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bebês prematuros

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Novembro Roxo: Bebês prematuros do HRC participam de ensaio fotográfico com as famílias

Este mês traz a campanha Novembro Roxo, que tem como foco os nascimentos prematuros. Diversas unidades da Secretaria de Saúde (SES-DF) iniciaram ações voltadas aos bebês prematuros internados e às suas famílias. No Hospital Regional de Ceilândia (HRC), a programação teve início com um ensaio fotográfico especial.   Feito por fotógrafos voluntários, ensaio teve como objetivo fortalecer o vínculo entre famílias, equipe e bebês prematuros | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Um ambiente decorado pela equipe do HRC recebeu bebês prematuros e suas famílias. Os corredores da unidade de internação neonatal foram especialmente decorados com fotos dos ensaios anteriores e de declarações de mães que já passaram pelo setor. Além disso, profissionais voluntários auxiliaram nos preparativos.  Vínculos fortalecidos [LEIA_TAMBEM]O objetivo dos ensaios é fortalecer o vínculo entre as famílias e os bebês internados, estreitar os laços com a equipe de saúde e descontrair as mães em um momento tão delicado. “É um momento em que mães e pais podem dar uma pausa no estresse gigante causado pela internação de seus bebês”, avaliou Yara Régia Silva, tutora do Método Canguru no hospital. “Eles podem se arrumar, encontrar com outros familiares e, assim, diminuir esse peso”. Entre as participantes, Bruna Chagas, 26 anos, viveu a experiência do ensaio junto ao pequeno Leonardo, internado devido à queda de saturação após o nascimento. “Achei uma iniciativa bonita”, disse. “Ver o nosso filho internado dá muito medo, principalmente porque não podemos ficar tão pertinho. Nesse sentido, a ação distrai a mente da ansiedade”. Os ensaios foram feitos por fotógrafos voluntários, parceiros desde 2018. Para o diretor do HRC, Fabricio Nunes Paz, a iniciativa representa acolhimento e união. “Somos a regional que mais recebe partos prematuros, então essas ações facilitam a integração das equipes com os bebês e sensibilizam sobre a importância do cuidado com eles”, reforçou. *Com informações da Secretaria de Saúde

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GDF inicia busca ativa para vacinar recém-nascidos contra doenças respiratórias

Governo do Distrito Federal · GDF INICIA BUSCA ATIVA PARA VACINAR RECÉM-NASCIDOS CONTRA DOENÇAS RESPIRATÓRIAS A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) iniciou busca ativa para vacinar crianças com o nirsevimabe, medicamento que protege recém-nascidos contra infecções respiratórias graves. O público-alvo do medicamento são recém-nascidos prematuros, entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024. O secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante, disse que a busca ativa será realizada pelos agentes comunitários de cada região, mas a população também deve procurar os postos e levar os bebês prematuros para receber o medicamento. “Fizemos um levantamento das crianças elegíveis e iniciamos a busca ativa dos pacientes para ampliar a aplicação e diminuir as internações. O objetivo é reduzir a gravidade desses pacientes”, explicou o secretário. Pacientes recém-nascidos internados na rede pública que atenderem ao critério de elegibilidade, receberão o nirsevimabe durante a internação hospitalar | Foto: Arquivo/Agência Saúde-DF O Distrito Federal é a primeira unidade da Federação a adquirir o medicamento que protege contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), principal responsável por casos de bronquiolite e pneumonia nos primeiros meses de vida. Desde abril, o nirsevimabe está sendo aplicado como medida preventiva para reduzir complicações e internações de infecções respiratórias em bebês – o que tem impacto direto na ocupação de leitos de UTI neonatal. [LEIA_TAMBEM] Pacientes recém-nascidos internados na rede pública que atenderem ao critério de elegibilidade, receberão o nirsevimabe durante a internação hospitalar, mediante prescrição médica padronizada. Já os bebês que não receberam o imunizante antes da alta hospitalar e estão dentro do público-alvo, deverão procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, portando a caderneta de vacinação da criança. Na UBS, será realizada a avaliação clínica e dos critérios de prescrição do imunizante. Os responsáveis legais deverão receber a receita médica padronizada e assinar o termo de consentimento. Em seguida, deverão procurar o local de aplicação de referência da sua residência portando prescrição médica padronizada; termo de consentimento devidamente assinado, caderneta de vacinação da criança ou relatório médico que comprove a indicação clínica para o imunizante. Nirsevimabe e palivizumabe O nirsevimabe é um anticorpo de ação prolongada, que oferece proteção imediata | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Aprovado pela Anvisa em outubro de 2023 e incorporado ao SUS em fevereiro deste ano, o nirsevimabe é um anticorpo de ação prolongada, que oferece proteção imediata, sem necessidade de ativação do sistema imunológico. O medicamento é especialmente eficaz para prematuros e crianças com menos de dois anos com comorbidades. O palivizumabe continua sendo utilizado para os grupos de risco nascidos com menos de 32 semanas, como crianças com cardiopatias congênitas e displasias pulmonares. O nirsevimabe vai ampliar a estratégia de proteção, de forma complementar e integrada ao protocolo vigente. Protocolo de aplicação Palivizumabe - Bebês prematuros com idade gestacional até 32 semanas Nirsevimabe - Bebês prematuros entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024     *Com informações da Secretaria de Saúde

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Novembro Roxo reforça: leite materno é fundamental para o desenvolvimento dos prematuros

A campanha Novembro Roxo conscientiza a população acerca dos desafios dos nascimentos prematuros em todo o mundo, tendo em vista que no dia 17 é comemorado o Dia Mundial da Prematuridade. A data tem a finalidade de alertar sobre o crescente número de partos prematuros, como preveni-los e informar a respeito das consequências do nascimento antecipado tanto para o bebê, família, sociedade e também para a equipe de saúde. Essencial para o desenvolvimento da criança, o leite materno é um aliado importantíssimo para a vida dos recém-nascidos, principalmente os prematuros | Fotos: Davidyson Damasceno/Arquivo IgesDF O roxo simboliza sensibilidade e individualidade, características que são muito peculiares aos bebês prematuros. Além disso, a cor também significa transmutação e mudança. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerado bebê prematuro aquele que nasce antes das 37 semanas de gestação. Subdivide-se a classificação em prematuros extremos, os que vieram ao mundo antes das 28 semanas e correm mais risco de vida. “Cada gota consumida faz a diferença na vida deste bebezinho prematuro. Por isso, todos os dias passamos visitando e conversando com as mães, perguntando como elas estão, se elas têm conseguido tirar o leite” Maria Helena Santos Faria, chefe do serviço de Banco de Leite Humano do HRSM Referência no atendimento a gestantes de alto risco da região de saúde sul e entorno sul do Distrito Federal, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) acaba realizando um número elevado de partos prematuros devido à complexidade do serviço. Atualmente, o HRSM possui 20 leitos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), 15 leitos na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin) e mais 51 leitos na maternidade, sendo dez deles destinados às gestantes de alto risco, além de contar com um Banco de Leite Humano (BLH) e com uma equipe multidisciplinar para prestar toda a assistência a este bebê prematuro e sua família desde seu nascimento. Essencial para o desenvolvimento da criança, o leite materno é um aliado importantíssimo para a vida dos recém-nascidos, principalmente os prematuros, tendo em vista que em alguns casos, eles ainda não podem ter contato com a mãe para mamar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerado bebê prematuro aquele que nasce antes das 37 semanas de gestação “Cada gota consumida faz a diferença na vida deste bebezinho prematuro. Por isso, todos os dias passamos visitando e conversando com as mães, perguntando como elas estão, se elas têm conseguido tirar o leite. Nesse processo, bem informal, é possível identificar aquelas mães que apresentam dificuldade e prestamos um auxílio”, afirma a chefe do serviço de Banco de Leite Humano do HRSM, Maria Helena Santos Faria. Segundo ela, as doações são essenciais, pois a prioridade são os bebês prematuros. “Temos uma média de 600 bebês receptores de leite humano por mês, sendo diariamente cerca de 35 bebês alimentados com nossos estoques”, explica. Em outubro, o BLH do HRSM conseguiu coletar um total de 206,19 litros de leite, ficando atrás do mês de setembro, quando foram arrecadados 214,28 litros. As doações são sempre necessárias. Importância do Banco de Leite Humano Thayse Sampaio diz que o apoio da equipe do Banco de Leite foi fundamental para o sucesso da amamentação do filho Heitor, que nasceu prematuro Thayse Sampaio, de 34 anos, é mãe do pequeno Heitor, de 2 aninhos. Seu filho nasceu no HRSM, prematuro, de 33 semanas, pesando apenas 1,314 kg e medindo 38 cm. “Mesmo nascendo bem pequeno e com baixo peso, ele não precisou ir para a Utin, foi direto para a Ucin ganhar peso. Lá ficamos por 32 dias. Heitor tinha dificuldade de ganhar peso. Eu tinha bastante leite, mas ele não conseguia mamar por muito tempo. Então, a equipe me ensinou a fazer a ordenha. Recebemos alta, mas precisávamos continuar indo ao Banco de Leite uma vez por semana para acompanhar a evolução. Ele saiu do hospital com 1.826 kg. Acompanhamos até ele fazer 2 meses. Depois, ele recebeu alta do Banco de Leite e já não fazíamos mais a translactação, ele mamava já no peito em livre demanda e mama até hoje”, relata. Segundo Thayse, o apoio da equipe do Banco de Leite foi fundamental para o sucesso da amamentação, pois ela não sabia muito acerca do assunto e desde o primeiro dia foi acompanhada e assistida da melhor forma, as orientações foram muito importantes no processo. “Doei leite quando estava internada e também em casa, o pessoal do Corpo de Bombeiros ia uma vez por semana buscar. O leite materno é muito importante no sentido de alimentar, na recuperação, mas também para criar o vínculo entre mãe e filho”, conclui. Toda mãe que amamenta seu filho é uma potencial doadora e pode ajudar centenas de bebês. Quem tiver interesse, basta procurar o Banco de Leite Humano do HRSM ou se preferir, se inscrever pelo site Amamenta Brasília, ou fazer o cadastro no telefone 160 – opção 4. *Com informações do IgesDF  

