Resultados da pesquisa

Instituto de Cardiologia do DF

Thumbnail

Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue acende o alerta para baixos estoques no DF

O aposentado João Araújo, 61 anos, sabe o que é ter a própria vida garantida pela generosidade de outras pessoas. Em 2024, ele precisou de 13 bolsas de sangue durante uma cirurgia para troca de válvula no coração. “O médico me disse que minha cirurgia só pôde acontecer porque havia sangue disponível”, lembra. “Naquele momento, entendi o verdadeiro valor de quem doa. Sempre fui doador, e, se tudo der certo, quero voltar a doar novamente”.  Luan Cruz doa sangue desde os 18 anos: “Comecei por curiosidade, mas hoje faço questão de doar regularmente. Sempre incentivo minha família a participar” | Foto: Divulgação/IgesDF No Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, celebrado nesta terça-feira (25), iniciativas como a de João fazem a diferença. Luan Cruz, 25, é um doador voluntário e vai ao Hemocentro a cada três meses, desde a primeira doação que fez, aos 18 anos. “Comecei por curiosidade, mas hoje faço questão de doar regularmente”, conta. “Sempre incentivo minha família a participar. Costumo ir com meu pai, e  já consegui levar todo mundo: meu pai, minha mãe e minha irmã”. Segundo a Fundação Hemocentro de Brasília (FHB), o DF registra, em média, 50 mil doações por ano, volume suficiente para atender cirurgias de emergência, partos de risco, pacientes com câncer, anemias severas e vítimas de acidentes. Estoques “Estamos entre os maiores consumidores de sangue do Centro-Oeste, com aproximadamente 3 mil transfusões por mês, e dependemos exclusivamente da sensibilidade dos doadores para manter os estoques disponíveis” Luiz Henrique Ramos, chefe do Serviço de Hematologia, Hemoterapia e Transplante de Medula Óssea do Hospital de Base Para garantir estoques seguros, são necessárias cerca de 180 doações por dia. Este ano, no entanto, a média tem sido de 144 doações diárias, 20% abaixo do ideal. A FHB abastece todos os hospitais da rede pública do DF e instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.  No DF, estima-se que a cada cinco minutos uma pessoa precise de transfusão. Cada bolsa coletada pode salvar até quatro vidas. Os tipos sanguíneos com disponibilidade mais crítica no momento são AB negativo, O negativo e B negativo. O sangue B positivo está em nível regular, enquanto O positivo, A positivo e A negativo se mantêm adequados — mas toda doação é fundamental para equilibrar os estoques. “Estamos entre os maiores consumidores de sangue do Centro-Oeste, com aproximadamente 3 mil transfusões por mês, e dependemos exclusivamente da sensibilidade dos doadores para manter os estoques disponíveis”, explica o médico Luiz Henrique Ramos, chefe do Serviço de Hematologia, Hemoterapia e Transplante de Medula Óssea do Hospital de Base. Como doar [LEIA_TAMBEM]Para doar sangue, é necessário ter entre 16 e 69 anos, estar em boas condições de saúde e pesar mais de 51 kg. Quem passou por endoscopia ou outra cirurgia recente, ou teve algum problema de saúde, deve consultar as orientações no site do Hemocentro. As recomendações são claras. Após a gripe, só se pode doar sangue a partir de 15 dias depois do fim dos sintomas. Quem teve covid-19 deve esperar dez dias após o término dos sintomas para fazer a doação. Já quem apresentou episódio de dengue clássica precisa esperar um intervalo de 30 dias, e as pessoas que tiveram dengue hemorrágica só podem doar sangue após seis meses.  Se você vai doar sangue, faça seu agendamento neste link.  *Com informações do IgesDF  

Ler mais...

