Combate ao Aedes aegypti é intensificado com chegada das chuvas
O início do período chuvoso no Distrito Federal acendeu o alerta para o risco de aumento da população do Aedes aegypti, mosquito transmissor de dengue, chikungunya e zika. Diante do cenário, a Secretaria de Saúde (SES-DF) ampliou frentes de vigilância e controle, apostando em tecnologias e armadilhas que mapeiam áreas críticas e reduzem a circulação dessas arboviroses. Agentes de saúde inspecionam residência no Sol Nascente: temporada é de reforçar o combate ao mosquito que transmite arboviroses | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Nesta quinta-feira (27), agentes de Vigilância Ambiental em Saúde revisitaram trechos do Sol Nascente, onde profissionais checaram dispositivos já instalados nas residências para monitorar e barrar a reprodução do mosquito. No campo, são utilizados dois modelos principais: as estações disseminadoras de larvicidas (EDLs), que usam o próprio inseto para levar o larvicida a outros pontos visitados por ele; e as ovitrampas, baldes preparados para coletar ovos e orientar a construção de mapas de calor, que direcionam as equipes para áreas prioritárias. Entre as ações em andamento, destacam-se a eliminação e tratamento de criadouros em áreas estratégicas com uso de larvicida e a aplicação de inseticidas residuais por borrifação intradomiciliar em imóveis de grande circulação, como escolas, e em locais com alto número de focos, como ferros-velhos. Há também o mapeamento e tratamento de pontos de difícil acesso por drones, uso de drones para identificar focos, além da soltura de mosquitos com a bactéria Wolbachia, chamados popularmente de “wolbitos", incapazes de transmitir vírus e projetados para substituir a população local de vetores ao longo do tempo. Israel Moreira, biólogo da Secretaria de Saúde, explica o funcionamento das ovitrampas: “São medidas recentes, mas já adotadas com sucesso em outras partes do país, por isso trouxemos para cá” A pasta também destaca o caráter estratégico do Sol Nascente na vigilância epidemiológica. Segundo o biólogo Israel Moreira, da SES-DF, a região conta com 150 ovitrampas e mais de 3 mil EDLs distribuídas, em razão de taxas de infestação relevantes e histórico de alta transmissão. “Aqui temos duas estratégias: medir a infestação coletando ovos e o controle, usando o próprio mosquito para disseminar larvicida”, detalha. “São medidas recentes, mas já adotadas com sucesso em outras partes do país, por isso trouxemos para cá. Pelo tamanho da população, usamos 150 armadilhas de coleta e mais de três mil estações disseminadoras”. O biólogo reforçou que o trabalho ocorre o ano todo, sendo intensificado na estação chuvosa, quando recipientes expostos acumulam água com maior frequência. Segundo a SES-DF, em números regionais, as cidades com maior cobertura de EDLs na capital são Recanto das Emas, com 198 estações; Água Quente, com 79; e o Sol Nascente, com 2.918 unidades já instaladas. Mais agentes A ampliação da força de trabalho é outro eixo da estratégia. Em novembro do ano passado, o Governo do Distrito Federal (GDF) nomeou 800 agentes de saúde para reforçar o atendimento nos territórios: 400 agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) e 400 agentes comunitários de saúde (ACSs), que atuam diretamente nas visitas domiciliares, ações comunitárias e serviços da atenção básica. A agente de Vigilância Ambiental Tawanna Ferreira lembra a importância das visitas semanais: “Muitos moradores às vezes não sabem o que fazer ou os riscos que estão correndo, então orientamos sempre a não deixar depósitos de água, e a tapar qualquer buraco que tiver, como ralos, para evitar os escorpiões também, que nessa época chuvosa e quente começam a sair mais dos lugares” No Sol Nascente, a aceitação do trabalho tem sido positiva. De acordo com a agente de vigilância ambiental Tawanna Ferreira, a população tem aberto as portas para a manutenção semanal das armadilhas e orientações de saúde. “Os moradores entendem que a ovitrampa ajuda a medir onde tem mais foco e que a EDL é uma estratégia nova; eles recebem a gente bem e acompanham as instruções”, afirma. De acordo com a agente, as visitas semanais também são importantes por permitirem que os profissionais orientem sobre problemas além da dengue. “Muitos moradores às vezes não sabem o que fazer ou os riscos que estão correndo, então orientamos sempre a não deixar depósitos de água, e a tapar qualquer buraco que tiver, como ralos, para evitar os escorpiões também, que nessa época chuvosa e quente começam a sair mais dos lugares”, explica. Segurança e cuidado [LEIA_TAMBEM]A realidade vivida nos lares ilustra a importância do monitoramento. Moradora do Trecho 1 do Sol Nascente, a cozinheira Rosângela Ferreira, de 41 anos, relata que o acompanhamento constante reforça os cuidados cotidianos: “Com as visitas frequentes, alerta mais a gente sobre não deixar água parada. Eu já tive dengue três vezes, em 2015, 2016 e 2020. Foi muito ruim. Mas não tive mais desde então, e acho que essas ações ajudam bastante”. No Trecho 3 do Sol Nascente, a dona de casa Regiane Lopes da Silva, 45, também ressalta o valor das orientações, especialmente em um território com forte presença de crianças: “É muito bom, porque os agentes explicam tudo direitinho. Tem que deixar a armadilha para o mosquito no cantinho, onde ninguém mexe, manter pneu sem água, garrafa virada e tampar os ralos”. Regiane conta que o filho já foi internado com dengue hemorrágica há três anos, situação que marcou a família. “Agora seguimos as orientações, e todo mundo tomou a vacina; queremos ficar seguros contra essas doenças”, assegura.
