Referência em atendimento integrado, Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão do DF prestou mais de 18 mil atendimentos em 2025
“Fui encaminhado pelos médicos da UBS [unidade básica de saúde] perto de casa, por causa da diabetes; eles me mandaram para cá porque minha diabetes era incontrolável, não tinha jeito de estabilizar”, relata Carlos de Sousa, 52 anos, morador do Itapoã. No Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão Adulto (Cadh), do Hospital Regional do Paranoá, ele finalmente conseguiu controlar as taxas da doença, com o apoio de uma equipe multiprofissional que o acompanha regularmente. Unidades do Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão atendem usuários de alto e muito alto riscos | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Atualmente, o Distrito Federal conta com quatro centros de atenção a diabetes e hipertensão, nas modalidades Adulto (Cadh) e Infantil (Cadhin), distribuídos pelas regiões de saúde. Neste mês, o Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou o posto que abrange Ceilândia, Brazlândia, Sol Nascente/Pôr do Sol. As unidades atendem usuários de alto e muito alto riscos, com diagnóstico de diabetes ou hipertensão, encaminhados pelas equipes de Saúde da Família. Somente neste ano, já foram prestados mais de 18 mil atendimentos. A coordenadora de Atenção Secundária e Integração de Serviços da Secretaria de Saúde (SES-DF), Juliana Oliveira, explica que a Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) atua como retaguarda dos demais níveis de atenção, especialmente da Atenção Primária à Saúde (APS). “No DF, seu papel central inclui realizar consultas e procedimentos especializados, que cobrem especialidades médicas, pequenas cirurgias ambulatoriais, exames complementares de média complexidade e ações de reabilitação; e receber pacientes referenciados pela APS quando o manejo clínico exige especialistas, infraestrutura ou tecnologias não disponíveis nas UBSs”, esclarece. Atendimento especializado Na Região de Saúde Leste, que atende São Sebastião, Paranoá, Itapoã e Jardim Botânico, a unidade é estruturada para oferecer um atendimento completo ao paciente com diabetes e hipertensão, com foco especial no cuidado ao diabético. Uma das principais complicações da doença são as lesões nos pés, o que motivou a criação da chamada Sala do Pé, vinculada ao Cadh. O espaço conta com uma equipe especializada composta por enfermeira, médico e podólogo, que atuam de forma integrada no tratamento de usuários com lesões ativas. Jane Franklin, diretora da Atenção Secundária da Região de Saúde Leste: “A descentralização do atendimento aproximou o serviço e garantiu continuidade ao tratamento” O atendimento segue protocolos modernos, utilizando metodologias reconhecidas internacionalmente, como a técnica indiana de descompressão de calcâneo com o uso de palmilhas e a laserterapia, além de curativos e coberturas especiais. Os resultados têm sido considerados excepcionais, com redução significativa de amputações e melhora no processo de cicatrização. Com o sucesso do modelo e a percepção das dificuldades enfrentadas por pacientes de regiões mais distantes, especialmente os que vivem em São Sebastião, foi inaugurada, em 2020, uma segunda Sala do Pé e Feridas Complexas na Policlínica de São Sebastião. “Muitos desses usuários têm lesões graves, que comprometem a locomoção e exigem cuidados frequentes”, explica a diretora da Atenção Secundária da Região de Saúde Leste, Jane Franklin. “A descentralização do atendimento aproximou o serviço e garantiu continuidade ao tratamento”. Como funciona “O usuário não sai com receitas genéricas ou orientações padronizadas, mas com metas específicas para atingir a estabilização clínica. Se, por exemplo, o maior problema identificado for um luto recente, o plano vai priorizar o acolhimento psicológico, não apenas o ajuste medicamentoso” Mayara Batista, gerente de Planejamento e Monitoramento da Diretoria de Agenção Secundária da Região Leste de Saúde Segundo a gerente de Planejamento e Monitoramento da Diretoria de Atenção Secundária da Região de Saúde Leste, Mayara Batista, todo o processo começa na UBS. “A unidade básica faz a territorialização e a estratificação de risco”, pontua. “Quando identifica usuários que se