Thumbnail

Hemocentro adota senha preferencial até o dia 23 para doadores de sangue O negativo

Desta segunda-feira (11) ao dia 23, o Hemocentro de Brasília fornecerá senha preferencial para doadores de sangue O negativo. A medida ocorre por causa dos estoques críticos de sangue da unidade. Até o momento, a média diária de doações está em 118, bem abaixo da média ideal de 180 doações diárias necessárias para garantir a segurança dos estoques. Campanha do Hemocentro divulga atendimento prioritário para doadores de sangue O negativo | Foto: Arquivo/Hemocentro A medida visa assegurar atendimento prioritário para esse grupo, essencial em situações de emergência, e reforçar a importância da colaboração de todos os tipos sanguíneos para manter os níveis adequados de sangue. Abastecimento “O nosso objetivo é fortalecer nossos estoques, que atualmente estão críticos para diversos tipos sanguíneos, mas, principalmente, para O negativo e O positivo”, reforça a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro, Kelly Barbi. “Lembramos que, neste mês, temos quatro feriados, e o primeiro deles já contribuiu para uma queda bastante expressiva nos níveis gerais dos estoques. É justamente nos feriados que temos uma demanda maior de transfusões, em virtude de acidentes e traumas. Mais do que nunca, o tipo O negativo é essencial, pois é doador universal e atende justamente esses casos.”  O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas. Atendimento A senha preferencial para doadores de sangue O negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, por meio de cadastro no Hemocentro ou de um exame de tipagem sanguínea. A medida busca otimizar o atendimento e priorizar as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes, especialmente em períodos críticos. Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Para quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente, a recomendação é consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue. Agendamento Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 precisa aguardar dez dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses. É necessário agendar a doação no site Agenda DF ou ligar para o telefone 160 (opção 2),  porém é possível realizar encaixes dependendo da disponibilidade de vagas no dia. *Com informações do Hemocentro

Ler mais...

Thumbnail

Hemocentro convoca doadores após queda na coleta de sangue durante abril

A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) registrou uma queda de 21% nas doações de sangue durante este mês em comparação com março. Até o momento, o Hemocentro tem registrado uma média de 130 coletas por dia em abril. No último mês, a média era de 165 doações diárias. Para a manutenção do estoque em níveis adequados, o ideal é que sejam feitas cerca de 180 coletas por dia. Hemocentro abastece toda a rede pública de saúde do DF, razão pela qual a unidade precisa de doadores | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Atualmente, o tipo sanguíneo B negativo está em nível crítico. Os grupos O positivo, O negativo, AB negativo e A positivo também se encontram em nível baixo. O tipo A negativo está regular, enquanto os grupos B positivo e AB positivo registram estoque adequado.  [Numeralha titulo_grande=”4,6 mil ” texto=”Número aproximado de coletas mensais registradas em 2022 no Hemocentro” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Temos percebido uma diminuição no fluxo de doadores de sangue nos dias antecedentes a feriados, porém precisamos manter o estoque seguro, tanto para atender emergências, que normalmente ocorrem nessas datas, quanto para pacientes que já necessitam de doações regulares de sangue”, alerta a gerente de Captação, Registro e Orientação de Doadores do Hemocentro, Kelly Barbi. O Hemocentro é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do DF, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas. Em 2022, o Hemocentro efetuou uma média de 4.600 coletas de sangue por mês.  Coleta externa Para ampliar o acesso da população à doação de sangue, a unidade móvel de coleta do Hemocentro atenderá voluntários nesta quarta-feira (19), na Administração Regional de Taguatinga (DF), das 9h às 16h, e, no dia 25, na Administração Regional de Planaltina (DF), no mesmo horário. Todas as vagas disponibilizadas no site Agenda DF  já foram preenchidas, mas será possível o encaixe de doadores não agendados, a depender da disponibilidade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Doe sangue O agendamento da doação de sangue segue obrigatório e deve ser feito pelo site Agenda DF. O Hemocentro de Brasília está localizado no Setor Médico Hospitalar Norte (início da W3 Norte), próximo ao Hran e à Fepecs, e atende de segunda a sábado, das 7h15 às 18h. Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. A quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente, a recomendação é consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue. Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 deve aguardar dez dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Já quem teve contato com pessoa diagnosticada ou com suspeita de covid-19 nos últimos sete dias fica impedido de doar sangue por sete dias após o último contato com a pessoa. *Com informações da Fundação Hemocentro de Brasília

Ler mais...

