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Hospital da Criança

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Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue acende o alerta para baixos estoques no DF

O aposentado João Araújo, 61 anos, sabe o que é ter a própria vida garantida pela generosidade de outras pessoas. Em 2024, ele precisou de 13 bolsas de sangue durante uma cirurgia para troca de válvula no coração. “O médico me disse que minha cirurgia só pôde acontecer porque havia sangue disponível”, lembra. “Naquele momento, entendi o verdadeiro valor de quem doa. Sempre fui doador, e, se tudo der certo, quero voltar a doar novamente”.  Luan Cruz doa sangue desde os 18 anos: “Comecei por curiosidade, mas hoje faço questão de doar regularmente. Sempre incentivo minha família a participar” | Foto: Divulgação/IgesDF No Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, celebrado nesta terça-feira (25), iniciativas como a de João fazem a diferença. Luan Cruz, 25, é um doador voluntário e vai ao Hemocentro a cada três meses, desde a primeira doação que fez, aos 18 anos. “Comecei por curiosidade, mas hoje faço questão de doar regularmente”, conta. “Sempre incentivo minha família a participar. Costumo ir com meu pai, e  já consegui levar todo mundo: meu pai, minha mãe e minha irmã”. Segundo a Fundação Hemocentro de Brasília (FHB), o DF registra, em média, 50 mil doações por ano, volume suficiente para atender cirurgias de emergência, partos de risco, pacientes com câncer, anemias severas e vítimas de acidentes. Estoques “Estamos entre os maiores consumidores de sangue do Centro-Oeste, com aproximadamente 3 mil transfusões por mês, e dependemos exclusivamente da sensibilidade dos doadores para manter os estoques disponíveis” Luiz Henrique Ramos, chefe do Serviço de Hematologia, Hemoterapia e Transplante de Medula Óssea do Hospital de Base Para garantir estoques seguros, são necessárias cerca de 180 doações por dia. Este ano, no entanto, a média tem sido de 144 doações diárias, 20% abaixo do ideal. A FHB abastece todos os hospitais da rede pública do DF e instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.  No DF, estima-se que a cada cinco minutos uma pessoa precise de transfusão. Cada bolsa coletada pode salvar até quatro vidas. Os tipos sanguíneos com disponibilidade mais crítica no momento são AB negativo, O negativo e B negativo. O sangue B positivo está em nível regular, enquanto O positivo, A positivo e A negativo se mantêm adequados — mas toda doação é fundamental para equilibrar os estoques. “Estamos entre os maiores consumidores de sangue do Centro-Oeste, com aproximadamente 3 mil transfusões por mês, e dependemos exclusivamente da sensibilidade dos doadores para manter os estoques disponíveis”, explica o médico Luiz Henrique Ramos, chefe do Serviço de Hematologia, Hemoterapia e Transplante de Medula Óssea do Hospital de Base. Como doar [LEIA_TAMBEM]Para doar sangue, é necessário ter entre 16 e 69 anos, estar em boas condições de saúde e pesar mais de 51 kg. Quem passou por endoscopia ou outra cirurgia recente, ou teve algum problema de saúde, deve consultar as orientações no site do Hemocentro. As recomendações são claras. Após a gripe, só se pode doar sangue a partir de 15 dias depois do fim dos sintomas. Quem teve covid-19 deve esperar dez dias após o término dos sintomas para fazer a doação. Já quem apresentou episódio de dengue clássica precisa esperar um intervalo de 30 dias, e as pessoas que tiveram dengue hemorrágica só podem doar sangue após seis meses.  Se você vai doar sangue, faça seu agendamento neste link.  *Com informações do IgesDF  

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HRT amplia preparo de medicamentos contra o câncer

