Hospital de Base capacita profissionais de enfermagem para o manejo humanizado de pacientes psiquiátricos
Entre 4 e 8 de novembro de 2024, o Núcleo de Educação Permanente (Nudep), em parceria com o Serviço de Psiquiatria do Hospital de Base, promoveu um curso voltado para o manejo do paciente psiquiátrico. O objetivo foi capacitar as equipes de enfermagem a lidar de forma mais técnica e humanizada com crises psiquiátricas. O treinamento teve uma boa adesão por parte dos profissionais de diversos setores do Hospital de Base. De acordo com Edinan Oliveira Neto, chefe de Serviço de Assistência e um dos palestrantes do curso, o foco foi capacitar os profissionais para realizar intervenções eficazes, com ênfase na contenção terapêutica. “A formação visou aprimorar os cuidados prestados, garantindo que, mesmo em situações de crise, a assistência seja segura e respeite as necessidades emocionais e físicas dos pacientes”, explicou. O objetivo foi capacitar as equipes de enfermagem a lidar de forma mais técnica e humanizada com crises psiquiátricas | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF O curso possui etapas teóricas e práticas incluindo situações que não envolvem apenas pacientes psiquiátricos. “A contenção não deve ser punitiva. Por vezes, é necessário realizar esse tipo de procedimento em pacientes com risco de queda ou com comportamentos agitados”, destaca Brenner Saboia, enfermeiro do Nudep, um dos responsáveis pelo curso. Saboia ressalta que a abordagem humanizada no manejo de pacientes em crise psiquiátrica busca entender a causa do comportamento agressivo, priorizando sempre a comunicação verbal antes de recorrer à contenção física. “É fundamental tentar entender o que está causando o desconforto, pois a contenção é um procedimento que pode ser traumático”, explicou. A Gerência de Enfermagem e o Núcleo de Enfermagem do Ambulatório, da Internação e do Pronto Socorro, juntamente com a Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep), coordenaram a capacitação, que foi oferecida em diferentes horários para atender aos diversos turnos de trabalho da equipe do Hospital de Base. A adesão foi expressiva, com mais de 400 inscritos, abrangendo não apenas profissionais da área de psiquiatria, mas também enfermeiros e técnicos de enfermagem de outros setores, como neurocirurgia e pronto-socorro. O curso possui etapas teóricas e práticas incluindo situações que não envolvem apenas pacientes psiquiátricos Capacitação contínua e humanização A necessidade de capacitar a equipe surgiu de situações vivenciadas no dia a dia, onde os profissionais enfrentam desafios no manejo de pacientes psiquiátricos em crise. “O treinamento é fundamental para garantir que todos os colaboradores tenham o preparo necessário para lidar com essas situações de maneira segura e eficaz”, afirmou Welton Santana Chaves, chefe de Núcleo da Emergência, do Ambulatório e da Internação. O treinamento não se limita apenas ao cuidado com pacientes psiquiátricos. “A contenção terapêutica pode ser aplicada a qualquer paciente que apresente risco, como aqueles em recuperação de cirurgias ou com dificuldades de mobilidade. O objetivo é sempre manter a segurança do paciente e da equipe, sem comprometer a dignidade do indivíduo”, completou Brenner Saboia. A capacitação também incluiu a importância de uma abordagem em equipe para garantir que todos os profissionais envolvidos estejam alinhados em relação às intervenções. “A técnica de contenção deve ser aplicada de forma consciente, respeitando o momento e as necessidades de cada paciente”, ressaltou Brenner Saboia. Ele acrescentou que é necessário, em alguns casos, até mudar o ambiente do paciente para minimizar os fatores que contribuem para o comportamento agressivo, como a presença de estímulos externos, como música alta. Diante da boa adesão dos colaboradores do Hospital de Base ao curso, a expectativa é que o treinamento se torne uma iniciativa anual, com o objetivo de aprimorar continuamente as técnicas e os procedimentos oferecidos aos pacientes. A capacitação também tem como meta expandir os benefícios da formação a outras unidades geridas pelo IgesDF. *Com informações do IgesDF
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Novo grupo terapêutico com argila emociona pacientes da psiquiatria no Hospital de Base