Thumbnail

Instituto de Cardiologia do DF abre 11 novos leitos de UTI

O Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) vai dobrar a capacidade de cirurgia de alta complexidade adulta e pediátrica em cardiologia e transplantes, conforme a demanda ou necessidade da população do DF. Foram entregues 11 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Instituto, que permitirão tal avanço. Os 11 novos leitos de UTI do ICDF são destinados a pacientes pré ou pós-cirúrgicos e possibilitarão procedimentos cardíacos em adultos e crianças | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF [Olho texto=”“Estes novos leitos possibilitarão mais cirurgias cardíacas adultas e pediátricas, o que resulta na diminuição de mortalidade por conta destes problemas, além de atender demandas reprimidas”” assinatura=”Arilene Luís, assessora especial da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] Os novos leitos foram inaugurados na antiga unidade coronariana, sendo 6 infantis e 5 adultos. Dois deles possuem capacidade de isolamento. Os leitos de UTI são destinados para pacientes pré ou pós-cirúrgicos. Desta maneira, o ICDF passa de 28 para 39 leitos. “A Secretaria de Saúde apoia a linha de cuidados ao doente cardíaco e transplantado. A prova disso é esta parceria com o ICDF. Estes novos leitos possibilitarão mais cirurgias cardíacas adultas e pediátricas, o que resulta na diminuição de mortalidade por conta destes problemas, além de atender demandas reprimidas”, explica a médica Arilene Luís, assessora especial que representou o secretário de Saúde Osnei Okumoto na entrega. Segundo a assessora, o ICDF possui atendimento de referência em cardiologia e transplantes e o objetivo da Secretaria de Saúde é melhorar a assistência à população, reduzir filas e diminuir o número de ações ajuizadas na Justiça. O general Pafiadache e a médica Arilene Luís ressaltaram a importância dos novos leitos de UTI do ICDF para diminuir a mortalidade entre pacientes com necessidade de transplantes cardíacos O general Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, superintendente executivo do ICDF, destaca que, apesar das dificuldades, a entrega destes novos leitos é um esforço conjunto de vários setores da sociedade em prol dos atendimentos, principalmente, de crianças que hoje aguardam na fila para realizar algum procedimento de alta complexidade. [Olho texto=”“Não temos as vagas, mas fazemos o papel da Justiça ao ajuizar as ações. Por isso, é uma honra estar presente nesta entrega, participando da melhoria da Cardiologia de alta complexidade aqui no DF”” assinatura=”Ramiro Nóbrega Sant’ana, coordenador do Núcleo de Saúde da Defensoria Pública do DF” esquerda_direita_centro=”direita”] “Nosso objetivo é atender com celeridade estes pacientes que estão na fila de urgência para que todos sejam tratados o mais rápido possível. Salvar mais vidas é nossa missão, nosso papel com a sociedade”, afirma. Todos os leitos são equipados com monitorização central, respiradores adultos, pediátricos e neonatais, pontos de hemodiálise e demais equipamentos e insumos necessários a uma UTI de alta complexidade em cardiologia e transplantes. O que causa uma certa demora para chamar os pacientes da fila é o fato dos procedimentos serem de alta complexidade, muitas vezes transplantes, o que demanda muitos dias de internação na UTI, no pós-operatório. “Tem pacientes que ficam 20 dias, outros dois meses, outros até 80 dias até se recuperarem o suficiente para irem para um quarto de enfermaria. Esses novos leitos devem aumentar a capacidade em 12 ou 18 pacientes a mais por mês”, ressalta o gerente-geral adjunto do ICDF, Dr. Gebrim. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segundo Ramiro Nóbrega Sant’Ana, coordenador do Núcleo de Saúde da Defensoria Pública do DF, a demanda por uma cirurgia cardíaca de alta complexidade é muito grande e existe um número muito alto de famílias procurando a Justiça para tentar ter um acesso mais rápido ao procedimento. “Não temos as vagas, mas fazemos o papel da Justiça ao ajuizar as ações. Por isso, é uma honra estar presente nesta entrega, participando da melhoria da cardiologia de alta complexidade aqui no DF”. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

Ler mais...

