Estratégia de Saúde da Família chega a mais de 2,1 milhões de brasilienses
O Distrito Federal tem mais de 2,1 milhões de pessoas assistidas pelas equipes de estratégia de Saúde da Família (eSF). Esses profissionais são responsáveis por fazer o acompanhamento integral das famílias, o que vai muito além da saúde. Somente em 2024, foram realizados 1,1 milhão de atendimentos individualizados. Quando se fala em eSF, normalmente se pensa na equipe composta por médico, técnico em enfermagem e agente de saúde. Mas a estratégia é composta também por 632 equipes multidisciplinares, sendo 310 equipes de saúde bucal, 23 equipes de atenção primária prisional, 11 equipes de complementares psicossocial, sete equipes de consultório na rua. Arte: Agência Brasília A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, afirma que apesar da adesão do DF à eSF ter acontecido em 2017, 23 anos após a criação do programa, em 1994, “foi um divisor de águas para o cuidado da população do Distrito Federal”. “É o principal cuidado, porque é ali que a gente faz prevenção, diagnóstico, acompanhamento e, o mais importante de tudo, criamos vínculo com a população”, destaca a secretária. “Não há nada mais valoroso e importante do que você entrar na casa de uma família e poder cuidar dela – da água que ela bebe até verificar se a fossa é úmida ou seca, se tem drenagem ou não, se tem gestante ou não, se tem pessoas que precisam de alguma coisa”, destaca Lucilene. Bom atendimento Olinda Petry elogia o trabalho das equipes da eSF: “O atendimento é muito bom. Estou bem atendida e bem cuidada” Moradora do Núcleo Rural Córrego da Onça, Olinda Petry, de 89 anos, é uma das pessoas que recebem esse atendimento, específico para a necessidade de cada usuário. Ela tem dificuldade de locomoção e se sente bem amparada pela equipe que a acompanha. Além de acompanhamento médico, ela faz três sessões semanais de fisioterapia, o que tem ajudado a melhorar as dores que sente nas pernas, e também recebeu a vacina da gripe. Tudo sem precisar sair de casa. “O atendimento é muito bom. Estou bem atendida e bem cuidada. A fisioterapia está ajudando com as dores que sinto. Também tomei a vacina e nem doeu”, garante. A médica da família Fabiana Soares Fonseca, da Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 de Santa Maria, costuma fazer duas visitas por semana, fora os atendimentos realizados na própria unidade. Apaixonada pelo que faz, Fabiana define a estratégia de acompanhamento como “medicina de verdade” e afirma que, para exercer a função, é “preciso saber trabalhar em equipe”. Fabiana Soares Fonseca: “Olhamos para a pessoa de modo integral e sem julgamentos” “A gente avalia muito além da doença. Olhamos para a pessoa de modo integral e sem julgamentos. Você conhece a comunidade e consegue identificar muitas das causas que levam a problemas de saúde”, conta a médica. “Muitas vezes identificamos que a família está passando necessidade e acionamos a assistente social”. Alta taxa de cobertura A eSF completou 30 anos no Sistema Único de Saúde (SUS) e, embora o DF tenha aderido há sete anos, a taxa de cobertura passou de 33,74%, em 2017, para 76,79%, em 2023. Atualmente, são 2.177.510 de pessoas vinculadas à estratégia no DF atendidas por 632 equipes. O Governo do Distrito Federal (GDF) trabalha com a meta de chegar a 100% de cobertura. “Estamos em um momento bastante gratificante, com 623 equipes de Estratégia Saúde da Família, que são capazes de resolver 85% de todas as demandas ou problemas da população. A nossa busca é ampliar a cobertura de eSF junto com as 17 Unidades Básicas de Saúde que serão construídas. Essas UBS comportarão mais equipes de estratégia de saúde da família e, com certeza, maior número de pessoas poderão ser cuidadas nesse modelo”, adianta a secretária. “Estamos em um momento bastante gratificante, com 623 equipes de Estratégia Saúde da Família, que são capazes de resolver 85% de todas as demandas ou problemas da população” Lucilene Florêncio, secretária de Saúde Como parte da constante melhoria do trabalho realizado no atendimento à população, o