Cozinhas reformadas nos hospitais do DF garantem mais qualidade e segurança alimentar para pacientes
Na semana passada, Edilson Alves deu entrada no Hospital Regional de Samambaia (HRSam) com febre, náuseas e dor. O diagnóstico veio rápido: infecção urinária com complicações nos rins e na bexiga. Desde então, ele se tornou um dos mais de 3 mil pacientes atendidos por mês que recebem, todos os dias, pelo menos seis refeições preparadas na cozinha do hospital — desjejum, colação, almoço, merenda, jantar e ceia. Edilson Alves, internado no Hospital Regional de Samambaia, elogia a alimentação: “Eu sou diabético, e aqui a alimentação é balanceada. O médico disse que o alimento é um remédio natural, e aqui é mesmo” | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília “Hoje no almoço, eu comi arroz, feijão, cenoura e carne”, relata o garçom aposentado, que recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC). “A comida chega quentinha, bem-preparada. Eu sou diabético, e aqui a alimentação é balanceada. Sempre tem um suco diferente. Já tomei de caju, uva, tamarindo. Tem muita variedade. O médico disse que o alimento é um remédio natural, e aqui é mesmo.” Na cozinha do HRSam são preparadas diariamente cerca de 1.218 refeições, das quais 954 se destinam a pacientes, servidores e acompanhantes A rotina de refeições mencionada por Edilson é resultado de um trabalho diário e estruturado. No HRSam, são preparadas 1.218 refeições por dia. Desse total, 954 são servidas a pacientes, servidores e acompanhantes, e o restante é enviado aos centros de atenção psicossocial (Caps) de Samambaia e do Recanto das Emas. Também são produzidos 306 lanches para setores fechados do hospital. Qualidade alimentar Segundo a nutricionista Rodeluzzi de Andrade, da Secretaria de Saúde (SES-DF), o trabalho começa muito antes de a refeição chegar à bandeja do paciente. “Nós prescrevemos a dieta de todos os internados e fiscalizamos a empresa terceirizada responsável pelo preparo”, explica. “O objetivo é garantir que o alimento chegue seguro, dentro do padrão e conforme a necessidade de cada paciente”. A nutricionista conta que a cozinha do hospital passou por uma ampliação importante em outubro de 2023. O antigo refeitório foi transferido para o andar térreo, abrindo espaço para reorganizar os setores internos. “Agora, conseguimos separar melhor cada área: saladas, panificação, dietas especiais e cozinha geral”, comemora. “Isso facilita a limpeza, melhora o fluxo de trabalho e aumenta a segurança dos funcionários”. Raimunda Soares relata que as refeições servidas no hospital ajudam a fortalecer seu organismo para o tratamento: “Eu estou comendo para me levantar dessa cama” Ela destaca ainda que a nova estrutura permite mais controle sanitário e menos risco de contaminação. “Os pacientes do hospital já chegam debilitados e com imunidade baixa, por isso a alimentação precisa ser segura e adequada”, pontua a nutricionista. “Com o novo espaço, ficou mais fácil garantir isso. Com uma cozinha maior, é possível receber mais profissionais e dividir melhor as tarefas, o que ajuda a garantir que a dieta prescrita seja exatamente a que o paciente recebe”. Cura nutritiva A boa alimentação também tem sido essencial na recuperação de Raimunda Soares. Internada há mais de um mês, ela chegou ao HRSam em estado grave, com pedras na vesícula e dificuldade de se mover. Segundo ela, as refeições ajudam a fortalecer o corpo para o tratamento. “Tem dia [em] que é peixe, tem dia [em] que é frango, carne ao molho, bastante salada e sobremesa”, detalha. “Eu estou comendo para me levantar dessa cama”. A irmã dela, Francisca Pereira, que a acompanha desde o início da internação, lembra que a melhora é visível: “Os médicos disseram que só um milagre faria ela voltar, e aconteceu. Hoje ela fala, reconhece todo mundo e come sozinha. A comida aqui é saudável e variada, e isso ajudou muito na recuperação”. Estrutura ampliada Além do HRSam, outras cinco unidades da Secretaria de Saúde foram reformadas desde 2019 para garantir mais segurança alimentar, higiene e