Profissionais de saúde recebem capacitação em emergências obstétricas
Médicos e enfermeiros que atuam nos centros obstétricos e na Casa de Parto de São Sebastião participaram, nesta sexta-feira (29), da 5ª turma do Curso de Emergências Obstétricas. Realizada na Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), a capacitação da Secretaria de Saúde (SES-DF) reuniu atividades teóricas e práticas com o objetivo de preparar os profissionais para agir com precisão e segurança em situações críticas que envolvam gestantes. O foco é a redução da mortalidade materna. “A cada edição, buscamos oferecer uma formação prática e atualizada, capaz de fortalecer a assistência e evitar que casos graves evoluam para o óbito materno”, afirma a gerente de Serviços de Enfermagem Obstétrica e Neonatal da SES-DF, Gabrielle Mendonça. Profissionais tiveram aulas sobre sepse em obstetrícia, hemorragia pós-parto, hipertensão na gestação e parto pélvico. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF Temas abordados Entre os principais conteúdos trabalhados, os profissionais tiveram aulas sobre sepse em obstetrícia, hemorragia pós-parto, hipertensão na gestação, parto pélvico, distocia de ombro e suporte básico de vida. Os módulos foram conduzidos por especialistas da rede pública e incluíram discussões de casos clínicos e simulações realísticas. A programação também contou com oficinas nas quais os participantes puderam treinar manobras essenciais em emergências obstétricas. Uma delas incluiu a prática de inserção de balão intra-uterino para controle de hemorragia e técnicas de correção da distocia de ombro durante o parto. Marcella Verolla: “Esse tipo de atualização é fundamental porque garante boas práticas e maior segurança para mães e bebês” [LEIA_TAMBEM]A médica ginecologista e obstetra Marcella Verolla explicou que esse tipo de atualização é fundamental "porque garante boas práticas e maior segurança para mães e bebês. Seguir protocolos nacionais e internacionais contribui para reduzir complicações e aumentar a satisfação das pacientes”. Parceria O treinamento é resultado da articulação entre a Gerência de Enfermagem Obstétrica e Neonatal da SES-DF, a Escola de Saúde Pública do DF (ESP-DF) e o Núcleo de Educação em Urgências (NEU) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-DF). Desde 2018, mais de 300 profissionais já foram capacitados. Nesta edição, 90 médicos e enfermeiros participaram da iniciativa. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Casa de Parto de São Sebastião alcança marca de mais de 6 mil procedimentos humanizados
Ao ver o mundo pela primeira vez, a pequena Lívia Helena se deparou com um quarto de poucas luzes, cheirando a lavanda e preenchido por sons relaxantes. Durante as quatro horas de trabalho de parto, a mãe dela, Tamara Santos, 34 anos, foi acompanhada por uma equipe profissional especializada em parto humanizado na Casa de Parto de São Sebastião. Tamara relembra que chegou ao local apreensiva, mas se surpreendeu com o atendimento. “Tiveram muita atenção conosco. No momento em que eu sentia muita dor, por exemplo, a equipe tentava me acalmar, me amparar. Assim, o parto foi fluindo e deu tudo certo”, conta. Tamara Santos destaca a excelência do atendimento: "Muita atenção conosco" | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF O parto de Tamara soma-se aos mais de 6 mil outros realizados pela unidade, desde a inauguração, em 2001. De janeiro a julho deste ano, foram cerca de 210; em 2024, o número chegou a mais de 430 nascimentos. Com uma equipe formada por enfermeiros obstétricos e técnicos em enfermagem, o local é referência em partos normais de baixo risco para pacientes que residem em São Sebastião, Paranoá, Itapoã, Jardim Botânico e Jardins Mangueiral. São quatro salas amplas e equipadas com diversos recursos para a parturiente, como cama, banqueta, “cavalinho” e até banheira. “Respeitamos a pessoa, da hora do nascimento até o puerpério" Adrielle Maia, supervisora da Casa de Parto de São Sebastião “Temos uma equipe qualificada e treinada para dar assistência ao parto de baixo risco. É um ambiente acolhedor, onde a paciente tem espaço e recursos para utilizar durante o trabalho de parto. Respeitamos a pessoa, da hora do nascimento até o puerpério", destaca a supervisora da unidade, Adrielle Maia. Integração com Banco de Leite O trabalho na Casa de Parto é integrado ao banco de leite humano localizado no mesmo local. Assim que a mãe dá à luz, a equipe oferece suporte para a primeira mamada do bebê. Os serviços do banco de leite da Casa de Parto não são exclusivos para as puérperas que tiveram filhos na unidade “No mesmo dia em que a Lívia nasceu, já vieram me ajudar a amamentar, principalmente porque a bebê chegou de madrugada, e eu estava exausta”, relembra Tamara. “Antes que eu tivesse alta, também realizaram uma sessão de laser no meu seio para aliviar a dor." Os serviços do banco de leite da Casa de Parto não são exclusivos para as puérperas que tiveram filhos na unidade. O setor atende qualquer