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Saúde alerta para importância da vacinação de bebês prematuros

No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, o equivalente a 931 por dia. Mais de 12% dos nascimentos no país ocorrem antes da gestação completar 37 semanas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria. Diante dessas condições, esses bebês podem apresentar problemas de imunidade e risco de doenças infecciosas, alerta a chefe do Núcleo da Rede de Frio da Secretaria de Saúde (SES), Tereza Luiza Pereira.  Kesia Horovits com o filho Israel, que nasceu prematuro e tomou a BCG ainda no hospital: “Fiquei muito cuidadosa com as datas corretas, até porque ele tem a saúde mais frágil” | Foto: Acervo pessoal “A BCG reduz o risco de tuberculose, chegando a 80%” Tereza Luiza Pereira, chefe do Núcleo da Rede de Frio da SES “Os calendários de vacinação buscam combater esses problemas”, afirma a médica. “Setenta por cento dos casos de rotavírus relacionados à hospitalização dessas crianças são evitados com a vacinação. A vacina sempre é um contínuo em termos de acompanhamento médico dessas crianças.” Além do rotavírus, que pode causar diarreia aguda, as infecções por hepatite e por tuberculose também são passíveis de prevenção. “A BCG reduz o risco de tuberculose, chegando a 80%”, explica Tereza. “Quando se aplica a BCG nessas crianças, então a proteção é longa. O nosso recém-nascido prematuro merece toda a atenção e acompanhamento, para ter o melhor desenvolvimento”. Kesia Horovits, moradora de Taguatinga Norte, teve o filho Israel antes do tempo. Nascido com 36 semanas, o bebê prematuro tomou a vacina BCG ainda no hospital. “Agora que ele está maiorzinho, nós o levamos à UBS 2 na Praça do Bicalho e fomos super bem-atendidos”, conta a mãe. “Fiquei muito cuidadosa com as datas corretas, até porque ele tem a saúde mais frágil. É um gesto de amor manter as crianças protegidas”. Salas de vacina A chefe da Rede de Frio da SES esclarece que a passagem de anticorpos da mãe para o bebê ocorre mais no final da gestação. A transferência se dá a partir de 20 semanas e vai aumentando à medida que a gravidez evolui. Quando o bebê nasce prematuro,  ainda não recebeu a maioria dos anticorpos protetores que a mãe passa para o filho. Outro tipo de imunização específica para crianças nascidas com menos de 32 semanas é a vacina hexavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae tipo B, poliomielite e hepatite B. Esses imunizantes estão disponíveis nas salas de vacina que aplicam imunobiológicos especiais e no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), serviço destinado ao atendimento de pacientes com quadros clínicos específicos. Em funcionando desde dezembro do ano passado no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), o Crie disponibiliza a vacinação de bebês prematuros. Na rede de saúde, a imunização de prematuros também pode ser feita durante a internação e, depois da alta hospitalar, na unidade básica de saúde (UBS) de referência. Pesquise aqui qual é a mais próxima de sua residência. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF  

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Hospital Regional de Sobradinho promove banho de sol para mães e bebês internados

Após a dieta das 15h, as mães com bebês internados nas unidades de cuidados intermediários do Hospital Regional de Sobradinho (HRS) começam a se preparar. Cada uma carrega o seu bebê, coloca-o em posição canguru e sai em um passeio – o banho de sol. Promovido pela unidade de cuidado neonatal do hospital, a iniciativa promove benefícios físicos e mentais para mães e crianças. O banho de sol oferta o contato pele a pele entre os bebês e as mães, uma ação que auxilia o crescimento e desenvolvimento dos recém-nascidos | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF O banho de sol tem como objetivo ofertar o contato pele a pele entre os bebês e as mães, uma ação que auxilia o crescimento e desenvolvimento dos recém-nascidos, principalmente os prematuros. Após o breve passeio até o heliporto do hospital, as mães se dirigem para um espaço aberto e de sombra para uma roda de conversa. Neste momento, podem desabafar umas com as outras mães. E as ferramentas utilizadas para quebrar o gelo são diversas, como um gibi que conta a história de um bebê prematuro. O livreto também traz informações sobre a nova lei que ampara as mães de prematuro quanto à licença maternidade. Conforme ressalta a enfermeira da Unidade de Neonatologia que coordena as atividades, Margareth Knupp, a ação dá oportunidade às mães de saírem do ambiente fechado do hospital, que muitas vezes é estressante devido ao longo tempo de internação. “São momentos muito importantes para as mães, de descontração, de interação e de conversar com outras mulheres. Além disso, reforça o Método Canguru, uma iniciativa que ajuda no desenvolvimento e recuperação dos bebês”, explica. Layla Priscila Oliveira, 33 anos, está internada com o pequeno Kalel após uma gestação de alto risco. “O ambiente hospitalar não é fácil, e cada um sabe o que vivenciou” Layla Priscila Oliveira, 33 anos, é mãe do pequeno Kalel Oliveira e participante dos banhos de sol. Com gestação de alto risco, Kalel veio ao mundo com 29 semanas. “Tive o bebê no Hmib [Hospital Materno Infantil de Brasília] e a extração foi muito difícil. Ele sufocou e, no relatório médico, até está escrito que nasceu com morte aparente. Não ouvi choro, não ouvi nada”, relatou. Devido à pressão alta de Layla no pós-parto, a moradora do Riacho Fundo precisou tomar medicação intravenosa, enquanto o bebê estava entubado. Cinco dias depois, ambos precisaram ser transferidos ao Hospital Regional de Sobradinho, onde conheceu os banhos de sol. “O ambiente hospitalar não é fácil e cada um sabe o que vivenciou. Nunca tive essa mentalidade de um dia viver em uma UTI neonatal e ter um filho prematuro. Tudo é muito pesado de carregar e, aqui, podemos apoiar umas às outras”, declarou. A atividade é conduzida por profissionais da equipe multiprofissional, composta por enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais e técnicos em enfermagem. O público-alvo são mães com os bebês internados nas unidades neonatais. Além do breve passeio até o heliporto, as mães se reúnem em uma roda de bate-papo para desabafar e confortar umas às outras Pele a pele Um dos princípios do banho de sol é o contato pele a pele entre mães e bebês, uma ação preconizada pelo Método Canguru. O contato promove o ganho de peso, aumenta o vínculo entre bebê e mãe, além de melhorar a amamentação. O Método Canguru é dividido em três etapas. A primeira começa no pré-natal, com a identificação da gestação de risco e a internação hospitalar, com o bebê assistido na Unidade de Terapia Intensiva (Utin) ou na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (Ucinco). Em seguida, mãe e bebê são transferidos à Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (Ucinca), quando permanecem juntos 24 horas por dia, fortalecendo os laços familiares e promovendo segurança à mãe em relação aos cuidados. Por fim, a terceira etapa é iniciada após a alta, nas consultas em nível ambulatorial e com acompanhamento em parceria com a atenção básica até o bebê completar 40 semanas de idade gestacional ou 2.500 gramas. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES)

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Redinhas são utilizadas no HRSM como forma de estimulação de recém-nascidos

