Crédito rural do GDF e cooperativismo fortalecem produção de morango em Planaltina
O casal de produtores rurais Leonice e Arnaldo Mendes, de 42 anos, da comunidade Lagoinha, em Planaltina, precisou recomeçar a vida há cerca de cinco anos. Após o fechamento da gráfica que mantinham na cidade, em consequência da pandemia da covid-19, buscaram apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). Sem experiência no campo, foram apresentados à cooperativa de produtores familiares da região e tiveram acesso ao microcrédito do programa Prospera, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF). Hoje, são responsáveis pelo maior cultivo de morango da comunidade. Leonice e Arnaldo Mendes contaram com o apoio do GDF para, sem experiência prévia no campo, iniciarem jornada como produtores rurais | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A produção começou na chácara localizada no Núcleo Rural Rio Preto, com abóbora, mas logo no primeiro ciclo enfrentaram dificuldades: a lavoura foi destruída por lagartas e toda a safra se perdeu. Com o apoio da Cooperativa de Agricultura Familiar Mista do DF (Coopermista) e acesso a insumos, recomeçaram e, pouco depois, obtiveram o primeiro crédito do Prospera, de cerca de R$ 19 mil. O recurso permitiu o plantio de beterraba e cenoura e a ampliação da área produtiva. O cultivo do morango veio mais recentemente, como uma aposta ousada. “Começamos com 10 mil mudas, mesmo com o desafio de sermos os primeiros produtores da região. Hoje, fornecemos tanto para a cooperativa quanto para supermercados, e já competimos com grandes produtores. O morango é uma oportunidade porque garante colheita o ano inteiro e abre portas para novos mercados”, conta Leonice. A chegada do canal da Lagoinha, em novembro de 2024, também fez diferença para os produtores, que antes só podiam plantar culturas menos dependentes de irrigação, como batata-doce, abóbora e beterraba. Agora conseguem diversificar. Segundo eles, o próximo passo é investir na cobertura da plantação de morango e, futuramente, no cultivo suspenso, que melhora tanto a produtividade quanto as condições de trabalho. Leonice ressalta que a Emater foi essencial em todo esse processo, não só no apoio técnico, mas também no incentivo e na capacitação. “Participei de viagens e intercâmbios que ampliaram minha visão, conheci produtoras de outras regiões e percebi que era possível crescer”, afirma. “Além disso, a Emater trouxe cursos de gestão e orientação financeira, algo essencial, porque não basta produzir: é preciso saber calcular custos, entender se há lucro e planejar”. “Histórias como essa mostram a força do Prospera. Ao apoiar a agricultura familiar, conseguimos não apenas fortalecer a produção local, mas também garantir mais emprego, dignidade e desenvolvimento. O programa foi criado justamente para isso, para dar oportunidade a quem deseja empreender, gerar renda e transformar realidades”, destacou o secretário da Sedet-DF, Thales Mendes. A produção de morango do casal vem crescendo e gerando empregos para a comunidade. A trabalhadora rural Ana Clarice Vieira, 25 anos, conta que encontrou na atividade uma nova fonte de renda. “Eu estava sem trabalhar, mas agora venho três a quatro vezes por semana para ajudar na produção de morango. Isso trouxe oportunidade para muita gente daqui, especialmente porque não temos transporte público e o trabalho fica perto de casa. Além disso, é uma ocupação que envolve principalmente as mulheres, que cuidam da seleção, pesagem e embalagem dos frutos, enquanto os homens se dedicam mais à colheita”, relata. Após 20 anos de parceria matrimonial, o