Referência em atendimento integrado, Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão do DF prestou mais de 18 mil atendimentos em 2025
“Fui encaminhado pelos médicos da UBS [unidade básica de saúde] perto de casa, por causa da diabetes; eles me mandaram para cá porque minha diabetes era incontrolável, não tinha jeito de estabilizar”, relata Carlos de Sousa, 52 anos, morador do Itapoã. No Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão Adulto (Cadh), do Hospital Regional do Paranoá, ele finalmente conseguiu controlar as taxas da doença, com o apoio de uma equipe multiprofissional que o acompanha regularmente. Unidades do Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão atendem usuários de alto e muito alto riscos | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Atualmente, o Distrito Federal conta com quatro centros de atenção a diabetes e hipertensão, nas modalidades Adulto (Cadh) e Infantil (Cadhin), distribuídos pelas regiões de saúde. Neste mês, o Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou o posto que abrange Ceilândia, Brazlândia, Sol Nascente/Pôr do Sol. As unidades atendem usuários de alto e muito alto riscos, com diagnóstico de diabetes ou hipertensão, encaminhados pelas equipes de Saúde da Família. Somente neste ano, já foram prestados mais de 18 mil atendimentos. A coordenadora de Atenção Secundária e Integração de Serviços da Secretaria de Saúde (SES-DF), Juliana Oliveira, explica que a Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) atua como retaguarda dos demais níveis de atenção, especialmente da Atenção Primária à Saúde (APS). “No DF, seu papel central inclui realizar consultas e procedimentos especializados, que cobrem especialidades médicas, pequenas cirurgias ambulatoriais, exames complementares de média complexidade e ações de reabilitação; e receber pacientes referenciados pela APS quando o manejo clínico exige especialistas, infraestrutura ou tecnologias não disponíveis nas UBSs”, esclarece. Atendimento especializado Na Região de Saúde Leste, que atende São Sebastião, Paranoá, Itapoã e Jardim Botânico, a unidade é estruturada para oferecer um atendimento completo ao paciente com diabetes e hipertensão, com foco especial no cuidado ao diabético. Uma das principais complicações da doença são as lesões nos pés, o que motivou a criação da chamada Sala do Pé, vinculada ao Cadh. O espaço conta com uma equipe especializada composta por enfermeira, médico e podólogo, que atuam de forma integrada no tratamento de usuários com lesões ativas. Jane Franklin, diretora da Atenção Secundária da Região de Saúde Leste: “A descentralização do atendimento aproximou o serviço e garantiu continuidade ao tratamento” O atendimento segue protocolos modernos, utilizando metodologias reconhecidas internacionalmente, como a técnica indiana de descompressão de calcâneo com o uso de palmilhas e a laserterapia, além de curativos e coberturas especiais. Os resultados têm sido considerados excepcionais, com redução significativa de amputações e melhora no processo de cicatrização. Com o sucesso do modelo e a percepção das dificuldades enfrentadas por pacientes de regiões mais distantes, especialmente os que vivem em São Sebastião, foi inaugurada, em 2020, uma segunda Sala do Pé e Feridas Complexas na Policlínica de São Sebastião. “Muitos desses usuários têm lesões graves, que comprometem a locomoção e exigem cuidados frequentes”, explica a diretora da Atenção Secundária da Região de Saúde Leste, Jane Franklin. “A descentralização do atendimento aproximou o serviço e garantiu continuidade ao tratamento”. Como funciona “O usuário não sai com receitas genéricas ou orientações padronizadas, mas com metas específicas para atingir a estabilização clínica. Se, por exemplo, o maior problema identificado for um luto recente, o plano vai priorizar o acolhimento psicológico, não apenas o ajuste medicamentoso” Mayara Batista, gerente de Planejamento e Monitoramento da Diretoria de Agenção Secundária da Região Leste de Saúde Segundo a gerente de Planejamento e Monitoramento da Diretoria de Atenção Secundária da Região de Saúde Leste, Mayara Batista, todo o processo começa na UBS. “A unidade básica faz a territorialização e a estratificação de risco”, pontua. “Quando identifica usuários que se