Dia Nacional das Arritmias Cardíacas ressalta importância da prevenção
No último domingo (9), sobreviver era a única coisa em que Douglas Rodrigues, de 29 anos, conseguia pensar. Ele começou a se sentir mal em casa e procurou atendimento no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), com fortes dores no peito, dormência nos braços e no céu da boca, além de suor intenso. Durante a triagem, sofreu uma parada cardiorrespiratória e perdeu a consciência. Após a terceira parada, foi transferido para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), onde passou por um cateterismo. Douglas Rodrigues teve uma crise cardíaca, foi atendido em tempo hábil e concluiu que precisa mudar os hábitos de vida: “Vou começar a andar de bicicleta e fazer caminhadas assim que voltar para casa” | Foto: Divulgação/IgesDF O atendimento rápido e a atuação das equipes do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) foram decisivos para que o caso de Douglas tivesse um final feliz. Situações como a dele mostram a importância do reconhecimento precoce dos sintomas e da busca imediata por ajuda médica. “Conhecendo o histórico de doenças na família, podemos prever quem tem mais risco” Ximena Ferrugem Rosa, cardiologista do HBDF Nesta quarta-feira (12), é celebrado o Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita, data que reforça a importância do cuidado com o coração. A cardiologista Ximena Ferrugem Rosa, do HBDF, lembra que o acompanhamento preventivo é essencial, sobretudo para pessoas com histórico familiar de doenças cardíacas, hipertensão ou diabetes. “Conhecendo o histórico de doenças na família, podemos prever quem tem mais risco”, aponta a médica. “Hoje vivemos um momento da medicina em que conseguimos realizar testes genéticos para calcular esse risco e fazer intervenções pontuais nos indivíduos mais vulneráveis.” Ximena também reforça a adoção de hábitos saudáveis, como não consumir em excesso sal e açúcar e manter uma rotina regular de atividades físicas. “É fundamental evitar o uso de drogas e de esteroides anabolizantes, como a testosterona, tão comuns atualmente”, alerta. “Os cardiologistas têm observado um aumento nos casos de infarto relacionados ao uso inadequado desses hormônios”. Ocorrências O infarto agudo do miocárdio continua sendo uma das principais causas de morte no país. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 300 mil e 400 mil casos são registrados todos os anos no Brasil, e, a cada cinco a sete ocorrências, uma resulta em óbito. De acordo com dados da Secretaria de Saúde (SES-DF), até junho deste ano, os hospitais da rede pública registraram 1.458 internações relacionadas a infarto agudo do miocárdio, sendo que 55 evoluíram para óbito. Em 2023, foram 2.428 internações e 101 mortes; já em 2024, o número chegou a 2.306 internações e 107 óbitos. [LEIA_TAMBEM]Douglas, que nunca havia enfrentado problemas graves de saúde antes das paradas cardiorrespiratórias, afirma que o episódio serviu de alerta. “Algo vai ter que mudar”, afirma. “Vou começar a andar de bicicleta e fazer caminhadas assim que voltar para casa”. Os sintomas De modo geral, as doenças cardiovasculares se manifestam por sintomas como falta de ar, dor no peito, que pode irradiar para o queixo, pescoço, braços, costas ou abdômen superior, especialmente durante esforços físicos. Também podem ocorrer palpitações, inchaço nas pernas ao acordar e episódios de desmaio. “Muitas vezes a falta de ar é percebida como cansaço ou dificuldade para realizar atividades antes simples, então é importante ficar atento”, explica Ximena. A médica ressalta ainda que algumas doenças cardíacas podem ser silenciosas ou apresentar sintomas variados, especialmente em mulheres, idosos e pessoas com diabetes. “Às vezes, um episódio de suor excessivo acompanhado de náusea e mal-estar estomacal, em indivíduos com maior risco cardiovascular, já é motivo de preocupação”, sinaliza. “A morte súbita pode ser a primeira manifestação de uma doença cardíaca grave”. No caso das arritmias, é comum que o coração ultrapasse 100 batimentos por minuto em situações que envolvem liberação de adrenalina, como durante esforço físico, estresse, ansiedade, dor, desidratação ou infecção. “Quando essa aceleração ocorre em repouso ou persiste por vários minutos após o término da atividade física, é preciso atenção e investigação médica”, adverte a cardiologista. “Isso vale para casos em que a aceleração vem acompanhada de tontura, dor no peito, falta de ar ou até desmaio.” *Com informações do IgesDF