conforto aos servidores e pacientes. As unidades que receberam as melhorias são os hospitais Regional do Guará (HRGu), de Ceilândia (HRC), da Região Leste/Paranoá (HRL), de Sobradinho (HRS) e de Taguatinga (HRT) — com intervenção ainda em andamento —, que produzem, respectivamente, 600; 1,2 mil; 1,7 mil; 1,8 mil e 2,8 mil refeições por dia, todas seguindo padrões nutricionais. [LEIA_TAMBEM]Os hospitais administrados pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) também estão recebendo melhorias. Em setembro, foi anunciada a reforma completa da cozinha do Hospital de Santa Maria (HRSM), com investimento previsto de R$ 8,2 milhões. A unidade é responsável pela preparação de cerca de 5,2 mil refeições diárias, que atendem pacientes, acompanhantes e colaboradores do próprio hospital, além de seis unidades de pronto atendimento (UPAs) do DF e do Hospital Cidade do Sol (HSol). Entre as principais melhorias no HRSM estão a construção de um novo refeitório, a instalação de câmaras frigoríficas modernas, a readequação dos espaços internos e a implantação de sistemas de climatização e exaustão mecânica. O projeto inclui ainda revestimentos de alta performance em pisos, paredes e tetos, garantindo mais higiene e segurança alimentar. O prazo estimado para conclusão da obra é de nove meses. Em 2023, o Hospital de Base também passou por uma grande modernização em sua cozinha e refeitório, com investimento de R$ 675 mil. A unidade, que produz cerca de 6 mil refeições por dia, ganhou novas câmaras frias, piso industrial, revestimentos renovados e dutos de exaustão revisados. O espaço recebeu ainda aparelhos de ar-condicionado e melhorias na pintura e limpeza das áreas internas, garantindo mais conforto e segurança alimentar para pacientes e colaboradores.
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Projeto PIS Vida Saudável leva qualidade de vida a idosos
Com atividades como automassagem, alongamento e dança, a Unidade Básica de Saúde (UBS) 6 de Taguatinga tem reunido um público de idosos em torno do projeto PIS Vida Saudável. Além das atividades presenciais na UBS, o grupo participa de passeios culturais e turísticos pelo Distrito Federal. Visita ao Parque Nacional: grupo mantém atividades de socialização, interagindo com público de diferentes idades | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF A equipe do PIS Vida Saudável já visitou o Parque da Água Mineral, onde os idosos puderam contemplar a natureza, fazer caminhadas e aproveitar o banho de piscina. No final de outubro, houve um passeio ao Catetinho, primeira residência oficial do presidente Juscelino Kubitschek. O lanche foi organizado pelos próprios usuários, que aproveitaram o momento de convivência e valorização da história da cidade. [LEIA_TAMBEM]“Nós observamos um aumento na satisfação e na melhora nos relatos de dor entre os frequentadores”, relatou a enfermeira Margareth Diniz, coordenadora do grupo, ao qual algumas pessoas são encaminhadas por meio do Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Iniciado em 2013, o projeto tem como foco as Práticas Integrativas em Saúde (PIS), que fortalecem a prevenção e o bem-estar integral. Há dois anos, as ações passaram a ser desenvolvidas em parceria com a equipe de fisioterapia, ampliando o foco na reabilitação dos idosos. Durante os passeios, os grupos também interagem com público de outras idades. Além do estímulo físico, o grupo também trabalha o aspecto cognitivo e a interação social entre os participantes. As atividades buscam reduzir quadros de depressão, isolamento e ansiedade. “A equipe tem se dedicado à capacitação contínua, buscando aprimorar cada vez mais a qualidade do serviço oferecido”, afirma a médica da família Sara Viana, a UBS 6. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Obras do Caps do Gama entram em fase de acabamento