enquadram nos critérios estabelecidos, o cuidado é compartilhado com o serviço especializado. Não se fala em encaminhamento, porque a comunicação com a APS continua o tempo todo. No DF, usamos o Sisreg [Sistema de Regulação] para esse acompanhamento, com o objetivo de garantir que o usuário tenha acesso ao serviço em até 30 dias”. No Cadh, o atendimento se dá de forma integrada. Ao chegar, o paciente é acolhido e passa por um ciclo de atendimentos, conforme a regulação. Ele é acompanhado por uma equipe multiprofissional formada por psicólogo, nutricionista, enfermeiro, médicos (endocrinologista e/ou cardiologista, conforme o caso), farmacêutico clínico e outros especialistas. Todo o fluxo segue a metodologia da planificação, que organiza os processos de trabalho das unidades de saúde e promove a integração das atenções Primária e Especializada. Ao final do turno, todos os profissionais se reúnem para discutir o caso do paciente e elaborar um documento chamado plano de cuidado. “Esse é o diferencial”, aponta Mayara Batista. “O usuário não sai com receitas genéricas ou orientações padronizadas, mas com metas específicas para atingir a estabilização clínica. Se, por exemplo, o maior problema identificado for um luto recente, o plano vai priorizar o acolhimento psicológico, não apenas o ajuste medicamentoso”. Além do público adulto, o centro também atende crianças com diabetes tipo 1, que permanecem vinculadas ao serviço até os 18 anos. Elas passam pelo mesmo ciclo e, conforme a necessidade, podem ter acesso à carteira ampliada ou avançada de serviços, com especialistas do hospital de referência. Atendimento infantil A partir de 2021, a equipe da Atenção Secundária da Região de Saúde Leste iniciou outro projeto: o Centro de Atenção Materno-Infantil (Cami). Durante a pandemia de covid-19, um levantamento de indicadores mostrou que a Região de Saúde Leste apresentava uma das maiores taxas de mortalidade infantil do Distrito Federal. Diante desse cenário, foi desenvolvido um plano de reestruturação do cuidado às gestantes de alto risco e às crianças de até dois anos, faixa etária mais vulnerável. [LEIA_TAMBEM]O atendimento materno no Cami começou em 2025, com base na mesma lógica de cuidado integrado e multiprofissional. “Hoje, as gestantes de alto risco chegam mais estáveis aos centros obstétricos, o que reduz as intercorrências durante o parto e melhora o estado de saúde dos recém-nascidos”, relata a diretora Jane Franklin. Como consequência, diminuiu a necessidade de internações em unidades intermediárias ou de terapia intensiva neonatal. Atualmente, a equipe trabalha na estruturação do atendimento infantil, voltada ao segmento de bebês prematuros, de baixo peso ou com comorbidades, especialmente aqueles que necessitam de cuidados intensivos logo após o nascimento. Esses pacientes são acompanhados desde os primeiros 30 dias de vida por uma equipe multiprofissional formada por neonatologista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e nutricionista, com o objetivo de garantir intervenções precoces e melhorar os indicadores de saúde e sobrevivência infantil na região. Reconhecimento As equipes do centro são referência nacional e recebem visitas técnicas de forma recorrente, segundo Jane Franklin. “Nós somos considerados centro colaborador do Conass [Conselho Nacional de Secretários de Saúde], então praticamente todos os meses recebemos equipes de outros estados interessadas em conhecer a metodologia de planificação”, explica. A última visita, segundo ela, foi de uma equipe do Maranhão, há cerca de 30 dias. Essas visitas são articuladas pelo Conass, que aciona o responsável pelo Programa Nacional de Humanização (PNH), dentro do qual está inserida a planificação. “Eles entram em contato conosco, enviam um QR Code com as informações básicas da equipe visitante e o objetivo da visita, já que há diferentes abordagens possíveis; a partir daí, organizamos o cronograma de recepção”, detalha. Normalmente, as equipes passam um dia inteiro em visita técnica. “Eles começam acompanhando o atendimento na Atenção Primária, para entender a entrada do usuário no sistema, e depois seguem para o CAD, onde observam o funcionamento da Atenção Secundária e o trabalho integrado das equipes multiprofissionais”, explica a diretora.
