Festival de Brasília do Cinema Brasileiro abre inscrições para a seleção de filmes
Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília. O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do festival até 9 de junho. Coletiva de imprensa realizada no hall do Cine Brasília, nesta terça (6), marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens para a seleção oficial do evento | Foto: Divulgação/Secec-DF A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar. Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes. [LEIA_TAMBEM]Para Sara Rocha, coordenadora-geral do festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”. Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília. Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira. Neste ano, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Mostra Brasília A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do festival. Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público. A programação completa do festival será divulgada em 20 de agosto. Cine Brasília A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas. “Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília. A estrutura do Cine Brasília será ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Mostra 60 Anos do Festival Como parte das comemorações pelos 60 anos do festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca. A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo. · Todas as Mulheres do Mundo (1966), de Domingos de Oliveira · Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles · Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat · Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis · É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert · Temporada (2018), de André Novais de Oliveira Inscrições para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro Período: desta terça (6) a 9 de junho Link: https://festcinebrasilia.com.br/inscricoes/ Data do festival: 12 a 20 de setembro Local: Cine Brasília – EQS 106/107. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)
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Festival do Cinema Brasileiro abre inscrições para seleção de filmes
Até 12 de novembro estão abertas as inscrições de filmes para o 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A iniciativa é da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), em parceria com a organização da sociedade civil (OSC) Amigos do Futuro. Referência entre os festivais brasileiros, o mais longevo festival de cinema do país ocupa mais uma vez o Cine Brasília, também com exibições da Mostra Competitiva Nacional e Mostra Brasília em Samambaia e Planaltina, entre 9 e 16 de dezembro, exibindo e destacando as mais recentes obras cinematográficas produzidas no país. Ao todo, serão selecionados seis longas-metragens e 12 curtas para a Mostra Competitiva Nacional, além de quatro longas e oito curtas para a Mostra Brasília, voltada para produções do DF. As inscrições serão realizadas somente no site do festival. [Olho texto=”“O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é motivo de muito orgulho para todos nós, até por ser o festival de mais tradição do país. O cinema é uma arte de muito estudo e diversidade, representando tudo o que buscamos diariamente, visando democratizar esse acesso à cultura”” assinatura=”Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] A 56ª edição promete uma programação diversificada, com uma escolha de filmes que busca incorporar a mais ampla diversidade narrativa de expressões brasileiras, equilibrando o volume de produções representantes das cinco regiões do país. Os filmes selecionados para as mostras competitivas nacionais serão premiados nos valores de R$ 30 mil para longas-metragens e R$ 10 mil para curtas. Já na Mostra Brasília, o audiovisual candango concorre a R$ 240 mil em prêmios concedidos pelo 25º Troféu Câmara Legislativa. Sob a direção artística de Anna Karina de Carvalho, a equipe de curadoria dispõe de três comissões compostas por profissionais renomados do audiovisual brasileiro, cujos nomes serão divulgados após os resultados. As comissões dividem-se entre a de longas e a de curtas da Mostra Competitiva Nacional, formadas pela direção do festival, e a da Mostra Brasília, formada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A seleção privilegia obras inéditas, finalizadas entre 2022 e 2023, excluindo filmes que já se inscreveram em edições anteriores. No site do Festival de Brasília é possível encontrar o regulamento da seleção de filmes, o edital do Troféu Câmara Legislativa e o formulário de inscrição. A seleção completa de filmes que compõem o 56º FBCB será divulgada até o início de dezembro. Ao todo, serão selecionados seis longas-metragens e 12 curtas para a Mostra Competitiva Nacional, além de quatro longas e oito curtas para a Mostra Brasília | Foto: Thais Mallon “O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é motivo de muito orgulho para todos nós, até por ser o festival de mais tradição do país. O cinema é uma arte de muito estudo e diversidade, representando tudo o que buscamos diariamente, visando democratizar esse acesso à cultura”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. Abrantes reforça: “Seguiremos dialogando com todos os profissionais de cinema e do audiovisual diuturnamente para que, cada vez mais, possamos aprimorar e consolidar a realização desse festival que movimenta as artes, a cultura e, sobretudo, a economia da nossa cidade”. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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O drama de um cabeleireiro do primeiro escalão
Mergulho na Piscina Vazia é um documentário que traz à tona uma história de superação | Foto: Divulgação Em toda véspera de solenidade em que a então primeira-dama Ruth Cardoso seria destaque, o presidente Fernando Henrique se alarmava. Era só esbarrar com o cabeleireiro Derly Silva pelos corredores do Palácio do Planalto para avisar: “Derly, por favor, a Ruth hoje tem um evento, não quero ela com cara de ‘comunidade solidária’”. Derly é protagonista do documentário O Mergulho na Piscina Vazia, de Edson Fogaça, um dos filmes selecionados para a Mostra Brasília, na 53º edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB), disponível on-line, a partir desta quinta (17), na plataforma dos canais Globo. Amplificado por Derly – que à época também era cabeleireiro de boa parte da alta sociedade brasiliense –, o bordão “cara de comunidade solidária” foi adotado, com muito bom humor e carinho, por todos que circulavam pelo Palácio, incluindo o casal presidencial. “Ficou gostoso, ela [Dona Ruth Cardoso] aceitou numa boa; até o final do nosso trabalho, tudo foi muito aceito”, conta ele. O título do filme é uma metáfora cara a Derly, uma estrela do ofício nos anos 1990 que foi da glória ao fundo do poço, depois de se envolver, de forma trágica, com um mal que faz parte da realidade de milhares de pessoas no Brasil e no mundo: as drogas. História de superação “O que me deixou impressionado, quando ouvi a história de Derly, foi seu desejo sincero em querer superar o vício”, conta o diretor, que bancou o projeto do próprio bolso. “Percebi o potencial que sua história continha, um apelo, quase um grito de socorro, para uma luta que não se vence sozinho e sim, com muita ajuda e compreensão.” Pungente, visceral, às vezes incômodo, o filme não deixa de ser um relevante trabalho de serviço social sobre o tema das drogas, do vício, da solidão, do abandono, da decadência, do desespero de quem quer dar a volta por cima e sobreviver. Tudo isso, amparado por montagem sóbria e bela direção de arte. Edson Fogaça participa da Mostra Brasília pela terceira vez e destaca o quão estimulante é o festival no ambiente presencial, que permite colher as impressões do público e interagir com ele. “Essa edição atípica traz a vantagem de permitir uma grande capilaridade, ao ser via on-line”, observa. “Mesmo com a falta do ambiente pulsante do festival, acredito que será uma excelente oportunidade para levar o filme a um público bem maior”. * Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec)
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Selecionados 30 filmes para o Festival de Cinema
Este ano, o festival será transmitido pelo Canal Brasil | Foto: Agência Brasília/Arquivo A edição 53ª do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) tem rosto e personalidade traçados. É fortemente documental, tem produções das cinco regiões brasileiras e marca presença equilibrada feminina e de criadores negros. O desenho dessa face nasceu do trabalho intenso dos 13 jurados da comissão de seleção, sob a orientação do curador e diretor artístico do festival, o cineasta Silvio Tendler. “Foram quase 700 filmes que se apresentaram às comissões de seleção do Festival de Brasília”, conta o cineasta. “Isso demostra uma produtividade intensa num momento de crise. O Brasil, por meio do cinema, quer mostrar sua verdadeira cara, e o Festival de Brasília será sua vitrine.” Após duas semanas de avaliações, as três comissões de seleção escolheram os 30 filmes dos 698 que foram inscritos no festival, a ser transmitido de 15 a 20 de dezembro pelo Canal Brasil e streaming Play Brasil. Divulgado nesta terça-feira (24) pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o resultado foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). É considerado provisório, pois cabe recurso em até cinco dias, a partir da data de publicação. [Numeralha titulo_grande=”698″ texto=”” esquerda_direita_centro=””] A força do real Dos seis filmes selecionados para a mostra oficial de longa-metragem, cinco são documentários, dando vazão a homenagens viscerais ao cinema nacional e ao diálogo com figuras emblemáticas da cultura nacional. Veja, abaixo, os longas selecionados para a mostra oficial. Espero que Esta te Encontre e que Esteja Bem – Natara Ney, documentário, PE/RJ/MS, 83 min. Um lote de 110 cartas de amor trocadas por dois amantes nos anos 1950, descobertos em Mato Grosso do Sul, é o ponto de partida para este filme. Por Onde Anda Makunaíma? – Rodrigo Séllos, documentário, RO, 84 min. Resgate histórico e cultural do célebre personagem imortalizado por Mário de Andrade na literatura modernista. A Luz de Mario Carneiro – Betse de Paula, documentário, RJ, 73 min. Um dos nomes mais respeitados do cinema nacional, sempre lembrado por seus trabalhos como diretor de fotografia em clássicos do Cinema Novo, Mario Carneiro é homenageado neste filme. Longe do Paraíso – Orlando Senna, ficção, BA, 106 min. História do pistoleiro Kim (Ícaro Bittencourt), que, jurado de morte após cometer grave erro na organização em que trabalha, tem a chance de se redimir diante de missão quase impossível. Entre Nós Talvez Estejam Multidões – Aiano Bemfica e Pedro Maia de Brito, documentário, MG/PE, 92 min. Autores propõem uma jornada experimental na Comunidade Eliana Silva – assentamento urbano de Belo Horizonte (MG) – a partir da perspectiva dos moradores ao longo da campanha presidencial de 2018. Ivan, o TerríVel – Mario Abbade, documentário, RJ, 103min. A trajetória e obra de Ivan Cardoso, o inventor do subgênero brasileiro “terrir”, famoso pela mistura irreverente de comédia com traços de chanchada, terror e suspense. Retrato consistente Para a Mostra Oficial de Curta, foram escolhidas 12 produções de 463 inscritos. São filmes que formam o expressivo e guerreiro mosaico do atual audiovisual no Brasil. “Foi um trabalho árduo em função do volume de filmes inscritos e do curto período de tempo”, conta o curta-metragista e presidente da Comissão de Seleção de Curtas do FBCB, Clementino Junior. Diferentemente da Mostra Oficial de Longas, na seleção dos filmes de curtas, o gênero ficção se sobressaiu entre os filmes escolhidos pelos jurados. Foram seis produções, seguidas de quatro documentários, uma animação e um projeto experimental. Conheça os curtas selecionados. À Beira do Planeta Mainha Soprou a Gente – Bruna Barros e Bruna Castro, documentário, BA, 13min18s. Distopia – Lilih Curi, ficção, BA, 10min38s. A Morte Branca do Feiticeiro Negro – Rodrigo Ribeiro, documentário, SC, 11min. Mãtãnãg, a Encantadora – Shawara Maxakali e Charles Bicalho, animação, MG, 14min. Ouro para o Bem do Brasil – Gregory Baltz, RJ, documentário, 17min24s. República – Grace Passô, ficção, SP, 15min30s. Vitória – Ricardo Alves Jr. ficção, MG, 14min. A Tradicional Família Brasileira KATU – Rodrigo Sena, documentário, RN, 25min. Pausa para o Café – Tamiris Tertuliano, ficção, PR, 5min. Quanto Pesa – Breno Nina, ficção, MA, 23min. Guardião dos Caminhos – Milena Manfredini, experimental, RJ, 3 min. Inabitável – Matheus Faria e Enock Carvalho, ficção, PE, 19min57s. “Buscamos apresentar, entre o que nos encheu os olhos ao longo dessa maratona, um retrato brasileiro consciente, diverso na estética, no olhar e na voz, no chão e lugar de fala”, avalia Clementino Junior. Mostra Brasília A Mostra Brasília, que ocorre desde 1996, teve 12 filmes selecionados. Ao todo, a Comissão de Seleção da Mostra Brasília avaliou 79 curtas-metragens e 23 longas. “Trabalhamos sempre em equipe”, explica a professora, atriz e cineasta Glória Teixeira, presidente dessa comissão. “Nenhuma decisão foi tomada sem amplo debate ou de forma individual. Não foi uma decisão fácil, vimos muitos filmes excelentes. Para além do lazer, estou convicta de que as obras selecionadas vão representar muito bem o DF.” Conheça os longas da Mostra Brasília. O Mergulho na Piscina Vazia – Edson Fogaça, documentário, 83min. Cadê Edson? – Dácia Ibiapina, documentário, 72 min. Candango: Memórias do Festival – Lino Meirelles, documentário, 119 min. Utopia e Distopia – Jorge Bodanzky, documentário, 74 min. Conheça os curtas da Mostra Brasília. Algoritmo – Thiago Foresti, ficção, 20min. Questão de Bom Senso – Péterson Paim, documentário, 29min53s. Do Outro Lado – David Murad, ficção, 15min36s. Rosas do Asfalto – Daiane Cortes, documentário, 19min57s. Eric – Letícia Castanheira, documentário, 13min50s. Brasília 60 + 60: Do Sonho ao Futuro – Raquel Piantino, animação, 13min. Delfini Brasília, Olhar Operário – Maria do Socorro Madeira, documentário, 22min58s. Curumins – Pablo Ravi, documentário, 17min14s. * Com informações da Secec