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Equipes do GDF trocam estações disseminadoras de larvicida no Sol Nascente em ação de combate à dengue
Esta semana, a comunidade do Sol Nascente recebeu mais uma entre as diversas ações lideradas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o mosquito transmissor da dengue. Desta vez, as equipes da Secretaria de Saúde (SES-DF) realizaram visitas domiciliares para fazer a manutenção das estações disseminadoras de larvicida (EDLs), além de orientar a população com as principais formas de evitar focos do Aedes aegypti. As estações disseminadoras de larvicida (EDLs) têm inseticida, dentro de baldes pretos, que funciona como um hormônio regulador de crescimento de insetos que interrompe o desenvolvimento, impedindo atinjam a fase adulta | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília As visitas são feitas de forma mensal nas casas onde as armadilhas foram instaladas e ocorrem desde outubro de 2024. Nos locais, os moradores relatam a sensação de diminuição na população de mosquitos. Na casa do aposentado José Osvaldo dos Santos, 70 anos, o EDL foi instalado há alguns meses e sempre que as equipes aparecem ele as recebe para a manutenção. “É bom para a gente mesmo, porque a dengue mata. Eu aqui não tenho recipiente vazio com água parada, sempre estou de olho. E tem muito tempo que eu não pego dengue”, afirma. As armadilhas ajudaram a diminuir a quantidade de mosquitos, segundo Cleane Ribeiro da Silva Viana Para a dona de casa Cleane Ribeiro da Silva Viana, 42, o combate à dengue é coisa séria também. A última vez que a família pegou a doença foi há dois anos e as lembranças de Cleane são de sintomas fortes que ela não deseja para ninguém. Atualmente sempre cuidando da casa e recebendo os agentes, ela reforça a importância de cada um fazer sua parte. “Antes tinha bastante mosquito, a gente via muito porque você cuida do seu quintal, mas os vizinhos às vezes não cuidam. Mas esse dispositivo ajudou bastante a diminuir. Tem um controle bem maior, mostra que o governo está cuidando da saúde da gente”, observa. Como funciona [LEIA_TAMBEM]As estações disseminadoras de larvicida (EDLs) são compostas por um balde preto, em que as cores escuras atraem mais o mosquito, o qual naturalmente procura pela água acumulada no recipiente. Dentro do balde há uma boia com uma tela ao redor, impregnada com um produto chamado Pyriproxyfen, um inseticida que funciona como um hormônio regulador de crescimento de insetos que interrompe o desenvolvimento, impedindo atinjam a fase adulta. Como o mosquito não deposita os ovos diretamente na água, ele é atraído por um local mais áspero, justamente onde vai depositar o ovo - que após algumas horas, cai dentro da água. Contudo, no momento que o mosquito encosta na tela, é impregnado pelo Pyriproxyfen e, ao voar e depositar os ovos em outros locais, ele contamina as outras fontes de água e se torna um auto disseminador do produto. Comunidade em foco São 3,2 mil EDLs espalhados pelo Distrito Federal e, segundo o agente de vigilância ambiental da Secretaria de Saúde, Ernesto Augustus Renovato, em algumas regiões os próprios moradores pedem a instalação de novos dispositivos de captura. Atuando como supervisor da ação realizada nesta semana no Sol Nascente, Ernesto explicou que a manutenção das EDLs consiste na troca da tela com o produto e também da água do recipiente. Na ocasião, os agentes também avaliam se há presença de larvas, qual a quantidade e, com as informações, é possível fazer um mapeamento da incidência do mosquito. Ernesto Augustus Renovato diz que é importante que a população receba os agentes de vigilância ambiental em casa e não caia em fake news: "Realmente é um problema sério e pode atrapalhar até mesmo a estratégia de divulgação desse trabalho de manutenção" O profissional ressaltou a importância dos moradores receberem bem as equipes, que efetuam uma educação ambiental durante as visitas, capaz de orientar e desmistificar o funcionamento das EDLs. “Algumas pessoas observam o surgimento das larvas e pensam que a armadilha está atraindo o mosquito, e não protegendo. Tem gente que joga fora ou pede para que seja retirada. Por enquanto estamos tendo uma boa aceitação e adesão da população, mas é importante que ela receba a gente e não caia em fake news, porque realmente é um problema sério e pode atrapalhar até mesmo a estratégia de divulgação desse trabalho de manutenção”, afirmou