Complexo Cultural de Planaltina recebe a mostra Lumiato com três peças de teatro de sombras
Com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC-DF) e apoio do Complexo Cultural de Planaltina, a Mostra Lumiato, com sessões gratuitas de teatro de sombras, promete encantar públicos de todas as idades, nos próximos três fins de semana. A iniciativa, realizada pela Companhia Lumiato Teatro, é uma referência nacional e internacional na linguagem do teatro de sombras contemporâneo e apresenta três espetáculos que combinam arte visual, narrativa poética e temáticas sensíveis e relevantes. O teatro de sombras é uma linguagem em que utiliza luz e sombra, em projeções de silhuetas de personagens, figuras e cenários. O projeto é voltado a estudantes dos ensinos fundamental e médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) ー tanto da rede pública como da privada ー e aberto a famílias e à comunidade em geral. A mostra reúne as montagens Iara – O Encanto das Águas, 2 Mundos e Memória Matriz. Os espetáculo da Mostra Lumiato propõem reflexão sobre lendas indígenas e colonização da América, entre outros temas | Fotos: Divulgação/Diego Bresani De acordo com os organizadores, cada obra propõe uma experiência artística única e reflexiva, abordando desde lendas da cultura indígena até questões ligadas à colonização das Américas e à memória feminina transmitida por gerações. O diretor e fundador da Cia. Lumiato, Thiago Bresani, conta que a mostra é resultado do trabalho de pesquisa da companhia com a linguagem do teatro de sombras para diferentes faixas etárias. “Cada espetáculo tem uma faixa etária e é diferente dentro dessa linguagem. Com isso, o público terá três percepções e experiências diferentes com a linguagem”, explica. Bresani conta que algumas apresentações contam com tradução em libras (língua brasileira de sinais) e audiodescrição. As peças Cada espetáculo é dedicado a uma faixa etária ⇒ Iara – O Encanto das Águas (classificação livre) apresenta a história de um jovem indígena que tem um sonho enigmático com uma mulher sobrenatural. Em busca de respostas, ele recorre ao pajé da aldeia e acaba descobrindo os mistérios da lenda da sereia brasileira, mergulhando também nas profundezas do próprio destino. Sessões abertas ao público: sexta-feira (8), às 10h, 15h e 19h, e sábado (9), às 17h. ⇒ 2 Mundos (classificação 12 anos) é inspirado no processo de colonização, propõe uma reflexão sobre o encontro — e o confronto — entre culturas. A partir de um conflito trágico, a narrativa aponta para uma nova possibilidade de esperança e reconstrução. Sessões abertas ao público: sexta-feira (15), às 15h e 19h, e sábado (16), às 19h. ⇒ Memória Matriz (classificação 14 anos) aborda a relação entre mãe e filha, marcada pelos legados geracionais e pelas tecnologias de gênero que determinados contextos históricos impõem sobre o processo de tornar-se mulher. Com delicadeza e força, o espetáculo provoca uma reflexão sobre identidade, afeto e resistência. Sessões abertas ao público: sexta-feira (22), às 15h e 19h, e sábado (23), às 19h.
Ler mais...
Sem programa para o fim de semana? Aproveite a agenda cultural de Brasília
Após a agitação dos bloquinhos de rua do Carnaval, este fim de semana oferece diversas opções culturais proporcionadas pelos equipamentos públicos do Distrito Federal. A programação conta com exposições, teatro, dança, lançamentos de livros e músicas, brechós e comédia- tudo com fomento do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Espaço Cultural Renato Russo A Cia de Comédia é uma das atrações do Espaço Cultural Renato Russo | Foto: Divulgação Localizado na 508 Sul, o Espaço Cultural Renato Russo traz uma diversidade de atrações culturais no sábado (17) e no domingo (18). Um dos destaques é a Cia de Comédia 100 Punch no sábado, às 20h, no Teatro de Bolso. A classificação indicativa é de 16 anos, e o ingresso pode ser adquirido pelo Sympla. Na Sala Multiúso do espaço público, o espetáculo teatral Onírico toma forma entre esta sexta-feira e domingo, às 19h. Retornando para a segunda temporada, a apresentação foi construída a partir da discografia da cantora e compositora Taylor Swift. A peça retrata a jornada de uma escritora em busca de uma história que recomeça sempre que um coração tem a oportunidade de amar. A classificação indicativa é de 14 anos, e a entrada custa R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Já o Teatro Galpão Hugo Rodas será palco do espetáculo de dança Corpus, da companhia de dança afro-contemporânea Corpos Entre Mundos. A apresentação, que traz uma reflexão sobre o conceito de corpo ser amplo e não algo perfeito e facilmente definido, será às 20h, no sábado e às 18h no domingo. A classificação é livre, e os ingressos podem ser adquiridos pelo Sympla. A mostra ‘Metamorfoses: fluxos entre cores e formas‘ está em cartaz na Galeria Rubem Valentim | Foto: Divulgação Ainda no Renato Russo, a Galeria Rubem Valentim segue com a exposição Metamorfoses: fluxos entre cores e formas, do pintor costa-riquenho-alemão Osvaldo Orias. As obras estarão disponíveis para visita até 3 de março, de terça a domingo, das 10h às 20h. As pinturas sintetizam as impressões e inspirações do artista sobre a paisagem brasileira, bem como as influências centro-americanas e europeias. A entrada é gratuita, e a atração é indicada para todos os públicos. Atrações diversificadas No sábado, o Complexo Cultural de Planaltina será o ponto de lançamento do livro Selenitas, do autor Gê Vitor, às 20h. A obra mergulha nas histórias e situações do povo cigano, focando o universo feminino da cultura. Embora aborde questões sociais de maneira séria, a narrativa busca um olhar mais profundo em encantamentos, movimentos musicais, paladares e tradições ritualísticas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Nos mesmos dia e local, serão ministradas aulas de balé do Studio Bruna Soares, às 12h30. No domingo, o maracatu toma o espaço na rua, com o grupo Tumaraca, às 13h. Mais tarde haverá aulas gratuitas de capoeira de Angola, com a turma do No Pé do Berimbau. Já o Complexo Cultural de Samambaia recebe mais uma edição do Perifa Brechó, com artesanato e gastronomia , além de uma DJ. O evento será no sábado, entre as 15h e as 19h. O Espaço Infinu, por sua vez, será palco da performance Travesti brasileira, com a artista Medro. A entrada é gratuita, e o evento terá início às 20h deste sábado.
Ler mais...
Festival de cinema para crianças é destaque neste domingo (10)
Neste fim de semana iniciou-se o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e, no domingo (10), a criançada já pôde se divertir com uma programação para lá de especial no Cine Brasília. O chamado “Festivalzinho” reuniu 10 curtas-metragens com classificação livre para sensibilizar o público infantil para o cinema nacional. A programação para as crianças se repete no dia 16 de dezembro, às 10h; e no Complexo Cultural de Planaltina nos dias 13, às 9h, e 14 de dezembro, às 14h. A entrada é gratuita. Dirigido à criançada, o “Festivalzinho” reuniu 10 curtas-metragens com classificação livre para sensibilizar o público infantil para o cinema nacional | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O “Festivalzinho” é como se fosse um programa no qual os filmes passam em sequência, podendo cada um ter entre um e 20 minutos. A duração total das exibições é de aproximadamente uma hora. Antes de iniciar com as mostras, a criança tem a oportunidade de assistir a um teatro ao vivo com duas apresentadoras que introduzem, de forma lúdica e educativa, temas sobre o cinema local. O ‘Festivalzinho’ conta com a participação de duas apresentadoras que introduzem, de forma lúdica e educativa, temas sobre o cinema local “É uma oportunidade única para as crianças conhecerem o cinema brasileiro. Não é uma exibição comum, são pessoas que não estão no meio comercial, mas estão fazendo arte tão boa quanto. São diversos curtas em formatos diferentes, como clipe e animação. Para as crianças, isso é ótimo porque é dinâmico e permite que elas tenham contato com várias linguagens em uma só ida ao Cine Brasília”, defendeu uma das apresentadoras, Paula Sallas. Para a apresentadora Elisa Carneiro, o mais importante é conscientizar as crianças sobre a qualidade das exibições que são produzidas no Brasil. “O ‘Festivalzinho’ também é uma formação de público. Hoje, as salas de filmes estão sempre dentro de shoppings. Aqui, fica em uma quadra. O nosso papel, antes de o filme começar, é de fazer essa mediação para embarcar no universo da arte”, afirmou. A funcionária pública Ada Cordeiro, 40 anos, é mãe do Joaquim, de dois anos. Eles participaram do Festivalzinho e elogiaram os filmes exibidos. “Foi ótimo e muito interessante. O Joaquim interagiu bastante no último, do Papai Noel. Foi a primeira vez dele no cinema e ele não tem hábito de assistir televisão, então foi uma experiência única”, avaliou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A nutricionista Aline Figueiredo, 43 anos, também levou o filho Miguel, de oito anos, para assistir aos curtas. Para ela, é importante incentivar as criações nacionais. “É a primeira vez que a gente vem ao ‘Festivalzinho’. Achei superlegal. O mais divertido é a criançada vir e sair do cinema tradicional e incentivar a assistir aos filmes que são feitos aqui”, pontuou. A Aline também é uma frequentadora assídua do festival de cinema mais longevo do país. De acordo com ela, a participação no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é de longa data, hábito estimulado pelo pai que, agora, é repassado por ela ao filho Miguel. “Eu lembro quando eu era criança, meu pai me buscava na Escola Classe e a gente vinha de uniforme assistir aos filmes. Era tradição. Esse ano não vou deixar de participar, tentarei vir na terça-feira”, compartilhou. Para conferir a programação completa do evento, acesse o site do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Ler mais...
Plano vai otimizar gestão do Museu Histórico e Artístico de Planaltina
O Museu Histórico e Artístico de Planaltina (MHAP) ganhará duas ferramentas fundamentais para a gestão do espaço cultural: um plano museológico e um regimento interno. O documento será apresentado à comunidade em 8 de novembro, às 10h, durante audiência pública no Complexo Cultural de Planaltina. De grande valor patrimonial para o DF, o Museu Histórico e Artístico de Planaltina (MHAP) conta a história da construção de Brasília | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Instalado em um casarão do final do século X19, exemplar do estilo colonial rústico, o MHAP tem um forte valor histórico para o Distrito Federal. O espaço serviu de hospedagem para comissões e caravanas que vieram ao Planalto Central para realizar os estudos que fundamentaram a criação da nova capital do Brasil. “O acervo do museu também conta a história da construção de Brasília por meio de fotos, móveis e utensílios de época. Um dos primeiros pianos da capital federal está aqui, por exemplo”, afirma o administrador de Planaltina, Wesley Fonseca Fraga. “O valor cultural do MHAP é incomensurável. Por isso, buscamos formas de melhorar a organização e o gerenciamento do local.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O desenvolvimento do plano museológico foi orientado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com a participação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec). O documento foi baseado na legislação brasileira para museus e nas recomendações fornecidas pelo Instituto Brasileiro de Museus (lbram), pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Conselho Internacional de Museus (Icom). “É um conjunto de orientações e regras que devem ser seguidas por funcionários, visitantes e expositores, para que tudo que seja feito dentro do museu siga uma legislação específica. O plano evitará que a maneira de gerir o MHAP varie de gestão para gestão”, explica Fraga. “O documento que será apresentado na audiência pública deve passar pelo crivo da comunidade. Estamos abertos a fazer modificações, de acordo com as sugestões apresentadas.” Audiência pública – Apresentação do plano museológico do MHAP ? Data: 8 de novembro ? Horário: 10h ? Local: Complexo Cultural de Planaltina (ao lado do prédio da Administração Regional).
Ler mais...
