. “Temos trabalhado incansavelmente para manter a segurança de todos aqueles que estão na área próxima ao nosso maior reservatório”, afirma o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis. “Por isso, estamos cumprindo mais uma etapa da Política Nacional de Segurança de Barragens, que prioriza a atenção com as pessoas e a preservação das estruturas que poderiam ser afetadas.” Histórico Responsável pelo abastecimento de 60% da população da capital federal, a Barragem do Rio Descoberto fica às margens da BR-070 e foi inaugurada em 1974, dando origem a um lago de 12,5 km² de área de espelho d’água e capacidade de armazenar cerca de 86 milhões de m³. O Lago Descoberto faz parte do sistema integrado de abastecimento, operado pela Caesb, e abastece Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Recanto das Emas, Gama, Santa Maria, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Park Way, Águas Claras, Vicente Pires, Pôr do Sol e Sol Nascente. *Com informações da Caesb
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Barragem do Descoberto recebe R$ 8 milhões para reforço na segurança
Com capacidade para armazenar cerca de 86 milhões de m³ de água, a Barragem do Descoberto, reservatório responsável por abastecer 60% da população do Distrito Federal, está passando por melhorias para garantir a segurança de infraestrutura e operação. A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) iniciou em março a instalação de uma cortina de drenos e a aplicação de resina sintética na estrutura física da barragem. [Olho texto=”“Serão realizadas intervenções para a injeção de resina sintética de poliuretano, um material selante que vai melhorar a estanqueidade da estrutura de concreto e, por consequência, garantir uma maior vida útil à estrutura”” assinatura=”Guilherme Gobbi, gerente de Implantação de Obras Centro-Norte da Caesb” esquerda_direita_centro=”direita”] Com investimento de R$ 8 milhões, as obras avançarão pelo período de estiagem. As melhorias fazem parte das ações para atender requisitos de operação segura da barragem e de ampliação da durabilidade da estrutura, conforme está definido na Política Nacional de Segurança de Barragens. A reforma na Barragem do Descoberto seguirá durante todo o período de estiagem no DF | Foto: Cristiano Carvalho/ Caesb Construída entre os anos de 1971 e 1973, a Barragem do Descoberto foi inaugurada em 1974 e tem passado por serviços de manutenção regulares de maneira a garantir sua operação adequada e a segurança da população instalada próximo à estrutura. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O gerente de Implantação de Obras Centro-Norte da Caesb, Guilherme Gobbi, explica como será a nova etapa de melhorias: “Será instalada uma cortina para drenagem na parte interna do paredão. Também serão realizadas intervenções para a injeção de resina sintética de poliuretano, um material selante que vai melhorar a estanqueidade da estrutura de concreto e, por consequência, garantir uma maior vida útil à estrutura”, afirmou. A estrutura da barragem é formada por um conjunto de 18 blocos construídos em concreto, que, somados, chegam a 265 metros de crista. O vertedouro, por onde a água desce quando o reservatório atinge 100% de sua capacidade (1.030 metros), tem 55 metros de comprimento. *Com informações da Caesb
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Lago do Descoberto atinge capacidade máxima e verte
O nível da Barragem do Descoberto, responsável pelo abastecimento de 60% da população do Distrito Federal, atingiu 100% de sua capacidade e verteu no fim da tarde de terça-feira (21). O maior manancial da Caesb, de onde são captados cerca de 4 mil litros/segundo de água, alcançou sua cota máxima de 1.030 metros. Barragem deu origem a um lago de 12,5 km² de área de espelho d’água e capacidade de armazenar cerca de 86 milhões de m³ | Foto: Cristiano Carvalho/Caesb Segundo a Caesb, a notícia é excelente, mas o diretor de Operação e Manutenção da companhia, Carlos Eduardo Borges Pereira, adverte: “É essencial que a população faça a sua parte utilizando água de forma consciente, evitando desperdícios”. O volume de água que cada morador utiliza pode impactar diretamente o abastecimento geral. O diretor lembra que a Caesb tem trabalhado de forma ininterrupta para garantir a segurança hídrica no DF, tanto em termos de quantidade quanto de qualidade. Abastecimento Inaugurada em 1974, a Barragem do Rio Descoberto fica às margens da BR-070 e dá origem a um lago de 12,5 km² de área de espelho d’água com capacidade de armazenar cerca de 86 milhões de m³. O Lago Descoberto faz parte do sistema integrado de abastecimento operado pela Caesb e abastece Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Recanto das Emas, Gama, Santa Maria, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Park Way, Águas Claras, Vicente Pires, Pôr do Sol, Sol Nascente e Arniqueira. Confira, abaixo, dicas da Caesb para o uso racional da água: ? Verifique regularmente possíveis vazamentos em casa; ? Irrigue as plantas com regador em vez de mangueira; ? Nas áreas externas, prefira plantas nativas do Cerrado, que são mais resistentes e demandam menos água; ? Use aeradores de torneira que consomem menos água; ? Retire os restos de comida da louça a ser lavada e use uma bacia para colocar a louça enquanto passa o sabão; procure enxaguar tudo de uma vez; ? Se tiver piscina, mantenha-a coberta fora do período de uso; ? Use baldes para lavar o carro, janelas e o que mais for preciso. *Com informações da Caesb
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R$ 1,5 milhão para reforma da Barragem do Descoberto
As galerias de drenagem da Barragem do Descoberto, responsável pelo abastecimento de água de 60% da população do Distrito Federal, estão sendo reformadas. As obras, que têm custo estimado em R$ 1,5 milhão, vão ajudar na gestão da segurança do empreendimento e têm previsão de terminar em julho. Obras na Barragem do Descoberto têm o objetivo de fortalecer a gestão de segurança da represa | Foto: Divulgação/Caesb Os serviços incluem a limpeza e desobstrução dos drenos de fundação da galeria de drenagem, além da instalação de piezômetros, que são equipamentos de medição responsáveis por informar o nível da água sob a barragem. Esses instrumentos atuam em conjunto com a medição do fluxo de água feita nos drenos, e, com essas informações, é possível acompanhar a estabilidade da barragem. O gerente de Implantação de Obras Centro-Norte da Caesb, Guilherme Gobbi, afirma que essa obra é a primeira de uma série a ser executada pela Caesb nas barragens dos reservatórios de acumulação de água do DF nos próximos anos. “O objetivo da Caesb é fornecer água de qualidade à população e preservar a segurança das nossas barragens e reservatórios faz parte desse objetivo maior”, ressalta. Além dos piezômetros, serão instalados medidores de vazão tipo vertedor triangular. A instalação desses equipamentos vai substituir todos os medidores de vazão hoje em operação dentro da galeria, tornando possível medir a vazão da saída da água. As galerias em barragens de concreto permitem acesso, inspeção e monitoramento do comportamento da estrutura interna da barragem. O sistema de drenagem (drenos), localizado no interior da instalação, é acessado por meio dessa galeria. A função dos drenos é aliviar a pressão exercida pela água sobre a barragem, além de permitir o monitoramento do fluxo de água que flui. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A gerente de Segurança de Barragens da Caesb, Marly Agostinho de Matos, explica que é muito importante implementar ações de manutenção preventiva e corretiva nas barragens, de modo a manter a integridade física de suas estruturas sob responsabilidade do empreendedor. “Dessa forma, os riscos de acidentes são minimizados e atende-se ao propósito da Lei nº12.334/2010, atualizada pela 14.066/2020, cuja finalidade é estabelecer uma cultura de segurança de barragens no Brasil”, finaliza Marly. Desde a sua construção, em 1973, a Barragem do Descoberto passou por quatro intervenções, mas não havia recebido instrumentos de monitoramento. Monitorar o fluxo de água é uma ação necessária para identificar possíveis alterações da barragem. *Com informações da Caesb
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Mais segurança para quem mora perto da Barragem do Descoberto
Segurança e prevenção: estas duas palavras podem definir o objetivo de uma ação conjunta entre a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb), o Batalhão Rural (BPRural) da Polícia Militar do DF (PMDF) e a Defesa Civil (DCDF), que cadastrou moradores em zonas de autossalvamento (ZAS) da Barragem do Descoberto, localizadas nas áreas rurais de Ceilândia e Brazlândia. Durante o cadastramento, foram registrados 80 moradores em 29 residências | Foto: Divulgação/PMDF [Olho texto=”Antes do cadastramento, a Caesb realizou uma série de tratativas junto à DCDF, validando a ZAS da Barragem do Descoberto e percorrendo e validando também as rotas de fuga e de encontro propostas pela companhia” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A gerente de segurança de barragens da Caesb, Marly Agostinho de Matos, explica o que é uma zona de autossalvamento: “É uma região do vale jusante da barragem onde se considera que os avisos de alerta à população são de responsabilidade do empreendedor, no caso, a Caesb. Essas pessoas são treinadas e, quando recebem o aviso, elas próprias se salvam, pois são situações nas quais não há tempo de as autoridades fazerem algum tipo de intervenção”. Ao todo, foram registrados cerca de 80 moradores em 29 residências, todas jusantes à margem inundável da região. A iniciativa desse cadastramento é orientar os moradores para evitar tragédias como as ocorridas em outras barragens do país, como em Minas Gerais. Apesar de ser uma preparação para algo grave, as autoridades garantem que a Barragem do Descoberto está segura e os procedimentos são apenas preventivos. Antes do cadastramento, a Caesb realizou uma série de tratativas junto à DCDF, validando a ZAS da Barragem do Descoberto e percorrendo e validando também as rotas de fuga e de encontro propostas pela companhia. [Olho texto=”O próximo passo do protocolo de segurança será a instalação do sistema de alerta tipo sirene. O projeto está em fase de orçamento e deve ser contratado ainda este ano” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Uma das pessoas registradas foi Keliane Valadares, 38, que mora no Núcleo Rural Boa Esperança, em Ceilândia, há mais de 10 anos. A produtora rural conta que nunca havia sido abordada por nenhum agente público para tratar sobre a segurança de sua propriedade próxima à Barragem do Descoberto e elogia a iniciativa. “Achei muito importante, no sentido de precaver e nos prevenir do pior”, descreve. Com as rotas validadas e o cadastramento dos moradores, o próximo passo do protocolo de segurança será a instalação do sistema de alerta tipo sirene. De acordo com a Caesb, o projeto está em fase de orçamento e deve ser contratado ainda este ano. Por último, serão feitos simulados internos e externos, que terão a participação dos moradores e de outros órgãos, encenando ações de alerta e de emergência. Parte importante da política de segurança e resgate de pessoas vítimas de acidentes com causas naturais, a DCDF reforça a importância de manter o cadastro e a comunicação com os moradores. “Em todas as residências que visitamos, as pessoas foram orientadas, caso haja o colapso parcial ou total da barragem. Além disso, pudemos estabelecer um número de pessoas em cada uma delas, se alguém está com problema de locomoção”, ressalta Hanuch Baccili, agente da DCDF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Além dos protocolos para o caso de um acidente na barragem, a segurança da estrutura também é checada constantemente. “A lei determina que sejam feitas inspeções regulares, e a Caesb encaminha todos os relatórios e toma todas as providências junto à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico”, ressalta Marly.
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Lago do Descoberto atinge capacidade máxima e verte
[Olho texto=”“O trabalho da companhia é sempre garantir a qualidade e a continuidade do abastecimento de água, mas o uso consciente desse recurso finito deve continuar” ” assinatura=”Virgílio Peres, diretor de Engenharia da Caesb” esquerda_direita_centro=”direita”] Responsável pelo abastecimento de 60% da população do Distrito Federal, a Barragem do Descoberto atingiu, nesta quinta (13), 100% de sua capacidade everteu. O maior manancial da companhia, de onde são captados cerca de 4 mil litros/segundo de água, alcançou sua cota máxima de 1.030 metros. Em 2021, o Descoberto verteu no mês de fevereiro. Segundo a companhia, notícia é boa, mas a população também precisa fazer a sua parte, adotando o uso racional da água. Mesmo com o reservatório cheio, a recomendação é não desperdiçar. O volume de água usado por cada morador pode impactar diretamente o abastecimento à população. Vazão da capacidade é boa notícia, mas consumidores, alerta Caesb, devem seguir com o uso racional da água | Foto: Cristiano Carvalho/Caesb [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O diretor de Engenharia da Caesb, Virgílio Peres, alerta: “O trabalho da companhia é sempre garantir a qualidade e a continuidade do abastecimento de água para a população do DF, mas o uso consciente desse recurso finito deve continuar. São atitudes simples e que devem ser adotadas diariamente”. A Barragem do Rio Descoberto fica às margens da BR-070 e foi inaugurada em 1974, dando origem a um lago de 12,5 km² de área de espelho d’água e capacidade de armazenar cerca de 86 milhões de m³. O Lago Descoberto faz parte do sistema integrado de abastecimento, operado pela Caesb, e abastece Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Recanto das Emas, Gama, Santa Maria, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Park Way, Águas Claras, Vicente Pires, Pôr do Sol e Sol Nascente. *Com informações da Caesb
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Garantidos R$ 2 milhões para bacia do Rio Descoberto
Barragem do Descoberto receberá investimentos locais e de origem federal | Foto: Divulgação/Adasa Este ano começa com mais uma boa notícia para o Distrito Federal. A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa) e a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) firmaram convênio com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para promover ações de conservação de água e solo na bacia hidrográfica do Rio Descoberto, com investimentos de R$ 2 milhões. O convênio, que prevê ações ambientais, terá vigência de três anos. “O convênio assinado pelos três órgãos demonstra a importância e necessidade de ações integradas entre os diversos governos, independentemente das esferas de competência”, reforça o diretor-presidente da Adasa, Raimundo Ribeiro. *Com informações da Adasa
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Níveis dos reservatórios do Descoberto e Santa Maria baixam. Veja como poupar água
No período de seca, os reservatórios que abastecem 80% do DF perdem, naturalmente, volume. O reservatório do Descoberto teve seu último dia com 100% em 21 de julho – e está agora com 89,6% de volume útil, tendo 69% como meta para o final de agosto, segundo a Adasa. Já o reservatório de Santa Maria esteve até o final de junho com 100% da capacidade, mas agora se encontra com 96,6%, com 83% como meta da Adasa até o final do mês. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília Como estratégia de enfrentamento para o período de seca, a Caesb poupa o Descoberto, que perde volume mais rapidamente. Assim, Núcleo Bandeirante, Candangolândia e as quadras de 1 a 5 do Park Way passaram a ser abastecidas pelo Sistema Santa Maria-Torto desde 27 de junho, e parte de Águas Claras desde 13 de agosto. Além das mudanças operacionais, a Caesb chama a atenção da população, que precisa fazer sua parte. Em nota, a Adasa publicou que o volume de água consumida no DF nos quatro primeiros meses deste ano foi 10,1% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando o racionamento entrava em vigor. Em 2019 o consumo aumentou para níveis próximos dos registrados em 2016, antes da crise hídrica. O aumento do patamar de consumo foi constatado a partir do segundo semestre de 2018, logo após o fim do racionamento. Medidas simples podem ajudar a reduzir o consumo, evitando crises de desabastecimento. Seguem algumas recomendações para racionalizar o consumo de água No banho Em 20 minutos, gasta-se, em média, 120 litros de água; 5 minutos é o tempo ideal para um banho, quando são consumidos 30 litros de água. Ao escovar os dentes Torneira aberta continuamente gasta em média 18 litros de água; Abrindo e fechando a torneira, o volume é reduzido para 2 litros de água. Ao lavar a louça Se a torneira ficar aberta continuamente, o gasto é de 240 litros de água; Abrindo e fechando a torneira, o gasto passa para 70 litros de água. Recomenda-se fechar a torneira e só abrir quando for enxaguar. Uma torneira correndo normalmente gasta de 8,5 mil a 12,5 mil litros por dia. Torneira mal fechada Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas Apenas gotejando desperdiça 46 litros de água por dia; Fluindo em forma de filete desperdiça de 180 a 750 litros por dia. Descarga É necessário sempre observar se a válvula da descarga está regulada, se não há furos nos canos e as torneiras da casa estão bem fechadas; O desperdício de água pelo ladrão pode chegar a 10 mil litros por dia; Descarga comum gasta de 7 a 10 litros. Limpar calçadas É aconselhável varrer a sujeira em vez de usar mangueiras, pois o gasto médio é de 120 litros de água potável; É possível reutilizar na limpeza a água usada na lavagem de roupas. Instalação de hidrômetros individualizados Reduz o desperdício de água; Faz uma cobrança justa pelo consumo real de cada unidade habitacional; Incentiva o consumo responsável de água e propicia mais atenção aos aspectos de manutenção das instalações hidráulicas, pois, em caso de vazamentos, há um aumento da conta mensal individual, induzindo o morador a tomar providências imediatas * Com informações da Caesb e da Adasa
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Caesb alerta para importância de manter o uso consciente mesmo após o racionamento
O agricultor Francisco Silva de Sousa, de 42 anos, mudou o jeito de irrigar a plantação de morangos que mantém no Assentamento Betinho, em Brazlândia, durante o racionamento de água. Substituiu aspersores por microaspersores e gotejamento em agosto de 2017. O agricultor Francisco Silva de Sousa, de 42 anos, mudou o jeito de irrigar a plantação de morangos que mantém no Assentamento Betinho, em Brazlândia, durante o racionamento de água. Substituiu aspersores por microaspersores e gotejamento em agosto de 2017. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília Ele sentiu a diferença no bolso. Após a troca, o custo mensal com o serviço passou de R$ 350 para R$ 250. A água, retirada de um poço instalado na propriedade, atende à irrigação do 1,5 hectare de produção. “Foi bom mudar. Faz bem para o meio ambiente e para a economia”, diz. Em um ano e três meses de racionamento, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) registrou redução de 12% na média do volume de água captado no DF. Muito disso vem dos hábitos incorporados pela população, seja no campo, seja na cidade. “A média de chuva acumulada em Brazlândia de setembro a maio, historicamente, é de 1.480 milímetros [mm]. De setembro de 2017 a maio de 2018, foi de 1.283 mm. E, mesmo com a chuva abaixo da média, o Descoberto se recuperou”, aponta o presidente da Caesb, Maurício Luduvice. O desafio, agora, é manter a economia após o fim do rodízio, em 15 de junho. O que a população pode fazer para manter a economia de água no DF O consumo elevado, com média histórica acima de 150 litros de água por dia per capita, aliado à grilagem de terras e à ocupação desordenada do solo, mostrou que pode faltar água. Enquanto a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) auxilia produtores rurais a modernizarem a irrigação, para evitar desperdício de água, a Caesb reforça as recomendações para o uso residencial: Tomar banhos de até cinco minutos Escovar os dentes com a torneira fechada Evitar água corrente para lavar carro e regar plantas, trocando por baldes e regadores, por exemplo Colocar as máquinas de lavar louças e roupas para funcionar apenas na capacidade máxima Santa Maria terá captação de água maior apenas durante a seca A captação tanto no Descoberto quanto no Santa Maria caiu progressivamente no racionamento. Em 2016, a média foi de 4,7 mil litros por segundo no Descoberto e de 1.228 litros por segundo no Santa Maria. Em 2017, de 3.745 e 993, respectivamente. Neste ano, as quantidades são 3.181 e 121. Ao adicionar o Lago Paranoá e o Ribeirão Bananal ao sistema que também engloba o Santa Maria e o Torto, o governo de Brasília pode deixar a captação baixa no Santa Maria e incrementá-la apenas no período de seca. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Nos últimos 30 dias, a captação média no Lago Paranoá foi de 580 litros por segundo. No Bananal, de 540. No Torto, de 1.140. Já no Santa Maria, de 115. “O Santa Maria é um reservatório que enche e esvazia de forma mais lenta que o Descoberto. A captação aumentará na estiagem”, explica Luduvice. O que vai garantir a segurança hídrica a médio e longo prazos na capital federal, no entanto, é o Sistema Produtor Corumbá. A entrega está prevista para dezembro. A captação no Lago Corumbá 4 vai adicionar mais 2,8 mil litros por segundo de água para o DF. A Caesb atualiza os números todas as segundas-feiras. Os dados utilizados neste texto são de 7 de maio. Edição: Marina Mercante
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Adasa divulga dados de monitoramento dos reservatórios de água do DF
A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa) reuniu informações de monitoramento da Barragem do Descoberto, do Paranoá e de Santa Maria. As peças podem ser acessadas pelo Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos, nas abas correspondentes a cada um dos reservatórios. Estão disponíveis gráficos que indicam, por exemplo, o volume de água, a comparação com outros anos, a quantidade de chuvas atual, o histórico dos últimos anos e a média acumulada por dia. No mesmo site é possível ter acesso também a relatórios de consumo de água tratada, a dados sobre as estações de monitoramento superficial e à série histórica do nível dos reservatórios desde 1987. O sistema de informações foi lançado em setembro de 2017 e está em fase de implementação. Futuramente serão divulgados no canal registros de outorgas de captação de águas superficiais e subterrâneas e fiscalização. O Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos está previsto na Lei Distrital 2.725, de 2001, que institui a Política de Recursos Hídricos e o Sistema de Gerenciamento.