Ernesto. Foram 25 agentes participando da ação desta quarta-feira (30) na região. Entre eles, o agente de vigilância ambiental Welberti Moacyr da Silva, que reforçou o retorno positivo que a comunidade tem relatado às equipes. “É muito importante que a população nos receba para dar continuidade e para que esse projeto surta os efeitos que precisa surtir. A gente tem conseguido entrar e ter uma boa relação com os moradores, o feedback que a gente recebe é muito positivo, não só com a diminuição nos casos do mosquito da dengue, como também de muriçocas e até pernilongos, que é mais perceptível para eles”. Welberti Moacyr da Silva destaca que a população aprova a atuação dos agentes no combate ao mosquito transmissor da dengue O agente acrescentou, ainda, que o contato mais próximo com a população possibilita, além da educação ambiental sobre o ciclo de vida do Aedes aegypti, o recebimento de outras demandas nas regiões, como escorpiões, ratos e outros fatores bióticos e abióticos que interferem na saúde humana. “Nós encaminhamos, damos orientações e isso traz uma tranquilidade maior para a comunidade”. Trabalho ininterrupto De acordo com a Secretaria de Saúde (SES), em 2025 foram realizadas 648.063 inspeções em imóveis, sendo que 643.556 foram realizadas pelos agentes de vigilância ambiental e 4.507 pelos bombeiros. Neste mesmo período foram realizados 99.100 tratamentos focais de imóveis. Ainda, foram cadastradas 2.808 armadilhas ovitrampas as quais foram avaliadas 26.020 vezes, tendo sido removidos 770.959 ovos de Aedes aegypti.
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Não caia em fake news: Saiba como funcionam armadilhas contra o Aedes aegypti
A Secretaria de Saúde (SES-DF) tem adotado diversas estratégias para combater a dengue no Distrito Federal. Entre elas estão as armadilhas para o Aedes aegypti, como as Estações Disseminadoras de Larvicida (EDLs) e as ovitrampas. Contudo, para que os dispositivos realmente sejam efetivos contra o mosquito, é preciso ficar atento às fake news e se informar por meio de fontes oficiais. As armadilhas usadas pela SES-DF contra o Aedes aegypti, como as Estações Disseminadoras de Larvicida e as ovitrampas, são essenciais para o combate à dengue | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF As armadilhas instaladas pelos agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) nas residências são ferramentas essenciais para o monitoramento dos mosquitos e controle da dengue na capital federal. “Elas permitem produzir mapas de infestação do Aedes aegypti e assim direcionar os agentes às ações de prevenção e controle, contribuindo para a proteção da população e menor ocorrência de casos”, aponta o biólogo Israel Martins, responsável pela implementação dos dispositivos na rede da SES-DF. O especialista ressalta que os dispositivos não atraem um maior número de mosquitos para dentro das casas, uma vez que o alcance é limitado ao ambiente domiciliar. O subsecretário de Vigilância à Saúde (SVS), Fabiano dos Anjos, reitera e acrescenta que o papel das armadilhas é justamente o contrário: “Elas não aumentam a infestação, mas ajudam a identificar a presença do Aedes aegypti e permitem ações rápidas para interromper sua reprodução”. Como funcionam Cada EDL é composta por um pote plástico com água no fundo e um tecido preto impregnado com larvicida em pó, chamado pyriproxyfen. Quando o mosquito transmissor da dengue ingressa na armadilha para depositar seus ovos, ele entra em contato com o produto e, ao voar para outros criadouros, acaba dispersando o larvicida e impedindo que as larvas se desenvolvam. Já as ovitrampas são constituídas por um pote preto com água e levedo de cerveja, além de um pequeno pedaço de placa de fibra de madeira. Os mosquitos colocam seus ovos nessa placa – chamada de paleta – e na parede do recipiente. Embora as armadilhas pareçam um criadouro de mosquitos, elas são seguras, pois recebem inseticida para impedir o desenvolvimento de larvas. O produto não representa riscos a humanos ou animais de estimação. As ovitrampas são compostas por um pote preto com água e levedo de cerveja, além de um pequeno pedaço de placa de fibra de madeira Ação domiciliar dos Avas Peça-chave no combate ao Aedes aegypti, a visita dos agentes permite a instalação dos dispositivos, protegendo não só a residência, como toda a comunidade local. Identificá-los é simples: os Avas usam colete e chapéu com abas, os dois da cor marrom-cáqui, além de uma