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Dia Mundial da Prematuridade

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HRT reúne mães de bebês prematuros e mostra casos de superação

Em um dia marcado por abraços, esperança e superação, familiares, profissionais de saúde, residentes e mães de prematuros se reuniram no auditório do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), na última segunda-feira (17), para celebrar o Dia Mundial da Prematuridade. Mães de crianças que nasceram antes da 37ª semana de gestação na unidade relataram aos pais que ainda têm bebês internados no hospital as suas experiências e toda a emoção de verem seus filhos recuperados. Familiares, profissionais de saúde, residentes e mães de prematuros se reuniram no auditório do HRT para celebrar o Dia Mundial da Prematuridade | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF É o caso de Teresinha Maria Rezende, 52 anos, mãe de Matheus Rezende, 25. O jovem foi o primeiro bebê prematuro nascido no HRT a ficar na Unidade Canguru (Ucinca), um tipo de assistência neonatal que proporciona o contato pele a pele precoce entre o recém-nascido de baixo peso e os familiares. “Lembro de vê-lo tão pequeno, com 29 semanas e 875 gramas. Cada dia era uma conquista, e sempre havia alguém dizendo: 'não desista, vocês vão vencer'. Na UTI [Unidade de Terapia Intensiva], tudo mexia comigo, da primeira gota de leite até as mudanças frequentes no quadro de saúde dele”, contou. O filho agradeceu o cuidado dos servidores: “Cada etapa da minha vida foi importante. Agradeço à equipe do HRT e à minha mãe. Gostaria de dizer para todas as mães não desistirem. Esse caminho é difícil, mas vocês vão conseguir: seus filhos vão crescer e trarão muita felicidade”. Quem também compartilhou sua experiência foi Beatriz Vieira, 27, mãe da pequena Alana. A bebê nasceu com 29 semanas e 2 dias, e hoje, aos 9 meses, esbanja vitalidade. “Foi um processo muito difícil. Vê-la naquela situação, tão pequena dentro de uma incubadora, com apenas 1,3 kg, doeu demais. A equipe do HRT salvou a vida da minha filha. Ela está linda e esperta, serei grata para sempre”, declarou. Teresinha Maria Rezende ao lado do filho Matheus Rezende — o jovem de 25 anos foi o primeiro bebê prematuro nascido no HRT Conscientização O Dia Mundial da Prematuridade integra o Novembro Roxo, campanha que alerta para o aumento dos partos prematuros e como preveni-los, além de informar sociedade e gestores quanto às consequências do nascimento antecipado para o bebê e sua família. “Abordar a prematuridade significa sensibilizar a sociedade sobre prevenção, assistência qualificada e políticas públicas que garantam o direito ao nascer e crescer com saúde. Por trás de cada incubadora, existe uma família que se renova diariamente, com coragem e fé”, ressaltou a fonoaudióloga da Unidade Neonatal (Uneo) do HRT e coordenadora do Centro de Referência do Método Canguru do DF, Caroline Ribeiro. Em 2024, o DF registrou 4,2 mil partos antes da 37ª semana de gestação, representando 12,83% dos nascimentos no ano passado. Segundo a gerente de Serviços de Enfermagem Obstétrica e Neonatal (Geon) da Secretaria de Saúde (SES-DF) e coordenadora do grupo condutor distrital da Rede Cegonha, Gabrielle Medeiros, essa parcela do grupo demanda atenção especial. “A Rede Materno Infantil envolve a prevenção da prematuridade, que se inicia no pré-natal, o atendimento hospitalar no momento do nascimento, o acolhimento e a assistência. O acompanhamento pós-alta também é fundamental”, afirmou. Beatriz Vieira, mãe da pequena Alana, que nasceu com 29 semanas e 2 dias: “A equipe do HRT salvou a vida da minha filha. Ela está linda e esperta e serei grata para sempre” Semana de conscientização O encontro marcou também a abertura oficial da Semana de Conscientização da Prematuridade no HRT. Até sexta-feira (21), a unidade realizará atividades que aproximam famílias e equipes e reforçam a importância da assistência humanizada. [LEIA_TAMBEM]Confira a programação abaixo. • Quarta-feira (19) — 14h | Dia do cuidado: mães e equipe, com participação da escola de cabeleireiro Senac, da Mary Kay e do Projeto Atendimento em Movimento Seac-DF • Quinta-feira (20) — 15h30 | Cine Canguru • Sexta-feira (21) — Café com prosa – Equipe Uneo. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Hospital de Santa Maria promove dia de conscientização sobre prematuridade no Novembro Roxo