casal conta com cinco trabalhadores rurais no negócio da família. Eles se reconhecem como pequenos produtores da agricultura familiar, mas planejam crescer de forma estruturada, sempre baseados no cooperativismo. O casal começou produzindo 10 mil mudas de morango; atualmente, fornecem tanto para a cooperativa quanto para supermercados Assistência Segundo o engenheiro agrônomo e extensionista rural da Emater-DF, Eduardo Damásio, quando um produtor solicita atendimento, a equipe realiza visita técnica para avaliar a propriedade de forma global. A análise considera não apenas a parte produtiva, mas também os arredores, as vias de acesso, o potencial da área e a disponibilidade ou possibilidade de água. “Muitas vezes o produtor deseja plantar algo que não é recomendado para a região; parte do nosso trabalho é orientar sobre a cultura mais adequada ao ambiente”, explica. “Aqui no Rio Preto, as cooperativas são canais fundamentais de comercialização porque trabalham com plantio programado. O produtor sabe antecipadamente quanto plantar e qual será o preço de venda, deixando de ficar refém da oscilação do mercado de hortifrúti, que pode variar drasticamente. A Emater, portanto, não só orienta no campo, mas também presta assessoria gerencial: mostramos linhas de crédito e orientamos sobre gestão financeira e comercialização”, ressalta Eduardo. [LEIA_TAMBEM]Entre as principais linhas de crédito oferecidas pelo GDF estão o Prospera, uma modalidade de microcrédito para pequenos empreendedores rurais e urbanos, com foco em investimento e custeio, de responsabilidade da Sedet-DF; e o Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR), da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), que financia projetos ligados à atividade rural, como investimento e custeio agropecuário, infraestrutura, agroindustrialização e turismo rural. “O Prospera é bastante usado por produtores familiares e funciona de forma escalonada: começa com cerca de R$ 19 mil; após a quitação, o agricultor pode acessar um segundo crédito de aproximadamente R$ 28 mil e, em seguida, um terceiro de cerca de R$ 38 mil”, explica o extensionista. Segundo ele, os recursos podem ser aplicados tanto no custeio da produção, como na compra de insumos, quanto em investimentos, como a instalação de túneis e estufas para o cultivo de morango no período de chuvas. Na prática, o Prospera permite ao produtor planejar e escalonar a produção mesmo sem dispor do capital imediatamente. Em conjunto com o FDR, forma uma combinação que tem ajudado muitos empreendimentos rurais a crescerem de maneira planejada e sustentável. Entre as principais linhas de crédito oferecidas pelo GDF estão o Prospera, uma modalidade de microcrédito para pequenos empreendedores rurais e urbanos, e o Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR), que financia projetos ligados à atividade rural Como adquirir linhas de crédito A solicitação do microcrédito do Prospera começa nas agências do trabalhador. Atualmente, são 14 unidades fixas e outras duas itinerantes em fase de implantação. Nessas agências, o interessado passa por uma simulação inicial com um agente de crédito. A partir desse contato, inicia-se um diálogo para entender a finalidade do recurso, que pode ser utilizado na compra de equipamentos, contratação de funcionários ou melhorias no produto ou serviço oferecido. Já para acessar o FDR, é necessário apresentar um projeto elaborado pela Emater. São exigidos documentos pessoais e da propriedade, certidões negativas de débito — inclusive junto à Serasa —, garantias e Cadastro Ambiental Rural (CAR), entre outros requisitos.