camiseta branca. Eles também carregam uma bolsa amarela, onde armazenam seu material de trabalho. Os agentes devem estar devidamente identificados com símbolos da SES-DF e com a designação de suas funções bem visíveis no uniforme. Na maioria dos casos, o profissional estará munido de um crachá com nome e foto, porém pode haver situações em que o servidor ainda esteja com seu crachá provisório. Para facilitar a identificação, os Avas usam colete e chapéu com abas, os dois da cor marrom-cáqui, além de uma camiseta branca; eles também costumam carregar uma bolsa amarela Queda de casos As visitas e armadilhas, aliadas às demais estratégias contra a dengue, têm mostrado resultados positivos. De acordo com dados do último boletim sobre a dengue, até a 13ª semana epidemiológica de 2025, foram notificados 5,1 mil casos prováveis da doença em moradores do DF – uma redução de 97,4% no número de ocorrências em comparação ao mesmo período de 2024, quando houve 194,4 mil casos. Porém, o subsecretário adverte que não é o momento de baixar a guarda: “O combate à dengue é um desafio contínuo, que exige estratégias inovadoras e engajamento de toda a população”. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Aplicação de inseticida reforça combate à dengue na Feira no Guará
A Feira do Guará recebeu, nesta segunda-feira (31/3), ação da Secretaria de Saúde (SES-DF) para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya. Uma equipe da Vigilância Ambiental aplicou o inseticida por meio da técnica chamada de borrifação residual intradomiciliar (BRI). Com a técnica de borrifação residual intradomiciliar, o inseticida adere às paredes e cria uma camada protetora capaz de contaminar o mosquito que pousar no local | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF A feira abre de quarta-feira a domingo, e, embora o produto não represente risco para seres humanos e animais de estimação, a escolha de um dia sem circulação de pessoas no local, como a segunda, contribui para que o trabalho seja realizado de maneira mais ágil e eficiente. “O produto só pode ser aplicado em paredes de concreto. Nesse tipo de material, ele adere e cria uma camada protetora que contamina o mosquito quando pousar no local”, explica a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental do Guará, Roberta Ferreira. A servidora também conta que o inseticida possui ação que dura até 90 dias, porém, é necessário que o local da aplicação não seja lavado. “Assim, a aplicação é realizada apenas em locais que não correm o risco de serem molhados pela chuva”, esclarece. Ações preventivas na feira Feira do Guará recebeu aplicação de inseticida contra o mosquito Aedes aegypti nesta segunda-feira (31) Além da borrifação residual intradomiciliar realizada hoje, o local conta ainda com armadilhas conhecidas como ovitrampas. A medida se mostrou eficaz no controle do Aedes aegypti e no direcionamento das ações de combate por meio de melhor monitoramento da infestação de mosquitos. Roberta ressaltou a importância de feirantes e administração da feira manterem os demais cuidados para prevenção da dengue, como eliminação de possíveis locais de proliferação do mosquito, e aproveitou a oportunidade para orientar sobre lixeiras, canaletas e potes que podem acumular água: “A Vigilância Ambiental está sempre atenta e buscando meios de prevenção e combate à dengue. Mas as ações de toda a população são fundamentais para o sucesso da luta contra o mosquito”. DF registra queda nos casos de dengue O último boletim epidemiológico da dengue registrou uma redução de 97,4% nos casos em comparação ao ano anterior. Nenhum óbito foi registrado. Da mesma forma, quase todas as regiões administrativas do DF estão com baixa incidência. As exceções são as regiões do Varjão e Paranoá, que apresentam incidência média. *Com informações da SES-DF
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Incidência da dengue é considerada baixa em 33 regiões administrativas do DF