O Hospital Regional de Taguatinga (HRT) ampliou a entrega de medicamentos para sessões de quimioterapia: foram 9.039 procedimentos realizados entre janeiro e setembro, um aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado. O HRT é referência no tratamento oncológico para pacientes do DF e de outros estados, juntamente com os hospitais de Base, Universitário de Brasília e da Criança. Medicamentos são manipulados de forma criteriosa, de maneira a garantir o menor tempo entre o preparo e a administração aos pacientes | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde Responsável técnico pela oncologia do HRT, o médico José Lucas Pereira Júnior explica que cada bolsa de medicamento para sessões de quimioterapia é personalizada, conforme as necessidades de cada paciente. A produção no próprio HRT faz a diferença em termos de agilidade no atendimento. “Como fazemos as bolsas aqui, temos a capacidade de atender mais pacientes, pois todo o atendimento fica mais rápido”, afirma. Outra vantagem é a qualidade do produto: os medicamentos podem perder eficácia conforme sofrem variações de temperatura e exposição à luminosidade. A equipe de dez farmacêuticos oncológicos do HRT atua para assegurar um tempo mínimo entre o preparo e a sessão do paciente. “Quanto mais próximo, maior a qualidade do medicamento que o paciente vai receber”, acrescenta o médico. Cuidados específicos De acordo com o farmacêutico Hugo Carvalho, a manipulação dos medicamentos quimioterápicos exige uma série de cuidados. “Esse manuseio requer toda uma técnica para garantir que o produto permaneça estéril”, aponta. “A manipulação é complexa, pois precisa garantir a segurança para o paciente. Há uma dupla checagem dos procedimentos”. O próprio local de preparo, chamado de “sala limpa”, tem regras específicas para garantir a segurança biológica. No espaço, servidores passam os insumos para a “sala limpa” por meio de janelas especiais, criadas para evitar a passagem de partículas. Na parte interna, um farmacêutico, com máscara de proteção de risco químico e dois pares de luvas sem pó, manipula os componentes conforme o prescrito pelo oncologista. Depois, a bolsa com o medicamento para quimioterapia é enviada imediatamente ao setor onde ocorre o atendimento ao paciente. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Hemocentro adota senha preferencial até o dia 23 para doadores de sangue O negativo

Desta segunda-feira (11) ao dia 23, o Hemocentro de Brasília fornecerá senha preferencial para doadores de sangue O negativo. A medida ocorre por causa dos estoques críticos de sangue da unidade. Até o momento, a média diária de doações está em 118, bem abaixo da média ideal de 180 doações diárias necessárias para garantir a segurança dos estoques. Campanha do Hemocentro divulga atendimento prioritário para doadores de sangue O negativo | Foto: Arquivo/Hemocentro A medida visa assegurar atendimento prioritário para esse grupo, essencial em situações de emergência, e reforçar a importância da colaboração de todos os tipos sanguíneos para manter os níveis adequados de sangue. Abastecimento “O nosso objetivo é fortalecer nossos estoques, que atualmente estão críticos para diversos tipos sanguíneos, mas, principalmente, para O negativo e O positivo”, reforça a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro, Kelly Barbi. “Lembramos que, neste mês, temos quatro feriados, e o primeiro deles já contribuiu para uma queda bastante expressiva nos níveis gerais dos estoques. É justamente nos feriados que temos uma demanda maior de transfusões, em virtude de acidentes e traumas. Mais do que nunca, o tipo O negativo é essencial, pois é doador universal e atende justamente esses casos.”  O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas. Atendimento A senha preferencial para doadores de sangue O negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, por meio de cadastro no Hemocentro ou de um exame de tipagem sanguínea. A medida busca otimizar o atendimento e priorizar as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes, especialmente em períodos críticos. Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Para quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente, a recomendação é consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue. Agendamento Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 precisa aguardar dez dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses. É necessário agendar a doação no site Agenda DF ou ligar para o telefone 160 (opção 2),  porém é possível realizar encaixes dependendo da disponibilidade de vagas no dia. *Com informações do Hemocentro

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Pacientes do Hospital da Criança têm pedidos atendidos por padrinhos do Vem Brincar Comigo