Trabalhar os estímulos que o recém-nascido recebe após o nascimento é de extrema importância para o desenvolvimento e a evolução, principalmente no caso dos bebês prematuros. Na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin) do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), essa é uma questão levada bastante a sério pela equipe multidisciplinar. A estimulação na redinha é indicada para todos os recém-nascidos sem acesso ou com oxigenoterapia, desde que feita sempre dentro da incubadora | Foto: Jurana Lopes/IgesDF Por causa disso, os bebês entre 1,5 kg e 2 kg recebem estimulação vestibular ( que permite ao bebê se orientar com relação à gravidade) com redinha de incubadora, através do balanço do recém-nascido com fins de exterogestação, ou seja, propiciar sensações parecidas com as sentidas dentro do útero da mãe. [Olho texto=”“A intervenção precoce é voltada para prematuros extremos e nascidos abaixo de 32 semanas. O objetivo é reduzir as possibilidades de atraso no desenvolvimento. Já as técnicas de exterogestação visam oferecer maior conforto para os bebês”” assinatura=”Assis Rodrigues, terapeuta ocupacional da Ucin” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O pequeno balanço da redinha proporciona ao recém-nascido uma série de benefícios, como sono mais profundo, maior conforto, além de favorecer o desenvolvimento, o crescimento e o ganho de peso”, explica o terapeuta ocupacional da Ucin, Assis Rodrigues. De acordo com ele, os bebês ficam na redinha por um período de duas horas. A estimulação na redinha é indicada para todos os recém-nascidos sem acesso ou com oxigenoterapia, desde que feita sempre dentro da incubadora. A redinha faz parte das estimulações da exterogestação. Além dela, há a prática do banho de ofurô ou ofuroterapia e o método canguru, todos praticados dentro da Ucin do HRSM. No caso de gêmeos, em que fica extremamente cansativo para a mãe ficar com os dois bebês balançando no colo, é feita pelo menos um dia na semana a técnica da redinha. Este é o caso de Naiara Oliveira, de 16 anos, mãe das gêmeas Elisa e Isabele, de um mês e meio. Elas nasceram de 31 semanas e ficaram internadas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) por duas semanas. “Acho bom quando colocam elas na redinha porque, assim, elas sentem como se ainda estivessem dentro da barriga e eu consigo descansar um pouco mais, pois estou internada com elas desde que elas nasceram”, relata. As gêmeas estavam na oxigenoterapia durante o período que ficaram na Utin, mas agora aguardam ganhar mais peso para receberem alta médica, pois estão saudáveis. Equipe multidisciplinar A Ucin do HRSM é composta por uma equipe multidisciplinar que possui terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, psicólogo, assistente social, farmacêuticos e nutricionistas, além da equipe médica e de enfermagem. A Terapia Ocupacional trabalha quatro frentes dentro da Ucin: exterogestação, estimulação neurossensorial motora ou intervenção precoce, promoção de autonomia para mães nos cuidados do bebê e os grupos de trabalho para redução do impacto da internação para as mães. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “A intervenção precoce é voltada para prematuros extremos e nascidos abaixo de 32 semanas. O objetivo é reduzir as possibilidades de atraso no desenvolvimento. Já as técnicas de exterogestação visam oferecer maior conforto para os bebês”, explica Assis Rodrigues. Maria Helena Nery também é terapeuta ocupacional da Ucin do HRSM e destaca que durante o banho de ofurô o bebê relaxa, alivia cólicas e desconfortos abdominais. “Tudo isso acontece porque lembra toda a parte intrauterina, eles lembram a sensação de dentro do útero, do líquido amniótico. Essa é uma das primeiras memórias do recém-nascido e acaba sendo resgatada durante o banho de ofurô. Não é um banho higiênico, é um banho de relaxamento, por isso não se usa sabonete. Traz bastantes benefícios porque acalma o recém-nascido”, ressalta Maria Helena. Além disso, as mães são ensinadas as maneiras corretas de dar banho, acalmar o bebê, trocar fralda, e recebem dicas de prevenção de outras doenças e orientações gerais pós-alta médica. Já os grupos trabalham e tentam ressignificar o momento de internação para as mães, tentando tirar um pouco o foco da preocupação e do estresse e ajudando-as a se fortalecerem durante o período que estão no hospital. *Com informações do IgesDF

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Método canguru, do cuidado da gestação de risco à alta hospitalar 

Medo e insegurança são sentimentos que acompanham quem precisa enfrentar um parto prematuro. É um momento desafiador e que, muitas vezes, representa uma batalha pela vida. Com o objetivo de minimizar os danos físicos e psicológicos causados pelo nascimento precoce, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) adota estratégias diferenciadas para um atendimento eficiente, como o método canguru – um plano de cuidado integral para fortalecer a saúde e o desenvolvimento dos bebês. Jécita Pereira com o filho, Davi, que nasceu prematuro e recebeu tratamento diferenciado: “Eu estava insegura, então me orientaram a trabalhar isso na minha mente e a dizer para mim mesma que era algo bom para ele” | Foto: Arquivo pessoal Os benefícios são vários, como favorecimento do vínculo entre mãe e filho, diminuição do tempo de separação e estímulo do aleitamento materno. “No Brasil, é uma política pública para os bebês considerados de risco, por exemplo, aqueles que passam pela unidade neonatal ou por cirurgia”, explica a fisioterapeuta Letícia Narciso, tutora do método canguru no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Com a meta de ampliar a técnica na rede pública local, a SES instituiu uma comissão inédita de promoção do método canguru para normatizar, monitorar e subsidiar as políticas e os programas de apoio a esse segmento. A iniciativa é pioneira em todo o país. Surpresa, batalha e superação Quando Jécita Pereira se preparava para mais uma visita de pré-natal às 25 semanas de gestação, não imaginava que seria a última consulta. Ela recebeu o diagnóstico de diabetes gestacional e começou a sentir os primeiros sinais de que algo sairia do planejado. Em menos de 24 horas, sentindo piora nos sintomas, decidiu ir para o Hospital Regional de Samambaia, onde chegou já com 9 centímetros de dilatação. Por conta da baixa idade gestacional, Jécita foi transferida para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Apesar de a mãe ser monitorada e tomar medicações para inibir o parto, Benjamim nasceu pesando apenas 750 gramas na tarde seguinte à internação. O pequeno foi imediatamente levado à Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) e iniciou uma jornada que a mãe guarda viva na memória: “Assim que ele nasceu, me mostraram. Ele era muito pequenininho.” Etapas do método canguru A internação do bebê na Utin, além do diagnóstico de gravidez de risco, corresponde à primeira etapa do método canguru. A partir desse momento, é incentivado o livre acesso dos pais ao prematuro e também orientada e estimulada a participação nos cuidados. “As mães participam ativamente no toque e no diálogo, além de realizarem a extração manual do leite a ser ofertado”, detalha a fonoaudióloga e tutora do método canguru no HRT, Caroline Ribeiro. [Olho texto=”Uma das primeiras fases do método consiste em manter o bebê prematuro em contato pele a pele com a mãe ou o pai, em posição vertical” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Tão logo se recuperou do parto, Jécita passou a visitar o filho a cada três horas. “Eu gostava de ir na hora de ele comer para que ele me associasse à alimentação”, conta. Benjamim se fortaleceu e os profissionais indicaram que era hora de mais um passo: aproximar mãe e filho por meio da posição canguru. Nessa etapa do método, o recém-nascido de baixo peso é mantido em contato pele a pele, na posição vertical, junto ao peito dos pais, com o auxílio de um tecido que é amarrado envolvendo o bebê e o genitor. “Eu estava insegura, então me orientaram a trabalhar isso na minha mente e a dizer para mim mesma que era algo bom para ele”, recorda a mãe. Durante uma semana, ela recebeu suporte e apoio da equipe da Utin do HRT, que possui tutores treinados para orientar e promover o método canguru. “Fiquei tensa, com medo de deixá-lo cair, mas queria ficar o máximo possível com ele” , relata. “A felicidade em tê-lo nos meus braços foi indescritível. Chorei muito.” Contato integral [Olho texto=”“O contato 24 horas fortalece os laços familiares, e a mãe adquire segurança em relação aos cuidados, o que permite a alta”” assinatura=”Caroline Ribeiro, fonoaudióloga e tutora do método canguru no Hospital Regional de Taguatinga” esquerda_direita_centro=”direita”] Depois de 57 dias, mãe e bebê foram liberados para a segunda etapa do método canguru, que corresponde aos cuidados na Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UcinCa). Nesse momento, os dois ficam juntos em tempo integral. Isso é possível porque essas unidades possuem infraestrutura para acolher mãe e filho no mesmo ambiente, 24 horas por dia, até a alta hospitalar. A essa altura, Jécita se sentia cada vez mais confiante e utilizava a posição canguru com ainda mais frequência. “[O contato 24 horas] fortalece os laços familiares, e a mãe adquire segurança em relação aos cuidados, o que permite a alta”, explica Caroline Ribeiro. Foram 84 dias de internação até o início da terceira e última etapa do método canguru e uma nova vida para a família. Nesta última fase, o bebê continua sendo acompanhado pela equipe do hospital e da unidade básica de saúde (UBS) de referência. O primeiro retorno ocorre após 48 horas da alta hospitalar, e as demais consultas são feitas, no mínimo, uma vez por semana. O acompanhamento ambulatorial compartilhado é assegurado até o bebê alcançar o peso de 2,5 kg e 40 semanas de idade gestacional corrigida, ou seja, a contagem é feita como se o nascimento tivesse ocorrido na época esperada. “Ao atingirem este marco, os bebês são encaminhados para os ambulatórios de seguimento ou de reabilitação e para o atendimento especializado, caso necessário”, detalha a fonoaudióloga do HRT. Hoje, Benjamim – que segue ganhando peso e tem quase dois quilos – passa por avaliação semanal na sua UBS de referência. Especialização As equipes das unidades de neonatologia dos hospitais do DF são formadas por médicos, enfermeiros, técnicos, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Parte desse grupo possui formação como tutor do método canguru. Atualmente, o DF conta com 48 tutores ativos. ?Os servidores fazem cursos e oficinas de sensibilização que consideram diversos aspectos durante o cuidado do recém-nascido. “Anualmente ofertamos vários cursos para formar os profissionais que trabalham nas unidades”, aponta a fisioterapeuta e tutora Letícia Narciso. “Trabalhamos em rede, com os tutores e hospitais se ajudando. Não trabalhamos sozinhos”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O trabalho conjunto garante um melhor desenvolvimento dos bebês. “Vários fatores contribuem para a recuperação do prematuro”, diz a coordenadora da Política de Aleitamento Materno no Distrito Federal, Mariane Borges. “ Estudos já mostram que o controle de ruídos e da luminosidade, por exemplo, interfere no desenvolvimento cerebral”. Jécita comemora os bons resultados do tratamento: “O carinho e o amor vão além do trabalho. Os profissionais sempre me instruíram e impulsionaram. Aprendi muito com eles, perdi o medo de pegar Benjamim no colo. É um trabalho incrível, intenso e doloroso ao mesmo tempo. Inúmeras foram as vezes que chorei ali [na UTI]. Sou extremamente grata pela vida e dedicação de cada um deles”. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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Ensaio fotográfico aproxima mães e bebês prematuros