GDF conta com o Programa de Qualificação da Atenção Primária do Distrito Federal (Qualis-APS), que já certificou 116 especialistas e 1.011 concluintes do curso de aperfeiçoamento em eSF. A iniciativa é da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), que tem também a participação da Universidade de Brasília (UnB) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Cuidado integral A coordenadora de Atenção Primária à Saúde do DF, Sandra França, observa que a estratégia prioriza a prevenção e promoção da saúde por distrito sanitário. Isso significa que os atendimentos são territorializados, com equipes direcionadas para cada região. “É um cuidado centrado na pessoa, não em uma doença ou em parte do corpo, em que os profissionais de saúde têm a pessoa como o mais importante, com olhar e cuidado direcionado. A assistência é prestada de forma integral e humanizada, considerando as particularidades e necessidades individuais de cada pessoa”, afirma a coordenadora. Antes da mudança, exemplifica a coordenadora, o atendimento era prestado à gestante. Com a estratégia, a mulher e a família recebem acompanhamento como um todo antes e depois da gestação. “Vivenciamos as mudanças que eles estão passando. É como se fôssemos parte daquela família e eles se sentem parte da estratégia. O usuário também tem condições de dizer as atividades que quer realizar, com as nossas práticas, como as hortas comunitárias ou automassagem”, detalha. Quem ainda não estiver cadastrado para receber os cuidados das equipes pode procurar a UBS mais próxima de casa.
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UBS 6 de Santa Maria ganha unidade de apoio para 8 mil atendimentos mensais
Os moradores de Santa Maria terão mais opção na rede pública para realizarem seus atendimentos médicos. A Unidade Básica de Saúde (UBS) 6 ganhou um posto de apoio, localizado na EQ 304/307. O reforço foi oficialmente entregue à comunidade nesta segunda-feira (8) – durante a inauguração, a governadora em exercício Celina Leão ainda assinou uma ordem de serviço para construção de um Centro de Educação de Primeira Infância (Cepi) na cidade. “Quando melhoramos a atenção básica, melhoramos a atenção secundária e as especialidades, fazendo um acompanhamento preventivo da população”, disse a governadora em exercício Celina Leão, na inauguração do posto de apoio da UBS 6 de Santa Maria | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A nova unidade ocupa o prédio do antigo posto policial da região sul de Santa Maria. O espaço cedido pela Secretaria de Segurança do Distrito Federal contou com R$ 700 mil, verba proveniente de emendas parlamentares, para ser totalmente renovado, passando a abrigar duas equipes de Estratégia de Saúde da Família (EsF). A ideia é que a extensão atenda os moradores das quadras 203, 303, 204 e 304. “Estamos investindo muito na atenção primária, porque precisamos mudar uma cultura no Distrito Federal. Aqui, as pessoas só procuram um médico quando ficam doentes. Não há o hábito de fazer acompanhamento nas unidades básicas de saúde”, comentou Celina Leão. “Por isso, estamos fortalecendo a nossa rede. Quando melhoramos a atenção básica, melhoramos a atenção secundária e as especialidades, fazendo um acompanhamento preventivo da população.” O postinho de saúde tem cerca de 450 m² de área construída, com quatro consultórios, duas áreas de acolhimento, sala de curativo, área de espera, banheiros para o público, banheiros para funcionários, sala de esterilização, farmácia, sala de gestão e copa. Toda a estrutura foi projetada e reformada pela Secretaria de Saúde. Janelas e portas do antigo posto policial foram trocados, bem como o piso e as calçadas. A consultora de Beleza, Valdene Vidal, celebrou mais uma opção de atendimento de saúde na cidade De acordo com a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, a nova unidade expande o ambiente de cuidado, prevenção e acompanhamento de grávidas, diabéticos, hipertensos e pessoas com doenças crônicas. “A UBS 6 de Santa Maria já estava sobrecarregada, recebendo pacientes além da sua