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Unidades de saúde do DF recebem novos equipamentos
Servidores, pacientes e acompanhantes terão mais conforto nas unidades da Secretaria de Saúde (SES-DF). Nesta semana, a pasta deu início à distribuição de novos equipamentos para hospitais, policlínicas e unidades básicas de saúde (UBSs). “Esses recebimentos fazem parte do plano de qualificação dos atendimentos, promovendo o bem-estar e um ambiente adequado”, afirma o secretário de Saúde, Juracy Cavalcante. Parcerias com o Ministério Público e o Tribunal de Justiça do DF também viabilizam a aquisição de equipamentos | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde Os hospitais regionais da Asa Norte (Hran), Planaltina (HRPl), Guará (HRGu), Gama (HRG), Hospital da Região Leste (HRL), no Paranoá, Ceilândia (HRC), Brazlândia (HRBz) e Taguatinga (HRT), além do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), receberão, no total, 95 camas infantis, a serem utilizadas tanto nas emergências quanto nos setores de internação. O investimento foi de R$ 492 mil. No Parque de Apoio da SES-DF, também estão em processo de recebimento, incorporação e distribuição 69 cadeiras de rodas infantis, com investimento de R$ 108 mil. A Subsecretaria de Infraestrutura da pasta já começou a distribuição de cinco mil colchões adultos. Arte: Divulgação/SES-DF Além disso, foi entregue, nesta semana, mais um lote de 549 equipamentos de ar-condicionado, parte da compra de 5 mil unidades, representando um investimento de R$ 2 milhões. Ano passado, foram adquiridos outros 1,1 mil aparelhos, que têm beneficiado consultórios, salas de espera, ambulatórios e outros espaços. Estão ainda sendo distribuídos 80 televisores entre unidades da Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS), responsáveis pelo monitoramento e prevenção de doenças, e UBSs. Os aparelhos - fruto de investimento de R$ 85 mil - serão usados tanto como painéis de informações de atendimento quanto para áreas de espera. Parcerias De forma adicional, a SES-DF também firma parcerias para renovar as unidades de saúde. Acordos do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) vão qualificar o atendimento na rede de UBSs, para as quais está prevista a entrega de 25 bisturis elétricos, 166 balanças antropométricas e 166 estadiômetros, equipamentos que fornecem dados precisos sobre o crescimento das crianças. A secretaria precisa fazer todo o processo de escolha, recebimento, cadastro e distribuição dos equipamentos. Um destaque é na área de saúde feminina. Serão distribuídas às UBSs 168 macas ginecológicas, utilizadas em exames, partos e outros procedimentos de ginecologia e obstetrícia, além de 88 mesas auxiliares para esses atendimentos e 910 bandejas de DIU, conjunto de componentes necessários à inserção dos dispositivos intrauterinos. Veículos também têm sido entregues, por meio de parceria com o Ministério Público e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). “Essas parcerias são de suma importância”, reforça o subsecretário de Infraestrutura da SES-DF, Leonídio Neto. “Os órgãos entendem que a melhor forma de atender ao interesse público é destinar recursos e bens à saúde, com atendimento direto à população”. *Com informações da Secretaria de Saúde
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GDF investe mais de R$ 2 milhões em sistema de climatização hospitalar