Teatro recebe R$ 20 milhões do GDF em quatro anos
Nesta terça-feira (19) é comemorado o Dia Nacional do Teatro, data que homenageia uma das manifestações artísticas mais antigas do mundo. Nos últimos quatro anos, o Governo do Distrito Federal (GDF) investiu mais de R$ 20 milhões em diversos espaços públicos que abrigam a arte. De acordo com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), a pasta é responsável pela gestão de 13 equipamentos públicos (espaços culturais) que estão aptos para receber apresentações cênicas no DF. Entre eles estão palcos tradicionais na região central como o Cine Brasília, o Complexo Cultural Renato Russo, o Eixo Cultural Iberoamericano e locais responsáveis por descentralizar a arte, como os Complexos Culturais de Planaltina e Samambaia e a Casa do Cantador, em Ceilândia. Projetos da Secretaria de Cultura levam o teatro para locais como escolas | Foto: Arquivo/Agência Brasília O subsecretário do Patrimônio Cultural da Secec, Felipe Ramon, afirma que “existe a previsão de ampliação da acessibilidade do público e da oferta de espetáculos teatrais dentro dos equipamentos da Secretaria de Cultura.” R$ 2 milhões via FAC Programas como o Fundo Nacional da Cultura (FAC) e a Lei de Incentivo à Cultura (LIC) são importantes instrumentos de fomento ao teatro na capital federal | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília O fomento à expressão artística pelo GDF vai além dos espaços públicos e também envolve o investimento em projetos teatrais por meio de R$ 2 milhões do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) do DF, que leva o teatro de forma gratuita para a população, por meio de apresentações nos equipamentos públicos, nas escolas e até mesmo nas ruas. “A política para teatro, pelo FAC, é via editais públicos. Lançamos o edital com várias categorias e os artistas viram proponentes de propostas de todas as linguagens artísticas, muitas delas de teatro. Então, existem linhas que são direcionadas para o teatro e projetos livres também na área. Tudo vai depender de como o agente cultural se inscreve. Esse ano estão disponibilizados, até o momento, R$ 2 milhões para contemplar o teatro em dois módulos diferentes do FAC”, explica Cecília Carvalho, coordenadora do fundo de apoio da Secec. O FAC é o principal instrumento de fomento às atividades artísticas e culturais da Secec, que oferece apoio financeiro para projetos selecionados por editais públicos. A principal fonte de recursos do fundo consiste em 0,3% da receita corrente líquida do GDF. [Olho texto=”“Temos vários mecanismos de fomento no DF que permitem que a cultura permaneça como atividade além do entretenimento, como economia criativa que gera emprego e renda”” assinatura=”Arthur Cavalcante, ator e produtor cultural” esquerda_direita_centro=”direita”] Produtor e ator de teatro há 25 anos, Arthur Cavalcante é um apaixonado pela arte e destaca a importância do fomento para a classe artística e para a população. “O FAC é referência para o Brasil e precisa ser louvado, é um grande fomento para a cultura do DF. Temos o edital de fluxo contínuo, que permite que a cultura do DF saia para outros lugares. Além disso, temos a Lei de Incentivo à Cultura (LIC), que é muito interessante. Então, temos vários mecanismos de fomento no DF que permitem que a cultura permaneça como atividade além do entretenimento, como economia criativa que gera emprego e renda”, comemora Cavalcante. O Programa Conexão Cultura DF é voltado à promoção e difusão da arte e cultura produzida no quadradinho e também engloba o teatro. “As vagas podem abranger manutenção dos grupos, circulação externa de projetos locais para fora do DF, qualificação e formação daqueles que trabalham com o teatro e do público em geral. Também estão inclusos montagem de espetáculos, figurinos e cenografia”, diz a diretora de Implementação e Fomento de Modalidades Culturais da Secec, Suzana de Bortoli. Espaço para crescer [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Arthur Cavalcante acredita que Brasília é reconhecida nacionalmente por ser um celeiro de produção teatral e que a arte ainda tem um amplo espaço para crescer na cidade. “Temos uma cena efervescente, que cada vez mais está se consolidando com grupos e artistas. Sinto que temos a liberdade de criar e conceber formas diferentes de produção e ainda muito espaço para crescer, com um público que entende o valor da arte de Brasília”, acredita o ator e produtor. Para ampliar ainda mais as manifestações artísticas de Brasília, o GDF está reformando o Teatro Nacional Claudio Santoro (TNCS), com investimentos de R$ 60 milhões. A primeira etapa da obra consiste na construção da infraestrutura para atender às normas vigentes, com duas novas saídas de emergência e um reservatório de incêndio, e no restauro da Sala Martins Pena e da fachada marcante do teatro. Com a reforma, a capacidade da sala, inclusive, será ampliada de 407 para 497 espectadores. A reforma do Teatro Nacional Claudio Santoro receberá investimento de R$ 60 milhões | Foto: Renato Alves/Agência Brasília O Teatro Nacional foi projetado por Oscar Niemeyer em 1958 para ser o principal equipamento cultural da nova capital do Brasil. Foi chamado inicialmente de Teatro Nacional de Brasília, mas, a partir de 1989, mudou de nome em homenagem ao maestro e compositor que fundou a orquestra sinfônica do Teatro.
Ler mais...
Cinema, teatro e shows animam Brasília neste fim de semana
As atrações incentivadas pelas secretarias de Cultura e Economia Criativa (Secec) e de Turismo (Setur) contemplam gostos diversos a partir desta quinta (7), indo do sertanejo a exposições, passando por peças de teatro e outras atividades culturais. Escolha seu evento para aproveitar esse feriadão! Mundo agro A capital do país é palco do agronegócio com a chegada da Expoabra 2023, na Granja do Torto. A exposição ocorre até 17 de setembro, com entrada gratuita para todos os públicos. A Setur estará presente com um estande para promover Brasília por meio de um tour virtual gratuito e de distribuição de material turístico. Na programação diurna, chamam a atenção a exposição de raças bovinas como senepol e nelore e de raças equinas, como mangalarga marchador e árabe. O evento conta com palestras e oficinas para quem vive ou se interessa pelo agronegócio. Entre os temas, a influência do fenômeno El Niño, fruticultura, um olhar atento à influenza aviária e as previsões climáticas. À noite, sobem ao palco nomes da música sertaneja, incluindo João Gomes, Tarcísio do Acordeon, Felipe Araújo e Zezé di Camargo e Luciano. Teatro Fotos: Divulgação Entre as atrações culturais que a capital recebe neste fim de semana, está o espetáculo Cidade sem Palavras, com entrada gratuita, sábado (9) e domingo (10), às 20h, no CIA Lábios da Lua, localizado no Setor Sul do Gama. Idealizado pela trupe Trabalhe Essa ideia, a peça mostra uma cidade com pessoas sem nomes próprios e restritas ao uso de apenas algumas palavras, uma condição imposta pela prefeita. Sob o argumento de construir um mundo ideal, a prefeita indica a função que cada habitante terá – até o dia que nasce um menino que a deixa sem palavras. Neste fim de semana o Grupo Pele apresenta O Labirinto de Vidro, na sala Yara Amaral do Sesi de Taguatinga. O espetáculo une dança, circo e música autoral para explorar as complexidades da realidade atual, marcada pelo isolamento social e pela constante exposição nas redes sociais. As sessões serão sexta (8), às 20h, e domingo (10), às 19h. A classificação indicativa é livre e os ingressos estão disponíveis no site do Sympla. A única peça de teatro escrita por Gabriel García Márquez volta aos palcos de Brasília. Diatribe de Amor conta a história da personagem Graciela Jaraiz de la Vera, que se prepara para comemorar bodas de prata, deixando claro que a festa será a última da vida dela. O monólogo, que fala sobre o machismo, será exibido de sexta (8) e sábado (9), às 20h, e domingo (10), às 19h, no Espaço Cultural Renato Russo. Os ingressos estão disponíveis pelo Sympla. E no CEU das Artes de Ceilândia, o Grupo Tripé apresenta a peça Todo Mundo Perde Alguma Coisa aos 8 anos, que retrata a transição da infância para a adolescência na socialização de crianças, abordando masculinidade, violência, culto às armas, padronização de corpos, entre outros temas. A classificação é para 16 anos e as sessões serão de sexta (8) a domingo (10), sempre às 20h. Sábado também tem sessão às 17h. Os ingressos são gratuitos e estão disponíveis no Sympla. Exposições O Museu Vivo da Memória Candanga recebe a exposição Wombverso, de Tainá Fulô. A artista busca enaltecer a energia feminina e a estética das artes de origem africana e ameríndias. A expressão “Wombverso” é a união das palavras “womb”, que em inglês significa útero, e “universo”. No Espaço Cultural Renato Russo, na Galeria Parangolé, você poderá visitar a exposição Circuito Utópico, de Ricardo Luiz, que conta com cerca de 30 obras, feitas de 2019 até hoje, entre elas estruturas retrátil dobradas em papel, tensionadas com cabos de aço. Na Galeria Rubem Valentim, o Espaço Cultural Renato Russo apresenta a exposição Pele, Barro, Pedra, Grafite, Rio. O projeto realiza exposições individuais simultâneas de cinco artistas – Fiamma Viola, Isabela Joachims, Lea Juliana, Marianne Nassuno e Triz de Oliveira Paiva – visando aprofundar as narrativas de cada um. Cinema O Cine Brasília exibe a 12ª Mostra Ecofalante de Cinema, com filmes pautados por questões socioambientais, com entrada franca para todas as sessões. Para conferir os trailers e a programação completa é só acessar o site. Na quinta-feira (7) um dos destaques é Vento na Fronteira, de Laura Faerman e Marina Weis, sobre a resistência feminina de uma comunidade indígena frente ao agronegócio na fronteira do Brasil com o Paraguai. Também é destaque o longa A Invenção do Outro de Bruno Jorge, que traz um dos últimos registros do indigenista Bruno Pereira, morto em 2022 ao lado de Dom Philips por questões ligadas ao direito à terra indígena e ao combate ao garimpo ilegal. Na sexta-feira (8) os destaques são dois filmes: Amazônia, a nova Minamata?, de Jorge Bodanzky, sobre a luta do povo Munduruku contra o garimpo que contamina seus rios e alimentos; e O Sonho Americano e Outros Contos de Fadas, da sobrinha-neta de Walt Disney e ativista Abgail Disney e Kathleen Hughes, sobre a crise da desigualdade americana. No sábado (9), a produção americana Filhos do Katrina, de Edward Buckles Jr., e a coprodução entre EUA e Quênia, Free Money, dirigida por Lauren DeFilippo e Sam Soko se destacam. O primeiro por investigar os limites da devastação ambiental com os prejuízos deixados pelo furacão Katrina, que devastou New Orleans em 2005. O segundo por abordar as consequências de um experimento socioeconômico de renda básica universal (RBU) na aldeia queniana de Kogutu. No domingo (10), os longas Exu e o Universo, de Thiago Zanato, e Amor e Luta em Tempos de Capitalismo, de Basile Carré-Agostini, estão em exibição na tela do cinema. O título brasileiro trata da descolonização do pensamento e fortalecimento do legado Iorubá pelo mundo. Já o francês conta a história de um casal de sociólogos especialistas há mais de cinco décadas em temáticas da desigualdade frente ao acúmulo dos ultrarricos. Complexos Culturais Nesta quinta (7), o Complexo Cultural de Samambaia traz uma Oficina de Capoeira. O espaço também apresentará a peça musical Clássicos do Cinema, às 11h, com entrada franca. O Festival Ouço Vozes também ocorre no Complexo Cultural de Samambaia, sábado (9) e domingo (10), com atividades ligadas à culturas suburbanas em Samambaia. Envolverá música, circo, literatura, cinema, graffiti e manifestações de rua de forma geral. E no sábado (9), o Complexo Cultural de Planaltina recebe o Miss Continente Planaltina 2023.
Ler mais...