O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), realizou, nesta terça-feira (18), um evento especial em alusão ao Novembro Roxo, campanha internacional de conscientização sobre a prematuridade. A iniciativa reforçou fatores de risco, destacou a importância do pré-natal adequado e valorizou o cuidado especializado oferecido aos bebês que nascem antes do tempo. Celebrado em 17 de novembro, o Dia Mundial da Prematuridade integra um mês inteiro de ações voltadas à promoção da sobrevivência e do desenvolvimento saudável dos prematuros. No Brasil, cerca de 340 mil bebês nascem prematuros todos os anos, o equivalente a um a cada dez nascimentos antes de 37 semanas de gestação, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O país está entre os dez primeiros com maior número de partos prematuros no mundo. No HRSM, por exemplo, segundo a chefe do Serviço de Neonatologia, Phabyana Pereira de Araújo, a média é de 35% de prematuros entre todos os partos. “A nossa realidade da prematuridade é intensa aqui. São cerca de 320 a 350 partos por mês, sendo aproximadamente 120 prematuros. Vivenciamos a angústia, o anseio, a felicidade e as dificuldades desta longa internação junto às famílias”, comenta. Em meio às palestras, o evento foi marcado por um instante especial: a alta do pequeno Miguel Sousa, cujo retorno para casa coincidiu com a data da celebração. Miguel nasceu com apenas 23 semanas e dois dias, após a mãe, Jamile Eduarda Rosa, desenvolver uma infecção urinária que desencadeou o parto prematuro | Fotos: Divulgação/IgesDF O evento contou com a presença de profissionais de diversas especialidades, estudantes e mães que vivenciam ou já passaram pela prematuridade e mantêm vínculo com o hospital. A abertura foi conduzida pela chefe do Serviço de Enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), Lorena Mendes, que destacou a relevância do encontro para fortalecer práticas assistenciais e integrar equipes. “Recentemente, recebemos um bebê com apenas 580 gramas. A equipe tem experiência e habilidade para lidar com casos tão delicados e, por isso, preparamos este momento com muito carinho para todos”, afirma. Assuntos diversificados Ao longo da manhã, os participantes acompanharam uma série de palestras que abordaram diferentes aspectos do cuidado neonatal. Um dos temas em destaque foi a farmacocinética dos prematuros, que é a maneira como bebês nascidos antes do tempo processam os medicamentos em seus organismos, desde a absorção, passando pela metabolização e a excreção dos fármacos. As discussões também avançaram para estratégias de cuidado integral, passando pelo suporte ventilatório, pelo estímulo ao desenvolvimento neuropsicomotor, e pela postura fetal. Os profissionais também debateram mitos e verdades da neonatologia e ampliaram o olhar para além dos cuidados clínicos. A programação incluiu reflexões sobre a experiência das famílias, com ênfase no atendimento psicológico e no fortalecimento das redes de apoio que sustentam pais e cuidadores durante a internação dos recém-nascidos. Durante a tarde, as apresentações avançaram para temas como educação precoce voltada a bebês prematuros, inserção do pai nos cuidados durante a hospitalização, desenvolvimento das funções orais e desafios enfrentados pela família após a alta hospitalar. Especialistas compartilharam evidências e experiências que reforçam a importância da atuação multiprofissional para garantir um início de vida mais seguro e saudável. Para a chefe do Serviço de Enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), Lorena Mendes, o evento simboliza o compromisso com a humanização e a excelência no cuidado neonatal Um momento de emoção Em meio às palestras, o evento foi marcado por um instante especial: a alta do pequeno Miguel Sousa, cujo retorno para casa coincidiu com a data da celebração. Miguel nasceu com apenas 23 semanas e dois dias, após a mãe, Jamile Eduarda Rosa, desenvolver uma infecção urinária que desencadeou o parto prematuro. “Foram quase quatro meses internado. Eu achei que ele completaria os quatro meses aqui, mas graças a Deus isso não aconteceu. Ele foi muito bem assistido e muito bem cuidado e estou muito feliz em voltar para a casa”, disse Jamile, emocionada. Ao entrarem no auditório, mãe e filho passaram por um corredor de aplausos. O Novembro Roxo também destaca práticas fundamentais como o Método Canguru, que estimula o contato pele a pele entre pais e bebês, e a atuação de bancos de leite humano (BLH), essenciais para a nutrição e recuperação de recém-nascidos prematuros. No HRSM, essas iniciativas são referência e parte central do cuidado oferecido. Para Lorena Mendes, o evento simboliza o compromisso com a humanização e a excelência no cuidado neonatal. “Entre profissionais, famílias e convidados, o sentimento predominante foi o de união, aprendizado e esperança, especialmente de quem já viveu a difícil jornada da prematuridade e hoje celebra histórias de força e superação”, conclui. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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Novembro Roxo: campanha joga luz sobre a saúde dos bebês prematuros