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Conheça a Comissão de Seleção da Mostra Brasília do 53º FBCB
O tamanho do carinho e respeito à Mostra Brasília se mede pela quantidade de projetos inscritos nesta 53º edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB). Foram 79 curtas e 23 longas. A Comissão de Seleção escolherá quatro longas e oito curtas. Espaço exclusivo para exibição e premiação de filmes realizados no Distrito Federal desde 1996 e uma das principais vitrines do cinema da cidade, a Mostra Brasília tem papel fundamental no fomento do audiovisual local e já mora, definitivamente, no coração do festival mais emblemático do país. “Tive a felicidade de todos os meus filmes terem participado da Mostra Brasília e de ter sido premiado duas vezes”, comenta o cineasta, Santiago Dellape referindo-se ao curta, “Ratão” (2010) e ao longa-metragem, “A Repartição do Tempo” (2016). Santiago Dellape conta que é importante o brasiliense acompanhar as sessões e conhecer os técnicos, filmes que são produzidos na cidade. “Diferente da Mostra oficial, que tem a coisa da competição muito mais forte, ali tem um clima bem mais leve e descontraído”, compara. Conheça abaixo a trinca de juradas da Comissão de Seleção responsável por escolher as 12 produções que farão parte do FBCB de 2020. Glória Teixeira (presidente) Diretora de cinema e teatro, roteirista e dramaturga, a mineira Glória Teixeira também tem experiência como socioterapeuta e terapeuta floral. Criadora e diretora do Ponto de Cultura, “Giz-No Teatro em Rede de Cultura” também está à frente da OSCIP, “Resgate da Vida”. No tablado, atuou e dirigiu mais de 20 espetáculos, dos quais se destacam “Woyzeck” (1996), “As Noivas de Salomão” (1998) e “A Morte da Arte” (2008). No audiovisual, se envolveu em diversos projetos como atriz, produtora e diretora. Destaque para a parceria com o realizador goiano, Lázaro Ribeiro, em três filmes sobre personalidades da cidade de Goiás Velho, “Hugo – O Filme” – sobre o poeta Hugo de Carvalho – “Caminhos de Pedras” – sobre a vida e obra de Cora Coralina e “Maria Macaca” – sobre carregadeira de água que matava a sede histórica cidade. Escreveu e roteirizou o curta-metragem “Romeu Imaginário”, em 2015. Com o longa-metragem, “Dulcina”, sobre a vida e obra da atriz e diretora de teatro Dulcina de Moraes, venceu quatro prêmios na Mostra Brasília 2019 (Filme Júri Oficial, Filme Júri Popular, Arte e Atriz para o elenco feminino do filme). Pela dedicação em ensinar artes cênicas na rede pública de ensino médio, recebeu o prêmio “Professora Cidadã do Mundo”, do Sinpro. Maria Gal Atriz, apresentadora, criadora de conteúdo, produtora e palestrante, a baiana Maria Gal também está à frente da Maria Produtora, empresa que elabora conteúdos audiovisuais em sintonia com temática racial e feminina para cinema, tevê e mídias digitais. Começou a carreira, jovem, vivendo diversas personagens na Rede Globo, Netflix, Canal Brasil e Record TV. Destaque para a novela, “As Aventuras de Poliana”(SBT/NETFLIX). Nos palcos, atuou em peças como, “Sonho de uma Noite de Verão” e “O Cravo e a Rosa”. No exterior, foi destaque em trabalhos como “Anjo Negro + A missão” e “Ensaio sobre Carolina”. O reconhecimento fora do país veio com o prêmio, “Madrid International Festival”. Figura ativa nas redes sociais, colunista da revista Vogue, Maria Gal, faz uso da popularidade no campo virtual no combate ao racismo, palestrando sobre o tema em eventos importantes, como o TEDXSP (programa de conferências) e o Women Will (Google). Participou do Fórum Igualdade Racial e ministrou palestra no Ministério Público de Trabalho. Carina Bini Realizadora audiovisual, especializada em direção e narrativas, Carina Bini tem experiência na curadoria e direção de dezenas de mostras de cinema. Fundadora da Atman Filmes, é diretora geral e cocuradora do Festival Internacional Cinema & Transcendência, que está na sua sétima edição. Da experiência dos cinco anos em que viveu na Índia, realizou os documentários “Devi Índia Divina”, “Magia da Música e Dança da Índia”, além da série, “Planeta Índia” e o curta-metragem “Índia, My Love Story” (seleção oficial New Delhi Film Festival – 2016). No Brasil, produziu e dirigiu o documentário, “O Brasil Visto por Dentro”. No momento, prepara-se para dirigir seu primeiro longa-metragem de ficção, “La Mamma”, co-produção com o cinema italiano e a série documental “As Pajés”, financiada pelo FAC – Fundo de Apoio a Cultura do DF. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Festival de Brasília do Cinema Brasileiro espera recorde de inscrições
Abertas nesta quinta-feira (24), as inscrições para a 51ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro podem ser feitas até 24 de junho pelo site oficial do evento. O festival começa em 14 de setembro, e a divulgação dos vencedores está marcada para o dia 23. O calendário foi divulgado nesta quinta-feira (24) pelo secretário de Cultura, Guilherme Reis, em entrevista coletiva no Cine Brasília (106/107 Sul). Reis disse esperar repetir o êxito da edição anterior. “Conseguimos consolidar uma equipe, um conceito e os parceiros. Esperamos bater o recorde de inscrições e produzir um evento melhor do que o de 2017”, destacou. [Olho texto='”Conseguimos consolidar uma equipe, um conceito e os parceiros. Esperamos bater o recorde de inscrições e produzir um evento melhor do que o de 2017″‘ assinatura=”Guilherme Reis, secretário de Cultura” esquerda_direita_centro=”direita”] O formato deste ano preservou as inovações adotadas na edição passada, entre as quais a duração de dez dias de programação intensa, com dois fins de semana incluídos. A premiação total será mantida em R$ 340 mil, e haverá distribuição de cachê para todos os filmes exibidos. Sem dar detalhes, Guilherme Reis considerou a possibilidade de acrescentar uma mostra competitiva ainda nesta edição. Diferentemente do ano passado, as atividades formativas e de mercado do evento foram transferidas do Hotel Nacional para o Museu Nacional e para a Biblioteca Nacional, ambos no Conjunto Cultural da República. A direção artística continuará sob responsabilidade do cineasta Eduardo Valente. A premiação terá os mesmos valores de 2017: Longa-metragem — R$ 15 mil Sessão especial — R$ 10 mil Curta-metragem — R$ 5 mil Mostras paralelas — R$ 3 mil Os vencedores ganham, ainda, o Troféu Candango. As exibições dos filmes das mostras competitivas (longas e curtas) continuarão no Cine Brasília. Os interessados devem submeter a análise o formulário de inscrição, devidamente preenchido, por meio do site do evento. Devem ainda fazer upload de link do filme hospedado em plataforma audiovisual de livre acesso, protegido por senha, além de informar a classificação indicativa. Os nove longas e 12 curtas selecionados serão divulgados até 24 de julho. As produções deverão ser inéditas no Distrito Federal e, preferencialmente, no Brasil. Além dos cachês distribuídos, o melhor filme longa-metragem escolhido pelo júri popular receberá o Prêmio Petrobras de Cinema, no valor de R$ 200 mil em contratos de distribuição. Votação inovadora permanece nesta edição Para votar, o público continuará com acesso ao aplicativo mobile do festival. O instrumento teve grande adesão em 2017, não só pelo aspecto sustentável na economia de papel, mas pela facilidade de acesso à programação do evento e ao conteúdo exclusivo para os usuários da ferramenta. Os realizadores do DF que desejam participar da Mostra Brasília e concorrer ao Troféu Câmara terão modelo seletivo específico, coordenado pela Câmara Legislativa. Em 2018, o processo estará aberto no mesmo período de seleção das mostras competitivas, de 24 de maio a 24 de junho. O resultado da seleção será divulgado até 24 de julho. Os prêmios da Mostra Brasília somam R$ 240 mil, fora o Prêmio Petrobras de Cinema, no valor de R$ 100 mil em contratos de distribuição. [Olho texto=”A mostra Futuro Brasil é uma oportunidade de ter um termômetro técnico e estético sobre a obra, antes mesmo que ela seja lançada” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O festival seguirá organizado em parceria com o Instituto Alvorada Brasil, organização da sociedade civil selecionada por meio do edital de Chamamento Público n° 2, de 2017. O instituto manterá as mostras paralelas, como a Futuro Brasil. Novidade nos 50 anos do Festival, ela ganha a segunda edição. Vitrine para realizadores com filmes em finalização, os títulos serão exibidos para experts de grandes festivais internacionais. A mostra Futuro Brasil é uma oportunidade de ter um termômetro técnico e estético sobre a obra, antes mesmo que ela seja lançada. As inscrições ficarão abertas de 31 de maio a 1º de julho e também podem ser feitas pelo site do festival. O resultado da mostra será divulgado até 3 de agosto. As categorias O júri oficial avaliará os filmes concorrentes e indicará os vencedores de cada prêmio, mediante decisão fundamentada em critérios técnicos e artísticos, conforme as seguintes categorias do Troféu Candango: Categoria de longa-metragem Melhor filme de longa-metragem Melhor direção Melhor ator Melhor atriz Melhor ator coadjuvante Melhor atriz coadjuvante Melhor roteiro Melhor fotografia Melhor direção de arte Melhor trilha sonora Melhor som Melhor montagem Categoria de curta-metragem Melhor filme de curta-metragem Melhor direção Melhor ator Melhor atriz Melhor roteiro Melhor fotografia Melhor direção de arte Melhor trilha sonora Melhor som Melhor montagem Edição: Vannildo Mendes
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Festival chega ao 8º dia com destaque para filmes de Brasília