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Infarto em jovens cresce no Brasil e preocupa profissionais de saúde
O número de infartos entre jovens tem crescido de forma preocupante no Brasil. Dados do Ministério da Saúde, compilados pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), mostram que as internações por infarto em pessoas com menos de 40 anos aumentaram 150% entre 2000 e 2024, passando de dois para cinco casos a cada 100 mil habitantes. Diante desse cenário, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) promoveu, nesta terça-feira (11), uma palestra no auditório do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) com o objetivo de capacitar profissionais de saúde e conscientizar sobre os principais aspectos do infarto agudo do miocárdio. O encontro abordou desde a fisiopatologia da doença até o reconhecimento precoce dos sinais clínicos e eletrocardiográficos e o manejo adequado dos casos. Rafaela Gomes Portela: "A dor típica do infarto costuma ser opressiva, localizada à esquerda, podendo irradiar para o braço e para o pescoço, de grande intensidade e duração prolongada" | Foto: Divulgação/IgesDF A enfermeira Rafaela Gomes Portela, responsável pela palestra, destacou a importância da educação em saúde e da atenção aos sintomas. Segundo ela, nem toda dor no peito é igual. “A dor típica do infarto costuma ser opressiva, localizada à esquerda, podendo irradiar para o braço e para o pescoço, de grande intensidade e duração prolongada. Já a dor atípica é mais comum em diabéticos, mulheres e idosos e, por isso, muitas vezes, o diagnóstico é atrasado”, explica. Cerca de 80% dos casos, segundo Rafaela, ocorrem pela ruptura de placas com trombose, que interrompem o fluxo sanguíneo para o coração. “Essas placas se formam ao longo dos anos por conta do acúmulo de gordura nas artérias. Tabagismo, hipertensão e colesterol elevado são fatores diretamente ligados a esse processo. Mas o importante é saber que a maioria deles pode ser controlada com mudanças no estilo de vida”, alerta. Entre as medidas de prevenção destacadas estão a alimentação equilibrada, a prática regular de exercícios físicos, o controle do peso, o sono de qualidade e o manejo do estresse, pilares fundamentais para a saúde cardiovascular Entre as medidas de prevenção destacadas estão a alimentação equilibrada, a prática regular de exercícios físicos, o controle do peso, o sono de qualidade e o manejo do estresse, pilares fundamentais para a saúde cardiovascular. A assessora da Superintendência do HRSM e enfermeira Rayanne Lopes participou da atividade e elogiou a clareza da apresentação. “Mesmo quem está atualmente em funções administrativas, como eu, conseguiu relembrar conceitos e compreender melhor o impacto dessa condição, que continua tão presente nos prontos-socorros e enfermarias. Foi uma atualização necessária e muito bem conduzida”, destaca. Resultados que salvam vidas [LEIA_TAMBEM]Além da capacitação, o encontro apresentou resultados concretos de uma iniciativa que tem salvado vidas em todo o Distrito Federal: o projeto Sprint, parceria entre o IgesDF e o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF). Criado em 2019, o projeto tem o objetivo de aprimorar o atendimento de pacientes com suspeita de infarto nas unidades de pronto atendimento (UPAs). A iniciativa funciona 24 horas por dia e oferece suporte direto aos médicos das UPAs. Quando há dúvida na interpretação do eletrocardiograma, o profissional envia o traçado e o resumo da história clínica do paciente para o cardiologista do ICTDF, que analisa as informações em tempo real e orienta a melhor conduta terapêutica. Segundo Rafaela, os resultados comprovam a efetividade do trabalho em rede. “Em 2024, alcançamos uma taxa de 94% de sobrevida entre os pacientes atendidos. Conseguimos evitar que essas pessoas viessem a óbito em decorrência do infarto, o que mostra o impacto positivo desse trabalho integrado”, comemora. *Com informações do IgesDF