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Na AgroBrasília, GDF regulariza área equivalente a 827 campos de futebol
O Governo do Distrito Federal (GDF) celebrou 31 novos contratos de regularização fundiária durante a feira AgroBrasília 2023 nesta sexta-feira (26). Os acordos equivalem a uma área do tamanho de aproximadamente 827 campos de futebol oficiais, mas representam muito mais do que isso. Novos proprietários, agora, terão segurança jurídica para trabalhar | Foto: Renato Alves/Agência Brasília [Olho texto=”“Esse trabalho leva paz social e segurança jurídica aos profissionais do campo”” assinatura=”Fernando Rodriguez, secretário de Agricultura” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os proprietários dessas áreas rurais passam a ter segurança jurídica para desenvolver seus negócios, contratar funcionários e buscar empréstimos junto a bancos e instituições financeiras. Durante a visita à feira, o governador Ibaneis Rocha falou da importância de avançar nessa pauta para desenvolver a área agrícola do DF, correspondente a 70% de todo o território da capital. Ele também elogiou a AgroBrasília. “É uma das maiores feiras do agronegócio, não só do Centro-Oeste, mas do Brasil, com bilhões em negócios”, declarou o governador. “Temos um fomento por meio do BRB, a entrega de documentos feita pela Terracap, o Brasília Ambiental – que anunciou a redução de taxas para que o agricultor tenha condições de competir com os nossos vizinhos de Goiás e Minas Gerais. São muitas coisas importantes, e a feira cresce a cada ano.” Conquistas A regularização fundiária tem avançado nos últimos anos. Entre 2019 e 2022, o GDF assinou 328 contratos, o correspondente a 29.622 hectares e equivalente a 29 mil campos oficiais de futebol do tamanho máximo permitido pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Esse trabalho leva paz social e segurança jurídica aos profissionais do campo”, pontuou o secretário de Agricultura, Fernando Rodriguez. “Vamos seguir prestando esse apoio para termos cada vez mais áreas regularizadas no DF.” Atualmente, a capital federal movimenta por ano mais de 1,2 milhão de toneladas de alimentos pelas mãos de 18 mil produtores rurais. Só com hortaliças, foram 238 mil toneladas em 2022, enquanto a safra de grãos alcançou 974 mil no mesmo ano. Cartas de crédito [Numeralha titulo_grande=”R$ 8 milhões ” texto=”Total investido pelo Fundo de Desenvolvimento Rural entre 2019 e 2022 para financiar 78 projetos” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O governador também entregou três cartas de crédito do Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR), totalizando mais de R$ 487 mil em investimentos direcionados a produtores rurais. Uma das cartas, no valor de R$ 200 mil, é para aquisição de um vagão graneleiro a um produtor rural do Rio Preto. Outra, totalizando R$ 147.700, permitirá a um produtor rural de Planaltina comprar um sistema de energia fotovoltaica, enquanto a terceira carta, no valor de R$ 139.566, auxiliará na aquisição de sistema de energia fotovoltaica e estufa para produção de cogumelos, endereçada a um produtor rural do Lago Oeste. Entre 2019 e 2022, o FDR financiou 78 projetos, beneficiando 279 produtores rurais com mais de R$ 8 milhões em recursos. Os valores são sempre reinvestidos de duas formas: concessão de crédito aos produtores, com juros reduzidos, para financiamento de projetos agropecuários; ou a compra de maquinários e implementos para serem disponibilizados às associações e cooperativas. *Colaborou Adriana Izel
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Investimento de R$ 7,9 mi em crédito beneficia mais de 290 produtores
O apoio em crédito à agricultura familiar tem crescido no Distrito Federal e na Região de Desenvolvimento Integrado do Distrito Federal (Ride). Por meio do Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR), o GDF concedeu R$ 7,9 milhões a 78 projetos, beneficiando 296 produtores rurais, de 2019 até 2022. O empréstimo tem como objetivo aumentar a produção, a renda e a permanência dos produtores no espaço rural ao financiar projetos de investimento e custeio agropecuários. “O crédito rural é o principal subsídio de produção para a agricultura no Distrito Federal e no Brasil”, ressalta o diretor de Gestão de Fundos da Secretaria de Agricultura (Seagri), José Luiz Guerra. O crescimento do fundo nos últimos anos – que subiu de R$ 1,42 milhão em 2019 para R$ 2,01 milhões em 2022 – se deve ao próprio empréstimo. O capital que retorna dos pagamentos é cedido a novos produtores, formando um ciclo. “A nossa inadimplência é