Filme brasiliense Era uma Vez Brasília encerrou, nesta sexta-feira, o 8º dia do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (22). O documentário fantasioso traz a narrativa de um agente intergaláctico que recebeu uma missão peculiar em 1959: matar o presidente Juscelino Kubitschek no dia da inauguração da capital. Rollemberg foi ao Cine Brasília nesta sexta-feira (22). Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília Perdido no espaço por anos, o protagonista acaba caindo em Ceilândia, em 2016. Desnorteado, agora ele se encarrega da tarefa de “acabar com os monstros que tomaram o poder no Brasil”, como define o diretor Adirley Queirós. Em cenários noturnos, com imagens documentadas das manifestações populares de 2016, o diretor apresenta uma construção que não segue uma narrativa temporal, mas com a realidade atual como base. Vindo de outro evento, o governador Rodrigo Rollemberg passou no Cine Brasília, ao final da programação da noite, para cumprimentar os organizadores do festival e se mostrou satisfeito com a qualidade da mostra. “As informações que tenho são de que o festival está fantástico. Muitas pessoas estão elogiando. Tem impulsionado Brasília. Agora temos a grande novidade com a criação do Parque Audiovisual, que vai ajudar o setor a crescer mais ainda no cenário”, comemorou. O governador estava acompanhado da esposa e colaboradora do governo, Márcia Rollemberg, e do secretário de Cultura, Guilherme Reis. [Olho texto=”Em Era uma Vez Brasília, agente intergaláctico aterrissa em Ceilândia e assume a missão de acabar com monstros que tomaram o poder no País” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Esta é a terceira vez que Adirley concorre. Em 2014, ele venceu na categoria principal do 47º Festival de Brasília com Branco Sai, Preto Fica. Já em 2005, o cineasta levou os prêmios principais dos júris oficial e popular com o curta-metragem Rap, o canto da Ceilândia. Outra produção brasiliense foi exibida na Mostra Brasília e na Competitiva. O documentário Carneiro de Ouro, de Dácia Ibiapi, narra a história de Dedé Rodrigues, que produz filmes com meios precários no Sertão do Piauí. Dedé Rodrigues agradeceu a oportunidade de ter sua saga retratada na obra de Dácia. “Estou realizando um sonho. Fazer cinema não é fácil, ainda mais no interior do Piauí com poucos recursos.” Entres os títulos mais conhecidos de Rodrigues está a triologia Cangaceiros Fora de Tempo. Alguns trechos da produção do cineasta piauiense foram exibidos no curta Carneiro de Ouro. “Eu tenho muitos filmes, não são nenhuma Hollywood, mas a gente tenta”, conta. As duas obras do DF foram antecedidas pelo curta Chico, de Irmãos Carvalho, do Rio de Janeiro. Os filmes da mostra competitiva também passaram nos seguintes locais: Teatro da Praça (Setor Central de Taguatinga) Espaço Semente (Setor Central do Gama) Teatro de Sobradinho Riacho Fundo I (em frente à administração regional) Os interessados podem assistir à reprise gratuita dessas produções neste sábado (23), às 15 horas, no Auditório 1 do Museu Nacional (Conjunto Cultural da República, próximo à Rodoviária do Plano Piloto). Último dia da Mostra Brasília também retrata cenário político O longa-metragem Um domingo de 53 horas, de Cristiano Vieira, narra os episódios do dia 17 de abril de 2016, quando a Câmara dos Deputados aceitou o processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Com 93 minutos de duração, o documentário traz entrevistas e imagens da cobertura de dentro do Plenário e de ambos os lados da Esplanada dos Ministérios, que foi dividida por uma barricada para evitar confronto entre grupos pró e contra o impeachment. O filme expõe o ponto de vista tanto de pessoas comuns, que estiveram no protesto trabalhando ou protestando, quanto de jornalistas, políticos, juristas e pesquisadores de todos os polos de opinião, a fim de obter um retrato do paradoxal embate ideológico e político brasileiro. “É um filme que tenta entender esse momento conturbado que vive nosso país desde abril de 2016. Foi um filme difícil de fazer, ainda mais sem recursos, mas a nossa ideia é trazer uma reflexão do que estamos vivendo hoje e para onde isso vai”, comentou o diretor. Edição: Vannildo Mendes
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Documentário no 50º Festival de Brasília retrata a polícia pernambucana
Operações de rotina e treinamentos policiais foram levados à telona do Cine Brasília na noite desta quinta-feira (21) com Por Trás da Linha de Escudos. O longa pernambucano encerrou o sétimo dia do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O longa pernambucano Por Trás da Linha de Escudos. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília Com 124 minutos de duração, o documentário trata do Batalhão de Choque da Polícia Militar daquele estado, unidade especializada em lidar com multidões, como em protestos e manifestações. “Foi um filme difícil, em que nos colocamos em risco a todo momento”, contou o diretor e roteirista Marcelo Pedroso. Acompanhado da equipe no palco, ele agradeceu a oportunidade de participar da edição histórica do festival. Antes, o curta-metragem Torre, de Nadia Mangolini, apresentou a história de quatro irmãos que tiveram de lidar com o sumiço do pai, Virgílio Gomes da Silva, o primeiro desaparecido político do regime militar brasileiro. Representante de São Paulo, a animação traz relatos da infância dos protagonistas na época. “Nesse momento em que vivemos o País, esperamos que as histórias e as memórias desse filme possam ser armas de luta para que as histórias nunca mais se repitam”, disse a diretora. Baunilha, de Leo Tabosa, foi o outro exemplar da produção pernambucana exibido nesta noite. O curta-metragem, que narra a história de um mestre de fetiches, integra uma trilogia de ficções documentais. “Essa sessão é para aqueles que são movidos pelos desejos”, dedicou o cineasta do Recife. Os filmes da mostra competitiva também passaram no Teatro da Praça (Setor Central de Taguatinga); no Espaço Semente (Setor Central do Gama); no Teatro de Sobradinho; e no Riacho Fundo I (em frente à administração regional). Interessados podem assistir à reprise gratuita dessas produções nesta sexta-feira (22), às 15 horas, no Auditório 1 do Museu Nacional (Conjunto Cultural da República, próximo à Rodoviária do Plano Piloto). Penúltimo dia da Mostra Brasília conta a história da Oficina Camber Na competição voltada para o cinema local, foram exibidos dois curtas e um longa-metragem nesta quinta-feira (21). Abriu a sessão da noite o documentário indigenista Damrõze Akwe — amor e resistência, de Guilherme Cavalli. Cena do documentário indigenista Damrõze Akwe — amor e resistência, de Guilherme Cavalli. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília De acordo com o diretor, o filme nasceu para presentear um jovem casal indígena e resgatar a memória. “Nosso filme repete o incansável grito dos povos indígenas por demarcação e respeito à pluralidade”, destacou Cavalli. “Sem nós, não há ontem, hoje ou amanhã. Estamos aqui para proteger o que nos mantém vivos, que é a mãe natureza”, acrescentou o protagonista Durkwa Xakriabá, representante do povo xakriabá, de Minas Gerais. Ele estava acompanhado da esposa, Juvana Sawidi. Deu sequência à programação a obra A margem do universo, de Tiago Esmeraldo, ficção científica gravada no Cerrado. “Estamos extremamente felizes de estarmos aqui hoje”, agradeceu o cineasta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Fechou a mostra brasiliense o documentário O fantástico patinho feio, de Denilson Félix. O filme conta a história da lendária Oficina Camber, fundada nos anos 1960. “Acredito que estou colocando uma pedrinha no pavimento da história de Brasília”, definiu o diretor. A oficina surgiu da criatividade de quatro jovens brasilienses que resolveram competir na segunda maior prova do Brasil — os 500 quilômetros de Brasília — com outros 33 carros. O documentário O fantástico patinho feio, de Denilson Félix. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília Os concorrentes da Mostra Brasília disputam o 22º Troféu Câmara Legislativa e R$ 240 mil em prêmios, distribuídos pelo Legislativo local. A programação vai até amanhã (22). Filmes do DF na mostra competitiva serão exibidos nesta sexta-feira (22) Na disputa pelo Troféu Candango, o diretor Adirley Queirós apresenta o terceiro longa da carreira, Era uma vez Brasília. Gravado em Ceilândia, o filme terá sua estreia nacional nesta sexta-feira (22), às 21 horas, no Festival de Brasília. A primeira exibição mundial ocorreu no Festival Internacional de Cinema de Locarno, na Suíça, onde recebeu menção especial do júri. Será a terceira vez que Adirley concorre em casa. Em 2005, o cineasta levou os prêmios principais dos júris oficial e popular com o curta Rap, o canto da Ceilândia. Em 2014, ele venceu na categoria principal do 47º Festival de Brasília com Branco Sai, Preto Fica (2014). No mesmo dia, será exibido outro representante do DF na telona pela competitiva, na categoria curta-metragem: Carneiro de Ouro, de Dácia Ibiapina. As duas obras do DF serão antecedidas pelo curta Chico, de Irmãos Carvalho, do Rio de Janeiro. Os ingressos no Cine Brasília custam R$ 12 (inteira). A programação completa do 50º Festival de Brasília inclui ainda mostras paralelas, sessões especiais e rodada de negócios entre o setor produtivo. Edição: Raquel Flores
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Relações abusivas e escravidão são temas do 6º dia de mostra competitiva do 50º Festival de Brasília
Os discursos dos realizadores dos filmes da mostra competitiva do sexto dia do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, nesta quarta-feira (20), foram recebidos com aplausos sempre que levantavam questões de representatividade. Entre os temas das produções em cartaz nesta noite estavam relacionamentos abusivos e escravidão. Adaptado de uma série de TV, o longa-metragem O Nó do Diabo é formado por cinco curtas que se passam em uma fazenda na época da escravidão no Brasil. “Quero chamar todo mundo para debate, sobretudo homens e mulheres negros, porque temos que chegar e mostrar quem somos”, disse a atriz Cíntia Lima, aclamada pela plateia que lotou o Cine Brasília. Antes do filme, foi exibido o curta-metragem Tentei, de Lais Melo. A produção, de um coletivo de mulheres, acompanha a personagem Glória, que sofre violência doméstica diariamente e tem dificuldade para sair do relacionamento abusivo. O curta Afronte, do diretor Bruno Victor, abriu a noite desta quarta-feira (20) do Festival de Brasília. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília Segundo a diretora, a discussão ainda é intimidadora para mulheres. “Por encontrarmos outros homens e mulheres dispostos a falar sobre isso, criamos coragem para ocupar esse espaço com essas questões.” Mostra Brasília tem variedade de gêneros Com três curtas e um longa-metragem, o terceiro dia da Mostra Brasília variou nos gêneros ao apresentar comédias, um drama e um documentário. Os filmes, exclusivamente da capital do País, concorrem ao 22º Troféu Câmara Legislativa. O diretor Bruno Victor, do curta que abriu a noite, Afronte, ficou animado com a recepção. “Pessoas de todas as idades vêm falar comigo depois da sessão. Sinto que o filme tem a representatividade que eu queria.” Mistura de cenas documentais com ficção, a obra fala sobre racismo e homofobia. “São discussões que precisam chegar para todos, até para os héteros e os brancos”, disse Victor. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O curta Habilitado para Morrer satiriza o estilo de filmes policiais para fazer um comentário sobre a corrupção. Já o A Inviolável Leveza do Ser, com apenas 2 minutos, retrata a superação de uma garota que teve o coração partido. Fechou a sessão a comédia de longa-metragem Jeitosinha, sobre uma garota que, aos 18 anos, descobre ser um homem, apesar de ter sido criada como mulher. A programação começou pouco antes da competitiva, às 18h30 no Cine Brasília, que ficou lotado. A Mostra Brasília segue até sexta-feira (22), sempre nesse horário. Ao todo, serão 13 curtas e quatro longas, que disputarão R$ 240 mil em prêmios, distribuídos pelo Legislativo local. Festival tem programação descentralizada Ainda nesta quarta, às 20 horas, os filmes da mostra competitiva foram exibidos gratuitamente em quatro regiões administrativas: Teatro da Praça (Setor Central de Taguatinga); Espaço Semente (Setor Central do Gama); Teatro de Sobradinho; e Riacho Fundo I (em frente à administração regional). A reprise gratuita dessas produções será nesta quinta-feira (21), às 15 horas, no Auditório 1 do Museu Nacional (Conjunto Cultural da República, próximo à Rodoviária do Plano Piloto). Os moradores das regiões em que haverá projeções da mostra competitiva também poderão aproveitar o Festivalzinho, voltado ao público infantil, que teve início na segunda (19) e vai até sexta-feira (22). Os filmes foram exibidos em sessão única na segunda e se repetem no Cine Brasília, até 22 de setembro, às 9 horas. Até a sexta-feira, sempre às 14h30, também passarão no Gama, no Riacho Fundo I, em Sobradinho e em Taguatinga. A programação completa do 50º Festival de Brasília inclui ainda mostras paralelas, sessões especiais e o 3º Festival de Filmes Curta-Metragem das Escolas Públicas de Brasília. Os ingressos no Cine Brasília são vendidos 30 minutos antes de cada sessão e custam R$ 12 (inteira). Edição: Raquel Flores