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UPA do Gama implementa protocolos para aperfeiçoar atendimento em casos de infarto, AVC e sepse
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Gama, no Distrito Federal, está participando do projeto Proadi-SUS, desenvolvido pelo Hospital do Coração em parceria com o Ministério da Saúde. Desde junho de 2024, a unidade recebe apoio técnico para implementar o Projeto Boas Práticas na implementação do protocolo de sepse, acidente vascular cerebral (AVC) e infarto agudo do miocárdio (IAM). UPA do Gama recebe apoio técnico, por meio do projeto Proadi-SUS, para aperfeiçoar o atendimento em casos de infarto, sepse e AVC | Fotos: Divulgação/IgesDF Segundo o coordenador da UPA do Gama, Otávio Maia, os avanços já são perceptíveis. “Estamos fazendo acompanhamento de indicadores de cada um desses protocolos. Fizemos planos de ação voltados para o treinamento da equipe, mudanças organizacionais e criação de fluxogramas, otimizando o tempo-resposta em cada caso. Isso nos permitiu identificar, diagnosticar e tratar os pacientes de forma mais eficaz”, explica. “Em junho de 2024, a média era de uma hora. Hoje, em janeiro de 2025, conseguimos reduzir para apenas 15 minutos, com o diagnóstico já encaminhado para o cardiologista” Otávio Maia, coordenador da UPA do Gama, sobre a redução no tempo entre a chegada do paciente e o primeiro eletrocardiograma Resultados no atendimento No protocolo de infarto, a redução no tempo entre a chegada do paciente e o primeiro eletrocardiograma foi notável. “Em junho de 2024, a média era de uma hora. Hoje, em janeiro de 2025, conseguimos reduzir para apenas 15 minutos, com o diagnóstico já encaminhado para o cardiologista”, destaca Maia. A implementação do protocolo de sepse também apresentou avanços importantes. O tratamento com antibióticos, que deve ser iniciado na primeira hora, agora está dentro do tempo ideal. “Essa rapidez no atendimento é crucial para a sobrevida do paciente”, enfatiza o coordenador. No caso do AVC, a unidade introduziu uma escala de classificação aplicada pelas enfermeiras para identificar sinais precoces. “Tempo é cérebro. Com essa metodologia, conseguimos agilizar exames diagnósticos e iniciar o tratamento rapidamente, reduzindo sequelas e salvando vidas”, complementa Otávio. Projeto-piloto e expectativas O programa, que é considerado piloto, também serve como modelo para outras UPAs do Distrito Federal. “Nosso objetivo é compartilhar essas boas práticas, transformando os protocolos em um padrão de atendimento em toda a rede de urgência e emergência”, afirma Maia. Na última semana, representantes do Hospital do Coração estiveram na UPA do Gama para apresentar os resultados dos primeiros seis meses do projeto. “Estamos otimistas com os avanços. Esse trabalho conjunto reforça nossa capacidade de oferecer um atendimento mais humanizado e eficiente para a população”, conclui o coordenador. Com a continuidade do projeto, a expectativa é ampliar o protocolo de atendimento para outras unidades, a fim de fortalecer as linhas de cuidado em casos de infarto, AVC e sepse em todo o sistema de saúde pública. *Com informações do IgesDF
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Infarto do miocárdio pode ser fatal, se não for tratado com urgência
Dor aguda no peito que irradia para o braço ou ombro esquerdo, suor frio, falta de ar, palidez e sensação de desmaio. Esses são alguns dos sinais de alerta de um infarto, a maior causa de mortes no país. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), estima-se que, no Brasil, ocorram de 300 mil a 400 mil casos anuais de infarto. A cada cinco a sete casos, um resulta em óbito. Para diminuir o risco de morte, o atendimento de urgência e emergência, nos primeiros minutos é fundamental. “O tratamento mais eficaz é o mais rápido, pois a obstrução de artérias cardíacas pode levar à isquemia [sofrimento do músculo cardíaco]. Se não for tratada prontamente, pode ocasionar a morte de células cardíacas, levando a complicações, como insuficiência cardíaca pós-infarto ou morte súbita”, alerta a cardiologista da Secretaria de Saúde (SES-DF) Edna Maria Marques de Oliveira. Os principais fatores de risco são tabagismo, sedentarismo, alimentação ruim, colesterol alto e estresse em excesso | Foto: Jhonatan Cantarelle/ Agência Saúde-DF Infarto agudo do miocárdio ou ataque cardíaco é a morte de células do músculo do coração devido à obstrução de uma artéria que interrompe o fluxo sanguíneo de forma rápida e intensa. Pode ocorrer em diversas partes do coração, dependendo da área que foi bloqueada. Em casos raros, o infarto pode acontecer por contração da artéria, interrompendo o fluxo sanguíneo ou por desprendimento de um coágulo originado dentro do próprio coração e que se aloja no interior dos vasos. Sinais de alerta Identificar um infarto agudo do miocárdio pode ser desafiador, pois os sintomas variam. Dentre os sinais de alarme estão dor ou desconforto na região peitoral, podendo irradiar para as costas, rosto, braço esquerdo e, raramente, braço direito. Essa dor costuma ser intensa e prolongada, acompanhada de sensação de peso ou aperto sobre o tórax, provocando suor frio, palidez, falta de ar e sensação de desmaio. “Porém, há pacientes que apresentam outros sintomas, como dor no estômago, na mandíbula e vômitos”, esclarece a médica. Fatores de risco e prevenção A mudança no estilo de vida é o principal meio de prevenção do infarto | Foto: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília Os fatores de risco, como tabagismo, sedentarismo, histórico familiar, alimentação ruim, colesterol alto e estresse em excesso, influenciam nas estatísticas de infarto. Além disso, essas condutas podem provocar hipertensão, acidente vascular cerebral (AVC), obesidade, depressão e diabetes. Diabéticos e hipertensos têm, segundo o Ministério da Saúde, de duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto. A mudança no estilo de vida é o principal meio de prevenção do infarto. Além da prática regular de atividades físicas, alimentação adequada, não consumo de álcool e qualquer tipo de tabagismo, Edna Maria Marques de Oliveira orienta o controle dos fatores de risco e o acompanhamento regular com o cardiologista. Atendimento Ao perceber os sintomas, deve-se procurar atendimento na emergência hospitalar mais próxima ou ligar para o Serviço de Atendimento Móvel (Samu), no número 192. “É preciso manter a calma e não deixar o paciente realizar esforço físico, nem dirigir. Afrouxe as roupas e, caso a pessoa esteja inconsciente, sem pulso e sem respiração, inicie a massagem cardíaca até a chegada da equipe de saúde”, orienta o enfermeiro e instrutor do Núcleo de Educação em Urgências (Nuedu) do Samu, Reinaldo Siqueira. A rede pública de saúde do DF oferece unidades especializadas em cardiologia, como o Hospital de Base (HB), os hospitais regionais de Ceilândia (HRC), Taguatinga (HRT) e Gama (HRG), além de todas as Unidade de Pronto Atendimento (UPAs). Assistência ágil No Projeto Sprint, as equipes de emergência recebem suporte direto de especialistas por meio de um aplicativo que conecta os profissionais às equipes de cardiologia do Hospital de Base e do ICTDF | Foto: Divulgação/ Agência Saúde-DF Lançado em 2018, o Projeto Sprint surgiu com o objetivo de proporcionar um atendimento eficiente e um tratamento qualificado para casos de suspeita ou diagnósticos de doenças cardiovasculares. O projeto forma uma rede interligada em que as equipes de emergência têm o auxílio de um aplicativo que os conecta diretamente às equipes de plantão de cardiologia do HB e do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF). Todas as portas de entradas das emergências estão capacitadas para estabelecerem o diagnóstico e iniciar o tratamento no primeiro atendimento. Temos uma equipe de retaguarda de cardiologistas 24 horas, que dão suporte para os plantonistas em qualquer UPA ou hospital da rede pública do DF”, explica Edna Maria, que também é coordenadora do projeto. Toda a rede integrada de Atendimento ao Infarto Agudo do Miocárdio é conectada por meio do aplicativo Join, possibilitando aos médicos da ponta (clínicos das UPAs e hospitais) fornecer