capacidade, que são 8 mil atendimentos por mês”, afirmou. “Esse ponto de apoio amplia nosso ambiente, permitindo que a gente possa cuidar melhor e mais 8 mil pessoas mensalmente”. Para a presidente do Conselho de Saúde de Santa Maria, Denise Bastos, a nova unidade é uma vitória para a população. “A comunidade poderá usufruir de equipes de saúde da família, que oferecem atendimentos básicos de prevenção. A gente vai conseguir fazer um mapeamento mais eficiente do território e atender melhor a nossa população”, ressalta Denise. Frequentadora assídua da UBS 1 na EQ 307, a consultora em beleza Valdene Vidal, 44 anos, comemorou a inauguração de mais uma unidade básica em Santa Maria. “Eu gosto bastante dos postinhos de saúde – fiz todo o meu pré-natal em um deles, costumo trazer meu filho para consultar e só recorro a um hospital em casos mais graves”, contou. “É ótimo ter mais uma opção de atendimento na cidade, com tudo novinho. Estou adorando”. Reforço na educação Celina Leão assinou, nesta segunda (8), a ordem de serviço para o Cepi 215/315, em Santa Maria, que terá a capacidade de atender até 200 crianças A assinatura da ordem de serviço para a construção do Centro de Educação da Primeira Infância (Cepi) 215/315 tira do papel outra obra muito aguardada pelos moradores de Santa Maria. “As mulheres querem trabalhar, mas a pergunta vem: com quem nós vamos deixar as nossas crianças?”, observou a governadora em exercício Celina Leão. “É uma demanda antiga da região, que estamos muito felizes em atender”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=””] A secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, destacou que Santa Maria já vai ganhar um novo Cepi no início do ano letivo. Localizado na CL 201, a unidade poderá atender até 200 crianças de até 3 anos – com esta inauguração, a região vai totalizar seis centros. “Em 2024, serão construídos 18 Cepis em todo o Distrito Federal, alguns deles com inauguração prevista ainda para este ano”, apontou Hélvia Paranaguá. “Ao todo, o GDF tem 40 obras de unidades de ensino em andamento no Mangueiral, no Itapoã, na Estrutural e em várias outras regiões do DF”. Diretor de Edificações da Novacap, Carlos Alberto Spies informou que a estrutura do Cepi 215/315 vai seguir o modelo das demais unidades. “Serão 1.300 m² de área construída, com mais de 10 salas, cozinha, lavanderia, lactário, playground e toda a estrutura necessária para o atendimento da população”, detalhou. “O investimento ficou em R$ 5,5 milhões – parte da verba foi financiada pelo FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação] e a outra parte foi custeada pelo Governo do Distrito Federal”. ?
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Mais duas equipes de saúde atenderão população de Santa Maria
Um local que antes significava insegurança, em breve será um ponto de acolhimento. O antigo posto policial da EQ 304/307, na região sul de Santa Maria, está sendo transformado em anexo da unidade básica de saúde (UBS) 6. O espaço, que estava desocupado, abrigará duas equipes de Estratégia de Saúde da Família (EsF) e atenderá os moradores das quadras 203, 303, 204 e 304. O anexo da unidade básica de saúde (UBS) 6 tem área construída estimada em 450 metros quadrados, com quatro consultórios, duas áreas de acolhimento, sala de curativo, área de espera, banheiros para o público, banheiros para funcionários, sala de esterilização, farmácia, sala de gestão e copa | Fotos: Paulo Henrique Carvalho/Agência Brasília ?“Com a reforma, toda a população ao redor é beneficiada. Esse será um posto de saúde mais próximo da casa das pessoas e ajudará a desafogar as outras duas UBSs da região”, esclarece o administrador regional de Santa Maria, Josiel França. O ponto estava abandonado há mais de quatro anos. O administrador regional de Santa Maria, Josiel França, considera que ?