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Longa paranaense foca na crise política do País no 5º dia do Festival de Brasília
O conturbado momento político do País, que divide a sociedade e dissemina a discórdia até entre familiares, foi o tema do documentário que marcou a mostra competitiva desta terça-feira (19), no quinto dia do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O longa paranaense Construindo Pontes, de Heloísa Passos. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília O longa Construindo Pontes, de Heloísa Passos, do Paraná, trouxe à tela o calor da discussão entre um pai e a filha, alimentada por fortes divergências políticas em torno da construção de uma grande obra no período do chamado milagre brasileiro, durante o regime militar. Para a diretora, o filme, que só tem dois personagens (filha e pai), é um exercício democrático e dialético. “São duas pessoas que pensam diferente dialogando, mostrando-se disponíveis para falar do Brasil do passado e dos dias de hoje”, explicou Heloísa. Durante as filmagens, em 2016, aconteceu o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, usado como pano de fundo do longa e também fonte de discórdia. Com sessões lotadas, o Cine Brasília exibiu dois curtas e dois longas na noite de hoje, quase todos permeados com teor político. A Bahia foi novamente representada na mostra competitiva com a exibição de Mamata, curta-metragem de Marcus Curvelo. A produção traz um personagem emblemático (o autor) que deixa o País por causa da crise. “É um filme existencialista dentro de um contexto político”, resumiu o diretor. Temática infanto-juvenil na Mostra Brasília O curta e o longa-metragem do segundo dia da Mostra Brasília, dentro da programação do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, privilegiaram temáticas infanto-juvenis. [Olho texto=”Menina de Barro combate o bullying, agressões repetitivas e intencionais contra crianças e adolescentes na sociedade e no ambiente escolar” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O curta Menino Leão e a Menina Coruja, de Renan Montenegro, é uma fábula que aborda ensinamentos sobre diferenças interpessoais. O longa Menina de Barro, do cineasta Vinícius Machado, busca combater o bullying — agressões intencionais e repetitivas, físicas, verbais ou psicológicas entre crianças e adolescentes. O cineasta Renan Montenegro falou da emoção de fazer parte da programação do festival, que comemora 50 anos. “Todo realizador de Brasília deseja passar o filme nesse festival, num cinema que é super especial pra gente.” Exclusiva para cineastas locais, a Mostra Brasília teve início na segunda-feira (18). A programação começou pouco antes da competitiva, às 18h30, e o público lotou a sala do Cine Brasília para assistir aos concorrentes do 22º Troféu Câmara Legislativa. A mostra segue até sexta-feira (22) sempre às 18h30. Ao todo, serão exibidos 13 curtas e quatro longas, que disputarão R$ 240 mil em prêmios, distribuídos pelo Legislativo local. Festival tem programação descentralizada Ainda nesta terça, às 20 horas, os filmes da mostra competitiva foram exibidos gratuitamente em quatro regiões administrativas: Teatro da Praça (Setor Central de Taguatinga) Espaço Semente (Setor Central do Gama) Teatro de Sobradinho Riacho Fundo I (em frente à administração regional) A reprise gratuita dessas produções será nesta quarta-feira (20), às 15 horas, no Auditório 1 do Museu Nacional. Os moradores das regiões em que será exibida a mostra competitiva também poderão aproveitar o Festivalzinho, voltado ao público infantil, que teve início hoje e vai até sexta-feira (22). As exibições de hoje (19), às 9h30, no Museu Nacional, se repetirão no Cine Brasília de 20 a 22 de setembro. Até 22 de setembro, sempre às 14h30, também passarão no Gama, no Riacho Fundo I, em Sobradinho e em Taguatinga. Os ingressos são distribuídos 30 minutos antes de cada sessão no Cine Brasília e custam R$ 12 (inteira). A programação completa do 50º Festival de Brasília inclui ainda mostras paralelas, sessões especiais e o 3º Festival de Filmes Curta-Metragem das Escolas Públicas de Brasília. Edição: Vannildo Mendes
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Primeiro dia da Mostra Brasília terá reflexão sobre o sistema prisional
O sistema prisional brasileiro será temática recorrente no primeiro dia da Mostra Brasília, no 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Focado no processo complexo pelo qual passam muitos dos sentenciados mesmo depois do fim da condenação, o diretor Januário Júnior, de 39 anos, leva o assunto ao Cine Brasília, nesta segunda-feira (18). Januário Júnior, diretor do curta-metragem UrSortudo, com a fantasia usada pelo protagonista, Naldo. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília Em UrSortudo, um dos seis curtas (veja programação) que serão exibidos nesse dia, ele conta a história de Naldo, um homem que foi preso por engano e sofre as consequências de ter passado pelo cárcere. “Ele perdeu a esposa, a filha, o emprego, tudo, e ainda é culpado pela sogra pelas coisas ruins que aconteceram na vida dela”, adianta o diretor. Desolado com as implicações da punição, o protagonista tenta se aproximar da filha por meio de uma fantasia de urso gigante que ganhou em uma rifa. A ficção de 15 minutos de duração chega à telona às 18h30. A programação completa da Mostra Brasília é composta por 13 curtas-metragens e 4 longas-metragens que concorrem ao 22º Troféu Câmara Legislativa. Morador do Paranoá, o diretor aponta o encarceramento em massa como um gargalo que interfere diretamente no desenvolvimento do País. “Temos 550 mil pessoas presas. Dessas, mais de 40% aguardam julgamento. Há aquelas que estão presas por custódia, e outras, por engano”, enfatiza Januário. [Olho texto=”“O encarceramento em massa é um problema latente da nossa população e precisamos passar vergonha juntos para entender isso”” assinatura=”Januário Júnior, diretor de UrSortudo” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A temática tem como objetivo evidenciar os estigmas carregados por aqueles que já estiveram no cárcere no Brasil, sejam eles presos de forma justa ou não. “Esse é um problema latente da nossa população e precisamos passar vergonha juntos para entender isso”, avalia o diretor do curta-metragem. O projeto foi possível com financiamento de R$ 80 mil do edital Curta Afirmativo 2014, do Ministério da Cultura. As gravações ocorreram em setembro de 2016, no Paranoá, e a obra foi finalizada em 2017. Natural de Lagoa Nova (RN) e radicado em Brasília desde 2003, Januário Júnior iniciou a carreira em pesquisa cinematográfica em 2007, por influência do Festival de Brasília. A primeira obra como diretor, A Sinfonia do desperdício, foi lançada em 2015 e ganhou na categoria experimental na mostra universitária da Bienal Internacional de Curitiba, no Paraná. Em 2014, foi contemplado pelo Fundo de Apoio à Cultura para produzir A vida tem dessas coisas, obra premiada em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. É a primeira vez que o cineasta concorre na Mostra Brasília. Documentário da Estrutural aborda a vida de pessoas que passaram pelo cárcere Outros cinco filmes de curta-metragem integram a programação do primeiro dia da competição exclusiva para produções locais. O impacto da privação de liberdade após o encarceramento será abordado de forma real em outro curta, Vilão, de Webson Dias. Cena de Vilão, de Webson Dias. Gravado na Estrutural de forma independente, o documentário de 19 minutos apresenta a história de Diego Rodrigues e Luana Dionísia. Os dois deixaram o sistema prisional há pouco tempo e vivem as dicotomias e os problemas entre os dois mundos — dentro e fora da sociedade. “Falamos das marcas psicológicas que não acabam com o cumprimento da pena, de um sofrimento recorrente”, explica o diretor. “O cárcere é um agravamento da questão social que já vivem as pessoas da periferia. Não gosto de usar o termo ressocialização porque passa a ideia de que em algum momento eles fizeram parte da sociedade”, argumenta Dias. A obra, toda rodada na Estrutural, foi idealizada, produzida, gravada e finalizada em 2017. [Olho texto=”“Não existe prisão perpétua no Brasil, ou não deveria existir. A sociedade precisa parar de ver a condenação como vingança”” assinatura=”Webson Dias, diretor de Vilão” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para o cineasta, o tema é relevante pela urgência de o brasileiro perceber que a prisão não deve significar a retirada da dignidade das pessoas. “Não existe prisão perpétua no Brasil, ou não deveria existir. A sociedade precisa parar de ver a condenação como vingança”, defende. Para ele, o País deveria investir em políticas públicas que integrem de fato os transgressores e que amenizem a influência do sistema prisional na vida de quem passa por ele, por meio de assistência psicológica. Aos 39 anos, o diretor que assina a produção e o roteiro de Vilão trabalha com audiovisual há mais de 15 e tem a obra voltada para as questões da periferia. Em 2016, ele concorreu na 21ª Mostra Brasília com o longa-metragem Estrutural, filme que aborda ângulos de conflitos na região desde a década de 1960. Filmes da Mostra Brasília concorrem a R$ 240 mil As 17 obras vão disputar R$ 240 mil em prêmios, distribuídos pelo Legislativo local. O melhor longa-metragem escolhido pelo júri oficial receberá R$ 100 mil, e o melhor longa eleito pelo júri popular, R$ 40 mil. Os outros R$ 100 mil serão divididos entre outras categorias, como melhor fotografia e melhor som. As obras serão exibidas de 18 a 22 de setembro, a partir das 18h30, no Cine Brasília, dentro da programação do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que vai até 24 de setembro. Os filmes serão reprisados no dia seguinte à exibição, sempre às 10 horas, na Câmara Legislativa (Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5). Na mostra competitiva, 9 longas-metragens e 12 curtas concorrem ao Troféu Candango e a R$ 340 mil em cachês de seleção. Na segunda-feira (18), serão exibidos na competição principal o curta-metragem alagoano As melhores noites de Veroni, de Ulisses Arthur, e o longa Café com canela, de Ary Rosa e Glenda Nicácio, representando a Bahia. Os filmes serão transmitidos às 21 horas, no Cine Brasília, por R$ 12 (inteira) a entrada. Às 20 horas, gratuitamente, no Teatro da Praça (Setor Central de Taguatinga); no Espaço Semente (Setor Central do Gama); no Teatro de Sobradinho; e no Riacho Fundo I (em frente à administração regional). No dia seguinte à projeção, haverá ainda reprise gratuita dessas produções, às 15 horas, no Auditório 1 do Museu Nacional. Programação do primeiro dia da Mostra Brasília 18 de setembro (segunda-feira) Às 18h30 No Cine Brasília (106/107 Sul) Entrada gratuita O céu dos teus olhos, de Danilo Borges e Diego Borges, DF, 16 min Classificação livre O vídeo de 6 faces, de Maurício Chades, DF, 19 min Classificação livre Tekoha – som da terra, de Rodrigo Arajeju e Valdelice Veron, DF, 20 min Classificação 10 anos UrSortudo, de Januário Jr, DF, 15 min Classificação 10 anos Vilão, de Webson Dias, DF, 19 min Classificação 14 anos 1×1, de Ramon Abreu, DF, 19 min Classificação 16 anos Edição: Paula Oliveira
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50º Festival de Brasília terá atividades em 12 regiões administrativas
