Hmib comemora 59 anos como referência pediátrica no DF
O Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) completa 59 anos nesta terça-feira (25). A unidade chega a quase seis décadas como referência a gestantes e recém-nascidos do Distrito Federal e do Entorno. Para comemorar, a unidade da Secretaria de Saúde (SES-DF) preparou programação que incluiu apresentações da Orquestra Sinfônica da Força Aérea Brasileira, homenagens e mostras artísticas e culturais. A secretária-executiva de Assistência à Saúde da SES-DF, Edna Marques, parabenizou os servidores e destacou a relevância da unidade para os pacientes. “Nossa função, como profissionais da saúde, é cuidar. Hoje, celebramos a vida e as pessoas que constituem este hospital, tanto as que cuidam quanto as que são cuidadas." Para comemorar, a unidade da Secretaria de Saúde (SES-DF) preparou programação que incluiu apresentações da Orquestra Sinfônica da Força Aérea Brasileira, homenagens e mostras artísticas e culturais | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF Referência O Hmib possui a maior unidade de terapia intensiva neonatal (Utin) da rede pública, com 56 leitos reconhecidos pelo Ministério da Saúde. A unidade é referência no atendimento de prematuridade extrema, malformação e cardiopatia neonatais, além de recém-nascidos com necessidade de intervenção cirúrgica imediata. “Este hospital é parte fundamental do DF. Trabalhamos para que aquele bebê frágil chegue à fase adulta da melhor forma. Temos um papel fundamental no início da vida humana”, declarou a diretora do Hmib, Marina Silveira. Em 2024, segundo dados do InfoSaúde DF, ocorreram mais de 2,4 mil nascimentos na unidade. Desses, 79% foram de gestantes do DF e 21% de outras localidades. Neste ano, até o momento, foram mais de mil partos, sendo 79,4% de grávidas do DF e 20,6% de mulheres provenientes de estados como Minas Gerais e Goiás. Também estiveram na celebração os deputados distritais Jorge Vianna e Deyse Amarillo; a representante da senadora Damares Alves, Katia Mota; e o diretor-presidente do Hemocentro, Osnei Okumoto. *Com informações da SES-DF
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Concurso de desenho revela sentimentos e sonhos de pacientes do Hospital Materno Infantil de Brasília
Em comemoração à Semana da Criança, o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) promoveu o 1º concurso de desenho. Com o tema Meu mundo colorido, a iniciativa convidou as crianças internadas a expressar, por meio da arte, sentimentos, sonhos e percepções sobre o mundo. Segundo a enfermeira da pediatria e integrante do Grupo de Humanização do Hmib, Elizangela do Carmo Martins, a ação proporciona momentos de leveza, criatividade e esperança no ambiente hospitalar, além de fortalecer o vínculo entre pacientes, familiares e profissionais de saúde. Os desenhos vencedores ficarão expostos no corredor do Hmib até o final da próxima semana | Foto: Divulgação/SES-DF Samuel de Araújo Carvalho, 9 anos, foi o vencedor na categoria de 8 a 10 anos, destacando-se com uma ilustração cheia de cores e emoção. Na faixa etária de 4 a 5 anos, a ganhadora foi Mariana Chaves Faria. Já na categoria de 11 a 13 anos, a ganhadora foi Marina Santana de Carvalho, 13. Ao todo, 20 crianças participaram do concurso e receberam certificados e kits com livros de colorir e canetinhas. Os desenhos estão expostos no corredor central do hospital, em uma mostra especial que celebra a infância, a arte e o cuidado humanizado. A exposição ficará aberta ao público até o final da próxima semana. Arte: Agência Saúde *Com informações da Secretaria de Saúde
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Hospital Materno Infantil de Brasília realiza 8ª cirurgia de correção de espinha bífida