Davi Lucas Souza, 4 anos, é apaixonado por dinossauros e fã do filme Como treinar seu dragão. Quando foi convidado a escrever uma carta para ser apadrinhada na campanha Vem Brincar Comigo, o pequeno nem teve dúvidas sobre que brinquedos pediria: “Dragões, dinossauros e até animais selvagens”. Antes mesmo de receber o presente, na semana do Dia das Crianças, o pequeno já projetava a alegria que sentiria. “Vou ficar muito feliz, muito muito muito. Aí eu vou levar eles lá para casa para poder brincar”, conta. Davi Lucas Souza vai levar para a Bahia os presentes que ganhou na campanha Vem Brincar Comigo | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília A casa a que se refere fica na cidade de Wanderley, na Bahia. Além do presente, Davi também aguarda ansioso pela oportunidade de voltar para lá. Há quatro meses, o pequeno veio para o Distrito Federal tratar um neuroblastoma, tumor que, no caso dele, se desenvolveu nas glândulas adrenais. Assim como ele, outras 62 crianças que estão internadas no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) também tiveram a oportunidade — em meio à campanha do Vem Brincar Comigo — de pedir um brinquedo em cartas, que foram apadrinhadas, em sua maior parte, por servidores do Governo do Distrito Federal (GDF). Thalita Dantas é uma dessas madrinhas. Foi ela quem pegou a carta de Davi. “Tenho dois meninos, um de 11 e um de 3 anos, e escolhi a carta do Davi exatamente porque a idade era perto da do meu. Aí eu lembrei na hora do meu filho”, relata a servidora. “Para uma criança que está no hospital, é muito importante. Tem criança que passa dias e dias no hospital, tem outras que nasceram e ainda estão lá, crescendo no hospital, então o brinquedo é muito importante. É um momento de alegria para eles e que, com certeza, vai ficar na memória deles, mas acho que mais na nossa, dos padrinhos”, acrescenta. Essa importância é reforçada pela assistente social Amanda Xavier, que acompanha os pequenos no HCB: “Muitas crianças não têm acesso [em casa] aos brinquedos que eles têm aqui no hospital. Então, com essa possibilidade, o governo pensando em um projeto desse, as crianças saberem que vão poder pedir um brinquedo e levar para casa, com isso vão ficar extremamente felizes”. A cartinha de Kênia foi adotada pela primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha As mães também celebram a iniciativa. “O Davi ficou feliz, queria pedir tudo. Tudo o que ele queria tinha que estar na cartinha. Então, é gratificante saber que tem gente que se preocupa com a nossa criança”, aponta Sabrina Souza. “Ela ficou bastante alegre. Quando falaram que podia pedir o que queria, ela já falou logo: ‘Mãe, eu quero a boneca da Masha e o Urso’. Aí ela foi falando e eu fui escrevendo”, emenda Gleiziele Soares, mãe de Kênia Soares, 4 anos, que veio de Jaú do Tocantins (TO) em junho para tratar uma aplasia de medula. A cartinha de Kênia foi adotada pela primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, que lembrou a importância das ações sociais para quem mais precisa. “É uma dose, uma injeçãozinha do bem. Então faz parte do tratamento. É através do brinquedo que o tratamento lúdico acontece”, disse a primeira-dama, que comemorou a grande participação da campanha deste ano. “Eu falo que é uma das campanhas mais completas. A gente envolve a sociedade na arrecadação, ensinando dentro de casa o porquê é importante ter essa participação popular”, afirmou. Vem Brincar Comigo Mayara Noronha Rocha: “É uma dose, uma injeçãozinha do bem. Então faz parte do tratamento. É através do brinquedo que o tratamento lúdico acontece” | Foto: Nathália Brito/Chefia-Executiva de Políticas Sociais A primeira-dama é a idealizadora da campanha Vem Brincar Comigo, coordenada pela Chefia-Executiva de Políticas Sociais, e que chega à quinta edição em 2024. Apenas no chamado Dia D da iniciativa — no último dia 3 —, foram arrecadados 20 mil brinquedos, superando a marca dos 16 mil, atingida no ano passado. Os brinquedos são doados a crianças que fazem parte de instituições do DF ou de famílias em situação de vulnerabilidade cadastradas na campanha. Além da arrecadação, a campanha oferece momentos de lazer e diversão em grandes pontos turísticos e eventos da cidade. As primeiras ações deste ano ocorreram no Festival Na Praia, com a participação de mais de 1,6 mil crianças de instituições sociais do DF.