As atividades dos dez dias do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, de 15 a 24 de setembro, estarão espalhadas por alguns pontos do Distrito Federal. O evento tomará não só a telona do Cine Brasília (106/107 Sul), palco tradicional das mostras, mas passará por outras 11 regiões administrativas. Os nove longas-metragens e 12 curtas concorrentes ao Troféu Candango e a R$ 340 mil em cachês de seleção serão exibidos gratuitamente no Teatro da Praça (Setor Central de Taguatinga); no Espaço Semente (Setor Central do Gama); no Teatro de Sobradinho; e no Riacho Fundo I (em frente à administração regional). No Cine Brasília, as obras concorrentes de curtas, médias e longas-metragens poderão ser vistas por R$ 12 (inteira). No dia seguinte à projeção, haverá ainda reprise gratuita dessas produções, às 15 horas, no Auditório 1 do Museu Nacional. As regiões administrativas que receberão a mostra competitiva terão estrutura, ambientação e praça de alimentação. Além disso, antes e depois dos filmes, DJs e bandas locais se apresentam. Festivalzinho, oficinas e Cinema Voador Moradores dessas localidades também poderão aproveitar o Festivalzinho, voltado ao público infantil. Edição de arte/Agência Brasília As exibições serão às 9 horas, no Museu Nacional (em 18 e 19 de setembro) e no Cine Brasília (de 20 a 22 de setembro), e às 14h30, de 18 a 22 de setembro, no Gama, no Riacho Fundo I, em Sobradinho e em Taguatinga. Os ingressos serão distribuídos 30 minutos antes de cada sessão. Laboratório de série televisiva, direção de arte, processos criativos de roteiro e composição de trilhas sonoras são os temas das oficinas gratuitas que serão ministradas em Ceilândia, no Gama, no Guará e em Taguatinga. O festival contará ainda com o 25º Cinema Voador, que levará sessões gratuitas itinerantes à Estrutural, à Fercal, ao Paranoá, ao Recanto das Emas e a São Sebastião. A programação completa inclui também: Mostras paralelas Sessões especiais 3º Festival de Filmes Curta-Metragem das Escolas Públicas de Brasília FestUniBrasília— 1º Festival Universitário de Cinema de Brasília, com curtas dirigidos por graduandos de cinema e audiovisual Cerimônias de abertura e encerramento do 50º Festival de Brasília Em 15 de setembro, a solenidade de abertura no Cine Brasília terá homenagem ao cineasta Nelson Pereira dos Santos, que será agraciado com a medalha Paulo Emílio Salles Gomes, criada em 2016 para prestar tributo a grandes nomes do cinema brasileiro. [Olho texto=”O público conhecerá os vencedores das mostras na cerimônia de encerramento, em 24 de setembro” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] No primeiro dia também serão projetados os filmes Festejo muito pessoal (2016), de Carlos Adriano (SP), e Não devore meu coração (2017), de Felipe Bragança (RJ), obra inédita no circuito nacional. O público conhecerá os vencedores das mostras na cerimônia de encerramento, em 24 de setembro. Antes da distribuição dos Troféus Candango e Câmara Legislativa do DF, os convidados assistirão à obra Abaixo a gravidade (2016), de Edgard Navarro (BA). Mostra Brasília e outras atividades do festival Dedicada à produção local, a Mostra Brasília será de 18 a 22 de setembro, a partir das 18h30, com exibições gratuitas, exclusivamente no Cine Brasília. As 17 obras vão disputar R$ 240 mil em prêmios, distribuídos pelo Legislativo local. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] No Plano Piloto, além do cinema, a programação do festival engloba o Museu Nacional (Setor Cultural Sul, próximo à Rodoviária do Plano Piloto), com sessões especiais, reprises e exposição de pôsteres de filmes, e o Hotel Meliá (Setor Hoteleiro Sul), onde ocorrem, de 20 a 22 de setembro, as atividades do Ambiente de Mercado. A iniciativa de fomento ao audiovisual prevê diálogos com produtores, programadores, agentes de vendas, distribuidores e exibidores, por meio de painéis, aulas com especialistas (master classes), conversas livres e oficinas. Veja a programação completa do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Edição: Marina Mercante
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Cultura anuncia programação do 50º Festival de Brasília
Quem acompanha a produção cinematográfica nacional já pode se planejar para as atividades do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, de 15 a 24 de setembro. Na tarde desta quarta-feira (23), foi anunciada a programação oficial, que será detalhada nos próximos dias. A programação oficial do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro foi anunciada nesta quarta-feira (23), em coletiva de imprensa no Cine Brasília. Foto: Andre Borges/Agência Brasília “Percebemos o quanto o setor audiovisual cresce, produz, se diversifica e atinge todo o Brasil. O festival é, sem dúvidas, um espaço para mostrar isso”, defendeu o secretário de Cultura, Guilherme Reis, na coletiva de imprensa no Cine Brasília (106/107 Sul). Entre as novidades, ele destacou a homenagem ao cineasta Nelson Pereira dos Santos, que será agraciado com a medalha Paulo Emílio Salles Gomes, criada em 2016 para prestar tributo a grandes nomes do cinema brasileiro; e o FestUniBrasília — 1º Festival Universitário de Cinema de Brasília. Os filmes de curta-metragem dirigidos por estudantes de faculdades de cinema e audiovisual concorrem a três Troféus Candango. “É extremamente importante darmos espaço para o cinema universitário. Acredito que essa iniciativa só tende a crescer”, avaliou Reis. De acordo com o titular da pasta de Cultura, a pluralidade do cinema brasileiro será evidente com a mostra paralela 50 anos em 5 dias, de 17 a 22 de setembro. Com curadoria da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), a coletânea é uma retrospectiva de filmes que marcaram a história do festival. “Essas exibições representam momentos diferentes da produção nacional, é uma forma diversa de olharmos para a sétima arte”, confirmou. A paralela será acompanhada pelas sessões 50 anos em 5 dias — Registro de uma história, com cinco documentários recentes que têm como tema aspectos distintos da história do cinema brasileiro. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O secretário Guilherme Reis reforçou ainda que as atividades da 50ª edição dialogam com dois marcos históricos para a cidade: os 30 anos do reconhecimento de Brasília como patrimônio cultural da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e os 60 anos do concurso do Plano Piloto, vencido por Lucio Costa. Abertura e encerramento do 50º Festival de Brasília Em 15 de setembro, a noite de abertura será marcada por cerimônia de homenagem a Nelson Pereira dos Santos e pela exibição dos filmes Festejo muito pessoal (2016), de Carlos Adriano (SP), e Não devore meu coração (2017), de Felipe Bragança (RJ), obra inédita no circuito nacional. No encerramento, em 24 de setembro, serão conhecidos e premiados os vencedores das mostras competitiva e Brasília. Antes da distribuição dos Troféus Candango e Câmara Legislativa do DF, o público convidado assistirá à obra Abaixo a gravidade (2016), de Edgard Navarro (BA). Mostra competitiva será de 16 a 23 de setembro Considerada um panorama das obras atuais no cenário brasileiro, a mostra competitiva ocorre de 16 a 23 de setembro, no Cine Brasília. Nove longas-metragens e 12 curtas-metragens concorrem ao Troféu Candango e a R$ 340 mil em cachês de seleção. Selecionados entre 170 títulos, os candidatos ao Troféu Candango na categoria de longa-metragem vêm de nove unidades federativas: Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. Mostra Brasília traz um panorama da produção do DF Exclusiva para cineastas locais, a Mostra Brasília será de 18 a 22 de setembro, a partir das 18h30, no Cine Brasília. As 17 obras vão disputar R$ 240 mil em prêmios, distribuídos pelo Legislativo local. O melhor longa-metragem escolhido pelo júri oficial receberá R$ 100 mil, e o melhor longa eleito pelo júri popular, R$ 40 mil. Os outros R$ 100 mil serão divididos entre outras categorias, como melhor fotografia e melhor som. Mostras paralelas temáticas Integram ainda a programação duas mostras paralelas formadas por filmes inscritos que não foram selecionados para a competitiva. “São obras que consideramos muito relevantes e que trazem temáticas importantes para a função social do evento”, explicou o diretor artístico do festival, Eduardo Valente. A primeira, Esses corpos indóceis, projetará, em 16 e 17 de setembro, seis longas e um curta-metragem que retratam a visão dos cineastas sobre diferentes perspectivas sobre o corpo para além dos padrões da sociedade. Já a outra, Terra em transe, no fim de semana de 23 e 24 de setembro, é composta por cinco longas-metragens que abordam o momento político e social brasileiro. Sessões especiais e outras atividades Dois longas serão exibidos no Cine Brasília na condição de hors-concours: António um dois três, estreia em longas do cineasta cearense Leonardo Mouramateus, multipremiado com seus curtas; e A moça do calendário, da cineasta e atriz Helena Ignez. Parte da programação do festival, em 18 e 19 de setembro, o 3º Festival de Filmes Curta-Metragem das Escolas Públicas de Brasília, no Cine Brasília, tem como objetivo incentivar a produção audiovisual na rede pública de ensino do DF. Para abrir novas oportunidades a obras que ainda não foram finalizadas, a mostra Futuro Brasil servirá de vitrine para cineastas pré-selecionados que desejam apresentar trechos de suas obras a especialistas de mercados de grandes festivais internacionais. As sessões são fechadas ao júri específico, ao qual caberá escolher um vencedor que levará prêmios técnicos para ajudar o filme a chegar ao produto final. Programação descentralizada Além do tradicional espaço de cinema, estão previstas ações itinerantes em regiões administrativas, no Museu Nacional (Setor Cultural Sul, próximo à Rodoviária do Plano Piloto) e no Hotel Meliá (Setor Hoteleiro Sul). Demanda histórica do setor, as atividades de fomento ao audiovisual ocorrem de 20 a 22 de setembro, por meio do Ambiente de Mercado. A iniciativa engloba diálogos com produtores, programadores, agentes de vendas, distribuidores e exibidores por meio de painéis setoriais, master classes (aulas com especialistas), conversas livres e oficinas. Os filmes da competitiva Festivalzinho, voltada para crianças, ficarão em cartaz no Cine Brasília e, simultaneamente, no Gama, no Riacho Fundo I, em Sobradinho e em Taguatinga. Para acolher a programação, as regiões serão aparelhadas com estrutura, ambientação e praça de alimentação, e receberão apresentações culturais. O festival contará com a 25ª edição do Cinema Voador, que levará sessões gratuitas itinerantes à Estrutural, à Fercal, ao Paranoá, ao Recanto das Emas e a São Sebastião. O Museu Nacional abrigará uma exposição com pôsteres de filmes e fotos históricas do evento. No mesmo local, no dia 23, a sessão especial Poesia Viva presta homenagem ao poeta maranhense Ferreira Gullar (1930-2016), com a exibição de A arte existe porque a vida não basta (2017), de Zelito Vianna. Aplicativo oficial facilitará voto do júri popular A 50ª edição traz ainda a novidade de um aplicativo oficial, que será lançado poucos dias antes do festival. A plataforma digital poderá ser baixada gratuitamente em dispositivos móveis com sistemas operacionais Android e iOS. A ferramenta terá a programação completa dos filmes e permitirá que o público escolha o melhor longa-metragem para o Prêmio Petrobras de Cinema — que receberá R$ 200 mil em contrato de distribuição, no caso da mostra competitiva, e R$ 100 mil para a Mostra Brasília — e o melhor curta. Edição: Raquel Flores
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Cineastas do DF levam questão do bullying à Mostra Brasília
Instigado pelo simbolismo de animais selvagens, o brasiliense Renan Montenegro, de 28 anos, teve a ideia para uma história que trata da importância de respeitar as diferenças. O brasiliense Renan Montenegro é diretor do curta-metragem O menino leão e a menina coruja. Voltado ao público infantil, o filme aborda ensinamentos sobre as diferenças. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília No filme O menino leão e a menina coruja, o diretor aborda virtudes como o respeito e a tolerância por meio de personagens que mesclam características humanas e animalescas. “O leão representa a força e o dia, enquanto a coruja, a sabedoria e a noite, o que vejo como elementos complementares”, define. Na obra com 16 minutos de duração, o menino leão é um cara popular, influente e autoconfiante. Já a menina coruja é uma aluna aplicada, pouco sociável, com quem o garoto insiste em implicar. Por conta de um conflito entre eles na Escola Filhote Selvagem, o jovem meio humano e meio felino tem de aprender a lidar com as consequências dos seus atos e descobre que os ensinamentos vão além do que imaginava. A fábula chega à tela do Cine Brasília (106/107 Sul) em 19 de setembro, no 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. [Olho texto='”Queremos mostrar a necessidade de respeitar as diferentes formas de as pessoas se adaptarem ao mundo”‘ assinatura=”Renan Montenegro, diretor do filme O menino leão e a menina coruja” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Único voltado para o público infantil, o filme é um dos 13 curtas-metragens e 4 longas-metragens que concorrem ao 22º Troféu Câmara Legislativa na competição exclusiva para produções locais, a Mostra Brasília (veja abaixo a programação). “Queremos mostrar a necessidade de respeitar as diferentes formas de as pessoas se adaptarem ao mundo”, resume Montenegro. “Dialogar com esse público e ajudar na formação de opinião dos mais jovens é uma das funções sociais do cinema”, acrescenta o cineasta. Para compor o elenco mirim, ele conta que, de 70 crianças, 30 foram direcionadas para uma oficina e 10, escolhidas. As gravações duraram oito dias, no Jardim Botânico e no Núcleo Rural Café sem Troco, no Paranoá. Além dos bichos protagonistas, os atores incorporaram os papéis de cobra, seriema, rato, lhama, urso, raposa, pantera, tartaruga, arara, tigre-branco e gorila. O grupo recebeu aulas de kenpo, arte marcial oriental baseada nos movimentos dos animais e em ritmos da natureza. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os figurinos trazem elementos de cada um deles por meio de maquiagem e roupas que dialogam. “Brincamos com textura e cores que remetem aos bichos representados”, explica Montenegro. No caso do leão, por exemplo, o cabelo do ator lembra a juba do felino, enquanto na coruja os olhos grandes da ave são caracterizados por óculos. A obra foi financiada com R$ 120 mil em recursos do edital de 2014 do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). É a terceira vez que o cineasta participa da mostra dedicada exclusivamente a produções locais. Em 2011, ele concorreu com Meu amigo, meu avô, primeira obra voltada para o público infantil e, em 2013, foi selecionado com Babilônia Norte. O trabalho mais recente de Montenegro pode ser visto semanalmente na série Cidade Invisível, da qual é codiretor. A produção de cinco episódios é exibida na TV Cultura, na madrugada de sábado para domingo, à 00h30. Longa do DF trata de altas habilidades de aprendizagem O bullying (agressão intencional, verbal ou física, feita de maneira repetitiva) — como o praticado pelo menino leão — será temática recorrente no segundo dia da Mostra Brasília. No longa-metragem Menina de Barro, que será exibido na sequência ao curta, também na terça-feira (19), o cineasta Vinícius Machado, de 32 anos, leva o espectador novamente ao ambiente escolar. Gravada em 2015 e finalizada em 2017, a produção independente contou com financiamento colaborativo de R$ 14 mil. Ela apresenta Diana, uma menina com altas habilidades que, aos 12 anos, tem de lidar com o estigma de ser superdotada. “Tanto a superdotação quanto o bullying são temas de trato marginal no Brasil e que devem ser levados a sério”, defende o diretor. Para ele, levar a abordagem ao Festival de Brasília é fundamental para quebrar mitos e estereótipos, além de fortalecer o combate a esse tipo de violência. “A mostra é uma vitrine nacional, por isso é tão importante apresentarmos essa visão.” A obra é um desdobramento do curta-metragem Diana, de 2014, que deu início ao projeto de Menina de Barro. Intérprete das duas propostas, a atriz Rafaela Machado, de 15 anos, prima do diretor, foi uma das razões para que a película fosse possível. “Prometi que faria uma obra especialmente para ela atuar, ficamos muito felizes com o resultado”, conta o cineasta. Estreante na Mostra Brasília, Machado é vocalista, integra um grupo de dança, é professor de hip hop e membro de grupo de teatro. Ele escreveu e dirigiu o curta-metragem Errantes (2012) e o longa-metragem Errantes: o abandono dos órfãos (2013). Mostra Brasília destinará R$ 240 mil em prêmios As 17 obras vão disputar R$ 240 mil em prêmios, distribuídos pelo Legislativo local. O melhor longa-metragem escolhido pelo júri oficial receberá R$ 100 mil, e o melhor longa eleito pelo júri popular, R$ 40 mil. Os outros R$ 100 mil serão divididos entre outras categorias, como melhor fotografia e melhor som. Os filmes serão exibidos de 18 a 22 de setembro, a partir das 18h30, no Cine Brasília (106/107 Sul), durante programação do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, de 15 a 24 de setembro. Na mostra competitiva, 9 longas-metragens e 12 curtas concorrem ao Troféu Candango e a R$ 340 mil em cachês de seleção. A programação completa do festival será divulgada na próxima semana. Programação da Mostra Brasília no 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 18 de setembro (segunda-feira) O céu dos teus olhos, de Danilo Borges e Diego Borges, ficção, 16 min 57 s O vídeo de 6 faces, de Maurício Chades, ficção, 19 min 54 s Tekoha — som da terra, de Rodrigo Arajeju e Valdelice Veron, documentário, 20 min UrSortudo, de Januário Jr, ficção, 15 min Vilão, de Webson Dias, documentário, 19 min 19 s 1×1, de Ramon Abreu, ficção, 19 min Às 18h30, no Cine Brasília Reprises: 19 de setembro (terça-feira), às 10 horas, na Câmara Legislativa 19 de setembro (terça-feira) O menino leão e a menina coruja, de Renan Montenegro, ficção, 16 min 5 s Às 18h30, no Cine Brasília Menina de barro, de Vinícius Machado, ficção, 115 min 43 s Às 19 horas, no Cine Brasília Reprises: 20 de setembro (quarta-feira), às 10 horas, na Câmara Legislativa 20 de setembro (quarta-feira) Afronte, de Marcus Azevedo e Bruno Victor, documentário, 15 min 46 s Habilitado para morrer, de Rafael Stadniki, ficção, 18 min 41 s A inviolável leveza do ser, de Júlia Zakarewicz, ficção, 1 min 50 s Às 18h30, no Cine Brasília Jeitosinha, de Johil de Carvalho e Sérgio Lacerda, ficção, 90 min Às 19 horas, no Cine Brasília Reprises: 21 de setembro (quinta-feira), às 10 horas, na Câmara Legislativa 21 de setembro (quinta-feira) Damrõze Akwe – amor e resistência, de Guilherme Cavalli, documentário, 21 min 39 s A margem do universo, de Tiago Esmeraldo, ficção, 18 min 22 s Às 18h30, no Cine Brasília O fantástico patinho feio, de Denilson Félix, documentário, 74min10s Às 19 horas, no Cine Brasília Reprises: 22 de setembro (sexta-feira), às 10 horas, na Câmara Legislativa do DF 22 de setembro (sexta-feira) Carneiro de ouro, de Dácia Ibiapina, documentário, 25 min Às 18h30, no Cine Brasília Um domingo de 53 horas, de Cristiano Vieira, documentário, 93 min Às 19 horas, no Cine Brasília Reprises: 23 de setembro (sábado), às 10 horas, na Câmara Legislativa Edição: Raquel Flores
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A cidade onde envelheço vence o 49º Festival de Brasília
Premiado com o Troféu Candango de melhor filme e R$ 100 mil, o longa-metragem A cidade onde envelheço foi o grande vencedor do 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que terminou na noite dessa terça-feira (27), em solenidade no Cine Brasília (106/107 Sul). Em nome da diretora, Marilia Rocha, o produtor João Matos agradeceu a todos e falou sobre o processo colaborativo do filme, que “foi intenso e rendeu belos frutos”. O produtor João Matos recebeu o Troféu Candango de melhor filme do 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, representando a equipe de A cidade onde envelheço. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília Na categoria curtas e médias-metragens, venceu a animação Quando os dias eram eternos, de Marcus Vinicius Vasconcelos. “É a primeira vez que uma animação ganha esse prêmio, e isso se deve ao trabalho de muitos artistas talentosos que abriram os caminhos”, elogiou o diretor. “Está na hora de ter um longa de animação na mostra competitiva.” Ainda pela mostra competitiva, o prêmio especial do júri ficou com o longa Martírio. “Se a situação está ruim para nós, imaginem para os índios”, refletiu o diretor Vincent Carelli sobre a temática abordada. “Espero que esse filme seja um alerta para refletirmos que esse genocídio tem de acabar.” A cerimônia de encerramento começou às 19h30, com a apresentação da Orquestra Popular Marafreboi, que misturou ritmos pernambucanos — como o frevo e o maracatu — em interpretação de Praiera, de Chico Science. No final, por volta das 23h30, o grupo voltou a tocar no foyer do Cine Brasília. A Orquestra Popular Marafreboi abriu a cerimônia de premiação. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília Homenagens no encerramento do 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro Em iniciativa inédita, foi entregue hoje a medalha Paulo Emilio Salles Gomes, título dado a figuras de destaque na crítica e na difusão do cinema brasileiro. O prêmio leva o nome do cineasta responsável pela criação do Festival de Brasília, que completaria um século de vida neste ano. O secretário de Cultura, Guilherme Reis, entregou a medalha ao crítico de cinema e ator Jean-Claude Bernardet e aproveitou para elogiar esta edição do evento. “Há mais de meio século, este festival se reafirma como local de discussão do cinema brasileiro. É uma enorme alegria chegarmos ao dia de hoje”, comemorou. O crítico de cinema e ator Jean-Claude Bernardet recebeu a medalha Paulo Emilio Salles Gomes. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília O cineasta francês foi ovacionado de pé pela plateia e agradeceu a todos pelo momento. “Essa medalha resume minha vida. Paulo Emilio influenciou minha vida desde o nosso primeiro encontro”, emocionou-se o homenageado. “O festival foi a grande força da resistência no cinema, durante anos. De certa forma, neste, ele retoma sua vocação original: cultural e política”, destacou Bernadet. “A única dificuldade ao te escolher será eleger alguém com tantos méritos para entregar a próxima”, brincou o curador do festival, Eduardo Valente. Antes da premiação — que distribuiu um total de R$ 340 mil aos vencedores —, o público assistiu ao longa-metragem pernambucano Baile perfumado (1996), dos diretores Lírio Ferreira e Paulo Caldas, que encerrou a 49ª edição do festival. A escolha do filme marca o aniversário de 20 anos da conquista do primeiro lugar da produção na categoria mais importante da mostra competitiva em solo brasiliense, no 29º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em 1996. Os Troféus Candango. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília “Fico muito feliz que essa obra tenha contribuído para a forma estética com a qual as novas gerações pensam o cinema”, disse Lírio Ferreira, ao apresentar o filme no palco do Cine Brasília. O diretor pernambucano agradeceu a toda a equipe e à curadoria do festival pela escolha. “É muito bom reviver agora uma sessão histórica. Há 20 anos éramos jovens inquietos querendo mudar o mundo, espero que não percamos essa inquietude.” O diretor Paulo Caldas definiu o festival como “sala de parto” da obra e declarou-se emocionado por vê-la novamente exibida na tela do Cine Brasília. “É lindo saber que o filme continua vivo, com frescor e com amor”, resumiu. Mostra Brasília no 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro Os 12 diretores brasilienses que concorreram na Mostra Brasília receberam Troféus Câmara Legislativa em 13 categorias, além do prêmio do júri popular, totalizando R$ 200 mil. Obras da competitiva também receberam premiações oferecidas pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema, pela Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo, pelo Canal Brasil, pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro, pela Fundação CineMemória e pelo jornal Correio Braziliense. Escolhas do público do 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro O resultado da votação do júri popular, registrada ao longo das mostras por meio de cédulas, também foi divulgado na noite de encerramento. As produções mais bem avaliadas pelos espectadores na mostra competitiva foram os filmes Martírio, na categoria longa-metragem, e Procura-se Irenice, representando os curtas e médias-metragens. Os vencedores receberam R$ 40 mil e R$ 10 mil, respectivamente. Já na Mostra Brasília, o público elegeu como favoritos o longa-metragem Cora Coralina – todas as vidas e o curta-metragem Das raízes às pontas. O primeiro recebeu R$ 20 mil; e o segundo, R$ 10 mil. “Com certeza este é o festival mais importante que poderíamos ganhar”, ressaltou a diretora do curta premiado, em agradecimento ao público. “Foram vocês que nos proporcionaram esse momento”, completou Flora Egécia. O melhor ator, Edu Moraes, pelo filme A repartição do tempo, disse que foi uma honra ganhar em casa. “Favoreçam e prestigiem a cultura de Brasília”, pediu. Os prêmios de melhor roteiro e direção ficaram com Vladimir Carvalho, pelo longa-metragem Cícero Dias, o compadre de Picasso. “Estou muito feliz em passar por aqui novamente, depois de vivenciar esse festival de todas as maneiras”, disse o cineasta, que lembrou ter subido no palco do Cine Brasília pela primeira vez há exatos 46 anos. Reprises dos melhores filmes A colaboradora do governo Márcia Rollemberg cumprimenta Tania Quaresma pelo troféu de melhor filme na Mostra Brasília, com Catadores de história. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília Nesta quarta-feira (28), os dois longas-metragens vencedores nos júris oficiais serão exibidos gratuitamente no Cine Brasília. As transmissões serão às 19 horas, para o campeão da Mostra Brasília (Catadores de história), e às 21 horas, para o melhor filme da mostra competitiva (A cidade onde envelheço). Programação do último dia do Festival de Brasília As atividades no Kubitschek Plaza Hotel (Setor Hoteleiro Norte, Quadra 2, Bloco E) também foram encerradas nesta terça-feira (27). Às 10 horas, a equipe do filme Beduíno, de Júlio Bressane, participou de debate com mediação do curador do festival, Eduardo Valente. Em seguida, a cineasta Maria do Rosário Caetano mediou a conversa com as equipes de Os cuidados que se tem com o cuidado que os outros devem ter consigo mesmos, de Gustavo Vinagre, e Deserto, de Guilherme Weber. À tarde, o hotel recebeu o 3º Encontro Regional do Audiovisual, que contou com a presença de diretores, atores e produtores culturais do setor. Entre os temas debatidos estavam os fundamentos da organização audiovisual nas regiões e o histórico da descentralização e a necessidade da criação de uma entidade macrorregional para a categoria. No Cine Brasília, a mostra Cinema Agora! levou ao público a produção paranaense Não me fale sobre recomeços, de Arthur Tuoto, seguida da paulistana Pedro Osmar, prá liberdade que se conquista, de Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques. As exibições foram seguidas de debates no foyer do cinema. Premiados no 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro [collapsibles] [collapse title=”Mostra Competitiva”] Longa-metragem Curtas e médias-metragens Filme A cidade onde envelheço, de Marilia Rocha Quando os dias eram eternos, de Marcus Vinicius Vasconcelos Ator coadjuvante Wederson Neguinho, por A cidade onde envelheço – Ator Rômulo Braga, por Elon não acredita na morte Renato Novais Oliveira, por Constelações Atriz coadjuvante Samya de Lavor, por O último trago – Atrizes Elizabete Francisca e Francisca Manuel, por A cidade onde envelheço Lira Ribas, por Estado itinerante Direção de arte Renata Pinheiro, por Deserto Tales Junqueira, por O delírio é a redenção dos aflitos Direção Marilia Rocha, por A cidade onde envelheço Fellipe Fernandes, por O delírio é a redenção dos aflitos Fotografia Ivo Lopes Araújo, por O último trago Ivo Lopes Araújo, por Solon Montagem Clarissa Campolina, por O último trago Allan Ribeiro e Thiago Ricarte, por Demônia – melodrama em 3 atos Roteiro Davi Pretto e Richard Tavares, por Rifle Fellipe Fernandes, por O delírio é a redenção dos aflitos Som Marcos Lopes e Tiago Bello, por Rifle Bernardo Uzeda, por Confidente Trilha sonora Pedro Cintra, por Vinte anos Dudu Tsuda, por Quando os dias eram eternos Prêmio do júri Martírio, de Vincent Carelli Estado itinerante, de Ana Carolina Soares Júri popular Martírio, de Vincent Carelli Procura-se Irenice, de Marco Escrivão e Thiago B. Mendonça [/collapse] [collapse title=”Mostra Brasília”] Mostra Brasília Longa-metragem (júri oficial) Catadores de história, de Tania Quaresma Curta-metragem (júri oficial) Rosinha, de Gui Campos Ator Edu Moraes, por A repartição do tempo Atriz Maria Alice Vergueiro, por Rosinha Direção de arte Andrey Hermuche, por A repartição do tempo Direção Vladimir Carvalho, por Cícero Dias, o compadre de Picasso Edição de som Micael Guimarães, por Cora Coralina – todas as vidas Fotografia Waldir de Pina, por Catadores de história Montagem Marcius Barbieri, Rafael Lobo e Santiago Dellape, por A repartição do tempo Roteiro Vladimir Carvalho, por Cícero Dias, o compadre de Picasso Trilha sonora Dimir Viana, Andre Luiz Oliveira, Renato Matos, Claudio Vinícius e GOG, por Catadores de História Melhor longa (júri popular) Cora Coralina – todas as vidas, de Renato Barbieri Melhor curta (júri popular) Das raízes às pontas, de Flora Egécia [/collapse] [collapse title=”Outros prêmios”] Outros prêmios Prêmio Abraccine Melhor longa-metragem: Rifle, de Davi Pretto Melhor curta-metragem: Estado itinerante, de Ana Carolina Soares Prêmio Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo Mallu Moraes Prêmio Canal Brasil Melhor curta: Estado itinerante, de Ana Carolina Soares Prêmio Conterrâneos Melhor documentário: Vinte anos, de Alice de Andrade Prêmio Marco Antônio Guimarães Martírio, de Vincent Carelli Prêmio Saruê Rosinha, de Gui Campos [/collapse] [/collapsibles] Edição: Raquel Flores
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Última noite do Festival de Brasília nesta terça (27) é dedicada a premiações
O prêmio para o melhor filme de longa-metragem escolhido pelo júri oficial é de R$ 100 mil, e não de R$ 80 mil, como informado anteriormente. A última noite do 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro nesta terça-feira (27) será reservada à entrega dos prêmios e troféus. A solenidade ocorrerá a partir das 19 horas, no Cine Brasília (106/107 Sul), restrita a convidados. Para marcar o encerramento, haverá sessão com o filme Baile Perfumado, vencedor da categoria mais importante da mostra competitiva – melhor filme de longa-metragem – em 1996, na 29ª edição do festival. A soma dos prêmios da mostra competitiva é de R$ 340 mil. O principal, de R$ 100 mil, vai para o melhor filme de longa-metragem escolhido pelo júri oficial. Além das 24 categorias que recebem os Troféus Candangos, também será dada a medalha Paulo Emilio Salles Gomes para o crítico de cinema veterano Jean-Claude Bernardet, em reconhecimento ao seu trabalho. Antes, serão entregues outros 22 prêmios e troféus — a maioria da Mostra Brasília, com os troféus Câmara Legislativa do Distrito Federal. São R$ 200 mil, divididos em 13 categorias. Também há outras premiações oferecidas pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema, pela Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo, pelo Canal Brasil, pelo Centro de Infraestrutura Audiovisual do Rio de Janeiro, pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro, pela Fundação CineMemória e pelo jornal Correio Braziliense. Seminário de fomento para o audiovisual em Brasília Durante o dia, a programação prevê um seminário sobre fomento para o audiovisual em Brasília. Será no salão Caxambu do Kubitschek Plaza Hotel (Setor Hoteleiro Norte, Quadra 2, Bloco E), a partir das 14h30, com acesso livre. A mesa contará com a presença do secretário de Cultura do Distrito Federal, Guilherme Reis; da diretora de Acompanhamento de Programas de Fomento Cultural, da Secretaria de Cultura, Cláudia Rachid Machado; e do conselheiro de Cultura Audiovisual, André Leão. Outro destaque da programação de amanhã (27) é o 3º Encontro Regional do Audiovisual, com duas mesas de diálogo: A Regionalização no Cenário da Produção Audiovisual Nacional, às 14 horas; e Fundação da Entidade Macrorregional Norte-Nordeste-Centro-Oeste, às 15h45. Ambas ocorrerão no salão Leopoldina, do Kubitschek Plaza Hotel (Setor Hoteleiro Norte, Quadra 2, Bloco E), também com acesso livre. Entre as mostras do festival, a única com apresentação de filmes nesta terça-feira (27) é a Cinema Agora!, com duas estreias. Os filmes Não me fale sobre recomeços e Pedro Osmar, prá liberdade que se conquista serão exibidos às 14 horas e às 15h30, respectivamente, no Cine Brasília. Os dois longas terão debates após as sessões, que têm entrada franca. Edição: Raquel Flores
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Mais de 1,5 mil pessoas prestigiam o segundo dia da Mostra Brasília
Um total de 1.541 pessoas se dividiram entre as três sessões deste domingo (25) do segundo e último dia da Mostra Brasília, dedicada exclusivamente aos cineastas locais na programação do 49° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O secretário de Cultura, Guilherme Reis, o governador Rodrigo Rollemberg acompanhado da esposa, Márcia Rollemberg, e a secretária adjunta de Cultura, Nanan Catalão. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília Catadores de História, de Tânia Quaresma, encerrou a segunda sessão. Após quatro anos de produção, o filme mostra o cotidiano de coletores de materiais recicláveis em vários aterros e lixões pelo Brasil, entre eles aqueles que trabalham no aterro controlado do Jóquei. Presente na sessão, o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, ao lado de familiares, destacou a atualidade do tema. “É um filme muito forte, que retrata a realidade chocante que precisa ser transformada no Brasil”, comentou. “Em Brasília, é um desafio muito grande, pois precisamos fechar o aterro do Jóquei, mas oferecendo um processo de inclusão social aos catadores, no qual eles possam trabalhar com condições mais dignas”, complementou. A sessão, iniciada às 14 horas, no Cine Brasília, teve também a animação A festa dos encantados, de Masanori Ohashy, que conta a história de como um índio guajajara que procurava pelo irmão perdido encontrou um mundo subterrâneo habitado por seres encantados, e ali permaneceu até aprender todos os rituais e cânticos de várias celebrações. O diretor agradeceu à oportunidade de se apresentar em um festival tão importante, mas deixou que Silvio Guajajara, representante da comunidade, comentasse o filme. “Foi uma forma de mostrar que, mesmo em um mundo globalizado, nós não perdemos nossa identidade”, enfatizou. [Olho texto=”É um filme muito forte, que retrata a realidade chocante que precisa ser transformada no Brasil” assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília, sobre o documentário Catadores de História, que retratou a vida dos trabalhadores de aterros e lixões pelo país” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A terceira sessão foi aberta por Rosinha, do brasiliense Gui Campos, prêmio de melhor curta-metragem do Festival de Gramado deste ano. Segundo o próprio diretor, “um filme sobre amor e sexualidade na terceira idade e o desafio das convenções sociais”. Cora Coralina Fechou a Mostra Brasília o longa Cora Coralina – todas as vidas, de Renato Barbieri. Uma biografia poética narrada nas vozes, sentimentos e interpretações de seis gerações de conhecidas atrizes brasileiras, como Zezé Motta e Tereza Seiblitz. Cora tem a trajetória retratada dos anos de infância até sair de Goiás, os 45 anos vividos em diferentes cidades no estado de São Paulo e seu retorno à cidade de Goiás, quando se revelou ao Brasil com a força de sua poesia. Neto de Cora Coralina, o presidente da Adasa (Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal), Paulo Salles, se emocionou na sessão. “Cora pensava à frente do tempo dela. Suas mensagens eram para gerações futuras, e hoje foi possível compartilhar disso”, disse. Para Rollemberg, o filme revela com muita precisão uma personalidade singular da cultura brasileira. “Foi uma mulher absolutamente antenada com os tempos presente e futuro”, enfatizou o governador. [Numeralha titulo_grande=”R$ 200 mil” texto=”Valor da premiação da Mostra Brasília, dividida entre os vencedores dos júris oficial e popular” esquerda_direita_centro=”direita”] O segundo dia da mostra foi aberto às 11 horas deste domingo com O Luto, da dupla João Gabriel Caffarelli e Saulo Santos, uma história sobre amigos que precisam aprender a lidar com a perda de uma pessoa do grupo. Logo após, foi a vez de #Era dos Gigantes, de Maurício Costa, sobre o confronto entre os principais personagens da política externa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os prêmios da Mostra Brasília somam R$ 200 mil, divididos entre os vencedores dos júris oficial e popular. A entrega do 21° Troféu Câmara Legislativa será na terça-feira (27), antes dos prêmios da mostra competitiva. EDIÇÃO: GUSTAVO MARCONDES
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Temática indígena marca a noite de sábado do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
