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Passeio na Água Mineral promove saúde para pacientes da UBS da Fercal

A artesã Edna Souza, 52 anos, convive diariamente com os desafios da diabetes, da artrose e da depressão. Ela busca se manter ativa e encontrar novos caminhos para cuidar da saúde. No passeio ao Parque Nacional de Brasília, ela conheceu o ponto turístico e sentiu no corpo e na mente os benefícios de estar em contato com a natureza. “É uma experiência maravilhosa. A paisagem, o ar puro e o clima do parque renovam as energias. Aqui me sinto mais leve, com força para seguir em frente e esperança de dias ainda melhores. Já quero voltar outras vezes”, disse, emocionada. Edna Souza: "A paisagem, o ar puro e o clima do parque renovam as energias" | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF O passeio reuniu cerca de 70 participantes — entre pacientes, familiares e profissionais de saúde —, levando promoção de saúde para além do espaço clínico. A iniciativa foi organizada pela equipe multiprofissional (eMulti) Caliandra, com apoio de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e da Estratégia Saúde da Família (ESF) das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da Fercal. “Estamos oferecendo à comunidade da Fercal um dia de lazer diferente da rotina. Queremos transformar o passeio em uma ação anual, porque percebemos o quanto momentos como este contribuem para a saúde mental dos nossos pacientes”, afirmou a assistente social da equipe eMulti Caliandra, Eliane Lima. Programação As horas no Parque Nacional de Brasília foram preenchidas com Práticas Integrativas em Saúde (PIS), como lian gong, trilha ecológica, sessão de conversa e banho de piscina. Um almoço coletivo reforçou a sensação de pertencimento e união entre os participantes, que aproveitaram cada atividade como oportunidade de cuidar da saúde e fortalecer laços. Valdirene Vicente venceu a depressão: "Esses encontros me fazem sentir acolhida e fortalecida" A costureira Valdirene Vicente, 46 anos, também viveu um momento marcante. Ao ingressar, em 2018, nos grupos de saúde da sua UBS de referência, conseguiu superar uma fase de depressão intensa.  [LEIA_TAMBEM]“Hoje não preciso mais de remédios para dormir, conquistei novas amizades e encontrei uma rede de apoio que considero como família. Esses encontros me fazem sentir acolhida e fortalecida”, contou. A fisioterapeuta da equipe eMulti Caliandra, Dayane Borges, ressaltou a importância do lazer como ferramenta de cuidado. “Essas atividades favorecem a saúde mental, especialmente em grupos de mulheres e pessoas com doenças crônicas. Além disso, fortalecem vínculos familiares e comunitários, promovendo bem-estar de forma ampla”, explicou. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Projeto transforma escola pública em referência no enfrentamento à depressão entre jovens