orientações por meio da telemedicina. Os especialistas na área ajudam no diagnóstico, inclusive auxiliando na realização de trombólise – processo pelo qual se dissolve um coágulo (trombo) formado na corrente sanguínea – ainda no local do atendimento inicial. Além disso, indicam procedimentos e já se preparam para receber o paciente caso seja indicada uma transferência, feita em ambulância do Samu. Segundo a coordenadora, a ideia trouxe melhorias no atendimento a pacientes. “Houve uma redução da mortalidade por infarto agudo do miocárdio, além de menor período de internação com o acesso ao cateterismo e demais exames complementares”, afirma. Em média, 31 casos envolvendo infarto são atendidos por meio do aplicativo no mês. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Unidades de saúde do DF recebem kit para cardíacos
A rede pública de saúde do Distrito Federal otimizou e reorganizou o atendimento para pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM). Essa melhoria foi alcançada por meio do Projeto Sprint, que, desde 2019, integrou os prontos-socorros dos hospitais regionais e unidades de pronto atendimento (UPAs) às unidades de referência cardiológicas nos hospitais regionais de Taguatinga e do Gama, Hospital de Base, Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) e Hospital Universitário de Brasília (HUB). O Projeto Sprint surgiu justamente para otimizar e qualificar ainda mais o atendimento dos casos suspeitos ou diagnósticos de doenças cardiovasculares, e oferecer atendimento rápido e eficiente já no primeiro contato médico | Foto: Geovana Albuquerque / Agência Saúde A Secretaria de Saúde, para reforçar ainda mais a importância desse serviço, recebeu integrantes das unidades que compõem a rede pública e entregou kits de armazenamento de medicamentos para auxiliar no atendimento aos pacientes cardíacos. O equipamento proporciona uma organização de todas as medicações utilizadas no paciente com IAM otimizando o tempo de administração da medicação ao paciente vítima de infarto. De acordo com a coordenadora do Projeto Sprint no DF e referência técnica Colaboradora distrital de cardiologia, Edna Marques de Oliveira, a assistência ao paciente com suspeita de IAM deve ser rápida e o Projeto Sprint existe para otimizar esse atendimento. “Este é um projeto muito importante e nós já estamos sendo uma referência no Brasil. Conseguimos descentralizar o atendimento do paciente infarto agudo do miocárdio, organizando nossa rede estabelecendo referências e fluxograma, além da capacitação científica de toda a equipe de saúde”, afirma. [Olho texto=”As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de mortes no mundo. No Brasil, o infarto agudo do miocárdio (IAM) ocupa o primeiro lugar” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Ainda segundo a coordenadora, a organização do fluxo de atendimento alcançado com a implantação do projeto na rede pública é um marco na saúde cardiovascular do DF. “Com a integração do atendimento pré-hospitalar [Samu], vamos oferecer o tratamento mais precoce possível”, acrescenta. Doenças cardiovasculares As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de mortes no mundo. No Brasil, o infarto agudo do miocárdio (IAM) ocupa o primeiro lugar. O Projeto Sprint surgiu justamente para otimizar e qualificar ainda mais o atendimento dos casos suspeitos ou diagnósticos de doenças cardiovasculares, e oferecer atendimento rápido e eficiente já no primeiro contato médico. Durante o encontro realizado para entrega dos kits, foi feita uma retrospectiva histórica do projeto apresentando as melhorias já implementadas no fluxo de atendimentos aos pacientes com IAM incluindo o atendimento pré-hospitalar. Também se abordou a parceria com a hemodinâmica, priorizando o estudo através do cateterismo dos pacientes no intuito de definir a terapêutica completa. Com os dados obtidos pelo projeto, já foi possível observar uma redução na mortalidade por IAM. O projeto [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os profissionais que atuam nos prontos-socorros integrados às unidades referência em cardiologia trocam informações em tempo real com cardiologistas do Hospital de Base, através do aplicativo Join, ferramenta de comunicação aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Com o empenho de todos os profissionais envolvidos no atendimento de emergência estamos conseguindo melhorar a assistência cardiovascular no DF”, destaca Edna Marques de Oliveira. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Emergência: saiba onde buscar socorro por especialidade