enquadram nos critérios estabelecidos, o cuidado é compartilhado com o serviço especializado. Não se fala em encaminhamento, porque a comunicação com a APS continua o tempo todo. No DF, usamos o Sisreg [Sistema de Regulação] para esse acompanhamento, com o objetivo de garantir que o usuário tenha acesso ao serviço em até 30 dias”. No Cadh, o atendimento se dá de forma integrada. Ao chegar, o paciente é acolhido e passa por um ciclo de atendimentos, conforme a regulação. Ele é acompanhado por uma equipe multiprofissional formada por psicólogo, nutricionista, enfermeiro, médicos (endocrinologista e/ou cardiologista, conforme o caso), farmacêutico clínico e outros especialistas. Todo o fluxo segue a metodologia da planificação, que organiza os processos de trabalho das unidades de saúde e promove a integração das atenções Primária e Especializada. Ao final do turno, todos os profissionais se reúnem para discutir o caso do paciente e elaborar um documento chamado plano de cuidado. “Esse é o diferencial”, aponta Mayara Batista. “O usuário não sai com receitas genéricas ou orientações padronizadas, mas com metas específicas para atingir a estabilização clínica. Se, por exemplo, o maior problema identificado for um luto recente, o plano vai priorizar o acolhimento psicológico, não apenas o ajuste medicamentoso”. Além do público adulto, o centro também atende crianças com diabetes tipo 1, que permanecem vinculadas ao serviço até os 18 anos. Elas passam pelo mesmo ciclo e, conforme a necessidade, podem ter acesso à carteira ampliada ou avançada de serviços, com especialistas do hospital de referência. Atendimento infantil A partir de 2021, a equipe da Atenção Secundária da Região de Saúde Leste iniciou outro projeto: o Centro de Atenção Materno-Infantil (Cami). Durante a pandemia de covid-19, um levantamento de indicadores mostrou que a Região de Saúde Leste apresentava uma das maiores taxas de mortalidade infantil do Distrito Federal. Diante desse cenário, foi desenvolvido um plano de reestruturação do cuidado às gestantes de alto risco e às crianças de até dois anos, faixa etária mais vulnerável. [LEIA_TAMBEM]O atendimento materno no Cami começou em 2025, com base na mesma lógica de cuidado integrado e multiprofissional. “Hoje, as gestantes de alto risco chegam mais estáveis aos centros obstétricos, o que reduz as intercorrências durante o parto e melhora o estado de saúde dos recém-nascidos”, relata a diretora Jane Franklin. Como consequência, diminuiu a necessidade de internações em unidades intermediárias ou de terapia intensiva neonatal. Atualmente, a equipe trabalha na estruturação do atendimento infantil, voltada ao segmento de bebês prematuros, de baixo peso ou com comorbidades, especialmente aqueles que necessitam de cuidados intensivos logo após o nascimento. Esses pacientes são acompanhados desde os primeiros 30 dias de vida por uma equipe multiprofissional formada por neonatologista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e nutricionista, com o objetivo de garantir intervenções precoces e melhorar os indicadores de saúde e sobrevivência infantil na região. Reconhecimento As equipes do centro são referência nacional e recebem visitas técnicas de forma recorrente, segundo Jane Franklin. “Nós somos considerados centro colaborador do Conass [Conselho Nacional de Secretários de Saúde], então praticamente todos os meses recebemos equipes de outros estados interessadas em conhecer a metodologia de planificação”, explica. A última visita, segundo ela, foi de uma equipe do Maranhão, há cerca de 30 dias. Essas visitas são articuladas pelo Conass, que aciona o responsável pelo Programa Nacional de Humanização (PNH), dentro do qual está inserida a planificação. “Eles entram em contato conosco, enviam um QR Code com as informações básicas da equipe visitante e o objetivo da visita, já que há diferentes abordagens possíveis; a partir daí, organizamos o cronograma de recepção”, detalha. Normalmente, as equipes passam um dia inteiro em visita técnica. “Eles começam acompanhando o atendimento na Atenção Primária, para entender a entrada do usuário no sistema, e depois seguem para o CAD, onde observam o funcionamento da Atenção Secundária e o trabalho integrado das equipes multiprofissionais”, explica a diretora.