Há seis anos, um movimento vem mudando a realidade de centenas de estudantes do Centro de Ensino Médio Escola Industrial de Taguatinga (Cemeit). Trata-se do Grupo de Enfrentamento à Depressão e ao Suicídio (GEDS) – carinhosamente chamado de “Gerando Amor” –, uma iniciativa coordenada com o apoio dos Educadores Sociais Voluntários (ESVs) que tem acolhido, escutado e conscientizado jovens sobre saúde mental. “Mostramos que autoestima é ação. Quando o jovem começa a praticar isso no cotidiano, ele entende que pode lidar com as emoções de outras formas, sem recorrer à comida como alívio”, disse a psicóloga Beatriz Reis, em palestra no Cemeit | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Com o apoio de professores, servidores e voluntários da saúde mental, o grupo aborda temas delicados, mas urgentes, como ansiedade, depressão, autoestima e comportamento alimentar. São palestras, dinâmicas de escuta ativa e ações simbólicas como “Caixa do desabafo”, “Abrace-me”, “Se expresse” e “Correio da Gratidão”. Ao todo, estima-se que cerca de 16 mil pessoas já tenham sido impactadas direta ou indiretamente pelas atividades. A coordenadora do projeto, Vitória Kalil, diz que iniciativa contribui para a expressão de emoções e a comunicação entre os jovens “Às vezes, é uma coisa tão simples, como um abraço, mas que eles não têm em casa. E quando recebem na escola, dizem: ‘Era tudo que eu precisava’”, conta Vitória Kalil, coordenadora do projeto e ex-aluna do Cemeit. Para ela, o diferencial está justamente no protagonismo estudantil: “É de jovem para jovem. Muitos não conseguem se abrir com os pais ou com o psicólogo, mas conseguem conversar com colegas”. Trabalho voluntário A aluna Catarina Benedeti elogia o projeto: "É um momento para falar sobre autoestima, sobre família" O GEDS também conta com o apoio da Secretaria de Educação do DF, por meio da atuação de Educadores Sociais Voluntários (ESVs), como Vitória. A rede pública tem hoje cerca de 7.300 ESVs em escolas de todas as regiões administrativas. [LEIA_TAMBEM]Hoje, com cerca de 20 voluntários em atuação, entre estudantes, ex-alunos e profissionais da saúde, o GEDS já foi reconhecido nacionalmente. Em 2019, o projeto foi finalista do Desafio Criativos da Escola, que celebra iniciativas lideradas por estudantes em todo o país. A psicóloga Beatriz Reis, uma das voluntárias, esteve na escola nesta quarta-feira (30) para conduzir uma palestra sobre autoestima, ansiedade e a relação emocional com a comida. “Mostramos que autoestima é ação. Quando o jovem começa a praticar isso no cotidiano, ele entende que pode lidar com as emoções de outras formas, sem recorrer à comida como alívio”, explica. A estudante Catarina Benedeti, de 17 anos, afirma que encontrou no projeto um espaço seguro para dialogar. “Gostei bastante. É um momento para falar sobre autoestima, sobre família, é um momento de conversa mesmo. Isso falta muito”, diz. Já Thiago Tavares, também de 17, acredita que projetos como o GEDS deveriam ser parte do currículo educacional: “Tinha que ter toda semana, ou pelo menos uma eletiva. Seria muito importante”.

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Estação Central do Metrô-DF vira palco de acolhimento por meio de cartas e de abraços

O jovem de braços estendidos leva uma venda nos olhos. Está imóvel no espaço que dá acesso à Estação Central da Companhia do Metropolitano (Metrô-DF). A cena, registrada nesta quinta-feira (20), é curiosa. Na correria de quem vai e de quem vem, muitos nem notam que o estudante Vinícius Cury, 22 anos, está ali, pronto para o abraço. Ao seu lado, há uma placa que convida: “Se você tem depressão ou ansiedade, me abrace”. Os olhos do rapaz são fechados para que não haja qualquer constrangimento por parte de quem precisa daquele afago. Na camisa cinza de Vinícius fica claro que a intenção é apenas acolher: “Não te julgo. Te ajudo”, está escrito. A ação é parte do projeto voluntário Help, que conta, há quatro anos, com parceria do Metrô-DF para levar uma oportunidade de apoiar as pessoas que estejam passando por alguma dificuldade emocional e de sensibilizar a comunidade sobre a importância de cuidar da saúde mental. Esta é a oitava vez, desde 2021, que o Metrô-DF adere ao projeto, cedendo as instalações de suas estações para que a equipe do Help possa distribuir cartas, com mensagens de incentivos, além de oferecer, por meio de seus psicólogos voluntários, escutas ativas para quem precisa dividir o problema com um profissional e ser orientado a como pedir ajuda e buscar um tratamento. Esta é a oitava vez, desde 2021, que o Metrô-DF adere ao projeto, cedendo as instalações de suas estações para que a equipe do Help possa distribuir cartas, com mensagens de incentivos | Foto: Divulgação/Metrô-DF Coordenada pela gerência de Projetos Especiais do Metrô-DF, a parceria tem objetivo de criar um ambiente seguro para a promoção da saúde mental, reforçando o compromisso da companhia em investir e contribuir para o bem-estar da população. A ação, inclusive, foi certificada, em março deste ano, pelo Instituto Selo Social, que destaca organizações e empresas que geram impactos positivos na comunidade. Eu quero um abraço Teve gente que olhou para aquele rapaz vendado, oferecendo abraços, e estranhou. Curiosos, apenas seguiram adiante. Um adolescente até que tentou fazer a mãe parar e se aproximar do rapaz com a camisa que oferecia ajuda. Ela não parou, porém. Outro garotinho, no entanto, foi mais firme e abraçou Vinícius. Sheila Meneses, 47 anos, também. Ela seguiu decidida e o abraçou. Saiu sorridente. “Senti uma alegria quando o vi e me deu vontade de abraçá-lo”, disse, antes de pegar o trem. A jovem Letícia Alves rumava para a saída da Estação Central quando viu Vinícius. Ela voltou, abriu seus braços e encaixou sua cabeça no peito do voluntário. Ele conta que, nessas horas, costuma dizer palavras de conforto e de incentivo para quem pediu aquele carinho. Algo como: “Isso também vai passar” ou “A solução está dentro e não fora de você”. “Um dia me disseram isso quando eu precisei e me ajudou muito. Agora, é minha vez de retribuir”, conta o estudante. Letícia decidiu ser abraçada porque “se sente sozinha muitas vezes”, conta enquanto os olhos verdes ficam avermelhados. Tem quatro meses que a mãe dela morreu, vítima de câncer. Ela perdeu o cafuné, por isso, foi buscá-lo nos braços daquele desconhecido. Ao fim, ela recebeu uma das 8 mil cartinhas que os voluntários distribuíram entre os usuários que transitavam e levavam na bagagem suas histórias tão próprias e igualmente desconhecidas. Letícia guardou o envelope. Um outro voluntário da Help a lembrou que, caso se sentisse triste, tivesse sintoma de ansiedade ou desconfiasse dos sinais de depressão, ela poderia ligar para o número que estava impresso no papel. Alguém do outro lado ouviria sua queixa e procuraria ajudá-la. Se não fosse ela, mas se tivesse um amigo ou parente com dor na alma, era só compartilhar a informação. Ao fim de uma ação como essa, são distribuídas entre 3 mil e 8 mil cartas e contabilizados até 100 abraços por um único voluntário. Vinícius diz que, depois de três ou quatro horas em pé, ouvindo histórias, a maioria de enredos tristes, chega em casa fisicamente exausto. Mas com o coração leve e alma recompensada. “Eu me sinto feliz se tiver alcançado pelo menos uma pessoa”. *Com informações da Companhia do Metropolitano (Metrô-DF)