Atrações para o fim de semana na capital
Diversas atrações culturais como exposições, cinema e feiras serão realizadas a partir desta quinta-feira (3) até domingo (6). Os eventos contam com apoio financeiro do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF). Fique por dentro da programação gratuita para curtir o fim de semana! Exposição A mostra Projeto Corpo em Movimento: A Coreografia da Luz, que ocupa o Espaço Cultural Athos Bulcão da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), começou em 1º de agosto e vai até 1º de setembro, com entrada gratuita. A mostra com cerca de 40 imagens é resultado de três anos de trabalho da fotógrafa Júlia Salustiano com mais de 60 artistas brasileiros. As imagens foram feitas com bailarinos e acrobatas, tendo como tema a expressão corporal e a relação entre corpo e espaço, em cenários urbanos, parques, sítios históricos e locações abandonadas. Os ensaios foram realizados em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Santos, com integrantes de grandes companhias de dança nacionais, como Grupo Corpo, Cia de Dança Deborah Colker, Balé da Cidade de São Paulo e São Paulo Companhia de Dança. A mostra ‘Projeto Corpo em Movimento: A Coreografia da Luz’ fica até 1º de setembro no Espaço Cultural Athos Bulcão da CLDF | Foto: Divulgação/Júlia Salustiano Além das fotos, o público pode assistir a vídeos com artistas brasilienses retratados na mostra, dançando e falando sobre sua arte. Também estarão disponíveis para venda exemplares do livro Corpo em Movimento. Livre para todos os públicos, a exposição está aberta de segunda a sexta-feira das 8h às 19h e sábados e domingos das 9h às 17h. Feiras [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A terceira edição da Feira da Uva e do Vinho começa nesta sexta-feira (4), no Parque de Exposições de Planaltina, envolvendo gastronomia e artesanato. Também haverá shows locais e nacionais, tudo com entrada gratuita. A feira conta com a participação de produtores locais de uva e de vinho, que vão disponibilizar produtos, degustações e comercialização da fruta e derivados. O evento segue até o próximo dia 13. A visitação aos salões de exposições vai das 10h às 22h, aos sábados e domingos, e das 18h às 22h, de quarta a sexta-feira. Os shows, em cada um dos dias, estão previstos para iniciar às 23h. Confira os artistas de cada dia neste primeiro fim de semana: ? Sexta-feira (4): George Henrique & Rodrigo ? Sábado (5): Rick & Renner ? Domingo (6): Guilherme & Santiago Turismo [Olho texto=”“O turismo automobilístico é de extrema importância por atrair um público fiel para a nossa cidade, além de oferecer a oportunidade de reunir famílias com diversas atrações”” assinatura=”Cristiano Araújo, secretário de Turismo” esquerda_direita_centro=”direita”] Brasília vai sediar, entre esta quinta-feira (3) e domingo (6), a 2ª edição do Brasília Auto Indoor, o maior evento automobilístico indoor do DF. O evento será promovido no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade e contará com exposição de carros e motos, antigos e modificados, além de shows ao vivo de bandas locais e covers. A Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur) estará presente com o Centro de Atendimento ao Turista Móvel (CAT Móvel), oferecendo informações sobre os produtos e serviços turísticos no Distrito Federal e Entorno, distribuindo mapas, guias turísticos e materiais promocionais, de forma individual. A programação, gratuita, é aberta a todos os públicos, com espaços Mulher e Infantil, arena gamer, autorama, minimuseu e praça de alimentação. Cerca de seis mil pessoas devem participar do evento. “O turismo automobilístico é de extrema importância por atrair um público fiel para a nossa cidade, além de oferecer a oportunidade de reunir famílias com diversas atrações”, destaca o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. Na edição deste ano está previsto o 1° Leilão de Veículos Antigos de Brasília, neste sábado (5). Confira a programação: ? Quinta-feira (3): 15h às 0h: Abertura e exposição de carros e motos (antigos e modificados) 22h: Show com a banda cover Guns’N’Roses (SP) ? Sexta-feira (4): 19h: Curso de Pin-ups (mulheres reais, ilustradas em calendários e murais, populares nos anos 50 e 60) – Anfiteatro ? Sábado (5): 0h: Início das vendas do 1º Leilão de Veículos Antigos de Brasília – Presencial e online com transmissão nacional pelo Instagram 9h às 18h: Largada do 5º Rally de Brasília Histórica 4ª etapa Nacional de Veículos Antigos 22h: Show com a banda Queen Tribute Brazil (SP) – Palco principal Cinema O documentário ‘Máquina do Desejo’, que trata sobre a vida e o legado do fundador do Teatro Oficina, José Celso Martinez Corrêa, está em cartaz no Cine Brasília | Foto: Divulgação Entre os destaques no Cine Brasília, está o documentário Máquina do Desejo, que revela a vida e o legado do dramaturgo, ator e diretor do Teatro Oficina, José Celso Martinez Corrêa. Fundador do Teatro Oficina, ele destacou-se por uma linguagem ousada, que fomentou uma revolução nas artes cênicas do Brasil. Zé Celso, como era conhecido no meio teatral, faleceu há um mês, aos 86 anos de idade, devido aos ferimentos causados por um incêndio que atingiu sua residência. O filme em cartaz mostra sua jornada no Teatro Oficina e retrata 60 anos de trabalho e história política e artística do Teatro Oficina Uzyna Uzona, tendo Zé Celso à frente como figura central. Também integrando a programação desta semana está o premiado filme Despedida, que conta a história de Ana que, após a triste perda de sua avó, retorna à casa onde sua mãe nasceu, imersa em lendas sobre bruxas e seres misteriosos. Outra estreia da semana é a obra Depois de ser cinza, filmado em Porto Alegre e na Croácia. O filme conta a história de três mulheres envolvidas com o mesmo homem, com quem compartilham momentos e lugares especiais diferentes. Depois de ser cinza possui recursos de acessibilidade em Libras, legendas e audiodescrição por meio do aplicativo Mobi LOAD. O curta Arco do Tempo, de Juan Rodrigues, será exibido como abertura do longa em todas as sessões. O Cine Brasília fica na Asa Sul, Entrequadra 106/107. Mais informações como as sinopses, trailers e horários dos filmes estão disponíveis no site do Cine Brasília. Os ingressos estão à venda na bilheteria ou por meio deste link. Complexo Cultural Espetáculo de literatura cordel é a atração no Complexo Cultural de Planaltina no domingo (6) | Foto: Divulgação Um espetáculo de contação de histórias musicalizada ocorrerá neste domingo (6), às 16h, no Complexo Cultural de Planaltina (CCP). A apresentação utilizará o patrimônio cultural nacional da literatura de cordel e será na parte externa da arena, com entrada gratuita. Letícia Mourão estará contando histórias em forma de poesia juntamente com o músico Kleyton Santos. O evento será para toda a família, visando diversão e cultura por meio do teatro de rua e da cultura popular.
Ler mais...
Teatro, música e bonecos com a mão em espetáculo gratuito em Planaltina
Cleitinho é um funcionário dedicado de um circo que sonha em sair dos bastidores da trupe para brilhar no picadeiro. Um desafio que se torna gigante por ele não nutrir formas humanas, mas traços de um boneco feito com os movimentos mágicos das mãos. Eis a trama do espetáculo Crisálida, trabalho inédito do coletivo Por Um Fio, exibido neste sábado (17) no Complexo Cultural de Planaltina, às 18h. Realizado com aporte de quase R$ 40 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF), o projeto une teatro, música e seres inanimados para encantar o público. O espetáculo ‘Crisálida’ é resultado de cinco meses de pesquisas e experimentos na elaboração do cenário, criação dos personagens e enredo | Foto: Caren Henrique “É um projeto muito alegre, espontâneo e feliz”, resume Mike de Brito, um dos intérpretes em cena junto com Cristina Paz. “É um projeto onde a gente brinca muito, ainda mais porque trabalhamos com teatro de formas animadas. A expectativa é grande porque é nossa primeira produção pós-pandemia”, admite o artista. Criada em Planaltina, a trupe Por um Fio já se apresentou em vários locais da cidade, mas será a primeira vez no complexo cultural da região administrativa. “Para gente, está sendo muito gratificante se apresentar no espaço cultural de Planaltina, ainda mais na cidade onde o coletivo se criou e ainda continua produzindo”, destaca Mike. “Estamos muito felizes”, confessa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Crisálida é resultado de cinco meses de pesquisas e experimentos na elaboração do cenário, criação dos personagens e enredo. Os projetos do grupo, também formado pelo diretor Luciano Czar, a produtora Mariana Camargo, o sonoplasta Matheus Ribeiro e a intérprete de libras Lua Nzinga, são sempre norteados por elementos da arte popular, urbana e contemporânea. “Nos nossos trabalhos, utilizamos a arte como forma de transformação social, identidade, cidadania e expressão”, acrescenta Mariana Camargo. Serviço Espetáculo Crisálida Quando: neste sábado (17), às 18h Onde: no Complexo Cultural de Planaltina Classificação indicativa: livre para todos os públicos A entrada é gratuita, e os ingressos devem ser retirados antecipadamente no site www.sympla.com.br ou na bilheteria do Complexo Cultural de Planaltina.
Ler mais...
Festival promove debates e oficinas no Cine Brasília
Detergente, bolhas de sabão, a tensão de trabalhar diante de uma pandemia e a paixão pela poesia levaram o diretor pernambucano Taciano Valério a criar o roteiro do filme Espumas ao Vento. A revelação foi feita pelo cineasta de Caruaru no segundo dia de debates com os realizadores dos filmes da Mostra Competitiva do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB), que ocorreu nessa quarta-feira (16). Realizado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec), com a organização da sociedade civil Amigos do Futuro, o evento vem promovendo uma série de atividades ao longo do dia, como as fundamentais discussões sobre os filmes exibidos na noite anterior. [Olho texto=”“Participar é melhor do que não participar e a participação pode ser essa, sentado na plateia. Não é só ser selecionado, mas ir aos eventos, prestigiar o que tem na sua cidade”” assinatura=”Eduardo Valente, cineasta, crítico e programador de cinema” esquerda_direita_centro=”direita”] “Eu trabalhei um tempo como vendedor de detergentes e esse imaginário se misturou com a realidade artística”, contou Taciano. O belo trabalho de construção dos personagens do longa, conduzido por um elenco poderoso e coeso liderado pela atriz Rita Carelli e os veteranos Everaldo Pontes e Mestre Sebá, também foi lembrado durante o encontro, assim como a questão do pertencimento de uma produção que tem orgulho de ter sido desenvolvida no interior de Pernambuco. “Espumas ao Vento é um filme do interior e feito no interior”, destacou o diretor. Historiador e cineclubista do Rio de Janeiro, o diretor Uilton Oliveira falou da experiência de realizar Nossos passos seguirão os seus… (RJ), um filme histórico sem muito apoio das instituições que cuidam da memória cinematográfica do país. Ele também destacou a figura do operário Domingos Passos, tema do curta exibido na noite anterior. Encontros ocorreram na tarde de quarta-feira (16), no Cine Brasília | Foto: Barbara Bergamaschi Já a diretora Marisa Arraes, que divide a direção de Anticena (DF) com Tom Motta, explicou o processo metalinguístico da trama construída a partir de uma história que destaca questões como a luta de classes entre um patrão insensível e seu cozinheiro recém-demitido. “Fomos atrás de um filme que tentasse mostrar como a realidade natural das pessoas interfere na forma como elas fazem o roteiro. Mesmo o título do filme nasceu a partir dessa construção”, detalhou. Trocas e aprendizado Importantes encontros também ocorreram na tarde de quarta-feira. Um deles foi o debate O protagonismo do olhar feminino no cinema nacional reuniu Ana Johann, da Associação Brasileira de Autores Roteiristas (Abra); Maíra Carvalho, representante da Brada (coletivo de diretoras de arte do Brasil); Ana Caroline Brito, da Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (Apan); Joanna Ramos, representante do Movielas; Isabel Lorenz, representante da Figurinistas Associados de São Paulo (FigA); e Julia Zakia, da DAFB (coletivo de mulheres e pessoas transgênero do Departamento de Fotografia do Cinema Brasileiro); com a mediação da produtora Daniela Marinho, representando a Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo (ABCV) e a Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro (API). [Olho texto=”“Muitas vezes uma pessoa sabe muito bem explicar seu projeto ao vivo, mas não consegue traduzir e colocar desse mesmo modo no papel. Pensar formas de inscrição que não são só textuais é uma iniciativa democrática e que permite um acesso mais amplo de toda a população às políticas públicas”” assinatura=”Lais Valente, assessora jurídico-legislativa da Secec” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A proposta do encontro, transmitido virtualmente e com participação do público, foi discutir o protagonismo da mulher em todas as áreas de criação e produção de obras audiovisuais e, sobretudo, os desafios que ainda existem na ocupação desses espaços por mulheres. “Acho que a gente pode ir dando um passo de cada vez para chegar no lugar que a gente deseja. E o jeito da gente sobreviver a isso tudo foi se juntando. Quando são diretoras ou produtoras mulheres, em geral, as equipes possuem mais mulheres, esse número aumenta um terço, mostrando que as mulheres se acolhem. Mas não basta ser mulher, tem que ser mulher consciente, engajada e que se coloque no propósito de agir, de fato”, declarou Maíra Carvalho. Em paralelo, o festival recebeu também a palestra Festivais de Cinema: Modos de usar, de Eduardo Valente, cineasta, crítico e programador de cinema, trabalhando desde 2016 como delegado do Festival de Berlim no Brasil. O conteúdo apresentado condensou as informações de um curso oferecido por Valente na Universidade Federal Fluminense (UFF), pretendendo analisar para que serve um festival de cinema e para quem eles são feitos. Trazendo um pouco da sua extensa experiência nesses eventos, Eduardo também falou sobre como se destacar nesses eventos e pensar estratégias do que fazer com o filme em um universo de tantas produções. “A gente tem que ir se informando e tentar participar. E entrar na cara dura, porque sem cara dura no cinema a gente nem acorda, quanto mais fazer um filme, quanto mais distribuir internacionalmente”, brincou. “Participar é melhor do que não participar e a participação pode ser essa, sentado na plateia. Não é só ser selecionado, mas ir aos eventos, prestigiar o que tem na sua cidade.” [Olho texto=”“Trazer esse intercâmbio proporciona um mercado criativo, não só uma mostra competitiva. Então, eu vejo, cada vez mais, a importância desse outro lado do FBCB como um alicerce, uma fundação para que esse cinema continue evoluindo”” assinatura=”Andrey Hermuche, diretor de arte e cenógrafo ” esquerda_direita_centro=”direita”] A programação de atividades formativas seguiu ao longo da tarde com a realização do segundo painel da 1ª Conferência do Cinema Nacional, com a mesa Desvendando a Lei Paulo Gustavo. O público pôde