Thumbnail

Comitê Distrital da Saúde vai propor plano de ação

A decisão foi tomada em reunião nesta sexta-feira (4), quando ficou combinado que a primeira versão será apresentada no encontro de 22 de janeiro de 2021 | Foto: Reprodução A Secretaria de Saúde vai receber contribuições do Judiciário, do Ministério Público e de outros integrantes do Comitê Executivo Distrital da Saúde para aprimorar a política de saúde pública do Distrito Federal. A ideia é elaborar um plano de ações conjuntas, com participação também do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF). A decisão foi tomada em reunião nesta sexta-feira (4), quando ficou combinado que a primeira versão será apresentada no encontro de 22 de janeiro de 2021. O desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), Roberto Freitas Filho, conduzirá a elaboração do planejamento. “O comitê nos proporciona um espaço de diálogo fundamental, mas precisamos definir um plano de ação para as discussões evoluírem. Por isso, conto com a contribuição de todos os envolvidos”, declarou o mediador da reunião desta sexta. O secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Petrus Sanchez, falou sobre a burocracia dos processos licitatórios para adquirir determinados insumos. “Enfrentamos dificuldades para comprar órteses, próteses e materiais especiais para cirurgias ortopédicas. Neste contexto de pandemia, os fornecedores estão cobrando valores acima do usual, e, por isso, ainda aguardamos a autorização do Tribunal de Contas”, detalhou Petrus, que representou o secretário de Saúde, Osnei Okumoto. [Olho texto=”O Comitê Executivo Distrital da Saúde foi instituído em 2010, por resolução do Conselho Nacional de Justiça, e tem como objetivo monitorar ações judiciais que envolvem prestação de assistência à saúde, como o fornecimento de remédios, produtos e insumos em geral, além de tratamentos e disponibilização de leitos hospitalares” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”centro”] Parceria para solucionar demandas urgentes O diretor-presidente do Iges-DF, Paulo Ricardo Silva, destacou que o instituto trabalha em parceria com a Secretaria de Saúde para solucionar demandas urgentes, como a reposição de materiais hospitalares para cirurgias cardiológicas. Houve redução dos estoques porque o Hospital de Base absorveu parte da demanda do Instituto de Cardiologia do DF (ICDF), que enfrenta problemas financeiros. Os procedimentos incluem cirurgias cardíacas adultas, cateterismos e atendimentos de hemodinâmica. Há ainda a previsão de absorver as cirurgias cardíacas pediátricas. “O Iges-DF já homologou o contrato que garantirá a reposição, e a compra vai chegar nos próximos dias”, afirmou Paulo. O superintendente do Hospital de Base (HB), Lucas Seixas, reforçou a importância da compra dos insumos e de um novo aparelho angiográfico (de diagnóstico radiológico) para o Núcleo de Hemodinâmica. “Mais de mil pacientes aguardam por procedimentos de cateterismo coronariano. Com a chegada dessa máquina, vamos dobrar a capacidade e conseguir fazer os cateterismos eletivos (agendados)”, detalhou. Comitê Executivo Distrital da Saúde O Comitê Executivo Distrital da Saúde foi instituído em 2010, por resolução do Conselho Nacional de Justiça, e tem como objetivo monitorar ações judiciais que envolvem prestação de assistência à saúde, como o fornecimento de remédios, produtos e insumos em geral, além de tratamentos e disponibilização de leitos hospitalares. O grupo faz reuniões mensais e é composto por membros da Justiça Federal, Defensoria Pública, Ministério Público do DF, Secretaria de Saúde do DF e Conselho Regional de Medicina, entre outras entidades ligadas ao setor.   *Com informações do Iges

Ler mais...