mulher que enfrenta problemas relacionados à amamentação. As interessadas podem ir à unidade e receber uma consultoria com os profissionais especializados. Lidiane Fernandes, 28, buscou essa ajuda. Ela começou a sentir febre durante o aleitamento de Ana Laura, de apenas 3 meses. No banco de leite, iniciou as sessões de laserterapia. “Fui muito bem-tratada, e as profissionais me ajudaram bastante porque meu peito ficou muito ferido. Ainda bem que eu vim", diz. A Casa de Parto de São Sebastião funciona todos os dias, 24 horas por dia, oferecendo sempre atendimento humanizado a gestantes de baixo risco A Casa de Parto funciona todos os dias, 24 horas, e atende gestantes classificadas em baixo risco. Caso haja intercorrências, há uma ambulância disponível para transferências. Os serviços oferecidos incluem atendimento durante o parto, pós e puerpério; assistência ao parto na água; acompanhamento, estímulo e auxílio na amamentação e atendimento ao recém-nascido. É possível conhecer a estrutura por meio de visitas guiadas. O encontro virtual é realizado na terceira terça-feira de cada mês, e o presencial, no primeiro sábado do mês. “As reuniões são feitas por um enfermeiro obstetra que vai explicar o protocolo da Casa de Parto, como funciona, quando a mulher deve procurar o atendimento. Dessa forma, a mulher se prepara para o momento do parto e do pós”, explica a supervisora. [LEIA_TAMBEM]Casa de Parto de São Sebastião Local: Av. Comercial – São Sebastião, Centro de Múltiplas Atividades, Área Especial 10 – São Sebastião/DF Funcionamento: todos os dias, 24 horas Rodas de gestante Virtual: todas as terceiras terças-feiras do mês, às 14h Presencial: primeiro sábado do mês, das 9h às 12h, no auditório da UBS1 de São Sebastião Inscrições podem ser feitas via WhatsApp: (61) 99162-3757 Banco de leite humano Horário de funcionamento: das 7h às 19h. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Profissionais da rede pública de saúde são capacitados em emergências obstétricas
Médicos e enfermeiros que atuam nos centros obstétricos e na Casa de Parto de São Sebastião, da Secretaria de Saúde (SES-DF), participaram do Curso de Emergências Obstétricas nessa quinta-feira (22). Com aulas teóricas e práticas, a capacitação tem o objetivo de preparar os profissionais para agir com precisão e segurança em situações críticas envolvendo gestantes, com foco na redução da mortalidade materna. O treinamento ocorreu no Centro de Treinamento do Núcleo de Educação em Urgências (NEU) do Samu-DF. “Esta capacitação é uma ferramenta poderosa para prevenir mortes maternas evitáveis, que trazem impactos profundos não apenas para a mulher, mas também para seus filhos, sua família e toda a comunidade”, destacou Gabrielle Mendonça, gerente de Serviços de Enfermagem Obstétrica e Neonatal e coordenadora da Rede Materna Infantil da SES-DF. Nessa quinta (22), médicos e enfermeiros que atuam nos centros obstétricos e na Casa de Parto de São Sebastião, da rede pública de saúde, participaram do Curso de Emergências Obstétricas | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Temas abordados Entre os temas discutidos, estavam o reconhecimento precoce da paciente crítica, sepse, hemorragia pós-parto e acretismo placentário – condição que tem se tornado mais comum no DF devido ao aumento no número de cesarianas, exigindo cuidados específicos. [LEIA_TAMBEM]Para a médica ginecologista do Hospital Regional de Samambaia (HRSam), Patrícia Carvalho, o curso trouxe aprendizados práticos que já impactaram sua atuação. “Logo nas primeiras aulas percebi que, em algumas situações, eu teria tomado decisões erradas. A atualização é fundamental, pois as diretrizes mudam constantemente”, afirmou. A capacitação também reforça a importância do Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, celebrado em 28 de maio. A data convida à reflexão sobre práticas que podem salvar vidas. Um exemplo é a estimativa visual da perda sanguínea em casos de hemorragia pós-parto, tema abordado pela responsável técnica distrital (RTD) de Enfermagem Obstétrica, Raquel Diógenes. “Frequentemente subestimamos ou superestimamos a perda de sangue. Por isso, treinamos os profissionais para desenvolver um olhar clínico mais preciso e intervir com rapidez e segurança”, explicou. Entre os temas discutidos, estavam o reconhecimento precoce da paciente crítica, sepse, hemorragia pós-parto e acretismo placentário Trabalho conjunto O curso é resultado de uma parceria entre a Gerência de Enfermagem Obstétrica e Neonatal, a Escola de Saúde Pública do DF (ESP-DF) e o NEU do Samu 192 DF. A chefe do NEU, Carolina Cunha, reforça a importância da atuação integrada: “O atendimento, muitas vezes, começa ainda no pré-hospitalar. Por isso, os enfermeiros do Samu participam ativamente da capacitação. Estar preparado desde o primeiro contato pode ser decisivo para o desfecho da gestante. É um cuidado que começa na ambulância e precisa estar alinhado com toda a rede de saúde”. Desde 2018, mais de 300 profissionais já foram capacitados. Nesta edição, 30 servidores – entre médicos e enfermeiros – participaram do treinamento. Novas turmas estão previstas para o segundo semestre de 2025. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Casa de Parto de São Sebastião comemora 15 anos com encontro entre servidores e pacientes