Até o dia 18 de janeiro deste ano, o Distrito Federal registrou 1.421 casos prováveis de dengue. No mesmo período de 2024, foram registrados 29.510 casos prováveis da doença, uma redução de 95,4%. Os dados constam no novo boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde (SES-DF). “Devemos registrar e comemorar esses dados, mas sem perder de vista os cuidados para combater a doença. Afinal, alcançamos esse resultado por meio de um esforço conjunto da população e do governo”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. A pasta divulga boletins epidemiológicos semanais com dados sobre os casos registrados. Boletim semanal da Secretaria de Saúde indica redução de 95,4% dos casos de dengue, se comparado ao mesmo período do ano passado | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde Das 35 regiões administrativas (RAs) do Distrito Federal, 33 estão com a incidência de dengue classificada como baixa nas últimas quatro semanas epidemiológicas. No Sol Nascente/Pôr do Sol e no Paranoá, no entanto, a incidência é classificada como média, com mais de 100 casos para cada 100 mil habitantes. A incidência registrada foi de 103,02 e 133,04 casos, respectivamente. Nenhuma RA está com incidência alta, nível atingido acima de 300 casos por 100 mil habitantes. Ações Os 858 agentes de Vigilância Ambiental (Avas) visitam domicílios em todas as regiões do DF diariamente. Do total de profissionais, 454 ingressaram em 2024 e 41 neste ano. As ações nas residências incluem a identificação e eliminação de focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti, além de orientação aos moradores. Só no ano passado, foram mais de 2 milhões de residências vistoriadas. Os Avas também implantam estações disseminadoras de larvicidas e de armadilhas – chamadas de ovitrampas. *Com informações da Secretária de Saúde
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Casos de dengue caem 97% no Distrito Federal; veja ações do GDF de combate à doença para 2025
O ano de 2025 começou com uma queda significativa dos casos de dengue no Distrito Federal. A primeira semana de janeiro registrou 196 casos prováveis, o que representa uma redução de 97,6% em relação ao ano passado. No mesmo período de 2024, a capital já tinha 8.228, e, no ano anterior, 711 registros. Os dados foram divulgados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em coletiva de imprensa nesta terça-feira (7), no Palácio do Buriti. O GDF apresentou, nesta terça-feira (7), dados e ações do governo para o combate à dengue em 2025 | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “Nós tivemos uma redução do ano passado para esse ano de 97,6%. Tivemos uma epidemia no ano de 2024 que foi enfrentada por esse governo de forma concentrada. Montamos tenda, fizemos um atendimento de uma forma mais rápida do que a rede privada. Foram mais de 400 mil atendimentos na nossa rede de saúde. Apesar de nós termos um panorama diferente do ano passado, não podemos recuar nem 1 centímetro nas ações de combate à dengue”, alertou a governadora em exercício Celina Leão. Para manter os números em queda e a população segura, o GDF reforçou as contratações e a capacidade de trabalho. O número de agentes de vigilância ambiental (AVAs) passou de 415 para 915, enquanto o de agentes comunitários de saúde (ACSs) saltou de 800 para 1,2 mil. Os auditores na linha de frente também aumentaram, de 81 para 131. A Defesa Civil também ampliou o número de agentes de 70 para 109, com uma dupla destacada para cada uma das regiões administrativas do DF. O investimento em tecnologia também foi ampliado, com o uso de drones e a implementação do aplicativo com georreferenciamento dos focos da doença. Trata-se do app eVisitas, utilizado pelos agentes para fazer o controle vetorial digitalmente com o apoio de 657 smartphones. O número de estações disseminadoras de larvicida (EDLs), as chamadas armadilhas, passou de 2,3 mil para cerca de 4 mil este ano. Após a instalação no Sol Nascente/Pôr do Sol, as armadilhas chegarão a Água Quente e ao Recanto das Emas. Também será ampliado o uso de ovitrampas, com um total de 6 mil em 2025. “Está diferente do ano passado e também de 2023. Isso também é fruto das ações que foram desenvolvidas ao longo do ano passado para que a gente pudesse minimizar o impacto da dengue em 2025”, acrescentou o chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha. Em 2024, o GDF instituiu uma força-tarefa – ainda em vigor – de prevenção e combate à dengue com a participação de 11 órgãos, conforme portaria. Gustavo Rocha, chefe da Casa Civil: “Está diferente do ano passado e também de 2023. Isso também é fruto das ações que foram desenvolvidas ao longo do ano passado para que a gente pudesse minimizar o impacto da dengue em 2025” Outra novidade é que o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) aumentou a capacidade de realização de testes para o diagnóstico da doença e do sorotipo em circulação, de 500 para 1,5 mil. Combate