O sistema de climatização de unidades públicas hospitalares vai passar por manutenção e modernização. O investimento total é de R$ 2.072.888,23, beneficiando o Hospital Regional do Gama (HRG), o Hospital da Região Leste (HRL), o Laboratório Central de Saúde Pública e o Laboratório de Biossegurança de Nível 3, localizados na Asa Norte. Para o Hospital Regional do Gama (HRG), será contratada uma empresa prestadora de serviços continuados de operação, manutenção preventiva, corretiva, preditiva e assistência técnica, com fornecimento de peças, materiais, mão de obra e insumos. O valor estimado é de R$ 845.790,25 e inclui a realização de serviços eventuais no sistema de ar-condicionado da unidade. O HRG passará por manutenção no ar-condicionado e terá o contrato com uma prestadora de serviços continuados de operação, manutenção preventiva, corretiva, preditiva e assistência técnica | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde Já o Hospital da Região Leste (HRL), localizado no Paranoá, terá o contrato de prestação de serviços de climatização renovado, assegurando a continuidade das manutenções necessárias. O documento também envolve o fornecimento completo de insumos e peças, com um investimento de R$ 539.260,05. No Plano Piloto, o Laboratório Central de Saúde Pública e o Laboratório de Biossegurança de Nível 3, localizados na Asa Norte, serão beneficiados com serviços especializados de engenharia para manter o funcionamento dos sistemas de ventilação, exaustão e climatização. O contrato inclui mão de obra, materiais e manutenção técnica continuada, no valor de R$ 687.837,93. No Laboratório Central de Saúde Pública, os serviços serão para manter o funcionamento dos sistemas de ventilação, exaustão e climatização | Foto: Agência Saúde-DF As medidas constam das portarias conjuntas número 33, de 11 de julho e número 34, da mesma data, assinadas pela Secretária de Saúde (SES-DF) e pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). [LEIA_TAMBEM]O presidente da Novacap, Fernando Leite, destaca o compromisso da companhia em garantir a infraestrutura necessária para o bom funcionamento das unidades de saúde. “Esses contratos refletem nosso papel em manter os equipamentos públicos em pleno funcionamento, com foco na segurança e no bem-estar da população”, afirma. Para o subsecretário de Infraestrutura em Saúde da SES-DF, Leonídio Pinto Neto, os recentes investimentos evidenciam o compromisso da gestão em valorizar o espaço físico hospitalar como elemento-chave da qualidade assistencial. “A climatização eficiente não apenas garante conforto, mas é elemento essencial no controle sanitário, na preservação de insumos termolábeis e no suporte ao funcionamento de tecnologias críticas em ambientes assistenciais e laboratoriais”, aponta o subsecretário Neto. O sistema de climatização é composto por equipamentos que trabalham em conjunto para controlar temperatura, umidade e qualidade do ar em ambientes internos. Com informações da Novacap e SES-DF
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HRL passa a divulgar despesas da unidade
Saúde não tem preço, mas tem custos. Pensando nisso, o Hospital da Região Leste (antigo Hospital Regional do Paranoá) criou um espaço na unidade para que os servidores e a população saibam o quanto cada setor da unidade custa aos cofres públicos, além dos números de atendimentos e exames realizados ao longo do ano. O levantamento é feito pelo Núcleo de Gestão de Custos (NGC), do HRL. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As informações têm como base dados de despesas e de produtividade que auxiliam na tomada de decisão dos gestores do hospital. Para isso, o NGC, em parceria com os Centros de Custos do HRL, baseia-se em dados primários para ambos. O trabalho segue a metodologia do Programa Nacional de Gestão de Custos (PNGC), elaborado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em parceria com o Ministério da Saúde, e acompanhado de perto pela Gerência de Custos Regionais da Secretaria de Saúde. “Nossa ideia é apresentar, primeiro, aos nossos servidores o nível de despesa necessário para eles começarem a produzir: ‘Olha, vocês estão aqui. Custa isso. Olha o quanto vocês produzem’. E a reação é muito interessante. O Núcleo de Gestão de Custos tem recebido um feedback muito bom dos servidores. A base do serviço público é a transparência”, ressalta