Gabriel Henrique ainda nem nasceu e já enfrentou o seu primeiro grande desafio. Diagnosticado com meningomielocele, o bebê passou por uma cirurgia de alta complexidade ainda dentro do útero da mãe para corrigir uma malformação conhecida como espinha bífida. O procedimento durou cerca de quatro horas e ocorreu com êxito, nessa quarta-feira (8), no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Essa foi a oitava cirurgia fetal na unidade. O pai, Ricardo Henrique Sousa, 37 anos, conta que o diagnóstico foi descoberto após a segunda ecografia, quando a médica identificou uma suspeita de hidrocefalia no feto. “Depois disso, foi aquela correria atrás de neurologista e soubemos de um procedimento feito por um médico aqui no Hmib, com condições parecidas com a do nosso filho”, relembra. A gestante Liane Cristina Oliveira, 38, também recorda do susto quando recebeu o diagnóstico. “Ficamos sem saber o motivo, o que aconteceu, porque os primeiros exames morfológicos mostravam que tudo estava bem", conta. Oitava cirurgia Esta foi a oitava cirurgia realizada pela equipe especializada do Hospital Materno Infantil de Brasília desde outubro de 2023 | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF Desde 2023, o Hmib faz esse tipo de procedimento. Em outubro daquele ano, a pequena Ágatha foi a primeira a passar pela intervenção — uma operação que envolveu equipe multidisciplinar, com especialistas em cirurgia fetal, neurocirurgia e anestesiologistas. Especialista em medicina fetal e um dos responsáveis pela cirurgia de Gabriel, o médico Marcelo Filippo destaca que, apesar de cada cirurgia ser única, a bagagem de outras operações traz a experiência. “Com a quantidade de procedimentos aumentando, ficamos mais seguros com a técnica”, explica. “O mais impressionante é quando vemos o resultado no bom desenvolvimento dessas crianças. Presenciar a felicidade da família olhando seus bebês saudáveis é muito gratificante”, acrescenta. Recuperação A meningomielocele causa limitações motoras e neurológicas desde o útero, com impactos por toda a vida. O nome — espinha bífida — refere-se à parte da coluna do bebê que fica exposta. Nesse cenário, as chances de recuperação são maiores nos casos em que o procedimento é feito ainda durante a gestação. Os benefícios incluem redução de infecções, danos neurológicos e problemas de mobilidade.[LEIA_TAMBEM] Segundo Filippo, o uso do ácido fólico durante a gestação — ou antes, se há planos de engravidar — pode ser crucial para diminuir o risco do diagnóstico. Serviço A cirurgia fetal é um serviço regulado e está disponível para toda a rede pública da Secretaria de Saúde (SES-DF). Por se tratar de um caso de urgência, o tempo de espera é reduzido, pois o sucesso depende da agilidade no diagnóstico e na realização do procedimento. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Saúde pública do DF adota protocolos especiais para combater sepse em pacientes
Nesta semana, é lembrado o Dia Mundial da Sepse (13 de setembro), data que busca sensibilizar a população, profissionais de saúde e autoridades sobre a necessidade urgente de ampliar o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz dessa condição. A sepse, chamada popularmente infecção generalizada, é uma resposta inflamatória grave do organismo a uma infecção. Quando não tratada de forma rápida, pode evoluir para a falência de múltiplos órgãos e levar à morte. Quadro elaborado pela Secretaria de Saúde resume o que é a doença | Arte: Agência Saúde-DF De acordo com dados internacionais publicados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a sepse é responsável por 48,9 milhões de casos e 11 milhões de mortes por ano, o que representa cerca de 20% de todas as mortes no mundo. Quase metade desses casos ocorre em crianças menores de cinco anos. No Brasil, o cenário é ainda mais desafiador. Estima-se que a taxa de mortalidade por sepse chegue a 60%, número muito acima da média de países desenvolvidos, que gira em torno de 20%. O reconhecimento rápido dos sinais da sepse pode salvar vidas. Os primeiros cuidados devem ser iniciados ainda na primeira hora após a suspeita de infecção, período conhecido como “hora