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Nutricionistas participam de curso para aperfeiçoar assistência na rede pública de Saúde
Cerca de 100 nutricionistas da Secretaria de Saúde (SES-DF) participaram, na manhã desta quarta-feira (29), de uma capacitação para aperfeiçoar a condução terapêutica e a prestação de serviços à população. O foco foi dado às situações clínicas previstas na Nota Técnica N.º 2/2021 SEI/GDF 54620865, que trata dos critérios de encaminhamento de pacientes aos ambulatórios de nutrição, na atenção secundária. Nefropatias, oncologia, geriatria e saúde materno-infantil foram os temas abordados durante o evento, que ocorreu no auditório externo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Além de servidores dos dois níveis de atenção (primária e secundária), também estiveram presentes profissionais atuantes nos hospitais da rede. Carolina Gama: “Buscamos aqui fortalecer laços, em prol de uma nutrição mais eficaz e fortalecida” | Fotos: Jhonatan Cantarelle/ Agência Saúde-DF “Buscamos fortalecer laços, em prol de uma nutrição mais eficaz e fortalecida. Temos expectativa de que essa jornada será repleta de aprendizado, inspiração e ideias”, compartilhou a gerente de Serviços de Nutrição (Gesnut) da SES-DF e uma das organizadoras do evento, Carolina Gama. Curso A oportunidade de troca de conhecimentos foi o que atraiu a nutricionista do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) Sheila Borges. “Além do compartilhamento com profissionais que trabalham em unidades diferentes, é uma atualização científica com temas interessantes e que englobam as linhas de cuidados de diferentes grupos”, avalia. Já para a servidora Fernanda Diab, da Central de Nutrição Domiciliar (Cnud) da Gesnut, a atualização profissional é um dos principais motivos para integrar o curso. “Às vezes ficamos tão absorvidos no trabalho, que deixamos um pouco de lado a parte de educação continuada. É também uma chance de contribuir para a formulação de políticas dentro da nutrição da SES-DF.” Atuação profissional Fernanda Diab: a atualização profissional é um dos pontos principais para integrar o curso | Fotos: Jhonatan Cantarelle/ Agência Saúde-DF Na atenção primária à saúde (APS), os nutricionistas compõem as equipes multiprofissionais e exercem atividades voltadas principalmente à prevenção de doenças e à promoção da saúde. Já na atenção ambulatorial secundária, os profissionais atendem os usuários de forma especializada. Na atenção hospitalar, eles são responsáveis pela terapia nutricional, prevenindo, tratando e minimizando a ocorrência da desnutrição hospitalar e, por consequência, reduzindo o tempo de internação e os gastos em saúde. Há, ainda, a atuação na atenção domiciliar, em que os núcleos regionais de atenção domiciliar (NRads) levam qualidade de vida aos pacientes que necessitam de cuidados especiais em casa. Nos bancos de leite, os nutricionistas auxiliam na promoção e na proteção do aleitamento materno e na gestão de políticas públicas. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Região de Saúde Leste realiza Fórum Regional de Modelagem Ambulatorial Secundária
A Região de Saúde Leste promoveu, nesta quarta-feira (8), o Fórum Regional de Modelagem Ambulatorial Secundária. O evento ocorreu no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs). Na ocasião, os participantes debateram, em âmbito local, a importância de um modelo de organização dos serviços da atenção secundária na rede pública do Distrito Federal, buscando construir um plano distrital de atenção especializada em saúde. Encontro debateu a importância de um modelo de organização dos serviços da atenção secundária na rede pública do DF | Fotos: Alexandre Álvares/Agência Saúde-DF Organizado pela Diretoria Regional de Atenção Secundária (Dirase) e pela Coordenação de Atenção Secundária e Integração de Serviços (Coasis), o encontro contou com debates e iniciativas voltadas para o aprimoramento dos serviços de saúde das regiões administrativas do Paranoá, Itapoã, São Sebastião, Jardim Botânico e Jardim Mangueiral. O superintendente da região Leste de Saúde, Sidney Sotero Mendonça, afirmou que a política pública distrital deve ser divulgada ainda no segundo semestre de 2024, visando melhorar a eficiência de toda a rede. Encontro debateu iniciativas voltadas para o aprimoramento dos serviços de saúde das regiões do Paranoá, Itapoã, São Sebastião, Jardim Botânico e Jardim Mangueiral “Poderíamos fazer essa modelagem de uma forma normativa, determinando regras; mas optamos por discutir com os especialistas, com