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Caesb prepara estação para conectar o reservatório de Santa Maria com o do Descoberto
Ao contrário do informado anteriormente, a conexão do reservatório de Santa Maria com o do Descoberto não está concluída. Para auxiliar no combate à crise hídrica em Brasília, a estação elevatória da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb-DF), na Asa Norte, teve parte do equipamento trocado neste domingo (10). O governador Rodrigo Rollemberg fez uma vistoria das obras com o presidente da Caesb, Maurício Luduvice. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, fez uma vistoria das obras com o presidente da Caesb, Maurício Luduvice. “As instalações vão permitir que parte das águas do reservatório de Santa Maria possa servir a regiões que hoje são abastecidas pelo Descoberto”, explicou Rollemberg. Em reforma há quatro meses, a estação não pôde ser alterada de uma vez porque leva água para algumas regiões de Brasília. Por isso, o trabalho foi feito hoje, quando o Guará está em racionamento e parar o abastecimento não terá efeito para a população. Segundo Luduvice, a estação é antiga, mas precisa passar pela mudança porque o reservatório de Santa Maria fica em uma região mais baixa. Não havia força suficiente na estrutura anterior para levar a água. Isso só foi possível porque o sistema de captação do Bananal, inaugurado em outubro, reforçou o sistema de Santa Maria e deu o suporte para a transferência. “Os trabalhos serão feitos até a 1 hora de segunda-feira (11), com substituição dos conjuntos de motores de bomba, dos conjuntos de sucção e dos conjuntos de recalque”, detalhou o presidente. Edição: Vannildo Mendes
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Câmara aprova operação de US$ 41 milhões para combater a crise hídrica no DF
Os deputados distritais aprovaram, na sessão desta terça-feira (31), financiamento de US$ 41,1 milhões (cerca de R$ 130 milhões) para projetos ambientais que ajudarão o DF no combate à crise hídrica. Com aprovação do projeto de lei pela Câmara Legislativa, governo pode formalizar o Programa Brasília Capital das Águas. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília O projeto de lei nº 1.762, de 2017, que autoriza o governo local a firmar o empréstimo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) ou Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), foi aprovado com 17 votos favoráveis e emenda dos parlamentares. Com o dinheiro, será possível formalizar o Programa Brasília Capital das Águas. As ações previstas englobam a tubulação do Canal do Rodeador, em Brazlândia, e do Santos Dumont, em Planaltina, e obras na orla do Lago Paranoá. Segundo a emenda aprovada pelos distritais, na área do Lago onde há unidades de conversação, o dinheiro só poderá ser investido se houver plano de manejo para o local. [Olho texto='”Na área rural, a gente precisa de investimento para maior eficiência do uso da água. Com economia de água, o Descoberto fica mais abastecido”‘ assinatura=”Fábio Pereira, secretário adjunto da Casa Civil” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O secretário adjunto da Casa Civil, Fábio Pereira, acompanhou a votação na Câmara Legislativa. Ele explicou que é preciso lidar com dois contextos: “Na área rural, a gente precisa de investimento para maior eficiência do uso da água. Com economia de água, o Descoberto fica mais abastecido. Na urbana, o Lago precisa de proteção para garantia da qualidade da água.” A organização do uso das margens do Paranoá, com a desobstrução da orla, associada à recuperação das áreas degradadas, é um caminho para proteger o local, exemplificou. A expectativa é que os recursos para o programa saiam do Fonplata, organismo multilateral de crédito ligado aos governos da Argentina, da Bolívia, do Brasil, do Paraguai e do Uruguai para financiar, entre outros, projetos ambientais na Bacia do Prata. A Bacia do Prata engloba a bacia do Rio Paraná, para a qual segue a maior parte dos rios do DF, incluindo o Descoberto e o Paranoá. Recursos no exterior contra crise hídrica precisam de aval da União Para conseguir as cifras, porém, o governo de Brasília ainda tem algumas etapas a seguir. Depois de passar pelo crivo dos distritais, o pedido de financiamento é enviado à Secretaria do Tesouro Nacional, que dá o aval para a negociação. O processo chega, então, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, que se manifesta e encaminha ao Senado Federal para mais uma rodada de aprovação legislativa. Por meio de resolução, o processo volta à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para assinatura do contrato. Programa que descentraliza recursos na Educação do DF vai virar lei Na mesma sessão, os distritais construíram com o governo um substitutivo ao projeto de lei nº 1.674, de 2017, do Executivo, que tornará lei o Programa de Descentralização Administrativa Financeira (Pdaf). Por meio dele, o governo repassa recursos diretamente para os gestores das escolas públicas do DF. A proposta, aprovada por 19 votos, tramitou com o Projeto de Lei nº 360, de 2015, do deputado Cristiano Araújo. Entre as mudanças previstas para o Pdaf consta a possibilidade de o dinheiro ser usado para reformas, desde que com autorização da Secretaria de Educação e laudos de especialistas. Hoje, o dinheiro serve para fazer pequenos reparos nos colégios, custear projetos e adquirir alimentos específicos para atender a necessidades de alunos, por exemplo. O que é o Programa Brasília Capital das Águas O programa Brasília Capital das Águas tem como objetivo proteger os principais mananciais do Distrito Federal que se encontram fora do Parque Nacional de Brasília, onde fica o Reservatório de Santa Maria. As ações previstas englobam intervenções na área do Alto Descoberto, de ocupação predominantemente rural, e na orla do Lago Paranoá, com características urbanas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] No Lago Paranoá, o trabalho atende à decisão da Justiça que determinou a recuperação de áreas degradadas e a implementação de infraestrutura para uso público ao longo da orla. Os recursos vão permitir a revitalização da Concha Acústica; a interligação do Deck Norte, via Trevo de Triagem Norte, com o Parque Vivencial do Lago Norte; a ligação do Deck Sul ao Lago Sul na Ponte das Garças por ciclovias e calçadas; entre outros projetos. Em Planaltina, ainda haverá a tubulação do Canal Santos Dumont. Assim como vai ocorrer no Canal do Rodeador, a medida serve para evitar a infiltração e a evaporação da água e reduzir a perda de recursos. Edição: Vannildo Mendes
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Caesb estuda alternativas para evitar ampliação do rodízio de água
Na segunda-feira (23), a Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb) enviará novo plano de racionamento de água em Brasília para aprovação da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa). O presidente da Caesb, Maurício Luduvice, em coletiva na sede da Caesb nesta sexta-feira (20). Foto: Renato Araújo/Agência Brasília A medida é necessária diante das novas resoluções da agência, publicadas hoje, que autorizam a ampliação do tempo de rodízio e o uso de recursos para a captação do volume morto no reservatório do Descoberto. O presidente da Caesb, Maurício Luduvice, informou hoje (20), em coletiva, que não há ainda decisão para ampliar a interrupção no fornecimento de água. “A princípio, vamos trabalhar com alternativas, e vai depender da velocidade com que o reservatório baixe”, avaliou. A companhia faz o planejamento para o caso de serem necessárias adaptações. Atualmente, o corte em cada região é de 24 horas semanais. A resolução permite aumentar esse tempo para até 48 horas. Se houver mudanças no rodízio, Luduvice explicou que será feita ampla divulgação com antecedência. [Olho texto='”A princípio, vamos trabalhar com alternativas, e (a ampliação do rodízio) vai depender da velocidade com que o reservatório baixe”‘ assinatura=”Maurício Luduvice, presidente da Caesb” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com melhorias feitas no sistema de abastecimento do DF, além de medidas adotadas para desafogar o Descoberto, a companhia propõe novo limite de nível do reservatório à Adasa para que se adotem ações mais duras de racionamento. Segundo o presidente da Caesb, estudos de técnicos da concessionária balizam que é possível fazer bombeamento da água em um nível mais baixo, sem estragar os equipamentos. Aliado às medidas que desafogam o reservatório, isso permitiria operar o sistema do Descoberto com cerca de 5,5% da capacidade. Atualmente, a curva definida pela agência é de 9% para o fim de outubro. Na medição desta sexta (20), o reservatório marcou 10,5% da capacidade. O plano preparado pela Caesb tem dois cenários para cada um dos reservatório (Descoberto e Santa Maria), mas a companhia não definiu se os dois serão aplicados ao mesmo tempo. Interligação de sistemas de abastecimento Como parte das medidas de enfrentamento à crise hídrica, a Caesb fez adaptações para permitir a transferência de água do reservatório do Sistema Santa Maria-Torto para o Sistema Descoberto, que está em situação mais crítica. “A gente vem reduzindo gradualmente a participação do Descoberto no abastecimento do DF”, disse Luduvice. Na primeira etapa da interligação, o Guará I e o II passaram a ser abastecidos pelo de Santa Maria — que, por sua vez, tem sido poupado pela captação de água no Lago Paranoá. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Na segunda etapa, foram acrescentadas áreas consideradas expansões do Guará, como a região do Lucio Costa e a Colônia Agrícola Águas Claras. A fase em andamento inclui Núcleo Bandeirante, Candangolândia e parte do Park Way no abastecimento de Santa Maria. Na quarta etapa, a Caesb adianta que construirá uma elevatória para anexar a parte baixa de Águas Claras na interligação. A quinta fase levaria abastecimento também de Santa Maria para Vicente Pires. Captação do volume morto do Descoberto Autorizada a usar R$ 6,25 milhões para a captação do volume morto do Descoberto — sendo R$ 5 milhões da tarifa de contingência e R$ 1,25 milhão de reserva adicional —, a Caesb trabalha na elaboração de um termo de referência para adquirir tecnologia que permita a ação. “Temos que estar preparados para deixar o volume morto utilizável. Mas não com a intenção de usar”, ponderou Luduvice durante coletiva. A contratação será via pregão eletrônico, e a estimativa é que o certame leve 15 dias. Edição: Vannildo Mendes
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Crise hídrica: economia de água deve continuar mesmo com início das chuvas
O período de chuvas se aproxima, mas a economia de água deve continuar por tempo indeterminado no Distrito Federal. Para garantir que as medidas de enfrentamento da crise hídrica sejam eficazes, é fundamental o alinhamento de ações do governo e a participação da sociedade. Economia de água deve ser mantida mesmo com o início do período de chuvas. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília É o que defende Welber Ferreira, coordenador de Informações Hidrológicas da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa). “A população respondeu bem às ações de estímulo ao consumo consciente e deve manter a prática de economia para avançarmos.” De acordo com ele, a estabilidade ocorrerá se houver quantidade de chuva dentro da média, aliada à redução do uso da água e às obras de captação que ocorrem para desafogar os principais sistemas do DF — Santa Maria e Descoberto. Desde 2014, o território sofre com a perda anual de 30% no volume das chuvas. Somadas, as perdas representam 90% a menos de chuva até 2017. As duas principais barragens dependem de precipitação para se recompor, o que torna a região vulnerável às alterações. [Olho texto='”A população respondeu bem às ações de estímulo ao consumo consciente e deve manter a prática para avançarmos”‘ assinatura=”Welber Ferreira, coordenador de Informações Hidrológicas da Adasa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A média anual de chuvas é de 1,5 mil milímetros. “Na região da Bacia do Descoberto, a média chega a 1.440 milímetros e em Santa Maria, 1,2 mil”, explica o coordenador da Adasa. Em outubro, o volume ainda é pequeno. O auge das precipitações ocorre nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, de 660 milímetros em média no trimestre. “Todo ano teremos que fazer análise de quanto choveu para avaliar. Não podemos descansar”, avalia Ferreira, com base nas variações no volume pluviométrico de Brasília. Para 2018, o cenário deve ser mais positivo. “Esperamos que as obras ajudem a frear as quedas de oferta e a estabilizar a situação”, aposta o servidor. Apesar das altas temperaturas e do longo período de estiagem, os níveis dos Reservatórios do Descoberto e de Santa Maria têm a capacidade reduzida de forma lenta. O nível desses mananciais tem ficado acima da meta prospectada pela agência reguladora por meio da curva de acompanhamento. Nesta quarta-feira (27), a Barragem do Rio Descoberto estava com 18,01% da sua capacidade — o menor índice já registrado na história —, e o Reservatório de Santa Maria, com 30%. Mesmo com números baixos, os porcentuais estão acima do esperado para setembro pela curva de acompanhamento da Adasa, que previa 14% para o Descoberto e 26% para Santa Maria. Como funciona a curva de acompanhamento Em junho, a Adasa definiu uma curva de acompanhamento que indica metas mínimas mensais de volume para ambas as barragens até dezembro deste ano. [Olho texto=”O território do DF sofre, desde 2014, com perda anual de 30% no volume de chuvas” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A projeção foi definida com base nos níveis aferidos em 2016, na expectativa de chuvas para 2017 e nos efeitos das medidas de racionamento tomadas desde o ano passado pelo governo local. Até 27 de setembro, o Reservatório do Descoberto registrou 18,01%, sendo que o valor de referência era 14%. Para outubro, a previsão estabelecida pela agência reguladora é de 9% de capacidade. A aplicação da curva para o Reservatório de Santa Maria em setembro era de 26%, mas a bacia se manteve em 30%. Em outubro, o volume pretendido é de 23%. Os índices estão detalhados em duas resoluções da Adasa. A de número 9 refere-se ao Descoberto, e a de número 12 traz informações sobre Santa Maria. Medidas para atenuar os efeitos da crise hídrica O uso racional da água foi prioridade entre as medidas empregadas pelos diversos órgãos do governo do DF para atenuar os efeitos da crise hídrica. Para isso, a pressão foi reduzida, e o racionamento, instituído. A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) limitou a captação do Descoberto a 3,5 mil litros por segundo, e a 500 litros por segundo o de Santa Maria. Até então, os valores eram de 4 mil e de 975 litros por segundo, respectivamente. O horário para captação de água por meio de caminhões-pipa foi restrito, e estabelecimentos como lava-jatos, orientados a usar menos recursos hídricos. Também foram suspensas as emissões de permissões para perfuração de poços artesianos e cisternas. Na área rural, os produtores da Bacia do Descoberto reduziram a captação de água para irrigação. As obras para diminuição da perda hídrica também têm papel importante nesse processo. A recuperação dos canais de irrigação, por exemplo, evita que a água que abastece os sistemas evapore ou se infiltre no solo. Também segue esse princípio o revestimento de tanques de irrigação nas propriedades rurais. Para aumentar a eficiência da gestão de recursos hídricos, o governo unificou mapas e dados sobre o tema em uma ferramenta eletrônica, o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos (SIRH). A estrutura integra os dados da Adasa a um sistema nacional gerido pela Agência Nacional de Águas (ANA). Obras de captação ajudarão a frear a crise A ampliação das fontes de captação de água é outro investimento estruturante para enfrentar a crise hídrica no DF. O Executivo local investe na construção do Subsistema Produtor do Lago Norte para a retirada emergencial no Lago Paranoá. [Olho texto=”A ampliação das fontes de captação de água é investimento estruturante para solução definitiva da crise hídrica no DF” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Serão captados 700 litros de água por segundo no braço do Torto, no Lago Paranoá. A estrutura fica na ML 4, no Setor de Mansões do Lago Norte. Os locais abastecidos serão Asa Norte, Itapoã, Lago Norte, Paranoá, parte de Sobradinho II e Taquari. O fornecimento para essas regiões é feito pelo Sistema Produtor Santa Maria-Torto. A Caesb tem também um projeto, já licitado, para captar, armazenar, tratar e distribuir água do Lago Paranoá de forma definitiva. As obras estão orçadas em R$ 480 milhões — o governo de Brasília negocia financiamento com a Caixa Econômica Federal. O Sistema Produtor Paranoá vai atender 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no Tororó, em Sobradinho e nos Condomínios Jardim ABC, Jardim Botânico e Alphaville. Considerada a maior de todas as obras de captação para o DF, Corumbá fornecerá até 5,6 mil litros de água por segundo. A obra é fruto de consórcio entre a Caesb e a Saneamento de Goiás S.A. (Saneago). O orçamento é de R$ 540 milhões, metade para cada unidade da Federação. A quantidade de água captada também é dividida meio a meio entre DF e Goiás: 1,4 mil litros por segundo para cada um na primeira entrega, prevista para dezembro de 2018, e 2,8 mil posteriormente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Outra intervenção é o Subsistema Produtor de Água do Bananal, próximo à saída da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia). Prevista para se iniciar até o fim de outubro, a captação significa um reforço de 726 litros por segundo para o Sistema de Produção Santa Maria-Torto. O investimento é de R$ 20 milhões, do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, do Banco do Brasil. Cerca de 170 mil pessoas serão beneficiadas com as intervenções, que incluem captação no Ribeirão Bananal e bombeamento para a Estação de Tratamento de Água de Brasília. Edição: Vannildo Mendes
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São Paulo empresta ao DF equipamentos para ajudar no combate à crise hídrica
O governo de São Paulo emprestou ao Distrito Federal equipamentos que vão ajudar as autoridades locais no combate à crise hídrica. Assinatura do acordo de empréstimo ocorreu nesta quarta-feira (26), no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo (SP). Foto: Ciete Silvério/A2img O acordo foi consolidado em solenidade no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, na noite desta quarta-feira (26), entre os governadores de Brasília, Rodrigo Rollemberg, e de São Paulo, Geraldo Alckmin. “Com o empréstimo dessas peças, vamos poder fazer a interligação dos sistemas e, com isso, atender uma grande parte da população, atenuando os efeitos da crise hídrica já no final de setembro”, destacou Rollemberg. As três válvulas e instrumentos de controle de pressão cedidos a Brasília vão possibilitar a transferência de água do reservatório do Sistema Santa Maria-Torto para o Sistema Descoberto. [Olho texto='”Com o empréstimo dessas peças, vamos poder fazer a interligação dos sistemas e, com isso, atender uma grande parte da população, atenuando os efeitos da crise hídrica já no final de setembro”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”] As intervenções estão previstas para começar em 30 de julho no Reservatório 2 do Plano Piloto, no Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek. Atualmente, uma adutora da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) é capaz de levar água do Descoberto para Santa Maria. Com a adaptação na rede, será possível fazer o movimento inverso. “Por uma questão geográfica, o subsistema do Bananal e a captação emergencial do Lago Paranoá reforçarão o Sistema Santa Maria-Torto. A água excedente dele poderá ser transportada para abastecer a parte baixa do Descoberto”, explicou o presidente da Caesb, Maurício Luduvice. Já existe pregão eletrônico em andamento para a compra das peças necessárias para fazer tais adaptações, mas a indústria pediu um prazo de até 90 dias para entregá-las. “As peças emprestadas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) nos farão ganhar um tempo considerável”, disse Luduvice, que ressaltou que elas serão devolvidas logo após a chegada das novas. A Caesb deve enviar um caminhão a São Paulo para buscá-las ainda nesta semana. Leia o pronunciamento do governador Rodrigo Rollemberg sobre o empréstimo de equipamentos de SP para ajudar no combate à crise hídrica do DF. Edição: Paula Oliveira
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Estradas rurais são recuperadas na Bacia do Descoberto
Uma das medidas de enfrentamento da crise hídrica no Distrito Federal é a melhoria da infraestrutura das estradas rurais na área do Alto Descoberto. Para isso, estão sendo construídas bacias de contenção na região da Chapadinha, em Brazlândia, para armazenar água da chuva e evitar o assoreamento. Obras de infraestrutura viária na região do Descoberto têm efeitos no combate à crise hídrica. Foto: Tony Winston/Agência Brasília Popularmente chamadas de barraginhas, as bacias servem de barreiras para conter o transporte de sedimentos, como pedras, gravetos e resíduos de solo soltos, para as nascentes. Desde o início das obras, há três semanas, foram feitas 48 bacias. Dessas, 40 já foram georreferenciadas, o que permitirá que a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural acompanhe a manutenção das estruturas. As barraginhas favorecem a infiltração hídrica lenta e contínua. “A água retida é ofertada aos poucos ao solo e abastece o lençol freático da bacia”, explica o subsecretário de Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Hercílio Matos. [Olho texto='”A água retida é ofertada aos poucos ao solo e abastece o lençol freático da bacia”‘ assinatura=”Hercílio Matos, subsecretário de Abastecimento e Desenvolvimento Rural” esquerda_direita_centro=”esquerda”] As intervenções da pasta da Agricultura incluem serviços de terraplanagem das vias e criação de ondulações — chamadas de peito-de-pombo. A compactação do solo já foi feita em 3,5 quilômetros na bacia, como forma de evitar o desprendimento de pedras e outros resíduos da estrada. Nesse trecho, foram implementadas 13 elevações na pista. Isso permite a redução da velocidade da água da chuva que escoa para o reservatório. As obras são feitas por servidores da secretaria, com maquinário e material da pasta. Por isso, não geram custo extra ao governo de Brasília. Outras obras para enfrentamento da crise hídrica A previsão é que o Núcleo Rural Capão da Onça, também em Brazlândia, seja a próxima área a ter adequação das estradas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Além das adaptações nas vias, o governo de Brasília trabalha na recuperação de canais de irrigação da Bacia do Alto Descoberto, como os dos Córregos Cristal e Guariroba. O Canal do Rodeador também passou por melhorias em caráter emergencial. Outra frente de ação é a substituição de sistema de irrigação de aspersão por microaspersão ou gotejamento. Pelo menos 800 irrigantes da região serão conscientizados para a troca de tecnologia e, com isso, ajudar na economia de água. Edição: Vannildo Mendes
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Desobstruções de áreas públicas ajudam na preservação do meio ambiente
O combate à ocupação irregular do solo no Distrito Federal é uma das principais ferramentas do governo de Brasília para manter a organização do território. Em janeiro, ação na região rural de Brazlândia desobstruiu área pública ocupada às margens do Canal do Rodeador, que abastece a Barragem do Descoberto. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília – 25.1.2017 Além de proteger terras públicas da cobiça de grileiros, as ações lideradas pela Agência de Fiscalização (Agefis) são importantes para a preservação do meio ambiente. Dos quase 20 milhões de metros quadrados desocupados pela autarquia em 2016 e no primeiro quadrimestre de 2017, boa parte refere-se a áreas de proteção permanente ou ambiental. O trabalho de remover edificações evitou a extinção de matas nativas, o assoreamento de rios, a erosão de encostas e outros problemas causados por construções clandestinas em unidades de conservação. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A mais recente operação da Agefis que contribui para manter o ecossistema em equilíbrio ocorreu em Brazlândia, próximo ao Incra. Algumas edificações derrubadas pelos fiscais ficavam a menos de 15 metros do Canal do Rodeador, que abastece a Barragem do Descoberto. Além de desmatar a vegetação em volta da bacia, o desvio de água contribuía para o agravamento da crise hídrica no DF. O trabalho começou em 25 de janeiro e resultou, só no primeiro dia, em cerca de 20 mil metros quadrados de terras devolvidas ao Estado. No local só se permitem propriedades que desenvolvem atividades rurais, que não são alvo da ação. Operação em parque e reserva do Guará Já no Parque Ecológico Ezequias Heringer e na Reserva Biológica, ambos no Guará, a fiscalização desobstruiu 5,1 milhões de metros quadrados, onde chacareiros ergueram cercas e construções de madeirite e de alvenaria. [Numeralha titulo_grande=”5,1 milhões” texto=”Quantidade, em metros quadrados, de área desobstruída no Parque Ecológico Ezequias Heringer e na Reserva Biológica do Guará” esquerda_direita_centro=”direita”] Os dois são protegidos por lei há mais de duas décadas e se encontravam em avançado estado de desmatamento de vegetação. Além disso, as instalações erguidas irregularmente deixaram poluído o Córrego do Guará, afluente do Lago Paranoá. Em novembro de 2011, uma operação comandada pela Agefis no Condomínio Mansões Bougainville, na DF-440, em Sobradinho, derrubou 19 edificações em alvenaria, soterrou quatro fossas e uma cisterna, retirou 350 metros lineares de cercas, desligou 18 pontos de energia clandestinos e fez 12 mudanças de pertences dos invasores. O local fica em área de proteção permanente e abriga nascentes, mananciais e espécies da fauna e da flora típicas do Cerrado. Edição: Paula Oliveira