As obras do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do Gama entraram em fase de acabamento. Grande parte da infraestrutura já está concluída, inclusive com todas as tubulações e os cabos instalados para sistemas de água, gás, eletricidade e telecomunicações. A construção, localizada no Setor Norte, teve início em março deste ano. Projeto prevê uma unidade com mais de 740 metros quadrados de construção e funcionamento 24 horas por dia | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Com investimento de R$ 3,5 milhões, o projeto arquitetônico prevê uma área construída de mais de 740 metros quadrados, visando à integração entre os espaços de atendimento e convivência. A estrutura contará com a adaptação necessária a pessoas com deficiência (PcD), proporcionando um ambiente seguro e acessível para todos os usuários. Também estão previstos espaços de convivência interna e externa, com jardins planejados para promover o bem-estar e a socialização dos pacientes. O serviço especializado será do tipo III, destinado ao atendimento de pessoas a partir de 18 anos que apresentem sofrimento psíquico intenso decorrente de transtornos mentais graves e persistentes. A expectativa é que a unidade funcione 24 horas por dia, incluindo finais de semana e feriados. Rede de Atenção Psicossocial A implementação do Caps no Gama é uma reivindicação antiga da comunidade, explica a diretora de Atenção Secundária à Saúde da Região de Saúde Sul, Ângela Maria de Sousa. “Essa implantação é imprescindível para proporcionar cuidado completo à saúde mental dos usuários”, afirma. “A iniciativa vem também para fortalecer a Raps [Rede de Atenção Psicossocial] da Região Sul”. [LEIA_TAMBEM]A Região de Saúde Sul, que compreende Gama e Santa Maria, já conta com um Caps para tratamento de álcool e outras drogas – tipo II. Esta última unidade, em Santa Maria, atende pessoas a partir dos 16 anos que apresentem sofrimento psíquico intenso decorrente do uso de drogas. A unidade funciona de segunda a sexta-feira, em horário comercial. Serviço especializado O Caps é destinado ao atendimento de pessoas com sofrimento mental grave, incluindo aquele decorrente do uso de álcool e outras drogas, tanto em situações de crise quanto nos processos de reabilitação psicossocial. O atendimento ocorre por demanda espontânea (comparecimento do usuário direto nos centros) ou via encaminhamento por outros dispositivos da rede de saúde ou da rede intersetorial (assistência social, educação e justiça). Atualmente, há 18 centros psicossociais de todas as modalidades distribuídos pelas regiões de saúde do DF. Encontre o Caps mais próximo de sua residência. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Festival ViraMundo celebra arte, cultura e saúde mental
Nesse final de semana, a Torre de TV abrigou o Festival ViraMundo, iniciativa que uniu arte, cultura e saúde mental em uma programação gratuita e aberta ao público. Com debates e apresentações culturais, o evento destacou o papel da arte no cuidado em liberdade e na reabilitação psicossocial. Organizado por várias entidades da capital, com o apoio da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), o festival seguiu uma programação diversa. No roteiro, instalações interativas, percussão popular, capoeira, teatro, música e discussões de temas afins. Todas as atividades foram conduzidas por profissionais e usuários dos serviços de saúde mental da rede pública, como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Organizado por várias entidades, com o apoio da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), o festival seguiu uma programação diversa | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF “As vivências e as rodas de conversa promovidas reforçam a importância da arte, da cultura e do diálogo para o cuidado em liberdade, que é o que a gente pretende fazer nos Caps do DF e em outros serviços da rede”, conta a gerente de Desinstitucionalização da SES-DF, Jamila Zgiet. Conscientização Segundo o psicólogo do Caps II do Paranoá, Felipe Braga, o festival amplia o diálogo com a sociedade. “É um evento que nasceu da história dos coletivos de arte e cultura iniciados nos Caps ou em centros de convivência que, muitas vezes, ficaram isolados nesses espaços", diz. "Realizar o evento na Torre de TV é permitir que esses