Uma emergência pode ocorrer a qualquer momento, em qualquer lugar ou com qualquer pessoa. Mas nessa hora difícil, é importante saber em qual serviço de saúde buscar atendimento. Os hospitais públicos do DF possuem atendimento emergencial além da clínica médica. Aqui está uma lista para que você saiba onde buscar atendimento em caso de imprevistos. Aplicativo integra toda a rede de Atendimento ao Infarto Agudo do Miocárdio | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde As emergências funcionam de forma ininterrupta. Em caso de problemas ligados ao coração, todas as emergências do DF (UPAs e hospitais) estão capacitadas para atender pacientes com infarto do miocárdio. A parceria é realizada entre a Secretaria de Saúde e o Laboratório Boehringer Ingelheim, feita através do Projeto Sprint. Toda a rede integrada de Atendimento ao Infarto Agudo do Miocárdio é conectada através do Aplicativo Join, possibilitando aos médicos da ponta (clínicos das UPAs e hospitais) as orientações por telemedicina para atendimento a esses pacientes. Os cardiologistas de plantão no Hospital de Base são responsáveis por compartilhar as orientações. [Olho texto=”O infarto agudo do miocárdio com supra de ST (IAMCSST) corresponde a uma das principais causas de mortalidade por doenças cardiovasculares” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A doença O infarto agudo do miocárdio com supra de ST (IAMCSST) corresponde a uma das principais causas de mortalidade por doenças cardiovasculares. A grande maioria dos casos é provocada por aterotrombose, sendo outras causas menos comuns: vasculites, dissecção coronariana, etc. Todas as unidades da rede possuem tablets com esse aplicativo (Join), onde os médicos fotografam os eletros e enviam para os cardiologistas para a confirmação do infarto. Assim, o paciente recebe o tratamento adequado na própria UPA ou hospital, mesmo que essa unidade não tenha um médico cardiologista presente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Join é um app de troca de informação entre médicos, possui tecnologia segura e é certificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). É utilizado em vários países para o compartilhamento de imagens, diagnósticos, resultados laboratoriais, ressonâncias magnéticas, tomografias computadorizadas em alta resolução sem comprometer a qualidade do atendimento. O Join é certificado como um dispositivo médico por várias instituições credenciadas como PMD (Japão), FDA (Estados Unidos), CE (European Economic Area) e Anvisa (Brasil). O tratamento padronizado na Secretaria de Saúde é a trombólise química, realizada com o medicamento Tenecteplase, o qual deve ser iniciado o mais rápido possível após o início dos sintomas. Caso o paciente tenha contraindicação ou não responda ao tratamento, ele é transferido para o Hospital de Base (que é o Hospital de Referência Terciária) onde poderá ser submetido a uma angioplastia de resgate. Onde tem atendimentos em cardiologia? – Hospital Materno Infantil de Brasília; – Hospital Regional de Ceilândia (referência em atendimento de infarto e AVC); – Hospital Regional do Gama; – Hospital regional de Taguatinga; – Hospital de Base; – Todas as UPAs do Distrito Federal. Outras especialidades Oftalmologia A emergência oftalmológica do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) atende, em média, 300 pacientes por semana. A unidade possui dois médicos e um residente pela manhã e tarde. À noite, dispõe de dois médicos plantonistas para os atendimentos e, aos finais de semana, um médico e um residente. Procedimentos que são realizados na emergência da oftalmologia do HRT: – Traumas oculares (pancada no olho) – Ciscos (corpo estranho) – Conjuntivites (olhos vermelhos, inchados ou não, lacrimejantes, apresentando