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Canal do Rodeador começa a ser recuperado em caráter emergencial
Um trecho de 30 metros do canal do Rodeador, em Brazlândia, começou a ser recuperado nesta terça-feira (11). Ele é o principal braço de irrigação da área, responsável pelo abastecimento de cerca de cem propriedades rurais. A colocação de manilhas tem o objetivo de aumentar a disponibilidade hídrica, uma vez que reduz a perda de água por infiltração. Um trecho de 30 metros do canal do Rodeador, em Brazlândia, começou a ser recuperado nesta terça-feira (11). Foto: Tony Winston/Agência Brasília O projeto foi elaborado pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). A tubulação foi cedida pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), e o maquinário, pela pasta da Agricultura. A intervenção ocorre em caráter emergencial, com base em um pedido da comunidade. Em mutirão de manutenção do canal, os agricultores perceberam que parte da água infiltrava na terra e não chegava até as propriedades. “[A água] estava saindo a uns 60 metros abaixo do canal, em uma grota”, explica o assessor técnico da Emater Edvan Sousa Ribeiro. Ação rápida para minimizar os impactos da perda hídrica A obra tem de ser feita no dia em que o canal fica fechado, em virtude do racionamento. Não há custos adicionais para executá-la, uma vez que materiais e equipamentos foram obtidos por meio de parceria com os diversos órgãos do governo de Brasília. Outros três pontos serão revitalizados nessa condição. Eles somam 1 quilômetro de extensão. [Olho texto=”A recuperação dos 32 quilômetros do canal do Rodeador está prevista no conjunto de ações para enfrentamento da crise hídrica na área rural, anunciado em janeiro deste ano” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A mão de obra fica por conta dos produtores. “Todo ano, mais ou menos nesta época, fazemos a limpeza do canal, capinamos e retiramos obstáculos que podem obstruir a passagem da água”, explica o presidente do Condomínio do Sistema de Irrigação Rodeador, Ricardo Kiyoshi Sassa. Ao notar o problema, a associação acionou a secretaria. “Percebemos que tínhamos que agir rápido. Por isso, reunimos um pessoal para ajudar na colocação das manilhas”, conta o presidente. A recuperação dos 32 quilômetros do canal do Rodeador está prevista no conjunto de ações para enfrentamento da crise hídrica na área rural, anunciado em janeiro deste ano. A obra é de grande porte e, por isso, depende de complementação de recursos pelo governo federal. Quando concluída, a revitalização deve aumentar em 100 litros por segundo a vazão que chega ao Reservatório do Descoberto. Desde fevereiro, o governo tem feito a recuperação de canais de irrigação na região da Bacia do Alto Descoberto. A ação começou pelo Córrego Guariroba, um dos afluentes do Ribeirão Rodeador. Em seguida, nova frente de trabalho foi aberta no canal do Córrego Cristal, também em Brazlândia. Edição: Paula Oliveira
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Corumbá 4 está previsto para fornecer água ao DF a partir de 2018
O Sistema Produtor Corumbá 4, próximo a Luziânia (GO), começará a fornecer água até o fim de 2018. Durante vistoria às obras, na manhã desta sexta-feira (31), o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, projetou para setembro do ano que vem o início dos testes para distribuição. Com 65% das obras executadas, Sistema Produtor de Água Corumbá 4 vai beneficiar cerca de 1,3 milhão de moradores do DF e de Goiás. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília Trata-se de um projeto estratégico para assegurar o provimento de água para as gerações futuras. “Com fornecimento de até 5,6 mil litros por segundo, essa obra entra no sistema de captação e distribuição que vai ampliar em 70% a capacidade de abastecimento do DF”, destacou Rollemberg. A fase de licitação começou em 2009, e os trabalhos, dois anos depois. Em 2013, a gestão passada paralisou a obra. “Logo no início de 2015, preocupados com o crescimento populacional e a gestão hídrica de Brasília, recebemos recursos federais e retomamos o serviço imediatamente”, lembrou o governador. A construção, em parceria com o governo de Goiás, está orçada em cerca de R$ 540 milhões — divididos de forma igualitária — e vai abastecer 1,3 milhão de pessoas nas duas unidades federativas. No DF, moradores do Gama, de Santa Maria e do Recanto das Emas serão beneficiados. No estado vizinho, o público abastecido será o da Cidade Ocidental, de Luziânia, do Novo Gama e de Valparaíso. Responsabilidades de cada unidade federativa no Sistema Produtor Corumbá 4 Compete à companhia de saneamento de Goiás, a Saneago, a captação hídrica e a construção de 15 quilômetros da adutora. Outros 15 quilômetros são de responsabilidade da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), bem como a estação de tratamento. “Posteriormente, cada uma cuidará de construir uma estação elevatória e uma adutora para levar a água até suas regiões”, explicou o presidente da empresa pública, Maurício Luduvice. [Olho texto=”O sistema envolve a captação do Lago de Corumbá e o tratamento em Valparaíso (GO). Depois, a água será bombeada para o DF e o Entorno” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Dividida em etapas, a obra está 65% executada. O sistema envolve a captação de água do Lago de Corumbá, que será encaminhada para tratamento em Valparaíso (GO). Depois, a água será bombeada para o DF e o Entorno. As intervenções sob responsabilidade de Goiás estão interrompidas após recomendação do Ministério Público Federal (MPF), que investiga ilícitos em contratos e licitações da estatal goiana. No entanto, já há encaminhamento para solução do problema. O diretor de Produção da Saneago, Marco Túlio de Moura, informou que o Ministério das Cidades está com o parecer sobre a retomada do serviço por parte de Goiás. “O estado ainda não teve acesso ao documento, mas a tendência é que seja favorável para a imediata volta ao trabalho.” Outras obras para melhorar a captação de água no DF As obras do Subsistema do Bananal, no Parque Nacional de Brasília, atingiram 18% de execução na semana passada. A projeção é beneficiar cerca de 170 mil habitantes com a estrutura, na qual estão sendo investidos R$ 20 milhões. De acordo com o projeto, o subsistema se integra ao Santa Maria-Torto para reforçar o abastecimento em 11 regiões administrativas. As intervenções da primeira grande obra de captação de água no DF desde a Bacia do Pipiripau, há 16 anos, começaram em novembro de 2016. A água será captada do Ribeirão Bananal e injetada na tubulação adutora que conduz água do Lago de Santa Maria à Estação de Tratamento de Água de Brasília. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A Caesb tem também um projeto, já licitado, para captar, armazenar, tratar e distribuir água do Lago Paranoá. As obras aguardam apenas a liberação de recursos federais (cerca de R$ 480 milhões). Pelos próximos 40 anos, serão atendidas 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no Tororó, nos condomínios Jardim ABC, Jardim Botânico e Alphaville e em Sobradinho. Além disso, foi aberto nesta sexta-feira (31) o pregão eletrônico para a captação emergencial no Lago Paranoá, com a qual o Descoberto vai receber reforço de 700 litros por segundo. Leia o pronunciamento do governador durante a vistoria às obras do Subsistema Produtor de Água Corumbá 4. Edição: Marina Mercante
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Aberta licitação para captar água do Lago Paranoá
Foi aberto nesta sexta-feira (31) o pregão eletrônico para aquisição, instalação e operação assistida do Subsistema Produtor do Lago Norte, que vai captar água de forma emergencial no Lago Paranoá. A licitação ocorre pelo Portal de Compras do Governo Federal. Captação emergencial de água no Lago Paranoá teve pregão eletrônico aberto nesta sexta-feira (31). Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília – 15.3.2017 Com a obra, o Descoberto vai receber reforço de 700 litros por segundo. O valor estimado da concorrência pública é de R$ 49.437.958 — parte dos R$ 55 milhões liberados pelo Ministério da Integração Nacional. “A captação emergencial do Lago Paranoá deve ficar pronta na mesma época do Bananal. Juntos, eles vão reforçar tanto Descoberto quanto Santa Maria”, explica o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Maurício Luduvice. A água será captada no braço do Torto, no Lago Paranoá. A estrutura vai ficar na ML 4, no Setor de Mansões do Lago Norte. Trata-se de uma estação de tratamento de água compacta, com membranas de ultrafiltração, uma das mais modernas tecnologias para tratar água. Depois de tratada, a água vai para dois reservatórios: um no Lago Norte e um no Paranoá. Os locais abastecidos serão Asa Norte, Itapoã, Lago Norte, Paranoá, parte de Sobradinho II e Taquari. Atualmente, o fornecimento para essas regiões é feito pelo Sistema Santa Maria-Torto. Bombeamento de água diminui demanda do Descoberto Com a captação emergencial no Lago Paranoá, a água do Sistema Produtor Santa Maria-Torto que ia para o Lago Norte e o Paranoá passa a seguir para outros dois reservatórios — um no Parque da Cidade e outro no Cruzeiro. O bombeamento desses dois pontos vai atender Águas Claras (zona média e zona baixa), Candangolândia, Colônia Agrícola Águas Claras, Guará I, Guará II, Lucio Costa, Núcleo Bandeirante e Setor de Mansões Park Way Quadras 1 a 5. Hoje, todas essas regiões são abastecidas pelo Sistema Produtor do Descoberto. Outras obras para melhorar a captação de água no DF Além das obras do Bananal e as de captação emergencial do Lago Paranoá, a Caesb tem ainda um projeto, já licitado, para captar, armazenar, tratar e distribuir água de forma definitiva no Lago Paranoá. As obras aguardam a liberação de recursos federais (cerca de R$ 480 milhões). Pelos próximos 40 anos, serão atendidas 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no Tororó, nos Condomínios Jardim ABC, Jardim Botânico e Alphaville e em Sobradinho. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Outro empreendimento em curso é o Sistema Produtor Corumbá 4, próximo a Luziânia (GO). Em parceria com o governo de Goiás, a construção, orçada em cerca de R$ 540 milhões, deve abastecer 1,3 milhão de pessoas nas duas unidades federativas. As intervenções sob responsabilidade de Goiás, porém, estão interrompidas após recomendação do Ministério Público Federal, que investiga ilícitos em contratos e licitações da estatal goiana. Edição: Raquel Flores
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Questão hídrica no DF é tema de exposição fotográfica da Adasa
Para comemorar a Semana da Água e o Dia Mundial da Água (22 de março), a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa) inaugura nesta terça-feira (21) uma exposição fotográfica no Alameda Shopping, em Taguatinga. Exposição fotográfica é parte das comemorações da Semana da Água e pode ser visitada até a sexta-feira (24). Foto: Dênio Simões/Agência Brasília A mostra traz 28 imagens do arquivo da Agência Brasília, fruto de reportagens nos Reservatórios do Descoberto e de Santa Maria e registros em eventos e projetos ligados à preservação do recurso hídrico no Distrito Federal. As fotografias foram ampliadas pelo centro comercial e podem ser vistas na praça central até sexta-feira (24), das 9 às 21 horas. Assinam os registros os fotógrafos Andre Borges, Dênio Simões, Gabriel Jabur, Mary Leal, Nilson Carvalho, Pedro Ventura, Renato Araújo, Toninho Tavares e Tony Winston. A equipe da Assessoria de Comunicação e Imprensa da Adasa também colaborou com o acervo. [Olho texto=”O objetivo da programação é conscientizar a população sobre o desperdício de um bem vital para o futuro do planeta” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Algumas imagens, segundo Nilson Carvalho, coordenador de Fotografia da Agência Brasília, permitem comparar os reservatórios antes e depois da redução nos níveis de água. A exposição é uma forma de mostrar que o governo acompanha de perto a grave situação hídrica de Brasília. Programação inclui palestra sobre uso racional da água De acordo com o superintendente substituto de Planejamento e Programas Especiais da Adasa, Laerte Brito, estão previstas várias ações nesta semana. A ideia é mostrar à população o trabalho da agência reguladora. Uma das atividades é a palestra conjunta, a ser dada nesta quarta-feira (22), a partir das 16 horas, pela pedagoga Fabiana Fernandes Xavier de Lima, pela sanitarista Núbia Patrícia Freitas Maia e pela reguladora de Serviços Públicos Cássia Helena Suares Van Den Beusch, da Adasa. [Numeralha titulo_grande=”28 imagens” texto=”Acervo fotográfico em exposição na praça central do Alameda Shopping” esquerda_direita_centro=”direita”] Elas vão debater os usos e o futuro da água em Brasília, além do papel da instituição na regulação e na fiscalização do setor. Na quarta e na sexta-feira, das 9 às 16 horas, o Adasa Móvel fica no estacionamento do centro comercial. “Adaptado com informações sobre as mais diversas atividades desempenhadas pela agência, a instalação tem o objetivo de informar a população acerca dos recursos hídricos no DF”, explica Fabiana. A especialista ainda ressalta a importância de sensibilizar os brasilienses quanto às necessárias mudanças de hábito no uso racional da água, com informação de qualidade levada à sociedade. O objetivo da programação é conscientizar a população sobre o desperdício de um bem vital para o futuro do planeta. “Esse é o momento em que a população vai ter oportunidade de conhecer mais sobre a situação que estamos vivendo”, acredita o gerente de Marketing do Alameda Shopping, Bruno Prudente. Exposição da Adasa em comemoração ao Dia Internacional da Água Na Praça Central do Alameda Shopping — CSB 2 Lotes 1 a 4 — Avenida Comercial (Taguatinga Sul) De 21 a 24 de março Das 9 às 21 horas No Dia Internacional da Água (22), haverá uma palestra às 16 horas Entrada franca Edição: Raquel Flores
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Adasa estabelece critérios para alocação negociada de água em mananciais
Com o objetivo de garantir o abastecimento hídrico a irrigantes e demais usuários do sistema, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) apresentou as diretrizes para a [tooltip title=”Alocação Negociada de Água é quando os usuários diretamente envolvidos ajudam a decidir sobre a divisão da água disponível, para atender da melhor forma possível cada tipo de uso” placement=”bottom”] alocação negociada de água [/tooltip]. Pivô-central na zona rural de Brasília. Foto: Tony Winston/Agência Brasília – 19.8.2016 A Resolução nº 4, publicada nesta terça-feira (21) no Diário Oficial do Distrito Federal, estabelece a participação da comunidade na elaboração dos critérios para o uso da água, em especial durante o período de estiagem. Em anos anteriores, três bacias aplicaram a alocação negociada de água: a do Pipiripau, em Planaltina; a do Extrema, no Paranoá; e a do Descoberto, em Brazlândia. A medida define a quantidade retirada dos cursos hídricos e o período de captação para a atividade econômica. [Olho texto='”Nós apresentamos os dados e incentivamos que os usuários façam propostas para que todos tenham acesso à água”‘ assinatura=”Rafael Mello, superintendente de Recursos Hídricos da Adasa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Por esse mecanismo, o órgão regulador e a população chegam a um entendimento comum e apresentam soluções conjuntas para a questão. Para isso, a agência apresenta, ao fim do período chuvoso, dados sobre o volume acumulado de precipitações e a quantidade de água disponível na bacia para a seca. O bom senso deve nortear o acordo. “Nós apresentamos os dados e incentivamos que os usuários façam propostas para que todos tenham acesso à água”, explica o superintendente de Recursos Hídricos da Adasa, Rafael Mello. A expectativa é que em maio ocorram as primeiras reuniões entre representantes do órgão e irrigantes nas bacias em estado crítico. A resolução permite também que outras bacias nessa situação implementem a alocação negociada. A ação não implica custos extras para o Executivo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Edição: Vannildo Mendes
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Canal de irrigação no Córrego Cristal é revitalizado
Uma faixa de 2 quilômetros do canal de irrigação do Córrego Cristal, na Bacia do Descoberto, está em obras para a colocação de tubos e caixas de distribuição de água. Esse é o segundo ramal na região a sofrer intervenção para evitar a perda hídrica por infiltração e evapotranspiração. A medida é uma das frentes de ação do governo de Brasília para assegurar o abastecimento de água à população do Distrito Federal, em especial no próximo período de estiagem. Trecho de 2 quilômetros do Córrego Cristal passa a correr em tubulação, reduzindo a perda de água. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília Do total, 1 quilômetro de tubulação já foi feito com o objetivo de aumentar a quantidade de água disponível para os produtores locais de hortaliças. Com isso, espera-se beneficiar 15 propriedades. Outro efeito aguardado é a ampliação do volume de água que chega à Barragem do Descoberto, uma vez que o Cristal é um dos afluentes do Ribeirão Rodeador, tributário do reservatório. Para isso, estão sendo instalados tubos de 300 milímetros na saída e de 150 milímetros ao fim do ramal. Com a diferença de proporção, mantém-se a vazão ao longo do trajeto e garante-se o atendimento igualitário de todos os usuários do canal. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O trabalho é semelhante ao feito no Córrego Guariroba, também na Bacia do Descoberto. O trecho do Guariroba, no entanto, é um pouco mais extenso — 2,37 quilômetros — e abastece propriedades rurais maiores que o Cristal. A revitalização feita ali já surte efeitos no Descoberto, de acordo com o subsecretário de Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Hercílio Matos. “Avaliamos que houve ganhos de água para o reservatório. Ainda não precisamos o volume, mas já é visível que ela tem chegado em maior quantidade”, afirma Matos. [Olho texto='”Ainda não precisamos o volume, mas já é visível que ela (a água) tem chegado em maior quantidade (no Descoberto)”‘ assinatura=”Hercílio Matos, subsecretário de Abastecimento e Desenvolvimento Rural” esquerda_direita_centro=”direita”] Ao fim da recuperação dos sete canais, espera-se um incremento de 126 litros por segundo à barragem. “É o equivalente para abastecimento de uma cidade de 300 mil habitantes”, compara o subsecretário. A recuperação dos sete canais de irrigação está orçada em R$ 1,3 milhão, conforme plano para enfrentamento da crise divulgado em 23 de janeiro. A compra dos canos foi feita pela pasta da Agricultura, com cessão de maquinário da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e acompanhamento técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). Edição: Raquel Flores
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Licitação para captação emergencial no Lago Paranoá será aberta em 31 de março
A Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) vai abrir pregão eletrônico para aquisição, instalação, comissionamento e operação assistida do sistema que vai captar água de forma emergencial no Lago Paranoá. A licitação será em 31 de março, a partir das 9 horas, pelo site www.comprasnet.gov.br. O valor estimado do certame é de R$ 49.437.958, como publicado no Diário Oficial do DF. O recurso é oriundo da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), ligada ao Ministério da Integração Nacional. O governo federal liberou, ao todo, R$ 55 milhões para as obras, que vão ocorrer no Setor de Mansões do Lago Norte. [Olho texto='”(O sistema) é uma garantia de aumento da capacidade de captação em período de seca”‘ assinatura=”Maurício Luduvice, presidente da Caesb” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segundo o presidente da Caesb, Maurício Luduvice, o aporte do governo federal será fundamental para enfrentar o período de seca. “Vamos captar a água no Lago Paranoá, injetá-la no Santa Maria/Torto, e os 700 litros por segundo excedentes serão transferidos para o Descoberto”, explica. “É uma garantia de aumento da capacidade de captação em período de seca.” A contar da data do pregão, o prazo é de 240 dias para execução dos trabalhos. A vigência do contrato é de 300 dias. Estrutura captará 700 litros de água por segundo A intervenção consiste em instalar uma estrutura flutuante no lado norte do lago. Ela vai distribuir até 700 litros de água por segundo, por meio de seis tanques, para regiões administrativas atendidas pela Barragem do Descoberto. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O plano do Executivo para enfrentamento imediato da crise hídrica contempla também um sistema de bombeamento nas proximidades do Parque da Cidade, o que permitirá a algumas localidades abastecidas pelo Descoberto receber água do Reservatório de Santa Maria, reduzindo a demanda da primeira. São elas Guará I e II, Lucio Costa, Colônia Agrícola Águas Claras, Quadras de 1 a 5 do Setor de Mansões Park Way, Candangolândia, Núcleo Bandeirante e algumas quadras de Águas Claras. Edição: Vannildo Mendes
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Adasa vistoria propriedades rurais em toda a Bacia do Descoberto
Para assegurar o abastecimento de água durante o ano, em especial no período de estiagem, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) tem feito visitas regulares a propriedades rurais na região da Bacia do Descoberto. O objetivo é orientar a população quanto ao uso racional do recurso e verificar a captação em córregos que abastecem o reservatório. A Adasa tem feito visitas regulares a propriedades rurais na região da Bacia do Descoberto. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília As vistorias avaliam se o agricultor tem autorização para fazer a retirada de água dos mananciais e, caso não tenha a outorga de direito de uso, o órgão dá encaminhamento a procedimentos administrativos. A prioridade é garantir a segurança hídrica da população do DF. Na primeira etapa desse processo são feitas as notificações dos produtores que estão em situação irregular na Adasa. Uma vez notificados, eles têm dez dias para apresentar recurso e retirar a estrutura de captação irregular. Cumprido o prazo, técnicos da autarquia, em parceria com servidores da Agência de Fiscalização do DF (Agefis), da Polícia Militar e do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), retornam à propriedade para verificar o cumprimento da determinação. [Olho texto=”Prioridade é garantir a segurança hídrica da população. Propriedades notificadas têm dez dias para retirar estrutura de captação irregular de água” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Caso ela não tenha sido atendida, é feita a lacração das bombas. A medida só não é aplicada se o usuário comprovar que faz a retirada para consumo humano ou dessedentação animal. Nas visitas feitas na quarta-feira (8), na área do Incra 9, em Brazlândia, as equipes fizeram a lacração de uma bomba por constatarem que a retirada de água não se destinava ao abastecimento dos moradores. Esse uso estava garantido por meio de poço artesiano na propriedade. Em outra situação, também na região do reservatório, as equipes verificaram que a captação, ainda que não autorizada, se destinava ao uso doméstico. “Não lacramos porque a água do córrego abastece duas caixas d’água”, explica o fiscal da Superintendência de Recursos Hídricos da Adasa Rodrigo Marques. Irrigantes deverão reduzir captação à metade A partir desta quinta-feira (9), os produtores rurais da região do maior reservatório do DF deverão diminuir em 50% o volume de água retirada de afluentes da barragem. A medida foi estabelecida pela Resolução Conjunta nº 1, publicada no DODF de terça-feira (7), uma vez que o Descoberto não atingiu 45,8% de capacidade. Com isso, a autarquia espera um aporte de 5,79 metros cúbicos por segundo à barragem. A expectativa da Adasa é que o volume do reservatório atinja os 45,8% ainda este mês. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Edição: Vannildo Mendes
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Redução da captação de água do Descoberto para irrigantes entra em vigor nesta quinta (9)
Pelo menos 193 produtores rurais e piscicultores na região da Bacia do Descoberto deverão reduzir a captação de água à metade a partir desta quinta-feira (9). Além disso, eles só poderão fazer a retirada das 6 às 9 horas, todos os dias. A medida está prevista pela Resolução Conjunta nº 1, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal dessa terça-feira (7). O objetivo é aumentar o volume de água que chega ao reservatório e, dessa forma, garantir a capacidade de abastecimento durante o ano, em especial no período de estiagem. A ação entra em vigor porque o manancial não atingiu a meta de 45,8% de capacidade. Na medição feita pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa-DF) na manhã desta quarta-feira (8), o Descoberto está em 43,48%. O volume de referência leva em consideração simulações cotidianas feitas pela agência a fim de garantir o abastecimento da população. A redução na retirada de água pelos irrigantes tem o objetivo de aumentar a vazão afluente, ou seja, a quantidade de água que chega ao Descoberto. Com isso, espera-se o aporte de 5,79 metros cúbicos por segundo no reservatório. Com essa medida, a expectativa da Adasa é que o volume da barragem alcance os 45,8% ainda neste mês. No entanto, não é possível estabelecer por quanto tempo vigorará a diminuição da captação, uma vez que ela visa à manutenção da segurança hídrica. A retirada para consumo humano e animal ficam garantidos. Além da diminuição do volume captado por irrigantes, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) também reduziu a vazão retirada, no Descoberto, a 3,5 metros cúbicos por segundo. A regra vigora desde a segunda-feira (6), conforme estabelecido pela Resolução nº 1 da Adasa, de 15 de fevereiro de 2017. Edição: Paula Oliveira