esclarecer dúvidas com Lais Valente, assessora jurídico-legislativa da Secec, e Marcos Souza, assessor no Senado e participante ativo na criação e redação da Lei Complementar nº 195/2022. Marcos destacou que durante a tramitação da lei muitas contribuições da sociedade civil e dos agentes culturais foram incorporadas em oitivas, como, por exemplo, formas alternativas de inscrição, inaugurando o que ele chamou de uma “nova era na política pública de cultura”. A assessora da secretaria, por sua vez, comentou que a iniciativa foi importantíssima, pois existe uma tradição da oralidade muito forte na cultura brasileira, que não se reflete nas políticas culturais. “Muitas vezes uma pessoa sabe muito bem explicar seu projeto ao vivo, mas não consegue traduzir e colocar desse mesmo modo no papel. Pensar formas de inscrição que não são só textuais é uma iniciativa democrática e que permite um acesso mais amplo de toda a população às políticas públicas”, acrescentou Lais Valente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Ela destacou ainda que muitas das premissas previstas na Lei Paulo Gustavo já estão aplicadas nos editais do FAC-DF, promovido pela Secec, como, por exemplo, a implementação de cotas e pontuações diferenciadas para mulheres, pessoas pretas e pessoas LGBTQIA+, além dos projetos que tenham recursos de acessibilidade. Sobre este tema, Lais ainda aproveitou para convidar a população a participar do Conselho de Cultura do DF e de evento que será promovido no dia 28 de novembro, para formação de agentes culturais em acessibilidade. Enquanto isso, na área de convivência do Cine Brasília, o diretor de arte e cenógrafo que assina a cenografia do festival, Andrey Hermuche, concedeu a masterclass Métodos e Planejamento na Direção de Arte. O bate-papo propôs uma reflexão sobre a necessidade de um aprofundamento constante de criação e proposição do departamento de arte para a criação de novos contextos visuais. “A gente trabalha para o mundo, um mundo em transformação, e tudo se trata de uma percepção desse mundo. Como uma tecnologia hoje, até um celular, permite a uma pessoa criativa entregar produtos incríveis? Quem trabalha com a experiência do cliente tem que estar sintonizado nisso, acompanhando e estar introjetando novas linguagens, para criar em cima disso também”, defendeu. Hermuche também elogiou a diversidade das atividades do FBCB. “Eu sempre vejo como uma grande oportunidade o festival propor esses encontros de backstage com os técnicos e profissionais da área para atualizar a vivência de trabalho dentro dos processos criativos, do desenvolvimento de tecnologia, do aprendizado em diferentes praças. Trazer esse intercâmbio proporciona um mercado criativo, não só uma mostra competitiva. Então, eu vejo, cada vez mais, a importância desse outro lado do FBCB como um alicerce, uma fundação para que esse cinema continue evoluindo”, destacou. Serviço 55º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro ? Até 20 de novembro ? Local: Cine Brasília, com exibições também no Complexo Cultural de Planaltina e Complexo Cultural de Samambaia ? Confira aqui a programação completa ? Ingressos nas bilheterias *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
Ler mais...
Segundo dia do 55º Festival do Cinema marca início da Mostra Brasília
O dia 15 de novembro foi feriado, mas também foi dia de cinema para quem acompanha a 55ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB). Marcado pelo início dos debates e das mostras paralelas, a terça-feira de festival contou com a exibição de curtas e longas-metragens e com a realização de importantes discussões sobre o audiovisual brasileiro. O evento, que segue até o próximo domingo (20), é promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) em parceria com a organização da sociedade civil (OSC) Amigos do Futuro. Equipe de ‘Capitão Astúcia’ no palco do Cine Brasília | Fotos: Hugo Lira Neste que foi o segundo dia do FBCB, chamou a atenção a presença marcante dos brincantes, bonecos mamulengos, palhaços e super-heróis. Numa noite em que o público lotou o Cine Brasília para conferir a estreia da Mostra Brasília, fantasia e alegoria deram o ar da graça por meio de produções com narrativas criativas, divertidas e pitadas de non sense. Com diversas poltronas ocupadas por crianças, o curta Super-Heróis, de Rafael de Almeida, criou empatia imediata com o público infantil e adulto a partir da história de um personagem glutão e atrapalhado. Despretensioso, o filme trabalha com signos afetivos que marcaram toda uma geração e que vão desde brinquedos a vilões marcantes, como o temido Dr. Gori do seriado Spectreman. Os conflitos de uma relação na terceira idade foram o tema da comédia dramática Desamor, de Herlon Kremer, que comove o público com a história de Heloísa e Alfonso. Cine Brasília lotado Já o primeiro longa da Mostra Brasília apresentado nesta 55ª edição do FBCB foi o terno Capitão Astúcia, de Filipe Gontijo, que estreita os laços afetivos entre um jovem frustrado e seu avô sonhador apaixonado pela aventura e pela vida. Destaque para a bela atuação do veterano ator Fernando Teixeira, em papel que foge das atuações carrancudas que marcaram sua carreira. O filme, vale pontuar, é uma das obras do festival que contou, na produção, com fomento do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC). A jornada de exibições continuou com a Mostra Competitiva, que está sendo exibida no Cine Brasília, mas também, e gratuitamente, no Complexo Cultural de Planaltina e no Complexo Cultural de Samambaia. O primeiro curta da noite foi o carioca Nossos Passos Seguirão os Seus…, de Uilton Oliveira. Com narrativa experimental, o filme aposta no revisionismo histórico para contar a trajetória do operário brasileiro Domingos Passos, militante grevista dos anos 1920. “O filme fala da experiência de trabalhadores marginalizados na história do movimento operário”, destacou o diretor, chamando atenção para a reivindicação de luta que o projeto suscita. Exibido em seguida, o curta Anticena, produção do DF dirigida pela dupla Tom Motta e Marisa Arraes, traz uma engenhosa trama metalinguística ao acompanhar a trajetória de um motoboy que tem o hábito de registar suas peripécias pelas ruas da cidade. Já o longa pernambucano Espumas ao Vento, de Taciano Valério, discute o enfraquecimento e a banalização da arte popular por meio da trajetória de uma trupe de teatro de mamulengos de Caruaru. Nas entrelinhas desse drama reflexivo, que começou empolgando a plateia, estão questões como medo, perda e resgate da arte genuína do povo. Público marca presença no Cine Brasília no segundo dia do FBCB 2022 Reexistências A terça-feira (15) também foi marcada pelo início da mostra paralela Reexistências, que reuniu o público do Cine Brasília para assistir ao documentário O Cangaceiro da Moviola (MG/RJ). O filme narra a trajetória de Severino de Oliveira Souza, popularmente conhecido como Severino Dadá, que iniciou sua trajetória no cinema brasileiro ainda na década de 1960 e segue em plena atividade, tornando-se uma verdadeira referência no audiovisual. A história foi dirigida pelo cineasta e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Luís Rocha Melo, e mescla imagens atuais e de acervo, além de depoimentos e participações especiais para retratar a relação de amor entre Dadá e o cinema. Após a exibição do filme, o diretor participou de debate com os espectadores e contou um pouco sobre a sua trajetória no universo cinematográfico brasileiro. Luís Rocha também falou da relação profissional e de amizade que mantém com Dadá e frisou a relevância da função de montador. “Eles precisam ter sangue frio para saber o que cortar e o que não cortar”, pontuou. Segundo ele, as pessoas assistem a um filme e geralmente elogiam a fotografia, o roteiro, as performances dos atores, mas não pensam de forma mais abrangente, com tudo o que a sétima arte envolve. Natural de Belém (PA) e cinéfila de carteirinha, a advogada Maria de Fátima Santos Luz acompanhou a exibição e o debate sobre O Cangaceiro da Moviola. Ela conta que acompanha o Festival de Brasília desde a década de 1990 e que estava contando as horas para a volta presencial do evento. “Já tinha vindo a Brasília para acompanhar outras edições do festival e agora moro aqui há quatro anos. A pandemia infelizmente prejudicou a realização desse momento tão aguardado por quem é cinéfilo. Ficar em casa vendo streaming ou filme em televisão não é a mesma coisa e eu já não estava satisfeita com isso. Estava com saudade do festival e fico feliz pela sua retomada e por poder estar aqui”, celebrou. Debates Como já é tradição no FBCB, nas manhãs que se seguem à Mostra Competitiva ocorrem os fundamentais debates, tão acalorados e polêmicos quanto as projeções dos filmes na tela do Cine Brasília na noite anterior. Assim, a manhã de terça-feira recebeu o primeiro debate desta edição, com Mato Seco em Chamas (DF), Big Bang (MG/RN) e Ave Maria (RJ). Acompanhado por Joana Pimenta, codiretora do filme, e de parte da equipe de Mato Seco em Chamas, o cineasta Adirley Queirós falou sobre o trabalho com atores não profissionais, o desafio das impactantes direção de arte e fotografia, os bastidores de cenas e o processo de criação e desconstrução do roteiro que flertou, como já é conhecido no estilo da dupla, entre o documental e a ficção. Queirós também destacou o desafio de legitimar os espaços periféricos dentro de uma narrativa autoral. “Trabalhamos sem roteiro, com a liberdade de errar muito, mas o erro foi fundamental para que pudéssemos acertar”, registrou. “O cinema é uma aventura que discute nossas contradições.” Formativas e debates também integram a 55ª edição do FBCB | Foto: Marina Gadelha Protagonista do singelo e incisivo curta Big Bang, de Carlos Segundo, o ator paulista Giovanni Venturini, portador de nanismo, destacou o trabalho de construção do personagem marginalizado por sua condição física. “Atuei como palhaço e em espetáculos infantis, mas resolvi fechar as portas para esse tipo de papel e buscar personagens mais densos”, contou. Diretora do outro curta, o drama familiar Ave Maria, Pê Moreira não escondeu o nervosismo como realizadora debutante e a audácia sobre realizar um filme a respeito da condição de pessoas binárias de gênero. Também destacou a força do elenco majoritariamente feminino, destacando a atuação da atriz Cyda Moreno, que interpreta sua avó, Gina, falecida recentemente. “Essa personagem é um alívio no filme em relação aos outros que são tão tensos”, comparou Pê Moreira. Formativas Ainda durante a manhã deste segundo dia do FBCB, Marianne Macedo, primeira assistente de direção e continuísta, realizou, de forma virtual e gratuita, a segunda etapa da Oficina de Assistência de Direção, tendo como foco profissionais que já possuem alguma experiência no mercado audiovisual. Marianne falou sobre as divisões dos trabalhos para quem é primeiro, segundo e terceiro assistente de diretor (AD) e utilizou o filme O Sofá (2017), em que atuou como primeiro AD, para exemplificar as atividades da equipe. Ela também destacou a importância do trabalho realizado por esses profissionais. ‘‘Acredito que o AD é o braço direito do diretor ou da diretora. Esse é o profissional que coordena a obra, controla os tempos para que a filmagem seja realizada, faz a dinâmica de atuação dos atores e mantém o relacionamento das equipes, respeitando as complexidades, os deslocamentos, entre outros’’, comentou. Na parte da tarde, o Hotel Grand Mercure recebeu o primeiro painel da 1ª Conferência do Cinema Nacional, tendo como tema a reconstrução do audiovisual brasileiro. O encontro discutiu o atual cenário do mercado e procurou estabelecer metas para a reconstrução do setor, reunindo representantes da Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (Apan), Conexão Audiovisual Centro-Oeste, Norte e Nordeste (Conne), Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Cinematográfica e do Audiovisual (Sindcine), Brasil Audiovisual Independente (Bravi), além do diretor Adirley Queirós. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Na plateia lotada, estava o indígena Marcelo Cuhexê, diretor do filme Levante pela Terra, destaque da programação desta quarta-feira (16) na Mostra Brasília. “É muito importante esse encontro, porque a gente sonda o cenário que a gente tem para produzir trabalhos que tragam retorno à sociedade”, salientou. “Temos que incluir nessa direção os mais diversos povos, indígenas, de matriz africana… O Brasil é composto por essa diversidade”, defendeu. A mediadora do painel, Cíntia Domit Bittar, representando a Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro (API), achou que as discussões foram bastante produtivas, com propostas que vão contribuir na construção de uma carta de intenções. “Será uma documentação simples, com poder de registro, construída com os pontos em comum para que o governo de transição saiba que estamos cuidando, pensando a gestão como gestão”, explicou a diretora, produtora e roteirista, sócia da Novelo Filmes. “Será um documento objetivo, curto, muito certeiro e assertivo para demonstrar os nossos interesses, o que a gente encara como desafio e urgência.” Ainda entre as atividades do dia, os cinco selecionados para a Clínica de Projetos promovida pelo FBCB 2022 receberam consultorias individualizadas de seus projetos com Krishna Mahon. Um dos grandes nomes do setor audiovisual brasileiro, Krishna acumulou os prêmios Promax, APCA e Emmy ao longo de seus 30 anos de carreira. Ela foi incumbida de preparar os participantes para a difícil tarefa de defender publicamente seus projetos nos Pitchings Abertos, que ocorrem nesta sexta-feira (18), com grandes players do mercado. Mesmo diante do desafio, Krishna Mahon vibra e se emociona com cada projeto: “Eu me apaixono pelas ideias, me deixo levar pelas emoções e, então, fico muito na torcida. Me sinto muito feliz de virar a madrinha de tantos projetos. Poder fazer essas pontes e ajudar nesses laços é muito importante para mim, porque o audiovisual é isso: a gente transforma pessoas que transformam o mundo. E aqui no Festival de Brasília eu vi projetos muito bons que merecem ser feitos e chegarem ao maior número de pessoas”. Uma das contempladas para a integrar a atividade, que faz parte do Ambiente de Mercado do Festival, foi a cineasta Carina Bini, com o projeto de Pajés, série documental contemplada pelo FAC-DF, que narra oito histórias inspiradoras sobre pajés mulheres de oito etnias indígenas brasileiras. “Estar participando da Clínica com Krishna Mahon é um privilégio que o FBCB nos proporciona. Eu sou uma fã do trabalho dela, uma mulher que inspira muitos cineastas”, destacou. “É muito importante conseguirmos entender como funciona o mercado, a indústria, de forma a negociar e vender nossos projetos. E a Krishna tem um olhar de quem já ouviu, avaliou e participou de muitos pitchings, o que é muito bacana. Isso faz com que a gente amadureça os projetos.” Serviço 55º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro De 14 a 20 de novembro Local: Cine Brasília Exibições também no Complexo Cultural de Planaltina e Complexo Cultural de Samambaia Confira aqui a programação completa Ingressos nas bilheterias *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF
Ler mais...