Thumbnail

Transplantes de órgãos transformam vidas de 316 pacientes no DF neste ano

De um lado, dois jovens recebem a notícia da morte cerebral da mãe e precisam decidir se doam ou não os órgãos. Do outro, centenas de pessoas aguardam um “sim’ como resposta para serem transplantadas e seguir vivendo. No Distrito Federal, 901 pessoas estão nesta espera, a maioria aguardando rim (532) e córnea (314). Nos primeiros seis meses deste ano, já foram realizados 316 transplantes de rim (27), fígado (46), coração (18) e córnea (225). Para que seja possível a doação, é preciso comprovar a morte encefálica, por meio de um protocolo complexo. “São realizados três exames por médicos diferentes, com intervalo mínimo de uma hora entre eles, para avaliar se o cérebro da pessoa ainda é capaz de mantê-la viva”, explica a diretora substituta da Central Estadual de Transplantes, Joseane Gomes Fernandes Vasconcellos. “Com a confirmação de que não há atividade elétrica ou fluxo sanguíneo no cérebro, é constatada a morte encefálica”, complementa. Em caso de parada cardiorrespiratória, podem ser retiradas as córneas para transplante. “Poderia ser doado pele e osso, também, mas, no DF, não temos, ainda, condições de retirar esses outros tecidos”. Com regularidade, na capital do país são retirados coração, fígado, rins e córneas dos doadores falecidos. A legislação no Brasil determina, desde 2001, que a doação deve ser autorizada pela família do paciente. Então, é fundamental que a pessoa informe aos familiares sobre seu interesse em ser um doador de órgãos. “O familiar pode informar aos profissionais de saúde do local de internação do paciente sobre o interesse em doar os órgãos. A equipe da unidade aciona a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante para realizar a entrevista com a família, orientar todos os procedimentos e colher a assinatura para autorização”, explica. Ela esclarece, ainda, que, em caso de doação dos órgãos, o DF não transplanta aqui. Mas é possível vir uma equipe de captação de outro estado para fazer o procedimento, desde que haja logística favorável. Mesmo assim, o DF é a unidade da Federação que realiza o maior número de transplantes de coração e de fígado proporcionalmente ao número de habitantes (por milhão de população). Córnea No final do ano passado, a estudante de Farmácia Loyane Mayara, 27 anos, passou por um transplante de córneas. Portadora de ceratocone desde os 12 anos, ela esperava pelo procedimento desde janeiro de 2018. A visão já estava bastante debilitada. Receber a doação mudou completamente sua vida.  “Precisei trancar a faculdade, pois as notas estavam ficando baixas e eu não conseguia pegar ônibus. Voltar a enxergar, após o transplante, me possibilitou estudar e fazer novas amizades, pois muita gente não se aproximava de mim porque achava que eu era metida por não cumprimentá-las. Mas eu apenas não as enxergava.” Loyane ficou tão agradecida que escreveu uma carta na tentativa de conhecer a família dos doadores. “Mas não tive retorno, ainda. Entendo que a perda de alguém deve ser muito triste, mas o ato deles foi muito importante. A doação de órgão devolve a dignidade a muitas pessoas que ficam debilitadas em razão de seu problema de saúde”, frisa. A estudante de Farmácia Loyane Mayara, 27 anos, passou por um transplante de córneas. Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde Medula óssea No DF, são realizados os transplantes de coração, fígado, rins e córneas de doadores falecidos. Aqui, também são feitos transplantes de medula óssea, que seguem outro processo para a doação: pode ser realizado com células do próprio paciente, de doador aparentado ou de doador anônimo cadastrado no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). O procedimento é feito, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), no Instituto de Cardiologia do DF (ICDF), Hospital de Base e Hospital Universitário de Brasília (HUB). “O ICDF realiza transplantes de coração, fígado, rins e córneas, além do de medula óssea. O Base e o HUB fazem transplantes de rins e córneas”, complementa Josiane. [Olho texto=”Em 2018, foram registrados 53 doadores de órgãos, além de 251 apenas de córnea. Foram feitos 302 transplantes de córnea, 55 de rim de doador falecido, dez transplantes de rim de doador vivo, 86 de fígado e 34 transplantes de coração.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Entre os beneficiados estava Gisele Lacerda das Chagas, 29 anos. Depois de três anos esperando por um rim, recebeu o órgão há dez meses. “Fiz quatro anos de diálise peritoneal. Depois de ser transplantada, o melhor é ter a liberdade de uma vida normal, sem parar para a diálise”, comemora. Fígado Segundo Joseane, no DF houve mais transplantes de fígado do que doadores. “Alguns foram captados pela equipe do DF em estados das regiões Centro-Oeste e Norte, mediados pela Central Nacional de Transplantes (CNT). E foram transplantados aqui, porque esses estados não realizam essa modalidade de procedimento”, detalha. Ela explica que isso é possível porque o tempo entre a retirada do órgão e o transplante é compatível com o tempo de voo regular de empresas aéreas. Elas transportam as equipes e os órgãos por causa um termo de cooperação firmado com o Ministério da Saúde. “Em alguns casos, a CNT viabiliza o transporte com voo da Força Aérea Brasileira”, falou. Entre os receptores de um novo fígado estava Carlos Borges da Silva. Depois de uma cirrose hepática, causada por excesso de bebida alcoólica, precisou do transplante e aguardou dois anos até que esse dia chegasse. “O tempo vai passando e a gente vai ficando cada dia mais frágil. Quando me ligaram para marcar a cirurgia, foi uma mistura de medo e expectativa. Mesmo esperando tanto por aquele momento, dá um certo medo”, relembra ele, que ainda se recupera do procedimento, realizado há dois meses. * Com informações da SES