Na última quinta-feira (17), um novo grupo terapêutico foi iniciado na ala de psiquiatria do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), envolvendo pacientes em internação. A iniciativa, promovida por profissionais da psiquiatria do IgesDF em parceria com voluntários do Serviço Auxiliar de Voluntários (SAV), utiliza a arteterapia com argila como ferramenta para estimular a comunicação e a expressão emocional. O objetivo é criar um espaço acolhedor, onde os pacientes possam canalizar suas angústias e aflições de maneira criativa. As sessões, que ocorrem semanalmente, já surpreenderam a equipe. A enfermeira da psiquiatria Rafaela Barreiros confessou a expectativa inicial: “Estávamos apreensivos com a adesão ao grupo, tendo em vista o perfil clínico dos pacientes. Porém, nos surpreendemos e tudo fluiu muito bem, superando nossas expectativas.” A iniciativa utiliza a arteterapia com argila como ferramenta para estimular a comunicação e a expressão emocional | Foto: Divulgação/IgesDF Rafaela lembra de Marcos, um paciente idoso com alto grau de comprometimento psíquico, que aderiu ao grupo e conseguiu se concentrar profundamente na atividade. “Quando ele conseguiu terminar a xícara, ficou nítida a satisfação no rosto dele! Foi muito gratificante para equipe ver o resultado do trabalho!” A iniciativa também contou com o apoio de voluntários do SAV, como a Vanderlícia Rodrigues, que ressaltou a importância de resgatar lembranças afetivas por meio da atividade: “Os pacientes, especialmente os mais velhos, se conectam com lembranças da infância. Fazer massinha de argila remete a momentos bons, como amassar pão ou biscoito. E o que eles mais precisam é resgatar essas memórias, trazer à tona o que têm de melhor.” Outra voluntária, Gil Alves, destacou a função terapêutica desse tipo de atividade. “Enquanto moldavam a argila, os pacientes começaram a lembrar de coisas, a compartilhar memórias, o que trouxe momentos de lucidez e conforto. Isso é muito importante, pois essas pequenas atividades manuais ajudam a reconectar com quem são e com o que viveram de bom.” Esse grupo terapêutico é uma aposta na transformação pela arte e no fortalecimento dos vínculos entre profissionais e pacientes. A cada semana, a argila não só molda objetos, mas também faz laços, trazendo à tona histórias e sentimentos que ajudam os pacientes a atravessar suas jornadas de recuperação. *Com informações do IgesDF
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Telemedicina garante segurança em atendimentos no Hospital Cidade do Sol
A telemedicina é um recurso disponibilizado pelo IgesDF há quatro anos para que os médicos das unidades possam discutir quadros clínicos com especialistas e otimizar condutas, seja na alteração de um medicamento, na avaliação de resultado de exames ou na promoção de alta médica com segurança. De acordo com a coordenadora médica do HSol, Juliana Barros, o uso da telemedicina gera segurança para o colaborador e para o paciente, além de acelerar o processo de alta Para o médico cardiologista Elisson Furtado, chefe do Núcleo da Telemedicina, a busca pelo formato é, em geral, feita por profissionais que ainda não possuem especialidades. “A telemedicina é muitas vezes acionada por médicos generalistas que sentem a necessidade de um apoio na tomada de decisão”. Segundo a coordenadora médica do HSol, Juliana Barros, o uso da telemedicina gera segurança para o colaborador e para o paciente, além de acelerar o processo de alta. “Desde o início dos trabalhos aqui no HSol, o uso da telemedicina é incentivado entre os médicos da equipe e foi muito aceito pelos mesmos. Eles sentem mais segurança na hora de assinar uma alta sabendo que tiveram o suporte de um especialista e os pacientes sentem o mesmo sabendo que estão sendo bem assistidos”, lembra Juliana. “Todo esse processo ajuda a acelerar o tratamento do paciente que não precisa ficar saindo da unidade para receber um atendimento, facilmente resolvido por meio da plataforma de chamada de vídeo”, completa. Vinícius da Silva, médico plantonista do HSol, elogiou o sistema. “A telemedicina gerou uma eficiência no cuidado com os pacientes e agilidade no acompanhamento com o especialista porque conseguimos resolver no dia a dia questões que antes iam necessitar do transporte do paciente, que também ia precisar de uma vaga disponível para poder fazer esse atendimento, além de trazer segurança e maior conhecimento para quem está aqui na ponta”. Algumas das especialidades disponíveis para os médicos do IgesDF na telemedicina são cardiologia, clínica médica, pneumologia, neurologia, pediatria, psiquiatria e nefrologia. *Com informações do IgesDF