pequena, então a gente consegue ter um controle bom e costuma ter uma arrecadação de até R$ 3 milhões ao ano de pagamento do que foi emprestado”, acrescenta Guerra. Podem ser beneficiados pelo FDR produtores rurais assistidos pela Emater, associações e cooperativas de produtores rurais e empresas rurais | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Além disso, houve uma maior procura pelo FDR devido à permanência da concessão durante o auge da pandemia da covid-19 e à facilidade de acesso ao crédito aos produtores. “Na pandemia, os produtores tiveram problemas na concessão das outras linhas de crédito, mas aqui na Secretaria de Agricultura não paramos”, afirma o diretor. “Os créditos maiores para os produtores exigem a garantia da terra, e muitos deles não têm as escrituras. Esse fundo usa avalista, e o próprio governo avalia o produtor rural”, explica. Benefícios Produtores rurais assistidos pela Emater, associações e cooperativas de produtores rurais e empresas rurais podem ser beneficiados pelo FDR. É necessário elaborar um projeto técnico e apresentar documentos pessoais, fundiários e ambientais. Mais informações sobre o empréstimo podem ser obtidas no site da Seagri. Nos últimos dois anos, o fundo financiou projetos de agroindústria cervejeira e de embutidos, trator, estufas agrícolas, energia fotovoltaica, irrigação, equipamentos de grãos, veículos para transporte, retroescavadeira, implemento agrícola e agrofloresta. A produtora rural Fátima Cabral usou valor concedido pelo FDR para comprar um furgão para fazer a distribuição de cestas de frutas e verduras Fátima Cabral, 63 anos, é responsável, ao lado da família, pela Pé na Terra Agroecologia, que produz frutas, legumes, verduras e hortaliças em uma chácara no Núcleo Rural Pipiripau, em Planaltina. O projeto foi beneficiado pelo FDR de crédito. Com o valor concedido, a família comprou um furgão para fazer a distribuição das cestas vendidas no formato CSA (comunidade que sustenta a agricultura). “Nós fazíamos a entrega com uma Kombi e precisávamos fazer em dois dias da semana, porque não cabia tudo. Agora, a gente realiza apenas na terça-feira a entrega em todos os pontos: 409 Norte, 113 Sul e Funai. Agilizou, porque agora em um dia apenas fazemos tudo”, afirma. Por semana, os produtores costumam levar mais de 45 cestas no veículo. Essa não foi a primeira vez que a família recorreu a um auxílio do governo para incrementar a produção. O filho dela e a nora também participaram do Prospera, da Secretaria de Trabalho (Setrab), para angariar recursos para a implementação de banana na chácara. “Aqui em Brasília estamos muito bem-apoiados pelo governo, com órgãos como a Secretaria de Agricultura, a Emater e a Embrapa”, destaca Fátima.
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Produtores de São Sebastião recebem máquinas e implementos
Os pequenos produtores da região dos núcleos rurais Cavas de Baixo e Cavas de Cima, em São Sebastião, têm motivos para comemorar. Eles foram beneficiados, este mês, com implementos agrícolas doados por uma ação do Governo do Distrito Federal (GDF) por intermédio da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), com investimento do Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR). A entrega favoreceu 94 famílias cadastradas na Associação dos Produtores Rurais da Região de Cavas (Acavas). Equipamentos vão permitir aos agricultores melhorias no sistema de produção | Foto: Divulgação O maquinário designado pelo governo é composto por uma patrulha completa, com um trator grande, uma carreta, arado, grade e esparramadeira de calcário. O equipamento foi entregue à Acavas, que fica responsável disponibilizá-lo aos pequenos produtores. “Todos os produtores serão beneficiados”, explica o presidente da associação, Arnaldino José de Souza. “Cada produtor faz seu cadastro e poderá agendar para usar o maquinário. Teremos uma escala para que todos possam usar”. A região é formada por pequenos produtores, que trabalham com hortifrutigranjeiros, piscicultura e criação de aves e gado. “Esse benefício vai aumentar a nossa produção”, afirma Arnaldino. “Com esse maquinário, teremos uma facilidade maior no manuseio e na rentabilidade também”. Ação contínua [Olho texto=”“Essa é uma ação que empodera a Associação dos Produtores Rurais das Cavas”” assinatura=”Júnior Carvalho, coordenador do Polo Leste do GDF Presente” esquerda_direita_centro=”direita”] Só este ano, foram adquiridos pelo FDR 104 maquinários, como tratores e microtratores com implementos agrícolas, além de tanques de resfriamento de leite. Os maquinários estão sendo entregues