secreções esbranquiçadas ou com aspecto de pus) – Terçol (olho inchado, dolorido, apresentando caroço com ou sem pus). – Uveítes (inflamação do trato uveal) – Úlceras de córnea – Outras inflamações oculares Pacientes que chegam ao HRT apresentando descolamento de retina, perfurações oculares, laceração de pálpebras são encaminhadas ao Hospital de Base para cirurgia de emergência. Onde tem atendimentos em oftalmologia? Hospital Regional de Taguatinga; Hospital de Base. Ortopedia Em cinco hospitais da rede pública, há atendimento especializado de trauma ortopédico, que é o tratamento das fraturas e das lesões musculares. São eles: – Hospital de Base; – Hospital Regional de Ceilândia; – Hospital Regional de Planaltina; – Hospital Regional de Taguatinga; – Hospital Regional do Gama. Cirurgia geral Em oito unidades hospitalares do Distrito Federal são feitos atendimento de emergência em cirurgia geral, dentre elas estão: vesícula biliar, obstrução intestinal, apendicite, ginecologia obstétrica, hérnias, hemorroidas e todas que compreendem cirurgia abdominal, cirurgia videolaparoscópica e cirurgia do trauma. O atendimento em pronto-socorro ocorre nas seguintes unidades: – Hospital de Base; – Hospital Regional de Ceilândia; – Hospital Regional do Gama; – Hospital da Região Leste; – Hospital Materno Infantil de Brasília; – Hospital Regional de Planaltina; – Hospital Regional de Sobradinho; – Hospital Regional de Taguatinga. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Saúde aprimora assistência em casos de AVC e infarto
O fluxo interno de atendimento a casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) está sendo aprimorado nas unidades de emergência da rede pública de saúde. O objetivo da ação, que integra o projeto Sprint, é reduzir a mortalidade por infarto e o tempo de internação. A iniciativa possibilita, ainda, que os profissionais tenham suporte, durante o atendimento ao paciente, por meio de consultas remotas com outros especialistas. Para que essa novidade se torne uma ação constante, profissionais e estudantes do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) estão sendo capacitados. “Esse projeto nada mais é do que treinar, capacitar todas as equipes de saúde das Unidades de Pronto Atendimento e prontos-socorros conforme protocolos pré-estabelecidos. Além de saber atender o paciente, notificar, ter dados de qualidade para a gente avaliar se está tendo gargalo, para que possamos melhorar esse atendimento”, explica a cardiologista e coordenadora do projeto Sprint, Edna Marques de Oliveira. Tablets Além dos treinamentos, o projeto baseia-se em uma comunicação rápida e eficiente. Para isso, as unidades de saúde receberam tablets, que facilitam a troca de informações clínicas entre os profissionais. Essa ação ajuda no diagnóstico e tratamento dos pacientes, possibilitando melhores condições de recuperação. “Quando recebemos um paciente com infarto, levamos em consideração todo o histórico clínico. Havendo necessidade de um auxílio especial no caso, os profissionais podem fazer contato com o Instituto de Cardiologia e com o Hospital de Base para discutir o caso e definir o tratamento adequado”, esclarece. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Infarto Agudo do Miocárdio é a causa de mais de 15 milhões de mortes no mundo. Em nosso país, anualmente, morrem quase 100 mil brasileiros por ano por ataque cardíaco. Outras 100 mil pessoas morrem de Acidente Vascular Cerebral. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, no ano de 2019, até a presente data, foram registradas 290.615 mortes ocasionadas pelas diferentes doenças cardiovasculares. Diante deste cenário, segundo Edna, a implantação desse projeto é de extrema relevância e tem impacto, ainda, na redução do tempo de internação hospitalar e, principalmente, no número de mortes de pacientes por essa doença. “Os pacientes que entram no projeto têm a garantia de fazer o cateterismo em até 24 horas depois do infarto. Então, agilizamos todo o tratamento do paciente, com a qualidade e a assistência necessárias”, explicou. *Com informações da Secretaria de Saúde
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