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Policlínicas e Caps dão suporte especializado para casos de depressão

Tristeza constante, desmotivação, cansaço extremo e falta de vontade de levantar da cama. Estes e outros sentimentos negativos fazem parte da vida, mas quando passam a interferir na rotina acende um alerta. Diferente das flutuações de humor habituais e das respostas emocionais de curta duração, a depressão provoca quadros clínicos acentuados e impacta de maneira significativa a qualidade de vida, prejudicando o trabalho, os relacionamentos, os estudos e até mesmo pequenas ações como tomar banho. Para casos que possam exigir acompanhamento especializado, a rede encaminha para as policlínicas e para os centros de Atenção Psicossocial (Caps) | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF “Os transtornos que afetam a saúde mental podem se apresentar em diversas nuances. Saber a hora de pedir ajuda em caso de sofrimento mental é um passo importante para encontrar alívio”, aponta a diretora de Saúde Mental da Secretaria de Saúde (SES-DF), Fernanda Falcomer. Aproximadamente 280 milhões de pessoas no mundo têm depressão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Estima-se que 3,8% da população do planeta seja afetada, incluindo 5% de adultos e 5,7% de indivíduos com mais de 60 anos. “Pedir ajuda em caso de sofrimento mental é um passo importante para encontrar alívio”, diz a diretora de Saúde Mental da Secretaria de Saúde, Fernanda Falcomer | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF No Distrito Federal, as unidades públicas de saúde registraram, apenas de janeiro a julho deste ano, 234,8 mil procedimentos de atenção psicossocial classificados como ambulatoriais, assistência individual, oficinas terapêuticas e acolhimento de pacientes. O número de consultas com psiquiatras na rede da SES-DF, no mesmo período, chegou a mais de 11 mil; com psicólogos, foram 13,5 mil atendimentos. Onde buscar ajuda? “A Atenção Primária à Saúde (APS) no DF se destaca por ter uma excelente capilaridade em todo o território”, ressalta Falcomer. Nesse nível de cuidado, médicos e enfermeiros de família e comunidade estão preparados para atender demandas como ansiedade e depressão. Há ainda as equipes multidisciplinares (eMulti), formadas por profissionais de áreas como psicologia, terapia ocupacional, nutrição e serviço social, por exemplo. Para os casos que possam exigir acompanhamento especializado, a APS também faz o encaminhamento para as 14 policlínicas e aos 18 centros de Atenção Psicossocial (Caps). Nesse rol entram ainda os centros especializados no tratamento do vício em álcool e outras drogas (Caps-AD) e aqueles voltados ao público infantil (Capsi), além do Adolescentro e do Centro de Orientação Médico-Psicopedagógico (Compp). *Com informações da SES-DF