A Casa de Parto de São Sebastião completou neste mês de março 15 anos de assistência. Para celebrar, a equipe de enfermeiros obstetras organizou, na quarta-feira (10), uma comemoração entre servidores e pacientes. A unidade é referência em partos normais de baixo risco para moradores do Paranoá, Itapoã, Jardim Botânico e São Sebastião. Encontro entre servidores e pacientes exaltou os cuidados humanizados oferecidos pela unidade | Geovana Albuquerque/Arquivo Agência Saúde-DF “Estou aqui desde 2009 e testemunhei o desenvolvimento e fortalecimento desse serviço ao longo do tempo. Trabalhar na Casa de Parto requer um compromisso genuíno com o paciente, e temos uma equipe dedicada que oferece cuidados humanizados, seguros e respeitosos. É essencial celebrar essa abordagem de assistência”, defendeu a gerente do local, Luciana Moreira. “Estou entusiasmada por escolher este local para o nascimento do meu próximo filho, pois a equipe é incrível” Kedma Pinho, produtora rural Com quase 6 mil partos realizados ao longo de 15 anos, a diretora da Atenção Secundária à Saúde, Jane Franklin, parabenizou os profissionais da unidade por buscarem constantemente aprimoramento. “Por trás da abordagem humanizada do parto, há uma equipe dedicada que se empenha e participa ativamente de treinamentos, pois acredita que todo conhecimento adquirido agrega valor ao atendimento”. Paciente da Casa de Parto, a produtora rural Kedma Pinho, 37, está à espera do terceiro filho, Murilo, e se emocionou ao contar sua experiência: “Aqui encontrei um ambiente acolhedor. Estou entusiasmada por escolher este local para o nascimento do meu próximo filho, pois a equipe é incrível.” Dentre os servidores presentes no evento, a enfermeira obstetra Quênia Cristina Linhares atua na unidade desde 2009. “Eu me encantei pela Casa de Parto porque aqui vivenciamos verdadeiramente o significado da humanização.” Novidade A partir deste mês, a unidade, formada por 14 enfermeiros obstetras e 13 técnicos de enfermagem, passa também a oferecer o serviço de inserção do dispositivo intrauterino (DIU). Sendo um dos métodos de planejamento familiar, a Casa de Parto disponibilizará o contraceptivo de intervalo, inserido 45 dias após o parto e com taxa de expulsão menor. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Casa de Parto de São Sebastião celebra 15 anos de assistência por enfermeiros obstetras
O parto humanizado é uma opção para gestantes que buscam participar ativamente do nascimento do filho. É este o principal serviço oferecido pela Casa de Parto de São Sebastião. À época de sua inauguração, em 2001, a unidade prestava assistência por meio da atuação de um médico obstetra. Oito anos depois, contudo, o atendimento passou a ser prestado exclusivamente por enfermeiros obstetras. Neste mês, a Casa celebra 15 anos com o modelo assistencial e é referência em partos normais de baixo risco a moradores do Paranoá, Itapoã, Jardim Botânico e São Sebastião. “O serviço foi se aprimorando ao longo dos anos, conforme as recomendações da OMS e em consonância às políticas públicas voltadas à saúde da mulher e da criança”, explica a gerente da Casa de Parto, Luciana Moreira | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF “Na Casa de Parto, a integridade física e emocional das pacientes é priorizada, seguindo os princípios da dignidade e do respeito. O comprometimento da equipe tem desempenhado um papel fundamental na promoção de experiências positivas de parto, contribuindo para a saúde e o bem-estar de milhares de mulheres e seus bebês”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. Formada por 14 enfermeiros obstetras e 13 técnicos de enfermagem, a equipe conseguiu realizar mais de 5,7 mil nascimentos entre 2009 e março de 2024. Nos últimos três anos, a média mensal de partos da unidade foi de 38. No entanto, especialmente neste ano, o índice subiu para 45 partos ao mês. Desde 2009, a Casa de Parto de São Sebastião presta assistência exclusivamente por enfermeiros obstetras | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF “O serviço foi se aprimorando ao longo dos anos, conforme as recomendações da Organização Mundial de Saúde [OMS], e em consonância às políticas públicas voltadas à saúde da mulher e da criança”, explica a gerente do local, Luciana Moreira. Assistência segura e acolhedora “Os profissionais me transmitiram segurança desde o início, com senso de empatia e humanidade”, conta Ludmilla Feitosa | Foto: Arquivo pessoal Preocupada em garantir a segurança das mulheres e dos bebês, a Casa de Parto segue um protocolo rigoroso. Exemplo disso é a ambulância disponível para encaminhar gestantes que apresentem patologias ou indicações específicas de assistência médico-hospitalar. O local possui quatro