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HRSM promove matriciamento em psiquiatria para colaboradores e atenção primária da região sul
O auditório do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) tem sido palco para o matriciamento da atenção especializada em psiquiatria e atenção primária. As equipes assistenciais do hospital e das unidades básicas de saúde (UBSs) da Região de Saúde Sul tiveram dois encontros, nos dias 2 e 6 de agosto. “O objetivo é tentar desafogar as nossas portas de entrada, tanto na demanda espontânea lá na UBS como aqui na urgência do hospital. Muitas vezes o paciente chega em crise e a gente tem essa necessidade de manejo clínico lá na ponta. Assim como reduzir a nossa fila de regulação em psiquiatria, porque hoje temos 1.392 pacientes aguardando por uma consulta na especialidade” Raiane Alves, gerente do ambulatório do HRSM Devido à alta demanda de pacientes na região com transtornos psíquicos que aguardam por acompanhamento na especialidade de psiquiatria, a chefia do Ambulatório do HRSM viu a necessidade de reunir todas as equipes e realizar o matriciamento. “O objetivo é tentar desafogar as nossas portas de entrada, tanto na demanda espontânea lá na UBS como aqui na urgência do hospital. Muitas vezes o paciente chega em crise e a gente tem essa necessidade de manejo clínico lá na ponta. Assim como reduzir a nossa fila de regulação em psiquiatria, porque hoje temos 1.392 pacientes aguardando por uma consulta na especialidade”, explica a gerente do ambulatório do HRSM, Raiane Alves. Durante as consultas, os médicos perceberam uma grande demanda por troca de receitas médicas, coisas que as equipes das UBSs conseguem apoiar e fazer, assim como atender pacientes nos sintomas iniciais ou mais brandos de crises. Devido à alta demanda de pacientes na região com transtornos psíquicos que aguardam por acompanhamento na especialidade de psiquiatria, a chefia do Ambulatório do HRSM viu a necessidade de reunir todas as equipes e realizar o matriciamento | Foto: Divulgação/IgesDF “Esse é um dos nossos objetivos, além de auxiliar as UBSs, com o manejo clínico desses pacientes, capacitar todas as pontas, todas as equipes da atenção primária, desde o agente comunitário de saúde, até o médico de família que está lá na unidade atendendo. Por isso, temos a participação de enfermeiros, técnicos, ACS, médicos, psicólogos, entre outras especialidades, que vieram participar do nosso matriciamento e manejo clínico em psiquiatria”, informa. A psiquiatra do HRSM, Amanda Rampinelli, foi quem ministrou todo o matriciamento e levou diversos casos clínicos para debater com os profissionais o manejo clínico mais assertivo e indicado. Além disso, explorou situações que podem acontecer no dia a dia e falou das medicações que podem e devem ser utilizadas a depender do quadro clínico de cada paciente. “Geralmente, as pessoas já levam pacientes com transtornos mentais direto para o hospital ou UPA, então acaba sobrecarregando também os profissionais dessas pontas. Às vezes, se o paciente já tem um primeiro atendimento ali na UBS, muitas vezes ele consegue ficar bem e não precisa encaminhá-lo para as outras situações. Então, é importante tentar certificar os graus de gravidade e tudo mais”, explica a médica. A psiquiatra destaca que essa é uma primeira conversa e que a ideia é dar continuidade ao matriciamento para que, mais na frente, esses profissionais possam trazer casos clínicos para discussão e aprofundamento do tema. “Gosto de abordar não só a parte medicamentosa, mas também a não medicamentosa. Então, esse trabalho da equipe multiprofissional é super importante. Esses profissionais podem aprender a aplicar escalas, ou fazer busca ativa pelo paciente, ou até já iniciar mesmo uma medicação para evitar que ele evolua para um surto ou estado mais grave. É importante saber o que fazer, qual conduta clínica ter nessas situações”, afirma Amanda. Hoje, cerca de 900 pacientes fazem acompanhamento com a equipe de psiquiatria do ambulatório do Hospital Regional de Santa Maria. Os atendimentos ocorrem de terça a sexta no período da manhã e precisam de agendamento via regulação. *Com informações do IgesDF