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Mais de 740 alunos do Guará participam de conversa sobre ansiedade e depressão

Na tarde desta terça-feira (4), mais de 740 jovens do Centro Educacional (CED) 03 Guará, também conhecido como Centrão, participaram de uma sessão de conversa para abordar questão sobre a ansiedade e a depressão. A iniciativa é parte do projeto Acolhendo Corações Jovens: Diálogos sobre Saúde Mental. A atividade foi desenvolvida para ajudar os estudantes a identificarem os sinais de doenças mentais, além de apresentar maneiras de buscar ajuda. O estudante Rodrigo Rodrigues achou interessante participar da ação: “Muitas vezes, a gente não entende o que está sentindo e não sabe como pedir ajuda” | Foto: André Amendoeira/SEE A iniciativa faz parte de um esforço maior da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEE) para promover a saúde mental nas escolas e criar um ambiente acolhedor e seguro para os estudantes. O projeto é direcionado aos jovens regularmente matriculados nos anos finais do ensino fundamental II e ensino médio. As escolas interessadas em participar do projeto podem inscrever-se ao longo do ano letivo, preenchendo formulário online, garantindo que mais jovens tenham acesso a informações e apoio indispensáveis para seu desenvolvimento saudável A gerente de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante da SEE, Larisse Cavalcante, destacou a importância de ações como essa. “A nossa missão é cuidar da saúde integral dos estudantes, e isso inclui a saúde mental. Esses projetos são fundamentais para que os jovens se sintam apoiados e saibam que não estão sozinhos. É essencial oferecer ferramentas para que eles possam reconhecer sinais de ansiedade e depressão e buscar ajuda de maneira eficaz”, afirmou. Durante a ação, os estudantes tiveram a oportunidade de aprender sobre os sintomas mais comuns de ansiedade e depressão, como mudanças de humor, dificuldades de concentração, insônia e perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas. Além disso, foram discutidas as diversas formas de ajuda disponíveis, desde a busca por profissionais de saúde mental até o apoio de familiares e amigos. Um dos jovens participantes, Rodrigo Santos Rodrigues, aluno do 1º ano do ensino médio, compartilhou sua experiência: “Achei a atividade muito interessante. Muitas vezes, a gente não entende o que está sentindo e não sabe como pedir ajuda. Eu, por exemplo, as vezes me comparo muito com as outras pessoas; e, depois da oficina, de poder conversar, eu fiquei mais animado”. O projeto faz parte de um conjunto de ações contínuas da SEE para fortalecer a saúde mental nas escolas. Outras atividades incluem workshops, palestras e a disponibilização de materiais educativos para estudantes e professores. As escolas interessadas em participar do projeto podem inscrever-se ao longo do ano letivo, preenchendo o formulário abaixo, garantindo que mais jovens tenham acesso a informações e apoio indispensáveis para seu desenvolvimento saudável. Inscreva sua escola neste link. A iniciativa não aborda somente questões críticas de saúde mental. O principal objetivo da oficina é, além de tudo, promover um ambiente de empatia e solidariedade, no qual os alunos podem compartilhar experiências e sentimentos de maneira segura e construtiva. *Com informações da SEE  

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Máscara é opcional para quem tem transtorno psicossocial 