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Saiba o que o governo faz desde 2015 para evitar a crise hídrica
Com o objetivo de conter os efeitos da seca, o governo de Brasília começou ainda no primeiro semestre de 2015 a adotar medidas de segurança hídrica. Recuperar a capacidade de abastecimento do Reservatório do Descoberto e preparar outras fontes de captação são prioridades. Rodízios no fornecimento de água e operações de fiscalização também fazem parte das ações. Em pronunciamento publicado nesta quinta-feira (23) no perfil pessoal e na página oficial do governo nas redes sociais, o chefe do Executivo, Rodrigo Rollemberg, pediu o apoio da população. “A crise da água em Brasília é gravíssima. Os níveis dos reservatórios do Descoberto e de Santa Maria estão muitos baixos para enfrentar a estiagem, que começa em maio”, afirmou. Ele destacou a importância da participação dos brasilienses para a economia dos recursos hídricos. “Tudo que fizermos agora será melhor no final. Se economizarmos, não faltará água no período da seca.” Para superar a escassez, diversas regras de racionalização do consumo de água foram estabelecidas desde o início da gestão (ver infográfico). No mês passado, as regiões abastecidas pelo Descoberto começaram a passar por rodízio no fornecimento, e, a partir de segunda-feira (27), esquema similar valerá nas que são abastecidas por Santa Maria. Também no início do ano, foram retiradas chácaras que desviavam água da Barragem do Descoberto. “As medidas de racionamento e fiscalização são necessárias para garantir a água no período da seca”, enfatizou Rollemberg. Novas obras visam garantir abastecimento de água no DF Para desafogar os reservatórios existentes, o governo de Brasília conta com outras três apostas. Com as obras iniciadas em novembro, o Subsistema do Bananal deverá levar água para 170 mil moradores do Cruzeiro, do Lago Norte e do Plano Piloto a partir de 2017. É a primeira construção do tipo após 16 anos. O subsistema fica próximo ao Parque Nacional de Brasília e terá investimento de R$ 20 milhões. Há também um projeto para a retirada emergencial de água do Lago Paranoá. A medida está orçada em R$ 50 milhões e prevê instalação de uma balsa no espelho d’água para coleta de água e o bombeamento dela de contêineres até uma estação de tratamento. Outra obra em curso é a do Sistema Produtor Corumbá 4, próximo a Luziânia (GO). Em parceria com o governo de Goiás, a construção deve abastecer 1,3 milhão de pessoas nas duas unidades federativas. Porém, as intervenções sob responsabilidade do estado vizinho estão interrompidas após recomendação do Ministério Público Federal (MPF), que investiga ilícitos em contratos e licitações da estatal goiana. Veja outras das principais ações de prevenção à crise hídrica Descoberto Coberto – Ampliação do projeto Descoberto Coberto, com o plantio de mais de 100 mil mudas por parte da Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb). Todas foram plantadas ao redor da área de proteção ambiental (APA) do Descoberto. A Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural também começou a distribuir 330 mil mudas de espécies nativas a produtores por meio do programa Reflorestar. A Barragem do Descoberto é responsável por 65% da produção total de água do DF. Programa Produtor de Água – Ampliação do programa Produtor de Água, que remunera o produtor rural que economizar água. Desde 2015, o investimento total previsto é de R$ 40 milhões para os próximos 10 anos e vem, principalmente, da Caesb. A expectativa é atingir 591 agricultores em toda a Bacia do Pipiripau. Ações de fiscalização – Intensificação das ações da Agência de Fiscalização do DF (Agefis) em ocupações irregulares próximo a mananciais e córregos, como a desobstrução da orla do lago Paranoá, a desocupação do Condomínio Bougainville em Sobradinho e a retomada de área pública no Parque Ezechias Heringer, no Guará. Captação de água do Lago Paranoá – Avanço no projeto de captação de água do Lago Paranoá, com licitação lançada em 2015. As obras aguardam apenas a liberação de recursos federais (cerca de R$ 480 milhões). Pelos próximos 40 anos, serão atendidas 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no Tororó, nos condomínios Jardim ABC, Jardim Botânico e Alphaville e em Sobradinho. Captação do Córrego Crispim – Retomada da captação de água do Córrego Crispim no Gama, em novembro de 2016, permitindo o abastecimento de cerca de 15 mil moradores da região e a consequente redução no consumo da Barragem do Descoberto. Poço de São Sebastião – Autorização para perfurar poços em São Sebastião, na Bacia do Rio São Bartolomeu. Campanhas educativas – Divulgação periódica de campanhas publicitárias de conscientização, feitas em parceria entre a Caesb e a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento (Adasa). Legislação ambiental – Publicação de decreto, em janeiro de 2017, com regras complementares para o funcionamento do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do Programa de Regularização Ambiental de Imóveis Rurais (PRA-DF), que incentiva a recuperação de nascentes e matas ciliares, amenizando as mudanças no clima e protegendo a fauna e a flora. Edição: Marina Mercante
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Caesb divulga cronograma de rodízio em regiões abastecidas pelo Reservatório de Santa Maria
O primeiro ciclo de rodízio no fornecimento de água para as regiões abastecidas pelo Reservatório de Santa Maria começa na segunda-feira (27). Entre os locais que terão o serviço interrompido nessa data estão Lago Norte, Varjão, Granja do Torto e parte dos Condomínios do Jardim Botânico. O cronograma completo (veja abaixo) foi divulgado na manhã desta quarta-feira (22) pela Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb). “Estamos nos adaptando à resolução. Já estamos na metade do período chuvoso, e os reservatórios não chegaram ao nível esperado”, avaliou o presidente da Caesb, Maurício Luduvice. Foto: Tony Winston/Agência Brasília O revezamento funcionará com um dia sem abastecimento (a partir das 8 horas), dois dias para religar e estabilizar o sistema e três de situação normalizada. Será o mesmo método aplicado nas regiões que recebem água da Barragem do Descoberto. Os hospitais públicos e a região da Esplanada dos Ministérios não entram no racionamento. A medida é resultado da limitação na captação de água no Descoberto e em Santa Maria, determinada pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) na segunda-feira (20). [Olho texto=”O revezamento funcionará com um dia sem abastecimento (a partir das 8 horas), dois dias para religar e estabilizar o sistema e três de situação normalizada. Será o mesmo método aplicado nas regiões que recebem água da Barragem do Descoberto” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “Estamos nos adaptando à resolução. Já estamos na metade do período chuvoso, e os reservatórios não chegaram ao nível esperado”, avaliou o presidente da Caesb, Maurício Luduvice. Os reservatórios deveriam estar acima dos 60%, mas segundo medição das 8h30 dessa quarta-feira (22), o de Santa Maria estava com 45%, e o do Descoberto, com 37,6%. Desde 16 de janeiro, as regiões administrativas abastecidas pela Barragem do Descoberto estão no rodízio de fornecimento. Isso porque a situação desse reservatório estava mais crítica e abaixo dos 20% à época. As localidades que agora também entram no ciclo de interrupção do serviço já estavam com a pressão reduzida na distribuição de água. Medidas para combater impacto da seca no DF O rodízio é uma das ações adotadas pelo governo de Brasília para assegurar a segurança hídrica no DF. Há outras, como a cobrança da tarifa de contingência, a restrição no horário para captação por caminhões-pipa e a orientação para estabelecimentos como lava-jatos. Além disso, foi feito acordo com agricultores para restringir o uso de irrigadores e determinada a redução do consumo de água em 10% nos órgãos do governo de Brasília. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O Executivo local trabalha ainda para agilizar obras na área. De maneira emergencial, há um projeto de curto prazo para captar água do Lago Paranoá. O plano já foi entregue ao Ministério da Integração Nacional e aguarda liberação de recursos. Outras intervenções são as obras na represa do Bananal e a construção de sistema de captação e distribuição na Barragem Corumbá 4. Primeiro ciclo do rodízio no fornecimento de água para regiões abastecidas pelo Reservatório de Santa Maria O revezamento funcionará com um dia sem abastecimento (a partir das 8 horas), dois dias para religar e estabilizar o sistema e três de situação normalizada. 27 de fevereiro (segunda-feira) Interrupção: Lago Norte (SHIN e SMILIN, exceto Lotes de 1 a 13 do Trecho 13), Varjão, Granja do Torto, Saan, SOF Norte, Regimento de Cavalaria e Guarda (RCG) e condomínios do Jardim Botânico (San Diego, Jardim Botânico I e V, Solar de Brasília, Jardins do Lago, Condomínio Lago Sul, Mansões Califórnia, Estância Jardim Botânico, Mirante das Paineiras, Parque e Jardim das Paineiras, Portal do Lago Sul e Ville de Montagne) 28 de fevereiro (terça-feira) Interrupção: Asa Norte e Noroeste Religação e estabilização: Lago Norte (SHIN e SMILIN, exceto Lotes de 1 a 13 do Trecho 13), Varjão, Granja do Torto, Saan, SOF Norte, Regimento de Cavalaria e Guarda (RCG) e condomínios do Jardim Botânico (San Diego, Jardim Botânico I e V, Solar de Brasília, Jardins do Lago, Condomínio Lago Sul, Mansões Califórnia, Estância Jardim Botânico, Mirante das Paineiras, Parque e Jardim das Paineiras, Portal do Lago Sul e Ville de Montagne) 1º de março (quarta-feira) Interrupção: Lago Sul (QLs 10 a 28, QIs 17 a 29 e QI 13, Conjuntos 1 a 3), Setor de Mansões Dom Bosco, Setor Habitacional Dom Bosco, Condomínio Privê Morada Sul, Paranoá, Itapoã, Lago Norte (apenas SMILIN, Trecho 13, Lotes de 1 a 13), Taquari, Condomínio RK, Império dos Nobres Religação e estabilização: Asa Norte, Noroeste, Lago Norte (SHIN e SMILIN, exceto Lotes de 1 a 13 do Trecho 13), Varjão, Granja do Torto, Saan, SOF Norte, Regimento de Cavalaria e Guarda (RCG) e condomínios do Jardim Botânico (San Diego, Jardim Botânico I e V, Solar de Brasília, Jardins do Lago, Condomínio Lago Sul, Mansões Califórnia, Estância Jardim Botânico, Mirante das Paineiras, Parque e Jardim das Paineiras, Portal do Lago Sul e Ville de Montagne) 2 de março (quinta-feira) Interrupção: Asa Sul, Lago Sul (QLs 2 a 8, QIs 1 a 15, exceto QI 13, Conjuntos de 1 a 3) e Jardins Mangueiral Religação e estabilização: Asa Norte, Noroeste, Lago Sul (QLs 10 a 28, QIs 17 a 29 e QI 13, Conjuntos 1 a 3), Setor de Mansões Dom Bosco, Setor Habitacional Dom Bosco, Condomínio Privê Morada Sul, Paranoá, Itapoã, Lago Norte (SMILIN, Trecho 13, lotes de 1 a 13), Taquari, Condomínio RK, Império dos Nobres 3 de março (sexta-feira) Interrupção: Sudoeste, Octogonal, Cruzeiro Novo, Setor de Indústrias Gráficas, Setor de Garagens Oficiais, Praça Municipal, Setor de Administração Municipal, Setor de Divulgação Cultural, Esplanada da Torre, Setor de Recreação Pública Norte e condomínios do Jardim Botânico (Jardim Botânico III e IV, Quintas do Sol, Quintas Bela Vista, Quintas Interlagos, Morada de Deus, Quatro Estações, Máxximo Garden, Belvedere Green, Chácaras Itaipú (exceto 80 a 84), Quintas Itaipu, Jardim da Serra e Solar da Serra) Religação e estabilização: Asa Sul, Lago Sul, Jardins Mangueiral, Setor de Mansões Dom Bosco, Setor Habitacional Dom Bosco, Condomínio Privê Morada Sul, Paranoá, Itapoã, Lago Norte (SMILIN, Trecho 13, Lotes de 1 a 13), Taquari, Condomínio RK, Império dos Nobres 4 de março (sábado) Interrupção: Estrutural, Cruzeiro Velho, Park Sul, SOF Sul, Setor Militar Urbano, SIA, Scia, STRC, SIN, SGCV, SMAS, SPO e Condomínios do Jardim Botânico (Verde, Chácaras Itaipu (de 80 a 84) e Ouro Vermelho I e II) Religação e estabilização: Asa Sul, Lago Sul (QLs 2 a 8, QIs 1 a 15, exceto QI 13, Conjuntos de 1 a 3), Jardins Mangueiral, Sudoeste, Octogonal, Cruzeiro Novo, Setor de Indústrias Gráficas, Setor de Garagens Oficiais, Praça Municipal, Setor de Administração Municipal, Setor de Divulgação Cultural, Esplanada da Torre, Setor de Recreação Pública Norte e condomínios do Jardim Botânico (Jardim Botânico III e IV, Quintas do Sol, Quintas Bela Vista, Quintas Interlagos, Morada de Deus, Quatro Estações, Máxximo Garden, Belvedere Green, Chácaras Itaipu (exceto 80 a 84), Quintas Itaipu, Jardim da Serra e Solar da Serra) 5 de março (domingo) Interrupção: Lago Norte (SHIN e SMILIN, exceto Lotes de 1 a 13 do Trecho 13), Varjão, Granja do Torto, Saan, SOF Norte, Regimento de Cavalaria e Guarda-RCG e condomínios do Jardim Botânico (San Diego, Jardim Botânico I e V, Solar de Brasília, Jardins do Lago, Condomínio Lago Sul, Mansões Califórnia, Estância Jardim Botânico, Mirante das Paineiras, Parque e Jardim das Paineiras, Portal do Lago Sul e Ville de Montagne) Religação e estabilização: Estrutural, Cruzeiro Velho, Park Sul, SOF Sul, Setor Militar Urbano, SIA, Scia, STRC, SIN, SGCV, SMAS, SPO e condomínios do Jardim Botânico (Verde, Chácaras Itaipu (de 80 a 84) e Ouro Vermelho I e II), Sudoeste, Octogonal, Cruzeiro Novo, Setor de Indústrias Gráficas, Setor de Garagens Oficiais, Praça Municipal, Setor de Administração Municipal, Setor de Divulgação Cultural, Esplanada da Torre, Setor de Recreação Pública Norte e Condomínios do Jardim Botânico (Jardim Botânico III e IV, Quintas do Sol, Quintas Bela Vista, Quintas Interlagos, Morada de Deus, Quatro Estações, Máxximo Garden Belvedere Green, Chácaras Itaipu (exceto 80 a 84), Quintas Itaipu, Jardim da Serra e Solar da Serra) Edição: Raquel Flores
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Rodízio de água nas regiões abastecidas pelo reservatório de Santa Maria começa na segunda (27)
Regiões abastecidas pelo Reservatório de Santa Maria, responsável pelo fornecimento de água de 24% da população de Brasília, passarão por rodízio a partir de segunda-feira (27). A medida é resultado da necessidade de limitação na captação de água no Descoberto e em Santa Maria, determinada pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) na segunda-feira (20). Serão atingidas com o revezamento Asa Norte, Asa Sul, Cruzeiro, Estrutural, Octogonal, Sudoeste, Lago Norte, Lago Sul, Noroeste, Jardim Botânico, Paranoá, Itapoã, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e Varjão, além do SOF Sul, Condomínio Park Sul Prime Residence e Living Superquadra Park Sul. As localidades já estavam com a pressão reduzida, mas terão que adotar a decisão do governo para assegurar a segurança hídrica no DF. De acordo com a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), o cronograma será divulgado nesta semana. O baixo nível dos reservatórios, que deveriam estar acima dos 60% de capacidade, justifica a decisão. Às 7h30 desta terça-feira (21), o de Santa Maria estava com 45% da sua capacidade, e a Barragem do Rio Descoberto, com 37,7%. O rodízio no fornecimento das regiões abastecidas pelo Descoberto começou em 16 de janeiro e atingiu cerca de 1,8 milhão de pessoas em Águas Claras, na Candangolândia, em Ceilândia, no Gama, no Guará, no Núcleo Bandeirante, no Park Way, no Recanto das Emas, no Riacho Fundo I, no Riacho Fundo II, em Santa Maria, em Samambaia, em Taguatinga e em Vicente Pires. Veja algumas perguntas feitas por cidadãos nas redes sociais do governo de Brasília: Por que só agora essas regiões participarão do rodízio? Os reservatórios do DF são diferentes em tamanho e em capacidade de abastecimento. Embora também apresentasse nível preocupante de água armazenada, o de Santa Maria tem o volume útil em melhor condição que o do Descoberto. Além disso, no primeiro, a retirada de água é muito menor. Em Santa Maria são 350 litros por segundo e, no Descoberto, 3,8 mil litros. O rodízio vai ser ampliado nas regiões que já participam do racionamento? Essa é uma das possibilidades analisadas pela Caesb, mas ainda não há nada definido. O governo busca alternativas para enfrentar a crise hídrica ao mesmo tempo em que promove obras emergenciais para ajudar na superação da escassez de água no DF, como as intervenções da represa do Bananal e a construção de sistema de captação e distribuição na Barragem Corumbá 4. Como está o projeto de captação de água do Lago Paranoá? A Caesb ainda tem um projeto para captar, armazenar, tratar e distribuir água do Lago Paranoá, que está licitado, mas aguarda a liberação de recursos da União para o início das obras. Quando ficar pronto, o Sistema Paranoá atenderá cerca de 600 mil moradores do Paranoá, de São Sebastião, do Lago Norte, de Sobradinho, de Sobradinho II, dos condomínios do Grande Colorado e de Planaltina. Por que algumas regiões, abastecidas pelo Descoberto, estão ficando sem água por mais de 24 horas? O corte de água por 24 horas ocorre a cada seis dias. A normalização do abastecimento poderá demorar um pouco mais em residências e em comércios em áreas mais altas ou onde a pressão na rede de abastecimento é menor. Por isso, a Caesb programa um dia sem água, dois dias de estabilização do sistema e três de abastecimento normal. Se o fornecimento não atender a esse padrão, o consumidor pode pedir a visita de uma equipe da Caesb por meio do telefone 115. O rodízio permanecerá em vigor até que haja segurança hídrica em Brasília. [Relacionadas esquerda_direita_centro=””] Edição: Paula Oliveira
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Captação de água em Santa Maria e no Descoberto poderá ser ainda menor
A escassez de chuvas e a continuidade da crise no DF obrigaram a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) a tomar mais medidas para garantir a segurança hídrica no território. Por meio das Resoluções nº 1 e nº 2, publicadas no Diário Oficial do Distrito Federal desta segunda-feira (20), a estatal limita a captação de água nos Reservatórios do Descoberto e de Santa Maria. O diretor-presidente da Adasa, Paulo Salles. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília “Se as condições não forem favoráveis, podemos diminuir ainda mais [o limite de captação]. A meta é termos água para enfrentar a seca”, ressaltou o diretor-presidente da Adasa, Paulo Salles, em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (20), na sede da agência. Ele detalhou as resoluções, contextualizou a situação hídrica no DF e falou das ações de racionamento, como diminuição na pressão e rodízio no fornecimento. [Olho texto='”Se as condições não forem favoráveis, podemos diminuir ainda mais (a captação de água nos reservatórios). A meta é termos água para enfrentar a seca”‘ assinatura=”Paulo Salles, diretor-presidente da Adasa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] No Descoberto, a captação será de 3,5 mil litros por segundo durante o mês, contra os atuais, em média, 3,8 mil litros. Já em Santa Maria, a vazão mensal captada, que em janeiro foi de cerca de 350 litros, não poderá ultrapassar 500 litros por segundo — a Caesb tem outorga para retirar mais de mil litros. “A diferença fundamental é que um demora mais para encher do que o outro. Não podemos tratá-los da mesma maneira”, explicou Salles. De acordo com ele, a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) tem até 6 de março para implementar a decisão. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A medida é justificada pelo baixo nível dos reservatórios, que deveriam estar acima dos 60% de capacidade. Às 7h30 desta segunda-feira (20), a Barragem do Rio Descoberto estava com 37,49% da sua capacidade, e o Reservatório de Santa Maria, com 45%. “Santa Maria pode levar até quatro anos para se recuperar, então precisamos poupar o sistema”, destacou o diretor-presidente da Adasa. Outras medidas para combater impacto da seca no DF O revezamento nas regiões abastecidas pelo Descoberto começou em 16 de janeiro e atingiu cerca de 1,8 milhão de pessoas em Águas Claras, na Candangolândia, em Ceilândia, no Gama, no Guará, no Núcleo Bandeirante, no Park Way, no Recanto das Emas, no Riacho Fundo I, no Riacho Fundo II, em Santa Maria, em Samambaia, em Taguatinga e em Vicente Pires. A determinação integra um conjunto de ações do governo de Brasília desde 2016 para combater o impacto da seca no DF, como a cobrança da tarifa de contingência, a restrição no horário para captação por caminhões-pipa e a orientação para estabelecimentos como lava-jatos. Também foram tomadas medidas como um acordo com agricultores para restringir o uso de irrigadores e a obrigatoriedade de redução do consumo de água em 10% nos órgãos do governo de Brasília. Edição: Raquel Flores
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Preservar nascentes é uma das abordagens do zoneamento ecológico-econômico
A menos de um mês para a audiência pública que discutirá a proposta de zoneamento ecológico-econômico (ZEE) para o Distrito Federal, ainda são comuns dúvidas da sociedade sobre o tema. A água é um dos elementos estruturantes no programa e, com a crise hídrica vivenciada por Brasília atualmente, o assunto ganha força. Somados, os sistemas do Descoberto (foto) e de Santa Maria/Torto atendem a mais de 80% da população. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília – 26.1.2017 No ZEE, o DF foi dividido em duas grandes zonas territoriais. A maior abrange 70% do território e é composta por cinco subzonas. Em uma delas estão parte das bacias hidrográficas do Rio Descoberto e do Rio Paranoá, onde há dois dos três mananciais existentes em Brasília: os sistemas do Descoberto e de Santa Maria/Torto. Somados, eles atendem a mais de 80% da população. A quantidade e a qualidade da água são dois desafios apresentados no zoneamento para as áreas em questão. Nesse sentido, entre as necessidades está o combate aos parcelamentos irregulares do solo em locais onde há diversas nascentes cujos fluxos de água alimentam os mananciais. [Olho texto=””Temos que ter a responsabilidade daquilo que é coletivo. Ocupar áreas desse tipo significa diminuir a água para todos”” assinatura=” Maria Sílvia Rossi, subsecretária de Planejamento Ambiental e Monitoramento da Secretaria do Meio Ambiente” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Uma das formas de garantir a preservação dessas nascentes é evitar a impermeabilização do solo. Mantê-lo permeável significa assegurar a entrada de água da chuva nos reservatórios subterrâneos naturais, os chamados aquíferos. “Temos que ter a responsabilidade daquilo que é coletivo. Ocupar áreas desse tipo significa diminuir a água para todos”, reforça Maria Sílvia Rossi, subsecretária de Planejamento Ambiental e Monitoramento da Secretaria do Meio Ambiente. Ela também destaca que os custos do governo para tratar as águas vindas de áreas com ocupações irregulares tendem a aumentar, já que são espaços sem infraestrutura sanitária. Ampliação de programas e incentivos a produtores rurais Também são propostos no ZEE o fortalecimento e a ampliação de programas e incentivos a produtores rurais com atividades em harmonia com a vocação da área. Para a região do Descoberto, especificamente, estão entre as diretrizes o reforço na proibição do uso, do armazenamento e da manipulação de produtos tóxicos em área de preservação permanente. Outra orientação diz respeito à circulação e ao transporte de cargas perigosas, para que ocorram em um certo raio de distância do reservatório do Descoberto. Há, ainda, diretriz voltada à concessão da outorga de uso de água subterrânea. “O ZEE é um instrumento que não é só uma lei. Ele tem um sentido de um grande programa buscando a sustentabilidade e construindo alguns grandes acordos, pactos”, explica a subsecretária Maria Sílvia. De acordo com ela, é importante compreender os fluxos da água e as dificuldades. “Os rios que nascem no Planalto Central são pequenos, de baixa vazão, cabeceiras de nascentes nacionais. Temos que compreender o ciclo de água superficial e subterrânea para o balanço geral desses dois não colocar a gente em uma situação de impasse”, completa. [Olho texto=”O ZEE indicará como os investimentos e os novos empreendimentos de ocupação do solo devem ser feitos com o menor impacto ambiental possível” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Por isso, para cada área citada foram mapeados desafios e riscos, como recarga de aquífero, erosão do solo e contaminação do subsolo, além da vulnerabilidade social. O detalhamento pode ser acessado em uma revista que aborda os principais pontos do ZEE. “Precisamos ir além de pensar a água como recurso hídrico. Se pensarmos como recurso hídrico, estaremos fazendo uma gestão acanhada da água. É esse tipo de discussão que o ZEE traz”, exemplifica Maria Sílvia. Como colaborar com o ZEE O ZEE indicará como os investimentos e os novos empreendimentos de ocupação do solo devem ser feitos com o menor impacto ambiental possível. Para isso, ele levará em consideração as peculiaridades demográficas e ambientais de cada região administrativa. O documento é uma obrigação de todas as unidades federativas, estabelecida pela Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, e prevista na Lei Orgânica do Distrito Federal. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A minuta do texto que embasará um projeto de lei posteriormente encaminhado à Câmara Legislativa será debatida em audiência pública em 11 de março, das 9 às 17 horas, no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-DF), na 901 Sul, Conjunto D. No entanto, mesmo antes da audiência, é possível enviar sugestões: pela página do ZEE na internet, por e-mail (zee.df.gov@gmail.com), pelo telefone (61) 3214-5689 ou na sede da Secretaria do Meio Ambiente (511 Norte, Bloco C, Ed. Bittar, 4º andar). A subsecretária Maria Sílvia Rossi destaca a relevância da participação do debate: “Precisamos que os setores e as pessoas se manifestem sobre qual é o DF melhor para todos em 20 anos; isso é o ZEE. Ele não se restringe apenas à crise hídrica que passamos agora”, finaliza. Consulta pública para o ZEE-DF Pelo site: www.zee.df.gov.br Por e-mail: zee.df.gov@gmail.com Presencialmente: SEPN 511, Bloco C, Ed. Bittar, 4º andar, na Subsecretaria de Planejamento Ambiental e Monitoramento da Secretaria do Meio Ambiente Audiência pública sobre o ZEE-DF 11 de março (sábado) Das 9 às 17 horas Auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-DF) — 901 Sul, Conjunto D Edição: Marina Mercante