salas amplas equipadas com várias opções para a mãe ter o bebê, como cama e banqueta. Em um dos espaços, há também uma banheira para a realização de parto na água. Paciente da Casa de Parto, Ludmilla Feitosa, 29, deu à luz a Heloíse Silva em janeiro deste ano. “Eu me senti bem-acolhida ainda no primeiro contato. Os profissionais me transmitiram segurança desde o início, com senso de empatia e humanidade”, conta. O serviço oferecido na unidade é indicado apenas a mulheres com gravidez de baixo risco. Durante o trabalho de parto, são adotados recursos facilitadores que proporcionam alívio da dor, como caminhar pelo ambiente, tomar banho morno e fazer exercícios específicos. Tudo com o acompanhamento constante da equipe. “A promoção de recursos que facilitam o trabalho de parto contribui para uma boa experiência do processo de nascimento, uma vez que proporciona nascimentos respeitosos e seguros. Além disso, tais recursos ajudam a promover o vínculo da família e do recém-nascido, diminuem o tempo do parto em si, reduzindo os índices de cesarianas”, detalha a gerente. Na cartela de serviços, entram ainda os cuidados pós-parto: monitoramento e estímulo na amamentação, atendimento ao recém-nascido, revisão puerperal e rodas de conversa com gestantes e acompanhantes. Excelência O espaço é reconhecido pelo Ministério da Saúde com o selo da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (Ihac), que tem como uma das prerrogativas a formação de todos os envolvidos, desde a equipe de segurança até a gerência da unidade. A Casa também dispõe de um posto de coleta de leite humano que presta auxílio a mães e bebês com dificuldades na amamentação, além de fazer captação, cadastro e acompanhamento de doadoras de leite humano e promover conversas sobre o tema. *Com informações da SES-DF
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Região de Saúde Leste reúne cuidados para maternidade e primeira infância
Com 307,2 mil habitantes, a população da Região de Saúde Leste – Paranoá, Itapoã, São Sebastião e Jardim Botânico – conta com serviços especializados de saúde que visam oferecer cuidados e atendimento humanizado. Um deles é o Programa de Estimulação Precoce, projeto de acompanhamento e mediação clínica em bebês de alto risco e em crianças de até 2 anos e 11 meses e 29 dias, com patologias ou desordem genética. Arte: Agência Saúde-DF A iniciativa, fundada em 2012, atende diariamente cerca de 12 crianças por profissional na Policlínica do Paranoá, localizada no Hospital da Região Leste (HRL) e acolhe crianças com diversas condições, desde prematuridade até síndromes genéticas. O tempo de tratamento varia de acordo com a condição, mas a abordagem precoce visa explorar ao máximo a neuroplasticidade. “Normalmente, são crianças que chegam muito pequenas e não sabemos o grau de comprometimento que terão. Quanto antes iniciarem o tratamento, melhor”, explica a fisioterapeuta e fundadora do Programa de Estimulação Precoce na Região Leste, Gisele Tonini. “Na fisioterapia, por exemplo, visamos alcançar os marcos essenciais, como rolar, sentar, engatinhar e andar. Essa prática visa auxiliar a criança a conquistar cada habilidade necessária durante a primeira infância”, completa. Fisioterapeutas, fonoaudiólogas e pediatra trabalham em conjunto para proporcionar sessões de 40 minutos repletas de brincadeiras e estímulos fundamentais para o desenvolvimento motor e cognitivo das crianças. “Esse serviço tem uma equipe técnica diferenciada e muito humana. Existe um envolvimento pessoal na busca de resultados pelos pequenos usuários que são atendidos”, destaca a diretora de Atenção Secundária à Saúde, Jane Sampaio. A abordagem foca não apenas nas dificuldades, mas também nas conquistas, criando um ambiente positivo e acolhedor. Participação da família Confirmando os esforços dos profissionais, Cícera Maria da Conceição, mãe do pequeno Daniel Josué, de nove meses, lista os avanços do filho. “Percebo que ele está evoluindo bem. Antes, ele não mexia muito e agora ele rola na cama e no berço. Temos que abraçar esse tratamento que a Secretaria de Saúde oferece, pois o filho estando bem, nós também ficamos”, opina. O HRL é referência em cirurgias de coluna. Em funcionamento há 11 anos, a unidade realizou uma média de 370 procedimentos até outubro de 2023 | Foto: llla Balzi/Agência Saúde-DF ?O acompanhamento inclui orientações aos responsáveis para atividades em casa, fortalecendo a colaboração entre profissionais e familiares. Além das conquistas motoras, há estímulo à linguagem. “Focamos no desenvolvimento da autonomia da criança, estimulamos o contato visual e a compreensão. Isso inclui a orientação de reduzir o tempo diante das telas, evitando que ela fique muito tempo em casa, o que poderia causar estresse e desencadear alterações comportamentais”, exemplifica a fonoaudióloga Érica Brasil. Maria Alice, de 3 anos, que possui síndrome de Down, passou pela fisioterapia e agora recebe acompanhamento fonoaudiológico pelo programa. “Ela gosta de jogar futebol, de correr para