O Dia Mundial da Prematuridade, comemorado nesta segunda-feira (17), é o ponto alto da campanha Novembro Roxo, iniciativa cujo objetivo é conscientizar sobre os cuidados necessários a gestantes e recém-nascidos prematuros. Apenas em 2024, houve 4,2 mil partos pré-termo no Distrito Federal — isto é, antes da 37ª semana de gestação. O montante representa 12,83% do total de nascimentos no ano passado. No ano passado, nasceram 4,2 mil bebês prematuros no Distrito Federal, o equivalente a 12,83% do total de nascimentos | Foto: Ualisson Noronha/ Arquivo Agência Saúde DF Um dos bebês que veio antes do esperado foi a pequena Mavie, filha de Raynara Andrade, 23. Nascida em 13 de dezembro de 2024, aos seis meses de gestação (24 semanas e dois dias), Mavie foi o bebê recém-nascido mais prematuro da história do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). “Ela já foi para a UTI [Unidade de Terapia Intensiva] neonatal assim que nasceu. As primeiras semanas foram muito difíceis. Ela teve quatro paradas cardiopulmonares e um sangramento na cabeça”, conta Raynara, sem esconder a aflição de lembrar das dificuldades pelas quais as duas passaram. “Foram quatro meses assustadores, porque é um turbilhão de emoções. Eu me sentia desesperada o tempo todo, sem saber se ela viria para casa comigo, sem saber se a gente ia conseguir… Mas eu nunca perdi a fé.” [LEIA_TAMBEM]Mavie receberia alta após 120 dias de internação. À época, a mãe agradeceu à equipe multidisciplinar de médicas, enfermeiras, técnicas de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogas e terapeutas ocupacionais da unidade neonatal do HRT que acompanharam a filha durante esse longo percurso. Hoje, com 216 dias passados desde que as duas chegaram em casa, e prestes a comemorarem o primeiro aniversário de Mavie, a angústia deu lugar ao sentimento de alívio e esperança. “Hoje a Mavie é outra criança! Quando a gente volta ao hospital, todo mundo fica admirado. Antes ela tinha hipersensibilidade ao toque, não gostava de contato e hoje não tem mais nada disso. Ela vive sorridente, conversa, grita. Ela é a minha ‘espoleta’”, brinca Raynara. A mãe também explica que a filha segue se recuperando no seu próprio ritmo: por conta de uma condição pulmonar crônica (displasia broncopulmonar), causada pela prematuridade, Mavie ainda está em desmame gradual da sonda de oxigênio. Raynara Andrade, mãe de Mavie: “Ela já foi para a UTI neonatal assim que nasceu. As primeiras semanas foram muito difíceis” | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Cuidados especiais A gerente de Serviços de Enfermagem Obstétrica e Neonatal (Geon) da Secretaria de Saúde (SES-DF) e coordenadora do grupo condutor distrital da Rede Cegonha, Gabrielle Medeiros, reforça que bebês prematuros demandam atenção altamente especializada desde os primeiros minutos de vida. “A estabilização adequada, o controle térmico, o suporte respiratório precoce, a nutrição segura e o monitoramento contínuo fazem toda a diferença para reduzir complicações e garantir melhores desfechos. Cada intervenção deve ser precisa, baseada em evidências e conduzida por equipes treinadas”, afirma. A especialista ressalta ainda que o cuidado humanizado é parte essencial do processo de recuperação do recém-nascido, exemplificado por ações como acolhimento, mínimo de manipulação, contato pele a pele sempre que possível e um ambiente que favoreça o desenvolvimento pleno da criança. “Para as mães e suas famílias, o trabalho humanizado visa a garantir informação clara, participação ativa nas decisões, apoio emocional e a construção de vínculos mesmo em situações de fragilidade. Humanizar não é suavizar o cuidado, é qualificá-lo, e isso impacta diretamente a recuperação e a vida desses bebês”, completa a profissional. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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HRSM é referência no atendimento a recém-nascidos prematuros

A chegada de um bebê prematuro em uma família é sempre cercada de muita preocupação, insegurança e medo. Em 17 de novembro é celebrado o Dia Mundial da Prematuridade e por isso, a campanha Novembro Roxo é dedicada para tratar sobre o tema e alertar a população sobre as possíveis causas e consequências dos partos prematuros. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil ocupa o 10º lugar no ranking mundial de nascimentos prematuros, com aproximadamente 302 mil casos anualmente. Referência no atendimento a gestantes de alto risco da região de saúde sul e entorno sul do Distrito Federal, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) acaba realizando um número elevado de partos prematuros devido à complexidade do serviço. De janeiro a outubro deste ano, foram 400 nascimentos prematuros ocorridos na unidade hospitalar. Referência no atendimento a gestantes de alto risco da região de saúde sul e entorno sul do Distrito Federal, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) acaba realizando um número elevado de partos prematuros devido à complexidade do serviço | Foto: Divulgação/IgesDF “O próprio nome diz que eles nascem antes da época. Então, eles são pré-termos. Eles possuem idade gestacional menor