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Projeto Acolher completa 3 anos promovendo bem-estar de profissionais da Saúde
O Projeto Acolher comemorou, na segunda-feira (29), três anos de existência em um evento especial no novo espaço localizado na sobreloja do Hospital de Base do Distrito Federal. A celebração destacou a importância do projeto na promoção da saúde dos colaboradores do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) e os benefícios significativos, como a melhoria no nível de satisfação dos colaboradores. Comemoração dos 3 anos do Projeto Acolher, que oferece serviços de psicologia, psiquiatria e nutrição, entre outros, para promover o bem-estar de colaboradores do IgesDF | Foto: Alessandro Praciano/IgesDF O Projeto Acolher oferece uma variedade de serviços, incluindo psicologia, psiquiatria, acupuntura e nutrição. Além disso, o programa promove atividades de ginástica laboral, meditação e reiki em parceria com os voluntários da Associação Amigos do Hospital de Base. “Se não acolhemos quem cuida, não conseguimos entregar um serviço de qualidade. Por isso, é tão importante que nossos colaboradores possam vir até aqui e sejam acolhidos em suas necessidades tanto de saúde física como mental” Guilherme Porfírio, superintendente do Hospital de Base A gerente geral de pessoas, Elaine Silvestre, abriu a comemoração enfatizando a importância da presença do projeto em todas as unidades do instituto. Ela também anunciou a extensão do Projeto Acolher com novas políticas de combate ao fumo e a ligação com o Programa Reconhecer. “Esse é um dos objetivos da atual gestão, poder oferecer cada vez mais saúde e bem-estar aos colaboradores, para que esses também ofereçam um atendimento de excelência à comunidade”, enfatizou. A psicóloga e diretora da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep), Emanuela Ferraz, parabenizou o projeto e encorajou os colaboradores. “Vocês se sintam valorizados, amados, acolhidos”, disse. A gerente de desenvolvimento humano do IgesDF, Nildete Dias, leu agradecimentos e elogios dos colaboradores aos profissionais do Projeto Acolher, e em seguida, foram entregues certificados de reconhecimento pelo trabalho prestado na unidade. O médico e superintendente do Hospital de Base, Guilherme Porfírio, ressaltou a importância de valorizar e cuidar dos colaboradores. “Se não acolhemos quem cuida, não conseguimos entregar um serviço de qualidade. Por isso, é tão importante que nossos colaboradores possam vir até aqui e sejam acolhidos em suas necessidades tanto de saúde física como mental”, concluiu. A celebração dos três anos do Projeto Acolher reafirma o compromisso do IgesDF e do Hospital de Base do Distrito Federal com a saúde e bem-estar dos colaboradores, garantindo um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo. *Com informações do IgesDF
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Diagnóstico rápido de doenças mentais garante tratamento eficaz
A saúde mental continua a ser um desafio significativo, muitas vezes atrasando a busca por ajuda e o entendimento de que o sofrimento pode ser parte de uma condição médica. O chefe da psiquiatria do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Sérgio Cabral, fala sobre o assunto e destaca a importância do diagnóstico rápido para um tratamento eficaz. “O que acontece é que existe um estigma em relação à saúde mental, de uma forma geral, e à doença mental. Esse estigma continua presente, embora haja melhorias perceptíveis. Para muitas pessoas, entender e aceitar que estão enfrentando uma doença mental pode levar tempo”, afirma o médico. Chefe da psiquiatria do Hospital de Base, Sérgio Cabral: “O diagnóstico inicial rápido é o melhor caminho, pois impede que a doença se agrave” | Foto: Divulgação/IgesDF O diagnóstico precoce é identificado pelo especialista como o ponto de partida no cuidado da saúde mental. “É o que vai garantir um melhor direcionamento aos profissionais de saúde. Antes de iniciar o tratamento, é fundamental realizar o diagnóstico, pois