Em decreto publicado em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), na noite de terça-feira (26), o Governo do Distrito Federal excluiu a exigência do uso de máscaras a dois públicos distintos: as pessoas com transtornos psicossociais e aquelas com deficiência mental. Entram no grupo os cidadãos diagnosticados por médicos especialistas com doenças como depressão, fobias, esquizofrenia e ainda aqueles com síndrome de Down, autismo ou algum tipo de grau de retardo. O texto destaca ainda que, durante a abordagem de fiscais, outras pessoas que não consigam usar a máscara por questões de saúde poderão comprovar a necessidade por meio de laudo médico. “Demais pessoas cuja necessidade seja reconhecida devem atestar a  impossibilidade do uso da máscara por meio do serviço de saúde”, determina o decreto, ao apresentar os casos que se aplicam à exceção do regramento que estabeleceu a obrigatoriedade do uso dos protetores respiratórios.  Apesar de facultar o uso das máscaras, o decreto alerta para o risco de infecção pela Covid-19 e orienta que esses grupos de pessoas permaneçam em suas casas. “Fica recomendado às pessoas referidas, seus familiares e acompanhantes, permanecerem em suas residências em razão da maior exposição ao risco de contaminação, evitando saídas que não sejam de extrema necessidade, a exemplo de tratamento de saúde e educacional”, diz o documento.

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Horta comunitária ajuda pessoas com transtornos mentais

O trabalho terapêutico ajuda no processo de cura porque o local é um espaço de convivência e harmonia entre os pacientes, que compartilham conhecimentos e experiências com o solo. Foto: Breno Esaki/Saúde-DF Ao chegar no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II do Paranoá, E.V.S. passava por momentos difíceis. Depois da morte do pai, apresentou fortes sinais de depressão. Contudo, em pouco mais de seis meses na unidade, percebeu uma melhora significativa na sua condição. Principalmente após descobrir a paixão por plantar e colher frutas e legumes na horta comunitária do Caps. “Mexer com plantas é uma forma de terapia para mim. Por isso, a horta me fez melhorar muito”, conta a paciente. Ela, assim como os demais frequentadores da unidade, viu na horta comunitária uma oportunidade de avançar no seu tratamento. “Aprendi a colher, plantar e como cuidar melhor da terra. Isso tudo me ajudou nos meus processos. Mexer na natureza foi um santo remédio”, ressalta. O progresso dela não é uma surpresa para Everton Santos, um dos responsáveis pela horta e residente em Saúde Mental no Caps II. “Olhando por um lado mais terapêutico, ao cuidar de uma planta você também cuida de uma vida. Muitas vezes as pessoas chegam aqui abaladas, com depressão”, diz o residente. “Creio que a horta traz um retorno positivo porque faz com que eles encontrem razões para viver, além de verem as belezas de estarem vivos”, pondera. Para ele, o trabalho terapêutico na horta ajuda no processo de cura porque o local é um espaço de convivência e harmonia entre os pacientes, que compartilham conhecimentos e experiências com o solo, além de consumirem o que plantam. “Semana passada eles comeram uma melancia que eles mesmos plantaram. Isso significa muito, porque ao mesmo tempo que aprendem a valorizar o que fazem, também percebem na prática a importância dos produtos orgânicos”, comenta Eventos Santos. Benefícios Uma das que teve a experiência de consumir o que plantou foi a paciente A.N.C, de 41 anos, diagnosticada com epilepsia e esclerose. Para ela, um dos principais benefícios de atuar na horta é a forma como é tratada pelos funcionários e os frequentadores do Caps. “Faço questão de vir, porque gosto bastante daqui e nos tratam muito bem. Quando estou na horta me sinto renovada, porque sei que posso me abrir, me redescobrir e aprender. Sempre gostei de mexer com plantas, e aqui relembrei disso. Sinto que posso me desenvolver mais, assim como as plantas”, reflete. No caso de S.S.D., de 25 anos, os nove meses ajudando na horta do Caps contribuíram para amenizar sua ansiedade, depressão e mudança de humor. “Antes, eu mal queria sair de casa. Hoje sinto que sou mais alegre, tenho mais paciência com as pessoas e comigo mesma. Na horta aprendi a me acalmar, que cada coisa tem seu tempo para acontecer, e isso vou levar para o resto da vida”, agradece. As atividades na horta comunitária ocorrem toda segunda-feira no Caps II do Paranoá. Os trabalhos estão abertos tanto para pacientes quanto aos seus familiares.