Nove meses para se transformar no bebê que conhecerá o mundo pela primeira vez. Nem sempre esse é o tempo que dura uma gravidez. E quando a criança chega antes do esperado, o nascimento vem acompanhado de uma série de riscos. O número de semanas ideais não fazem mais parte do plano e os abraços contínuos entre mãe e filho precisam esperar. O objetivo do ensaio fotográfico na UTI Neonatal do Hospital Regional de Sobradinho é, principalmente, oferecer às mães um momento de proximidade durante o período de internação de seus bebês | Foto: Divulgação/Andreza Lopes É assim para mães e 23 bebês prematuros internados nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) e de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin) do Hospital Regional de Sobradinho (HRS). A apreensão diária, contudo, foi dissipada pelo tempo de um ensaio fotográfico, no qual a distância provocada pela internação deu lugar ao toque e ao amor. Na tarde da última terça-feira (7), as lentes da fotógrafa Andreza Lopes registrou o início das boas lembranças entre os bebês e suas famílias. Com a temática “Lutando Contra a Prematuridade”, o HRS dá continuidade às ações do Novembro Roxo, mês de eventos ligados à prematuridade. Mães e recém-nascidos ganharam, respectivamente, maquiagem e fantasias. Cada neném recebeu um kit com roupinhas e letras confeccionadas pela própria equipe do hospital. O objetivo da atividade é, principalmente, oferecer às mães um momento de proximidade e recordação. “Esse é um cuidado importante com as mulheres e seus bebês assistidos por nós. Toda a equipe da Utin e da Ucin do hospital se empenha para criar boas lembranças, mesmo que no período da internação”, diz a coordenadora de Enfermagem da Utin do HRS, Valquíria Vicente da Cunha Barbosa. Novembro é o mês internacional de conscientização sobre a prematuridade. O intuito é chamar a atenção para o aumento do número de partos prematuros, como evitá-los e informar sobre as consequências do nascimento antecipado tanto ao bebê, quanto à sua família e à sociedade. Tradição em fotos Os bebês da Unidade Neonatal (Uneo) do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) também foram modelos por um dia no final de outubro. O fundo do mar enfeitou os sorrisos clicados pelos fotógrafos Alessandra Moraes Oliveira Nardes, Marcos Bontempo dos Santos e Ricardo Khalil Lamia. Para reforçar o Novembro Roxo, diversas unidades da rede do DF planejam ações entre as famílias e os bebês prematuros, a fim de proporcionar momentos de leveza, descontração e suporte | Foto: Divulgação/Andreza Lopes Desde 2016, a Uneo HRC faz o ensaio e a exposição das fotos em alusão ao mês da prematuridade. “É um momento que enche de orgulho todos os envolvidos. Tem muito amor e emoção. As mães, a equipe e os fotógrafos voluntários se unem para celebrar os pequenos guerreiros, que lutam bravamente para sobreviver”, relata a supervisora de Enfermagem da Uneo HRC, Raíssa Alves de Sousa. Neste ano, o tema foi “Um Mergulho na Unidade Neonatal do HRC”. Segundo a supervisora, a ação é um convite para se aprofundar no universo da prematuridade, conhecer os desafios, as lutas, as incertezas diante da nova vida e as vitórias dessas famílias. Paloma Gonçalves é mãe do pequeno Isac de Jesus, um dos bebês da UTI Neo do HRC, e ficou emocionada durante as fotos com o filho. “Esses registros ficarão guardados para sempre. Toda vez que olharmos, vamos lembrar do que passamos e ver que deu tudo certo no final”, diz. “Aproveito para agradecer todo o cuidado da equipe do hospital com os bebezinhos prematuros e o carinho que eles têm, inclusive, com as famílias”, completa. Psicóloga da Uneo do HRC, Denise Percílio destaca a importância do acolhimento à “família prematura”, que nasce junto ao bebê. “Nós, da equipe, precisamos entender esse bebê e a sua família. Estar na neonatologia não é algo mecânico”. “Esses registros ficarão guardados para sempre”, diz emocionada Paloma Gonçalves, mãe do pequeno Isac de Jesus, um dos bebês da UTI Neonatal do Hospital Regional de Ceilândia | Foto: Divulgação/Alessandra Moraes Oliveira Nardes, Marcos Bontempo dos Santos e Ricardo Khalil Lamia Novembro Roxo Em 2023, a campanha global do Novembro Roxo traz o lema “Pequenas ações, grande impacto: contato pele a pele imediato para todos os bebês, em todos os lugares”. A cor roxa simboliza a sensibilidade e individualidade, que são características típicas dos bebês prematuros. Para celebrar o mês, diversas unidades da rede do DF planejam ações entre as famílias e os bebês. O foco será, entre outros, proporcionar momentos de leveza, descontração e suporte, principalmente às mães que “vivem” nos hospitais. Além dos ensaios fotográficos, terão atividades como bingo, artesanato, cinema, rodas de conversas e música. Segue abaixo a programação: ?Hospital Regional de Sobradinho (HRS) 08/11 – 16h – Importância do contato pele a pele (somente para os profissionais) 09/11 – 14h – Bingo com as mães 14/11 – 15h – Oficina de artesanato 17/11 – 15h – Sessão solene com a direção, servidores e mães 24/11 – 9h30 – Conversa de mãe para mãe? Hospital da Região Leste (HRL) 08/11 – Projeto Música nas Incubadoras 21/11 – 10h – Café da manhã com painel sobre o Novembro Roxo, o papel da equipe multidisciplinar e relatos de mães de prematuros? Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) 14/11 – 8h – Sessão de cinema, rodas de conversa e distribuição de kits na Ucin Canguru 16/11 – Ensaio fotográfico para mães e bebês prematuros Hospital Regional de Ceilândia (HRC) 17/11 – 8h – Café da manhã em homenagem às famílias de prematuros ?Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) 17/11: 8h30 – Abertura 9h – Parto prematuro, causas e como prevenir 9h40 – Intervalo 10h – Medidas neuroprotetoras, ambiência 10h40 – Manuseio Mínimo 11h20 – Medicamentos mais usados na prematuridade 12h a 13h30 – Almoço 13h40 – Aspectos do desenvolvimento motor e respiratório 14h20 – Pele a pele e a promoção do aleitamento materno 15h – Atuação fonoaudiológica em prematuros 15h40 – Cuidados paliativos neonatais 16h20 – Quando o bebe chega antes: aspectos psicológicos da prematuridade *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Novembro Roxo: ações orientam sobre cuidados com bebês prematuros