“com a reforma, toda a população ao redor é beneficiada. Esse será um posto de saúde mais próximo da casa das pessoas e ajudará a desafogar as outras duas UBSs da região” ?A edificação tem área construída estimada em 450 metros quadrados, com quatro consultórios, duas áreas de acolhimento, sala de curativo, área de espera, banheiros para o público, banheiros para funcionários, sala de esterilização, farmácia, sala de gestão e copa. Toda a estrutura foi projetada e reformada pela Secretaria de Saúde (SES).? Foi necessário redesenhar a planta do antigo posto policial, substituir janelas e portas, além de instalar novas estruturas, construir calçadas, trocar o piso, entre outros serviços. Atualmente, ocorre a pintura do espaço, instalação de pias e vasos, bem como da fiação elétrica. Em breve, haverá a colocação do mobiliário. Para Gracimone Vasconcelos, gerente de Serviço de Atenção Primária de Santa Maria, a ampliação no número de equipes permitirá maior cobertura da região ?A gerente de Serviço de Atenção Primária de Santa Maria, Gracimone Vasconcelos, afirma que a ampliação no número de equipes permitirá maior cobertura da região. O funcionamento do anexo, portanto, não aumenta o número de UBSs disponíveis, mas de profissionais mobilizados.? “Com essa unidade, teremos mais cadastros vinculados e mais ofertas para a população”, pontua. “Teremos acolhimento com classificação de risco e farmácia. Cada equipe seguirá a composição básica de Saúde da Família, tendo médico, enfermeiro, dois técnicos de enfermagem e agente comunitário de saúde”, completa. Alberto Ribeiro se preocupava com a ocupação do local por usuários de drogas. “Mas, desde que começou a reforma, já melhorou muito. E é uma esperança para nós, né? Ter um postinho assim tão perto será ótimo” ?A pensionista Mônica Assis, 50, será uma das pacientes atendidas no anexo. Moradora da QR 304, ela já é acompanhada pela equipe da UBS 6. “Faço terapia no postinho de saúde”, revela. “Esse aqui vai ser mais perto de casa. Com certeza, além de mim, vão vir a minha mãe, meus irmãos, cunhados, sobrinhos, a família toda”, completa. ?O cabeleireiro Alberto Ribeiro, 40, mantém um salão de beleza em frente ao antigo posto policial há quase 10 anos. Ele revela que, por estar desocupado, o local era utilizado para o consumo de drogas e representava insegurança aos moradores da região. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Eu mesmo ficava muito preocupado, principalmente à noite, quando não tem ninguém na loja”, conta. “Mas, desde que começou a reforma, já melhorou muito. E é uma esperança para nós, né? Ter um postinho assim tão perto será ótimo”, completa.? Santa Maria conta com um hospital regional, um Núcleo de Inspeção de Saúde, um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) AD, um Centro de Referência em Práticas Integrativas da Região Sul de Saúde (Cerpis Sul), uma Associação para Auxílio à Maternidade e oito UBSs, além do anexo em construção. Fundada em 1993, a cidade soma área de 13.158,31 hectares e tem 130.970 moradores.
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Equipes de saúde levam atendimentos à população em situação de rua
Um projeto do Governo do Distrito Federal (GDF) leva dignidade a quem tem dificuldade de acessar os serviços públicos mais básicos. Por meio do Consultório na Rua, cinco equipes multiprofissionais realizam atendimento de pessoas em situação de rua. Exames, tratamentos e laudos são oferecidos para essa população, com um serviço de acolhimento da Estratégia de Saúde da Família (ESF). A política foi estabelecida nacionalmente em 2011 e implementada na capital federal no ano seguinte, sob a coordenação da Secretaria de Saúde (SES), por meio da Gerência de Atenção à Saúde de Populações em Situação Vulnerável e Programas Especiais (GASPVP). As áreas contempladas com o consultório, atualmente, são: Central (Asa Sul, Asa Norte, Cruzeiro, Lago Norte, Varjão e Vila Planalto), Leste (Paranoá, Itapoã, São Sebastião e Jardim Botânico), Oeste (Brazlândia e Ceilândia), Sudoeste (Águas Claras, Recanto das Emas, Samambaia, Taguatinga e Vicente Pires) e Sul (Gama e Santa Maria). As equipes estão instaladas na unidade básica de saúde (UBS) 1 da Asa Sul, na UBS 5 de Taguatinga, na UBS 5 de Ceilândia, na UBS 4 do Gama e na UBS 1 do Paranoá. A maioria conta