lá e para cá, então sempre a levo para brincar. O tratamento é excelente, pois ela evoluiu bastante. Antes era agitada e, hoje em dia, está bem mais calma”, conta o pai, Denes Melo. O Programa de Estimulação Precoce atende crianças nascidas no HRL e encaminhadas diretamente, além daquelas provenientes de outras unidades de saúde da Região Leste, mediante regulação. Gestação e parto Inaugurada em 2009, a Casa de Parto de São Sebastião é referência para partos normais de baixo risco na região. “Nós temos uma ambiência que favorece o parto natural e uma equipe apta a oferecer uma assistência humanizada e segura, na qual evitamos intervenções desnecessárias, o que proporciona à mulher o protagonismo no seu trabalho de parto”, conta a gerente do local, Luciana Moreira. O pequeno Daniel Josué é um dos pacientes do Programa de Estimulação Precoce. A mãe relata os avanços já conquistados, como rolar na cama e no berço | Foto: Karinne Viana/Agência Saúde-DF ?Até outubro de 2023, a equipe, formada por 13 enfermeiros obstétricos e 13 técnicos em enfermagem, registrou 368 nascimentos. Para garantir a segurança das mulheres e dos bebês, a unidade segue um protocolo rigoroso, no qual, se a gestante apresentar alguma patologia ou indicação específica de assistência médico hospitalar, há uma ambulância disponível para encaminhá-la ao hospital. ?O local possui quatro salas amplas equipadas com várias opções para a mãe ter o bebê, como cama, banqueta e, em um dos espaços, há uma banheira, para realização de parto na água. Durante o trabalho de parto, são adotados recursos facilitadores que proporcionam alívio da dor, por exemplo, caminhar no ambiente, tomar banho morno, fazer exercícios com bola usada para pilates e o aparelho chamado cavalinho. Tudo isso sempre com o acompanhamento constante da equipe. “Avaliamos a evolução do trabalho de parto para garantir o bem-estar da mãe e do bebê. No momento do nascimento, a mulher terá a liberdade de escolher a posição adequada e confortável para o parto, seja sentada, em quatro apoios ou até mesmo na água”, explica a gerente. Experiência humanizada Há dez anos, Luana Pereira, de 33 anos, deu à luz seu primogênito, Micael, na Casa de Parto. “A equipe me recebeu muito bem e me apoiou o tempo todo”, relembra. Em 2021, a família se preparou para a chegada do pequeno João Miguel. “Torci muito para não ter complicações e precisar ir para outro lugar, porque eu queria ganhar lá de novo”, conta. [Olho texto=”Localizada em São Sebastião, a Casa de Parto funciona 24 horas e para atendimento é necessário um documento de identificação válido e o cartão de pré-natal devidamente preenchido” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A unidade ainda oferece diversos serviços, como acompanhamento e estímulo na amamentação, atendimento ao recém-nascido, revisão puerperal e rodas de conversa com gestantes e acompanhantes. “É um trabalho muito gratificante lidar com vidas e me sinto realizada. Eu amo trabalhar aqui”, compartilha a técnica em enfermagem Maria Glória Rodrigues. Localizada em São Sebastião, a Casa de Parto funciona 24 horas e para atendimento é necessário um documento de identificação válido e o cartão de pré-natal devidamente preenchido. A gestante de baixo risco pode comparecer de forma espontânea à unidade ou acompanhada por equipe de atendimento extra hospitalar, como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O espaço é reconhecido pelo Ministério da Saúde com o selo da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), que tem como uma das prerrogativas a formação de todos os envolvidos, desde a equipe de segurança até a gerência da unidade. Além dos serviços relativos ao parto, possui um Posto de Coleta de Leite Humano que presta auxílio e acompanhamento de mães e bebês com dificuldades na amamentação, realiza a captação, cadastro e acompanhamento de doadoras de leite humano e promove rodas de conversa sobre o tema. Cirurgias de coluna Destaque também no atendimento cirúrgico, o HRL é referência em cirurgias de mão e de coluna em todo DF e Entorno. Em funcionamento há 11 anos, a unidade de cirurgias de coluna do hospital realizou cerca de 370 procedimentos entre janeiro e outubro deste ano. A Casa de Parto possui quatro salas amplas, sendo que em uma delas, há uma banheira para realização de parto na água | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF As cirurgias, que podem durar 12 horas, têm a atuação de uma equipe formada por dez profissionais qualificados, entre ortopedistas e neurocirurgiões. “Ter um hospital com essa especialidade é um ganho enorme para todo o DF e Entorno, pois ultimamente tem aumentado os agravos relacionados a causas externas, como acidentes de trânsito e de trabalho”, avalia a diretora do HRL, Tatiana Sanches. Na rede pública de saúde do DF, todos os casos de trauma de coluna são encaminhados para o HRL. Se o caso for cirúrgico, o paciente fica internado e retorna para a sua regional apenas quando o tratamento estiver totalmente concluído. Caso não seja