coletivos falem sobre saúde mental, loucura, diferenças e cuidado em liberdade para um público mais amplo, sensibilizando novas pessoas sobre a pauta". A subsecretária de Saúde Mental da SES-DF, Fernanda Falcomer, concorda: “Eventos como o ViraMundo funcionam como um meio de promover a inclusão social das pessoas com transtornos mentais. A vivência de experiências de arte e cultura no cuidado em saúde mental fortalece o processo de reabilitação psicossocial", explica. Em um resgate histórico, o evento destacou figuras marcantes da luta antimanicomial no Brasil e no Distrito Federal Homenagens Em um resgate histórico, o evento destacou, ainda, figuras marcantes da luta antimanicomial no Brasil e no Distrito Federal. Entre os homenageados está a psicóloga Juliana Garcia Pacheco, que atuava no Caps II do Paranoá e faleceu em 2020. Juliana foi uma militante incansável pelos direitos das pessoas com transtornos mentais. Poeta e artesão, Samuel Magalhães também foi lembrado. O usuário do Caps II do Riacho Fundo mantinha uma banca cultural na Torre de TV e teve uma coletânea póstuma de poesias lançada, contribuindo para a cultura local. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Horto agroflorestal do Caps II do Riacho Fundo é inaugurado
Os usuários do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II do Riacho Fundo passam a contar com um novo espaço que promove saúde, acolhimento e bem-estar. Foi inaugurado, na última sexta-feira (12), um horto agroflorestal medicinal biodinâmico (Hamb) na unidade de saúde. O espaço é dedicado ao cultivo de plantas medicinais e plantas alimentícias não convencionais (Pancs). A iniciativa integra a Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (Rhamb), resultado da parceria entre a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília. “É um marco trazer a Rhamb para a atenção especializada, principalmente para um Caps, equipamento que tem o poder de integração do serviço com a comunidade. Será uma ferramenta potente para estimular o contato com a natureza, a conexão entre as pessoas e uma experiência prática de cuidado em saúde mental”, afirma a médica de família e comunidade da equipe técnica da Gerência de Práticas Integrativas em Saúde, Gabriela Andrade. O horto serve como complemento ao tratamento, já que o contato com a terra e com as plantas contribui para a diminuição da ansiedade | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF Espécies cultivadas Entre as plantas que serão cultivadas estão lavanda, alecrim, melaleuca, além de frutas, mandioca, milho e hortaliças. De acordo com a pesquisadora da Fiocruz, Fabiana Peneireiro, a escolha das espécies reflete o envolvimento da comunidade. “Muitas plantas foram sugeridas pelos próprios usuários e profissionais da unidade, o que torna este horto único e adaptado às necessidades locais. O espaço promove vínculos, incentiva hábitos saudáveis e contribui para a qualidade de vida de todos os envolvidos”, explica. "O contato com a terra e com as plantas contribui para a diminuição da ansiedade, fortalece processos de socialização e possibilita aos usuários resgatar autonomia e identidade para além do papel de paciente" Fabiana Peneireiro, pesquisadora da Fiocruz Este é o 35º horto implantado no DF. Para a psicóloga do Caps II do Riacho Fundo, Wenddie Dutra, a presença do Hamb traz benefícios terapêuticos diretos. “O contato com a terra e com as plantas contribui para a diminuição da ansiedade, fortalece processos de socialização e possibilita aos usuários resgatar autonomia e identidade para além do papel de paciente”, ressalta. Acesso O Caps é um serviço especializado em saúde mental voltado para maiores de 18 anos com transtornos mentais graves e persistentes. De caráter aberto e comunitário, a unidade do Riacho Fundo acolhe demandas espontâneas ou encaminhadas por outros serviços da rede de saúde ou da rede intersetorial. Entre as plantas que serão cultivadas estão lavanda, alecrim, melaleuca, frutas, mandioca, milho e hortaliças A assistência em saúde mental é realizada por equipe multiprofissional, composta por psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e equipe de enfermagem. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), KM 2, Granja do Riacho Fundo. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Saúde mental infantojuvenil terá reforço com novas unidades do Caps