pela Seagri a 20 entidades, beneficiando diretamente 1.050 famílias de produtores rurais representados pelas instituições. As entidades são selecionadas por meio de chamamento público, sendo os bens disponibilizados por acordo de cooperação firmado entre a secretaria e a entidade beneficiária, para atendimento à demanda dos produtores vinculados. Já receberam os equipamentos instituições de São Sebastião, Paranoá, Planaltina, Ceilândia, Brazlândia e Park Way. “Esses maquinários ajudam muito na produtividade e qualidade dos produtos que são plantados pelos produtores, e isso com certeza vai ajudar o produtor rural para que ele tenha mais renda no campo”, reforça o secretário de Agricultura, Candido Teles. Trata-se de uma parceria entre o GDF e os produtores rurais, explica o titular da Seagri. “Esse é um compromisso que o governador Ibaneis Rocha tem com o campo, e com certeza o campo dá esse retorno, abastecendo a população com produtos agropecuários de qualidade”, diz. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O coordenador do Polo Leste do GDF Presente, Júnior Carvalho, participou da entrega dos implementos. “Essa é uma ação que empodera a Associação dos Produtores Rurais das Cavas”, resume. “Eles ganharam um trator e todos os implementos agrícolas, o que lhes dá condições de produção”. Estão previstas ainda entregas de três tanques resfriadores de leite, já adquiridos, que beneficiarão uma cooperativa de Luziânia e duas associações de produtores rurais de Cocalzinho de Goiás.
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Fundo agrícola fomenta negócios de 400 produtores rurais
O direito agrário fez a advogada Gisely Furlan se apaixonar pelo agronegócio. Em 2018 comprou 16 vacas girolando para a produção de leite numa pequena propriedade de Planaltina. O tempo passou e, com ele, veio a necessidade de expansão. Assessorada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater), ela apresentou no final de 2020 um projeto de empréstimo junto ao Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR) na modalidade crédito. Em quatro meses, o rebanho saltou para 36 animais, com uma produção média mensal de 12 mil litros de leite – vendidos para um laticínio da região. Para ter acesso ao fundo é preciso ser produtor rural atendido pela Emater, que prepara os projetos avaliados por uma comissão técnica da Seagri | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília O projeto da produtora rural está entre os 394 já aprovados e financiados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) por meio do FDR. Já foram cerca de R$ 28 milhões investidos no incentivo ao trabalhador do campo e no fomento à economia agrária, principalmente de pequenos e médios negócios. A Lei número 6.606, de 2020, reformulou os critérios de aplicação do fundo, que se dividiu entre quatro modalidades: Crédito, Aval, Social e Habitação Rural. [Olho texto=”“O FDR agrega receita à produção, fomenta a agricultura regional e mantém no espaço rural o homem no campo”” assinatura=”Edison Roahd, diretor de Fundos da Seagri” esquerda_direita_centro=”direita”] O FDR-Crédito concede empréstimos no valor de até R$ 200 mil para compra de maquinários, insumos agrícolas e animais, entre outros itens de incremento à produção. O projeto é preparado e apresentado pela própria Emater. No Aval, o fundo funciona como avalista de empréstimos, uma das condições para a aprovação de projetos e que muitos produtores, pelo porte pequeno, não têm. Já no FDR-Social, o próprio governo, sob demanda de associações, compra os bens, como tratores, caminhões e outros equipamentos, e os empresta aos agricultores – sob condições de uso e boa qualidade de entrega. Por fim, o FDR-Habitação Rural destina recursos para a reforma, ampliação e construção. Isso não inclui a compra de terrenos e imóveis construídos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Emater Enquanto isso, a agricultora Gisely Furlan colhe os frutos dos investimentos feitos por meio do empréstimo de R$ 160 mil que ela começa a pagar só em janeiro de 2023. “Fui muito bem assessorada pela Emater e dei um passo importante na minha produção. São vacas boas e se não fosse esse financiamento eu não teria como aumentar meu rebanho”, comemora. Para ter acesso ao fundo é preciso ser produtor rural atendido pela Emater, que prepara os projetos avaliados por uma comissão técnica da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri). “O FDR agrega receita à produção, fomenta a agricultura regional e mantém no espaço rural o homem no campo”, avalia o diretor de Fundos da pasta, Edison Roahd.