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Saiba por que os reservatórios do DF enchem de modo diferente
Quantidade de afluentes, diferença de área de drenagem e oferta de chuvas são fatores que explicam por que o nível dos dois principais reservatórios do Distrito Federal se eleva em ritmos diferentes. Na Barragem do Descoberto, em Brazlândia, em duas semanas de precipitação intensa em fevereiro, o volume passou de 18,85% para 36,95%, conforme último boletim divulgado pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa). No Reservatório de Santa Maria, dentro do Parque Nacional de Brasília, subiu de 40% para 44,74%. A Barragem do Descoberto em 16 de fevereiro, quando o nível de água estava em 36,74%. Foto: Tony Winston/Agência Brasília Uma das diferenças fundamentais das duas bacias é a área de drenagem, ou seja, o espaço que tem para captar a água. A do Descoberto é de 460 quilômetros quadrados, e a de Santa Maria, de 120 quilômetros quadrados. Assim, chega menos volume a este reservatório, e o nível do armazenamento demora a aumentar. A área dos espelhos d’água — o tamanho dos lagos que formam as barragens — também influencia as capacidades de acumulação. Quando cheio, o Reservatório do Descoberto tem área de 12,55 quilômetros quadrados. Já o de Santa Maria chega a 7,65 quilômetros quadrados nas mesmas condições. Outro ponto sensível às duas bacias é a dimensão dos cursos d’água que as compõem. Ambas têm diversos córregos em sua formação. No entanto, a do Descoberto conta com três tipos diferentes de proporções significativas para abastecê-la — Alto Descoberto, Ribeirão Rodeador e Ribeirão das Pedras. A de Santa Maria tem apenas o Ribeirão do Torto com essa capacidade. Os demais córregos são menores e de vazões reduzidas. “A bacia de Santa Maria, de forma geral, é menor que a do Alto Descoberto”, explica a gerente de Recursos Hídricos e Segurança de Barragem da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Maria do Carmo Magalhães Cezar. As baixas vazões dos cursos d’água são reflexo da geografia do território, uma vez que o DF está em região de Planalto, e aqui nascem rios e córregos que seguem para outras unidades da Federação. Essas características se acentuam no Reservatório de Santa Maria, que recebe menos volume por segundo. Nele, em janeiro deste ano, chegaram em média 500 litros por segundo, e, no do Descoberto, 8 mil litros por segundo, conforme monitoramento feito pela Adasa. A retirada média de água para abastecimento, por sua vez, foi de 350 litros por segundo no de Santa Maria, na última semana. Já na do Descoberto, o índice foi de 3,8 mil litros por segundo. “Estamos racionando agora para manter a capacidade de abastecimento daqui a seis meses, quando não chove no DF”, explica o coordenador de Informação Hidrológica da Adasa, Welber Alves. [Olho texto='”Estamos racionando agora para manter a capacidade de abastecimento daqui a seis meses, quando não chove no DF”‘ assinatura=”Welber Alves, coordenador de Informação Hidrológica da Adasa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A formação dos solos, nas duas regiões, também colabora para a diferença de volume armazenado pelos mananciais, como destaca Maria do Carmo. “O solo do Descoberto tem produtividade de água maior que o de Santa Maria”, conta. Em linhas gerais, significa que a capacidade de infiltração e retenção de um é maior do que no outro. Estiagem foi mais intensa no Reservatório de Santa Maria A escassez de chuvas atingiu o Distrito Federal como um todo, mas foi ainda pior na bacia de Santa Maria. Os registros do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam uma diferença de 50 milímetros entre as duas barragens. Os dados mais recentes mostram que, de 13 de janeiro a 13 de fevereiro deste ano, choveu o equivalente a 250 milímetros. No Descoberto, foram 300 milímetros no mesmo período. O recorte se inicia em 13 de janeiro, porque as primeiras duas semanas do ano foram secas. Nesse período, o Descoberto registrou os valores mais baixos em 13 de janeiro, quando chegou a 18,85%, de acordo com a aferição feita às 7h30 pela Adasa. O nível mais baixo de armazenamento do manancial também ocorreu nesse dia e foi de 18,69%, na medição das 14h30 da agência reguladora. Em 13 de janeiro, o Santa Maria registrou 41,04% às 7h30. O índice mais baixo medido, porém, foi 39,96%, em 3 de fevereiro, também às 7h30. Nos fins de semana, só é feita a aferição do primeiro horário. O acumulado de chuvas no DF, em janeiro, também ficou abaixo do esperado. Os valores de referência do mês para o Inmet são de 247 milímetros. Mas os registros ficaram em 145 milímetros, o que corresponde a cerca de 58% da média. Com esse cenário, medidas como o racionamento de água nas regiões administrativas abastecidas pelo reservatório do Descoberto e a redução da pressão nas atendidas pelo de Santa Maria são fundamentais para evitar o esgotamento dos mananciais no período da estiagem. [Relacionadas esquerda_direita_centro=””] Edição: Vannildo Mendes
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Plano para captar água do Paranoá é entregue ao governo federal
O plano de trabalho para captação emergencial de água no Lago Paranoá foi entregue, nesta segunda-feira (13), pelo governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, ao ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho. Diante da crise de abastecimento na capital do País, a expectativa é que a verba — avaliada em R$ 55 milhões — seja liberada num prazo de 20 dias, tempo estimado para que os técnicos da pasta possam avaliar e emitir parecer sobre o documento. O governador Rodrigo Rollemberg apresenta ao ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, o plano de captação de água no Lago Paranoá. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília A proposta é captar 700 litros de água por segundo por meio de seis tanques e, com isso, reforçar o abastecimento nas regiões administrativas atendidas pela Barragem do Descoberto. Após iniciada a intervenção, no Lago Norte, o prazo de conclusão da obra é de 180 dias. Rollemberg explicou que a medida emergencial tornou-se necessária porque a barragem não chegará ao volume ideal no final das chuvas. “Cidades que hoje são abastecidas pelo Descoberto receberão água por essa captação, e, com isso, conseguiremos minimizar os problemas causados pela estiagem”, disse ele. [Olho texto='”Cidades que hoje são abastecidas pelo Descoberto receberão água por essa captação, e, com isso, conseguiremos minimizar os problemas causados pela estiagem”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segundo o documento, elaborado pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), no local de captação, no Lago Norte, será montada uma estrutura flutuante que vai direcionar água para tratamento à beira do reservatório, onde será instalada uma estação compacta. O ponto de coleta foi escolhido em razão da elevada qualidade hídrica, atestada em estudos da Caesb. Menor demanda na Barragem do Descoberto Depois de tratado, o recurso vai abastecer regiões como Lago Norte, Varjão, Setor de Mansões do Lago Norte, Taquari, Paranoá e Itapoã. O processo vai diminuir o volume que precisa ser distribuído pela Estação de Tratamento de Água Brasília, que recebe uma cota não tratada do Sistema Santa Maria/Torto. No plano apresentado ao ministro, consta também a necessidade de instalação de um sistema de bombeamento nas proximidades do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, que permitirá a algumas localidades atualmente abastecidas pela Barragem do Descoberto receberem água do reservatório de Santa Maria, reduzindo a demanda da primeira. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] São elas: Guará I e II, Lucio Costa, Colônia Agrícola Águas Claras, Quadras de 1 a 5 do Setor de Mansões Park Way, Candangolândia, Núcleo Bandeirante e algumas quadras de Águas Claras. De acordo com Barbalho, além do recurso, o governo federal se colocará à disposição para assessorar o Executivo local na execução do sistema. “Nós acompanharemos as obras com os órgãos de controle, além de assessorar o governo local a fim de contribuir para que elas fiquem prontas o mais rápido possível e, assim, garantir tranquilidade para a população de Brasília”, destacou o ministro. Edição: Vannildo Mendes
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Governador apresenta projeto para captação emergencial de água no Lago Paranoá
O governo de Brasília trabalha em um projeto para captação emergencial de água no Lago Paranoá, por meio de estrutura flutuante no reservatório. A proposta é captar 700 litros de água por segundo para reforçar o abastecimento nas regiões administrativas atendidas pela Barragem do Descoberto, que, até a última medição (às 13h30 de hoje), estava com 24,78% da capacidade. O tema foi apresentado pelo governador Rodrigo Rollemberg ao ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, nesta segunda-feira (6), na sede da pasta. A medida é estimada em R$ 50 milhões, verba que o Executivo local pretende receber da União. “O ministério reconheceu a situação de emergência no DF. Solicitamos o apoio com R$ 50 milhões para construção de uma estação de tratamento emergencial, para fortalecer o abastecimento oriundo do Descoberto”, explicou Rollemberg. O governo local enviará um plano de trabalho para a área técnica da pasta, que avaliará a demanda. O governador Rodrigo Rollemberg em reunião com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, nesta segunda-feira (6), na sede da pasta. Foto: Andre Borges/Agência Brasília Os recursos previstos são da Defesa Civil nacional, que tem orçamento específico para esse tipo de condições. O ministro não descarta a possibilidade de liberar toda a quantia necessária e disse que os recursos estão disponíveis da parte do Executivo federal. “Orientei para avaliarem o mais rápido possível para que a obra possa ser executada e dar segurança hídrica à população do DF”, destacou Barbalho. “Se os R$ 50 milhões estiverem enquadrados na situação de emergência, não haverá qualquer dificuldade na liberação.” De acordo com a proposta, a captação será feita em uma balsa, e a água, direcionada para uma estação de tratamento por membranas em contêineres e bombeada para a rede que abastece. “Essa é uma obra que pode ser feita em 180 dias, já que a nossa dificuldade é exatamente para este ano. Estamos buscando alternativas para contribuir principalmente no período seco”, destacou Rollemberg. O projeto será coordenado pelo Escritório de Projetos Especiais, da Governadoria, e executado pela Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb). [Olho texto='”Estamos fazendo mudanças estruturantes, que havia 16 anos não eram feitas”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O Executivo local trabalha em outras medidas para melhorar o abastecimento, mas que precisam de intervenções a longo prazo. “Estamos fazendo mudanças estruturantes, que havia 16 anos não eram feitas”, acrescentou o governador. A Caesb também tem outro projeto no Lago, o Sistema Paranoá, que está licitado, mas aguarda a liberação de recursos da União para começar. O objetivo é captar, armazenar, tratar e distribuir água do Lago Paranoá. No entanto, é uma obra com maior capacidade de vazão e diferente da emergencial proposta nesta segunda (6). A previsão é de quatro anos para entrega e, quando pronta, atender cerca de 600 mil moradores do Paranoá, de São Sebastião, do Lago Norte, de Sobradinho, de Sobradinho II, dos condomínios do Grande Colorado e de Planaltina. Em novembro passado, o governo de Brasília deu início às obras da represa do Bananal, que deve ficar pronta em um ano e levará água para moradores do Plano Piloto, do Cruzeiro e do Lago Norte — 170 mil pessoas. A capacidade de vazão é de 726 litros por segundo. Outra obra em curso é a construção de sistema de captação e distribuição de água na Barragem de Corumbá 4, próximo a Luziânia (GO). Com investimentos do DF, de Goiás e do governo federal, a previsão é que o reforço fique pronto no fim de 2018. Edição: Marina Mercante e Raquel Flores
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Canais na Bacia do Descoberto começam a ser recuperados
Como parte das medidas de enfrentamento da crise hídrica no Distrito Federal, a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural intensifica a recuperação de canais na Bacia do Descoberto. Nesta quinta-feira (2), a tubulação foi colocada em um canal de 3.570 metros do Córrego Guariroba, em Brazlândia. A canalização dos córregos evita a perda de água por evaporação e infiltração no solo. Foto: Tony Winston/Agência Brasília O córrego é um dos afluentes do Ribeirão Rodeador, que contribuiu para a formação do Lago do Descoberto. A medida é uma forma de evitar a perda por evaporação e infiltração no solo, pois canaliza a água que antes corria por meio de valas. Quando toda a tubulação estiver implementada, será possível uma economia de 126 litros por segundo no fluxo. A revitalização beneficia 15 propriedades na região e permite a divisão igualitária dos recursos hídricos aos produtores que usam o canal. No caso do Guariroba, são colocados canos com 300 milímetros na saída do curso d’água e com 150 milímetros no fim da tubulação. [Numeralha titulo_grande=”3.570 metros” texto=”Extensão do canal do Córrego Guariroba, ao longo do qual 15 propriedades são atendidas” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Essa diferença de proporção garante que a vazão seja a mesma em toda a extensão do ramal. “Assim, economizamos água, pois ela não se infiltra nem evapora, e também controlamos a retirada, de forma a atender todos os produtores por igual”, explica o subsecretário de Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Hercílio Matos. A escolha do Guariroba para início das obras se deve ao fato de ele ser o tributário mais importante do Ribeirão Rodeador. “Este, por sua vez, é o mais explorado da bacia para produção de hortaliças e frutas”, conta Matos. Este é o primeiro de sete canais que serão revitalizados na Bacia do Descoberto, conforme anúncio feito pelo governo de Brasília em 23 de janeiro. O próximo a ser recuperado, na região, é o Córrego Cristal. A obra deve durar 20 dias e é executada por equipes da pasta. A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) fez a doação dos canos. A recuperação do canal vai custar R$ 1,3 milhão, com recursos da secretaria. Intervenções como essa também foram feitas em núcleos rurais como Vargem Bonita, no Park Way; Tabatinga, em Planaltina; e Buriti Vermelho, no Paranoá. “Agora, a prioridade absoluta é para cá”, reforça o subsecretário. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Edição: Vannildo Mendes
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Parcelamento irregular é desconstituído por trazer risco ao Descoberto
Um parcelamento irregular de 227,6 mil metros quadrados começou a ser desconstituído em Brazlândia nesta sexta-feira (27). A medida faz parte da operação que o governo de Brasília desencadeou em propriedades que estejam afetando a captação de água da Barragem do Descoberto, que abastece quase dois terços da população do Distrito Federal e vive sua pior crise hídrica. Operação tem por objetivo proteger a região da Bacia do Descoberto. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília Durante os três primeiros dias de atuação, iniciada na quarta-feira (25), já foram desobstruídos 143,6 mil metros quadrados. A área que começou a ser alcançada hoje fica na Chácara 107, da Gleba 1, do Núcleo Rural Alexandre Gusmão. O terreno foi destinado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para fim exclusivamente rural, mas acabou desvirtuado para uso urbano. Por se tratar de propriedade particular, os ocupantes foram notificados da ação demolitória, ainda em 2014, pela Agência de Fiscalização (Agefis). A atuação de hoje segue em consonância com o trabalho iniciado pelo governo de Brasília na quarta-feira. Desde então, chácaras com uso desvirtuado e responsáveis por desviar água do Descoberto começaram a ser alvo da intervenção. [Numeralha titulo_grande=”275 milhões” texto=”Área total em metros quadrados a ser vistoriada na operação em busca de propriedades que estejam afetando a captação de água no Descoberto” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A operação, que se estenderá por três meses, ocorre em uma área total de 275,8 milhões de metros quadrados e tem foco na crise hídrica que levou o Executivo a decretar situação de emergência. O reservatório operava com apenas 22,91% de sua capacidade na medição desta manhã. A população por ele abastecida passa por rodízio no fornecimento. Técnicos de fauna e flora do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que integram a equipe de atuação, vão fiscalizar o local para saber se há irregularidades ou danos aos recursos naturais. Durante o início da ação, nesta manhã, a Polícia Militar do DF precisou dispersar um grupo de cerca de 20 pessoas, que impedia o avanço das equipes. A Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos ofereceu apoio, como abrigamento, mas não foi necessário. A Companhia Energética de Brasília (CEB) desligou uma fonte ilegal de energia que abastecia as edificações. A operação contou com cerca de 60 servidores, com o apoio de um trator de esteira, uma pá mecânica e uma pá carregadeira. Reforçaram a operação o Corpo de Bombeiros; a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb); a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap); a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e a Subchefia de Ordem Pública e Social, da Casa Militar. Edição: Vannildo Mendes
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Com pressão reduzida no Plano Piloto, Caesb espera economia de 5% no consumo de água
O cenário de escassez hídrica obrigou a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) a implementar medidas para garantir que a capital do País tenha água suficiente no período de seca. Na segunda-feira (30), começa a ser reduzida a pressão em regiões abastecidas pelo Reservatório de Santa Maria. O calendário terá início na Asa Norte, onde o processo deve levar três dias. Na quinta-feira (2), o ajuste será nas redes da Asa Sul, do Noroeste e do Sudoeste (veja calendário completo no fim da matéria). A expectativa é uma redução no consumo de até 5%, o mesmo porcentual alcançado quando o procedimento foi adotado na área atendida pela Barragem do Descoberto. Como a bacia de Santa Maria ainda mantém níveis acima de 40% da capacidade, as regiões atendidas por ela (veja parte amarela da arte) ficaram fora do rodízio de fornecimento iniciado em 16 de janeiro, mas agora a água chegará com menos força às torneiras das casas. A pressão é reduzida por meio do ajuste — manual ou automático — de válvulas e registros espalhados pela rede de abastecimento. A medida diminui a perda da água que corre pelo sistema. Por isso, o presidente da Caesb, Maurício Luduvice, destaca a importância de as residências, principalmente os prédios, estarem com as caixas d’água limpas e abastecidas. “Nós ajustaremos a rede para que todos recebam água independentemente do horário, mas, como há grande consumo durante o dia, é preciso estar preparado.” À noite, com a demanda menor, não deve haver falta do recurso hídrico. Mudança na pressão segue até reservatório atingir nível seguro No caso do Reservatório de Santa Maria, os 5% esperados na redução do consumo de água significarão uma economia de 80 litros por segundo. Como no caso do rodízio, não há uma data definida para o fim da mudança na pressão da rede. A ideia é que dure até que o depósito alcance um nível seguro para o abastecimento na época da seca. “É muito importante que a população colabore e nos ajude a recuperar o volume dos mananciais. A gente precisa de união para enfrentar a crise”, defende o presidente da empresa pública. Válvulas redutoras de pressão e troca de hidrômetros A Caesb também aposta na substituição de válvulas redutoras de pressão em diversas adutoras do DF. Trezentos equipamentos foram instalados em toda a cidade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Além disso, desde janeiro de 2015, cerca de 150 mil hidrômetros foram ligados, e outros 100 mil ainda devem ser instalados. Por serem novos, eles evitam vazamentos em tubulações. Houve investimento também na troca de redes na Asa Norte, no Lago Sul e no Lago Norte. A captação irregular de água é outro problema tratado com prioridade pela Caesb. O mais recente levantamento estima que existam cerca de 38 mil ligações clandestinas espalhadas pelo DF. Os chamados “gatos” são responsáveis pelo desvio de 680 metros cúbicos (m3) de água por mês e causam um prejuízo de cerca de R$ 2,7 milhões. Para evitar o crime, há reforço na fiscalização. Somente em 2017, foram 1.039 ações, com quase cem autuações. Medidas para minimizar efeitos da estiagem A medida atual é uma das armas do governo para minimizar os efeitos da estiagem que levou os dois principais reservatórios de Brasília a atingirem os níveis mais baixos da história. A mais emblemática ação de controle do recurso ainda é o revezamento que teve início no dia 16. Calendário de pressão reduzida nas regiões abastecidas pelo Reservatório de Santa Maria 30/1 Asa Norte 2/2 Asa Sul, Noroeste e Sudoeste 6/2 Lago Norte 9/2 Lago Sul 13/2 Jardim Botânico 15/2 Paranoá e Itapoã 17/2 SOF Sul, Condomínio Park Sul Prime Residence e Living Superquadra Park Sul Uma das razões para as ações distintas é o fato de que os dois depósitos são operados separadamente. Não é possível, por exemplo, levar água do Reservatório de Santa Maria — que estava com 40,68% da capacidade às 7h30 desta sexta-feira (27) — à Barragem do Rio Descoberto, com 22,91% no mesmo horário. Para isso, seriam necessárias obras estruturais complexas, já que a primeira região é mais alta que a segunda. Redução de 14% na primeira semana do rodízio de fornecimento de água no DF O rodízio no fornecimento de água nas cidades atendidas pelo Descoberto resultou em economia de 14% nos níveis de vazão e captação de 16 a 22 de janeiro. O índice superou a meta estipulada pela Caesb, que era poupar 10% nesse primeiro ciclo do racionamento. Edição: Marina Mercante
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Operação para preservar nascentes do Descoberto aterra tanques de captação irregular
A operação do governo de Brasília para preservar os mananciais que abastecem a Barragem do Descoberto envolveu, nesta quinta-feira (26), o início do aterramento de seis tanques de captação irregular de água à margem do Ribeirão Rodeador. No primeiro dia, quarta-feira, foram desocupados 20 mil metros quadrados. Trabalho de aterramento de tanques onde era usada água captada de forma irregular do Ribeirão Rodeador. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília O trabalho se concentra atualmente na retirada de parcelamentos urbanos ilegais na região próxima ao Incra 6, em Brazlândia, no entorno do reservatório. A ação prosseguirá por três meses e tem foco no fracionamento irregular de áreas rurais. Um dos córregos mais castigados, o Rodeador tem construções a 15 metros do seu canal. De acordo com a superintendente de Operações da Agência de Fiscalização (Agefis), Ana Cláudia Borges, o poder público sabe exatamente o que é rural e o que não é. “Além de análise de imagens de satélite e vistorias in loco, temos o apoio dos órgãos do governo”, explica. Ela cita, como exemplo, a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF). [Olho texto='”Além de análise de imagens de satélite e vistorias in loco, temos o apoio dos órgãos do governo ligados à agricultura”‘ assinatura=”Ana Cláudia Borges, superintendente de Operações da Agefis” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segundo a superintendente, o local é alvo de interesses e pressões por loteamento irregular. “São grandes extensões de área com água em abundância, natureza praticamente virgem e relativamente próximas ao meio urbano”, destaca. Ana Cláudia lembra que, desde o fim de 2014, a agência já fiscaliza a região. De acordo com especialistas do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), um dos grandes problemas do parcelamento, além da captação ilegal de água, é a compactação do solo. Isso ocorre da seguinte maneira: para criar estradas e nivelar as construções, a vegetação é retirada e o chão sofre o processo de impermeabilização. Ocupação irregular às margens da Barragem do Descoberto agrava crise hídrica. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília Assim, quando chove, as águas descem diretamente para o canal, não conseguindo também penetrar na superfície até atingir o lençol freático. Para piorar, o escoamento da chuva, no caso de Brazlândia, rumo ao Canal do Rodeador, leva sedimentos, como cascalho e areia. Esse material tende a se acumular no fundo do rio, diminuindo sua profundidade e provocando o que se chama de assoreamento. Conforme explicam os técnicos do instituto, todas essas questões agravam a crise hídrica e complicam o abastecimento em todo o Distrito Federal. A operação, segundo o Ibram, ocorre em local com vegetação de Cerrado típico: com presença de árvores baixas, inclinadas, tortuosas, com ramificações irregulares e retorcidas. O espaço abrangido na ação fica dentro da Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Descoberto. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Durante a ação de hoje, foi demolido um barraco de madeirite e telha a pouco mais de 10 metros do Canal do Rodeador. Também foram retiradas cercas com estacas de concreto e arame farpado. Em outro caso, a Agefis adiou a derrubada, mas emitiu um termo demolitório — com prazo de 15 dias para desocupação da área — para um homem com problemas de saúde. Participaram também da operação desta quinta a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros; a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb); a Companhia Energética de Brasília (CEB); a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos; a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap); e a Subchefia de Ordem Pública e Social, da Casa Militar. Edição: Vannildo Mendes