A construção de duas novas unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) dedicadas ao público infantojuvenil (Capsi) foi tema, nesta terça-feira (9), do InterCapsi, encontro de profissionais da Secretaria de Saúde (SES-DF) que atuam na área. Em julho, foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) a ordem de serviço para a construção do novo Capsi no Recanto das Emas. O investimento será de R$ 4,7 milhões. O espaço, que atualmente funciona em uma sede improvisada junto a uma unidade básica de saúde (UBS), contará com um novo prédio no Setor Hospitalar 104/105 da cidade. Profissionais que atuam na saúde mental participaram do InterCapsi, onde foram debatidos diversos temas referentes ao atendimento prestado ao público infantojuvenil do DF | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Já o futuro Capsi de Ceilândia será implantado na QNN 27, próximo a uma unidade de pronto atendimento (UPA) e ao Hospital Cidade do Sol. O investimento supera R$ 4,9 milhões, e o processo de contratação de construtoras já foi iniciado. A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) é parceira nessas implantações. [LEIA_TAMBEM]Atualmente, a SES-DF conta com quatro unidades do Capsi, localizados em Sobradinho, Recanto das Emas, Taguatinga e no Plano Piloto. Essas unidades são destinadas ao atendimento de crianças e adolescentes que apresentam intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes. A rede do DF também dispõe de Caps para adultos e idosos, totalizando outras 14 unidades — entre elas, os Caps AD, especializados no tratamento da dependência química. Também se encontram em fase de implantação outras três unidades do Caps, no Gama, em Taguatinga e no Guará. “Essa expansão ocorre em um momento de crescimento do número de atendimentos: nos primeiros quatro meses de 2025, foram registrados 126.776 atendimentos na rede de atenção psicossocial, frente a 115.731 no último trimestre de 2024”, contabiliza a diretora de Atenção Psicossocial da SES-DF, Kelly Vieira. Troca de experiências “Os Capsi estão aqui para promover a autonomia das crianças e adolescentes, para resgatar o seu protagonismo” Ana Luiza Mantovani, gerente de Serviços de Atenção Psicossocial da Subsecretaria de Saúde Mental Realizado no auditório do Hemocentro, o 8º InterCapsi contou com mais de 70 participantes, a maioria servidores da SES-DF. A programação, ao longo de todo o dia, teve dinâmicas e bate-papos sobre temas como violência, família, estratégias de cuidado, sistema socioeducativo e protagonismo de crianças e adolescentes. Durante a abertura do evento, Ana Luiza Mantovani, gerente de Serviços de Atenção Psicossocial da Subsecretaria de Saúde Mental da SES-DF, lembrou que o evento evidencia a boa articulação entre as unidades da rede de saúde em busca do aprimoramento do serviço. “Os Capsi estão aqui para promover a autonomia das crianças e adolescentes, para resgatar o seu protagonismo”, disse. A representante do Conselho Regional de Psicologia, Thessa Guimarães, reforçou que o foco é promover o atendimento com ênfase na autonomia dos indivíduos. “Esse tema é particularmente auspicioso porque é muito crítico levar adiante essa questão tão básica, que é as crianças e adolescentes serem sujeitos de direitos”, declarou. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Setembro Amarelo: Unidades médicas e escolas da capital oferecem atendimento contínuo em saúde mental