de ouro”, aponta a infectologista Clarisse Lisboa, da SES-DF. “No começo, achei que era só um machucado, mas em pouco tempo meu quadro piorou muito”, relata Michel Strogoph Horovits, internado no Hospital Regional de Samambaia (HRSam) em tratamento contra sepse. “Se não fosse a agilidade da equipe daqui, eu não estaria melhorando. Hoje entendo a importância de reconhecer os sinais cedo.” “Crianças precisam ter um cuidado especial, pois o sistema de defesa das crianças ainda não está totalmente maduro, o que as tornam mais vulneráveis às infecções” Clarisse Lisboa, infectologista Clarisse Lisboa alerta: “O diagnóstico e o tratamento ágil fazem toda a diferença para reduzir a mortalidade, por isso precisamos olhar para esse problema com mais atenção, e adotamos o uso de protocolos clínicos que comprovadamente salvam vidas, que seguem os pilares: prevenção, reconhecimento e diagnóstico precoces, tratamento correto e reabilitação”. Tratamento O tratamento geralmente exige internação em unidades de terapia intensiva (UTIs). A primeira medida é a administração de antibióticos de largo espectro, por via endovenosa, antes mesmo da identificação do agente infeccioso. Quando o paciente apresenta queda acentuada de pressão arterial, podem ser utilizados vasopressores para estabilizar a circulação. Em situações graves, pode ser necessário o uso de suporte avançado, como ventilação mecânica e hemodiálise. “Crianças precisam ter um cuidado especial, pois o sistema de defesa das crianças ainda não está totalmente maduro, o que as tornam mais vulneráveis às infecções”, pontua Clarisse Lisboa. “Além disso, os sinais e sintomas de infecção na criança podem ser mais difíceis de identificar pela dificuldade em comunicar o que ela sente.” Ela lembra que é fundamental manter o cartão de vacinas atualizado e não deixar de buscar auxílio médico quando houver suspeita de infecção, para que o tratamento adequado seja iniciado o mais rapidamente possível. Capacitação pediátrica [LEIA_TAMBEM]Para enfrentar esse desafio, o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), em parceria com a Sociedade de Pediatria do Distrito Federal (SPDF), vai ofertar uma capacitação voltada ao reconhecimento precoce da sepse pediátrica. O treinamento será realizado na quinta-feira(11), de forma presencial, no grande auditório do Hmib, e também virtualmente, pelo aplicativo Zoom. As vagas presenciais são limitadas a 150 pessoas. Com o lema “Reconhecer para Agir”, a capacitação reforça a importância da identificação rápida dos sinais clínicos de sepse para que a intervenção médica ocorra ainda na chamada “hora de ouro”, capaz de salvar vidas e evitar sequelas graves. Os participantes receberão certificado emitido pelo Núcleo de Educação Permanente em Saúde (Neps) do Hmib, além de certificado específico para o curso online fornecido pela SPDF. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Hmib recebe mil mantas e 200 lençóis doados pela Fábrica Social
O Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) recebeu, na quarta-feira (30), uma doação de mil mantas e 200 lençóis confeccionados pela Fábrica Social — projeto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF). A entrega faz parte da Campanha do Agasalho Solidário 2025, idealizada pela primeira-dama, Mayara Noronha Rocha, e coordenada pela Chefia-Executiva de Políticas Sociais do Distrito Federal. A iniciativa tem como objetivo substituir peças do enxoval hospitalar com maior tempo de uso, contribuindo para o bem-estar dos pacientes do Hmib | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Com dimensões padronizadas, os lençóis (2,70m x 1,70m) e as mantas (2,20m x 1,60m) possuem etiquetas de identificação da rede pública e foram produzidos conforme as especificações técnicas da Secretaria de Saúde (SES-DF). A iniciativa tem como objetivo substituir peças do enxoval hospitalar com maior tempo de uso, contribuindo para o bem-estar dos pacientes da unidade. [LEIA_TAMBEM]Segundo a diretora-geral do Hmib, Marina da Silveira, a chegada dos itens representa mais do que a reposição de enxoval. "É um gesto concreto de cuidado e acolhimento aos nossos pacientes. Diariamente lidamos com mães, bebês e crianças que enfrentam momentos delicados, e oferecer conforto e dignidade no atendimento é parte essencial da nossa missão. Somos imensamente gratos”, afirma. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Unidades de saúde do DF recebem novos equipamentos