Ler mais...

Hemocentro será homenageado pelo Instituto de Cardiologia do DF

O Hemocentro de Brasília vai ser homenageado pelo Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, em solenidade nesta quarta-feira (14) para celebrar a Semana Nacional de Mobilização para Doação de Medula Óssea, que vai de 14 a 21 de dezembro. A ação pretende dar destaque a pessoas e entidades que prestam serviços relevantes ao setor de transplante de medula do instituto, que promoveu, até novembro de 2016, 162 transplantes de medula óssea, superando a meta anual de 150. Após a cerimônia, os colaboradores do Instituto de Cardiologia e parceiros vão ao hemocentro para fazer o cadastro no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, que conta com mais de 4 milhões de inscritos. O Hemocentro de Brasília funciona de segunda a sábado, das 7 às 18 horas, no Setor Médico-Hospitalar Norte (Quadra 3, Conjunto A, Bloco 3, Asa Norte).

Ler mais...

Thumbnail

Brasília supera número de transplantes de coração

Destaque nacional em doações e transplantes de órgãos, Brasília já superou o número de transplantes de coração feitos no ano passado. De janeiro a setembro de 2016, 31 procedimentos desse tipo foram feitos no Distrito Federal. Em 2015, o total foi de 30 transplantes cardíacos. Os dados são do último balanço publicado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. Um dos 31 pacientes que ganharam um novo coração neste ano, Aroldo José da Silva, de 57 anos, adotou um número da sorte e uma segunda data de aniversário. Após três tentativas frustradas por falta de compatibilidade, ele passou pela cirurgia em 29 de fevereiro no Instituto de Cardiologia do DF (ICDF). Nascido no mesmo dia do mês de setembro, ele arrisca a sorte com o número na loteria. “Ainda não ganhei nenhum prêmio. E só faço aniversário de quatro em quatro anos”, diverte-se. A disposição de Aroldo é uma realidade bem diferente da que ele viveu no período antes do procedimento. “Não aguentava nem subir uma escada”, recorda. Agora, faz questão de usar os degraus para subir ao apartamento em que mora no Sudoeste. Além disso, mantém uma rotina de exercícios com caminhadas e uso dos aparelhos de ginástica dos pontos de encontro comunitário. Especialistas da área atribuem o aumento significativo no número de transplantes de coração a um conjunto de fatores que inclui melhor logística de transporte. “Os hospitais também estão mais bem estruturados, e conseguimos um maior número de órgãos por autorização”, pontua a diretora da Central de Transplantes da Secretaria de Saúde, Daniela Salomão. Isso significa maior quantidade de doadores múltiplos de órgãos — enquanto de janeiro a setembro de 2015 houve 22 doadores com essa condição, no mesmo período de 2016, foram 33. Cardiologista do departamento de transplante cardíaco do ICDF, Marcelo Ulhoa lista como um dos motivos para a superação dos resultados o fato de o instituto ser uma referência nacional para o procedimento. “A parceria com a Força Aérea Brasileira [para transporte dos órgãos] e a visibilidade que se tem dado, mostrando resultados satisfatórios, ajuda as pessoas a doarem os órgãos”, acrescenta o médico. O instituto é uma entidade sem fins lucrativos e o único credenciado em Brasília para esse tipo de