necessária a intervenção, é encaminhado para a unidade hospitalar de origem. Os problemas da coluna estão divididos em quatro grandes grupos: trauma, tumores, infecções e doenças degenerativas, como hérnias de disco e estenose. Os procedimentos mais comuns são os de hérnias de disco, porém a equipe cirúrgica tem a rotina pautada por casos mais graves, por exemplo, fraturas e metástases vertebrais. Outro diferencial na unidade é a equipe multidisciplinar de cuidados paliativos especializada em pacientes terminais. “É um serviço muito bem estruturado. Recebemos muitos pacientes graves da oncologia, pois a metástase na coluna já é um estágio avançado do câncer”, explica o ortopedista e gerente de Assistência das Clínicas Cirúrgicas, Marcos Pádua. Para complementar o cuidado, o HRL tem parceria com o Hospital de Apoio para a reabilitação de pacientes em casos graves, como daqueles que ficaram tetraplégicos ou paraplégicos. O Programa de Estimulação Precoce da Policlínica do Paranoá acompanha bebês de alto risco e crianças de até 2 anos e 11 meses e 29 dias, com patologias ou desordem genética | Foto: Karinne Viana/Agência Saúde-DF Cuidado integral O superintendente da Região de Saúde Leste, Sidney Sotero Mendonça, destaca a importância dos serviços prestados à população “atendendo às necessidades de cada pessoa com ações integradas, abrangendo saúde, prevenção, tratamento e reabilitação”. Na Atenção Primária à Saúde (APS), o território dispõe de 30 Unidades Básicas de Saúde (UBS), que juntas realizaram 30.238 atendimentos entre janeiro e outubro de 2023. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Entre as demais unidades, há uma variedade de serviços especializados para atender às diferentes necessidades. Há o Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão Adulto (CADH), o Centro de Especialidade Odontológica (CEO), o Centro de Atenção Psicossocial II (Caps) e o Centro de Especialidades para a Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica da Região Leste (Cepav) Girassol e Tulipa. “Buscamos sempre priorizar a ampliação de acesso a serviços que sejam prioritários para a população da Região de Saúde Leste mediante análise de plano de necessidades e características socioeconômicas culturais das regiões administrativas que a compõem”, enfatiza o superintendente. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Casa de Parto de São Sebastião atinge marca de 5 mil procedimentos
Brasília, 29 de setembro de 2022 – A Casa de Parto de São Sebastião chegou em setembro a uma marca histórica. A unidade completou a realização de cinco mil partos. Trata-se do único centro público no Distrito Federal dedicado a partos normais com uma equipe composta apenas por enfermeiros e técnicos de enfermagem especializados em obstetrícia. O formato surgiu em 2009, oito anos após a fundação da casa, quando os médicos especialistas foram realocados para o Hospital do Paranoá. A mudança foi a forma de manter o serviço obstétrico na região administrativa. Nathália, com o marido Luís Fernando e a pequena Ariela: “Eu não sei nem explicar tudo que passei, mas o parto humanizado me passou muita confiança” | Foto: Arquivo pessoal “É um momento de festa, de ter ajudado cinco mil mulheres e cinco mil bebês a virem ao mundo de forma muito respeitosa”, afirma a gerente da instituição, a enfermeira obstetra Clarice Maciel Lucio. “É o que a gente tenta trazer, respeitar o processo fisiológico, as vontades da mãe e as necessidades do bebê ao nascer. São cinco mil bebês que nasceram da forma mais feliz que a gente pôde proporcionar para eles.” O parto de número 5.000 foi o da pequena Ariela Fontenele da Silva Fonseca, filha do casal Nathália Fontenele Fonseca, 21 anos, e Luís Fernando de Oliveira Silva, 28. O nascimento da bebê na Casa de Parto de São Sebastião acabou acontecendo por acaso. Estava tudo encaminhado para que Nathália fosse até o Hospital da Asa Norte (Hran), mas o marido havia ouvido falar da unidade em São Sebastião e sugeriu a troca. O casal se mudou recentemente para Morro Azul, comunidade que faz parte da região administrativa. “A gente estava pronto para ir para o Hran”, conta Nathália. “Minha mãe e meu marido conversaram comigo para tentarmos ir até a Casa de Parto, já que estava mais perto e eu estava com muita dor. Fui e deu certo. Gostei muito do atendimento. Elas [as enfermeiras] são muito boas e foram muito pacientes comigo. Eu pedia para tentar uma cesárea, mas elas conversavam muito comigo, me deram orientações, e consegui fazer o parto normal.” Nathália ficou dez horas em trabalho de parto. “Eu tinha na minha cabeça que eu ia sentir muita dor, mas foi completamente diferente”, comenta. “Eu não sei nem explicar tudo que passei, mas o parto humanizado me passou muita confiança. Foi tudo natural, e logo peguei minha filha no colo, pude senti-la em mim. Foi algo surreal”. Ao lado de Nathália durante todo o processo, Luís Fernando conta que foi uma experiência muito boa: “Ela é a minha primeira filha, então eu estava preocupado e ansioso, mas