Exposição, rimas e filmes são opções culturais do fim de semana
Algumas atrações interessantes em Brasília e no Entorno no campo da cultura, em vários segmentos, estarão disponíveis para os moradores e visitantes durante o feriadão deste fim de semana das eleições. Cantinho cultural afetivo e aconchegante da capital, o Museu de Arte de Brasília (MAB) lança, nesta sexta-feira (28), a exposição inédita Index: Arte Cidade Identidade, que traça um panorama da relac?a?o entre o desenvolvimento da arte da arquitetura brasiliense com a formac?a?o da identidade da cidade por meio de registros documentais e virtuais. [Olho texto=”“O projeto tem cara?ter ine?dito tanto em seu formato quanto em sua proposta de conteu?do, pois pretende produzir conteu?do relevante para pesquisa sobre a histo?ria da arte da cidade de Brasi?lia, desde suas primeiras manifestac?o?es ate? as produc?o?es contempora?neas”” assinatura=”Tatiana Gonçales, coordenadora do projeto ‘Index: Arte Cidade Identidade'” esquerda_direita_centro=”direita”] São, ao todo, dez minidocumentários e uma revista digital que ficarão disponíveis de forma online para consulta pu?blica e como acervo informativo. A abertura do projeto foi nesta quinta-feira (27) com a exibição dos filmes e exposição das obras dos artistas que protagonizam os vídeos. O conteúdo ficará em cartaz até janeiro de 2023. A ideia é fomentar debates durante esse período. “O projeto tem cara?ter ine?dito tanto em seu formato quanto em sua proposta de conteu?do, pois pretende produzir conteu?do relevante para pesquisa sobre a histo?ria da arte da cidade de Brasi?lia, desde suas primeiras manifestac?o?es ate? as produc?o?es contempora?neas”, revela a coordenadora do projeto, Tatiana Gonçales. “Visamos ainda mobilizar pesquisadores e artistas de Brasi?lia, promovendo na?o apenas o debate e o aquecimento desse setor, mas tambe?m o resgate das memo?rias e acontecimentos que ratifiquem a pra?tica das artes visuais como agente catalisador da cultura e identidade de Brasi?lia”, acrescenta a curadora. A exposição ‘Index: Arte Cidade Identidade’ será lançada nesta sexta-feira (28) no Museu de Arte de Brasília | Foto: Arquivo Agência Brasília Cada filme apresentado possui uma identidade poética própria. Sete artistas – Adriana Vignoli, Azul Rodrigues, Pedro Gandra, Lis Marina Oliveira, David Almeida, Rômulo Barros e Matias Mesquita – e três pesquisadores – Carlos Lin, Gabriela Izar e Angélica Madeira – participam da exposição realizada com apoio do Fundo de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). Composta por 186 páginas, a publicação digital traz a transcrição das entrevistas, além de textos críticos e imagens sobre o assunto. Para tornar a pesquisa o mais acessi?vel possi?vel, todo o conteu?do é bili?ngue e adaptado para deficientes auditivos e visuais, com audiodescrição, legendas descritivas e tradução e interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Rap Repentistas da modernidade, os rappers são os poetas sociais da vida urbana dos grandes centros e da periferia. Nome de expressão do segmento, Vinicius Jamelão é o proponente do duelo de rimas do II Encontro das Batalhas de Planaltina, que será realizado neste fim de semana no complexo cultural da cidade. O evento conta ainda com apresentações musicais, dança e grafite. LoboFest No Cine Brasília, eterno palco da mostra de cinema mais longeva e tradicional do país, até sábado (29) os amantes da sétima arte poderão contar com a programação do LoboFest – Festival Internacional de Filmes. Dedicado, exclusivamente, aos trabalhos de curta-metragem, o evento conta com cerca de 80 títulos. O destaque deste fim de semana é o suspense Sinfonia da Necrópole, de Juliana Rojas. A fita será exibida na Sessão Saci, às 22h30. Serviço ?Lançamento do projeto Index: Arte Cidade Identidade no Museu de Arte de Brasília – MAB (SHTN Trecho 1, projeto Orla Polo 03, Lote 05) Entrada gratuita. Confira o site do projeto. ?II Encontro das batalhas, sexta (28), às 18h, e 29/10, às 19h, no Complexo Cultural de Planaltina. ?14ª Edição Lobofest – Festival Internacional de Filmes, até sábado (29), no Cine Brasília, com entrada franca. Destaque para a exibição do filme Sinfonia da Necrópole, na Sessão Saci, sábado, às 22h30.
Ler mais...
Orquestra sinfônica se apresenta em Ceilândia e Planaltina
Com entrada franca, as apresentações da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) em maio dão continuidade aos Clássicos nas Cidades a partir desta terça-feira (3). No mês de abril, o projeto levou mais de 1,5 mil espectadores ao Complexo Cultural Samambaia, com sala lotada e cadeiras extras. O objetivo é circular a excelência da música clássica executada pelo conjunto instrumental da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) para além do Plano Piloto, facilitando o acesso dos moradores aos concertos da sinfônica. A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) foi ao Complexo Cultural de Samambaia em abril, atraindo um público superior a 1.500 espectadores | Fotos: Marina Gadelha / Ascom Secec-DF A exceção é para o Concerto Espanhol, no dia 24, que volta ao Cine Brasília, às 20h, integrando a celebração do título Brasília Capital Ibero-americana das Culturas. Diversidade nas cidades O projeto Clássicos nas Cidades desta vez vai a Ceilândia (Casa do Cantador, dias 3 e 17, às 20h) e Planaltina (Complexo Cultural de Planaltina, dias 10 e 31, às 20h). “Em Samambaia, a receptividade do público superou as expectativas. As pessoas ficaram muito empolgadas com o repertório variado que abrangeu os clássicos universais, do cinema e da música brasileira. Houve um crescimento do público a cada nova apresentação”, comenta o regente Claudio Cohen. O compositor Diogo Carvalho, solista no Complexo Cultural de Planaltina, diz que o concerto será sobre músicas brasileiras e vai passear por gêneros como baião, bossa nova, samba, batucada, uma coisa meio seresta, valsa, choro… | Foto: Divulgação / Acervo Pessoal A abertura desta terça-feira (3), na Casa do Cantador, apresenta um programa diversificado que vai de Astor Piazzolla a George Gershwin, passando por Egberto Gismonti, Toquinho e Vinícius e Bach. No dia 10, a Orquestra segue para o Complexo Cultural de Planaltina (CCP), para executar Brahms, “Concerto de Aranjuez” (1939) e o “Concerto para Violão e Orquestra” (2011). Os dois últimos terão Diogo Carvalho como solista. Compositor, pesquisador, instrumentista e professor, Diogo Carvalho, nascido em São Paulo, detalha como será o “Concerto para Violão e Orquestra”. Ele conta que o concerto é sobre as músicas do Brasil. O compositor passeia por baião, tem bossa nova, samba, batucada, uma coisa meio seresta, valsa, choro… “Tem muito ritmo misturado e é um tipo de mistura típico dos concertos da música clássica, como Mozart, por exemplo. O público vai gostar muito porque vai reconhecer as partes. É um concerto para violão e orquestra, mas bem brasileiro. O violão participa muito como instrumento de ritmo”, explica. O solista destaca um dos clássicos do repertório de violão, o “Concerto de Aranjuez”, de Joaquín Rodrigo. “É uma das peças mais famosas da história da música e também do violão. É linda, maravilhosa, com esse caráter espanhol bem profundo, uma peça lenta, com uma melodia incrível”. O violoncelista Francisco Orru diz que a 2ª Sinfonia de Brahms, a ser apresentada na programação, “é uma das preferidas pelas orquestras, comparável à ‘Sexta Sinfonia de Beethoven’ por seu clima pastoral (litúrgico) e seus temas marcantes” Brahms imperdível Violinista da OSTNCS desde 2017, Marcos Bastos ressalta que “a programação de maio está variada e bem acessível ao público, abrangendo desde os grandes mestres europeus até a música latina e brasileira, incluindo formações como metais e percussão, que é uma formação que não é tão comum, mas que tem um repertório muito interessante a ser explorado”. Ele chama atenção, como um dos pontos altos do mês, para a “2ª Sinfonia de Brahms” (1877), executada no dia 10, no CCP. Bastos se entusiasma com o projeto Clássicos nas Cidades: “É sempre um prazer executar música de concerto para os moradores de outras cidades, onde, talvez, por conta da distância do Cine Brasília e do Museu Nacional da República, o público não vá a concertos com frequência.” O violoncelista solista da OSTNCS, Francisco Orru, endossa a sugestão para a peça de Brahms: “É uma das preferidas pelas orquestras, comparável à ‘Sexta Sinfonia de Beethoven’ por seu clima pastoral (litúrgico) e seus temas marcantes. Os trabalhos de Brahms são extremamente bem-feitos sob o aspecto da técnica composicional e também um dos mais amados pelo público”. Noite ibero-americana No dia 24, às 20h, a Orquestra fará o “Concerto Espanhol”, no Cine Brasília, em razão de Brasília ser a Capital Ibero-americana das Culturas em 2022. A apresentação será dirigida pelo maestro convidado, Ignacio Garcia Vidal, que estará à frente da OSTNCS, com repertório que contempla importantes compositores espanhóis, como Joaquin Turina e Manuel de Falla. O título de capital Ibero-americana das Culturas é atribuído anualmente a uma das cidades que compõem a União de Cidades Capitais Ibero-americanas (UCCI). O encontro, que anualmente ocorre em Madri, escolhe as capitais que devem promover a diversidade cultural ibero-americana no ano seguinte. Programação maio Clássicos nas Cidades [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] – 3/5: Casa do Cantador Ceilândia, às 20h Maestro Claudio Cohen e Orquestra de Metais e Percussão Programa Aaron Copland – “Fanfarra para um Homem Comum” Fernando Morais – “Elegia e Villalobiana n.1” Astor Piazzolla – “Adios, Nonino” George Gershwin – “Bess, You is My Woman Now” Fernando Morais – “Itarata” Egberto Gismonti – “Sete Anéis” Toquinho e Vinícius – “Tarde em Itapoã” J.S.Bach. – “Now is our Savior Come” Anthony Holborne – “Três peças” Paul Dukas – “Fanfarra para Preceder La Peri” Augustin Lara- “Farolito” Armando Manzanero – “Somos Novios” Augustin Lara – “Granada” – 10/5: Complexo Cultural de Planaltina, às 20h Maestro Cláudio Cohen e Diogo Carvalho (solista) Programa Johannes Brahms – “Sinfonia n 2” Diogo Carvalho, compositor e solista – “Concerto para Violão e Orquestra” e “Concerto para Aranjuez”, de Joaquín Rodrigo – 17/5: Casa do Cantador Ceilândia, às 20h Maestro Cláudio Cohen e Orquestra de Cordas Programa: Edward Elgar – “Serenata” Edvard Grieg – “Suite Holberg” Alexandre Guerra – “Contos” – 31/5: Complexo Cultural de Planaltina, às 20h Maestro Claudio Cohen e OSTNCS Programa: L.v.Beethoven – “Sinfonia no.5” John Williams – “Star Wars” Suite Concerto Espanhol – 24/5: Cine Brasília, às 20h Maestro Ignacio Garcia Vidal, Mariola Membrives (soprano, solista) e Diogo Carvalho (solista violão) Programa: Joaquin Turina – “La Oración del Torero” Frederico Garcia Lorca, compilação de canções populares espanholas Manuel de Falla – “El amor Brujo” *Com informações da Secec-DF
Ler mais...