Setembro Amarelo lembra: cuidar da saúde mental é um ato que deve ser praticado em cada um dos 365 dias do ano. Por isso, em vez de criar uma campanha própria, o foco tem sido fortalecer os serviços e mostrar às pessoas onde podem buscar ajuda. “O sofrimento mental é visto de forma estereotipada, mas faz parte da vida das pessoas”, lembra Fernanda Falcomer, subsecretária de Saúde Mental da Secretaria de Saúde (SES-DF). “Todos terão momentos de oscilação, mas isso vira um problema quando passa a afetar o sono, o trabalho, os estudos, as relações. É nesse ponto que a pessoa precisa buscar ajuda. Precisamos reforçar que é um problema de saúde, como qualquer outro.” Unidades do Caps estão espalhadas por todo o DF | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Segundo a gestora, a intensidade do sofrimento de cada pessoa é o que determina por onde ela deve começar a procurar atendimento. “De forma geral, as 175 unidades básicas de saúde [UBSs] são a primeira porta de entrada para as pessoas que estão em sofrimento mental”, aponta. “Qualquer pessoa pode procurar a equipe de Saúde da Família e relatar alterações de sono ou aspectos emocionais. O médico da família avalia o grau de sofrimento e dá o encaminhamento para o paciente.” Além do tratamento clínico, as UBSs também oferecem práticas integrativas em saúde (PIS) como acupuntura, meditação, reiki, yoga e outras técnicas que ajudam a reduzir o estresse e promovem bem-estar. Casos mais graves “Os profissionais olham a pessoa de forma integral e trabalham a reabilitação psicossocial, para que o usuário possa retomar a vida em comunidade” Fernanda Falcomer, subsecretária de Saúde Mental Em casos de sofrimento persistente, a subsecretária esclarece que as unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) são o principal serviço. O Distrito Federal conta hoje com 18 centros dessas especialidades, onde equipes multiprofissionais oferecem atendimento interdisciplinar com psiquiatras, médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, enfermeiros, fonoaudiólogos e farmacêuticos. Os Caps funcionam em regime de porta aberta, sem necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento. “Os Caps acolhem e acompanham de maneira contínua pessoas com sofrimento já instalado”, afirma Fernanda Falcomer. “Os profissionais olham a pessoa de forma integral e trabalham a reabilitação psicossocial, para que o usuário possa retomar a vida em comunidade”. Já nos casos de crises agudas, de urgência ou emergência, a pessoa deve ser atendida pelo Samu, em unidades de pronto atendimento (UPAs) ou hospitais. “Nesses momentos, é fundamental receber atendimento imediato”, ressalta. Saúde mental na escola Crianças e adolescentes também enfrentam desafios emocionais que podem interferir na escola e na vida pessoal, pontua Larisse Cavalcante, diretora de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante. Para ajudar os estudantes, a Secretaria de Educação (SEEDF) mantém o Programa de Saúde Mental dos Estudantes (PSME) durante todo o ano, oferecendo apoio, orientação e atividades que incentivam o autocuidado. Atividades desenvolvidas nos centros de convivência ajudam a combater ansiedade e depressão “São promovidos bate-papos com os estudantes”, explica Larisse. “Os temas abordam a ansiedade, a depressão, violência de gênero, desenvolvimento de habilidades socioemocionais e letramento em saúde, para que os estudantes possam falar sobre si e seus próprios sentimentos.” Segundo a diretora, os estudantes também podem sugerir discussões que considerem importantes. “No início, a gente percebeu que se os temas não fossem próximos da realidade deles, o engajamento seria baixo — por isso os alunos têm liberdade para escolher os assuntos que querem discutir”, afirma. Demanda Os estudantes da educação infantil e das séries iniciais do ensino fundamental são atendidos pela Ciranda do Coração, que trabalha as competências emocionais das crianças na sede do Espaço Saúde do Estudante, na Asa Sul, após encaminhamento das escolas. [LEIA_TAMBEM]Os demais projetos ocorrem dentro de sala de aula conforme a demanda, como o Acolhendo Corações Jovens, destinado a alunos das séries finais do ensino fundamental e do ensino médio; Prevenção ao Uso dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar e Tabaco, para estudantes do ensino médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA); e Caminhos para uma Escola Promotora de Bem