as enfermeiras ficaram nos auxiliando e orientando. Foi incrível”. Atendimento [Olho texto=”“Se a mulher tem uma patologia, se é hipertensa, tem diabetes, HIV positivo e anemia severa ou está com o bebê sentado ou com indicação de cesariana, a gente encaminha para o hospital. A gente fica com aquelas mulheres nas quais o parto é para ser natural mesmo” ” assinatura=”Clarice Maciel Lucio, gerente da Casa de Parto de São Sebastião” esquerda_direita_centro=”direita”] Localizada no mesmo prédio da Policlínica de São Sebastião, a Casa de Parto funciona 24 horas e conta com três salas para atendimento prévio e quatro salas de parto, uma delas com uma banheira para as mães que desejam fazer o procedimento na água. São atendidas apenas as grávidas com baixo risco no parto – determinação que garante a segurança no procedimento feito pela equipe de enfermagem obstétrica – e moradoras das localidades que integram a Região Leste de Saúde: São Sebastião, Jardins Mangueiral, Jardim Botânico, Itapoã e Paranoá. Como a casa não faz pré-natal, a maior parte das pacientes reúne moradoras de São Sebastião ou mulheres encaminhadas previamente a palestras para tirar dúvidas e conhecer o centro de parto. Por mês, são realizados em média 35 partos, totalizando cerca de 420 por ano. Em cada plantão, há duas enfermeiras obstetras e dois técnicos em enfermagem para atender as mães com o prato normal e natural – ou seja, sem a aplicação de medicamentos. “A gente tem um protocolo bem rígido”, explica a gerente da Casa de Parto. “Se a mulher tem uma patologia, se é hipertensa, tem diabetes, HIV positivo e anemia severa ou está com o bebê sentado ou com indicação de cesariana, a gente encaminha para o hospital. A gente fica com aquelas mulheres nas quais o parto é para ser natural mesmo.” A instituição é aparelhada de modo a permitir que as mulheres escolham a posição do parto, com toda a segurança | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília A medida garante a segurança das mulheres e dos bebês. Mesmo assim, caso seja preciso, há uma ambulância à disposição para encaminhar os pacientes para o hospital. “Temos muitos dados, números e indicadores que provam que é uma assistência segura”, aponta Clarice. “Noventa e sete por cento dos nossos bebês nascem com apgar [teste que avalia frequência cardíaca, esforço respiratório, tônus muscular, irritabilidade reflexa e cor da pele dos bebês entre o primeiro e o quinto minuto de existência] acima de 7, o que mostra que a assistência foi dada de forma correta. A gente tem indicador para tudo, justamente para provar que o nosso serviço é diferenciado”. De acordo com a gerente, desde 2009, quando a enfermagem assumiu a instituição, não foram registradas mortes. O número de laceração – rompimento da pele ou de outras estruturas do períneo para que o bebê consiga sair – é muito pequeno, e as mulheres escolhem a posição do parto – há mais registros de nascimento em posições verticais, de cócoras e de quatro apoios do que na cama. Além disso, há dois anos, a casa não registra episiotomia, corte cirúrgico efetuado no períneo para ampliar o canal de parto. Tratamento diferenciado [Olho texto=”Mãe e bebê recebem alta, normalmente, em 24 horas, tempo durante o qual a equipe aplica nos recém-nascidos a vacina BCG e marca o teste da orelha no Hospital do Paranoá” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Durante todo o trabalho de parto, as mães são escutadas. A equipe respeita a posição em que elas querem ficar e também permite que se alimentem e estejam 24 horas com os acompanhantes. Após o nascimento, elas são incentivadas a ficar um hora com o bebê, e o cordão umbilical é cortado apenas depois do fim da pulsação. Clarice explica: “Esse contato pele a pele ajuda no início da amamentação e em toda a relação de mãe e bebê. Também é importante para a adaptação da vida extrauterina do bebê. Chamamos essa primeira hora de golden hour, porque ela é muito importante”. Depois desse período, os bebês são pesados, medidos e vacinados contra a hepatite B (primeiro imunizante do calendário vacinal). Também são feitos os testes do pezinho e do coração. Como mãe e bebê costumam receber alta em 24 horas, a equipe também aplica nos recém-nascidos a vacina BCG e marca o teste da orelha no Hospital do Paranoá. Na porta da casa de parto, também há um cartório que funciona às segundas, quartas e sextas-feiras, o que permite que muitas crianças já saiam registradas da unidade. As mães são orientadas a voltar com os bebês dez dias após o parto. “A gente pede para elas voltarem para a primeira consulta do puerpério para ver se está tudo bem, se a amamentação está legal”, conta a gerente. “A gente faz esse retorno e o resto da assistência é na própria UBS [unidade básica de saúde]”. O local conta ainda com um ponto de coleta de leite humano para consulta em amamentação, auxílio e acompanhamento de mães e bebês com dificuldades na amamentação, além de captação, cadastro e acompanhamento de doadoras de leite humano e bate-papo sobre amamentação.