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Programa de crédito do GDF transforma realidade do produtor no campo
Programa gerido pela Secretaria de Agricultura incentiva a produção rural e apresenta resultados positivos | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília As perspectivas de expansão do agricultor Edson Rodrigues Pereira, 55 anos, são grandes. Há quase três décadas no campo, Edson, em dezembro do ano passado, comprou equipamentos de irrigação para dois hectares do cultivo de mandioca e milho. Atualmente, prepara a montagem de uma estufa para a plantação de tomates. O investimento só foi possível depois de seu projeto ter sido aprovado pelo Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR). O programa de crédito do Governo do Distrito Federal (GDF) é gerido pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), e tem durante todo o processo, o acompanhamento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). [Olho texto=”“A nossa expectativa para 2021 é chegar à liberação de R$ 6 milhões para uma média de 30 propostas de planejamento”” assinatura=”Edson Rohden, diretor de Gestão de Fundos da Seagri” esquerda_direita_centro=”direita”] Por meio do FDR, são oferecidos empréstimos de até R$ 200 mil – a depender da atividade – com juros que variam de 2,25% a 3% ao ano. O prazo para pagamento pode chegar a dez anos, e a periodicidade da quitação da dívida (mensal, semestral ou anual) vai também variar de acordo com a necessidade do produtor. Com recursos próprios do governo, o fundo é alimentado por retornos de créditos feitos em anos anteriores. Em 2020, foram liberados R$ 1,6 milhão para 16 projetos. As operações ficam a cargo do Banco de Brasília (BRB). Atualmente, são mais de 200 projetos ativos. “A nossa expectativa para 2021 é chegar à liberação de R$ 6 milhões para uma média de 30 propostas de planejamento”, prevê o diretor de Gestão de Fundos da Seagri, Edson Rohden. Para o que vale Qualquer atividade agrícola, seja da agroindústria, do turismo rural, da agricultura familiar ou até da produção de energia fotovoltaica – desde que para consumo da propriedade e não para comercialização –, pode ser contemplada pelo fundo. Uma equipe técnica analisa a viabilidade do projeto. Para se candidatar ao FDR, o produtor rural precisa estar no DF ou em alguma das cidades do Entorno atendidas pela rede da Emater. A empresa ajuda o investidor na elaboração do projeto que será apresentado à Seagri e presta toda a assistência técnica ao produtor rural durante a após a sua aplicação. “Nossos técnicos acompanham o investidor durante todo o financiamento”, explica a presidente da Emater, Denise Fonseca. “Antes, analisam a viabilidade do empréstimo para que ele não corra o risco de lá na frente ficar endividado.” Agilidade Edson Rodrigues está animado com as novidades na sua produção. Depois de receber os recursos, ele agora aguarda a chegada dos equipamentos de irrigação de precisão, automatizada e sem desperdício de água. O sistema é bem mais moderno que o utilizado manualmente por ele no outro hectare da plantação. O agricultor conta que a liberação do crédito foi rápida e chegou no momento certo. “De imediato, terei o controle da produção, podendo, enfim, contar com uma regularidade de cultivo o ano inteiro, plantando inclusive durante a seca. Mantenho a clientela, a lucratividade e os produtos de melhor qualidade”, comemora. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”]
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