Hospitais da rede pública do Distrito Federal terão programação especial no Novembro Roxo, mês de conscientização e prevenção da prematuridade. Neste ano, a campanha global tem o tema Pequenas ações, grande impacto: contato pele a pele imediato para todos os bebês, em todos os lugares. Entre as atividades – tanto para pais quanto para profissionais –, haverá destaque para os benefícios dessa prática, além de ensaios fotográficos e palestras. O Dia Mundial da Prematuridade é celebrado em 17 de novembro. Nesta terça-feira (7), o Hospital Regional de Sobradinho (HRS) iniciará as ações, às 8h, com o Camarim, espaço dedicado às mães. Em seguida, às 13h, haverá o ensaio fotográfico Lute como um prematuro. Os bebês da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) e da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin) usarão fantasias de lutadores de boxe na cor roxa, remetendo à campanha. Ações para informar sobre a prematuridade de bebês serão realizadas na rede pública de saúde do DF | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde O Hospital de Sobradinho seguirá com programação especial durante todo o mês. Na quarta-feira (8) será ofertada, apenas para profissionais do HRS, palestra sobre a importância do contato pele a pele. A programação segue com um bingo para as mães de prematuros, na quinta-feira (9); uma oficina de artesanato, no dia 14, e uma sessão solene no Dia Mundial da Prematuridade (dia 17). Por fim, no dia 24, as mães poderão compartilhar as experiências frente à prematuridade em uma roda de conversa. Na quarta, o Hospital da Região Leste (HRL) levará musicoterapia aos recém-nascidos, com o projeto Música nas Incubadoras. Às 10h do dia 21, o local promoverá o painel Novembro Roxo, o papel da equipe multidisciplinar e relatos de mães de prematuros. O encontro, com café da manhã, será em frente à Ucin. O Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) oferecerá, no dia 14, a partir das 8h, sessão de cinema, conversa e distribuição de kits na Ucin Canguru. No dia 16, às 10h, a unidade terá um ensaio fotográfico para mães e bebês prematuros. No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, número que equivale a pelo menos 930 nascimentos por dia Já no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) o cronograma terá como foco o Dia Mundial da Prematuridade e será voltado às mães e recém-nascidos atendidos da Utin, na Ucin e na maternidade do local, além de profissionais da equipe multidisciplinar. Com abertura às 8h e encerramento às 17h do dia 17, a unidade prepara extensa programação, que terá palestras sobre parto prematuro, causas e prevenção; desenvolvimento motor e respiratório; promoção do aleitamento materno e aspectos psicológicos da prematuridade. Prematuridade [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O bebê é considerado prematuro quando nasce antes das 37 semanas de gestação. No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, número que equivale a pelo menos 930 nascimentos por dia, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O acompanhamento médico e algumas medidas tomadas durante a gestação podem evitar o nascimento antes do tempo previsto. Todas as gestantes devem iniciar o pré-natal, assim que descobrem a gravidez, na unidade básica de saúde (UBS) de referência. Para saber qual é a sua UBS, basta acessar o InfoSaúde e fazer a busca. Gestações de alto risco são encaminhadas para acompanhamento pré-natal no Hmib. Nas Utins e Ucins, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) tem equipes multidisciplinares composta por neonatologistas, pediatras, enfermeiros, técnicos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e fisioterapeutas. Cronogramas de ações do Novembro Roxo no DF Todas as gestantes devem iniciar o pré-natal assim que descobrem a gravidez, na unidade básica de saúde de referência Hospital Regional de Sobradinho (HRS) ? Dia 7 8h – Camarim para mães 13h – Ensaio fotográfico Lute como um prematuro ? Dia 8 16h – Importância do contato pele a pele (somente para os profissionais) ? Dia 9 14h – Bingo com as mães ? Dia 14 15h – Oficina de artesanato ? Dia 17 15h – Sessão solene com a direção, servidores e mães ? Dia 24 9h30 – Conversa de mãe para mãe? Hospital da Região Leste (HRL) ? Dia 8 Projeto Música nas Incubadoras ? Dia 21 10h – Café da manhã com o painel Novembro Roxo, o papel da equipe multidisciplinar e relatos de mães de prematuros? Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) ? Dia 14 8h – Sessão de cinema, bate-papo e distribuição de kits na Ucin Canguru ? Dia 16 Ensaio fotográfico para mães e bebês prematuros Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) ? Dia 17 9h – Parto prematuro, causas e como prevenir 10h – Medidas neuroprotetoras, ambiência 10h40 – Manuseio mínimo 11h20 – Medicamentos mais usados na prematuridade 13h40 – Aspectos do desenvolvimento motor e respiratório 14h20 – Pele a pele e a promoção do aleitamento materno 15h – Atuação fonoaudiológica em prematuros 15h40 – Cuidados paliativos neonatais 16h20 – Quando o bebê chega antes: aspectos psicológicos da prematuridade. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Equipamentos neonatais doados para laboratório de simulação realística

A Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) recebeu, na última semana, a doação de quatro equipamentos neonatais para começar a compor o laboratório de simulação realística da instituição. Berço aquecido, duas incubadoras (sendo uma de transporte) e aparelho de fototerapia foram doados pela ONG Prematuridade para simular um ambiente de UTI Neonatal e auxiliar docentes e preceptores na dinâmica das aulas práticas nos cursos de enfermagem e medicina. O espaço é o primeiro dessa natureza no âmbito da Fepecs e também será utilizado por residentes, estudantes de pós-graduação e de outros cursos de especialização voltados ao atendimento neonatal. O local tem o objetivo de simular circunstâncias da vida real em ambiente seguro e preparar profissionais que vão lidar, entre outros aspectos, com a principal causa da taxa de mortalidade infantil no país, que é o componente neonatal. A diretora executiva da fundação, Inocência Rocha Fernandes,  considera “de suma importância ver o nosso laboratório de simulação realística sair do papel e tomar corpo. Um laboratório que surgiu do desejo dos nossos servidores e da necessidade da Fepecs e suas escolas”. Laboratório de simulação realística da Fepecs será composto, a princípio, pelo berço aquecido, duas incubadoras e aparelho de fototerapia | Foto: Divulgação/Fepecs Além da doação, a ONG realiza parcerias em apoio às atividades de capacitação da assistência neonatal para que mais pessoas estejam habilitadas nesse tipo de acolhimento. Responsável por um projeto de lei que estende a licença maternidade a mães de crianças prematuras, a ONG é atuante na causa neonatal e nas ações que importam em diminuir os índices de prematuridade. Para a diretora da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), essa doação tem um gosto especial. Pediatra e acostumada com a rotina de UTI, Marta Rocha explica que “são feitos muitos esforços para melhorar a assistência neonatal e tentar diminuir os indicadores de mortalidade infantil”. Segundo a médica, “tentar reduzir a taxa de prematuridade com ações na obstetrícia e com adequado pré-natal” estão entre os elementos capazes de reduzir números tão negativos nessa área. Funcionamento do laboratório [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para que o laboratório cumpra sua função de simulação realística e comece a ser utilizado efetivamente ainda faltam outros equipamentos, já que não será apenas para simular episódios relacionados à neonatologia. No entanto, com os aparelhos que já estão montados no local, é possível fazer o treinamento de habilidades e atitudes para os estudantes. Ainda serão instaladas câmeras para gravação das aulas práticas e recebidos bonecos para preparação de situações de alta complexidade. No laboratório, os estudantes também vão ser instruídos sobre a comunicação de más notícias, o que implica em transmitir um diagnóstico ruim ou até mesmo o óbito de um familiar. A inauguração do espaço neonatal está prevista para novembro, por ser considerado o mês da prematuridade. Na ocasião, oficinas e palestras vão comemorar a data e conscientizar a comunidade acadêmica sobre a necessidade do cuidado neonatal integrado. *Com informações da Fepecs

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A primeira Páscoa dos bebês da UTI Neonatal do Hmib

Os 35 bebês da UTI Neonatal do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) se transformaram em coelhinhos para um ensaio fotográfico especial, neste domingo (9). Com o tema Minha primeira Páscoa, as fotos foram enviadas aos pais para recordação. “Nossa intenção é criar memórias felizes, já que é um momento tão delicado”, explica Danilla Queiroz, uma das enfermeiras que organizou a ação. A unidade cuida de recém-nascidos de alto risco, como casos cirúrgicos e prematuros extremos. Cada bebê recebeu uma roupinha, orelhinhas e uma cenourinha, exclusivas, para evitar contaminação. Ensaio fotográfico é lembrança para os pais | Fotos: Tony Winston/Agência Saúde-DF [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O ensaio envolveu toda a equipe, que se dividiu para providenciar o material. As roupinhas, por exemplo, foram feitas por Francisca Antônia, uma das técnicas de enfermagem, e pela mãe de outra servidora. “Acaba sendo um momento bom para a gente também, pois muda o clima do trabalho”, observa a enfermeira Ana Maria de Souza. O pequeno André Luiz, de apenas nove dias, nasceu com 32 semanas e está internado para maturar os pulmões e ganhar peso. A mãe, Vitória Caroline, conta que a rotina é difícil e que acaba não tirando muitas fotos do filho. “O ensaio foi uma surpresa e vai servir para lembrarmos dele pequenininho”, comemora. “Cada dia aqui é uma conquista. Registro toda a evolução dela e, momentos como este mostram o carinho e o cuidado que a equipe tem com os pacientes”, elogia emocionada Márcia Vieira, mãe da Rafaella, de um mês e meio. A bebê, que passou por cirurgia, também participou do ensaio de Carnaval, quando foi vestida de Mulher-Maravilha. “Guardei a fantasia, porque ela é uma guerreira mesmo”, comenta a mãe orgulhosa. Cada bebê recebeu uma roupinha, orelhinhas e uma cenourinha, exclusivas, para evitar contaminação A equipe realiza os ensaios fotográficos em praticamente todas as datas comemorativas. Para os próximos meses, estão previstos o do Dia das Mães, de Festa Junina e de Dia dos Pais. “É algo que esquenta o coração de todo mundo”, destaca Ludmylla Beleza, enfermeira da UTI Neonatal. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Neonatologia do HRC cuida de bebês prematuros e de suas famílias