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Acolhimento, marca da Casa de Parto de São Sebastião
Em quase 21 anos de existência, a Casa de Parto de São Sebastião fez mais de 5 mil partos. A humanização é a palavra-chave da unidade de saúde, que tem índice de satisfação de 99%, conforme avaliação do público atendido. Em 2021, foram 433 nascimentos, todos de parto normal e de baixo risco. O local é referência para partos normais de baixo risco para pacientes que residem na Região de Saúde Leste, que engloba São Sebastião, Paranoá, Itapoã, Jardim Botânico e Jardins Mangueiral. O casal Luana e Fábio, com Micael e João Miguel: com oito anos de diferença, ambos nasceram na Casa de Parto de São Sebastião | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde Se, para alguns, os últimos dias do ano representam o fim, para outros é apenas o início. João Miguel, por exemplo, nasceu às 22h34 de 29 de dezembro. “O ano começou mais cedo para a gente”, celebra a mãe, Luana Neves, que teve alta da Casa de Parto na manhã do último dia de 2021. “Ele que se antecipou, porque era para nascer só em janeiro, mas quis passar a virada com a gente”, comenta. [Olho texto=”“Já é um momento naturalmente doloroso, então fazemos de tudo para a mãe ficar à vontade”” assinatura=”Clarisse Maciel, gerente da Casa de Parto São Sebastião” esquerda_direita_centro=”direita”] No mesmo local, há oito anos, Luana teve Micael. “Foi até nessa mesma sala”, relembra o pai, Fábio da Silva. Para Luana, não havia dúvidas: “Torci muito para não ter complicações e precisar ir para outro lugar, porque eu queria ganhar aqui de novo”, afirma. Agora, é Micael quem carrega o irmão nos braços, levando a família completa para casa. “Estou muito feliz com a chegada dele e vou ajudar a cuidar”, afirma o garoto. História O estabelecimento de saúde, inaugurado em 2001, oferece atenção às mulheres durante o pré-parto, parto e puerpério. A equipe é formada por 13 enfermeiros obstétricos e 11 técnicos em enfermagem. A gerente do local, Clarisse Maciel, lembra que o cuidado humanizado é referência. “Já é um momento naturalmente doloroso, então fazemos de tudo para a mãe ficar à vontade”, explica a gestora. “Quer ouvir música? Colocamos música. Quer fazer exercício, andar, fazer dancinha? Fazemos também”. Clarisse, que também é enfermeira obstétrica, sempre que possível, auxilia em alguns casos. “Na minha primeira vez, eu estava muito assustada, porque não tinha experiência nenhuma, mas quando cheguei aqui, a equipe foi superatenciosa”, diz Rayssa, de 21 anos, que, em 30 de dezembro, deu à luz Pietro. Em 2017, no mesmo local, ela teve Katleya. “As enfermeiras são maravilhosas, tranquilizam, conversam, ajudam em tudo, por isso eu quis ter aqui de novo”, conta a jovem. A profissional que amparou Rayssa no nascimento da filha foi a mesma que ajudou no parto de Pietro. Família completa Os quatro filhos do casal Mariane e Renato nasceram no local. “Se eu tiver dez filhos, os dez vão nascer na Casa de Parto”, diz Mariane Já o casal Mariane e Renato tem uma relação ainda mais especial. “Nós somos quase sócios da Casa de Parto”, comentam, entre risos. Ela já teve quatro filhos no local: Miguel, 6 anos, Manuela, 4, Matias, 1 ano e 9 meses, e Murilo, de apenas 13 dias, nascido em 17 de dezembro. “A gente se apaixonou pelo lugar, pelas pessoas, pelo atendimento, pelo tratamento e pela forma como fomos acolhidos”, diz Mariane. Por isso, a família esteve no estabelecimento de saúde no último dia do ano, para visitar os profissionais. No parto da menina, Mariane quase chegou a ser transferida para o Hospital da Região Leste (HRL), no Paranoá. Na época, as salas disponíveis na Casa de Parto estavam limitadas. “Eu implorei para a enfermeira me deixar ficar, e foi muito humano o jeito como ela me acolheu”, relembra. Ela ficou com o último espaço disponível. Estrutura A Casa de Parto é reconhecida pelo Ministério da Saúde com o selo da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (Ihac), que tem como uma das prerrogativas a formação de todos os envolvidos, desde a equipe de segurança até a gerência da unidade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O local possui quatro salas amplas equipadas com várias opções para a mãe ter o bebê, como cama, banqueta e, em um dos espaços, uma banheira, para realização de parto na água. No somatório, a instituição funciona como um ambiente acolhedor. Essa característica é que faz Mariane exaltar: “Desde a primeira vez, eu digo que, se eu tiver dez filhos, os dez vão nascer na Casa de Parto”. *Com informações da Secretaria de Saúde
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