a participação popular, a fim de entender a melhor forma de implementar essa rede, considerando as peculiaridades do território, da região, dos equipamentos de saúde instalados, as prioridades sanitárias. Essas discussões são fundamentais”, destacou o gestor, apontando que a implementação possibilitará ao usuário menor tempo de espera nas filas por consultas, gerando uma melhor eficiência em toda a rede. “Com esse fórum, cada região mostra sua dificuldade e tenta conjuntamente, com todas as atenções de saúde, uma forma de minimizar isso” Tatiana Sanchez, diretora do Hospital da Região Leste A região Leste é composta por 30 unidades básicas de saúde (UBSs), duas policlínicas, um centro de especialidade odontológica, duas unidades do Centros de Especialidades para Atenção às Pessoas em Situação de Violência (Cepav), uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) 2, uma do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) AD, uma casa de parto e o hospital regional. Entre os temas debatidos nos quatro grupos formados durante o fórum, estavam Saúde da mulher, Saúde da criança e do adolescente, Saúde de pessoa com agravos Infecciosos e doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e Saúde do idoso. A diretora regional de Atenção Secundária Leste, Jane Sampaio Carvalho Franklin, ressaltou que o fórum faz parte dos sete encontros das regiões de saúde do Distrito Federal para a construção da nova política de saúde de atenção secundária local, em conjunto com a Política Nacional de Atenção Especializada em Saúde (Pnaes), do Ministério da Saúde. “São oficinas voltadas para o processo de construção dessa modelagem da atenção secundária. Os serviços são regulados, mas, entre as sete regiões de saúde, cada um tem um modelo e o intuito é criarmos um modelo único para que todas as unidades de policlínica do DF funcionem da mesma forma”, acrescentou. Para a diretora do Hospital da Região Leste, Tatiana Sanchez, a discussão que envolve os três níveis de atenção – primária, secundária e hospitalar – objetiva a qualidade da integração do atendimento. “Isso melhora o nosso trabalho e acaba dando um retorno melhor para o usuário. Com esse fórum, cada região mostra sua dificuldade e tenta conjuntamente, com todas as atenções de saúde, uma forma de minimizar isso. São discussões riquíssimas que vão fortificar a integração das redes de atenção”, concluiu. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Fórum na Região Norte de Saúde debate soluções e padronização da atenção secundária
Nesta terça-feira (30), foi a vez da Região Norte – que engloba Sobradinho, Sobradinho II, Planaltina, Arapoanga e Fercal – ser palco do Fórum Regional da Modelagem da Atenção Ambulatorial Especializada (AAE). Realizado no Teatro de Sobradinho, o objetivo do encontro foi debater soluções e a modelagem dos serviços especializados na rede pública em prol da construção de uma Política Distrital de Atenção Especializada em Saúde. “Neste fórum, discutimos a política de atenção secundária, além de reavaliar toda a estratégia, o processo de trabalho e a política normativa da atenção secundária, como o fortalecimento da rede de atenção à saúde”, explicou a superintendente da Região Norte, Débora Fernandes. Objetivo do fórum é debater soluções e a modelagem dos serviços da atenção secundária da rede pública, em prol da construção de uma política distrital | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF No evento, os participantes dividiram-se em grupos para debater e coletar informações sobre as experiências na região, reunindo as opiniões da assistência, especialistas e gestores. Os grupos englobavam temas como a saúde da mulher, de crianças e adolescentes, de pessoas com doenças infecciosas e com doenças crônicas não transmissíveis. Segundo a diretora Regional de Atenção Secundária, Halina Alves, com a reunião de diferentes setores, espera-se uma política mais ativa para o Distrito Federal. “O fórum tem o objetivo de definir políticas públicas da saúde para a atenção secundária e conta com todos os níveis de atenção, com a intenção de definir uma política mais ativa”, ressaltou. Para o diretor do Hospital Regional de Sobradinho (HRS), Bruno Guedes, o espaço de debate proporcionado pelo fórum permite a construção de soluções e de reavaliação do que funcionou ou não. “A Região Norte é uma região de vanguarda. Aqui, podemos avaliar onde erramos e onde queremos acertar. Estamos aqui para colaborar, para servir à atenção primária e à população”, declarou. Englobando Sobradinho, Sobradinho II, Planaltina, Arapoanga e