aos focos do mosquito Também estão sendo instaladas placas informativas em pontos de descarte irregular para alertar a população sobre deveres e cuidados com o mosquito. A iniciativa prevê a colocação de 200 equipamentos em diferentes regiões do DF, visto que a questão do descarte irregular é um ponto sensível para a transmissão da doença. Responsável pelo contato com as administrações regionais, o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, lembrou que desde o ano passado, no período anterior às chuvas, o governo iniciou as ações de limpeza e zeladoria nas cidades, como poda de árvores, limpeza de bueiros e remoção de entulho. Para este ano, a missão é a mesma. “Vamos reforçar esse trabalho da zeladoria, sobretudo no sentido do lixo e da água parada, de manter as nossas equipes sempre na rua, para que tenhamos cidades mais limpas e que isso não seja mais um trauma nas nossas vidas”, disse. Ainda na esteira da zeladoria das cidades, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) dividiu os trabalhos pelo DF em seis regionais e ampliou a limpeza de bocas de lobo com caminhões de sucção e hidrojateamento. Esse trabalho, que antes era feito de forma manual e superficial, agora é executado por um sistema de limpeza com caminhões para fazer a sucção dos resíduos sólidos e a limpeza das bocas de lobo. Desde a contratação do serviço, a Novacap já limpou 800 km de um total de aproximadamente 4 mil km de rede de drenagem. “Pretendemos completar toda a rede ainda no decorrer deste ano”, afirmou o presidente da Novacap. “Vamos fazer esse trabalho ainda mais próximos das regiões administrativas para atender a tudo que é necessário no combate à dengue. As bocas de lobo e as redes de drenagem são um problema muito crítico no DF, desde sempre.” O SLU vai incrementar a coleta, ampliando o recolhimento para mais um turno. Além disso, estão previstas a troca de 4 mil lixeiras e a instalação de mais 100 papa-lixos e 20 papa-entulhos. A DF Legal intensificou as ações de fiscalização. Só no ano passado, foram mais de 21 mil ações fiscais que geraram cerca de R$ 4 milhões em multas. Este ano, o GDF aumentou o valor da multa, com o objetivo de diminuir o número de casos. Agora, o tributo varia de R$ 2,9 mil a R$ 29 mil, podendo chegar até R$ 200 mil em algumas situações. “Se somarmos o que o SLU, a Novacap e as administrações recolheram, temos mais de 1 milhão de toneladas de descarte irregular retiradas das ruas do DF. O descarte irregular é um foco de dengue. É importante a conscientização das pessoas”, acrescentou Gustavo Rocha. José Humberto Pires de Araújo, secretário de Governo: “Vamos reforçar esse trabalho da zeladoria, sobretudo no sentido do lixo e da água parada, de manter as nossas equipes sempre na rua, para que tenhamos cidades mais limpas” Imunização e ações de rotina O governo também reforçou a importância da vacinação dos jovens de 10 a 14 anos, que compõem o grupo prioritário estabelecido pelo Ministério da Saúde. Segundo o GDF, 46% receberam a primeira dose. No entanto, apenas 18,9% completaram o ciclo vacinal. Atualmente, 17 mil doses estão disponíveis na rede pública de saúde. Além disso, permanecem as ações de rotina: visitas domiciliares para remoção e tratamento de focos, manejo ambiental, atividades educativas, bloqueio de transmissão e controle de emergências com UBV (ultrabaixo volume), instalação e monitoramento de armadilhas ovitrampas e atuação integrada com os órgãos locais, a exemplo do GDF Mais Perto do Cidadão. O GDF destacou ainda que foi feita uma preparação para eventuais situações críticas que envolvam a doença. “Desde julho, já lançamos o plano de contingência composto por estágios, com uma análise feita diariamente para cada mudança do cenário, elevando a escala de risco, se necessário”, pontuou o subsecretário de Vigilância à Saúde da Secretaria de Saúde, Fabiano dos Anjos. A coletiva contou com as participações da governadora em exercício Celina Leão, do secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, e do secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo. Também estiveram presentes os presidentes da Novacap, Fernando Leite, e do SLU, Luiz Felipe Cardoso, o secretário-executivo de Proteção da Ordem Urbanística – DF Legal, Francinaldo Oliveira, o subsecretário de Vigilância à Saúde da SES, Fabiano dos Anjos, e o diretor de gestão de Desastres da Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil, coronel Eloízio Nascimento.