Espaços culturais voltam a funcionar nesta semana
[Olho texto=”Segue obrigatória a aferição de temperatura; se estiver acima de 37,8 graus, a pessoa não poderá entrar no recinto” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Mais opções do segmento artístico e cultural que estavam fechadas desde março do ano passado, por conta da pandemia, voltam a funcionar a partir desta segunda (27). A Portaria nº 160, publicada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), autoriza a reabertura de centros culturais geridos pela pasta. Reabrem suas portas ao público o Centro de Dança, os teatros e demais salas do Espaço Cultural Renato Russo (que antes recebia apenas exposições) e os complexos culturais de Planaltina e Samambaia. Com a nova portaria, os espaços culturais que já estavam em funcionamento, como Museu Nacional da República, Museu Vivo da Memória Candanga e Centro Cultural Três Poderes, agora funcionam em dias e horários expandidos. O funcionamento seguirá os protocolos de segurança sanitária já em vigor, como uso de máscara e de álcool gel, redução na capacidade dos espaços e aferição de temperatura – se esta estiver acima de 37,8 graus centígrados, a pessoa não poderá entrar. Servidores e terceirizados que apresentem esse índice de febre devem permanecer em isolamento domiciliar por 14 dias. Aqueles em teletrabalho devem retornar ao modo presencial após 15 dias do recebimento da segunda dose da vacina contra a covid-19. Acesse aqui a Portaria nº 160. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Confira, abaixo, os novos dias e horários de funcionamento e capacidade das salas dos espaços culturais abertos ao público. Centro Cultural Três Poderes: terça a sexta-feira, das 9h às 18h; sábado e domingo, das 9h às 17h. Espaço Lucio Costa – 20 visitantes Espaço Oscar Niemeyer – dez visitantes Museu Histórico de Brasília – cinco visitantes Panteão da Pátria e da Liberdade – 20 visitantes O Panteão da Pátria, que funciona todos os dias, tem capacidade para 20 visitantes | Foto: Divulgação/Secec Centro de Dança: segunda a sábado das 8h às 22h. Sala 1: – limite de 15 pessoas (quando finalizada a reforma) Sala 2 – máximo de oito pessoas por atividade Sala 3 – máximo de 15 pessoas por atividade Sala 4 – máximo de 15 pessoas por atividade Sala 5 – máximo de seis pessoas por atividade Complexo Cultural de Samambaia: segunda a sexta, das 8h às 20h. Sala multiúso – 14 pessoas Sala Ateliê das Artes – 14 pessoas Sala audiovisual – 14 pessoas Galpão Garagem – 54 pessoas Cineteatro Verônica Moreno – 120 pessoas Complexo Cultural de Planaltina: segunda a sexta, das 9h às 12 e das 14h às 17h. Nos finais de semana, local funciona de acordo com a programação. Galeria – até 15 pessoas Sala multiúso – até dez pessoas Auditório do Cineteatro – até 70 pessoas Teatro de Arena – máximo de 150 pessoas Espaço Cultural Renato Russo: terça a sexta das 9h às 20h; sábado e domingo das 14h às 22h. Sala Marco Antônio Guimarães – máximo de 45 pessoas Sala multiúso – máximo de 50 pessoas Praça central – máximo de 50 pessoas Mezanino – máximo de cinco pessoas Galpão das Artes – máximo de 50 pessoas Biblioteca e gibiteca – máximo de dez pessoas Sala multiúso (piso superior) – máximo de 12 pessoas Teatro de Bolso – máximo de 25 pessoas Museu Vivo da Memória Candanga: diariamente, das 9h às 17h. Auditório principal – máximo de 25 pessoas Casa da Cerâmica – até oito pessoas por turma, incluindo os professores Casa da Costura Criativa – até oito pessoas por turma, incluindo os professores Casa Vermelha – até oito pessoas por turma, incluindo os professores Casa Multicursos – até oito pessoas por turma, incluindo os professores Casa Verde – até oito pessoas Museu de Arte de Brasília: de quarta a segunda, das 9h às 21h. Galeria do primeiro pavimento – até 110 pessoas Sala multiúso – até 33 pessoas Hall da recepção – até 15 pessoas Pilotis – até 140 pessoas Museu Nacional da República: de sexta a domingo, das 9h às 17h, e de terça a sexta-feira exclusivamente mediante agendamento de escolas e instituições públicas e privadas Espaço expositivo principal e mezanino – até 50 visitantes + um mediador Galeria do térreo e Sala 2 – até 30 visitantes + um mediador. Haverá clara sinalização no solo dos museus da Secec orientando os usuários a manter o distanciamento mínimo do acervo e das demais superfícies. A portaria recomenda ainda que, quando possível, janelas e portas devem ficar abertas de maneira a garantir maior circulação de ar. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
Ler mais...
Complexo Cultural de Planaltina finalmente ganha caixa cênica
Com investimento de R$ 109 mil da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o Complexo Cultural de Planaltina (CCP) ganhou vestimenta cênica, fechando, assim, a caixa preta do palco. O isolamento da área de atuação dos artistas, com cortina de boca de cena, pernas e rotunda (de fundo de palco), era uma necessidade do equipamento cultural, que foi inaugurado em 2018 sem essa previsão técnica. Além das melhorias no teatro, o CCP recebeu uma ação estética de grafite em uma das suas fachadas, por meio do edital Planaltina, Arte Urbana | Foto: Divulgação/Secec A aquisição da vestimenta cênica proporciona ao espaço qualidade técnica e estética. Antes, as dependências do palco, como camarins e coxias, estavam expostas ao campo de visão do espectador. Com o isolamento, a organização interna dos artistas, como entradas e saídas de atores, cenário e objetos de cena, é feita sem exposição visual. “A cortina de boca de cena garante a abertura e o encerramento dos espetáculos, proporcionando a privacidade aos artistas, além de garantir a preservação de cenários e de equipamentos expostos no palco antes da atividade”, comemora o gerente do CCP, Júnior Ribeiro. [Olho texto=”“Caminhando para o terceiro ano de funcionamento, em outubro, o CCP é hoje um equipamento central em Planaltina. Esse investimento faz parte das melhorias de capacitação do espaço”,” assinatura=” Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A rotunda, cortina de fundo, permitiu também o isolamento da porta de metal, já que o CCP tem palco que pode ser utilizado também virado para a área externa. O que melhorou ainda o isolamento acústico. “Caminhando para o terceiro ano de funcionamento, em outubro, o CCP é hoje um equipamento central em Planaltina. Esse investimento faz parte das melhorias de capacitação do espaço”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Em plena atividade Uma das últimas intervenções feitas no CCP foi o edital Planaltina, Arte Urbana, uma ação estética de grafite em uma das suas fachadas, o que possibilitou que artistas urbanos retratassem as influências culturais e históricas da cidade em 250 metros quadrados de parede do Complexo. Essa atividade tem sido base para mediação cultural com escolas da região, além de ter se tornado um ponto de visitação turística na cidade. “O espaço encontra-se fechado por conta da pandemia, mas em pleno funcionamento, pois estamos sediando projetos do FAC Ocupação, alterados para o formato on-line. O CCP entrará em processo gradual de retorno presencial assim que as condições de segurança de saúde nos permitam receber o público”, projeta Júnior Ribeiro. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Neste momento, o CCP abriga três projetos: Dois Mundos. da Cia Lumiato, inspirado na colonização da América; Kalo, o Filho do Vento, da Cia Os Buritis, sobre a rota cigana entre Índia e Espanha, e Malandrag, musical inspirado em A Ópera do Malandro, de Chico Buarque. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec)
Ler mais...
Feira Cultural de Planaltina: recorde de público on-line
A Feira Cultural de Planaltina-DF, que vai até o próximo dia 24 de novembro, bateu recorde de público na sua versão on-line em forma de live nas redes sociais. Na quinta-feira (12), a transmissão com convidada Allana Macedo, artista local de expressão nacional, registrou 10.484 visualizações, superando o número de acessos de todas as transmissões ao vivo anteriores realizadas pelo Complexo Cultural de Planaltina. A feira traz apresentações com música, dança e contação de histórias. “A feira cultural on-line leva a cultura a todos durante a pandemia. O show é uma forma de matar a saudade dos palcos e ficar um pouquinho mais perto do público, mesmo sem ser fisicamente”, diz Allana. Nesta segunda-feira (16), às 19h, é a vez de Leyllane Carla, outro valor da cidade centenária, subir ao palco do Complexo Cultural de Planaltina (CCP), equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Tudo indica que as redes vão voltar a pipocar com o talento da cantora, que, recentemente, participou do “The Voice Brasil 2020”. “É uma alegria participar. Me senti muito honrada com o convite, pois é um evento grandioso e conta com artistas sensacionais de Planaltina”, afirma a artista, que além de se apresentar em shows dá aulas de canto. Termo de fomento Fruto de Termo de Fomento (TF) no valor de R$ 136.928,88, o evento que começou no ano passado, quando teve duas edições, movimenta a cadeia produtiva local, gerando em torno de uma centena de empregos diretos e indiretos, segundo Renato Telles, da REL, empresa encarregada da produção. “Gente do Brasil inteiro está conhecendo o nosso espaço e passa a nos seguir nas redes sociais. Descobrem que há esse Complexo Cultural e tomam conhecimento de uma Secretaria de Cultura e Economia Criativa, que trabalha e um governo no DF que está liberando recursos para a classe artística”, resume o gerente do CCP, Júnior Ribeiro. Já passaram pelo palco do Complexo Cultural, durante a Feira, artistas como Celia Rabelo, Tiago Mura e Juliano, Real Samba, Thaly Sanbordin, Mareys Calin Cia de Dança, Omo Ayó entre outros, atingindo a marca de 4.500 visualizações nos canais em que são veiculados. Feira Cultural de Planaltina Programação nos perfis de Instagram @latinoamerica_bsb e @rel_producao. Links de acesso no YouTube: Instituto Latinoamerica REL Produções Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec) E-mail: comunicacao@cultura.df.gov.br *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
Ler mais...