Fercal, a maior parte da população da região Norte é SUS dependente, correspondendo a 79,6% Segundo a representante da Coordenação de Atenção Secundária e Integração de Serviço (Coasis) Isabela Araújo, a modelagem visa a elaborar um modelo para a atenção secundária, priorizando a visão de trabalhar em uma política pública. “Viemos, hoje, ajustar a política de atenção especializada, pensando na qualidade do usuário; falar do SUS [Sistema Único de Saúde]; de qualidade do atendimento e de suporte aos pacientes”, detalhou. Dados da região As regiões de Sobradinho, Sobradinho II, Planaltina, Arapoanga e Fercal reúnem uma população de 379.697 habitantes, sendo a maioria mulheres (196.166). Ao todo, a maior parte é SUS dependente, correspondendo a 79,6%. A Fercal é a maior parte dependente, representando 86,99%, e Planaltina, 84,23%. Atualmente, a rede de Atenção Secundária da Região Norte é composta por dois Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), dois Centros de Especialidades para Atenção às Pessoas em Situação de Violência (Cepav), três Centros de Atenção Psicossocial (Caps), duas policlínicas e um ambulatório de Saúde Funcional (ASF). Entre esses dispositivos, em 2023, o ASF concentrou a maior quantidade de procedimentos, com 91.736 realizados, e, em segundo lugar, a policlínica de Sobradinho, com 49.618 procedimentos. Nos outros níveis de atenção, a região concentra 36 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e dois hospitais. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Região Oeste promove fórum para iniciar padronização de serviços da Atenção Secundária
Nesta sexta-feira (19), foi realizado o Fórum Distrital de Modelagem da Atenção Ambulatorial Especializada (AAE), na Região de Saúde Oeste. O encontro debateu diretrizes e formas de organização da Atenção Secundária para uniformizar os serviços. O objetivo é instituir uma política distrital de AAE. A Atenção Secundária atua no atendimento ambulatorial especializado, como suporte à Atenção Primária à Saúde, e em casos que não são de urgência e emergência. “A ideia é padronizar a atenção especializada em todas as regiões de saúde. Atualmente, cada uma opera com diferentes carteiras de serviços. No fórum, buscamos promover equidade nesse aspecto”, afirmou a diretora da Atenção Secundária da Secretaria de Saúde (SES-DF), Keila Soares de Lima. Fórum promoveu debates sobre diretrizes e formas de organização da Atenção Secundária que irão subsidiar a construção da Política Distrital de Atenção Especializada em Saúde | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Organizado por setores da SES-DF – Diretoria Regional de Atenção Secundária (Dirase) e Coordenação de Atenção Secundária e Integração de Serviços (Coasis), em parceria com a Gerência de Serviços Ambulatoriais (Gesamb) – o fórum proporcionou debates ao longo do dia. Os participantes dividiram-se em grupos para coletar informações qualitativas por meio das experiências de profissionais da assistência, especialistas e gestores da pasta. Como resultado, eles deveriam identificar as características específicas da região. “É uma oportunidade única para ajustarmos nossos métodos de trabalho”, disse o superintendente da Região Oeste, André Luiz de Queiroz “Dialogar com os profissionais que lidam diretamente com os pacientes nos permite desenvolver políticas públicas. Para que essa elaboração ocorra, não podemos nos basear apenas nas ideias dos gestores. Precisamos compreender o fluxo de serviços e os desafios enfrentados pelos servidores e pelos usuários”, avaliou a gerente de Serviços Ambulatoriais, Melquia Lima. Os temas abordados incluíram a carteira de serviços oferecidos pelos centros especializados, o perfil e a quantidade de profissionais necessários para o funcionamento adequado, o acesso dos pacientes aos serviços disponíveis e os fluxos de processo de trabalho internos e em interação com outras unidades de saúde. O superintendente da Região Oeste, André Luiz de Queiroz, reforçou a importância do evento para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS). “É fundamental atualizarmos e modernizarmos constantemente nossos serviços de saúde pública. O fórum abre uma oportunidade única para ajustarmos nossos métodos de trabalho visando proporcionar um atendimento ainda mais eficaz.” Região de Saúde Oeste Composta pelas regiões administrativas (RAs) de Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol e Brazlândia, a Região de Saúde Oeste possui uma população de mais de 520 mil habitantes. Com alta vulnerabilidade social, cerca de 87% dos moradores buscam atendimento na rede pública de saúde. Hoje, a rede de Atenção Secundária da região é composta por três policlínicas; dois centros de Atenção Psicossocial (Caps), sendo um Álcool e Drogas (Caps AD); dois centros de Especialidades Odontológicas (CEO); um Centro de Especialidades para a Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav) e um Laboratório Regional (LRC). *Com informações da SES-DF