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DF tem queda de 81% no número de casos de dengue frente a 2023
O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%. Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF “Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio. O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF) mostra que, até o fim da semana epidemiológica (SE) 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana. Ações educativas em escolas fazem parte do esforço do GDF para combater a dengue | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica. Visando à prevenção da dengue, a SES-DF ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas. Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida. Outros órgãos do Governo do Distrito Federal, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a SES-DF, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar. *Com informações da SES-DF
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Dezoito regiões administrativas do DF contam com as ovitrampas no combate à dengue
Dezoito regiões administrativas do Distrito Federal já têm armadilhas para o combate à dengue. Conhecidas como ovitrampas e fundamentais para o monitoramento da infestação do mosquito Aedes aegypti, essas armadilhas simulam criadouros e permitem coletar ovos. De acordo com o subsecretário de Vigilância à Saúde, da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), Fabiano dos Anjos, as armadilhas são mais uma estratégia para o combate ao mosquito transmissor da dengue. “A Secretaria de Saúde tem reforçado, além das ações de visita casa a casa e orientações quanto à eliminação de criadouros de mosquitos, diversas iniciativas como a implementação das ovitrampas. Essas armadilhas são capazes de, além de direcionar as ações da SES-DF, eliminar esses ovos do ambiente”, afirma. São Sebastião e Varjão serão as próximas RAs a receber as ovitrampas; plano da Secretaria de Saúde é que todo o DF adote essa estratégia no combate à dengue | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde Equipes da Secretaria de Saúde (SES-DF) já instalaram ovitrampas em residências e estabelecimentos comerciais em Água Quente, Brazlândia, Candangolândia, Ceilândia, Cruzeiro, Estrutural, Gama, Guará, Lago Sul, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Samambaia, Santa Maria, Sobradinho, Taguatinga e Itapoã. As regiões de São Sebastião e Varjão são as próximas, e o planejamento é de que todas as RAs tenham ovitrampas. De acordo com o biólogo da Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS), Israel Moreira, as ovitrampas direcionam as ações de combate por meio de um melhor monitoramento da infestação de mosquitos. “As armadilhas permitem verificar onde há mais mosquitos na cidade. A quantidade de ovos coletados é utilizada na criação de mapas que indicam as quadras mais infestadas da cidade e as ações de prevenção e controle são realizadas prioritariamente nessas áreas”, explica. Como funcionam Embora as armadilhas pareçam um criadouro de mosquitos, elas são seguras, pois recebem inseticida para impedir o desenvolvimento de larvas As ovitrampas são compostas por um pote preto com água e levedo de cerveja, além de um pequeno pedaço de placa de fibra de madeira (o material das pranchetas). É nessa placa — chamada de paleta — em que os mosquitos colocam os ovos. Embora as armadilhas pareçam um criadouro de mosquitos, elas são seguras, pois recebem inseticida para impedir o desenvolvimento de larvas. “Esse tipo de armadilha, diferentemente da coleta de larvas do mosquito, é bastante sensível. Ou seja, permite detectar baixas infestações nas cidades. Na estação seca, por exemplo, enquanto o agente de vigilância tem certa dificuldade em encontrar larvas, as armadilhas conseguem apontar a presença de mosquitos adultos”, detalha o especialista. Além disso, a ovitrampa serve para indicar a quantidade de ovos produzida por área e ajuda a removê-los do ambiente. Após sete dias, os agentes de vigilância ambiental retornam ao local onde as armadilhas foram instaladas, retiram a paleta, lavam os recipientes e inserem uma nova paleta. O material colhido é levado para o laboratório, onde é realizada a contagem do número de ovos. “A ajuda da população é essencial, pois as armadilhas são instaladas nos quintais e áreas de serviço das residências e de outros imóveis” Israel Moreira, biólogo Geralmente, as ovitrampas são instaladas até a altura máxima de 1,5 metro do chão, em local sombreado e abrigado da chuva, longe do alcance de crianças e animais domésticos. Por isso, o profissional alerta que a eficácia das armadilhas requer atenção especial da comunidade. “A ajuda da população é essencial, pois as armadilhas são instaladas nos quintais e áreas de serviço das residências e de outros imóveis”, sinaliza. Na casa da moradora do Núcleo Bandeirante, Maria Auxiliadora Cândida, 82 anos, a armadilha já está instalada há cerca de dois anos, perto das plantas e escondida, para que o gato de estimação não beba a água. Para a idosa, a armadilha é também uma forma de proteção para a própria residência. “Pelo menos a nossa casa, a gente protege. Se os outros não fazem a parte deles, a gente faz”, comenta. No DF, as armadilhas podem ser instaladas a cada 100, 200 ou 300 metros, dependendo do tamanho da população, o que significa que também podem ser inseridas em comércios. Há dois meses, as ovitrampas estão no Mercadão do Núcleo Bandeirante, colhendo os ovos do mosquito da dengue. Para o síndico do estabelecimento, Tiago Bruno Torres, 39, a medida é uma forma de prevenção e de combate. “Quanto mais a gente prevenir e saber em quais locais a dengue pode estar, mais a gente pode agir. Não podemos correr o risco de alguém pegar a doença. É uma excelente estratégia”, comenta. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Chuvas no período de seca reforçam cuidado com focos do Aedes aegypti