transplante. Atua, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), com recursos dos governos local e federal. Pacientes com indicação para transplante migram para Brasília Valterino Fernandes, de 56 anos, tem uma história semelhante à de Aroldo. Ambos deixaram suas cidades e famílias para buscar tratamento e transplante em Brasília. O primeiro saiu de Unaí (MG), e o segundo, de Nova Andradina (MS). Valterino Fernandes, de 56 anos, deixou sua cidade e família para buscar tratamento e transplante em Brasília. Foto: Tony Winston/Agência Brasília Em comum, eles também contam com o apoio das esposas, que vieram para acompanhá-los. “Deixei meu emprego como vendedora e vim. Fiz até promessa”, conta Maria Helena da Silva, de 55 anos, que doou 45 centímetros de cabelo para pacientes de câncer depois que Aroldo conseguiu um coração compatível. Para matar a saudade de casa, ela colou um grande mural de fotos na parede da sala. Na mesma linha, Eliana Fernandes, de 42 anos, segue na cidade com o marido. Ele foi transplantado em 27 de maio deste ano. Recuperar as datas é fácil, pois ela anota tudo em um pequeno caderno. Internado na unidade de terapia intensiva (UTI) em 23 de fevereiro por causa do estado debilitado, Valterino ainda enfrentou complicações nos rins e precisou de um duplo transplante: coração e rim. Um dos 31 pacientes que ganharam um novo coração neste ano, Aroldo José da Silva, de 57 anos, adotou um número da sorte e uma segunda data de aniversário. Foto: Tony Winston/Agência Brasília Para ele, a espera por um órgão foi a parte mais difícil. “Eu pensava que alguém tinha de morrer para eu sobreviver. E você não deseja a morte.” Com visitas limitadas na internação, ele contou com o apoio da equipe médica do ICDF para enfrentar os momentos de tristeza. “Sempre recebia uma psicóloga, e viramos uma família no hospital. Até festa fizeram para mim.” O tratamento dos pacientes é integrado, com a atuação de diversos profissionais, como psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas, além dos cardiologistas. “Hoje a gente já se estabeleceu como uma referência no Centro-Oeste. Também recebemos muitos do sul da Bahia, de Goiânia (GO), do norte de Minas Gerais, de Manaus (AM), do Tocantins”, exemplifica Ulhoa. Balanço de transplantes em Brasília de janeiro a setembro de 2016 A capital também se manteve como destaque nas cirurgias de fígado. De janeiro a setembro deste ano, foram 55. Considerando a proporção de habitantes, por milhão de população (PMP), o DF é o primeiro nesse tipo de transplante, com 25,2 PMP, e está no mesmo patamar quanto aos procedimentos de coração (31 no total, 14,2 PMP), córnea (354 no total e 161,9 PMP) e medula óssea (53 no total e 24,2 PMP). Brasília ainda se recuperou no ranking de transplantes de rim. Em todo o ano passado, foram 84 cirurgias desse tipo contra 89 apenas até setembro deste ano. Assim, a cidade retomou os parâmetros de 2014, após dificuldades na área. “Por problemas administrativos, 2015 foi um ponto fora da curva. Passamos um período sem fazer [o procedimento], mas conseguimos reestruturar”, explica a diretora da Central de Transplantes da Secretaria de Saúde, Daniela Salomão. Edição: Marina Mercante

Ler mais...

Ordenar

Ordenar

Faceta do tipo

Tipo

Filtro personalizado

Faceta da marca

Marcador