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Câncer no sistema nervoso central tem tratamento referência no DF

Dados mais recentes do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicam que cerca de 11 mil novos casos de câncer do Sistema Nervoso Central (SNC) – que inclui o cérebro e a medula espinhal – devem surgir por ano no Brasil, mais de 6 mil incidindo em homens, conforme levantamento de 2022. De acordo com o instituto, o câncer no SNC representa de 1,4% a 1,8% de todos os tumores malignos do mundo, e 88% dos casos ocorrem no cérebro. Orientação de especialistas é que pessoas observem desde cedo os sinais mais comuns da doença | Foto: Divulgação/Agência Saúde No caso de crianças, os dados também preocupam. De acordo com pesquisa realizada na universidade de Harvard (EUA), os tumores do sistema nervoso central são o segundo câncer mais comum em crianças com menos de 15 anos de idade – caso se considere as leucemias e câncer de sangue – e a principal causa de morte nessa faixa etária. No caso de câncer sólido, é o primeiro colocado como mais frequente em crianças. Atenção aos sintomas Especialistas orientam a observar desde cedo os sintomas e sinais mais comuns da doença. “O câncer pode se manifestar com sinais de aumento da pressão intracraniana, como dor de cabeça, vômitos e sonolência”, explica o neurocirurgião Benício Oton Lima, do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). Segundo o médico, fraquezas de um membro, confusão mental, déficit visual e epilepsia – uma doença marcada por convulsões – são fatores que podem estar relacionados ao tipo de câncer. “Esses sinais ou sintomas, com pouco tempo de evolução, indicam que o tumor está crescendo mais rápido”, explica. Atualmente, entende-se que o câncer de cérebro pode ser causado por diversos fatores, desde alterações genéticas até as adquiridas durante a vida, por predisposição ou exposição. Especialistas observaram que algumas causas ambientais e ocupacionais geram maior risco de tumores no SNC, como exposição à radiação, a arsênico, chumbo, mercúrio, óleo mineral e outros. Tratamento Tumores no SNC possuem tratamento complexo e multidisciplinar. Em alguns casos, pode ser necessário procedimento cirúrgico para retirada do tumor ou de fragmento para biópsia. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece acolhimento, cirurgia, diagnóstico radiológico, diagnóstico histopatológico, químio e radioterapia, além de assistência social.  “O tratamento da lesão geralmente é cirúrgico e pode requisitar tratamento complementar com quimioterapia e radioterapia, se for indicado”, detalha Oton Lima. Atendimento Uma vez que sejam identificados sinais, a recomendação inicial é procurar ajuda médica, a começar pelas unidades básicas de saúde (UBSs). Por sua vez, unidades de pronto atendimento (UPAs) e hospitais regionais podem encaminhar os pacientes aos hospitais de referência para tratamento de câncer – o Hospital de Base (HB) e o HCB. A equipe de atendimento é multidisciplinar, englobando oncologista, pediatra, neurocirurgião, anestesiologista, enfermagem, fisioterapeuta, neurofisiologista, nutricionista, odontólogo, infectologista, patologista, neurorradiologista e radioterapeuta. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Crianças e adultos receberão orientações sobre saúde renal