A questão indígena voltou a ser o centro das atenções no 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Depois de o documentário Martírio, de Vincent Carelli, ter comovido o público na noite de quinta-feira (22), a ficção Antes o tempo não acabava trouxe de volta a temática com a história de um jovem indígena que entra em conflito com os líderes de sua comunidade e abandona o grupo para viver sozinho no centro de Manaus. O longa-metragem de produção amazonense, dirigido por Sérgio Andrade e Fábio Baldo, encerrou a sessão dupla do quarto dia da mostra competitiva. “Buscamos ressaltar questões atuais vividas pelas comunidades indígenas, deixando que eles contem suas histórias”, explicou Fábio. “Não podemos deixar de destacar também a descentralização alcançada pela cultura nos últimos anos”, lembrou Sérgio Andrade. “Quem imaginaria que uma produção do Amazonas estaria aqui hoje?”, comemorou. [Olho texto=”Não podemos deixar de destacar também a descentralização alcançada pela cultura nos últimos anos” assinatura=”Sérgio Andrade, codiretor do longa amazonense Antes o tempo não acabava” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Antes, foi exibido na sala do Cine Brasília o curta documentário Abigail, de Isabel Penoni e Valentina Homem, uma coprodução entre Rio de Janeiro e Pernambuco. O filme, que demorou nove anos para ser concluído, levou ao público pontos de conexão entre o indigenismo e o candomblé brasileiros. Assim como na sexta-feira (23), a mostra competitiva teve duas sessões nesse sábado, uma às 19 horas e outras às 21h30. Representante de Minas Gerais, Elon não acredita na morte, de Ricardo Alves Jr., fechou a primeira sequência da noite com um longa sobre um homem que procura a esposa desaparecida. “Esse filme, de alguma maneira, fala do pesadelo de um homem em uma grande cidade que tenta de todo modo manter a sua sanidade”, explicou o diretor. No elenco do filme está o brasiliense radicado em Belo Horizonte Rômulo Braga. “Eu nasci aqui e nunca havia estado no festival. Hoje, chego como ator com objetivo de mostrar o próprio trabalho em um contexto politicamente adverso”, destacou. Exibição do média-metragem pernambucano O delírio é a redenção dos aflitos, de Fellipe Fernandes. Foto: Pedro Ventura Abriram a noite da mostra competitiva os médias-metragens pernambucano O delírio é a redenção dos aflitos, de Fellipe Fernandes, e mineiro Estado itinerante, de Ana Carolina Soares. A produção nordestina levou à telona a história da única moradora de um prédio condenado por risco de desabamento. “Fazer arte é uma forma de mostrar resistência, e é exatamente o que o filme retrata, a historia de uma mulher que resiste à sua própria realidade”, comentou Fellipe. O filme de Minas Gerais mostrou o cotidiano de uma mulher que trabalha como cobradora de ônibus e suas reflexões sobre um enorme desejo de fuga. Mostra Brasília O sábado também foi marcado pelo início da mostra exclusiva para filmes do Distrito Federal. Em dois dias de programação gratuita, a 21ª edição da Mostra Brasília reúne 12 títulos brasilienses — seis longas e seis curtas-metragens. As obras concorrem a R$ 200 mil em prêmios e ao 21º Troféu Câmara Legislativa. [Numeralha titulo_grande=”6″ texto=”Número de filmes exibidos no primeiro dia da Mostra Brasília” esquerda_direita_centro=”direita”] A competição local foi iniciada às 11 horas, com o documentário de curta-metragem Das raízes às pontas, de Flora Egécia, seguido pelo longa A repartição do tempo, de Santiago Dellape. Na corrida pelo prêmio de melhor filme, às 14 horas, foram exibidos o curta Juraçu, do Coletivo Broa de Milho, e o documentário de longa-metragem Estrutural, de Webson Dias. A última sessão do dia pela Mostra Brasília teve Vesti la giubba, de Johil Carvalho, e Cícero Dias – o compadre de Picasso, de Vladimir Carvalho. Outras atividades do quarto dia de Festival No Kubitschek Plaza Hotel (Setor Hoteleiro Norte, Quadra 2, Bloco A), as equipes dos filmes Solon, O último trago, Constelações e A cidade onde envelheço, exibidos na mostra competitiva de sexta-feira (23), participaram de um debate. Em seguida, o espaço recebeu o encontro Produção audiovisual, identidade e diversidade – um olhar dos realizadores afro-brasileiros e indígenas sobre o cenário brasileiro do audiovisual. O debate foi divido em duas mesas, uma sobre as oportunidades do cinema negro e outra sobre o protagonista indígena no setor. Na mesma tarde, cineastas participaram de uma conversa sobre A curadoria de curtas e médias no tempo do digital. O hotel também foi o espaço escolhido para o lançamento do DVD Zirig Dum Brasília – a arte e o sonho de Renato Matos, de André Luiz Oliveira, e dos livros Glauber Rocha: cinema, estética e revolução, de Humberto Pereira da Silva; A aventura do Baile Perfumado: 20 anos depois, organizado por Amanda Mansur e Paulo Cunha; 100 melhores filmes brasileiros, da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine); O coringa do cinema e Dossiê Boca: personagens e histórias do cinema paulista, de Matheus Trunk; Corisco e Dadá – apontamentos sobre o filme, organizado por Sylvie Debs e Rosemberg Cariry; e Verdes Anos: Memórias de um Filme e de uma Geração, de Alice Dubina Trusz Pelo projeto Cinema Voador, o público do Sol Nascente, em Ceilândia, assistiu ao curta-metragem Couro de gato (1960) e ao longa-metragem Canta Maria (2006), de Francisco Ramalho Jr. Programação do 49º Festival de Brasília Até segunda-feira (26), serão exibidas diariamente no Cine Brasília obras concorrentes de curtas, médias e longas-metragens. Os ingressos custam R$ 12 (inteira). No dia seguinte à exibição, haverá reprise gratuita dessas produções, às 15 horas, na Sala 4 do Cine Cultura Liberty Mall (SCN, Quadra 2, Bloco D). Edição: Gustavo Marcondes
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Documentário sobre catadores de lixo estreia na Mostra Brasília
O sexto dia do 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, neste domingo (25), será o último de exibição da Mostra Brasília, que premia filmes feitos na cidade. Um dos destaques da seleção que será projetada amanhã é a estreia do documentário Catadores de História, da diretora Tânia Quaresma, no Cine Brasília (106/107 Sul), às 14 horas. A sessão, como todas da mostra, será gratuita. O longa-metragem trata dos catadores que trabalham no aterro controlado do Jóquei, próximo à Estrutural. “Inicialmente, eles vivem um processo individual, e o filme segue a trajetória de como uma pessoa passa para a coleta coletiva”, explica Tânia, que incluiu dois desses profissionais na produção – Ronei Silva e Alex Cardoso foram assistentes de direção. Para conseguir um retrato ainda mais adequado, Tânia preferiu montar o documentário apenas com falas de catadores. Além disso, em exibição teste no próprio aterro quando o corte final estava quase concluído, os trabalhadores puderam dar sua opinião sobre o filme. Eles também comparecerão para prestigiar a estreia do longa no Festival de Brasília. O Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis organizou a vinda de representantes da categoria de todo o Brasil para a exibição. O título do filme também pode ser escrito como Catador@s de Histórias. Tânia explica que a escolha foi feita para que o nome representasse todos os gêneros, mas a grafia com a letra “e” também é aceita. A Mostra Brasília tem exibições gratuitas às 11 horas, às 14 horas e às 16h30 no sábado (24) e no domingo (25), no Cine Brasília (106/107 Sul). Os prêmios somam R$ 200 mil, divididos entre os vencedores dos júris oficial e popular. A entrega será na terça-feira (27), antes dos prêmios da mostra competitiva. Seminário A Relevância do Cinema Agora! Outro destaque na programação deste domingo é o seminário A Relevância do Cinema Agora!, aberto para o público, a partir das 14h30, no salão Caxambu do Kubitschek Plaza Hotel (Setor Hoteleiro Norte, Quadra 2, Bloco A). A mesa será composta pelos diretores dos filmes da mostra Cinema Agora!, que começará a ser exibida no dia seguinte, segunda-feira (26). Os filmes são todos feitos com baixo orçamento e sem apoio público ou de empresas privadas. Além do seminário, o hotel receberá um painel em homenagem ao restaurador e montador Francisco Sérgio Moreira, com abertura às 10 horas. Mais tarde, três representantes da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) farão um seminário sobre o impacto do crítico Jean-Claude Bernardet no cinema brasileiro, às 14h30. Ambos os eventos, de acesso livre, ocorrerão no salão Leopoldina. A mostra competitiva terá duas sessões no Cine Brasília, com entrada a R$ 12 (inteira). Às 19 horas, os curtas Confidente e Procura-se Irenice serão exibidos antes do longa Vinte anos. Depois, às 21h30, o único longa brasiliense da competição, Malícia, seguirá os curtas Bodas de papel e Demônia – melodrama em 3 atos.
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Mostra Brasília do Festival do Cinema Brasileiro será neste fim de semana
O sábado (24) marca o primeiro dia da Mostra Brasília, no 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A seleção é feita apenas para produções filmadas no Distrito Federal e será exibida no fim de semana, no Cine Brasília (106/107 Sul). Seis curtas-metragens e seis longas concorrem ao Troféu Câmara Legislativa, criado para fomentar o mercado cinematográfico da cidade. A competição traz a primeira exibição de A Repartição do Tempo, estreia na direção de longas-metragens de Santiago Dellape. Foto: Tony Winston/Agência Brasília A competição traz a primeira exibição de A Repartição do Tempo, estreia na direção de longas-metragens de Santiago Dellape. Os dois curtas dele, Nada consta e Ratão, foram premiados no Festival de Brasília em edições anteriores. O longa trata de uma repartição pública na qual o chefe usa uma máquina do tempo para duplicar os funcionários e aumentar o rendimento da equipe. Segundo Dellape, a obra é influenciada por filmes da década de 1980, que misturavam aventura com comédia e ficção-científica. “Apesar da classificação indicativa para maiores de 14 anos, a linguagem é jovem e rápida”. A Repartição do Tempo será exibido na primeira projeção da mostra, às 11 horas do sábado (24). As sessões são às 11 horas, 14 horas e 16h30, no sábado (24) e no domingo (25), com exibição de um curta seguido por um longa. Todas as entradas são gratuitas. Os prêmios da mostra somam R$ 200 mil, divididos nas categorias melhor filme de longa-metragem (R$ 80 mil), curta (R$ 30 mil), direção (R$ 12 mil), ator (R$ 6 mil), atriz (R$ 6 mil), roteiro (R$ 6 mil), fotografia (R$ 6 mil), montagem (R$ 6 mil), direção de arte (R$ 6 mil), edição de som (R$ 6 mil), trilha sonora (R$ 6 mil) e, no júri popular, para melhor filme de longa (R$ 20 mil) e de curta-metragem (R$ 10 mil). Os troféus serão entregues antes da premiação da mostra competitiva do festival, na terça-feira (27), em solenidade exclusiva para convidados. Programação para sábado do Festival de Brasília Outro destaque para este sábado (24) é o encontro Produção Audiovisual Identidade e Diversidade – um Olhar dos Realizadores Afro-brasileiros e Indígenas sobre o Cenário Brasileiro do Audiovisual. Serão dois debates com produtores e diretores afro-brasileiros e indígenas para discutir as oportunidades, os desafios e o fomento para que eles façam filmes. Os diálogos começam às 14h30, no salão Leopoldina do Kubitschek Plaza Hotel (Setor Hoteleiro Norte, Quadra 2, Bloco A), com acesso livre. No mesmo dia, o Kubitschek Plaza Hotel também vai sediar o lançamento de livros e DVDs no Bamboo Bar, a partir das 17 horas. Poderão ser comprados no local os livros: 100 melhores filmes brasileiros, da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine); A aventura do Baile perfumado: 20 anos depois, organizado por Amanda Mansur e Paulo Cunha; Glauber Rocha: cinema, estética e revolução, de Humberto Pereira da Silva; O coringa do cinema e Dossiê Boca: personagens e histórias do cinema paulista, ambos de Matheus Trunk; e Corisco e Dadá: apontamentos sobre o filme, organizado por Sylvie Debs e Rosemberg Cariry. Também estará à venda, o DVD do filme Zirig dum Brasília – a arte e o sonho de Renato Matos, do diretor André Luiz Oliveira. A entrada é livre para o público. Quarto dia do festival no Cine Brasília A mostra competitiva terá duas sessões de estreia no quarto dia de festival. A primeira, às 19 horas, abrirá com dois curtas – O delírio é a redenção dos aflitos e Estado itinerante –, que passarão antes do longa Elon não acredita na morte. Mais tarde, às 21h30, o longa-metragem Antes o tempo não acabava será exibido depois do curta Abigail. Os ingressos custam R$ 12 (inteira). O filme de destaque no Cinema Voador – perto do posto policial do Sol Nascente, em Ceilândia – no sábado (24) é Canta Maria, de 2006, que seguirá o curta Couro de gato, de 1960, a partir das 18h30. Também será exibido em sessão especial o filme Estive em Lisboa e lembrei de você, no Cine Cultura Liberty Mall (Setor Comercial Norte, Quadra 2, Bloco D), às 21 horas. Todos têm entrada gratuita. Edição: Gisela Sekeff
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