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Adasa intensifica fiscalização de outorgas na área rural do Descoberto
Como parte do plano de enfrentamento da crise hídrica, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) reforça a fiscalização de outorgas de direito de uso de recursos hídricos nas propriedades rurais da região da Bacia do Descoberto. As ações ocorrem durante o ano todo, mas foram intensificadas com o estado crítico de escassez hídrica, ou seja, quando os reservatórios atingem menos de 40% da capacidade. Como parte do plano de enfrentamento da crise hídrica, a Adasa intensifica a fiscalização de outorgas de direito de uso de recursos hídricos nas propriedades rurais da região do Descoberto. Foto: Tony Winston/Agência Brasília Entre 17 e 23 de janeiro, a autarquia fez 30 vistorias e notificou 23 propriedades para que elas retirem bombas e encanamentos irregulares dos cursos d’água. Além disso, a Adasa enviou comunicado a 500 usuários outorgados solicitando a instalação de medidores de vazão. A medida vale para captações superficiais e subterrâneas. A partir da semana que vem, as equipes de fiscalização devem fazer 50 vistorias por semana. Uma vez notificados, os usuários têm dez dias para apresentar recurso à autarquia e desmontar a estrutura de captação irregular. A liberação de novas outorgas para atividade produtiva está suspensa até que a capacidade de abastecimento do Reservatório do Rio Descoberto retorne aos níveis de segurança. Enquanto isso, a retirada de água só é admitida em caso de consumo humano e animal. A medida é necessária para conservar o direito fundamental de acesso à água, previsto pela Constituição Federal. A alegação de que o sistema de captação irregular atende à fonte de renda do produtor rural não impede a notificação nem figura como atenuante da punição. “Toda retirada de água tem que ser outorgada. A pessoa que não tem outorga está irregular”, destaca o fiscal da Superintendência de Recursos Hídricos da Adasa Fábio Diniz. Além das vistorias programadas, o órgão vai a campo caso receba denúncia de captação irregular. Quem quiser reportar algum caso, pode ligar para a Ouvidoria da Adasa, no telefone (61) 3961-4900, ou acessar o site. Edição: Vannildo Mendes
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Fiscalização remove construções urbanas que ameaçam nascentes do Descoberto
Começou nesta quarta-feira (25) e seguirá, pelos próximos três meses, uma operação do governo de Brasília para retirar parcelamentos urbanos na região próximo ao Incra 6, em Brazlândia. Algumas das edificações estão a 15 metros do Canal do Rodeador, que abastece a Barragem do Descoberto. No primeiro dia, segundo a Agência de Fiscalização (Agefis), foram desocupados 20 mil metros quadrados. Além de captar água do Rodeador de forma irregular em meio à crise hídrica pela qual passa o Distrito Federal, as construções desvirtuavam o uso definido para a área, uma vez que somente propriedades para fins rurais têm autorização para atuar nos 275.862.116,69 metros quadrados do perímetro. De acordo com a Agefis, essas unidades não são alvo da operação iniciada hoje. Mansão demolida usava bomba para retirada irregular de água do Canal do Rodeador. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília Como o objetivo principal é proteger os mananciais que abastecem o Descoberto, responsável pelo fornecimento de água para cerca de 1,8 milhão de habitantes do DF, a Agefis alerta que quem estiver parcelando lotes rurais para moradias urbanas será retirado. A superintendente de Operações da Agefis, Ana Cláudia Borges, reforça que a ação em toda a região do Descoberto visa à preservação dos recursos hídricos naquela região. “A ocupação irregular do solo traz consequências danosas ao meio ambiente, como o assoreamento de nascentes, a impermeabilização do solo, a contaminação dos lençóis freáticos e o desmatamento das áreas de proteção permanente”, destaca. [Olho texto='”A ocupação irregular do solo traz consequências danosas ao meio ambiente, como o assoreamento de nascentes e a contaminação dos lençóis freáticos”‘ assinatura=”Ana Cláudia Borges, superintendente de Operações da Agefis” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Uma casa de alvenaria de aproximadamente 400 metros quadrados, praticamente pronta, foi desconstituída. A residência já estava com vidro temperado nas sacadas e telha colonial ao redor. Há um acesso direto da casa ao córrego, com escadas instaladas para lazer dos moradores. Durante a ação, a Companhia Energética de Brasília (CEB) desligou o abastecimento clandestino de energia. Uma equipe da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos atuou para oferecer suporte a quem precisasse de abrigo, mas não foi necessário qualquer encaminhamento. Dois tanques com cerca de 15 mil peixes serão aterrados. No entanto, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) expediu um termo de intimação para o proprietário, que recebeu prazo de sete dias para removê-los. O abastecimento desses reservatórios é feito por uma bomba, que puxa água de forma irregular do Canal do Rodeador; ela será retirada com os peixes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os trabalhos desta quarta-feira foram dificultados em virtude do acesso complicado — há um extenso trecho de estrada com muito cascalho — e da forte chuva que começou a cair por volta do meio-dia. A operação contou com cerca de 60 servidores, com o apoio de um trator de esteira, uma pá mecânica, uma pá carregadeira e nove caminhões. Além dos órgãos já citados, reforçaram a operação a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros; a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb); a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap); a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e a Subchefia de Ordem Pública e Social, da Casa Militar. Edição: Raquel Flores
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Chácaras irregulares que afetam a Barragem do Descoberto são retiradas
Chácaras com uso desvirtuado e que desviam água da Barragem do Descoberto serão retiradas. Em meio à crise hídrica que levou o governo de Brasília a decretar situação de emergência — o reservatório opera com apenas 21,39% de sua capacidade, e a população por ele abastecida passa por rodízio no fornecimento —, teve início nesta quarta-feira (25) operação para remover os parcelamentos urbanos na região. O perímetro de atuação nessa ação, coordenada pela Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), é de 275.862.116,69 metros quadrados. Agefis coordenou nesta quarta-feira (25), operação de retirada de construções em área de proteção permanente na região da Bacia do Descoberto. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília Na segunda-feira (23), a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural já havia anunciado mudanças para uso da água em meio rural. A ideia é incentivar uma mudança no uso dos recursos hídricos e do solo. Pelo menos 800 imóveis rurais que se valem de irrigação, em toda a Bacia do Alto Descoberto, devem aderir às medidas. A Agefis iniciou os trabalhos na manhã desta quarta por uma chácara construída irregularmente a 15 metros do Canal do Rodeador, córrego que corta a área e que abastece a Bacia do Descoberto. A edificação estava em local de alta vulnerabilidade que afeta o sistema de drenagem do reservatório. A ação deve durar três meses. “A Agefis trabalha na área do Descoberto desde 2015 por ser uma região muito sensível”, disse a superintendente de Operações da Agefis, Ana Cláudia Borges. Foram feitas operações de desconstituição de parcelamentos urbanos, como as nas áreas do Incra 7 e do Incra 9. “A Agefis trabalha na área do Descoberto desde 2015 por ser uma região muito sensível”, disse a superintendente de Operações da Agefis, Ana Cláudia Borges. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília O que ocorre agora é uma intensificação nas ações. A Agefis reservou uma das quatro equipes de pronta resposta para ficar durante a semana na região do Descoberto. O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) também participa da operação. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do governo federal, vai atuar na retomada de chácaras tituladas — ou seja, que têm dono —, mas que serão desapropriadas por serem parcelamentos irregulares em área estritamente rural. Como o objetivo principal da operação é superar a crise hídrica e garantir o abastecimento de água para os cerca de 1,8 milhão de habitantes que dependem da Barragem do Descoberto, a Agefis não segue a linha de só retirar ocupações irregulares erguidas a partir de 2014. Todos os que não seguirem a regra e parcelarem lotes urbanos, o que causa a impermeabilização do solo, serão retirados. Edição: Paula Oliveira
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Crise hídrica leva governo a decretar situação de emergência
Devido ao reduzido volume de chuvas nos últimos meses e à escassez hídrica nos reservatórios, o governo de Brasília declarou situação de emergência no Distrito Federal para os próximos 180 dias. O Decreto nº 37.976 está no Diário Oficial do Distrito Federal desta quarta-feira (25). Na prática, a norma reconhece o momento crítico pelo qual passa a capital e facilita a implementação de ações para minimizar os impactos da seca. Devido ao reduzido volume de chuvas nos últimos meses e à escassez hídrica nos reservatórios, o governo de Brasília declarou situação de emergência no Distrito Federal para os próximos 180 dias. Foto: Andre Borges/Agência Brasília- 20.1.2017 Conforme o decreto, serão definidas restrições do consumo de água potável tanto para utilização domiciliar quanto comercial, industrial e de lazer, que valerão enquanto durar a emergência. Também será limitada a captação nos três principais córregos da Bacia Hidrográfica do Descoberto — Alto Descoberto, Ribeirão Rodeador e Ribeirão das Pedras — para qualquer uso que não seja o consumo humano. A Agência Reguladora de Águas e Saneamento do DF (Adasa) determinará as novas regras por meio de resolução. “As restrições são importantes para o atual momento de crise hídrica, enquanto esperamos as chuvas”, justifica o diretor-presidente do órgão, Paulo Salles. [Olho texto=”“As restrições são importantes para o atual momento de crise hídrica, enquanto esperamos as chuvas”” assinatura=”Paulo Salles, diretor-presidente da Adasa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Ainda de acordo com o decreto, a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural deve se encarregar de orientar e apoiar os agricultores no cumprimento das medidas. A Agência de Fiscalização do DF (Agefis) verificará a aplicação das normas. Ações de contenção começaram no ano passado Em 2016, o governo de Brasília implementou diversas ações para combater o impacto da seca no DF, como a cobrança da tarifa de contingência, a restrição no horário para captação por caminhões-pipa e a orientação para estabelecimentos como lava a jato. Também foram tomadas medidas como um acordo com agricultores para restringir o uso de irrigadores e a obrigatoriedade de redução do consumo de água em 10% nos órgãos do governo de Brasília. No total, 13 regiões administrativas supridas pela Barragem do Descoberto tiveram a pressão da água reduzida, e, em 30 de janeiro, a mesma coisa passa a valer nas que têm abastecimento hídrico pelo reservatório de Santa Maria. Desde segunda-feira (16) as regiões administrativas abastecidas pelo Descoberto passam por rodízio no fornecimento de água. Edição: Vannildo Mendes
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Emater estimula manejo de irrigação e uso consciente da água na área rural
Em tempos de restrição hídrica, o correto manejo da irrigação nas propriedades rurais pode melhorar o aproveitamento da água e também a produtividade das culturas. Uma forma de controle é por meio do acompanhamento do nível de umidade do solo em cada estágio de desenvolvimento da planta. O procedimento é feito pelos produtores do Núcleo Rural Rio Preto, em Planaltina, em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). Em tempos de restrição hídrica, o correto manejo da irrigação nas propriedades rurais pode melhorar o aproveitamento da água e também a produtividade das culturas. Foto: Tony Winston/Agência Brasília A tecnologia será difundida também para os estabelecimentos rurais da Bacia do Descoberto, em Brazlândia, conforme plano de ação anunciado nesta segunda-feira (23). O monitoramento é uma forma de incentivar o uso consciente da água nas lavouras. A redução do consumo de água pode chegar a até 84%, no caso da produção de hortaliças na região do Rio Preto. “Com o manejo, percebemos que os produtores estavam irrigando demais”, conta o engenheiro agrônomo extensionista da Emater-DF, Marcio Meireles Machado. [Olho texto=”“Com o manejo, percebemos que os produtores estavam irrigando demais”” assinatura=”Marcio Meireles Machado, engenheiro agrônomo da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Ele explica que muitos produtores seguiam orientações de cultivo que aprenderam com os pais ou baseadas no conhecimento geral. “Eles contaram que faziam a irrigação durante uma hora diariamente”, diz. Após o acompanhamento, feito por meio de um equipamento de medição chamado Irrigas — desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) —, foi possível ficar até dez dias sem oferecer água à planta e, mesmo assim, ter ganhos em produtividade. Isso porque, nos primeiros estágios de desenvolvimento das culturas, não é necessário usar tanto recurso hídrico. “O tempo de irrigação depende de fatores como cultura, solo, tempo, umidade relativa, e se a planta ainda é uma muda ou se já está maior”, pondera Machado. Como funciona o sistema adequado de irrigação A aferição da umidade do solo estabelece a quantidade de água infiltrada — independentemente do modelo de irrigação usado, se por gotejamento ou aspersão. O sistema consiste em um equipamento com cerâmica porosa em uma ponta — e um medidor de água —, enterrada próximo à raiz da planta, além de uma cápsula com marcação de volume. A cerâmica é colocada na base da raiz para identificar o nível de infiltração no solo e para saber até que ponto o líquido se acumula. “Com o sistema, os produtores perceberam que a água e o adubo que jogavam na planta estava escorrendo abaixo da raiz. Isso é desperdício”, explica o agrônomo. O mecanismo custa R$ 300, com um kit de seis medidores. Porém, o próprio produtor pode improvisá-lo com uma vela de filtro e um recipiente com marcador de volume. Nesse caso, o custo total é de apenas R$ 60. [Olho texto=”“Percebi que a planta (com o manejo adequado) ficou mais carregada e manteve-se verdinha”” assinatura=”Francisco Daniel Cesário da Silva, produtor rural” esquerda_direita_centro=”direita”] Com o manejo de irrigação, é possível produzir um volume hídrico adequado na raiz, no início do crescimento da planta. Dessa forma, a estrutura fica maior e mais resistente a pragas. Foi essa a constatação do produtor Francisco Daniel Cesário da Silva, 39 anos. Há seis anos, ele cultiva hortaliças em uma propriedade no Núcleo Rural Rio Preto. Em julho do ano passado, Francisco aderiu ao monitoramento de irrigação para o cultivo de pimentões. “Percebi que a planta ficou mais carregada e manteve-se verdinha. Antes, ela ficava amarelada”, compara. Em julho de 2016, Francisco Daniel Cesário da Silva aderiu ao monitoramento de irrigação para o cultivo de pimentões. Foto: Tony Winston/Agência Brasília Irrigar apenas na quantidade necessária para a cultura melhorou também a resposta à adubação. “Passei de uma produção de 300 caixas por mil pés para 600, e só irrigo quando vou adubar, de três em três dias, a depender da época”, conta. Antes do manejo, ele repetia a operação todos os dias. “Diminuí o gasto com água, porque só irrigo durante 25 minutos, e o custo com material, pois adubo menos”, explica. A redução no uso do agrotóxico também é evidente, de acordo com o produtor. Como a planta fica mais resistente, a aplicação de defensivos agrícolas pode ser reduzida. “No caso do pimentão, eu aplicava quatro vezes por semana. Agora, é só uma vez”, detalha o agricultor. Ele já expandiu o manejo para as lavouras de berinjela, pepino, jiló, pimenta-de-cheiro, feijão-de-corda e abóbora. Sistema também se aplica a grandes áreas Para lavouras de feijão ou soja, que demandam áreas grandes de produção, a técnica é uma alternativa para minimizar os impactos da redução da vazão retirada no período da seca, como ocorreu em 2016. “Nas grandes propriedades não tem excesso. O problema é a falta d’água”, explica Eduardo Damásio, também agrônomo da Emater. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O monitoramento é imprescindível para o melhor aproveitamento da janela de irrigação a que os produtores têm direito. “Pelo rodízio, pode acontecer de uma área ser irrigada em um dia e, contando o tempo que o pivô leva para passar por toda a lavoura, só receber água cinco dias depois”, explica. Dependendo da cultura, isso pode ser fatal. “O manejo nos ajuda a definir a lâmina de água conforme o estágio de crescimento e como a planta responde às medidas”, destaca Damásio. O trabalho de assistência técnica da Emater com os produtores vai ser intensificado a partir de maio, após a produção atual ser colhida. A orientação inclui também adequações na cultura. “Vou ter que mudar o tipo de cultivo, escolher plantas com ciclo menor, entrar com a safrinha”, cita o agricultor Edson Carlos Agnes, 47 anos. “Vou ter que mudar o tipo de cultivo, escolher plantas com ciclo menor, entrar com a safrinha”, cita o agricultor Edson Carlos Agnes. Foto: Tony Winston/Agência Brasília Os escritórios da Emater oferecem orientação aos produtores de todo o DF sobre manejo de irrigação. Para isso, são oferecidos cursos e seminários sobre o tema periodicamente. Para saber mais, os agricultores podem procurar a unidade do órgão mais próxima. Edição: Vannildo Mendes
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Economia de água durante rodízio supera meta da Caesb
Desde o início do rodízio de fornecimento de água nas regiões administrativas abastecidas pelo Descoberto, em 16 de janeiro, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) registrou economia de 14% nos níveis de vazão e captação do recurso. O número supera a meta da estatal, que previa redução de 10% para esse primeiro ciclo. A Caesb registrou economia de 14% nos níveis de vazão e captação de água. O número supera a meta da estatal, que previa redução de 10% para o primeiro ciclo do rodízio de fornecimento. Foto: Andre Borges/Agência Brasília- 20.1.2017 Foi retirada, no primeiro mês de 2017, uma média semanal de 3,8 mil litros por segundo de água, contra uma retirada média de 4,4 mil litros por segundo em dezembro. O resultado no último mês de 2016 já era 14,7% menor em relação ao volume captado no início da estiagem, em setembro, de 5,1 mil litros por segundo. O presidente da companhia, Maurício Luduvice, atribui a conquista à participação popular. “Governo e sociedade estão fazendo a sua parte para superar a crise hídrica vivida pelo DF, principalmente nas regiões abastecidas pelo Descoberto”, avalia. Apesar da boa notícia, a medida de contingência ainda precisa ser mantida, e a população pode consultar no site da Caesb os locais afetados. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Luduvice ressalta a importância do controle do uso dos recursos na área rural na captação em córregos e ribeirões tributários da Barragem do Descoberto. “Somos [Caesb] o último a receber água para captação, por isso, é preciso que todos colaborem, de forma que a água possa chegar em quantidade suficiente.” Desde janeiro de 2015, a Caesb toma medidas para reduzir perdas no sistema de distribuição de água. Foram substituídos cerca de 150 mil hidrômetros. Houve ainda a troca de redes antigas e a instalação de válvulas redutoras de pressão. Racionamento de água no DF O rodízio no fornecimento atingiu cerca de 1,8 milhão de pessoas em Águas Claras, na Candangolândia, em Ceilândia, no Gama, no Guará, no Núcleo Bandeirante, no Park Way, no Recanto das Emas, no Riacho Fundo I, no Riacho Fundo II, em Santa Maria, em Samambaia, em Taguatinga e em Vicente Pires. A partir de 30 de janeiro, será reduzida a pressão da rede nas regiões abastecidas pelo Sistema Torto/Santa Maria (veja as localidades na arte). Até lá, a companhia informa que fará testes e regulagens de válvulas na área. Ambas as medidas estão previstas na Resolução nº 20, de novembro de 2016, da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa-DF). Edição: Marina Mercante
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Governo anuncia mudanças para uso da água em área rural
Com a escassez hídrica no Distrito Federal, as medidas de uso consciente da água serão reforçadas também na área rural. A Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural divulgou, nesta segunda-feira (23), um conjunto de ações de curto e médio prazos para adequar a produção agropecuária ao momento por que Brasília passa. Além de ajudar na recuperação da capacidade de abastecimento da Barragem do Descoberto, as iniciativas vão modernizar o setor local. Com a escassez hídrica no Distrito Federal, as medidas de uso consciente da água serão reforçadas também na área rural. O anúncio ocorreu nesta manhã, em coletiva à imprensa na sede da Adasa. Foto: Tony Winston/Agência Brasília O anúncio ocorreu nesta manhã, em coletiva à imprensa na sede da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa-DF). A ideia é incentivar uma mudança no uso dos recursos hídricos e do solo. Pelo menos 800 imóveis rurais que se valem de irrigação, em toda a Bacia do Alto Descoberto, devem aderir às medidas. “Os produtores rurais já têm feito muitos esforços para reduzir o uso dos recursos hídricos, com a redução do volume de retirada dos cursos d’água e com a alternância do período de irrigação, por exemplo, mas é necessário intensificarmos as ações para fazer chegar mais água no reservatório”, explica o secretário da Agricultura, José Guilherme Leal. [Olho texto=”“Os produtores rurais já têm feito muitos esforços para reduzir o uso dos recursos hídricos, mas é necessário intensificarmos as ações para fazer chegar mais água no reservatório (do Descoberto)”” assinatura=”José Guilherme Leal, secretário da Agricultura do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A situação atípica, de chuvas abaixo da média na região do Descoberto, já ocorre há três anos. Com isso, 36.379 hectares na área passarão por adequação. “Nunca Brasília esteve em nível de abastecimento como o de agora, e nós não podemos aumentar o consumo de água”, destacou o diretor-presidente da Adasa, Paulo Salles. De imediato, serão recuperados sete canais de irrigação que atendem a Bacia do Descoberto: o do Rodeador; do Guariroba; do Cristal; do Olaria 2ª fase; do Capão Comprido ramal 1 e 2; e do Índio. Assim, a água que antes corria por meio de valas chegará às propriedades via tubulação. As estruturas cilíndricas têm diâmetro variável, a depender da vazão da água no trecho. A expectativa é que a perda de água por evaporação e infiltração diminua em 45%. O Canal do Rodeador, que atende cerca de cem propriedades na região de Brazlândia, é uma das prioridades. Serão recuperados 32 quilômetros de canal. No entanto, será necessário buscar complementação de recursos com o governo federal, pois se trata de uma intervenção de grande porte. Ações ocorrem dentro e fora das propriedades Outra iniciativa será a recuperação de estradas de terra que dão acesso às propriedades, como forma de reverter a erosão em pontos perto do reservatório. Com isso, espera-se reduzir a deposição de sedimentos nas nascentes que deságuam no Descoberto. [Numeralha titulo_grande=”45%” texto=”Expectativa de redução da perda de água com a adoção das medidas em áreas rurais” esquerda_direita_centro=”direita”] Feitas em parceria com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), as intervenções incluem a construção de quebra-molas. Dentro das propriedades, por sua vez, serão construídas bacias de retenção para evitar o carreamento (transporte de sedimentos pela água) de partes de solo, pedras e outros materiais para os cursos d’água. O plano abrange ainda o terraceamento, ou seja, a divisão do solo em rampas niveladas para evitar a formação de sulcos e de erosões nas lavouras. Além disso, está previsto nas propriedades o revestimento dos reservatórios para irrigação com lona plástica, procedimento necessário para conservar o volume de água armazenado. Investimento na modernização do campo barra o parcelamento irregular do solo Como parte das propostas estruturantes, haverá reforço no trabalho de assistência técnica para manejo de irrigação que já é feito pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). Assim, os produtores serão conscientizados para substituir o sistema de irrigação por aspersão — conhecido como pivô — pelo de microaspersão ou gotejamento. “A substituição dos sistemas contará com financiamento por meio do Fundo de Desenvolvimento Rural, da secretaria, com crédito subsidiado”, adianta Leal. Os projetos de mudança serão elaborados pela Emater. A princípio, serão colocados R$ 5 milhões para a linha de financiamento. A inovação tecnológica vai permitir a redução do consumo. “Se eu tenho uma irrigação por aspersão que gasta 8 milímetros de lâmina d’água, num sistema de microaspersão eu passo a gastar menos de 6 milímetros. Isso é uma economia real”, defende o presidente da Emater, Argileu Martins da Silva. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O investimento na modernização do campo é uma forma até mesmo de barrar o parcelamento irregular do solo. Hoje, o desvio de uso do solo — de produção agrícola para ocupação urbana — é um dos principais fatores que levaram à restrição hídrica do território. “Com a produção rural estruturada, conseguiremos frear o parcelamento irregular”, defende o secretário da Agricultura. Recuperar a vegetação nas áreas degradadas da Bacia do Descoberto é outra atividade prevista no conjunto de ações apresentadas para o setor. O plantio de mudas na região, já promovido pelo governo de Brasília em parceria com a comunidade, será fortalecido. “A recomposição vegetal é fundamental para recuperarmos as nascentes”, destaca Leal. A estimativa é que a região do Descoberto tenha 224 nascentes, mas outras podem vir a ser identificadas por meio do trabalho de campo. Edição: Raquel Flores