Servidores, pacientes e acompanhantes terão mais conforto nas unidades da Secretaria de Saúde (SES-DF). Nesta semana, a pasta deu início à distribuição de novos equipamentos para hospitais, policlínicas e unidades básicas de saúde (UBSs). “Esses recebimentos fazem parte do plano de qualificação dos atendimentos, promovendo o bem-estar e um ambiente adequado”, afirma o secretário de Saúde, Juracy Cavalcante. Parcerias com o Ministério Público e o Tribunal de Justiça do DF também viabilizam a aquisição de equipamentos | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde Os hospitais regionais da Asa Norte (Hran), Planaltina (HRPl), Guará (HRGu), Gama (HRG), Hospital da Região Leste (HRL), no Paranoá, Ceilândia (HRC), Brazlândia (HRBz) e Taguatinga (HRT), além do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), receberão, no total, 95 camas infantis, a serem utilizadas tanto nas emergências quanto nos setores de internação. O investimento foi de R$ 492 mil. No Parque de Apoio da SES-DF, também estão em processo de recebimento, incorporação e distribuição 69 cadeiras de rodas infantis, com investimento de R$ 108 mil. A Subsecretaria de Infraestrutura da pasta já começou a distribuição de cinco mil colchões adultos. Arte: Divulgação/SES-DF Além disso, foi entregue, nesta semana, mais um lote de 549 equipamentos de ar-condicionado, parte da compra de 5 mil unidades, representando um investimento de R$ 2 milhões. Ano passado, foram adquiridos outros 1,1 mil aparelhos, que têm beneficiado consultórios, salas de espera, ambulatórios e outros espaços. Estão ainda sendo distribuídos 80 televisores entre unidades da Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS), responsáveis pelo monitoramento e prevenção de doenças, e UBSs. Os aparelhos - fruto de investimento de R$ 85 mil - serão usados tanto como painéis de informações de atendimento quanto para áreas de espera. Parcerias De forma adicional, a SES-DF também firma parcerias para renovar as unidades de saúde. Acordos do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) vão qualificar o atendimento na rede de UBSs, para as quais está prevista a entrega de 25 bisturis elétricos, 166 balanças antropométricas e 166 estadiômetros, equipamentos que fornecem dados precisos sobre o crescimento das crianças. A secretaria precisa fazer todo o processo de escolha, recebimento, cadastro e distribuição dos equipamentos. Um destaque é na área de saúde feminina. Serão distribuídas às UBSs 168 macas ginecológicas, utilizadas em exames, partos e outros procedimentos de ginecologia e obstetrícia, além de 88 mesas auxiliares para esses atendimentos e 910 bandejas de DIU, conjunto de componentes necessários à inserção dos dispositivos intrauterinos. Veículos também têm sido entregues, por meio de parceria com o Ministério Público e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). “Essas parcerias são de suma importância”, reforça o subsecretário de Infraestrutura da SES-DF, Leonídio Neto. “Os órgãos entendem que a melhor forma de atender ao interesse público é destinar recursos e bens à saúde, com atendimento direto à população”. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Comitiva internacional conhece trabalho do GDF na aplicação de medicamentos em bebês