Referência no Distrito Federal em acompanhamento de crianças com doença renal crônica, o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) programou atividades especiais no sábado (16) para destacar o Dia Mundial do Rim, celebrado nesta quinta-feira (14). A equipe de nefrologia utilizará materiais lúdicos para explicar às crianças quais os cuidados necessários para manter a saúde do rins. A nefrologista Kallyne Morato ressalta: “Esta data vem trazer a informação para que todos façam seu acompanhamento regular, dosem a creatinina e façam o exame de urina, para receber o diagnóstico precoce da doença e retardar a evolução dela” | Fotos: Divulgação/HCB Neste sábado, haverá ação no Conjunto Nacional, onde os médicos e a equipe multiprofissional do HCB vão abordar as pessoas para falar sobre o exame da creatinina, feito a partir de amostras do sangue.  Diálise Segundo a coordenadora de nefrologia pediátrica do HCB, Kallyne Morato, a doença renal crônica é aquela em que o paciente apresenta uma lesão renal que dura mais de três meses. “Ela atinge, hoje, cerca de 10 milhões de brasileiros, e temos cerca de 145 mil pessoas dependentes de diálise no Brasil”, aponta. “É muito mais frequente em adultos, porém, quando atinge crianças, principalmente em estágios mais avançados da doença, pode trazer consequências irreversíveis”. O tratamento se desenvolve de acordo com o estado de saúde da criança, podendo variar entre uso de medicações, intervenção cirúrgica e procedimentos de prevenção contra obesidade, diabetes e hipertensão. Pacientes infantis em situação mais grave são encaminhados à terapia renal substitutiva (filtragem do sangue, que pode ser feita na forma da hemodiálise ou da diálise peritoneal) e ao transplante de rins. O transplante, no entanto, não significa o fim do tratamento. “A doença renal crônica não tem cura, e é de suma importância que, depois do transplante, esse paciente continue o acompanhamento, porque vai precisar de medicações para evitar que o corpo rejeite esse órgão”, orienta a nefrologista. Exames periódicos  A coordenadora de nefrologia do HCB conta que, em crianças, na maioria das vezes, não é possível prevenir a doença renal crônica, já que ela é causada por malformações congênitas e doenças hereditárias. Mas é possível retardar sua evolução se acompanhada de forma regular. Como se trata de uma doença silenciosa, é importante estar atento a sintomas que possam levar a um diagnóstico precoce.  “Infecções urinárias de repetição; inchaço pelo corpo, que é o edema; sangue na urina; pressão alta e anemia sem causa aparente são sinais de alerta”, indica a médica. Ainda na gestação, lembra ela, é importante fazer o pré-natal regular e acompanhar o desenvolvimento fetal por meio da ultrassonografia gestacional, que permite identificar malformações nos rins do bebê. Aos 4 anos, Lauren foi diagnosticada com enfermidade renal; atualmente, faz tratamento no HCB três vezes por semana Outra medida importante para o diagnóstico é a realização de exames – especialmente a dosagem da creatinina no sangue, que permite fazer o cálculo da taxa de filtração. “A creatinina é uma substância produzida no músculo e eliminada nos rins”, esclarece Kallyne Morato. “Hoje, é o que temos de mais difundido para fazer o diagnóstico. Quando ela altera, já podemos estar diante de em um estado mais avançado da doença. Também contamos com o exame simples de urina, que permite a detecção de perda de proteína, sangue ou outras alterações que chamem atenção. Além disso, podemos realizar exames de imagem, para ver a função renal”. Foi graças aos exames periódicos que Lauren Santos, 4, recebeu o diagnóstico da doença. “Ela foi a uma consulta de rotina com o pediatra, que pediu todos os exames e apontou que ela estava com insuficiência renal”, conta a mãe da criança, Eva Caroline Santos. “Minha filha foi direto para o hospital da nossa cidade, no Tocantins, e foi internada na UTI até que nos encaminharam para cá”. Atualmente, Lauren passa por hemodiálise no HCB três vezes por semana. Para Eva Caroline, ter iniciado o tratamento da filha tão cedo ajuda a deixar o acompanhamento mais tranquilo.  Atendimento Lauren é uma das quase 70 crianças com doença renal crônica acompanhadas pelo hospital – atualmente, são 48 pacientes infantis em tratamento ambulatorial, oito em diálise peritoneal e 13 em hemodiálise. “No estágio mais avançado, os pacientes precisam do acompanhamento multidisciplinar que temos no HCB”, explica a nefrologista. “Passam por enfermeira, nutricionista, assistente social”. Os nefrologistas também atendem crianças internadas na UTI e estão se preparando para, no futuro, fazer transplantes renais no próprio hospital. “O Dia do Rim vem trazer a informação para que todos façam seu acompanhamento regular, que inclui dosar a creatinina e fazer o exame de urina, para fazer o diagnóstico precoce da doença e retardar a evolução dela”, ressalta Kallyne. Crianças e adultos que estiverem no ambulatório do HCB vão receber essas informações de forma lúdica nesta quinta. No sábado, no Conjunto Nacional, a equipe do hospital dará orientações sobre práticas voltadas à saúde dos rins, com participação de voluntários da Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace). A nefrologista dá a dica: “Tenha uma alimentação saudável, pratique atividade física, beba água e dose sua creatinina”.  Conscientização pelo Dia do Rim → Data: sábado (16), das 11h às 16h → Local: Conjunto Nacional (na Praça JK, em frente ao acesso A). *Com informações do HCB