isso evita que a doença se agrave e se intensifique. Diagnosticar rapidamente é o primeiro passo para um tratamento mais eficaz”, explica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Apesar de observar evoluções na percepção social em relação à saúde mental, Cabral ressalta que o estigma ainda persiste: “Por vezes, percebemos melhorias, mas mesmo assim ele está presente. Portanto, é crucial continuar trabalhando para reduzir esse estigma, conscientizando a sociedade sobre a importância do cuidado mental e incentivando a busca por ajuda sem receio”. O médico enfatiza a necessidade de abordar as doenças mentais com a mesma seriedade que as físicas, promovendo um ambiente em que a busca por auxílio seja encorajada e compreendida: “O diagnóstico inicial rápido é o melhor caminho, pois impede que a doença se agrave, se intensifique. É muito importante garantir que esse diagnóstico seja feito da melhor maneira possível, proporcionando um suporte adequado aos pacientes desde o início do tratamento”. *Com informações do IgesDF
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Bombeiros militares contam com serviços de saúde mental
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) dispõe de serviços de saúde mental para a corporação ativa e inativa, bem como para os dependentes dos militares. A lista de atendimentos inclui programas de prevenção a doenças e de assistência em psicologia clínica, psicologia organizacional, serviço social e psiquiatria. Equipe de saúde mental do Centro de Assistência ao Bombeiro Militar é formada por psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais | Foto: Divulgação/CBMDF [Numeralha titulo_grande=”R$ 60 milhões ” texto=”Verba destinada pelo CBMDF aos programas de saúde da corporação” esquerda_direita_centro=”direita”] ?Para ter acesso, o militar interessado deve procurar o Centro de Assistência ao Bombeiro Militar (CEABM). A equipe conta com sete psiquiatras, nove psicólogos e três assistentes sociais. Há ainda a possibilidade de o paciente ser encaminhado a uma das 100 empresas credenciadas, que oferecem consultas de psicologia e psiquiatria para diagnóstico e tratamento, bem como internação. ?“É fundamental promover práticas de saúde e tratamento para os militares, para que possam trabalhar da forma adequada, e também para a família deles, porque um filho, esposa ou mãe adoecida é um bombeiro adoecido”, explica o coordenador de Administração e Contratos da Diretoria de Saúde do CBMDF, tenente-coronel Icaro Macedo. “Precisamos cuidar de quem cuida da sociedade.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] ?Em 2022, foram mais de 15 mil atendimentos – 8 mil internos e mais de 7,6 mil externos. Do total, cerca de 50% foram prestados a militares ativos. A corporação destina verba de R$ 60 milhões para a assistência de saúde, incluindo a promoção de saúde mental. ?Além disso, no ano passado, foram realizados sete programas de prevenção à doença. “Tivemos programas sobre tabagismo, planejamento familiar, questões relacionadas à ansiedade e de preparação para a aposentadoria”, enumera o tenente-coronel. Ainda para este ano, estão previstos programas de saúde financeira, intervenção ao estresse e atenção à dependência química. ?Serviço Centro de Assistência ao Bombeiro Militar (CEABM) ? Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 8h às 18h. ? Telefone: 3901-3630. ? Para saber mais, acesse a página de Saúde do CBMDF ou siga o perfil do Instagram: @?sasmo.cbmdf
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Tratar a saúde mental ajuda a prevenir suicídio
Cerca de 90% dos casos de suicídio poderiam ser evitados, segundo a Organização Mundial de Saúde. Isso porque a quase totalidade dessas situações está associada a transtornos psiquiátricos que podem ser tratados (98%). O mais importante é saber onde e como procurar ajuda. Foto: Mariana Raphael/Secretaria de Saúde “Além de diminuir o acesso a meios de suicídio, temos outra frente importante de prevenção, que é tratar adequadamente as questões de saúde mental. A Atenção Primária também é responsável pelos problemas de saúde mental prevalentes, como depressão e ansiedade”, explica a psiquiatra Maria Helena de Oliveira, uma das responsáveis pelo treinamento de médicos da Atenção Primária na Secretaria de Saúde. Quando