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Escuta qualificada, uma atitude que pode salvar vidas

Professores e coordenadores de ensino têm participado de capacitações em escuta qualificada | Foto: Divulgação / SES Quem está em situação de sofrimento, com pensamentos negativos sobre a vida, necessita ser escutado. Por passarem muitas horas do dia na escola, os professores podem perceber as mudanças de comportamento de crianças e adolescentes. E é nos professores que o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) da Unidade Básica de Saúde (UBS) 3 de Taguatinga tem investido, qualificando-os para a escuta. Por meio de encontros com orientações sobre como realizar a escuta qualificada e trabalhar os temas de valorização da vida com os estudantes do Centro Educacional (CED) 6, vários professores estão aperfeiçoando mais esse talento. “As pessoas sofrem e só precisam de alguém para escutá-las sem julgar”, resume a terapeuta ocupacional Nadja Villela. Demandas recorrentes  “Recebemos semanalmente demandas de professores e coordenadores do CED 6 sobre casos de alunos em sofrimento psíquico, apresentando risco de autoviolência, desde automutilação até comportamento suicida, com ideias de autoextermínio, planejamento e tentativa para o suicídio”, relata Nadja. No segundo semestre deste ano, os servidores da Secretaria de Saúde iniciaram um trabalho mais direcionado junto à comunidade escolar. A ação é voltada aos adolescentes e familiares, que recebem atendimentos individuais e visitas domiciliares. Treinamento e prevenção Devido à demanda recorrente, a equipe do Nasf organizou um treinamento para os professores e educadores sociais da escola. “A escuta qualificada é um procedimento simples e generoso, que pode e deve ser praticado por todos nós para contribuir com uma vida que esteja em sofrimento psíquico”, descreve Nadja. Com intuito de prevenir o suicídio e promover a valorização da vida, há um planejamento para dar continuidade à formação dos professores no próximo ano. A meta, informa a terapeuta ocupacional, é organizar, em 2020, encontros mensais com professores e educadores sociais. “Esse tema é de responsabilidade de todos nós”, destaca.  “Em hipótese alguma, apenas a Secretaria de Saúde deve se envolver em ações como essa”. * Com informações da SES

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Arte se alia à saúde na recuperação de pacientes

Pacientes que sofrem com problemas psicológicos, como depressão e ansiedade, podem registrar melhorias e alívio por meio de atividades artísticas incluídas no tratamento. É o que demonstra o trabalho do grupo Arte e Saúde, formado pela equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Santa Maria. Práticas como automassagem e uma oficina de artesanato são oferecidas a 15 pacientes atendidos naquela região administrativa. A turma confecciona bonecas de pano, conversa entre si e com a equipe de profissionais sobre os problemas cotidianos e aprende sobre os benefícios da automassagem, além de se consultar com a médica de família e comunidade, encarregada de prescrever novas receitas, quando necessário. A técnica de enfermagem Eliete Almeida explica que as atividades, de cunho terapêutico, ajudam a reduzir a medicação, promovendo maior qualidade de vida e aumento da autoestima entre os pacientes. “Com o apoio de uma igreja, em Santa Maria, que cedeu o espaço, abrimos um local para atender a esse público”, conta. Além do auxílio nas questões emocionais, a arte produzida pelos pacientes é vendida em bazares, sendo parte da arrecadação utilizada para comprar mais materiais. “Isso acaba ajudando também na renda de alguns pacientes, já que é uma arte feita por eles”, destaca Eliete. As pessoas atendidas pela UBS 1 que desejam participar das atividades podem deixar seu nome no local. O serviço é oferecido na igreja localizada na “uadra 209 Sul de Santa Maria, toda quarta-feira, das 8h às 10h.

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Aumentam chamados ao Samu para evitar suicídio

O Núcleo de Saúde Mental (Nusam) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) do Distrito Federal contabilizou mais atendimentos relacionados ao suicídio no primeiro semestre deste ano do que no mesmo período do ano passado. Foram 792 chamados para tentativas e 219 por ideação (planejamento) suicida em 2019, contra 678 tentativas e 171 de ideação em 2018. Para a gerente da Central de Informação Toxicológica e Atendimento Psicossocial do Samu, Carla Pelloso, o aumento no número de chamadas representa, acima de tudo, o fato de que as pessoas estão melhor orientadas a procurar ajuda.  Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde-DF “Hoje, as instituições e serviços voluntários trabalham em auxílio a essas pessoas. O assunto é mais divulgado e as entidades sabem o que fazer para ajudar quem está próximo a elas, e sabem como perceber o risco suicida”, comenta ela. O Nusam é pioneiro no país. Criado em 2016, atua com serviço multidisciplinar e é formado por psiquiatra, psicólogo, assistente social, enfermeiro e condutor socorrista. Atende a demandas relacionadas a transtornos psicológicos, como depressão, surto psicótico, além dos casos de tentativa e ideação suicida. Ao receber uma ligação solicitando apoio nesses casos, a equipe reguladora verifica a necessidade de encaminhar uma viatura. “Ao chegar ao local, a equipe aborda a família, verifica o contexto familiar, a situação pela qual passa e adota a conduta necessária”,explica Carla Pelloso. “Então, a pessoa é acolhida, atendida, avaliada e a equipe decide a melhor conduta para aquele momento.” A tentativa de suicídio é considerada uma emergência médica. A pessoa deve ser levada para os serviços da rede pública, como as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) ou pronto-socorro de hospitais. E quem presencia uma tentativa também pode acionar o Samu pelo telefone 192. * Com informações da Secretaria de Saúde-DF