Com as chuvas atípicas que, vez ou outra, refrescam a seca, a Secretaria de Saúde do DF (SES) chama a atenção dos brasilienses para o combate ao Aedes aegypti. Isso porque um ovo do mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela consegue ficar até 400 dias sem contato com a água, só aguardando as primeiras gotas para eclodir. Chamadas de ovitrampas, as armadilhas são deixadas nas casas de moradores que estão no referenciamento geográfico da SES-DF e simulam um ambiente perfeito para a procriação do mosquito| Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde “Ao primeiro contato com a água, em até três horas, acontece o nascimento da larva”, explica o gerente de Vigilância de Vetores e Animais Peçonhentos e Ações de Campo da SES, Edi Xavier de Faria. “Daí, de sete a dez dias, dependendo da temperatura, já sai um mosquito pronto para picar as pessoas.” Levantamento elaborado pela SES aponta que o número de casos prováveis de dengue diminuiu 59,4% no Distrito Federal e que o índice de infestação do mosquito Aedes aegypti está em patamar considerado satisfatório, de acordo com um em 26.029 imóveis nas 35 regiões administrativas do DF durante agosto. Mas a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, alerta: “O período com maior intensidade de chuvas está prestes a começar, e o engajamento de toda a sociedade é fundamental para garantirmos esses números seguros. É preciso começar a agir agora”. Ações da Saúde Para auxiliar no combate, servidores da pasta buscam espalhar armadilhas de captura de ovos, sem o uso de inseticidas químicos. Conhecida como ovitrampa, a ferramenta é uma mistura de água limpa, larvicida e levedo de cerveja que, colocada em pontos estratégicos, reduz efetivamente a proliferação do mosquito e reúne informações sobre a distribuição e a densidade dos focos. [Olho texto=”“Muitas vezes, as pessoas se descuidam por não estarem potencialmente criando um depósito, só que o ovo do mosquito é muito resistente: pode ficar mais de um ano ali sem ter contato com água até ter uma chuva”” assinatura=”Jadir Costa Filho, diretor da Vigilância Ambiental da SES-DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Instaladas nas casas de moradores que estão no referenciamento geográfico da SES-DF, as armadilhas simulam um ambiente perfeito para a procriação do mosquito. Um recipiente é preenchido com água, que fica parada, atraindo o inseto. Nele, os pesquisadores inserem uma palheta de madeira para facilitar o depósito de ovos pela fêmea. Cada ovitrampa atinge um raio de 200 metros e em média contém até 300 ovos. “É uma tecnologia de sucesso, pois são vários mosquitos a menos circulando em nosso território, uma vez que [o equipamento] impede que os ovos eclodam”, explica o agente de Vigilância Ambiental da SES-DF João Bosco de Carvalho. A dengue escondida na seca Apesar de o DF indicar redução de casos e um cenário contrário ao resto do país – que, segundo dados do Ministério de Saúde, já ultrapassou a marca de 1 milhão de casos prováveis de dengue e 635 óbitos confirmados -, os cuidados devem ser constantes e ir além das armadilhas e da época chuvosa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A recomendação é que, ainda que na seca, cada morador retire das áreas externas objetos que podem acumular água – latas, garrafas, pneus, potes e brinquedos, por exemplo. A atenção também precisa ser redobrada nos vasos de plantas, onde deve ser colocada areia até a borda; com as calhas, que devem ser mantidas desobstruídas, e com as caixas-d’água, que precisam estar tampadas. O objetivo é evitar que os recipientes sejam usados como depósitos pelo mosquito fêmea. “A chuva atípica chamou a nossa atenção para uma série de cuidados que precisam ser mantidos no período seco”, avalia o diretor da Vigilância Ambiental (Dival) da SES-DF, Jadir Costa Filho. “Muitas vezes, as pessoas se descuidam por não estarem potencialmente criando um depósito, só que o ovo do mosquito é muito resistente: pode ficar mais de um ano ali sem ter contato com água até ter uma chuva.” Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença. Porém, idosos e portadores de enfermidades crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações fatais. Olho vivo nas plantas Outro ponto fundamental para a população ficar atenta é com os recipientes utilizados para plantas em varandas, jardins ou mesmo em espaços fechados. O Lago Norte é a região administrativa que melhor demonstra essa situação: mesmo com o período da seca, a situação de infestação pelo Aedes aegypti foi classificada como de alerta, com larvas do mosquito tendo sido encontradas em cerca de 2,08% das residências visitadas. A maioria desses focos estava em vasos e frascos com água, pratos, pingadeiras e pequenas fontes ornamentais, além de bebedouros e recipientes de degelo de refrigeradores. “Estamos na seca, mas esses pontos têm acúmulo de água por conta da ação humana”, reforça Edi Faria. Outra região administrativa classificada como em situação de alerta foi Arapoanga, com 1,15% das residências tendo apresentado larvas do mosquito. O mesmo tipo de recipiente foi registrado na hora de localizar as larvas. Arte: Agência Saúde Veja, abaixo, os principais sintomas da dengue. ? Febre alta, maior do que 38°C ? Dor no corpo e articulações ? Dor atrás dos olhos ? Mal-estar ? Falta de apetite ? Dor de cabeça ? Manchas vermelhas pelo corpo. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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