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Policlínica de Ceilândia oferece tratamento ao atraso de fala
Cerca de 360 meninos e meninas entre 3 e 4 anos participaram do programa Emília para Crianças com Atraso de Fala, iniciativa da Secretaria de Saúde (SES) que ensina aos pais e responsáveis técnicas para auxiliar no desenvolvimento da linguagem oral. O projeto está disponível no Ambulatório da Policlínica de Ceilândia. Podem participar pacientes encaminhados por pediatras e médicos de família por meio do Sistema de Regulação. Disponível desde 2017 no Ambulatório da Policlínica de Ceilândia, o Programa Emília para Crianças com Atraso de Fala já atendeu a cerca de 360 meninos e meninas entre 3 e 4 anos | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília A proposta surgiu a partir da grande demanda por tratamentos na Policlínica de Ceilândia, que atende a Região Oeste (Ceilândia, Brazlândia e Sol Nascente/Pôr do Sol), para crianças com dificuldade de desenvolvimento de linguagem, de acordo com os marcos do instrumento de vigilância do desenvolvimento infantil, a Caderneta de Saúde da Criança. [Olho texto=”“Não dava para atender toda a demanda de atraso de fala e linguagem em atendimento individual. Então, elaborei um programa baseado em evidências científicas de intervenção de pais e criança”” assinatura=”Renata Monteiro, fonoaudióloga idealizadora do projeto” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Criei por causa do fluxo. Não dava para atender toda a demanda de atraso de fala e linguagem em atendimento individual. Então, elaborei um programa baseado em evidências científicas de intervenção de pais e criança”, explica a idealizadora do projeto, a fonoaudióloga Renata Monteiro Teixeira, da SES. O projeto consiste em 12 sessões de atendimento coletivo de 40 minutos a uma hora, com participação de até quatro famílias. O objetivo é que os responsáveis aprendam formas de estimular a evolução da linguagem oral das crianças no dia a dia. Entre as práticas, estão músicas, rimas, brincadeiras, brinquedos, leitura de história e até estímulos durante as refeições. “É um trabalho de intervenção dos pais com as crianças. Ensinamos formas deles educarem brincando, com brinquedos simples e leitura de histórias para os filhos, por exemplo”, afirma Renata. Na primeira sessão é feita uma entrevista com os pais, para entender a situação da criança. Muitos casos de atraso de fala e linguagem não têm uma causa definida. O problema pode estar relacionado a transtorno do espectro autista (TEA), prematuridade, desnutrição, falta de convívio com outras crianças, saúde instável, intercorrência no nascimento, na gestação e no parto (falta de oxigenação, permanência em UTI, diabetes gestacional, uso de drogas e álcool), além de questões associadas ao desenvolvimento psíquico, bem como à situação socioeconômica da família. A fonoaudióloga Renata Monteiro explica que o trabalho consiste na intervenção dos pais com as crianças: “Ensinamos formas deles educarem brincando, com brinquedos simples e leitura de histórias para os filhos, por exemplo” A cada quatro sessões, a criança deve ser levada até a consulta para ser analisada pela fonoaudióloga. As progressões também são avaliadas por meio de vídeos e fotos. Após a 12ª sessão, a criança recebe alta e passa a ser acompanhada pela Unidade Básica de Saúde (UBS). Resultado positivo Entre abril e outubro de 2020, a atendente comercial Aline Almeida dos Santos, 35 anos, participou do projeto ao lado do filho Arthur Santos Nascimento, hoje com 5 anos. “Conheci o programa durante a pandemia com o acompanhamento da fonoaudióloga Renata. Ela nos dava folhetos com exercícios a serem realizados em casa e nos orientava como fazer cada um deles todos os dias, com tempo de duração de no mínimo 20 minutos”, lembra. As atividades deram resultado para o pequeno Arthur. “Foi muito bom. Ele melhorou a interação com outras pessoas e a capacidade de observação”, revela a mãe. Responsável pela área de fonoaudiologia na Gerência de Serviço de Saúde Funcional, Ocânia da Costa Vale, diz que o programa tem sido muito positivo para dar vazão à demanda. “Foi uma solução