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Hemocentro: Trabalho coroado com certificado internacional ISO 9001:2015

“Em 2023, testemunhamos um aumento significativo de 11,8% no número de candidatos à doação de sangue na Fundação Hemocentro de Brasília (FHB), em comparação com o ano anterior, totalizando 72.247 voluntários de janeiro a dezembro. Em 2022, o total foi de 64.612. Esse crescimento abrange os candidatos à doação de sangue total e doação por aférese, método avançado que separa apenas as plaquetas do sangue do doador. Entre os diversos serviços que oferece, a Fundação Hemocentro de Brasília contribuiu para salvar a vida de mais de 4 mil pacientes no Distrito Federal em 2023 | Foto: Arquivo/Agência Brasília Paralelamente ao aumento de voluntários, observamos um crescimento no número de transfusões nos hospitais abastecidos pela FHB, saltando de 77.105 entre janeiro e novembro de 2022 para 83.643 em 2023. Destacamos a importância do Hemocentro como fornecedor de hemocomponentes para a rede pública de saúde do DF e hospitais conveniados. Entre 1º de janeiro e 26 de dezembro deste ano, 3.047 voluntários cadastraram-se como doadores de medula óssea na FHB. Em 2022, foram 3.341. O Hemocentro realiza o procedimento de coleta da amostra de sangue e o envio das informações cadastrais e genéticas do voluntário ao Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Em fevereiro de 2023, celebramos o início da operação da Unidade Móvel de Coleta de Sangue, realizando dezenas de coletas externas em diferentes regiões administrativas, totalizando 1.071 bolsas de sangue coletadas e beneficiando mais de 4 mil pacientes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Nosso Ambulatório de Coagulopatias Hereditárias proporcionou 14.821 atendimentos multidisciplinares a 1.008 pacientes em tratamento, cadastrados com coagulopatias como hemofilia e doença de Von Willebrand. Em um marco significativo, em 2023 obtivemos a certificação internacional de qualidade ISO 9001:2015, abrangendo os processos do Ciclo do Doador, áreas laboratoriais, produção, gestão de hemocomponentes, atendimento Ambulatorial de Coagulopatias Hereditárias, suporte a transplantes e Ouvidoria. Somos a única instituição de saúde pública do DF com esse selo de qualidade, coroando o trabalho de excelência realizado devido à formação e competência técnica dos servidores.” *Osnei Okumoto, presidente da Fundação Hemocentro de Brasília   

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HCB recebe congresso sobre crianças com condições raras de saúde