que 37 semanas. Podem ser prematuros extremos, moderados e tardios. Menor de 29 semanas são prematuros extremos. São crianças que não têm o pulmão formado ainda, principalmente os extremos e moderados, um pulmão que ainda não está preparado para respirar sozinho quando sai da barriga da mãe. Então, a tendência deles é ter síndrome do desconforto respiratório. São crianças que não atingiram o peso ideal, que nascem de baixo peso”, informa a chefe do Serviço de Neonatologia do HRSM, Phabyana Pereira de Araújo. Dependendo do peso, o tempo de internação é ainda maior, porque se for extremo baixo peso, ou seja, menor que um quilo, o tempo de internação costuma ser bem maior, porque a equipe só preconiza uma alta com 1,800 kg ou 1,900kg e se estiver mamando bem. Segundo a médica, devido ao baixo peso e ao amadurecimento neurológico há dificuldades de sucção e a consequência é maior tempo utilizando sonda. “O sistema neurológico ainda não está bem desenvolvido. Então, a gente tem que aguardar essa criança ter algumas características, alguns reflexos que na idade de termo ele não possui no pré-termo. Os prematuros são mais sonolentos ou mais irritadiços, tem uma pré-disposição para ter mais hemorragias intracranianas e por isso é tão importante a assistência de uma equipe multidisciplinar”, explica. Phabyana destaca que desde o médico neonatologista que vai fazer a prescrição e dar as condutas, há também o cuidado extremo da equipe de enfermagem em relação aos dispositivos e acessos, aos cuidados, às trocas de decúbito e aos cuidados de higiene desse bebê prematuro. “A equipe da Fonoaudiologia ajuda quando a equipe vai transicionar de sonda para começar o processo de sucção desse recém-nascido. A Fisioterapia é responsável por fazer ajustes ali do padrão ventilatório. A equipe se junta durante a extubação. A terapia ocupacional auxilia a fonoaudiologia e cuida do método canguru. Também existe o apoio essencial da psicologia e assistência social para dar apoio para esta mãe e família com o bebê internado”, destaca. A médica destaca que vários fatores podem ocasionar um parto prematuro, como obesidade, diabete gestacional, infecção urinária, principalmente no 3º trimestre, hipertensão, descolamento prematuro de placenta, entre outros. Por isso, é essencial que a gestante faça o acompanhamento da gestação indo a todas as consultas do pré-natal. Atualmente, o HRSM possui 20 leitos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), 15 leitos na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (UCIN) e mais 51 leitos na Maternidade, sendo dez deles destinados às gestantes de alto risco, além de contar com um Banco de Leite Humano (BLH) e uma equipe multidisciplinar para prestar toda a assistência a este bebê prematuro e sua família desde seu nascimento. *Com informações do IgesDF

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HRSM promove ações para conscientização sobre prematuridade

O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) realizou, nesta sexta-feira (17), um evento dedicado ao Novembro Roxo, mês internacional de sensibilização à prematuridade. Profissionais da saúde, mães da UTIN (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal), maternidade e o público em geral participaram de palestras que abordaram temas essenciais. Das 8h30 às 17h, especialistas como enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, psicólogos e terapeutas compartilharam informações cruciais sobre o parto prematuro, suas causas e medidas preventivas. Tópicos como ambiência, aleitamento materno, desenvolvimento motor e respiratório, além de cuidados psicológicos. Profissionais da saúde, mães da UTIN e público em geral participaram do evento do Novembro Roxo no Hospital Regional de Santa Maria, nesta sexta | Fotos: Alessandro Praciano “Realizamos esse evento para sensibilizar a população e nossa equipe sobre o Dia Mundial da Prematuridade [17 de novembro]. Em uma unidade fechada, muitas histórias se desenrolam, e esta é nossa chance de trazer um pouco do nosso trabalho e dar voz às mães que enfrentam essa luta. Abordar o cuidado com o prematuro e como nossa equipe lida com processos diferenciados é crucial para compreender esse público delicado e necessário, unificando esforços e dando voz a essas pessoas”, ressaltou Maria Helena Nery, terapeuta ocupacional da UTI Neonatal. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O Ministério da Saúde revela que anualmente, cerca de 340 mil bebês nascem prematuros no Brasil. Essa realidade destaca a necessidade de debater e promover a conscientização. A chefe de Serviço de Enfermagem, Lorena Cardoso Mendes, destacou a importância do cuidado em um ambiente especializado e do suporte emocional aos pais para um desenvolvimento saudável. “O cuidado e apoio ao recém-nascido prematuro e aos pais são essenciais para garantir seu desenvolvimento saudável. Esses bebês frequentemente enfrentam desafios de saúde, e um monitoramento constante e intervenções apropriadas são cruciais”, afirmou Lorena. Fabíola dos Reis, 36 anos, mãe da Helena, que nasceu prematura extrema de 25 semanas com apenas 560 gramas, expressou a importância de ter todas essas informações e o apoio da equipe: “Esse tipo de evento representa muito, não apenas informam, mas também oferecem apoio. Lidar com o nascimento prematuro é assustador. Sentir-se apoiada faz toda a diferença”. Origem da data No dia 17 de novembro, é comemorado o Dia Mundial da Prematuridade, data escolhida pelo significado especial para um dos fundadores da EFCNI (European Foundation for the Care of Newborn Infants), após a morte de seus trigêmeos prematuros, em 17 de novembro de 2008. No Brasil, essa iniciativa começou em 2011, a partir de um blog que compartilhava experiências de mães e profissionais lidando com bebês prematuros. E através da Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros, organização sem fins lucrativos dedicada, em âmbito nacional, à prevenção da prematuridade, à educação continuada para profissionais de saúde e à defesa de políticas públicas voltadas aos interesses das famílias de bebês prematuros. “O evento dedicado ao Novembro Roxo no Hospital Regional de Santa Maria não é apenas um marco no calendário, mas uma oportunidade de educação e apoio. A conscientização sobre a prematuridade não deve ser limitada a um único dia; é um compromisso constante. Cada informação compartilhada, cada história contada e cada mãe apoiada são passos cruciais em direção a um futuro onde o cuidado aos recém-nascidos prematuros seja uma prioridade. Juntos, podemos moldar uma sociedade mais atenta e solidária, garantindo que nenhum prematuro enfrente esse processo sem o suporte necessário”, finalizou a chefe do Serviço de Enfermagem. *Com informações do IgesDF

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Dia Mundial da Prematuridade alerta para cuidados com o pré-natal

O Novembro Roxo – mês de conscientização em alusão ao Dia Mundial da Prematuridade, 17 de novembro – tem o objetivo de alertar sobre o crescente número de partos prematuros e como preveni-los, além de informar sobre as consequências do nascimento antecipado para o bebê, a família e a sociedade. A cor simboliza a sensibilidade e a individualidade, características muito peculiares aos bebês prematuros, para quem a sobrevida depende das condições do pré-natal e nascimento e das complicações que podem surgir após o parto. De janeiro a agosto deste ano, a rede pública de saúde do DF registrou um total de 3.079 nascidos vivos prematuros (com menos de 36 semanas de idade gestacional). Isso representa 12,7% dos partos, considerando 24.249 bebês nascidos vivos nesse mesmo período. Em 2022, foram 6.130 nascidos vivos prematuros, de um total de 48.769 nascidos vivos no DF, sendo a taxa de prematuridade de 12,6%. [Olho texto=”“O acompanhamento pré-natal pode prevenir, diagnosticar e tratar precocemente doenças, a fim de manter a integridade das condições de saúde da mãe e do bebê, além de planejar o nascimento e cuidados que o bebê poderá necessitar ao nascer”” assinatura=”Priscila Domingues, pediatra” esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo a pediatra e referência técnica distrital (RTD) de neonatologia Priscila Domingues, o parto prematuro pode ocorrer por diversas causas. As mais comuns estão relacionadas com a saúde da gestante, como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e infecções. “O acompanhamento pré-natal pode prevenir, diagnosticar e tratar precocemente doenças, a fim de manter a integridade das condições de saúde da mãe e do bebê, além de planejar o nascimento e cuidados que o bebê poderá necessitar ao nascer”, explica. Após o nascimento, é feita uma avaliação clínica, além da verificação dos sinais vitais do recém-nascido prematuro. O bebê fica em incubadora sob aquecimento para manter a temperatura corporal estável e para ganho de peso. O tempo de permanência no aparelho vai depender da recuperação, da idade gestacional e do peso de cada um. Quanto mais prematuro e menor o peso, maior é o risco do recém-nascido apresentar complicações decorrentes da prematuridade. Há riscos de agravos neurológicos (hemorragia peri-intraventricular), respiratórios (síndrome do desconforto respiratório, displasia broncopulmonar, hemorragia pulmonar), infecciosos (sepse) e oftalmológicos (retinopatia da prematuridade), entre outros. Referência no DF Mãe de gêmeos prematuros, Mikaella Siqueira elogia o tratamento recebido no Hmib: “Apesar dos riscos, me deram conforto e segurança em todos os momentos” | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde O Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) é referência para acompanhamento pré-natal e para partos de alto risco. Por isso, registra muitas histórias de mães que enfrentaram complicações na gestação. Internada em agosto