Bebês prematuros, com cardiopatias, alguns pesando menos de um quilo, são os pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Para atender pacientes tão frágeis e muitas vezes graves, o HRC conta com uma equipe multidisciplinar composta por mais de 100 profissionais, entre médicos neonatologistas e pediatras, enfermeiros, técnicos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e fisioterapeutas. Todos juntos cuidam da saúde física e mental dos recém-nascidos e de seus familiares. A ocupação dos 25 leitos existentes no setor varia entre 90% e 95%. São 25 leitos existentes na UTI Neonatal do Hospital Regional de Ceilândia | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A Unidade de Neonatologia do HRC conta com três unidades para tratamento de crianças prematuras ou que nascem com algum problema de saúde. A primeira delas é uma UTI com dez vagas, destinada aos casos mais graves, para onde vão os recém-nascidos que necessitam de cuidados mais intensos. A segunda, Unidade de Cuidados Intermediários Convencionais, também com dez leitos, se destina a bebês já em fase de recuperação, que superaram o primeiro estágio. Por último, há a Unidade Canguru, com cinco leitos, que recebe bebês mais próximos de deixarem o hospital. Nesta fase, as crianças ficam unidas às mães por faixas, como cangurus. De acordo com a supervisora de Enfermagem do hospital, Raissa Sousa, durante todo o tempo em que os recém-nascidos permanecem na UTI, as mães são preparadas para cuidar das crianças quando estas deixarem o hospital. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O casal Mirian Vitória, 17 anos, e Gustavo Lopes, 32, estão na expectativa de a filha Maria Cecília deixar a UTI e ir para casa. A pequena Maria Cecília nasceu no dia 19 de dezembro, com 31 semanas de gestação e 1,5 kg. “Recebi alta, mas é difícil ir para casa sem ela, embora saiba que ela está em boas mãos”, diz a mãe. O pai também segue confiante em relação ao desenvolvimento da filha. “Minha primeira filha. Não esperava que fosse assim, mas vou esperar. Eles aqui nos ensinam como agir. Ela está melhorando a cada dia”, destaca Gustavo. Maria Cecília segue se fortalecendo. “O perfil da comunidade atendida por nossa unidade é de um público vulnerável, de mães menores de idade, de baixas renda e escolaridade, características que influenciam diretamente nos bebês e na chegada à nossa unidade. Temos desde bebês prematuros até de termo [nascem no tempo correto] com alguma má formação”, explica Raissa. Raissa ressalta que o papel do profissional de saúde que trabalha com a neonatologia é facilitar o desenvolvimento da criança que nasce prematura. “É muito importante a nossa atuação como profissional para reduzir os danos e as sequelas no desenvolvimento dessa criança”, frisa a enfermeira. “Também precisamos acolher as famílias para que elas se sintam seguras. É um processo difícil”, diz. Acolhimento Segundo a psicóloga da Unidade de Neonatologia do HRC, Denise Percílio, quando nasce um bebê prematuro, nasce uma família prematura. “Imaginam-se as melhores fantasias maternas e paternas durante a gestação de uma criança, com ela nascendo de termo, chorando ao nascer, mamando e, de repente, é uma gestação que se interrompe antes do esperado. Quando isso acontece, já há um conflito entre o bebê real e o imaginário. Nós, da equipe, precisamos entender esse bebê e sua família. Estar na neonatologia não é algo mecânico, é preciso ouvir muito mais do que falar”, destaca Denise. Denise conta que também é frequente o atendimento de mães usuárias de drogas e ou em situação de vulnerabilidade social. “Na nossa equipe, trabalhamos em consonância com a assistência social para entender as histórias das famílias”.

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Bebês prematuros recebem atenção oftalmológica específica no HRT

Anthony ainda nem completou dois meses de vida, mas já é conhecido por muitos profissionais do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Ele nasceu com 31 semanas e passou 45 dias internado. “É um guerreirinho”, resume a mãe, Maria Carolina Baraúna. Agora, o bebê passa por exames com especialistas para garantir que está tudo bem. O procedimento foi o mapeamento de retina, uma técnica para detectar a retinopatia da prematuridade. “É uma doença específica do prematuro”, explica o médico oftalmologista José Alberto de Aguiar Júnior. Com um oftalmoscópio, o servidor avalia a retina dos bebês em busca de sinais da doença. Praticamente a metade dos prematuros pode desenvolver o início do quadro, mas, na maioria dos casos, nem é preciso fazer tratamento. Mensalmente, o HRT realiza 60 mapeamentos de rotina em bebês, tanto nascidos na sua própria maternidade quanto encaminhados por outras unidades. O Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) também fazem o exame nos bebês prematuros. Em caso de agravamento, as três unidades oferecem o tratamento. “Se você faz o tratamento no tempo certo, a criança não terá problema na visão. O segredo é a prevenção”, acrescenta o oftalmologista. O HRT realiza, mensalmente, 60 mapeamentos de rotina em bebês nascidos tanto na própria maternidade ou encaminhados por outras unidades | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde Cuidado Os pais da pequena Júlia Vitória, que nasceu com 30 semanas e também fez o mapeamento de retina no HRT O Novembro Roxo, campanha destinada à conscientização sobre as causas e consequências do parto prematuro, com menos de 37 semanas de gestação, também destaca os cuidados necessários com bebês, mesmo após a alta hospitalar. “Para mim, tudo é muito novo. Os cuidados são maiores com um prematuro”, conta Joelma Silva, mãe de Júlia Vitória, que nasceu com 30 semanas e também fez o mapeamento de retina no HRT. O pai da menina, João Batista de Souza, destaca o atendimento dado no hospital desde o dia do nascimento: “A medicina avançou muito e esses exames ajudam a detectar qualquer coisa”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Teste do olhinho A Secretaria de Saúde alerta que é importante não confundir o exame de detecção da retinopatia da prematuridade com o reste do reflexo vermelho, popularmente chamado de teste do olhinho. Como o nome sugere, o primeiro procedimento é indicado apenas para as crianças que nasceram com menos de 37 semanas. Já o teste do olhinho é feito em todas as crianças, logo após o parto. Desde 2008, a Lei Distrital 4.189 garante a realização do teste do olhinho para todas as crianças nascidas no Distrito Federal. O exame ajuda a identificar o risco de desenvolvimento de doenças como catarata congênita, além de hemorragias e o tumor retinoblastoma. Em todos esses casos, a rede pública do Distrito Federal também oferece o tratamento. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Novembro Roxo conscientiza sobre cuidados e prevenção da prematuridade

No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, número que equivale a pelo menos 930 nascimentos por dia, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Para conscientizar a população sobre os cuidados e a prevenção da prematuridade, o tema da campanha Novembro Roxo deste ano é: Garanta o contato pele a pele com os pais desde o momento do nascimento. “A prematuridade é uma questão de saúde pública e pode oferecer alguns riscos à saúde do recém-nascido. Por isso, exige uma série de cuidados multidisciplinares”, explica Priscila Naves Domingues, referência técnica distrital (RTD) colaboradora de neonatologia. A RTD enfatiza que somente o acompanhamento pré-natal pode prevenir, diagnosticar e tratar precocemente doenças, a fim de manter a integridade das condições de saúde da mãe e do bebê, além de planejar o nascimento e os cuidados que o bebê poderá necessitar ao nascer. De janeiro a outubro deste ano, ocorreram 4.971 partos de prematuros em todo o Distrito Federal | Fotos: Tony Winston/Agência Saúde “É importante dizer que a sobrevida dos prematuros depende das condições de pré-natal e nascimento, e das complicações que eles podem apresentar após o nascimento. O parto prematuro pode acontecer devido a diversas causas, as mais comuns estão relacionadas com a saúde da gestante, como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e infecções maternas”, informa Priscila. [Olho texto=”“A prematuridade é uma questão de saúde pública e pode oferecer alguns riscos à saúde do recém-nascido. Por isso, exige uma série de cuidados multidisciplinares”” assinatura=”Priscila Naves Domingues, referência técnica distrital (RTD) colaboradora de neonatologia” esquerda_direita_centro=”direita”] O bebê é considerado prematuro quando nasce antes das 37 semanas de gestação. De acordo com a médica, os cuidados aos prematuros devem ocorrer não só durante o período neonatal, quando normalmente o bebês precisam ficar internados para que possam receber o suporte necessário, mas também ao longo de toda a infância, uma vez que apresentam particularidades sobre o crescimento, desenvolvimento e possíveis comorbidades relacionadas à prematuridade. A campanha Novembro Roxo tem 17 de novembro como o Dia Mundial da Prematuridade. Segundo dados da Gerência de Informação e Análise de Situação de Saúde, vinculada à Diretoria de Vigilância Epidemiológica, de janeiro a outubro deste ano, ocorreram 4.971 partos de prematuros em todo o Distrito Federal. Em 2021, ao longo de todo o ano, foram 6.330 partos prematuros. E em 2020, um total de 6.469. Campanha O tema da campanha Novembro Roxo deste ano é ‘Garanta o contato pele a pele com os pais desde o momento do nascimento’ A pediatra e coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF, Miriam Santos, destaca que este mês é dedicado para focar nas ações de prevenção, discutir melhorias do pré-natal e do parto a fim de diminuir a prematuridade. Entretanto, quando a prematuridade ocorre, a criança e a família precisam ser acolhidas nas suas necessidades. “Este ano, o foco da campanha Novembro Roxo é o contato pele a pele, um recurso de baixo custo, mas com grande efetividade na recuperação do bebê prematuro. E o melhor alimento para este bebê é o leite materno”, lembra. Entretanto, às vezes, algumas mães precisam de ajuda para alimentar seus filhos. Por isso, a pediatra faz um apelo: “Se você está amamentando, seja uma doadora e ajude uma mãe de prematuro. Dê a ela a oportunidade de ir para casa com seu bebê nos braços, salve vidas”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para se tornar doadora de leite humano, basta ligar para o telefone 160, opção 4, ou acessar o site Amamenta Brasília e se inscrever. Depois disso, as equipes do Banco de Leite Humano entrarão em contato para agendar a visita do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). Atendimento Todas as gestantes devem iniciar o pré-natal assim que descobrem a gravidez, na unidade básica de saúde de referência. Para saber qual é a sua UBS, basta clicar aqui. Gestações de alto risco são encaminhadas para acompanhamento pré-natal no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). *Com informações da Secretaria de Saúde

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Bancos de leite materno recebem doações para recompor estoques