Com o objetivo de fortalecer parcerias e apresentar o protagonismo do Distrito Federal, na gestão em saúde pública, especialmente em imunização, a Secretaria de Saúde (SES-DF) recebeu, nesta quinta-feira (10), uma comitiva da França. Estiveram presentes representantes de uma empresa farmacêutica global que tem como foco a pesquisa, o desenvolvimento, a produção e a comercialização de medicamentos e vacinas. O encontro foi marcado pela troca de experiências e reconhecimento das ações inovadoras implementadas na saúde pública do DF. “A reunião foi extremamente produtiva. Fomos a primeira unidade da Federação a implementar o uso do nirsevimabe. Discutimos como fortalecer a parceria nas áreas de pesquisa, capacitação e comunicação, com o objetivo de ampliar a prevenção e gerar dados científicos que ajudem a expandir essa estratégia para outros estados e operadoras de saúde”, destacou o secretário de Saúde, Juracy Lacerda. O encontro foi marcado pela troca de experiências e reconhecimento das ações inovadoras implementadas na saúde pública do DF | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF Pioneirismo Durante a reunião, a equipe da SES-DF apresentou os resultados iniciais do protocolo VSR (Vírus Sincicial Respiratório), que tornou o DF pioneiro na aplicação do nirsevimabe (medicamento que protege bebês contra infecções graves causadas pelo VSR, principal responsável por casos de bronquiolite e pneumonia nos primeiros meses de vida) em recém-nascidos prematuros, iniciada em abril deste ano. Mais de 1.850 bebês foram imunizados em apenas dois meses. “Compartilhamos nossas experiências com os colegas da Secretaria e com os representantes da empresa, mostrando o impacto positivo dessa estratégia para a prevenção de internações por VSR. Nossa meta é expandir o protocolo em 2026 e, ainda este ano, iniciaremos um estudo de efetividade com base nos dados de hospitalização, reforçando o DF como referência nacional na condução de políticas públicas baseadas em evidências”, afirmou a coordenadora de Atenção Especializada à Saúde (Cates), Julliana Macêdo. Referência nacional O encontro foi finalizado com a visita da comitiva ao Crie Único, no Hmib, para conhecer de perto a estrutura, a equipe e os fluxos que garantem a execução eficaz dos protocolos Outro destaque foi a apresentação da transformação do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), que passou de um modelo centralizado e limitado para um sistema descentralizado e inovador, tornando o DF uma referência nacional em descentralização do Crie. Em 2024, foi implementado o projeto Crie Virtual, que atende pacientes de baixa complexidade. “Gostaria de agradecer e parabenizar pelos resultados apresentados, que realmente me impressionaram. Acreditamos muito que essas informações podem contribuir com a comunidade científica para transformar o panorama dessa doença. O nosso trabalho é essencial para mudar a realidade de doenças causadas pelo vírus sincicial respiratório, especialmente em crianças”, afirmou a diretora-geral internacional de Vacinas da Sanofi, Juliette Payet. [LEIA_TAMBEM]A iniciativa ampliou o acesso da população elegível aos imunobiológicos especiais, permitindo que este grupo receba as vacinas próximas ao domicílio, sem a necessidade de deslocamento físico até o Crie Único, localizado no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). A descentralização para 92 unidades espalhadas nas sete regiões de saúde do DF permitiu mais acessibilidade, imunização em tempo oportuno, mais agilidade e segurança no atendimento e assistência integral para cada usuário. Além disso, a iniciativa ampliou a aplicação mensal de imunobiológicos de 320 em 2024 para 890 doses em 2025. Atualmente, o Crie Virtual tem quase 8 mil pacientes cadastrados. A equipe especializada do Crie Único do Hmib, composta por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, atende pacientes de alta complexidade. O encontro foi finalizado com a visita da comitiva ao Crie Único, no Hmib, para conhecer de perto a estrutura, a equipe e os fluxos que garantem a execução eficaz dos protocolos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Atendimento virtual do Crie, no Hmib, amplia acesso à vacinação no DF
O Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), localizado no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), atende pessoas com quadros clínicos especiais há pouco mais de um ano. E, em agosto do ano passado, o serviço foi ampliado – a criação do Crie Virtual permite que vacinas especiais cheguem diretamente às unidades básicas de saúde (UBSs), o que dispensa o deslocamento dos pacientes até o centro. Até o momento, 84 UBSs do Distrito Federal estão conectadas à plataforma, com previsão de chegar a 90 nos próximos meses. O Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) atende pessoas com quadros clínicos especiais há pouco mais de um ano | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A nova plataforma, que recebe em média 50 formulários por dia, permite que pacientes sejam avaliados remotamente, sem a necessidade de deslocamento até o centro. Atualmente, o sistema registra 7.020 formulários cadastrados. Desses, 6.510 foram encaminhados às salas de vacinação da rede básica e 510 ao atendimento presencial no Crie, antes de seguirem com o calendário vacinal em uma UBS perto de casa. O secretário de Saúde (SES-DF), Juracy Lacerda, destaca que o trabalho do Crie é essencial para garantir a imunização segura de pessoas com condições clínicas especiais: “Seguimos avançando na ampliação dos atendimentos com a implementação do Crie Virtual, planejado para levar o serviço a mais unidades básicas e promover o acesso humanizado e ágil em toda a rede pública”. De janeiro até a primeira quinzena de junho de 2025, o centro realizou mais de 3,9 mil atendimentos presenciais e aplicou mais de 7,5 mil vacinas. No último ano, a equipe também prestou atendimento presencial a mais de 8,3 mil pessoas, sem contar com as orientações e esclarecimentos feitos por telefone a pacientes e profissionais das UBSs. O centro realizou mais de 3,9 mil atendimentos presenciais e aplicou mais de 7,5 mil vacinas de janeiro até a primeira quinzena de junho de 2025 Neste ano, os atendimentos presenciais por faixa etária ficaram distribuídos da seguinte forma: 827 pacientes entre 1 mês e 2 anos; 431 entre 3 e 9 anos; 196 entre 10 e 19 anos; 1.790 entre 20 e 59 anos; 721 entre 60 e 100 anos. Do total, 1.713 são mulheres e 2.252 são homens. A vacina mais aplicada nesse público foi a Haemophilus influenzae tipo b (Hib), que protege contra infecções graves como meningite e pneumonia, especialmente em crianças, com 1.177 doses. Em seguida, aparece o imunizante contra a Hepatite A, com 880 aplicações. Para ser atendido pelo Crie, o paciente precisa apresentar uma condição clínica que justifique o uso de imunobiológicos especiais, como comorbidades, imunossupressão ou outras situações que aumentem a vulnerabilidade. Entre os perfis atendidos estão transplantados de órgãos ou medula óssea, pacientes oncológicos, pessoas que vivem com HIV, cardiopatas, hepatopatas, crianças e adultos com síndromes genéticas, além de prematuros. “Para cada tipo de condição há um rol específico de vacinas. O calendário é montado de forma personalizada, considerando as necessidades do paciente”, explica a enfermeira e responsável técnica do Crie, Isabel Toledo. O atendimento, no entanto, não é espontâneo: é necessário apresentar encaminhamento médico, seja da rede pública ou particular, com relatório que descreva a condição de saúde e, preferencialmente, o CID (Classificação Internacional de Doenças). Esse documento pode ser entregue presencialmente ou enviado por meio do Crie Virtual. A agenda é organizada com horário marcado – o agendamento pode ser feito por telefone, que atende usuários de todo o Distrito Federal e entorno, ou presencialmente, após análise da documentação. “O paciente passa por avaliação médica, tem seu calendário vacinal elaborado e, no mesmo dia, já pode receber as primeiras doses. As demais são programadas e orientadas”, detalha Isabel. Sobre