De 24 a 28 de abril, o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), em parceria com o Hospital Sant Joan de Déu, de Barcelona, recebe o II Congresso Internacional da Criança com Condições Complexas de Saúde. O evento vai reunir profissionais de diferentes áreas assistenciais interessados no tema Tecnologias para o cuidado e para a cura e contará com a presença de pesquisadores e autoridades científicas nacionais e de diferentes países para discutir temas ligados ao cuidado pediátrico terciário. Serão mais de 115 especialistas em saúde e 1.150 inscritos debatendo temas científicos relevantes que se traduzam em avanços no diagnóstico e tratamento de crianças com condições raras e complexas de saúde. Realizado presencialmente no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, o congresso contará com tradução simultânea e ambientes interativos. Aqueles que desejarem participar de forma virtual terão uma experiência única por meio do metaverso. O congresso trará simpósios, mesas-redondas, cursos e sessões de temas livres que abordarão a saúde global em pediatria, as tecnologias leves para o cuidado, priorizando a humanização, a experiência do paciente, o cuidado centrado na família, a eficiência e o cuidado paliativo. Serão abordados os avanços tecnológicos que permitem diagnósticos mais precisos e tratamentos individualizados, na fronteira da ciência, incluindo robótica, medicina de precisão, transplantes, terapias avançadas, entre outros. A pandemia causada pelo SARS-Cov-2 também será abordada: palestrantes compartilharão experiências no tratamento de crianças acometidas pela covid-19 no contexto das crianças com condições complexas e crônicas. O congresso trará simpósios, mesas redondas, cursos e sessões de temas livres, que abordarão a saúde global em pediatria | Fotos: Arquivo/ Agência Brasília Além de profissionais do HCB e do Sant Joan de Déu, irão dar palestras especialistas de hospitais da rede pública de saúde do DF e de hospitais de São Paulo, Rio Grande do Sul e outros estados. Também estarão presentes profissionais de instituições como a Harvard Medical School, St Jude Research Children Hospital, London School of Hygiene and Tropical Diseases, European Children Hospital Organization, University of Southern California entre outros. Desenho inovador “Em alinhamento com a proposta assistencial do HCB, esse congresso propõe que a criança seja colocada no centro dos interesses científicos e das discussões, com o enfoque na integralidade, na humanização e na interdisciplinaridade da qualidade e da segurança do paciente. A congregação de pesquisadores, gestores e profissionais dos diferentes níveis de atenção em saúde, bem como de usuários e integrantes de outros setores de conhecimento e prática, deve contribuir para uma melhor atenção às crianças acometidas por condições de saúde complexas”, destaca a presidente do congresso e  superintendente-executiva do HCB, Valdenize Tiziani. [Olho texto=”Serão mais de 115 especialistas em saúde e 1.150 inscritos debatendo temas científicos relevantes que se traduzam em avanços no diagnóstico e tratamento de crianças com condições raras e complexas de saúde” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “O tema do congresso reflete os propósitos do Hospital San Joan de Déu de Barcelona, consistindo em um espaço de discussão e de construção de conhecimento compartilhado entre pares e especialistas, na busca de soluções avançadas para os problemas de saúde das crianças”, acrescenta o diretor-gerente do Hospital San Joan de Déu, de Barcelona, Manel del Castillo Rey. Inscrições As inscrições para o Congresso Internacional da Criança com Condições Complexas de Saúde ainda estão abertas e podem ser feitas no site. Podem participar profissionais de saúde, estudantes, profissionais vinculados às instituições de saúde e  apoiadoras, bem como todos aqueles interessados nos temas que serão abordados. A programação completa está divulgada no site do evento. Mais de 160 trabalhos foram submetidos ao congresso e serão apresentados durante o evento. Os trabalhos mais bem avaliados vão receber o prêmio Catavento de Ciência Pediátrica – Pesquisa em Condições Raras e Complexas de Saúde da Criança e do Adolescente. Publicações Além de palestras, evento terá lançamento de livros A abertura do evento será marcada pelo lançamento dos livros Desenvolvimento neuropsicomotor, sinais de alerta e estimulação precoce: um guia para pais e cuidadores primários e Desenvolvimento neuropsicomotor, sinais de alerta e estimulação precoce: um guia para profissionais de saúde e educação. Os dois livros foram produzidos pelo HCB com o apoio e a parceria do Ministério da Saúde e orientam profissionais de saúde, familiares, professores e cuidadores sobre o desenvolvimento da criança de até 6 anos de idade, auxiliando-os na detecção precoce de riscos ao desenvolvimento infantil e na estimulação precoce. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A programação do congresso também inclui o lançamento de Experiência do Paciente – como criar, implementar e gerir bem um programa de excelência em experiência de pacientes. O livro apresenta metodologia a ser aplicada para evitar falhas graves no atendimento a pacientes e familiares. O lançamento será realizado durante a palestra A experiência do paciente: O paciente em foco, conduzida pela autora na próxima quarta-feira (26). Serviço Congresso internacional da criança com condições complexas de saúde Data: De 24 a 28 de abril Horário: Das 8h às 18h Endereço: Centro de Convenções Brasil 21 (Setor Hoteleiro Sul Quadra 6, Lote 1, Conjunto A – Asa Sul) Site: https://www.congresso.hcb.org.br/ *Com informações do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB)

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