Os bebês prematuros internados no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) precisam de doações de leite materno. O Banco de Leite Humano da unidade, que fornece o alimento fundamental para a sobrevivência deles, está com o estoque no limite, assim como os outros 13 bancos de leite localizados em outros hospitais da rede de saúde do DF. Em maio de 2022, 63 recém-nascidos internados em quatro unidades do HRSM foram alimentados com leite doado | Fotos: Davidyson Damasceno/Ascom Iges-DF A chefe do Banco de Leite do HRSM, Maria Helena Santos, destaca que “a doação de leite é um ato de amor e pode ser feita de maneira simples. Basta fazer o cadastro e uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar visita a residência para deixar o kit de doação (frascos, máscara e touca). Depois, a equipe retorna semanalmente para recolher a doação, ou seja, a mãe não precisa sair de casa para contribuir.” No HRSM, que é administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), receberam o alimento, em maio de 2022, 63 recém-nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), Unidade de Cuidados Intermediários (Ucin), Centro Obstétrico (CO) e Maternidade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Essa unidade é referência em gestação de alto risco, por isso, há muitos prematuros com baixo peso e o leite humano é fundamental para garantir a nutrição adequada para bebês nessa condição”, explica Maria Helena Santos. Para o leite doado ser servido aos bebês, o alimento passa por diversas etapas que iniciam pela coleta do leite, armazenagem, testes de cheiro e de visão para observação do aspecto do leite, pasteurização, testes biológicos para detecção de micro-organismos, fracionamento e distribuição. Como doar Para contribuir com essa doação que salva vidas, as mães saudáveis podem se cadastrar pelo site Amamenta Brasília ou ligando no telefone 160 – opção 4. Mães que residem próximo ao HRSM também podem ligar para o telefone do Banco de Leite de Santa Maria: 4042-7770 ramal 5529/5530 ou WhatsApp 61 9930 73343. As demais, que moram em outras regiões, podem entrar em contato com o banco de leite mais próximo. Confira a lista de bancos de leite em todo o DF: *Com informações do Iges-DF

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Bebês prematuros participam de ensaio fotográfico no HRC

A campanha Novembro Roxo continua com diversas atividades na rede pública de saúde do Distrito Federal. Uma delas ocorreu na tarde desta quarta-feira (3) na Unidade de Cuidados Intermediários (Ucin) do Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Os bebês prematuros internados no local participaram de um ensaio fotográfico – evento que já é uma tradição na unidade e ocorre há cinco anos. O trabalho é realizado pela equipe multidisciplinar de neonatologia da unidade | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde O objetivo do projeto é levar um pouco mais de conforto para as famílias que acompanham o tratamento ou o desenvolvimento do bebê prematuro na UCI. “Nosso objetivo é trazer um pouco de cor para a vida dessas mamães que passam por momentos de tanta incerteza e medo. A fotografia vem trazer cor e alegria para acalentar o coração dessas famílias”, ressalta Ricardo Kalil, médico neonatologista da unidade neonatal do HRC. [Olho texto=”“Comemoramos cada vitória de cada prematuro que sobreviveu a essa guerra. A nossa função é salvar vidas e trazer um pouco de acalento para os corações das famílias que estão com seus bebês lutando pela vida na nossa unidade”” assinatura=”Patrícia Carrilho, médica neonatologista” esquerda_direita_centro=”direita”] O trabalho é realizado pela equipe multidisciplinar de neonatologia da unidade. São muitos profissionais engajados nos cuidados e preparativos para a sessão de fotos. O médico Ricardo Khalil fotografou os bebês, com o apoio da médica neonatologista Patrícia Carrilho, que posicionou as crianças. “Comemoramos cada vitória de cada prematuro que sobreviveu a essa guerra. A nossa função é salvar vidas e trazer um pouco de acalento para os corações das famílias que estão com seus bebês lutando pela vida na nossa unidade”, ressalta Patrícia. As fotos do ensaio serão enviadas às famílias. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Campanha alerta para os índices do parto prematuro

Novembro é considerado o mês internacional de sensibilização para a prematuridade. O objetivo é alertar sobre o crescente número de partos prematuros e como preveni-los, além de informar a respeito das consequências do nascimento antecipado para o bebe?, para a família e para a sociedade. [Olho texto=”“A cor foi escolhida por simbolizar a sensibilidade e a individualidade, características muito peculiares aos bebês prematuros”” assinatura=”Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do Distrito Federal” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A campanha do Novembro Roxo acontece durante todo o mês, mas concentra suas ações, principalmente, no dia 17, Dia Mundial da Prematuridade. O roxo é a cor símbolo da causa da prematuridade. “A cor foi escolhida por simbolizar a sensibilidade e a individualidade, características muito peculiares aos bebês prematuros”, explica Miriam Santos, pediatra e coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF. Além disso, ela acrescenta, “o roxo também significa transmutação e mudança, ou seja, a arte de transformar algo em outra forma ou substância, assim como no desenvolvimento de um bebê prematuro”. Neste ano, o foco da campanha é a separação zero entre mãe e bebê prematuro, ou seja, permitir que a mãe tenha condições de ficar internada para acompanhar o filho prematuro o tempo todo e que o pai também tenha livre acesso. De acordo com Miriam, os bebês prematuros são os principais receptores dos bancos de leite humano do DF, pois muitas vezes a mãe teve um problema de saúde que levou à prematuridade | Foto: Bruno Esaki/Agência Saúde-DF Segundo Miriam, com a pandemia, foi perdido esse livre acesso do pai. “A mãe fica internada em quase todos os hospitais da rede pública de saúde. No entanto, ainda faltam vagas para mãe nutriz. Hoje, estamos estudando como resolver isso”, informa. Neste mês estão previstas diversas ações do Novembro Roxo nos hospitais que atendem prematuros. Além disso, está previsto para o fim do mês o primeiro seminário da prematuridade do DF. A programação será divulgada em breve. [Olho texto=”Enquanto o Brasil está com a média de prematuridade de 11,1%, no DF a média é de 12%” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Dados no Distrito Federal A médica alerta para os números de prematuridade no Distrito Federal. De acordo com Miriam, enquanto o Brasil está com a média de prematuridade de 11,1%, no DF a média é de 12%. “A região de saúde que mais chama a atenção para este número é a Norte, com 14,1 %. Um pré-natal de qualidade é importante para a redução da prematuridade. Entretanto, penso que vai além disto, precisamos ampliar também o planejamento reprodutivo”, afirma Miriam. Na avaliação dela, o aumento da cobertura da Atenção Primária à Saúde nas regiões vulneráveis tem por objetivo aumentar o acesso, qualificar o planejamento reprodutivo e o pré-natal, o que terá efeito direto nos índices de prematuridade. [Olho texto=”“O leite humano é o melhor alimento para qualquer criança e fundamental para os bebês que estão doentes, internados nas UTIs neonatais, precisando do alimento”” assinatura=”Miriam Santos, pediatra” esquerda_direita_centro=”direita”] Prematuridade e bancos de leite De acordo com Miriam, os bebês prematuros são os principais receptores dos bancos de leite humano do DF, pois muitas vezes a mãe teve um problema de saúde que levou à prematuridade e, inicialmente, não consegue alimentar o filho. Outro ponto bastante considerável é o fato de que a vida de mãe de UTI não é fácil. “Às vezes, ela pode não conseguir produzir o volume necessário de leite para seu bebê quando ele aumenta a dieta. É importante lembrar que, no DF, oferecemos leite humano pasteurizado para todos os bebês internados nas unidades neonatais e, por isso, a nossa demanda é tão grande”, conclui. Doação de leite humano A doação é um gesto solidário e ajuda a salvar vidas diariamente. “O leite humano é o melhor alimento para qualquer criança e fundamental para os bebês que estão doentes, internados nas UTIs neonatais, precisando do alimento. Ele traz nutrientes para o crescimento e desenvolvimento, além de auxiliar no processo de defesa imunológica das crianças”, ressalta a médica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Toda mulher que está amamentando pode ser voluntária e ajudar a salvar a vida de vários recém-nascidos. Para se tornar doadora, basta ligar para o telefone 160, opção 4, ou acessar o site Amamenta Brasília e se inscrever. Depois disso, as equipes do Banco de Leite Humano entrarão em contato para agendar a visita do Corpo de Bombeiros. Atividades Haverá atividades em várias unidades da rede pública de saúde, tendo como tema a campanha Novembro Roxo. Como ocorreu em 2020, haverá ensaios fotográficos em algumas UTIs e UCIs da rede, bem como palestras e ações. A programação será divulgada no site da Secretaria de Saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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Novo serviço para recuperação de bebês prematuros