com assistente social, enfermeiro, médico, psicólogo e técnicos de enfermagem. Em 2022, as cinco equipes ofertaram 14.325 atendimentos individuais e 20.723 procedimentos, incluindo aplicação de vacina, insulina, entrega de medicamentos e testes rápidos | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília O gerente substituto de Atenção à Saúde de Populações em Situação Vulnerável da SES, Clístenes Mendonça, afirma que outras duas equipes estão em processo de cadastramento junto ao Ministério da Saúde. Segundo ele, os consultórios mostram para as pessoas em situação de rua que, assim como as domiciliadas, elas têm direito aos serviços de saúde. ?“A responsabilidade do atendimento da população em situação vulnerável é de toda a rede pública. A pessoa pode se dirigir a qualquer UBS, esse é um direito garantido”, pontua Mendonça. As ações são promovidas em parcerias com as secretarias de Desenvolvimento Social e de Cidadania e Justiça, além de outros órgãos. “A proteção social tem que caminhar alinhada com as políticas de saúde”, defende. Em 2022, as cinco equipes ofertaram 14.325 atendimentos individuais e 20.723 procedimentos, o que inclui aplicação de vacina, insulina, entrega de medicamentos, testes rápidos, entre outros. Também foram registrados 1.043 atendimentos odontológicos. Conforme pesquisa de 2022 do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), a população em situação de rua do Distrito Federal é estimada em 2.938 pessoas. Em 2022, as cinco equipes ofertaram 14.325 atendimentos individuais e 20.723 procedimentos, o que inclui aplicação de vacina, insulina, entrega de medicamentos, testes rápidos, entre outros | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília Invisíveis para alguns, prioridade para outros O Consultório na Rua oferece todos os serviços disponíveis na Atenção Primária: testagem, exames, encaminhamentos para especialidades, curativos, entre outros. Diariamente, as equipes saem em busca de novos pacientes e daqueles já acolhidos para dar continuidade aos tratamentos. “A gente fica rodando pelas cidades, procurando os pacientes até encontrá-los”, conta a médica de saúde da família da UBS 5 de Taguatinga, Samanta Hosokawa. Encontrado um novo paciente, é iniciado o acolhimento. Os profissionais coletam o máximo de informação possível para cadastrá-lo junto à UBS e auxiliam nas demandas que for preciso. “Tentamos fazer esse resgate para encaminhar aos serviços necessários, como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Nós somos a equipe de saúde da família para a rua”, pontua Hosokawa. A equipe da UBS 5 conta com médico da família e comunidade, psicólogo, três técnicos de enfermagem, dois enfermeiros, assistente social e motorista. “Conforme vamos atendendo, voltando, acolhendo novamente, eles se sentem importantes, entendem que merecem o cuidado de saúde. Muitas das vezes acham que não precisam disso ou que, por não terem documento, não vão conseguir ser atendidos”, avalia a médica. “Resgatar a dignidade das pessoas em situação de rua por meio do cuidado em saúde, é essencial no nosso trabalho. Não é só levar medicação para alguma dor, mas ajudar que resgatem a própria cidadania, a qual tem direito mas acham que não”, completa. Além do atendimento à população de rua, a secretaria também oferece serviços voltados à população residente na área rural, negra, LGBTQIA+, indígena, cigana, jovens em medida socioeducativa e famílias atendidas pelo Cadastro Único | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília Sem endereço fixo ou emprego, José Eduardo* está em situação de vulnerabilidade há mais de uma década. Nascido em 19 de setembro de 1973, como ele mesmo revela, vive em situação precária pelas ruas de Taguatinga. Ele conta que, em meio às mazelas diárias, encontrou apoio na equipe da UBS 5. “Me ajudam muito”, conta sucintamente. No último atendimento, os profissionais fizeram um curativo na perna do homem. A psicóloga Heleura Oliveira, integrante do Consultório na Rua da UBS 5 de Taguatinga desde 2013, relata que o trabalho depende da relação construída com o paciente. “Essa população é muito frágil porque tem os vínculos familiares rompidos, além de que se movimentam muito no território, então, muitas vezes, são difíceis de encontrar para dar o resultado de um exame ou prosseguir com um tratamento, por exemplo”, diz. “O objetivo do consultório é facilitar o acesso da população para que tenham uma atenção integral à saúde longitudinal.