na unidade, a vendedora Mikaella Siqueira, 21, passou dois meses recebendo os devidos cuidados para prolongar a gestação de alto risco dos gêmeos Ágatha e Isaac. Os bebês nasceram em 8 de outubro, com 29 semanas e baixo peso. Ágatha pesava 1,330 kg, e Isaac, com 1,280 kg, ficou intubado durante quatro dias por dificuldades respiratórias. Ambos seguem internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), pois precisam ganhar mais peso para alta hospitalar. A saúde dos recém-nascidos é avaliada como muito boa, e eles já se alimentam com o leite da própria mãe. “Fui muito bem-acolhida por toda a equipe do hospital. Sempre me tranquilizaram com relação à gestação e, apesar dos riscos, me deram conforto e segurança em todos os momentos”, elogia a vendedora, que também conta com apoio psicológico. “Fiquei muito triste de receber alta e não poder levar meus bebês para casa, mas a psicóloga me explicou que é algo momentâneo e para a saúde deles. Então, venho todos os dias ordenhar o leite e poder ter o contato pele a pele com eles.” Contato pele a pele O capelão Diones Aguiar fica à disposição no Hmib para apoio espiritual às famílias que têm alguma criança internada “Iniciamos a dieta com leite materno precocemente se as condições clínicas permitirem e realizamos o rastreio de infecções; os demais cuidados ocorrem conforme a necessidade do paciente, como suporte respiratório e hemodinâmico”, conta a RTD e pediatra neonatologista. O contato pele a pele e a amamentação são extremamente importantes para o prematuro, pois protegem-no de infecções, além de mantê-lo aquecido de forma mais natural e auxiliarem no relaxamento e em um sono mais tranquilo em contato com a pele dos seus pais, fortalecendo o vínculo. Neste ano, a campanha do Novembro Roxo foca esses benefícios e tem como tema “Pequenas ações, grande impacto: contato pele a pele imediato para todos os bebês, em todos os lugares”. De acordo com Domingues, o leite materno é muito importante para o crescimento e desenvolvimento dos prematuros. Por isso, se a própria mãe não o conseguir ofertar, os bebês são alimentados com leite doado por outras mulheres que amamentam. A oferta ocorre por meio de sonda gástrica até que o prematuro tenha maturidade suficiente para sugar o seio materno. Prematuridade [Olho texto=”“Nas primeiras 96 horas de vida do prematuro extremo, devemos sempre ter em mente o manuseio mínimo deles, porque já foi comprovado que o manuseio excessivo é prejudicial ao desenvolvimento”” assinatura=”Fabiano Gonçalves, neonatologista” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O nascimento antes de 37 semanas de gestação é considerado prematuro. Se nascido entre 34 e 36 semanas, os bebês são classificados como prematuros limítrofes. Os nascidos entre 29 e 33 semanas são prematuros moderados, enquanto aqueles que nascem com menos de 28 semanas são os chamados prematuros extremos. “Nas primeiras 96 horas de vida do prematuro extremo, devemos sempre ter em mente o manuseio mínimo deles, porque já foi comprovado que o manuseio excessivo é prejudicial ao desenvolvimento”, explica o chefe da Unidade de Neonatologia do Hmib, Fabiano Gonçalves. Os prematuros extremos precisam de cuidados específicos em UTI neonatal. O pequeno Yan Gabriel chegou ao mundo em 16 de outubro pesando 1.790 kg, após um parto de 35 semanas, e já se mostrou um guerreiro desde as primeiras horas de vida. Ele nasceu com gastrosquise (abertura anômala da parede abdominal) e passou por duas cirurgias de correção. Outro procedimento cirúrgico ainda é necessário para fechar a cavidade. A mãe de Yan, Jheniffer Lorrane de Souza, 17, foi informada no pré-natal sobre a situação do filho. “Eu fiquei bem triste, com medo de ele não resistir a cirurgias tão complexas, pelo fato de ser tão pequeno. Tenho me apegado a Deus, e a equipe tem me apoiado, está dando tudo certo, e logo meu filho vai ficar bem”, afirma. No Hmib, além do apoio psicológico, as mães recebem reforço espiritual do capelão Diones Aguiar, que circula por todo o hospital conversando com as famílias que têm alguma criança internada. “Nas UTIs neonatais, particularmente, vemos as mães em pleno sofrimento, pois é difícil ver um filho tão pequeno ligado em vários aparelhos, lutando pela vida, sem a gente poder pegar no colo e tendo que confiar em outras pessoas. Meu papel é dar o encorajamento espiritual para enfrentar o momento”, explica. Crianças que nasceram de forma prematura têm mais risco de desenvolver problemas de aprendizagem e comportamentais, deficiências motoras, infecções respiratórias crônicas e doenças cardiovasculares ou diabetes, em comparação com bebês nascidos a termo. “Esses pacientes precisam de um acompanhamento especial a longo prazo, uma vez que apresentam particularidades sobre o seu crescimento, desenvolvimento e possíveis comorbidades relacionadas à prematuridade”, ressalta Priscila Domingues, Rede de atenção [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Além do Hmib, o Hospital Universitário de Brasília (HUB) e os hospitais regionais de Taguatinga (HRT), de Ceilândia (HRC), de Sobradinho (HRS) e de Santa Maria (HRSM) ofertam atendimento em Utin. Os hospitais regionais da Asa Norte (Hran), de Planaltina (HRPL), do Gama (HRG) e o Hospital da Região Leste (HRL) possuem Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin). Dados do Ministério da Saúde apontam que, no Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, o equivalente a 931 por dia ou seis prematuros a cada dez minutos. Mais de 12% dos nascimentos no país acontecem antes da gestação completar 37 semanas, o dobro do índice de países europeus. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Novembro Roxo: ações orientam sobre cuidados com bebês prematuros

Hospitais da rede pública do Distrito Federal terão programação especial no Novembro Roxo, mês de conscientização e prevenção da prematuridade. Neste ano, a campanha global tem o tema Pequenas ações, grande impacto: contato pele a pele imediato para todos os bebês, em todos os lugares. Entre as atividades – tanto para pais quanto para profissionais –, haverá destaque para os benefícios dessa prática, além de ensaios fotográficos e palestras. O Dia Mundial da Prematuridade é celebrado em 17 de novembro. Nesta terça-feira (7), o Hospital Regional de Sobradinho (HRS) iniciará as ações, às 8h, com o Camarim, espaço dedicado às mães. Em seguida, às 13h, haverá o ensaio fotográfico Lute como um prematuro. Os bebês da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) e da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin) usarão fantasias de lutadores de boxe na cor roxa, remetendo à campanha. Ações para informar sobre a prematuridade de bebês serão realizadas na rede pública de saúde do DF | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde O Hospital de Sobradinho seguirá com programação especial durante todo o mês. Na quarta-feira (8) será ofertada, apenas para profissionais do HRS, palestra sobre a importância do contato pele a pele. A programação segue com um bingo para as mães de prematuros, na quinta-feira (9); uma oficina de artesanato, no dia 14, e uma sessão solene no Dia Mundial da Prematuridade (dia 17). Por fim, no dia 24, as mães poderão compartilhar as experiências frente à prematuridade em uma roda de conversa. Na quarta, o Hospital da Região Leste (HRL) levará musicoterapia aos recém-nascidos, com o projeto Música nas Incubadoras. Às 10h do dia 21, o local promoverá o painel Novembro Roxo, o papel da equipe multidisciplinar e relatos de mães de prematuros. O encontro, com café da manhã, será em frente à Ucin. O Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) oferecerá, no dia 14, a partir das 8h, sessão de cinema, conversa e distribuição de kits na Ucin Canguru. No dia 16, às 10h, a unidade terá um ensaio fotográfico para mães e bebês prematuros. No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, número que equivale a pelo menos 930 nascimentos por dia Já no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) o cronograma terá como foco o Dia Mundial da Prematuridade e será voltado às mães e recém-nascidos atendidos da Utin, na Ucin e na maternidade do local, além de profissionais da equipe multidisciplinar. Com abertura às 8h e encerramento às 17h do dia 17, a unidade prepara extensa programação, que terá palestras sobre parto prematuro, causas e prevenção; desenvolvimento motor e respiratório; promoção do aleitamento materno e aspectos psicológicos da prematuridade. Prematuridade [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O bebê é considerado prematuro quando nasce antes das 37 semanas de gestação. No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, número que equivale a pelo menos 930 nascimentos por dia, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O acompanhamento médico e algumas medidas tomadas durante a gestação podem evitar o nascimento antes do tempo previsto. Todas as gestantes devem iniciar o pré-natal, assim que descobrem a gravidez, na unidade básica de saúde (UBS) de referência. Para saber qual é a sua UBS, basta acessar o InfoSaúde e fazer a busca. Gestações de alto risco são encaminhadas para acompanhamento pré-natal no Hmib. Nas Utins e Ucins, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) tem equipes multidisciplinares composta por neonatologistas, pediatras, enfermeiros, técnicos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e fisioterapeutas. Cronogramas de ações do Novembro Roxo no DF Todas as gestantes devem iniciar o pré-natal assim que descobrem a gravidez, na unidade básica de saúde de referência Hospital Regional de Sobradinho (HRS) ? Dia 7 8h – Camarim para mães 13h – Ensaio fotográfico Lute como um prematuro ? Dia 8 16h – Importância do contato pele a pele (somente para os profissionais) ? Dia 9 14h – Bingo com as mães ? Dia 14 15h – Oficina de artesanato ? Dia 17 15h – Sessão solene com a direção, servidores e mães ? Dia 24 9h30 – Conversa de mãe para mãe? Hospital da Região Leste (HRL) ? Dia 8 Projeto Música nas Incubadoras ? Dia 21 10h – Café da manhã com o painel Novembro Roxo, o papel da equipe multidisciplinar e relatos de mães de prematuros? Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) ? Dia 14 8h – Sessão de cinema, bate-papo e distribuição de kits na Ucin Canguru ? Dia 16 Ensaio fotográfico para mães e bebês prematuros Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) ? Dia 17 9h – Parto prematuro, causas e como prevenir 10h – Medidas neuroprotetoras, ambiência 10h40 – Manuseio mínimo 11h20 – Medicamentos mais usados na prematuridade 13h40 – Aspectos do desenvolvimento motor e respiratório 14h20 – Pele a pele e a promoção do aleitamento materno 15h – Atuação fonoaudiológica em prematuros 15h40 – Cuidados paliativos neonatais 16h20 – Quando o bebê chega antes: aspectos psicológicos da prematuridade. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Neonatologia do HRC cuida de bebês prematuros e de suas famílias

Bebês prematuros, com cardiopatias, alguns pesando menos de um quilo, são os pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Para atender pacientes tão frágeis e muitas vezes graves, o HRC conta com uma equipe multidisciplinar composta por mais de 100 profissionais, entre médicos neonatologistas e pediatras, enfermeiros, técnicos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e fisioterapeutas. Todos juntos cuidam da saúde física e mental dos recém-nascidos e de seus familiares. A ocupação dos 25 leitos existentes no setor varia entre 90% e 95%. São 25 leitos existentes na UTI Neonatal do Hospital Regional de Ceilândia | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A Unidade de Neonatologia do HRC conta com três unidades para tratamento de crianças prematuras ou que nascem com algum problema de saúde. A primeira delas é uma UTI com dez vagas, destinada aos casos mais graves, para onde vão os recém-nascidos que necessitam de cuidados mais intensos. A segunda, Unidade de Cuidados Intermediários Convencionais, também com dez leitos, se destina a bebês já em fase de recuperação, que superaram o primeiro estágio. Por último, há a Unidade Canguru, com cinco leitos, que recebe bebês mais próximos de deixarem o hospital. Nesta fase, as crianças ficam unidas às mães por faixas, como cangurus. De acordo com a supervisora de Enfermagem do hospital, Raissa Sousa, durante todo o tempo em que os recém-nascidos permanecem na UTI, as mães são preparadas para cuidar das crianças quando estas deixarem o hospital. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O casal Mirian Vitória, 17 anos, e Gustavo Lopes, 32, estão na expectativa de a filha Maria Cecília deixar a UTI e ir para casa. A pequena Maria Cecília nasceu no dia 19 de dezembro, com 31 semanas de gestação e 1,5 kg. “Recebi alta, mas é difícil ir para casa sem ela, embora saiba que ela está em boas mãos”, diz a mãe. O pai também segue confiante em relação ao desenvolvimento da filha. “Minha primeira filha. Não esperava que fosse assim, mas vou esperar. Eles aqui nos ensinam como agir. Ela está melhorando a cada dia”, destaca Gustavo. Maria Cecília segue se fortalecendo. “O perfil da comunidade atendida por nossa unidade é de um público vulnerável, de mães menores de idade, de baixas renda e escolaridade, características que influenciam diretamente nos bebês e na chegada à nossa unidade. Temos desde bebês prematuros até de termo [nascem no tempo correto] com alguma má formação”, explica Raissa. Raissa ressalta que o papel do profissional de saúde que trabalha com a neonatologia é facilitar o desenvolvimento da criança que nasce prematura. “É muito importante a nossa atuação como profissional para reduzir os danos e as sequelas no desenvolvimento dessa criança”, frisa a enfermeira. “Também precisamos acolher as famílias para que elas se sintam seguras. É um processo difícil”, diz. Acolhimento Segundo a psicóloga da Unidade de Neonatologia do HRC, Denise Percílio, quando nasce um bebê prematuro, nasce uma família prematura. “Imaginam-se as melhores fantasias maternas e paternas durante a gestação de uma criança, com ela nascendo de termo, chorando ao nascer, mamando e, de repente, é uma gestação que se interrompe antes do esperado. Quando isso acontece, já há um conflito entre o bebê real e o imaginário. Nós, da equipe, precisamos entender esse bebê e sua família. Estar na neonatologia não é algo mecânico, é preciso ouvir muito mais do que falar”, destaca Denise. Denise conta que também é frequente o atendimento de mães usuárias de drogas e ou em situação de vulnerabilidade social. “Na nossa equipe, trabalhamos em consonância com a assistência social para entender as histórias das famílias”.

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