[Olho texto=”“Com o atendimento estendido, esses bebês passam a ter atenção especial, recebendo cuidados que ajudam no desenvolvimento e a reduzir riscos clínicos e problemas futuros”” assinatura=”Igor Rafael Soares Cavalcante, chefe da Ucin” esquerda_direita_centro=”direita”] Mães de bebês nascidos no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) estão aprovando um novo serviço prestado pelo Ambulatório de Fisioterapia daquele centro hospitalar: o atendimento especial estendido para prematuros, batizado de Follow-Up, criado para prevenir problemas e ajudar no desenvolvimento motor e mental das crianças até elas completarem dois anos de idade. Em funcionamento desde julho deste ano, o serviço vem atendendo 123 bebês que tiveram alta da Unidade de Cuidados Intermediários (Ucin) do Hospital de Santa Maria, segundo informou nesta segunda-feira (27) Igor Rafael Soares Cavalcante, chefe do ambulatório. O serviço Follow-Up (“acompanhamento” em português) presta assistência a bebês prematuros ou que apresentam sequelas gestacionais neuropsicomotoras, como baixo peso ao nascer ou má formação. “Com o atendimento estendido, esses bebês passam a ter atenção especial, recebendo cuidados que ajudam no desenvolvimento e a reduzir riscos clínicos e problemas futuros”, explica Cavalcante. Maria Eduarda nasceu prematura e com anemia; ficou 29 dias internada no hospital e atualmente faz fisioterapia para evitar problemas no desenvolvimento dos movimentos | Foto: Acervo pessoal O atendimento é feito todas as quintas-feiras, das 8h às 18h, e, conforme o caso, tem duração de pelo menos 30 minutos. O serviço é prestado de forma coletiva por uma equipe especializada, composta por profissionais de quatro especialidades: pediatria, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. “A consulta coletiva garante um tratamento completo para os bebês”, ressalta a fisioterapeuta Ana Regina Menezes. [Numeralha titulo_grande=”123″ texto=”bebês que tiveram alta da Ucin são atendidos atualmente no serviço” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O trabalho envolve técnicas fisioterápicas, cuidados especiais, brincadeiras e muito carinho. “A gente incentiva os bebês a rolar e a engatinhar, além de utilizar instrumentos terapêuticos que ajudam na sustentação do corpo e na postura correta das crianças”, detalha a fisioterapeuta. Nessas atividades, a equipe usa brinquedos sonoros, luminosos e bastante coloridos para estimular a criança a tocar os objetos. Isso ajuda a desenvolver ainda mais os sentidos como visão, audição e tato, segundo Ana Regina. “Também orientamos os pais e mães a praticarem essas atividades em casa para dar continuidade ao tratamento ao bebê”, acrescenta Débora Carcute, terapeuta ocupacional que trabalha no desenvolvimento motor dos bebês. Thaciane Alves (E), mãe da bebê Maria Eduarda, vê progresso no tratamento da filha: “A cada sessão ela evolui um pouco mais” O caso da pequena Eduarda Entre os 123 bebês assistidos está Maria Eduarda Cardoso de Arruda. Ela nasceu em 16 de julho no HRSM, com 31 semanas de gestação, quando o normal seria 41. Além de prematura, ela tinha anemia. Para se recuperar, Eduarda ficou 29 dias internada no hospital, sendo 23 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e mais seis na Ucin. A bebê recebeu alta no dia 14 de agosto, quando também começou a fazer fisioterapia para evitar problemas no desenvolvimento dos movimentos. Thaciane Alves, 31 anos, mãe da bebê, vê progresso no tratamento da filha. “A cada sessão ela evolui um pouco mais, melhorando os sentidos e os movimentos”, conta, revelando que desde o nascimento a bebê já engordou 2 kg, pesando atualmente 3,6 kg. Satisfeita com o atendimento recebido no HRSM, a mãe de primeira viagem conta que, se não fosse a rapidez da equipe médica no dia do parto, a possibilidade era de que nem ela nem a filha sobrevivessem. “Cheguei com muita dor nas costas e os médicos descobriram rapidamente que minha pressão estava alta, realizando um parto de emergência”, conta. “Só tenho a agradecer por ter sido tão bem atendida no hospital”. *Com informações do Iges-DF

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Ambulatórios da rede pública ajudam prematuros a ter melhor desenvolvimento

Os pais são protagonistas de trabalho de estimulação dos bebês. Para isso, contam com a ajuda de profissionais. Foto: Mariana Raphael/Secretaria de Saúde Muito pequenos, de baixo peso e frágeis. Assim são os bebês prematuros. Por terem passado menos  tempo na barriga da mãe,  exigem cuidados que vão além daqueles recebidos logo após o nascimento. Por isso, alguns hospitais da rede pública de saúde do Distrito Federal implantaram um ambulatório destinado a estimular o desenvolvimento dessas crianças, ao longo do primeiro ano de vida e, ainda, identificar aqueles que precisam de um acompanhamento mais especializado.  “As atividades desenvolvidas estão voltadas para promover o desenvolvimento neuropsicomotor típico dos bebês com histórico de internação em unidade neonatal ou com algum fator de risco para provocar atrasos na aquisição das etapas do desenvolvimento global: motor, cognitivo comportamental e sensorial”, explica a terapeuta ocupacional Mchilanny Bussinguer de Menezes. Ela é uma das profissionais que atua no ambulatório do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e que ajudou a implantar o serviço no Hospital Regional de Ceilândia. Além dessas duas unidades, ainda contam com esse atendimento os hospitais regionais de Sobradinho, da Região Leste e Materno Infantil de Brasília. Em Ceilândia, o serviço recebe 32 novos recém-nascidos para avaliação, todos do HRC e de Brazlândia. Os primeiros atendimentos são  mensais e, dependendo da necessidade, podem ser quinzenais. Vinícius Eduardo, de nove meses, é acompanhado desde que nasceu. Segundo a terapeuta do HRC que o acompanha,  Hellen Delchova,  o estímulo que ele tem recebido e os direcionamentos dados à mãe têm feito o pequeno se desenvolver bem. “Ele nasceu de 35 semanas e não recebia os estímulos  adequados. Ensinamos à mãe  que, mesmo com ele reclamando, é preciso fazer exercícios em casa. Há duas semanas, ele estava bem irritado no atendimento, hoje já  aceita bem”, comemora Hellen. Ela e outros profissionais de fisioterapia ficam com a criança por cerca de 20 minutos e as atividades parecem brincadeira. Enquanto trabalham com os bebês, dão orientação aos pais. Para a mãe de Vinícius, esse trabalho é essencial. “Aprendi com elas que posso aproveitar qualquer tempo para estimular meu filho. Faço enquanto assisto à novela”, revela Aline Lopes. Ela conta que o primeiro filho, com dez anos de idade, também nasceu prematuro.  “Hoje, ele tem problemas na fala. Acho que se tivesse recebido esses estímulos não teria ficado assim”, lamenta. Segundo Hellen, os pais são protagonistas dessa estimulação. “Aqui, a gente avalia o desenvolvimento neuropsicomotor e orienta  os pais  sobre como estimular, de forma adequada, em cada idade”, observa a profissional.  Para a terapeuta ocupacional Mchilanny Bussinguer, é importante que os pais evitem a natural superproteção, principalmente nos casos de prematuridade. “É sabido que a superproteção da família tem um impacto negativo no desenvolvimento do bebê, pois o priva de estímulos essenciais para o alcance dos marcos do desenvolvimento”, explica. Proteção Também atendido pelo ambulatório, o bebê Enrico Nunes está aprendendo a sentar. Ele nasceu, prematuramente, há oito meses. Quem o vê sorridente e esforçado com os brinquedos que o estimulam a se manter sentado, não imagina o que ele enfrentou ao nascer. “Com 33 semanas, precisei fazer o parto em razão de uma infecção de urina. Eu corria risco de morte. Quando Enrico nasceu, o risco passou para ele. Foram duas paradas cardíacas, uma pneumonia e sepse (infecção generalizada), mas sobrevivemos”, comemora a mãe, Hellen Nunes. O pai de Enrico, Fabrício Leandro Oliveira, elogia o atendimento recebido no HRC. Enrico não ficou com nenhuma sequela e a dificuldade para sentar dá-se pela falta de contato com o chão. Ele passa a maior parte do tempo preso a uma cadeirinha. A orientação recebida pelos pais foi comprar um tapete emborrachado para deixá-lo à vontade. “Os brinquedos dele podem ser usados para estímulo”, orientou Delchova. Hmib Fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogo compõem as equipes de todas as unidades de saúde que contam com o ambulatório de estimulação de prematuros. No Hmib, esses profissionais também atuam em parceria com a neonatologista. Atualmente, 12 crianças estão em acompanhamento. “Recebemos os bebês com encaminhamento médico. O serviço é voltado para os nenéns egressos da internação da Unidade de Neonatologia do Hmib, mas recebemos os da Região Central, também. Eles são acompanhados e avaliados uma vez por semana. Conforme o desenvolvimento de cada um, os atendimentos podem ser quinzenais ou mensais”, explica a fisioterapeuta do Hmib, Letícia Narciso. “Atualmente, estamos com bebês que iniciaram o atendimento há menos de seis meses. Portanto, todos estão conosco ainda. Quando observamos alguma alteração no desenvolvimento, encaminhamos para os centros especializados.  Felizmente, é muito baixo o número de bebês que necessitam desse tipo de encaminhamento”, destaca a Letícia. Funcionamento Segundo Mchilanny Bussinguer, o início das terapias se dá após a idade corrigida de 40 semanas e acima do marco de 2.500 gramas de peso, seguindo as recomendações do Programa Método Canguru, do Ministério da Saúde, sendo o bebê acompanhado até os três anos de idade.  As modalidades de intervenção podem ser: terapia semanal, quinzenal ou avaliações e orientações mensais. Após o alcance do marco motor marcha, ou seja, após o bebê aprender a andar, os encontros podem ser mais espaçados, variando entre bimestrais, semestrais ou anuais, com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento cognitivo comportamental no que se refere à fase da pré-escola. “Este serviço é oferecido somente na rede pública de saúde e é de extrema importância”, avalia Mchilanny. “É com ele que promovemos um adequado desenvolvimento neuropsicomotor, favorecemos o ajuste psíquico do bebê e fortalecemos a família nos cuidados e desafios em geral”, explica. 

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