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “A rede toda tem responsabilidade de atender esse cidadão. Mas muitos vêm até aqui, buscando a nossa equipe, por conta do vínculo que foi construído durante a busca ativa. São pessoas que chegam nos serviços hospitalares com problemas crônicos, e precisam fazer esse acompanhamento longitudinal, que é oferecido pela Atenção Básica”, completa Oliveira. Além do atendimento à população de rua, a secretaria também oferece serviços voltados à população residente na área rural, negra, LGBTQIA+, indígena, cigana, jovens em medida socioeducativa e famílias atendidas pelo Cadastro Único. * Nome fictício
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Profissionais da UBS 1 levam serviços de saúde à comunidade
Neste sábado (29), os moradores da Vila do Sossego, na Candangolândia, receberam profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) da região. A visita ocorreu das 8h às 12h. Além de cadastrar as pessoas da comunidade para serem acompanhadas pelas equipes de Estratégia Saúde da Família, os profissionais vacinaram adultos contra a covid-19, aferiram pressão arterial, entregaram preservativos e kits de higiene bucal e ofereceram orientação médica. Profissionais da UBS 1 ofereceram atendimento aos moradores da Vila do Sossego, na Candangolândia, neste sábado (29), com vacinação contra a covid-19 entre as ações | Fotos: Tony Winston/Agência Saúde-DF “Viemos cadastrar essas famílias, pois apesar de ser uma área carente, em que muitos precisam de serviços de saúde, ninguém daqui costuma procurar os serviços oferecidos na UBS. É um trabalho de prevenção, com o intuito de estreitar os laços dessa comunidade com sua equipe de Saúde da Família”, informa o gerente da UBS 1 da Candangolândia, Rodrigo Vidal. Cerca de 600 pessoas moram na Vila do Sossego. “É de grande importância que todas as famílias sejam acompanhadas pela Saúde da Família, saber as necessidades de cada casa”, afirma o gerente da UBS 1, Rodrigo Vidal A Vila do Sossego fica às margens da Epia Sul e possui apenas 85 chácaras. No entanto, cerca de 600 pessoas vivem no local. O agente de saúde Manoel Morais destaca que há muitas crianças. Por isso, é tão importante o acompanhamento constante das famílias. “São pessoas que trabalham o dia todo, muitas vezes não conseguem ir à UBS ou até mesmo por falta de condição financeira. É de grande importância que todas as famílias sejam acompanhadas pela Saúde da Família, saber as necessidades de cada casa”, explica. A ação de saúde recebeu apoio da Administração Regional da Candangolândia e da Associação dos Moradores da Vila do Sossego, que se uniram para divulgar a iniciativa através da rádio comunitária e uso de bicicletas de som. [Olho texto=”“Trabalho na vacinação contra a covid desde o início. Teve dias que aplicamos mais de 1.200 doses. Agora, o movimento caiu muito. Vivemos um momento muito difícil. É gratificante contribuir de alguma forma para o fim da pandemia”” assinatura=”Sandra Duarte, técnica de enfermagem” esquerda_direita_centro=”esquerda”] População A autônoma Edivânia Cardoso, 47 anos, aproveitou a vacinação contra covid-19 perto de casa para receber a dose de reforço. “Achei ótimo conseguir me vacinar tão rápido e com essa facilidade, sem ter que me deslocar para longe.” Raiucha dos Santos, 30 anos, dona de casa, levou os dois filhos para a ação e, além de receber kits de saúde bucal, ainda fez atualização de seu cadastro no programa Bolsa Família. Ela relatou que às vezes deixa de comparecer à UBS por conta da distância para ir andando ou por falta de condições de pagar um transporte até lá. A auxiliar de limpeza Miriam Ribeiro, 39 anos, é hipertensa e, além de aferir a pressão arterial, deixou sua consulta agendada na UBS para ter sua receita médica trocada, pois precisa dela para conseguir gratuitamente os medicamentos para controle da pressão. Também recebeu a dose de reforço da vacina contra covid-19. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Satisfação A técnica de enfermagem Sandra Duarte aplicou as doses da vacina contra covid-19 durante a ação na Vila do Sossego. Com 40 anos de atuação na linha de frente, lida diretamente com a população que busca algum tipo de atendimento de saúde. “Trabalho na vacinação contra a covid desde o início. Teve dias que aplicamos mais de 1.200 doses. Agora, o movimento caiu muito. Vivemos um momento muito difícil. É gratificante contribuir de alguma forma para o fim da pandemia”, avalia. Neste ano, Sandra pretende se aposentar. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Atenção Primária oferece atendimento humanizado em casa
Pacientes acamados ou que necessitam de atendimento específico, mas que não conseguem se deslocar até a unidade básica de saúde (UBS) mais próxima de onde moram, podem contar com atendimento domiciliar realizado pelas equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF). Aqueles que residem na área de abrangência de cada unidade básica de saúde são monitorados pelos agentes comunitários de saúde que avaliam as necessidades particulares de cada um, e comunicam às equipes sobre cada caso. Após essa informação chegar até a equipe, é feito um planejamento para que esse atendimento seja realizado o mais breve possível. Patrícia Fonteles, 30 anos, está no puerpério e recebeu em casa a visita da equipe de Saúde da Família da UBS 12 | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF** “A possibilidade de essa equipe conseguir ir até o domicílio do paciente fortalece ainda mais a relação da população com o serviço de saúde, garantindo que o paciente seja assistido por uma equipe multiprofissional competente e compromissada” explica o coordenador da Atenção Primária à Saúde, Fernando Erick Damasceno. As equipes que atuam nesses atendimentos são compostas por quatro profissionais: um médico de família, um enfermeiro, um técnico de enfermagem e um agente comunitário. [Olho texto=”“Poder contar com essa atenção da UBS onde fiz todo meu pré-natal, conversar, e tirar todas as dúvidas que tenho, é muito bom. A equipe é cuidadosa e muito prestativa. Eu me senti acolhida e sou só elogios a todos”” assinatura=”Patrícia Fonteles, 30 anos, mãe da pequena Kiara” esquerda_direita_centro=”direita”] Visita bem-vinda Paciente da rede pública de saúde, Patrícia Fonteles, de 30 anos, é moradora da região de Sol Nascente e teve a pequena Kiara há 20 dias no Hospital Regional de Ceilândia. Ela, que está no puerpério, recebeu a visita da equipe de Saúde da Família da UBS 12, na última terça-feira (24). “Poder contar com essa atenção da UBS onde fiz todo meu pré-natal, conversar, e tirar todas as dúvidas que tenho, é muito bom. Estou muito feliz, a equipe é cuidadosa e muito prestativa. Eu me senti acolhida e sou só elogios a todos”, ressalta. Fernando Erick considera que a visita domiciliar no momento de puerpério, que dura até 45 dias após o parto, é um dos momentos mais delicados da vida da criança, e de toda família. “O nascimento de um filho é um ciclo de vida para a família. E esse é o momento de uma sobrecarga emocional, quando a família precisa do apoio das equipes de saúde. Essa primeira orientação é de fundamental importância para a recuperação da mãe. E eu acredito que a possibilidade de as equipes conseguirem realizar esse serviço na residência da pessoa faz toda a diferença”, destaca Fernando Erick. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A paciente Patrícia recebeu as orientações quanto ao aleitamento materno, primeiras vacinas do bebê, teste do pezinho, cuidados com o umbigo e com a alimentação da bebê, e com o próprio corpo, no período de resguardo. *Com informações da Secretaria de Saúde **Fotos tiradas em casa, em ambiente controlado
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