a chefe do NGC, Elenilde Ribeiro Costa. Ainda de acordo com ela, o hospital vai chegar a um ponto em que detalhará com mais precisão cada dado. “Chegaremos num próximo passo em que vamos conseguir dizer quanto custa cada produto. Então, quanto custa a diária de uma UTI no Hospital da Região Leste? Quanto custa a consulta feita aqui? Quanto custa o exame feito no laboratório? São informações estratégicas que auxiliam o gestor na tomada de decisão porque ele precisa desse nível de informação, comprovando que a saúde não tem preço, mas tem custos”, acrescenta. Com a implementação do sistema de custos na unidade foi possível informar, por exemplo, que cada parto realizado custa, em média, R$ 3,3 mil no HRL. E que, aproximadamente, 470 mil itens, em média, foram dispensados mensalmente na farmácia para os centros de custos de toda a região. Para a superintendente da Região de Saúde Leste, Raquel Beviláqua, o Núcleo de Gestão de Custos do hospital exerce um trabalho estratégico, que envolve também elaboração de ferramentas, de formação de pessoas e o desenvolvimento de cultura organizacional. O que favorece, segundo ela, a sua implantação. “O trabalho do Núcleo de Custos no âmbito do SUS [Sistema Único de Saúde] envolve produção, difusão e aperfeiçoamento de informações relevantes e pertinentes com finalidade de otimização do desempenho dos serviços, do hospital e da Região de Saúde Leste”, completa. Despesas Os dados são coletados por meio dos sistemas operacionais do Governo do Distrito Federal. Na área da segurança, os investimentos foram de aproximadamente R$ 550 mil por mês. Já as despesas com alimentação somaram quase R$ 600 mil; e, com telefonia, R$ 5,2 mil. Além desses, com limpeza, os gastos foram de R$ 689 mil; água e esgoto, R$ 120 mil; energia elétrica, quase R$ 200 mil; gases medicinais, em média R$ 33 mil. Produtividade Em 2019, foram realizados 168.567 atendimentos no pronto-socorro do Hospital da Região Leste. O maior número foi registrado em março, com 16.828 atendimentos. Por setores, o laboratório fez 683.413 exames, em todo o ano; o núcleo de radiologia computou 80.663 exames; núcleo de hematologia e hemoterapia realizou um total de 3.142 transfusões; transporte, um total de 516.630 quilômetros rodados em todo o ano de 2019. Após a captação dos dados pela equipe do Núcleo de Gestão de Custos, as informações são levadas para o Sistema de Apuração e Gestão de Custos do SUS (ApuraSUS), e o Ministério da Saúde tem, então, acesso às despesas e ao que é produzido de forma real no Hospital da Região Leste. * Com informações da Secretaria de Saúde e da Superintendência da Região de Saúde Leste
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GDF capacita servidores para atendimento em língua brasileira de sinais
Egov mantém abertas as inscrições para o curso de língua brasileira de sinais até 29 de julho | Divulgação / Fotos públicas Para quem é ouvinte, a comunicação pode não ter barreiras. Mas para aqueles que são surdos e/ou mudos, tarefas simples, como uma consulta, podem representar grandes dificuldades. A questão é justamente se fazer compreender, pois, em vez da fala e do som, é com os sinais – muitas vezes desconhecidos pelos profissionais – que essas pessoas se comunicam. Para quebrar essa barreira, facilitar a comunicação e construir uma sociedade inclusiva, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Escola de Governo do Distrito Federal (Egov), está com inscrições abertas, até o dia 29 (segunda-feira), para o curso de língua brasileira de sinais (libras). Interessados podem se inscrever pelo site da Egov. Adriana Correia de Souza é enfermeira no Hospital Regional do Paranoá e na Unidade Básica de Saúde do Itapoã (UBS 1). Ela está pré-inscrita no curso. Na profissão há dez anos, conta que tem pacientes surdos/mudos e que, quando eles não estão acompanhados por um intérprete, há certos obstáculos na interação. “Quando eles chegam sozinhos, fica difícil o atendimento pela dificuldade de comunicação”, pontua. O curso oferecerá 120 vagas para turmas nos períodos matutino e vespertino. A duração é de três meses. Haverá oferta para iniciantes (libras básico I). Para os servidores que já participaram das aulas básicas, há a opção do curso libras básico II. O início das aulas está previsto para agosto. De acordo com a Egov, duas turmas serão exclusivas para o Corpo de Bombeiros e para a Secretaria de Saúde (SES). Essa foi uma necessidade manifestada pelas categorias. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Formação básica Na avaliação da vice-diretora-executiva da Egov, Juliana Tolentino, o curso básico de libras é indispensável aos órgãos do GDF, especialmente aqueles que prestam atendimento aos usuários de serviços públicos. “O objetivo da formação básica oferecida na Egov é justamente capacitar os servidores do governo para atuarem nos órgãos, autarquias e fundações do GDF que trabalhem no atendimento direto ao público, cumprindo o dever de promover acessibilidade linguística ao sujeito surdo e deficiente auditivo”, frisa. “Com essa promoção, o GDF cumpre com as exigências da Lei nº 6.300/2019, sancionada neste ano, que exige a formação de servidores da área da saúde na Língua Brasileira de Sinais”, esclarece Juliana. [Numeralha titulo_grande=”573.805″ texto=”Número de pessoas com necessidades especiais no DF, segundo o Censo Demográfico de 2010″ esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com o Censo Demográfico de 2010, o Distrito Federal tinha 573.805 pessoas com necessidades especiais, o que representava 22,23% da população total. Dentre as deficiências, a visual é a que apresenta mais registros no DF (63,71%), seguida da motora (18,02%) e da auditiva (14,41%). Ainda segundo a pesquisa, a região administrativa com maior percentual de pessoas com necessidades especiais é o Gama, com 27,20%, seguida por Riacho Fundo II, com 25,54%, e Samambaia, com 24,52%. Vicente Pires e o Setor Complementar de Indústria e Abastecimento/Estrutural são as regiões com menos percentuais dessa população no Distrito Federal, com 14,01% e 13,17%, respectivamente.
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Hospital da Região Leste aumentou em 17% a quantidade de cirurgias de coluna
O Serviço de Cirurgia de Coluna Vertebral do Hospital da Região Leste (antigo Hospital Regional do Paranoá) aumentou em 17% o número de procedimentos, no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2018. Até junho, foram 162 operações realizadas. “Ano passado, tínhamos de quatro a cinco horários cirúrgicos e, hoje, subimos para até sete horas por semana. A expectativa é subir, em breve, para até nove horas semanais”, explica o ortopedista Ângelo Augusto Ganeo, responsável técnico assistencial do serviço. [Olho texto=”Atualmente, operamos entre seis e sete casos por semana, sendo a maior parte de urgência e uma ou duas eletivas” assinatura=”Ângelo Augusto Ganeo, ortopedista” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O serviço é referência em cirurgia de coluna na rede pública de saúde. “Nosso atendimento é feito através de pareceres para os pacientes internados nos hospitais do DF, Entorno e parte dos estados vizinhos”, conta Ângelo. “Temos, também, atendimento ambulatorial, o qual está em processo de reformulação para se destinar a casos já triados e que tenham indicação cirúrgica”, explica. Segundo o ortopedista, são atendidos cerca de 220 pacientes por mês nos pareceres e ambulatórios – entre casos novos internados, já com indicação cirúrgica e pós-operatórios. Porém, cerca de 80% das queixas dolorosas na coluna vertebral são relacionadas às patologias degenerativas (hérnias de disco) e, destas, apenas 10% necessitam de cirurgia. Ações alternativas A grande maioria é de tratamento sem cirurgia, com