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Idosos fogem da depressão com atividades em grupo nas UBSs

“Eu me livrei da escuridão, da depressão, das dores. Eu renasci. E renasci como? Através do Tai Chi, do Lian gong, da dança sênior e do carinho das professoras”, diz Helena Moreira, 74 anos. Ele é paciente e frequentadora, há dois anos, das Práticas Integrativas em Saúde (PIS) ofertadas na Unidade Básica de Saúde (UBS) 5 de Taguatinga. Helena é uma das cerca de 60 participantes que sentem, na prática, os benefícios das atividades e da socialização que o grupo proporciona. Ela defende: “Esse grupo é uma irmandade, uma comunidade que não pode ser separada. Não pode acabar”. Nas atividades das práticas integrativas, Helena integra o conjunto dos pacientes que buscam as UBS para escapar de problemas diversos. A depressão é um deles. E a técnica em enfermagem Nilva Maria Borba percebe como a condição mais recorrente entre os pacientes que buscam as unidades que oferecem essas opções. [Olho texto=”“Muitos já viviam num mundo isolado e encontram sentido em suas vidas a partir do momento que se inseriram em um grupo” assinatura=”Nilva Maria Borba, técnica em Enfermagem” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Ele superaram as expectativas, uma vez que não conheciam bem os benefícios que teriam trabalhando seu próprio corpo, como movimentos simples e coordenados com a respiração”, explica.  Nilva atua como facilitadora de Lian gong, Tai chi chuan, auto massagem e dança sênior na UBS 5. Outra paciente que desfruta os benefícios das atividades em grupo é Cleonice Gomes Lucena, 65 anos. Ela relata que, há um ano, era muito ansiosa, alimentava-se de maneira limitada e ficava muito tempo no sofá, quando resolveu buscar ajuda no grupo das práticas integrativas. “Hoje, eu já perdi peso e ainda tomo alguns remédios, mas não tantos quanto antes. A gente faz exercício mental, exercício de respiração, e isso melhora a ansiedade. Sou paciente de fibromialgia e as atividades estão me ajudando muito”, conta Cleonice. À frente do seu tempo A Unidade Básica de Saúde 5 de Taguatinga é uma das pioneiras no Distrito Federal: há 21 anos iniciou o trabalho com as práticas integrativas anos. Vale lembrar: a política nacional só foi implantada com a Portaria nº 971/2006. Desde então, a unidade vem contribuindo na transformação da vida dos pacientes, em especial os idosos, que encontram um espaço de acolhimento e partilha. A servidora Nilva está à frente dos grupos há nove anos e faz questão de recordar que tudo teve início com a assistente social Maria de Fátima Silva Leite, já aposentada. Ela faz parte do Núcleo de Apoio à Saúde da Família, composto por uma equipe com nutricionista, farmacêutica, psicóloga e assistente social. Saiba mais As Práticas Integrativas em Saúde (PIS) passaram a ser incentivadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2002, a partir da elaboração de um documento normativo encaminhado aos países membros.  Em 2006, o Ministério da Saúde (MS), por meio da Portaria nº 971/2006, publicou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS) com o intuito de garantir a integralidade nos serviços de saúde. Os tratamentos utilizam recursos terapêuticos destinados a prevenir diversas doenças. Ao todo, o SUS oferta 29 procedimentos à população através das UBS. Cada unidade pode oferecer as atividades que melhor atendam aos pacientes daquele local. ?* Colaborou: Secretaria de Saúde/DF

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