Complexo Cultural Planaltina desvenda os bastidores teatrais
Enquanto o mundo enfrenta a pandemia da Covid-19, o Complexo Cultural de Planaltina (CCP) segue em intensa atividade. A frase é de efeito, mas reflete o tanto de atividades que o equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) tem mantido ao longo da interrupção das atividades presenciais, em março. Nesta quarta (11/11) às 20h, é a vez de uma “live” dentro da iniciativa “Ocupação Virtual do Complexo Cultural pelo Coletivo Criadouros”, que conta com verba de R$ 60 mil e gera 24 empregos diretos, recurso obtido no edital do FAC Ocupação de 2019. O ator Pedro Caroca, produtor e gestor cultural em Brasília, entrevistará o iluminador Marcelo Augusto Santana, do espetáculo “Cria”. A ideia é que Marcelo fale da iluminação como recurso dramatúrgico e elemento cenográfico. Teatro de delicadezas Marcelo Augusto, graduado em artes cênicas pela Universidade de Brasília (UnB), festeja a iniciativa porque acha “fundamental a disseminação dessas informações pelas redes sociais”. Acredita que é uma forma de as mídias sociais contribuírem na educação “sócio-político-cultural” do público. Sobre o fato de que a iniciativa acontece fora do Plano Piloto, ele acredita no papel do CCP em “descentralizar arte-cultura”. “Precisamos cada vez mais ocupar as periferias de Brasília e descobrir os movimentos culturais que lá existem”, arremata. Até 15 de dezembro, outros quatro espetáculos serão apresentados em vídeo, sempre precedidos de uma conversa que dê visibilidade aos artistas e técnicos que produzem cultura. Serão quatro espetáculos: “Teatro para Bebês”, “O Violinista Mosca Morta”, “Sementes” e “Unalome”. [Olho texto=”o artista sempre ocupou esse lugar de ter de se reinventar, abandonando zonas de conforto, não apenas parar criar, mas também para sobreviver” assinatura=”Pedro Caroca, produtor e gestor cultural em Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Comunidade acompanha as lives Na “live” de abertura do projeto, o público presente foi formado por moradores de Planaltina e artistas envolvidos no projeto, além de seguidores nas redes sociais do CCP e do Criadouros. O vídeo já foi visualizado 232 vezes – não é pouco para o momento de isolamento em que há “lives” para todos os gostos. Segundo Caroca, a ideia dessas transmissões ao vivo surgiu quando o coletivo, diante da necessidade de adaptar o formato das apresentações para atender aos protocolos da pandemia, percebeu que essa era uma chance de levar ao público outras vozes que ajudam a montar um espetáculo, gente que normalmente fica invisível nos réditos. A experiência, em que pese a saudade do contato “olho no olho” e da presença física do público na audiência – atributos das artes cênicas –, tem sido legal, diz Caroca: “o artista sempre ocupou esse lugar de ter de se reinventar, abandonando zonas de conforto, não apenas parar criar, mas também para sobreviver”. CCP se prepara para reabrir O CCP aproveita o momento para se preparar para um reencontro, ainda sem data marcada. Além da “Ocupação”, houve a aquisição de sinalização (placas e totem), a colocação de um painel de grafite com a inscrição “Planaltina: patrimônio, cultura e identidade de uma cidade centenária”, a finalização do edital de grafite do projeto “Planaltina Arte Urbana”, e da sequência do projeto “Feira Cultural de Planaltina”, fruto de termo de fomento que apoia um ciclo de transmissões com artistas de várias linguagens da cidade de Planaltina. A live de hoje pode ser acompanhada no Instagram do CCP . *Com informações da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
Ler mais...
Complexo Cultural é arte a céu aberto
Trabalho foi feito em etapas, dentro dos protocolos de saúde necessários perante a pandemia de Covid-19 | Fotos: Divulgação/Secec O Complexo Cultural de Planaltina (CCP) abre a semana de cara nova. Contando com o talento de 15 artistas do grafite do DF, as paredes externas do espaço estão cheias de cores vivas e do poder contagiante da arte urbana. Finalizado na tarde de domingo (4), o amplo painel de mais de 8 m de altura exalta a cultura e a importância histórica da centenária cidade, materializando, na prática, o resultado do edital Planaltina Arte Urbana, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), que destinou um total de R$ 22,5 mil ao segmento artístico. “Existe uma relação intensa entre as RAs [regiões administrativas] e as artes urbanas”, pontua o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. “Encher as paredes do Complexo Cultural de Planaltina, que completa dois anos de intensa existência neste domingo, é um presente cheio de afeto para a cidade e sua população.” A instituição encontra excelente receptividade por parte dos moradores, destaca o gerente do complexo, Júnior Ribeiro. “Muitos artistas usam o complexo para conseguir visibilidade e promover o intercâmbio cultural”, afirma. “É um lugar de fomento da cultura, e somos o mais democráticos possível no acesso à comunidade”. Grafite valorizado A ideia de promover uma grande intervenção na parte externa do Complexo Cultural da cidade, de 161 anos, teve duas finalidades. A primeira é evidenciar a importância do lugar como espaço de entretenimento para a comunidade local. A segunda, valorizar a arte do grafite por meio de jovens talentos do segmento espalhados em todo o DF. Ao todo, 45 artistas se inscreveram no edital. Os 15 selecionados desenvolveram trabalhos individuais que deram unidade conceitual ao projeto dentro do tema “Planaltina: Patrimônio, Cultura e Identidade de uma Cidade Centenária”. O resultado é um cartão-postal afetivo local. Assim, jatos de spray e muita criatividade deram contornos e poesia visual aos símbolos históricos da cidade, manifestações populares seculares locais e personagens que marcaram Planaltina. Personagens ligados à cidade histórica marcam presença na arte dos grafiteiros criada especialmente para o Complexo Cultural de Planaltina Foram lembradas, entre outras coisas, a Pedra Fundamental – primeiro marco simbólico da mudança da capital para o Planalto Central –, a mítica igrejinha de São Sebastião, a festa do Divino Espírito Santo e a lida dos primeiros moradores da região, além da trajetória dos pioneiros, como o astrônomo belga Luís Cruls (líder da equipe que delineou o quadrilátero do DF) e Tia Neiva (fundadora do Vale do Amanhecer). A pesquisa foi ferramenta fundamental no processo de criação dos artistas. Que o diga Alain Oliveira da Silva, 36 anos, o Onk. Formado em designer e turismo, o grafiteiro de Sobradinho viu, na experiência promovida pela Secec, uma oportunidade única de se aprofundar um pouco mais na herança patrimonial e história da RA mais antiga do DF. “Tive que pesquisar porque, até então, eu não conhecia a história de Planaltina, e foquei nos patrimônios históricos da cidade”, conta, referindo-se à Igreja São Sebastião, aos casarões do lugar e à Pedra Fundamental. “Espero que o nosso trabalho desperte atenção de todos que passam por aqui. Estamos resumindo na arte do grafite a história e tradições de Planaltina.” É exatamente essa a premissa do gerente do complexo. “São desenhos que resgatam a história da cidade, e esse painel servirá também para o estudo de educação patrimonial”, planeja Júnior Ribeiro. “A gente vai contar a história de Planaltina a todos que passam por aqui por meio desse trabalho de arte”. Trabalho em etapas Cada um dos artistas selecionados para o projeto da Secec recebeu R$ 1,5 mil de cachê. Para evitar aglomeração, os 15 contemplados foram divididos em grupos ao longo de quatro dias. Devidamente aparelhados com máscaras de proteção contra a Covid-19 e equipamentos de segurança de escalada como capacetes, cintos e mosquetão (ganchos), os grafiteiros trabalharam, literalmente, nas alturas, em cima de estruturas de andaimes montadas especialmente para este projeto. Afinal, eram 18,4 m² de espaço para eles esparramarem seus talentos, um paredão de 8 m de altura por 2,3 m de largura. Um desafio que todos encararam com tranquilidade. “Uma das grandes dificuldades que nós grafiteiros temos é de encontrar espaços adequados para esse tipo de manifestação artística, então foi uma aventura prazerosa”, relata Karek, pseudônimo de Leonardo Henrique Martins, 29 anos. “Só de estar participando aqui é uma honra, sobretudo por estar representando a Saída Norte de Brasília, que é Sobradinho, Planaltina”. Karek já foi pichador de rua, mas hoje tem orgulho de dizer que ganha a vida como grafiteiro. “Fazia pichação mais pela adrenalina, depois comecei a apostar mais no meu potencial como artista e virou profissão”, revela. Inspirado no Guará Há cinco anos grafitando pela cidade, Daniel Henrique de Oliveira Sinimbu, 33 anos, o DHOS, se considera um novato na arte urbana. Tomou gostou depois que voltou de uma viagem de um ano na Austrália, mas tem paixão pelo grafite desde criança, quando, no caminho da escola para casa e vice-versa, ficava admirando os traços pulsantes que via pelos muros do Guará. “Sempre desenhei, pintei; fazer grafite foi um sonho”, conta o alagoano de Maceió, desde os seis anos morador do DF. “Em 2015 fui selecionado para um evento de grafite e foi um fracasso, tive que me aperfeiçoar, melhorar, porque grafite é prática”, lembra. Cinco anos e muitas latas de tintas depois, o resultado de sua dedicação e esforço o levou a ser selecionado para o projeto de Planaltina da Secec. “Sou novato na galera do grafite, então participar de eventos como esse é importante, porque me faz conhecer a galera do meio, trocar experiência traz crescimento pessoal”, acredita o artista, que escolheu fazer o busto de Luís Cruls. “Escolhi desenhar o Luís Cruls porque era uma figura da história de Brasília que eu não conhecia, e fiquei fascinado”, conta. “Creio que a minha contribuição para esse projeto ajude outras pessoas a saber quem foi esse homem e sua importância para o nascimento da capital”, torce. Inclusão cultural [Numeralha titulo_grande=”R$ 277,5 mil” texto=”Total investido, de 2019 até agora, na arte dos grafiteiros do DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Surgido na década de 1970, em Nova York, como manifestação genuinamente urbana, o grafite, associado ao movimento musical hip hop, remonta aos tempos do Império Romano. Hoje, no DF, por meio da Secec, a arte celebra parceria com o governo no combate às pichações e em prol do embelezamento de muros de escolas, fachadas de prédios e até parada de ônibus de algumas regiões administrativas. De 2019 até agora, a pasta já investiu R$ 277,5 mil para que artistas do segmento desenvolvam seu talento e imaginação nos equipamentos públicos da cidade. Nascida em São Paulo e vivendo há quase 20 anos no DF, a grafiteira Sabrina Falcão, 37 anos, a Nabrisa, é uma das cinco mulheres selecionadas no projeto do Complexo Cultural Planaltina. Assim como dezenas de milhares de artistas de Brasília e do Entorno, ela sofreu com as limitações impostas pela pandemia. Participar do edital da Secec a ajudou a retomar as atividades no setor. “Só de grafiteiras no DF, são cerca de 60 mulheres”, enumera Nabrisa, comemorando o fato de terem sido selecionadas cinco artistas do sexo feminino para esse projeto. “A gente fica muito feliz de ver esse avanço porque, antes, só eram convidados homens para eventos assim”. Ela escolheu como tema de seu tralho o Vale do Amanhecer, comunidade de espiritualistas próxima a Planaltina. “Busquei como tema do meu trabalho a representatividade feminina na história de Planaltina e assim cheguei a Tia Neiva”. Para o serralheiro Antônio dos Santos Pereira, 45 anos, iniciativas de embelezamento de espaços e locais públicos devem ser sempre incentivadas. “Passo por aqui várias vezes por dia e estava admirando o trabalho do pessoal”, diz. “É muito bonito, alegra o lugar, as pessoas, é uma coisa que o governo deve sempre apoiar”, elogia. * Com informações da Secec
Ler mais...
Artistas vão grafitar o Complexo Cultural de Planaltina
Arte dos grafiteiros, já presente em paradas de ônibus da cidade, vai se expandir para o complexo cultural | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Totalizando 45 inscrições, o edital Planaltina Arte Urbana selecionou 15 grafiteiros para trabalhar em intervenção artística no espaço cultural administrado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). O resultado final do edital foi publicado na edição nesta quinta-feira (24) do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O titular da pasta, Bartolomeu Rodrigues, vê no projeto uma abertura para dar mais visibilidade à arte urbana. “Planaltina é um dos territórios culturais mais criativos do Distrito Federal”, avalia. “A ação no Complexo Cultural de Planaltina contribuirá para o fomento à cultura, além de valorizar o trabalho dos grafiteiros e da cultura hip hop presente na cidade”. Arte pelas paredes Com o tema “Planaltina: Patrimônio, Cultura e Identidade de uma Cidade Centenária”, a ação consiste em desenvolver um painel de gra?te na parede externa do Complexo Cultural de Planaltina, localizada na entrada principal, em frente à Avenida Uberdan Cardoso. Durante a intervenção, marcada para o período de 1º a 4 de outubro, cada grafiteiro selecionado fará seu trabalho artístico em área de até 18,4 m² (8m de altura X 2,3m de largura) e receberá um cachê no valor de R$ 1,5 mil. No total, são investidos R$ 22,5 mil para o segmento cultural da arte urbana. O chamamento é fruto da celebração dos 161 anos da Região Administrativa (RA) mais antiga do DF, completados em 19 de agosto. O evento também contribui para fortalecer a política de valorização do grafite no Distrito Federal e Entorno, desenvolvida pela Secec. “Esse instrumento fomenta a possibilidade concreta de termos um mapa da arte urbana no DF, como se nos tornássemos uma galeria a céu aberto”, explica a subsecretária de Cultura e Economia Criativa, Érica Lewis. “Isso é fantástico, porque o grafite expõe nos muros a alma de suas cidades, valoriza a identidade e democratiza ainda mais o acesso aos bens culturais e à produção artística.” Protocolos de segurança De acordo com as regras previstas no edital, foram analisados pelo corpo técnico da Secec critérios como experiências comprovadas mediante portfólio, currículo e desenvolvimento de intervenções artísticas em muros, paredes, painéis, tapumes, entre outros. Por causa do período de pandemia, os artistas selecionados cumprirão as normas recomendadas pelas autoridades de saúde. Além de receber os devidos suportes de higiene, equipamentos de proteção individual (EPIs) e de segurança, os grafiteiros atuarão em modo de revezamento, a fim de garantir o distanciamento social. * Com informações da Secec
Ler mais...