fisioterapia, atividade física e orientação postural. “Estas medidas não cirúrgicas podem, tranquilamente, ser prescritas e acompanhadas por ortopedistas gerais, neurologistas, reumatologistas e clínicos gerais”, orienta o médico. Mas, quando as tentativas de tratamento não dão certo, a cirurgia é a indicação. Este foi o caso de Elizete Pereira Lopes, 33 anos, recém-operada. “Tive uma crise em agosto do ano passado. Tentamos infiltração, fisioterapia, fortalecimento e parecia estar dando certo, até eu ter outra crise, em maio, e o médico decidiu me operar”, conta. Segundo Ângelo Ganeo, os problemas da coluna estão divididos em quatro grandes grupos: trauma, tumores, infecção e doenças degenerativas (hérnias de disco, estenose). Após a cirurgia, o acompanhamento é feito por até dois anos, em ambulatório. “Contamos com a parceria do Hospital de Apoio para os casos mais graves, na parte da reabilitação, e apoio de outras unidades na questão da fisioterapia”, complementa. Dormência nas pernas E será na fisioterapia que o fotógrafo aposentado Benedito Amorim Teixeira, 77 anos, provavelmente se livrará da dormência nas pernas, contínua mesmo três dias depois da cirurgia. O fotógrafo aposentado Amorim: fisioterapia para tratar de dormência nas pernas – Foto: Mariana Raphael/Agência Saúde “Sentia muita dormência e dor, e o médico achou melhor fazer a descompressão da lombar. Avisou que não resolveria o problema, mas melhoraria bastante”, contou ele, destacando o bom atendimento que tem recebido na unidade. “Tenho vontade de chamar todos de filhos”, disse, carinhosamente. Referência O Serviço de Cirurgia de Coluna Vertebral do Hospital da Região Leste começou a funcionar em 2012. Até então, as cirurgias de coluna eram feitas somente pela Neurocirurgia do Hospital de Base. “Naquela época, havia uma lista de 70 pacientes aguardando este tipo de procedimento. Ao iniciarmos o serviço no HRL, conseguimos zerar a fila em dez meses”, ressalta Ângelo Ganeo, responsável por abrir o serviço. O diferencial da unidade é que a equipe é formada por neurocirurgiões e ortopedistas especialistas em cirurgia de coluna. “Conseguimos que os neurocirurgiões que atuavam, naquela época, no Base, viessem compor nossa equipe”, destaca. Hoje, são 12 profissionais das duas especialidades atuando junto a outros servidores de todo o Hospital da Região Leste, como enfermeiros, técnicos e anestesistas.?
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Campanha Agasalho Solidário aquece população carente do DF
Agasalhos serão distribuídos por toda uma estrutura de acolhimento à comunidade carente do DF | Foto: Vinícius de Melo / Agência Brasília Marcado pela solidariedade, a Campanha do Agasalho Solidário, encampada pela primeira-dama, Mayara Noronha, tem devolvido a dignidade à milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade no DF. Casos como a do jovem Matheus de Souza, 22 anos, e a do bebezinho de 10 meses, Heitor, seu filho. “Foi bom ter vindo para cá, o frio está demais”, diz o rapaz, alojado num abrigo improvisado no Ginásio de Esportes do Paranoá. Ali, assim como milhares de pessoas em condições parecidas, ele tem recebido assistência do governo e da iniciativa privada, parceiro na iniciativa, numa corrente de caridade que desde 17 de junho tem ajudado milhares de pessoas. A ideia é transformar a ação num evento que dure o ano todo. “Quero que essa prática seja mais evidente nos próximos anos, contar com um número maior de empresários e da população participando”, frisou a primeira-dama, durante entrega simbólica de 500 cobertores no Centro de Atendimento Especializado para a População em Situação de Rua, em Taguatinga Norte. Mayara Noronha ainda visitou ao longo do dia outros dois pontos que vão receber as doações de cobertores e agasalhos da campanha. Uma creche na Fercal e a Federação de Bandeirantes do Brasil (FEB), uma organização mundial