para atender mais crianças. Esse programa é muito importante e funciona como se fosse uma clínica ampliada. É uma iniciativa que atende os três pilares: fazer com o paciente, fazer pelo paciente e deixar o paciente fazer”, avalia. “Muitas vezes, os pais não sabem o que fazer por causa da falta de informação, mas eles podem fazer muito pelas crianças. A participação dos pais potencializa as estratégias terapêuticas, porque a criança é imersa nas práticas 24 horas por dia”, acrescenta. Atualmente, a Policlínica de Ceilândia conta com seis fonoaudiólogos, sendo um direcionado especificamente para o Programa Emília. Além disso, há fonoaudiólogas nas UBSs 8 e 16 de Ceilândia, que fazem os acompanhamentos necessários dos pacientes após a alta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Disseminação O sucesso do Programa Emília em Ceilândia já chama atenção de outras áreas da Secretaria de Saúde. Existe uma intenção de que o projeto possa ser levado em um formato adaptado a uma unidade básica de saúde em Taguatinga. Para difundir ainda mais o programa e outras iniciativas da fonoaudiologia pública do DF, a Gerência de Serviço de Saúde Funcional criou o Boletim Fonoaudiologia. A primeira edição, publicada em 9 de dezembro do ano passado, explora o Programa Emília. “Queremos transmitir esse tema para a população, para os fonoaudiólogos e para outros profissionais da saúde para que possam levantar essa demanda. Muitas vezes, a criança é atendida por um psicólogo, médico, agente de saúde e no próprio banco de leite, onde pode ser encaminhada”, explica Ocânia. Mensalmente, o boletim vai abordar temas da fonoaudiologia que integram as atenções primária e secundária. Leia aqui a primeira edição.
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Epilepsia, uma doença que atinge 3 milhões de pessoas no Brasil
A data 26 de março foi instituída em 2008, no calendário da saúde, como o Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia, uma doença que provoca alterações transitórias no funcionamento do cérebro. A enfermidade manifesta-se por meio de crises epilépticas recorrentes, caracterizadas por alterações motoras, sensitivas e de consciência. O Hospital de Base, o maior conjunto hospitalar do Centro-Oeste do Brasil, realiza a maioria dos atendimentos da enfermidade que, só em janeiro, registrou 5.113 casos na assistência pública secundária do DF | Foto: Davidyson Damasceno / Iges-DF A epilepsia acomete todas as idades mas, principalmente, crianças e idosos. Apenas no Brasil, estima-se que 3 milhões de pacientes sofrem com os sintomas. “Em boa parte das vezes a causa pode ser lesão estrutural, genética ou malformação. Entretanto, cerca de 30% seguem como causa desconhecida”, esclarece a neurologista e referência técnica distrital de Neurologia da Secretaria de Saúde, Adriana Barros. [Olho texto=”Dados do InfoSaúde informam que, em 2021, a rede pública realizou, no nível secundário, 4.987 eletroencefalogramas. Em relação às ressonâncias cerebrais, o número foi de 4.831 exames no nível de alta complexidade, o maior índice dos últimos cinco anos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A neurologista explica que a recorrência das crises epilépticas pode levar à morte de neurônios e consequente comprometimento da parte cognitiva. “Além dos riscos inerentes da crise generalizada, que é a convulsão, há riscos de traumas e infecções ”, complementa. Rede de Assistência Na maioria das vezes, as crises epiléticas são passageiras e terminam espontaneamente com duração menor que dois minutos. “Caso persistam por mais de cinco minutos, é necessário chamar uma ambulância e levar a pessoa a um hospital”, orienta a médica. Se o usuário sofrer mais de duas crises epilépticas de curta duração, e sem causa definida, deve procurar a sua Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência para avaliação pelo Médico de Família e Comunidade. O profissional solicitará exames iniciais, como laboratoriais, eletroencefalograma e ressonância de crânio. Os exames são disponibilizados no DF mediante sistema de regulação de consultas e exames. Dados do InfoSaúde informam que, em 2021, a rede pública realizou, no nível secundário, 4.987 eletroencefalogramas. Em relação às ressonâncias cerebrais, o número foi de 4.831 exames no nível de alta complexidade, o maior índice dos últimos cinco anos. [Olho texto=”Inicialmente são usados medicamentos e, em casos específicos, pode haver outras recomendações terapêuticas. No começo são utilizadas as drogas de primeira linha, que são as de primeira geração e que proporcionam