Grafiteiros mostrarão seu talento no projeto “Planaltina Arte Urbana”
Fundadora do grupo de Graffiti Trupe S.A, Iasmim Kali confessa que ter um contato íntimo com locais tão antigos, como Planaltina, sempre “traz uma sensação de grandiosidade, de pertencimento”. Foto: Divulgação / Secretaria de Cultura A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) lançou edital de chamamento público que vai selecionar 15 grafiteiros para trabalhar no “Planaltina Arte Urbana”. Com intervenção artística marcada para os dias 1 a 4 de outubro, no Complexo Cultural de Planaltina (CCP), o certame é fruto da celebração de 161 anos da Região Administrativa mais antiga do Distrito Federal, completados nessa quinta-feira (19). O secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, considera que o projeto é uma grande oportunidade de impulsionar o interesse e dar visibilidade à arte urbana. “Planaltina é um dos territórios culturais mais criativos do Distrito Federal. A ação no Complexo Cultural de Planaltina contribuirá para o fomento à cultura, além de valorizar o trabalho dos grafiteiros e da cultura hip hop presente na cidade”, completou. Com o tema “Planaltina: Patrimônio, Cultura e Identidade de uma Cidade Centenária”, a ação consiste em desenvolver um painel de gra?te na parede externa do Complexo Cultural de Planaltina, localizada na entrada principal, em frente à Avenida Uberdan Cardoso. As inscrições estão abertas até o próximo dia 31. Poderão participar do edital os grafiteiros em pessoa jurídica ou física, que moram no Distrito Federal ou Entorno, que comprovarem, mediante portfólio ou currículo, o desenvolvimento de, pelo menos, uma intervenção artística em muros, paredes, painéis, tapumes, entre outros. Com o investimento total de R$ 22.500,00, cada grafiteiro selecionado fará uma intervenção artística em uma área de até 18,4 m² (8m de altura X 2,3m de largura) e receberá um cachê no valor de R$ 1.500. Protocolos de segurança Diante do período de pandemia, os artistas selecionados cumprirão as normas recomendadas pelas autoridades de saúde. Os artistas receberão os devidos suportes de higiene, equipamentos de proteção individual e de segurança para os presentes, bem como deverão efetuar revezamento entre o grupo de grafiteiros, de modo a garantir o distanciamento social. A iniciativa da Secec compõe uma série de ações para fomentar a cultura nos espaços públicos do DF, além de proporcionar o intercâmbio artístico-cultural e incentivar o empreendedorismo para o segmento de arte urbana. O evento também contribui para o fortalecimento da Política de Valorização do Grafite no Distrito Federal e Entorno. O painel grafitado no CCP deverá obedecer ao contexto histórico de Planaltina, aos pontos turísticos e às festividades locais. Além disso, os artistas urbanos deverão expressar, por meio da arte, a valorização do patrimônio histórico, artístico e cultural da cidade centenária. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Um dos elementos da cultura hip-hop, o grafite é expressão forte em muros e fachadas de Planaltina, tornando-se grandes painéis de arte e contestação ao ar livre. Fundadora do grupo de Graffiti Trupe S.A, Iasmim Kali, confessa que ter um contato íntimo com locais tão antigos, como Planaltina, sempre “traz uma sensação de grandiosidade, de pertencimento, saber que somos uma parte desse legado histórico é muito inspirador”. A designer, artista plástica, tatuadora e grafiteira lidera o segundo maior grupo de arte urbana na cidade, além de apreciar e praticar outras expressões artísticas, como música, dança, cultura popular e artes cênicas. Iasmin tem uma relação de afeto com o Complexo Cultural de Planaltina. Emocionou-se com a Mostra de Cinema de Brasília, que contou com vários filmes feitos por mulheres, realizada em 2019. “Espero que o acesso ao Complexo pelos artistas da cidade seja cada vez mais fácil, e aguardo ansiosa a possibilidade de, quem sabe, colorir a fachada com nossos grafites”, disse. Por meio do grafite, Kali conta que uma das propostas de seu trabalho é promover a representação feminina na arte e na mídia. “Grafito a mulher fora do padrão de beleza, a mulher cansada, a mulher não sensualizada, visando à desconstrução da ideia de que ela deva seguir um padrão e incentivando meninas e mulheres a seguirem sua verdadeira vocação e interesses”, enfatizou a artista. Cultura hip-hop O grafiteiro Luiz Fábio de Andrade, conhecido como Pena Pride, conta que o envolvimento com a cultura começou ainda na infância, quando conheceu o gênero musical “black music”, por meio dos discos. A paixão pelo grafite começou em 1994, com as ilustrações das capas dos LPs, que ouvia. Ali, começou a pintar roupas e exercer a criatividade. Influenciado e representado pela cultura hip-hop e toda sua filosofia, em 1999, junto com alguns amigos, o artista fundou o coletivo “Spray Atômico Crew”, com o qual realiza intercâmbios com outros artistas do Brasil. “O grafite me trouxe grandes oportunidades, fiz faculdade de Artes Plásticas, criei minha grife, cujo trabalho com arte-educação e empreendedorismo criativo, que proporcionou a oportunidade de conhecer quase todos os estados do Brasil”. Um dos artistas premiados no FAC Prêmios Brasília 60, promovido pela Secec, Pena conta que sua história se mistura com a vida cultural de sua cidade. “Acredito que contribuo e vou contribuir muito mais para cultura de Planaltina-DF e de Brasília”, celebra. Serviço: Edital de Chamamento Público – Planaltina Arte Urbana – Complexo Cultural Planaltina Inscrições: até 31 de agosto Mais informações: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec) E-mail: comunicacao@cultura.df.gov.br *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
Ler mais...
Planaltina comemora aniversário virtualmente
A cidade, que existe desde o século 19, preserva diversos pontos da arquitetura original: história viva | Fotos: Lúcio Bernardo Jr / Agência Brasília Os moradores de Planaltina entrarão no túnel do tempo a partir deste sábado (1º), às 16h. Para comemorar os 161 anos da cidade, a administração regional preparou uma programação com cinco lives sobre o primeiro núcleo urbano da capital. O historiador Elias Manoel e o professor Xiko Mendes resgataram a história da construção da região. Toda a festa foi elaborada com as devidas precauções, diante do momento de pandemia. “Há toda uma preocupação do governo em evitar aglomerações e, consequentemente, a proliferação do novo coronavírus, mas nos adaptamos para comemorar essa data tão importante para a cidade”, explica o administrador de Planaltina, Célio Pimentel. “Muito antes de Brasília ser Brasília, Planaltina era Mestre d’Armas, onde se plantou a pedra fundamental para a construção da nova capital da República”, lembra o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. E curiosidades sobre aspectos históricos não faltarão na comemoração da data. Cidade histórica Um dos convidados da primeira live de sábado, o pesquisador Elias Manoel explica que Planaltina surgiu há 209 anos, em 1811. “Vamos resgatar a história da região e ajudar na compreensão sobre a formação de Planaltina”, conta. “Dessa forma, é possível entender a importância desse núcleo para o processo de transferência da capital para o DF”. Em 1922, após a passagem da Comissão Cruls (Comissão Exploradora do Planalto Central, chefiada pelo astrônomo e geógrafo belga Luiz Cruls), o então presidente da República, Epitácio Pessoa, determinou o assentamento da Pedra Fundamental onde se pretendia construir a futura capital do Brasil. O monumento fica no Morro da Capelinha. Pedra Fundamental: mais que um monumento, o marco de onde o conceito Brasília começava a nascer | Foto: Vinícius de Melo / Agência Brasília A partir da década de 1960, foi registrado um período de crescimento populacional derivado da criação da capital federal, com o surgimento de novas áreas habitacionais ao redor do núcleo tradicional acompanhando o traçado viário. Em 1964, a Lei nº. 4.545 dividiu o DF em oito regiões administrativas (RAs), sendo Planaltina a RA VI. “E hoje, Planaltina continua sendo um dos territórios culturais mais criativos do DF”, valoriza o secretário de Cultura. “É motivo de orgulho de todos nós. Faz por merecer o complexo cultural, um equipamento moderno mantido pela secretaria para fomentar a cultura na cidade.” [Olho texto=”“Planaltina continua sendo um dos territórios culturais mais criativos do DF. É motivo de orgulho de todos nós”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”centro”] Projetos culturais A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) coordena dois projetos na cidade: Ocupação Horizontal no Complexo Cultural de Planaltina e Planaltina Arte Urbana. O primeiro, patrocinado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), trabalha com oficinas de produção cultural. Planaltina Arte Urbana, por sua vez, terá entre os destaques a contratação de grafiteiros que vão criar um painel para uma das paredes externas do Complexo Cultural da Planaltina. “Também idealizamos a segunda edição do nosso projeto Lives de quinta com bate-papos sobre a região, a história e seu patrimônio cultural, com convidados que são considerados tesouros vivos da nossa cidade”, adianta o gerente do complexo, Júnior Ribeiro. O Complexo Cultural de Planaltina funciona como ponto de encontro de artistas e da comunidade em geral. Mais de 30 mil pessoas frequentaram o espaço ao longo de seus dois anos de funcionamento. Já passaram por lá eventos como Encontro de Violeiros e Violeiras do DF, Projeto I’ll be There (tributo a Michael Jackson), Encontro de Folias de Reis, Festival Parque Sucupira de MPB, Mostra de Cinema e Direitos Humanos e Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. “Todas essas atividades culturais fortalecem a cadeia produtiva e oportunizam o consumo à periferia”, ressalta Júnior Ribeiro. “Antes da inauguração do Complexo, a comunidade de Planaltina precisava sair da sua região de origem para consumir cultura no Plano Piloto. Hoje é possível consumir cultura na nossa própria cidade.” GDF Presente Nos últimos dias, os moradores de Planaltina convivem com equipes e equipamentos do GDF Presente. São caminhões, retroescavadeiras, patrolas, tratores e outras máquinas da Novacap, SLU e DER-DF. Todo esse aparato também faz parte do calendário de comemorações e ficará na cidade até a próxima terça-feira (4). O plano de ação do mutirão conta com patrolamento das vias sem pavimentação, criação do sistema de drenagem, recolhimento de lixo e entulho, construção de galerias de águas pluviais e podas de árvores. “É uma forma de mostrar que o governo tem um carinho muito grande por Planaltina e de mudar o dia a dia das pessoas com reparos que parecem simples para uns, mas que fazem diferença para outros”, destaca o administrador da cidade. Um dos trabalhos mais importantes realizados pelas equipes do Polo Norte foi concluído na quinta-feira (30/7): o ajuste e patrolamento das estradas de acesso que levam ao Monumento da Pedra Fundamental de Brasília, um dos pontos turísticos mais conhecidos da região. Ao todo, 20 quilômetros de estradas receberam nivelamento, o que garante a segurança de quem quiser acessar o local. O GDF Presente também atuou no Bairro Estância. No local, puderam ser recolhidas 220 toneladas de entulhos e inservíveis. Já às margens da DF-230, foram roçados 2,5 quilômetros lineares de área verde. Outro ponto da cidade também visitado pelas equipes foi a comunidade Bica do DER, onde dois quilômetros de vias sem pavimentação receberam patrolamento e colocação de fresado de asfalto. Live Narradores Mestre d’Armas – Conheça Planaltina Onde: página do Instagram da Administração Regional de Planaltina (@admplanaltinadf) Quando: dias 1º, 8, 15, 22 e 29 deste mês, sempre a partir das 16h.
Ler mais...