sem fins lucrativos, sediada no Paranoá, que presta assistência a crianças e idosos. “Sei que muitas dessas pessoas passaram por dificuldades de diversa natureza. Se a gente estreitar os laços, podemos colocar as demandas no papel e ver qual a melhor forma para ajudá-las o máximo possível”, acrescentou. Rede do bem Só de um grupo de quinze empresários de Brasília, Belo Horizonte e São Paulo, a campanha recebeu quase sete mil cobertores novinhos em folha. Os produtos serão distribuídos para instituições sociais, creches, contemplando toda uma estrutura de acolhimento à comunidade carente do DF. Também outros 5 mil acessórios que vão desde blusas, agasalhos, luvas e meias arrecadados em ação coordenada junto à população do Distrito Federal e Órgãos, que receberam caixas para doações. Para a primeira-dama, Mayara Noronha, foi um sinal de que a caridade em Brasília anda em alta, a corrente do bem segue mais forte do que nunca. “O que percebo aqui em Brasília é que as pessoas têm vontade de ajudar e não sabe como e para onde vai a ajuda que eles dão, mas a solidariedade sempre esteve em evidência na cidade, sobretudo entre o empresariado”, observou. Para a empresária Miranda Castro, que mobilizou os donos de empresas do DF e de outros estados num prazo de três dias, com apenas alguns telefonemas, ajudar o próximo é um dos princípios básicos do cristianismo. “Assim que a primeira-dama me convidou para participar do projeto, aceitei na hora, mesmo tendo uma agenda apertada”, disse. “Não adianta a gente ganhar dinheiro e só olhar para si mesmo. Estar na condição de ajudar é melhor do que ser ajudado”, defendeu.
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Hospital do Paranoá investiga falhas na liberação de natimortos
Corpos de dois bebês foram trocados durante a liberação no necrotério do Hospital da Região Leste, antigo Hospital Regional do Paranoá. De acordo com a unidade, os nomes parecidos dos pais confundiram os funcionários na hora de liberá-los para sepultamento. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (28), o diretor do hospital, Leonardo Ramos, informou que a investigação administrativa do caso já foi aberta e que um treinamento com a equipe será feito para reforçar o procedimento adequado para liberação no necrotério. “A gente já reuniu toda a equipe que faz a conferência, apontou onde houve falhas, e vamos trabalhar para que esse tipo de erro não ocorra novamente”, ressaltou Ramos. De acordo com o diretor, esse caso nunca ocorreu na unidade do Paranoá. [Olho texto='”Vamos trabalhar para que esse tipo de erro não ocorra novamente”‘ assinatura=”Leonardo Ramos, diretor do Hospital da Região Leste” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O equívoco ocorreu nessa quarta-feira (27), quando o serviço social foi buscar o corpo do natimorto de Francisca Nalane Fabrício, de 25 anos. Sem saber que estava grávida, ela deu entrada no hospital em 20 de junho com fortes dores abdominais. Um procedimento de emergência foi feito para retirada do feto de 20 semanas, já morto. A outra família é a de Fabrícia da Silva Borges, de 29 anos, e Francisco Faustino, de 39. Eles perderam um bebê com 37 semanas de gestação, em 22 de junho. De acordo com o Hospital da Região Leste, a proximidade do nome Francisca Fabrício com o do casal Fabrícia e Francisco foi o motivo do erro. O corpo entregue para a família de Francisca Nalane Fabrício na quarta-feira chegou a ser enterrado no cemitério de Planaltina. O hospital fez o pedido de urgência para a exumação do corpo ao Instituto Médico Legal (IML). O outro natimorto continua no necrotério da unidade hospitalar no aguardo do posicionamento do IML para seguir com o processo. As duas famílias receberão apoio psicológico pela rede pública e terão todo o respaldo do hospital para o que precisar. Edição: Vannildo Mendes
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