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Cerrado do DF é protegido por cinco reservas biológicas
O início da desocupação do Parque Ecológico Ezechias Heringer e da Reserva Biológica do Guará, neste mês, expôs a necessidade de manter as unidades de conservação de proteção integral. Além da do Guará, o Distrito Federal tem mais quatro reservas no território: a do Lago Descoberto; a do Gama; a do Cerradão, no Jardim Botânico; e a da Contagem, em Sobradinho. Somente esta não é administrada pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram). As reservas biológicas são criadas para preservação total da fauna, da flora e das características ambientais nelas presentes. Por isso, o acesso e a visitação são restritos e permitidos apenas para pesquisa científica, conforme prevê o Sistema Distrital de Unidades de Conservação, definido pela Lei Complementar nº 827, de 22 de julho de 2010. Araras voam na área da Reserva Biológica do Descoberto. Foto: Andre Borges/Agência Brasília No Distrito Federal, elas são fortemente impactadas pela expansão urbana e pela ação humana. Dessa forma, o desafio da gestão ambiental é garantir que não se tornem apenas manchas verdes entre as cidades, mas de fato cumpram a função de preservação para a qual foram criadas. “As pressões do entorno das reservas biológicas se refletem no interior delas”, conta o coordenador de Unidades de Conservação do Ibram, Paulo César Magalhães Fonseca. [Olho texto='”As pressões do entorno das reservas biológicas se refletem no interior delas”‘ assinatura=”Paulo César Magalhães Fonseca, coordenador de Unidades de Conservação do Ibram” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Construções irregulares prejudicam área de proteção A ocupação irregular é uma das ameaças a que está submetida a Reserva Biológica do Gama, criada pelo Decreto nº 11.261, de 16 de setembro de 1988, como reserva ecológica. Em 2008, ela teve o status alterado por força do Decreto nº 29.704, de 17 de novembro. Com isso, a proteção foi ampliada. A área tem 136 hectares e deve ser protegida por causa da mata ciliar do Rio Alagado. O relevo é acidentado, com encostas íngremes e suscetíveis à erosão. Por isso, as construções ilegais no interior da unidade, resultado do parcelamento das chácaras vizinhas, é extremamente prejudicial. Também suscetível a parcelamentos irregulares, a Reserva Biológica do Descoberto tem função estratégica para a proteção dos cursos d’água que abastecem a região. A unidade soma 434,5 hectares, distribuídos em uma faixa de 125 metros ao redor do reservatório. A área protegida foi estabelecida por meio do Decreto nº 26.007, de 5 de julho de 2005. A reserva é, no entanto, constantemente ameaçada por chacareiros que insistem em ampliar áreas de plantio para dentro dos limites da unidade. “Para combater o problema, fazemos um trabalho de educação ambiental com os ocupantes das propriedades em volta do lago e incentivamos a revegetação por meio do programa Descoberto Coberto”, explica Fonseca. [Olho texto=”A Reserva Biológica do Descoberto tem função estratégica para a proteção dos cursos d’água que abastecem a região” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A recomposição da flora é feita com espécies típicas do Cerrado e resulta de uma parceria com a comunidade do local. Conservação ambiental é a regra das reservas biológicas Integridade da vegetação é uma das marcas da Reserva Biológica (Rebio) do Cerradão, no Jardim Botânico. Ela recebe esse nome em razão da ocorrência da fitofisionomia do Cerrado — ou seja, a forma como ele se apresenta — densa e similar a uma mata. A área mede 54 hectares, com ocorrência de espécies como copaíba, pequi, ipê e jacarandá. O alto grau de conservação da flora atrai também uma diversidade de animais, desde roedores até mamíferos de médio porte. Eles são, no entanto, alvo fácil de atropelamento ao cruzar a Estrada Parque Contorno. “Felizmente, não temos problemas com fogo dentro da reserva ou construções irregulares”, destaca o coordenador de Unidades de Conservação do Ibram. A Rebio do Cerradão foi criada pela Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, como Área de Relevante Interesse Ecológico. Em 2010, por sua vez, a unidade teve a proteção ampliada e foi transformada em Reserva Biológica por meio do Decreto nº 31.757, de 2 de junho de 2010. Proteção para livre circulação dos animais [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Única unidade do gênero sob responsabilidade do governo federal no DF, a Reserva Biológica da Contagem, em Sobradinho, foi criada por meio do Decreto de 13 de dezembro de 2002, da Presidência da República. O objetivo é proteger vegetação e cursos d’água na Chapada da Contagem, região com altitudes entre 1 mil e 1,2 mil metro. É a área mais elevada do território, bastante afetada pela ocupação do solo por condomínios. A unidade tem 3.460 hectares e abriga também dois pontos de captação de água, no Ribeirão Contagem e no Córrego Paranoazinho, que abastecem a região administrativa. O local funciona também como corredor ecológico entre o Parque Nacional de Brasília e a Bacia do Rio Maranhão. O Cerrado se apresenta como campo sujo, ou seja, com ocorrência de arbustos de forma espaçada. Edição: Vannildo Mendes
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Entenda o racionamento de água no DF
O racionamento de água por sistema de rodízio que será feito em 14 regiões administrativas abastecidas pela Barragem do Descoberto (veja a arte) entrou no terceiro dia e já atingiu parte de Ceilândia, Recanto das Emas, Riacho Fundo II, Vicente Pires, Colônia Agrícola Samambaia, Vila São José, Jóquei, Santa Maria, DVO, Sítio do Gama, Polo JK e Residencial Santa Maria. A rede está em fase de religação e de estabilização do sistema nesses lugares. Nesta quarta-feira (18), a interrupção ocorreu no Gama. No site da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) é possível ver a ordem do revezamento. Um quadro detalha os dias em que cada área será atingida. As células em vermelho indicam a interrupção; em amarelo, o restabelecimento; e em verde, o fornecimento normal. A partir de 30 de janeiro, a Caesb vai diminuir a pressão da rede nas regiões abastecidas pelo Sistema Torto/Santa Maria (nomes na área amarela da arte). Até lá, a companhia informa que fará testes e regulagens de válvulas na área. Ambas as medidas estão previstas na Resolução nº 20, de novembro de 2016, da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa-DF). ENTENDA O RACIONAMENTO Por que o racionamento não é feito em todo o Distrito Federal? O rodízio só ocorre em regiões abastecidas pelo reservatório da Barragem do Descoberto, que está com o nível de sua capacidade abaixo de 20%. No ano passado, a Caesb fez a redução de pressão e depois, por dez dias, rodízio de abastecimento nas áreas supridas pelos sistemas de águas isoladas (Brazlândia, Sobradinho e Sobradinho II, Planaltina e São Sebastião). Já o reservatório de Santa Maria ainda está com cerca de 40% de seu volume útil. Mesmo assim, serão tomadas medidas no sistema do qual ele faz parte para que haja redução do consumo. Por que não é aconselhável estocar água neste período? Segundo a Caesb, estocar água pode aumentar o desperdício. Além disso, caso os recipientes fiquem abertos, tornam-se ambiente propício para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da febre ckikungunya, do zika vírus e da febre amarela. Por que é importante manter a caixa d’água limpa? É necessário verificar a boia, que precisa estar nova e limpa. Sem abastecimento, o volume de água descerá, e, com a caixa vazia e suja, quando a Caesb religar a rede, a sujeira subirá e a água para consumo não terá qualidade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Quando terminará o rodízio? A ideia do regime de racionamento é economizar água para manter os níveis do reservatório para o período de seca. Por isso, o governo de Brasília ainda não estabeleceu uma data final. Quais são os principais motivos da crise hídrica? A Bacia do Alto Descoberto tem registrado, historicamente, um volume de chuvas de 669 milímetros de setembro a dezembro. No mesmo período do ano passado, esse número não ultrapassou os 520 milímetros. Outro agravante foi o fato de que, nos primeiros nove dias de janeiro, houve volume de chuvas de 5,5 milímetros, que corresponde a 2,27% da média histórica para o mês — 240 milímetros. O aumento no consumo foi outro ponto determinante para a atual situação hídrica do DF, somado ao baixo investimento em obras estruturantes, principalmente as voltadas para novas captações de água. Nos últimos seis anos, o consumo subiu na ordem de 16% per capita. O que tem sido feito pelo governo para contornar o problema? Em novembro de 2016, o governo de Brasília deu início às obras da represa do Bananal, que deve ficar pronta em um ano e levará água para moradores do Plano Piloto, do Cruzeiro e do Lago Norte — 170 mil pessoas. Com capacidade de vazão de 726 litros por segundo, a bacia desafogará o Reservatório de Santa Maria. Outra obra em curso para dar mais tranquilidade ao abastecimento de Brasília é a construção de sistema de captação e distribuição de água na Barragem de Corumbá 4, próximo a Luziânia (GO). Com investimentos do DF, de Goiás e do governo federal, a previsão é que o reforço fique pronto em 2018. A Caesb ainda tem um projeto — que está licitado, mas aguarda a liberação de recursos da União para o início das obras — para captar, armazenar, tratar e distribuir água do Lago Paranoá. É o Sistema Paranoá, que atenderá cerca de 600 mil moradores do Paranoá, de São Sebastião, do Lago Norte, de Sobradinho, de Sobradinho II, dos condomínios do Grande Colorado e de Planaltina. Edição: Raquel Flores
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Caesb recomenda não estocar água no rodízio de fornecimento
A Barragem do Descoberto estava com 18,85% da sua capacidade na sexta-feira (13), enquanto o mínimo ideal é de 60%. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília 3.1.2017 O uso consciente da água, estimulado pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), deve ser intensificado durante o rodízio de fornecimento que Brasília terá a partir de segunda (16). O presidente da empresa, Maurício Luduvice, classifica como “indispensáveis” duas dicas para esse período: não fazer estoques e manter a caixa d’água limpa. São dois avisos que se somam ao já reiterado pela companhia de frear o desperdício o máximo possível. Caso as pessoas façam consumo moderado, a quantidade que fica na caixa é suficiente para o dia sem abastecimento. A Barragem do Descoberto estava com 18,85% da sua capacidade na sexta-feira (13), enquanto o mínimo ideal é de 60%. “Estocar água pode aumentar o desperdício, e, caso os recipientes fiquem abertos, viram ambiente propício para o mosquito da dengue”, alerta Luduvice. Se o estoque é prejudicial, a atenção à caixa d’água deve ser redobrada. É necessário mantê-la sempre limpa para ter água de qualidade em casa. “Verifiquem a boia. Ela precisa estar nova e limpa, pois, sem abastecimento, o volume vai descer. E, estando vazia e suja, quando religar, a sujeira vai subir”, explica o presidente da Caesb. [Olho texto='”Estocar água pode aumentar o desperdício, e, caso os recipientes fiquem abertos, viram ambiente propício para o mosquito da dengue”‘ assinatura=”Maurício Luduvice, presidente da Caesb” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os dois alertas reforçam as listas de atitudes pelo uso racional dos recursos hídricos. São elas: não deixar a torneira pingando, o que leva a um desperdício de cerca de 48 litros por dia; tomar banhos de até cinco minutos, o que equivale a 30 litros de água; manter a piscina de casa vazia; trocar a mangueira pela vassoura na limpeza de calçadas e por balde, se for necessário lavar o carro. No caso de plantas e flores, o ideal é usar o regador. Como e por que haverá rodízio no fornecimento de água O rodízio consiste em ciclo de um dia sem abastecimento (a partir das 8 horas), seguido de dois dias para religar e estabilizar o sistema, e três de situação normalizada. As áreas afetadas são Águas Claras, Candangolândia, Ceilândia, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Park Way, Recanto das Emas, Riacho Fundo I, Riacho Fundo II, Santa Maria, Samambaia, Taguatinga e Vicente Pires (veja lista abaixo). Cerca de 1,8 milhão de pessoas serão atingidas pela medida. A alternância no fornecimento de água já havia sido ventilada em novembro de 2016, quando o nível do Descoberto esteve abaixo dos 20% pela primeira vez, e a Adasa publicou a Resolução nº 20 para estabelecer o regime de racionamento. Foi uma das oito publicadas pela agência reguladora desde a percepção da escassez hídrica. A medida foi necessária por conta do baixo índice das chuvas, algo não esperado à época. Como a ideia é economizar água para manter os níveis do reservatório para o período de seca, o governo de Brasília ainda não estabeleceu uma data final para o regime de racionamento. Construções de outros sistemas captadores de água Em novembro, o governo de Brasília deu início às obras da represa do Bananal. A novidade vai custar aos cofres públicos cerca de R$ 20 milhões e deve ficar pronta em um ano. O Bananal levará água para moradores do Plano Piloto, do Cruzeiro e do Lago Norte — 170 mil ao todo. Com capacidade de vazão de 726 litros por segundo, a bacia desafogará o Reservatório de Santa Maria, responsável pelo abastecimento dessas três regiões administrativas. É a primeira grande obra para melhorar o abastecimento no DF em 16 anos. Além do subsistema do Bananal, outra obra em curso para dar mais tranquilidade ao abastecimento de Brasília é a construção de sistema de captação e distribuição de água na barragem de Corumbá 4, próximo a Luziânia (GO), que conta com investimentos do DF, de Goiás e do governo federal. A previsão é que o reforço fique pronto em 2018, em benefício de brasilienses e goianos. A Caesb ainda tem um projeto para captar, armazenar, tratar e distribuir água do Lago Paranoá, que está licitado, mas aguarda a liberação de recursos da União para o início das obras. Quando ficar pronto, o Sistema Paranoá atenderá cerca de 600 mil moradores do Paranoá, de São Sebastião, do Lago Norte, de Sobradinho, de Sobradinho II, dos condomínios do Grande Colorado e de Planaltina. Primeiro ciclo do rodízio no fornecimento de água 16 de janeiro (segunda-feira) Interrupção: Ceilândia Oeste, Recanto das Emas e Riacho Fundo II 17 de janeiro (terça-feira) Interrupção: Vicente Pires, Colônia Agrícola Samambaia, Vila São José, Jóquei, Santa Maria, DVO, Sítio do Gama, Polo JK e Residencial Santa Maria Religação e estabilização: Ceilândia Oeste, Recanto das Emas e Riacho Fundo II 18 de janeiro (quarta-feira) Interrupção: Gama Religação e estabilização: Vicente Pires, Colônia Agrícola Samambaia, Vila São José, Jóquei, Santa Maria, DVO, Sítio do Gama, Polo JK, Residencial Santa Maria, Ceilândia Oeste, Recanto das Emas e Riacho Fundo II 19 de janeiro (quinta-feira) Interrupção: Águas Claras (zona baixa), Park Way, Núcleo Bandeirante, C.A. IAPI, Candangolândia, Setor de Postos e Motéis e Metropolitana, Vila Cauhy, Vargem Bonita, Ceilândia Leste e Samambaia Religação e estabilização: Gama, Vicente Pires, Colônia Agrícola Samambaia, Vila São José, Jóquei, Santa Maria, DVO, Sítio do Gama, Polo JK e Residencial Santa Maria 20 de janeiro (sexta-feira) Interrupção: Guará I e II, Polo de Modas, CABS, Lúcio Costa, SQB, CAAC, Taguatinga Sul, Arniqueiras, Areal e Riacho Fundo I Religação e estabilização: Águas Claras (zona baixa), Park Way, Núcleo Bandeirante, C.A. IAPI, Candangolândia, Setor de Postos e Motéis e Metropolitana, Vila Cauhy, Vargem Bonita, Ceilândia Leste, Samambaia e Gama 21 de janeiro (sábado) Interrupção: Águas Claras (zona alta), Concessionárias e Taguatinga Norte Religação e estabilização: Guará I e II, Polo de Modas, CABS, Lúcio Costa, SQB, CAAC, Taguatinga Sul, Arniqueiras, Areal, Riacho Fundo I, Águas Claras (zona baixa), Park Way, Núcleo Bandeirante, C.A. IAPI, Candangolândia, Setor de Postos e Motéis e Metropolitana, Vila Cauhy, Vargem Bonita, Ceilândia Leste e Samambaia 22 de janeiro (domingo) Interrupção: Ceilândia Oeste, Recanto das Emas e Riacho Fundo II Religação e estabilização: Águas Claras (zona alta), Concessionárias, Taguatinga Norte, Guará I e II, Polo de Modas, CABS, Lúcio Costa, SQB, CAAC, Taguatinga Sul, Arniqueiras, Areal e Riacho Fundo I Edição: Vannildo Mendes
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Rodízio no fornecimento de água da Barragem do Descoberto se inicia na segunda-feira (16)
O presidente da Caesb, Maurício Luduvice, anunciou as medidas para a preservação dos níveis da Barragem do Descoberto nesta quinta-feira (12). Foto: Tony Winston/Agência Brasília As regiões administrativas abastecidas pela Barragem do Descoberto passarão por rodízio no fornecimento de água a partir de segunda-feira (16). As primeiras serão Ceilândia, Recanto das Emas e Riacho Fundo II. O nível do reservatório abaixo de 20% e o índice pluviométrico menor do que o esperado em dezembro e janeiro levaram a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa-DF) e a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) a adotar a medida para assegurar capacidade hídrica para o próximo período de seca na cidade. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (12), em entrevista coletiva. O rodízio ocorrerá em um ciclo de um dia sem abastecimento (a partir das 8 horas), dois dias para religar e estabilizar o sistema e três de situação normalizada. As áreas afetadas são Águas Claras, Candangolândia, Ceilândia, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Park Way, Recanto das Emas, Riacho Fundo I, Riacho Fundo II, Santa Maria, Samambaia, Taguatinga e Vicente Pires (veja lista abaixo). Cerca de 1,8 milhão de pessoas serão atingidas pela medida. Não é de agora que se estuda a alternância no fornecimento de água. A possibilidade já havia sido ventilada em novembro de 2016, quando o nível da água do Descoberto esteve abaixo dos 20% pela primeira vez e a Adasa publicou a Resolução nº 20, para estabelecer o regime de racionamento. Foi uma das oito publicadas pela agência reguladora desde a percepção da escassez hídrica. Na ocasião, optou-se por esperar as chuvas, mas não foi suficiente. Na manhã desta quinta-feira (12), o volume na Bacia do Descoberto estava em 18,94%. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a média histórica do índice pluviométrico no DF em janeiro é de 225 milímetros (mm). Em 2017, a marca dos dez primeiros dias do ano é de 19 mm, ou seja, menos de 10% do registrado ao longo dos anos. Em visita ao Inmet na quarta-feira (11), o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, ouviu a explicação sobre o bloqueio atmosférico que impede que as precipitações cheguem ao DF. Regiões abastecidas pelo Santa Maria terão pressão da água reduzida Assim como ocorreu com as regiões abastecidas pelo Descoberto em novembro, as que têm abastecimento hídrico pelo reservatório de Santa Maria terão a pressão da água reduzida. A medida começa em 30 de janeiro. Como o reservatório está em torno de 40% (41,22% na manhã de hoje), ainda não será feito rodízio de fornecimento de água. “Reduzimos a captação de 5,1 mil litros por segundo para 4,4 mil litros por segundo com a redução de pressão. Com o rodízio de fornecimento, o objetivo é diminuir em mais 10%, para garantirmos a preservação dos níveis da Barragem do Descoberto no período de seca”, explicou o presidente da Caesb, Maurício Luduvice. As medidas seguem um conjunto de ações para amenizar a crise hídrica, a exemplo da cobrança de tarifa de contingência sobre a conta de consumo, a restrição no horário para captação por caminhões-pipa e a orientação para estabelecimentos como lava a jato. Construções de outros sistemas captadores de água Em novembro, o governo de Brasília deu início às obras da represa do Bananal. A novidade vai custar aos cofres públicos cerca de R$ 20 milhões e deve ficar pronta em um ano. O Bananal levará água para moradores do Plano Piloto, do Cruzeiro e do Lago Norte — 170 mil ao todo. Com capacidade de vazão de 726 litros por segundo, a bacia desafogará o reservatório de Santa Maria, responsável pelo abastecimento dessas três regiões administrativas. É a primeira grande obra para melhorar o abastecimento no DF em 16 anos. Além do subsistema do Bananal, outra obra em curso para dar mais tranquilidade ao abastecimento de Brasília é a construção de sistema de captação e distribuição de água na Barragem de Corumbá 4, próximo a Luziânia (GO), que conta com investimentos do DF, de Goiás e do governo federal. A previsão é que o aquífero fique pronto em 2018. A água captada nele servirá a brasilienses e goianos. A Caesb ainda tem um projeto para captar, armazenar, tratar e distribuir água do Lago Paranoá, que está licitado, mas aguarda a liberação de recursos da União para o início das obras. Quando ficar pronto, o Sistema Paranoá atenderá cerca de 600 mil moradores do Paranoá, de São Sebastião, do Lago Norte, de Sobradinho, de Sobradinho II, dos condomínios do Grande Colorado e de Planaltina. Primeiro ciclo do rodízio no fornecimento de água 16 de janeiro (segunda-feira) Interrupção: Ceilândia Oeste, Recanto das Emas e Riacho Fundo II 17 de janeiro (terça-feira) Interrupção: Vicente Pires, Colônia Agrícola Samambaia, Vila São José, Jóquei, Santa Maria, DVO, Sítio do Gama, Polo JK e Residencial Santa Maria Religação e estabilização: Ceilândia Oeste, Recanto das Emas e Riacho Fundo II 18 de janeiro (quarta-feira) Interrupção: Gama Religação e estabilização: Vicente Pires, Colônia Agrícola Samambaia, Vila São José, Jóquei, Santa Maria, DVO, Sítio do Gama, Polo JK, Residencial Santa Maria, Ceilândia Oeste, Recanto das Emas e Riacho Fundo II 19 de janeiro (quinta-feira) Interrupção: Águas Claras (zona baixa), Park Way, Núcleo Bandeirante, C.A. IAPI, Candangolândia, Setor de Postos e Motéis e Metropolitana, Vila Cauhy, Vargem Bonita, Ceilândia Leste e Samambaia Religação e estabilização: Gama, Vicente Pires, Colônia Agrícola Samambaia, Vila São José, Jóquei, Santa Maria, DVO, Sítio do Gama, Polo JK e Residencial Santa Maria 20 de janeiro (sexta-feira) Interrupção: Guará I e II, Polo de Modas, CABS, Lúcio Costa, SQB, CAAC, Taguatinga Sul, Arniqueiras, Areal e Riacho Fundo I Religação e estabilização: Águas Claras (zona baixa), Park Way, Núcleo Bandeirante, C.A. IAPI, Candangolândia, Setor de Postos e Motéis e Metropolitana, Vila Cauhy, Vargem Bonita, Ceilândia Leste, Samambaia e Gama 21 de janeiro (sábado) Interrupção: Águas Claras (zona alta), Concessionárias e Taguatinga Norte Religação e estabilização: Guará I e II, Polo de Modas, CABS, Lúcio Costa, SQB, CAAC, Taguatinga Sul, Arniqueiras, Areal, Riacho Fundo I, Águas Claras (zona baixa), Park Way, Núcleo Bandeirante, C.A. IAPI, Candangolândia, Setor de Postos e Motéis e Metropolitana, Vila Cauhy, Vargem Bonita, Ceilândia Leste e Samambaia 22 de janeiro (domingo) Interrupção: Ceilândia Oeste, Recanto das Emas e Riacho Fundo II Religação e estabilização: Águas Claras (zona alta), Concessionárias, Taguatinga Norte, Guará I e II, Polo de Modas, CABS, Lúcio Costa, SQB, CAAC, Taguatinga Sul, Arniqueiras, Areal e Riacho Fundo I Edição: Marina Mercante
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Primeiros dias de janeiro tiveram temperaturas altas e pouca chuva