Viver, disponível para suporte de alunos em sofrimento. Segundo Larisse, as iniciativas contribuem para reduzir o bullying e tornar a escola um espaço mais acolhedor. “As ações de promoção e prevenção acontecem de janeiro a dezembro”, esclarece. “Esse cuidado contínuo garante que setembro não seja apenas um mês em que o aluno é obrigado a falar sobre saúde mental porque o tema já esteja naturalizado na rotina escolar”. Cuidar de quem cuida Antes de cuidar de outros, é preciso cuidar de si mesmo. No Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), essa é a filosofia do Programa Acolher, que oferece apoio físico e emocional aos colaboradores da instituição. Nesta semana, o programa lançou a campanha Setembro mais que Amarelo – Todas as Cores. “Essa campanha contribui para que a gente humanize os colaboradores com foco total na saúde deles”, relata Paula Paiva, chefe do Núcleo de Qualidade de Vida no Trabalho do instituto. “Consequentemente, a gente impacta a assistência porque quando o colaborador é cuidado, é assistido, ele também vai transferir esse cuidado para o paciente”. Paula reforça que a campanha continua ao longo do ano inteiro: “A mensagem final é esta: que as pessoas se cuidem, que coloquem primeiro a máscara de oxigênio em si mesmas, para depois colocar em quem está ao seu lado”.
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Curso capacita servidores para urgências em saúde mental
Capacitar servidores para lidar com situações de urgência é o objetivo do curso “Crises e urgências em saúde mental: uma abordagem interdisciplinar”, que, na quarta-feira (3), deu início às atividades da segunda turma voltada exclusivamente a profissionais dos centros de atenção psicossocial (Caps) da Secretaria de Saúde (SES-DF). A iniciativa é fruto da parceria entre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-DF), a Subsecretaria de Saúde Mental (Susam) e a Escola de Governo (Egov). Abordagens do curso vão de primeiros-socorros psicossociais a simulações práticas de intervenção | Foto: Divulgação/Egov “Nosso objetivo é fortalecer a segurança e a confiança dos profissionais, promovendo intervenções mais ágeis, seguras e de qualidade” Renata Cavalcante, assistente social e instrutora do curso “Treinamentos específicos fortalecem a identificação precoce de sinais de risco, a aplicação de técnicas de acolhimento, a contenção verbal e demais procedimentos adequados”, explica a gerente de Normatização do Cuidado em Saúde Mental da SES-DF, Beatriz Montenegro. “Com mais preparo, reduzimos incidentes, aumentamos a confiança da comunidade e promovemos vínculos estáveis entre usuários, familiares e equipes.” Capacitação [LEIA_TAMBEM]Com carga horária de 20 horas, a formação é ministrada por servidores do Núcleo de Saúde Mental (Nusam) do Samu-DF e aborda primeiros-socorros psicossociais, principais tipos de crises, apresentação da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) e simulações práticas de intervenção. A primeira turma foi capacitada entre 30 de junho e 4 de julho, e uma nova edição está prevista para o período de 1º a 3 de novembro, direcionada a profissionais de saúde mental. O curso, agora incluído na grade curricular da Egov, tem como proposta apoiar a educação continuada não apenas de profissionais de saúde, mas também de servidores de áreas como educação, segurança pública e assistência social. O objetivo é ampliar a capacidade de resposta em situações de crise, garantindo intervenções mais seguras, resolutivas e integradas entre diferentes setores. Instrutora do curso, a assistente social do Nusam do Samu-DF Renata Cavalcante enfatiza os benefícios da capacitação: “O principal resultado esperado com a formação é qualificar o manejo das crises em saúde mental nos Caps. Nosso objetivo é fortalecer a segurança e a confiança dos profissionais, promovendo intervenções mais ágeis, seguras e de qualidade. Assim, garantimos um cuidado efetivo e acolhedor às pessoas em situação de crise psíquica”. *Com informações da Secretaria de Saúde
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