controle efetivo em até 60% dos casos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A servidora explica que, após atendimento na UBS, o paciente será encaminhado para um especialista em neurologia, pela Central de Regulação, no âmbito da Atenção Secundária, “O profissional fará o encaminhamento para um neurologista fechar o diagnóstico”, esclarece a médica. O DF conta com 55 neurologistas nas regiões de saúde Norte, Sul, Leste, Oeste, Central e Sudoeste. Apenas em janeiro deste ano, foram realizados 5.113 atendimentos dessa especialidade na assistência pública secundária, a maioria no Hospital de Base do DF (HBDF). O hospital, bem como a Policlínica de Sobradinho, também atende, em seu Ambulatório de Neurologia, os casos de epilepsia de difícil controle. Tratamento [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Inicialmente são usados medicamentos e, em casos específicos, pode haver outras recomendações terapêuticas. No começo são utilizadas as drogas de primeira linha, que são as de primeira geração e que proporcionam controle efetivo em até 60% dos casos. Nos 40% restantes, são usadas as de segunda e terceira linha. “Os fármacos de primeira geração estão disponíveis nas UBSs, enquanto os outros são encontrados nos componentes especializados de assistência farmacêutica”, finaliza a médica Adriana. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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DF recebe reconhecimento nacional pela redução da mortalidade infantil
[Olho texto=”“Conseguir fazer um trabalho e isso ter retorno para a população é o que almeja todo servidor público”” assinatura=”Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno” esquerda_direita_centro=”direita”] O esforço integrado dos servidores da Secretaria de Saúde para a redução da mortalidade infantil rendeu homenagem do Ministério da Saúde. O certificado de reconhecimento foi entregue à Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno da rede pública de saúde do Distrito Federal desde 2008. “Conseguir fazer um trabalho e isso ter retorno para a população é o que almeja todo servidor público”, diz a médica e completa que o reconhecimento valoriza o trabalho de todos. “Essa homenagem foi feita aos funcionários da Secretaria de Saúde, da Atenção Primária, da Atenção Secundária, da Atenção Terciária e da Administração Central”, detalha. O resultado registrado no DF reflete o investimento que vem sendo feito, com novas equipes, unidades e qualificação dos processos no modelo de Estratégia Saúde da Família | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF [Olho texto=”“O DF está no caminho certo. Esse aporte que a gente vem fazendo na Atenção Primária, com novas equipes, novas unidades, qualificação dos processos no modelo de Estratégia Saúde da Família, encontra nesse índice de mortalidade infantil a sua razão de ser, a sua justificativa, o seu verdadeiro valor”” assinatura=”Fernando Erick Damasceno, secretário-adjunto de Assistência” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A iniciativa do Ministério da Saúde vem após o último Boletim Epidemiológico apontar que o Distrito Federal tem o menor índice de mortalidade infantil do Brasil. Enquanto a média de todas as unidades da Federação é de 13,3 mortes por mil crianças nascidas com vida, o DF registrou 8,5. Os dados são de 2019 e, pela primeira vez, o índice ficou abaixo de 10, seguindo trajetória de queda desde 1990, quando foram 28,9 mortes para cada mil crianças nascidas vivas naquele ano. Miriam Santos explica que a redução da mortalidade infantil é associada a várias ações de saúde, como planejamento familiar, pré-natal, parto-nascimento, acompanhamento da criança, vacinação e amamentação. “Também tem as ações de saneamento básico, segurança, educação, transporte. Tudo isso contribuiu com a redução da mortalidade infantil”, enumera. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O secretário-adjunto de Assistência, Fernando Erick Damasceno, ressalta a relevância do trabalho da Atenção Primária de Saúde, sobretudo para proporcionar atendimento pré-natal de qualidade. “O DF está no caminho certo. Esse aporte que a gente vem fazendo na Atenção Primária, com novas equipes, unidades, qualificação dos processos no modelo de Estratégia Saúde da Família, encontra nesse índice de mortalidade infantil a sua razão de ser, a sua justificativa, o seu verdadeiro valor”. Saiba mais sobre a queda da mortalidade infantil no DF aqui. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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