Às 13h30 desta quarta-feira (11), a Barragem do Rio Descoberto estava com 19,20% da sua capacidade. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília 3.1.2017 Os primeiros dez dias de janeiro foram os mais quentes dos últimos três anos, e o índice de chuvas para o período ficou em 19,9 milímetros, menos de um terço do verificado em 2016, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Mesmo sendo comuns as temperaturas elevadas no verão, a combinação é preocupante diante da maior crise hídrica da história do DF. Às 13h30 desta quarta-feira (11), a Barragem do Rio Descoberto estava com 19,20% da sua capacidade — o menor índice já registrado —, e o reservatório de Santa Maria, com 41,41%. O ideal é que os dois se mantenham acima dos 60%. Segundo levantamento do instituto, a temperatura média do decêndio ficou em 30,9 graus. O dia mais quente foi a segunda-feira (9), quando os termômetros atingiram a máxima de 32,2 graus. No mesmo período de 2016, a média ficou em 27,5 graus, e em 2015, em 28,9 graus. Nos três anos, os valores foram maiores que a média climatológica (1961-1990) para o mês, que é de 26,9 graus. [Olho texto='”A formação de nuvens foi inibida, a temperatura, elevada e a umidade do ar sofreu baixa (devido ao fenômeno El Niño)”‘ assinatura=”Ingrid Monteiro Peixoto, meteorologista do Inmet” esquerda_direita_centro=”esquerda”] No caso das chuvas, em 2016 o acumulado dos dez dias ficou em 64,4 milímetros. Em 2015, o índice foi de 15,2 milímetros. Apesar do baixo volume no acumulado de chuva em 2017 — 19,9 milímetros — o valor é ligeiramente maior que a precipitação observada no mesmo período de 2015. “O acumulado considerado normal para o mês de janeiro (inteiro) é de 247,4 milímetros”, explica a meteorologista do Inmet Ingrid Monteiro Peixoto. Ela atribui as mudanças ao fenômeno El Niño, responsável pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, que provocou bloqueio atmosférico e influenciou no regime de chuva do Brasil desde 2014. “A formação de nuvens foi inibida, a temperatura, elevada e a umidade do ar sofreu baixa”, elenca. O governador Rodrigo Rollemberg esteve na manhã desta quarta-feira (11) na sede do Inmet, no Sudoeste, para avaliar a previsão de chuva para as próximas semanas. Previsão de chuvas para os próximos dias De acordo com o instituto, o Centro-Oeste está agora sob a influência do fenômeno La Niña, de menor intensidade, que esfria as águas do Pacífico Equatorial e traz um panorama favorável no que diz respeito às chuvas. “De hoje (11) até 19 de janeiro, esperamos um acumulado de 100 a 125 milímetros, o que não vai contribuir de imediato, mas pode aliviar a crise dos reservatórios”, adianta Ingrid. Embora o primeiro decênio de janeiro seja relativamente seco, a previsão para os próximos dias é de chuva, que pode vir acompanhada de raios, rajada de ventos e granizo. Mesmo assim, as temperaturas devem continuar altas, inclusive no período noturno, por dias consecutivos. “Esperamos fechar o mês dentro da média ou ligeiramente acima”, prevê a meteorologista. Ainda segundo ela, a previsão para fevereiro e março também deve ser de um volume maior de precipitações. Edição: Vannildo Mendes
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Marco legal fortalece agroecologia e produção orgânica no DF
A agricultura sustentável passa a ter respaldo legal com a publicação, no Diário Oficial do Distrito Federal desta quarta-feira (11), da Política Distrital de Agroecologia e Produção Orgânica. A Lei nº 5.801, de autoria do Poder Executivo e da deputada distrital Luzia de Paula (PSB), estabelece os critérios para a atividade rural sem o uso de agrotóxicos e de acordo com os ciclos do Cerrado. A medida se destina a garantir a preservação do meio ambiente e proteger os recursos naturais do território. A agricultura orgânica, aquela que não se vale de defensivos químicos, é desenvolvida no DF há cerca de 30 anos. Até então, a atividade contava apenas com a legislação federal — mais genérica e sem detalhamentos para os diversos biomas do país. Agora, será possível pensar iniciativas de fortalecimento do setor e criar linhas de crédito específicas, por exemplo. A manutenção das áreas rurais do DF é um dos principais objetivos da lei. “Ao criar uma política local, tratamos todos da cadeia produtiva com a mesma importância. Geramos emprego e renda e damos condição de os produtores continuarem em suas terras”, explica a gerente de Agricultura Orgânica e Agropecuária Sustentável da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Juliana Viana. Segundo ela, é possível inclusive evitar o parcelamento irregular das terras. [Olho texto='”Ao criar uma política local (de agroecologia), tratamos todos da cadeia produtiva com a mesma importância”‘ assinatura=”Juliana Viana, gerente de Agricultura Orgânica e Agropecuária Sustentável” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A Política Distrital de Agroecologia e Produção Orgânica também é um mecanismo para combater a escassez hídrica e a destruição de mananciais. Isso porque reforça a premissa de que a produção deve estar em harmonia com o solo e os recursos naturais. “A lei trata da produção de alimentos e também da de água, pois prevê técnicas de irrigação localizadas”, conta Juliana. Dessa forma, os produtores abrem mão de mecanismos como a aspersão via pivô. Bacia do Descoberto é área preferencial para agroecologia O padrão de cultivo estimulado pela lei tem possibilidade de expansão na região da Bacia do Descoberto, em Brazlândia. Lá, as áreas são de pequeno porte, em geral voltadas para subsistência. “Nada impede que grandes propriedades também desenvolvam a agroecologia e a produção orgânica, mas a experiência mostra que os produtores familiares têm bastante potencial para a atividade”, explica a gerente. A legislação local também estabelece 3 de outubro como Dia Distrital da Agroecologia, e 19 de outubro como Dia do Produtor Orgânico. É uma forma de dar maior visibilidade ao setor. O dispositivo legal ainda precisa ser regulamentado por meio de decreto, que deve ser publicado em 90 dias. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Edição: Vannildo Mendes
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Consumo de água deve continuar reduzido em 2017
Nível do reservatório da Barragem do Descoberto no fim de 2016 equivalia à metade do volume registrado em 2015. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília O consumo consciente da água no Distrito Federal continua como prioridade em 2017. Mesmo com o início do período de chuvas, a cidade vive a maior crise hídrica da história. Em 30 de dezembro de 2016, o volume da Barragem do Rio Descoberto, que abastece 65% da população, chegou a 22,9% — metade do registrado em 2015, 45,8%. De acordo com levantamento da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa-DF), este é o menor número já aferido no reservatório. A comparação é ainda mais drástica se feita em relação a 2013, quando o índice estava em 92,7%. Responsável pelo abastecimento de 22% de Brasília, o reservatório de Santa Maria segue o padrão decrescente no volume da água. Em 30 de dezembro de 2016, o nível estava em 42,6%, pouco mais da metade que no ano anterior, que alcançou 77,7% na mesma data. Três anos antes, em 2013, o índice era de 96,9%. Às 7h30 desta quarta-feira (4), a Barragem do Rio Descoberto estava com 21,29% da sua capacidade, e o reservatório de Santa Maria, com 42,13%. O ideal é que os dois se mantenham acima dos 60%. Outros 13% dos habitantes do DF consomem água vinda de córregos e mananciais. “Percebemos que, a cada fim de ano, os índices são os menores já registrados, isso é algo que nos preocupa muito”, diz o diretor da Adasa Israel Pinheiro Torres. Segundo ele, a autarquia monitora os números e aposta nas medidas de contenção adotadas pelo governo local em 2016, como a cobrança da tarifa de contingência, a redução da pressão da água em 13 regiões administrativas, a restrição no horário para captação por caminhões-pipa e a orientação para estabelecimentos como lava a jato. Também foram tomadas medidas como um acordo com agricultores para restringir o uso de irrigadores e a obrigatoriedade de redução do consumo de água em 10% nos órgãos do governo de Brasília. Menos chuvas no DF em dezembro “Diminuímos a vazão de água captada no Descoberto em 15,7% — de 5,1 mil para 4,3 mil litros por segundo —, mas não descartamos a hipótese de racionamento”, ressalta o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Maurício Luduvice, que acrescenta que a meta é diminuir a quantidade da vazão em 20%. [Olho texto=”“Precisamos que todos preservem esse recurso finito. Vamos reduzir o consumo ao máximo, já que a chuva não chegou da forma que gostaríamos.”” assinatura=”Maurício Luduvice, presidente da Caesb” esquerda_direita_centro=”direita”] A possibilidade de racionamento ganha força caso o volume de água fique abaixo de 20%. Adasa e Caesb estudam formas de amenizar a crise sem ter de recorrer à medida, que, para ser aplicada, levará em conta três fatores: o ritmo de queda das bacias, as previsões de chuva para o DF e o nível de consumo pela população. “Precisamos que todos preservem esse recurso finito. Vamos reduzir o consumo ao máximo, já que a chuva não chegou da forma que gostaríamos”, reforça Luduvice. Segundo dados da Caesb, o volume de chuva em dezembro de 2015 estava em torno de 50%, em 2016, não atingiu 25%. No acumulado de setembro a dezembro, o registro foi de 498 milímetros, um pouco a mais que em 2015, que registrou 450 milímetros. Mesmo assim, o ritmo de recuperação dos níveis do Descoberto é insuficiente, uma vez que a Bacia do Alto Descoberto tem registrado, historicamente, um volume de 669 milímetros nesse mesmo período. Participação popular no combate à crise hídrica Para situar o público sobre a seca no DF, a Adasa criou um site sobre o assunto, além de investir em campanhas educativas. “A divulgação é essencial para que a população tenha ideia do que se passa. Percebemos que houve uma resposta significativa das pessoas, que se sensibilizaram com a baixa nos reservatórios”, diz o diretor da Adasa. O presidente da Caesb também apela para que o público use a água de forma consciente. “As férias já são um período em que o consumo diminui, mas precisamos avançar.” Outros sistemas de captação de água no DF Para desafogar os reservatórios existentes, o governo de Brasília conta com outras três apostas. Com as obras iniciadas em novembro, o subsistema do Bananal deverá levar água para 170 mil moradores do Plano Piloto, do Cruzeiro e do Lago Norte a partir de 2017. Em parceria com o governo de Goiás, o Sistema Produtor Corumbá 4 deve abastecer 1,3 milhão de pessoas em residências nas duas unidades da Federação. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Há ainda o projeto de captação de água no Lago Paranoá, em tratativas. Quando ficar pronto, o Sistema Paranoá atenderá cerca de 600 mil moradores do Paranoá, de São Sebastião, do Lago Norte, de Sobradinho, de Sobradinho II, dos condomínios do Grande Colorado e de Planaltina. Edição: Marina Mercante
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Produtores rurais receberão mudas para ajudar na preservação da APA do Descoberto
Produtores rurais que atuam próximo à Barragem do Descoberto receberão mudas nativas do Cerrado. O objetivo é promover o plantio e incentivar a participação popular na recuperação ambiental do reservatório responsável pelo abastecimento de 65% do DF. Cerca de 14 mil plantas já foram entregues desde novembro. O restante, 2,2 mil, será distribuído em dezembro. A ação faz parte do projeto Descoberto Coberto e será marcada por um evento nesta sexta-feira (9) no Haras Vale Feliz (espaço educacional às margens do Lago do Descoberto), a partir das 9 horas. As 16,2 mil mudas foram doadas pela Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb). Desde 2009, foram mais de 190 mil exemplares distribuídos em parceria com outras instituições. Somente da Caesb são 90 mil. Todas elas foram plantadas ao redor da área de proteção ambiental (APA) do Descoberto. [Olho texto=”A Barragem do Descoberto é responsável pelo abastecimento de água de 65% do Distrito Federal.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segundo o gerente de gestão ambiental corporativa da Caesb, Vladimir Puntel, a adesão dos produtores cresceu ao longo do tempo. “A ideia é expandir ainda mais a participação popular com a revitalização de toda a bacia do lago, dando ênfase à recuperação ambiental e à valorização das maiores vocações dessa região, rural e hídrica”, explica o gerente. Também fazem parte da ação a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento (Adasa-DF); a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF); o Instituto Brasília Ambiental (Ibram); a Agência Nacional de Águas (ANA); o Ministério Público do DF e Territórios; a World Wide Fund (WWF Brasil); a The Nature Conservancy (TNC); e a Associação dos Produtores e Protetores da Bacia do Descoberto (Pró-Descoberto). Descoberto Coberto: celebrando novas parcerias 9 de dezembro (sexta-feira) Às 9 horas No Haras Vale Feliz (espaço educacional às margens do Lago do Descoberto)
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Pressão nas redes de água será reduzida em quatro regiões nesta quarta (7)
Para diminuir o consumo de água e contribuir para a superação da crise hídrica em Brasília, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) vai reduzir a pressão nas redes de água de mais quatro regiões administrativas: Gama, Recanto das Emas, Riacho Fundo II e Santa Maria. A medida será tomada a partir desta quarta-feira (7), das 7 às 19 horas, e seguirá em vigor até que o nível da Barragem do Descoberto ofereça segurança para o abastecimento. O programa de redução de pressão já chegou a Ceilândia, à Colônia Agrícola Samambaia, a Samambaia e a Vicente Pires, regiões também abastecidas pelo Descoberto, cujo nível se encontra baixo (23,31% na manhã de hoje). O objetivo da Caesb é alcançar de 5% a 10% de economia no consumo. Somada à tarifa de contingência e à chegada do período chuvoso, a expectativa é que essa diminuição permita um processo mais consistente de recuperação dos reservatórios. Próximas reduções de pressão nas redes de água 12 de dezembro (segunda-feira) Águas Claras, Arniqueiras, Taguatinga, Riacho Fundo I 14 de dezembro (quarta-feira) Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Park Way
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Captação de água do córrego Crispim vai reduzir consumo na Barragem do Descoberto
A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) começou a captar água do córrego Crispim, no Gama. A nova fonte garantirá o abastecimento de cerca de 15 mil moradores da região (10% da população), além de reduzir o consumo na Barragem do Descoberto. A medida contribui para a recuperação do nível do reservatório, que até quarta-feira (23) estava em 20,15%. Estão sendo captados 40 litros por segundo. Para tanto, foram reativados 3 quilômetros e construídos mais 180 metros de redes de 300 mm de diâmetro. A água passa por um tratamento simplificado e depois é encaminhada para o reservatório do Gama, de onde é distribuída para a população. Segundo o superintendente de produção de água da Caesb, Diogo Gebrim, “a água dessa região é considerada de ótima qualidade, pois é captada junto às nascentes em uma área ainda bastante preservada”. Redução no consumo de água no DF A Caesb constatou que nos meses de agosto, setembro e outubro de 2016, na comparação com 2015, houve redução no consumo de 9,2%. Nesses três meses de 2016, foram consumidos 45.509.072 metros cúbicos de água em todo o DF. No período de 2015, o consumo total foi de 50.134.569 metros cúbicos. Também houve queda significativa na vazão de captação de água na Barragem do Descoberto. Com isso, a companhia passou a captar menos água bruta para ser tratada e distribuída à população. Nos meses de setembro e outubro deste ano, a Caesb captava 5,1 mil litros por segundo para abastecer o DF. Neste mês de novembro, foram 4,4 mil litros por segundo, o que representa redução da ordem de 13,7%.
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Regiões abastecidas pelo Descoberto terão pressão da água reduzida
A partir desta quarta-feira (23), a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) começará o procedimento de redução de pressão nas redes de água em 13 regiões da cidade. A diminuição ocorrerá das 7 às 19 horas em locais abastecidos pela barragem do Descoberto. A primeira região a receber a medida será Ceilândia, onde técnicos da Caesb passarão cerca de três dias para ajustar válvulas e registros, seguindo calendário pré-estabelecido. O objetivo da estatal é reduzir de 5 a 10% o consumo de água na região. A redução continua em vigor até que a companhia considere o nível dos reservatórios seguros para o abastecimento da cidade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A medida segue um conjunto de ações para amenizar a crise hídrica no DF, como a cobrança de tarifa de contingência sobre a conta de consumo, a restrição no horário para captação por caminhões-pipa, e a orientação para estabelecimentos como lava-jatos. O governo também elabora a minuta do Projeto de Lei da Permeabilidade, que estabelecerá regras para captação e destinação das águas da chuva, com o objetivo de fortalecer o abastecimento. Nível do reservatório da barragem do Descoberto Com o início do período chuvoso, o Rio Descoberto, responsável pelo abastecimento de 65% do Distrito Federal, apresentou leve aumento de volume do reservatório. Até a manhã desta segunda-feira, o nível da água atingiu 20,07%. Há uma semana, em 14 de novembro, era 19,91%. De acordo com a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa), Brasília poderá passar por racionamento de água caso o volume fique abaixo de 20%. Segundo a Caesb, o plano não necessariamente será aplicado de forma automática após o reservatório baixar desse patamar. Para colocá-lo em prática, serão levados em conta três fatores: o ritmo de queda das bacias, as previsões de chuva para o DF e o nível de consumo de água pela população. Calendário de redução de pressão nas regiões administrativas Novembro 23 (quarta-feira) — Ceilândia 28 (segunda-feira) — Vicente Pires, Colônia Agrícola Samambaia Dezembro 2 (sexta-feira) — Samambaia 7 (quarta-feira) — Riacho Fundo II, Recanto das Emas, Gama, Santa Maria 12 (segunda-feira) — Águas Claras, Arniqueiras, Taguatinga, Riacho Fundo I 14 (quarta-feira) — Park Way, Candangolândia, Núcleo Bandeirante
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Adasa autoriza racionamento de água no DF
A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa) autorizou nesta segunda-feira (7) a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) a implementar o racionamento de água em Brasília. A medida poderá ser aplicada a partir do momento em que o nível da Barragem do Descoberto atingir menos de 20% do seu volume útil. A Barragem do Descoberto nesta segunda-feira (7): nível de água está pouco acima dos 20%. Foto: Tony Winston/Agência Brsaília Até as 17h40 de hoje, a bacia apresentava 20,68%. A restrição no abastecimento na capital do País está amparada pela Resolução nº 20, de 2016, detalhada em entrevista coletiva pelo diretor-presidente da autarquia, Paulo Salles. De acordo com a Caesb, o plano não necessariamente será aplicado de forma automática após o reservatório atingir nível abaixo de 20%. Por meio de nota, a companhia informou que levará em conta três fatores: o ritmo de queda das bacias, as previsões de chuva para o DF e o nível de consumo de água pela população. O diretor-presidente da Adasa, Paulo Salles. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília Se considerada necessária, a operação para poupar o recurso hídrico deverá ser informada aos moradores das áreas afetadas com o prazo mínimo de 24 horas. O princípio da equidade será observado, ou seja, todas as regiões administrativas atendidas pelo reservatório de Santa Maria e pela Barragem do Descoberto — responsáveis por abastecer 85% da população do DF — passarão pelo racionamento de forma igual. O estado de restrição prevê ainda a redução na pressão da rede, medida que faz com que a água saia com menos força das torneiras. Paralelamente, o governo vai intensificar as campanhas educativas. Antes de iniciar o racionamento, a Caesb precisará informar em seu site quais serão as regiões afetadas, bem como identificar as ruas e os lotes. A companhia terá o dever de quantificar a população que terá o recurso interrompido e os horários dos desligamentos. A resolução extingue do racionamento hospitais, hemocentros, centros de diálise e estabelecimentos de internação coletiva, a exemplo do Complexo Penitenciário da Papuda. Barragem Santa Maria tem volume de água próximo a 41%. Foto: Tony Winston/Agência Brasília De acordo com Paulo Salles, não é possível estimar quando o plano será suspenso. “Vai depender de uma série de fatores, como a quantidade de chuvas e o empenho da população em economizar. Nosso monitoramento é sistemático e, quando entendermos que há patamares de segurança hídrica, interromperemos o racionamento”, disse. Tarifa de contingência Com o volume da Barragem do Descoberto baixo, a Caesb já havia anunciado, em 24 de outubro, o início da cobrança de taxa de contingência. A tarifa pode ser de 40%, conforme decisão judicial. A taxa é aplicada para quem consome mais de 10 metros cúbicos (ou 10 mil litros) de água por mês. Cerca de 40% da população do DF consome menos do que o estabelecido e, portanto, não será atingida. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Edição: Marina Mercante
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Aliança pelo Descoberto fortalece a maior bacia de abastecimento do DF
Ganhou força o diálogo entre governo e sociedade em relação às atividades de proteção do principal manancial de abastecimento de água de Brasília, com o lançamento, nesta quinta-feira (3), da Aliança pelo Descoberto. O evento foi realizado na Associação Rural e Cultural Alexandre Gusmão, em Brazlândia. Aliança pelo Descoberto visa proteger o maior manancial de abastecimento de água de Brasília. Foto: Andre Borges/Agência Brasília A iniciativa integra todos os projetos ambientais de conservação na região hidrográfica da Bacia do Descoberto. Sozinha, essa grande fonte abastece 65% da capital do País, mas atravessa momento delicado com a escassez de chuvas dos últimos anos, entre outros motivos. Durante a solenidade, 40 produtores fixados na área de proteção da bacia receberam o cadastro ambiental rural (CAR). O registro é obrigatório para todos os imóveis e tem o objetivo de integrar informações, como áreas de preservação permanente, de reserva legal, de florestas e de remanescentes da vegetação nativa. [Olho texto='”Aqui temos pessoas que abraçam a causa. Trabalhando juntos poderemos virar o jogo em prol da natureza e dos recursos hídricos”‘ assinatura=”André Lima, secretário do Meio Ambiente” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O secretário do Meio Ambiente, André Lima, disse estar honrado e esperançoso pelo desenvolvimento sustentável do DF. “Aqui temos pessoas que abraçam a causa. Trabalhando juntos poderemos virar o jogo em prol da natureza e dos recursos hídricos”, destacou. “Precisamos do apoio de toda a sociedade para vencer a guerra contra a ocupação irregular do solo, um dos maiores problemas ambientais do DF”, acrescentou o secretário de Agricultura e Abastecimento, José Guilherme Leal. Para o diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu Binacional, Nelson Miguel Friedrich, a construção dessa aliança nasceu da vontade de preservar a maior riqueza que temos. “É necessário envolvermos as comunidades, as pessoas, conscientizar os usuários de que água é vida”, reforçou. A empresa promove, desde 2003, o programa Cultivando Água Boa, iniciativa que tem o objetivo de promover melhor gestão das águas brasileiras e que atua em 29 municípios pelo País. Em sintonia com o tema proposto pelo 8º Fórum Mundial da Água — que será em Brasília em 2018, o grupo mapeará ações de entidades de gestão e proteção aos recursos hídricos que atuam na região e órgãos dos governos local e federal. Atualmente, ocorrem dez projetos nas redondezas da bacia voltados para garantir a integridade da água. Um deles é Descoberto Coberto, criado em 2011 e coordenado pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa). A instituição trabalha na recuperação ambiental das margens da represa com o plantio de árvores nativas Pacto das Águas da Microbacia Guariroba Outro marco da noite foi a assinatura do Pacto das Águas da Microbacia Guariroba, que reúne um grupo de cerca de 50 proprietários rurais. O objetivo é promover a gestão sustentável na região por meio de ações como fiscalização de grilagem e parcelamento do solo, reflorestamento com vegetação nativa e destinação adequada de resíduos sólidos. A moradora Marian Miranda de Andrade, de 52 anos, recebeu Cadastro Ambiental Rural. Foto: Andre Borges/Agência Brasília A medida conta com adesões entusiasmadas. “Esperamos que essa rede seja uma forma de garantir a preservação das nossas águas”, disse a moradora Marian Miranda de Andrade, de 52 anos, que vive no local desde 2012. Ela foi um dos produtores que receberam o cadastro ambiental rural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Com ele, vai plantar batata e cebola na sua chácara de dois hectares. Para o produtor de hortaliças Valdomiro Lucindo de Oliveira, de 77 anos, também cadastrado, a aliança é essencial para a economia da região. “Sem água não há comida, não há vida, precisamos preservar”. [Olho texto='”Sem água não há comida, não há vida, precisamos preservar”‘ assinatura=”Valdomiro Lucindo de Oliveira, produtor rural” esquerda_direita_centro=”direita”] O agricultor, que vende seus produtos na feira de Brazlândia há 18 anos, participou da apresentação sobre conscientização ambiental, promovida por alunos do Centro Educacional Irmã Maria Regina Velares Regis. A criação do grupo faz parte da abertura da Semana do Descoberto, que ocorre até quarta-feira (9). Durante o período, serão apresentados projetos de conservação da bacia, com assinatura de acordos de cooperação técnica, debates e discussões com estudantes e moradores da região. Ações envolvem toda a área de proteção do lago [Numeralha titulo_grande=”14,9 quilômetros quadrados” texto=”Extensão da barragem do Descoberto, que abastece 65% de Brasília e tem capacidade de captar 5,2 mil litros de água por segundo” esquerda_direita_centro=”esquerda”] As ações envolvem a área de proteção ambiental em volta do reservatório de água, o Parque Estadual do Descoberto (GO) e a Floresta Nacional de Brasília. Compartilhado com o Estado de Goiás, o Lago Descoberto, que integra a bacia, é o maior manancial de abastecimento do DF, sendo responsável pelo fornecimento de água de quase dois terços da população brasiliense. Águas Claras, Candangolândia, Ceilândia, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Park Way, Recanto das Emas, Riacho Fundo I e II, Samambaia, Santa Maria, Taguatinga e Vicente Pires também recebem água desse manancial. A barragem tem 14,9 quilômetros quadrados de extensão — que abrange parte de Ceilândia, de Brazlândia (DF) e de Águas Lindas (GO). A capacidade de captação é de 5,2 mil litros por segundo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=””] Edição: Vannildo Mendes
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