o perfil dos atendidos, a maior parte é composta por adultos de 20 a 59 anos, seguidos por bebês de até 2 anos. Também há atendimento para pessoas que convivem com os pacientes, especialmente em casos de transplante, que passam por avaliação. Para ser atendido pelo Crie, é preciso apresentar uma condição clínica que justifique o uso de imunobiológicos especiais, como comorbidades e imunossupressão Atendimento Em agosto de 2023, a enfermeira Priscila Alencar, 42, foi submetida a um transplante de medula óssea após o diagnóstico de mieloma múltiplo, um câncer hematológico. A partir desse procedimento, precisou reiniciar todo o calendário vacinal, com aplicação de imunizantes específicos e em ambiente controlado, como o oferecido pelo Crie. Na consulta, a equipe analisou o histórico médico encaminhado pela hematologista e traçou o novo calendário vacinal, considerando as restrições para pacientes imunossuprimidos, como a impossibilidade de tomar vacinas com vírus vivos antes de dois anos do transplante. [LEIA_TAMBEM]Segundo Priscila, o acolhimento e a atenção recebida foram diferenciais no processo de cuidado. “Mesmo sabendo que eu era profissional de saúde, me explicaram tudo com calma e carinho. O atendimento é humanizado, desde a triagem até a aplicação das vacinas. Sempre com um sorriso no rosto e atenção às particularidades de cada paciente”, destaca. Ela também ressalta a importância do registro adequado no sistema de informação e elogia a possibilidade de acompanhar as doses pela caderneta digital: “É um serviço essencial, que precisa ser valorizado e ampliado. Eu fui muito bem acolhida e espero que mais pessoas tenham acesso a esse cuidado tão necessário”. Crie Virtual O cadastro no Crie começa com o relatório médico que indica a necessidade de imunização especial. Com esse documento e o cartão de vacinas em mãos, o paciente deve procurar a UBS mais próxima de casa, onde será inserido no sistema do Crie Virtual por um profissional da sala de vacina. O formulário do Crie Virtual segue um protocolo específico e inclui dados como nome do paciente, nome da mãe, endereço, unidade básica de saúde (UBS) de origem, relatório médico, exames e histórico vacinal. A equipe do Crie avalia essas informações, consulta os sistemas oficiais de registro de vacinação e monta um calendário individual. Esse plano é encaminhado à UBS indicada, que será responsável por aplicar as vacinas. Isabel Toledo, responsável técnica do Crie: "O paciente passa por avaliação médica, tem seu calendário vacinal elaborado e, no mesmo dia, já pode receber as primeiras doses" Vacinas disponíveis Entre os imunizantes fornecidos pelo Crie estão a vacina hexa acelular (DTPa/Hib/HB/VIP); a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis acelular adulto (dTpa); a Haemophilus influenzae tipo b conjugada (Hib); a vacina contra hepatite A adulto (HA) e hepatite B recombinante (HB); a vacina HPV4 (6, 11, 16 e 18); a meningocócica C conjugada (MenC); a meningocócica ACWY conjugada (MenACWY); a pneumocócica polissacarídica 23 valente (VPP23); a pneumocócica conjugada 13 valente (VPC13); e a vacina contra poliomielite 1, 2 e 3 inativada (VIP). Além dessas, o centro também disponibiliza a vacina contra gripe para pacientes com alergia ao ovo, e um esquema específico para aplicação do imunizante contra a febre amarela em pacientes alérgicos, sempre com acompanhamento médico e observação após a dose. Eventos adversos O Crie também é referência para os chamados Eventos Supostamente Associados à Vacinação ou Imunização (Esavi). “Quando ocorre uma reação adversa grave, o paciente é encaminhado para cá. A equipe médica faz a investigação, pede exames, acompanha de perto e ajusta o esquema vacinal, se necessário”, explica Priscila. A enfermeira destaca que um Esavi nem sempre têm relação causal com a vacina, ou seja, ele pode não ter sido causado pela vacina, mas sim por outro fatores.
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