um familiar perceber alterações de comportamento ou a própria pessoa não se sentir bem, uma das portas de entrada para atendimento é a unidade básica de saúde, conhecida popularmente como posto de saúde. Após a consulta, o médico pode começar a tratar a questão ali mesmo ou encaminhar para os serviços de saúde mental, que englobam os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), ambulatórios e, em casos mais graves, para a rede de urgência e emergência. Cada serviço tem suas características específicas, de acordo com a necessidade do paciente. [Olho texto=”A integração da Atenção Primária com a secundária é importante para aumentar o acesso ao tratamento, dar resolutividade e, como consequência, ter impacto na diminuição dos casos de suicídio” assinatura=”Maria Helena, Responsável pelo treinamento de médicos da Atenção Primária na Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Diretrizes nacionais Em 2006, o Ministério da Saúde publicou as Diretrizes Nacionais de Prevenção ao Suicídio (Portaria nº 1.876/2006). No mesmo documento, recomendou que cada estado elaborasse suas estratégias nessa área. Em 2012, o Distrito Federal foi a primeira unidade da federação a lançar o Programa de Prevenção ao Suicídio. A meta é uma rede de serviços interligados do Sistema Único de Saúde (SUS) que identifique as pessoas em situação de vulnerabilidade, para prevenir esse tipo de morte. Em 2014, foi lançado o Plano Distrital de Prevenção do Suicídio, que está baseado em cinco eixos: avaliação e monitoramento; compromisso político; prevenção; tratamento e pós-venção; e capacitação e informação. Na rede de atenção, os Caps funcionam de porta aberta, ou seja, não é necessário encaminhamento para ser acolhido neste serviço. Atualmente, a Secretaria de Saúde conta com 18 deles, distribuídos por todas as Regiões de Saúde. Se uma pessoa apresentar sofrimento psíquico, pode procurar uma dessas unidades de acordo com o tipo de serviço oferecido. Segundo o Ministério da Saúde, a existência de um Caps reduz em até 14% o risco de suicídio na região em que ele está localizado. Confira aqui lista dos Caps?. Caso o paciente esteja em sofrimento psíquico grave e que o tratamento nos Caps ou ambulatórios não for suficiente, pode ser indicada uma internação em hospital de referência em saúde mental. No caso do DF, o São Vicente de Paulo e Hospital de Base. Essa internação deve ser humanizada, de curta duração e assistência permanente de equipe multidisciplinar. Treinamento A Secretaria de Saúde iniciou, em 2017, um treinamento com médicos da Atenção Primária para que problemas de saúde mental possam ser resolvidos ainda nas unidades básicas de saúde e haja menos encaminhamentos para a Atenção Secundária. Até agora, 80 médicos foram capacitados. “Ainda não temos dados objetivos do impacto disso no atendimento e resolutividade, mas os médicos já dizem que se sentem mais seguros neste atendimento e encaminham menos para a atenção secundária”, relata a psiquiatra Maria Helena. Atualmente, ela está justamente fazendo o levantamento dos dados dessa capacitação como trabalho de mestrado. A capacitação foi dividida em cinco módulos, com cada um deles acontecendo mensalmente: depressão, ansiedade, psicose, álcool e outras drogas e dificuldade de aprendizagem. Uma próxima turma deve ser iniciada em 18 de setembro, na Fiocruz. Causa de morte O suicídio é a segunda maior causa de mortes no mundo. O Brasil é o oitavo país com maior número absoluto de suicídios. Transtornos mentais estão presentes em 98% das pessoas que se suicidam, sendo a depressão o principal deles. Arte: Rafael Ottoni/Saúde-DF O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é lembrado em 10 de setembro. Durante o mês inteiro, várias instituições têm participado de ações em todo o Brasil, como parte da Campanha do Setembro Amarelo, uma iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e do Conselho Federal de Medicina (CFM). Até 1º de agosto deste ano, foram notificadas 78 mortes por suicídio no Distrito Federal, sendo 57 homens e 21 mulheres. A faixa etária de maior prevalência foi entre 20 e 29 anos de idade, com 20 óbitos, seguido de pessoas com idade entre 30 e 39 anos (14 mortes). * Com informações da Secretaria de Saúde/DF
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